cavalo marinho 2013 cartilha final isbn

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  • 5/23/2018 Cavalo Marinho 2013 Cartilha Final ISBN

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    Rede de Piscicultura Marinha

    CoordenadoraProf Dr Llia Pereira Souza Santos

    Avanos na aquicultura docavalo-marinhoHippocampus reidi

    no Brasil

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    ndice

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    Apresentao.............................................................................................................................................................................................................. 4

    Biologia dos cavalos-marinhos ......................................................................................................................................................................6

    Reproduo ...........................................................................................................................................................................................................10

    Alimentao .........................................................................................................................................................................................................12

    Tolerncia salinidade ................................................................................................................................................................................. 15

    Aspectos legais .........................................................................................................................................................................................................16 Passos para legalizao................................................................................................................................................................................18

    Produo comercial ............................................................................................................................................................................................... 19

    Obteno dos reprodutores .......................................................................................................................................................................20

    Procedimento de coleta ................................................................................................................................................................................ 22

    Transporte .............................................................................................................................................................................................................24

    Aquicultura em sistema de recirculao fechado.............................................................................................................................26

    Reprodutores .......................................................................................................................................................................................................28

    Berrio ..................................................................................................................................................................................................................29

    Crescimento..........................................................................................................................................................................................................30

    Alimentao .........................................................................................................................................................................................................32

    Aquicultura em sistema orgnico em viveiros escavados..........................................................................................................36

    Reprodutores .......................................................................................................................................................................................................38

    Berrio ..................................................................................................................................................................................................................42 Crescimento..........................................................................................................................................................................................................44

    Viabilidade ............................................................................................................................................................................................................50

    Compra e manuteno em aqurios como hobby ...........................................................................................................................52

    Aclimatao .........................................................................................................................................................................................................54

    Alimentao .........................................................................................................................................................................................................56

    Perspectivas .................................................................................................................................................................................................................58

    Leitura recomendada............................................................................................................................................................................................ 60

    Equipe ............................................................................................................................................................................................................................. 62

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    O MInistrio de Cincia,Tecnologia e Inovao MCTI,o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientco

    e Tecnolgico CNPq,o Fundo Setorial do Agronegcio CT - Agronegcio e o Ministrio da Pesca e Aqui-

    cultura MPA lanaram em 2009 um edital para fomentar estudos de Piscicultura Marinha no Brasil.

    Esta cartilha resultado dos estudos realizados pela Rede de Pesquisa Sistemas de produo do Cavalo-

    Marinho Hippocampus reidi(Syngnathidae) composta por seis laboratrios de pesquisa de universi-

    dades brasileiras e duas empresas privadas. Seu principal obje tivo descrever os avanos no conheci-

    mento da aqu icultura dessa espcie e rever o conhecimento prvio j existente para o pblico no

    especializado.

    O desenvolvimento do cultivo comercial de qualquer espcie deve sempre se basear em um conheci-

    mento profundo de vrios aspectos de sua biologia. Conhecimentos sobre a alimentao,crescimento,

    reproduo,siologia,ecologia,nutrio e tolerncia a parmetros ambientais esto entre os mais im-

    portantes a serem estudados,paralelamente ao domnio das tcnicas de cultivo em massa.

    ApresentaoNo caso do cavalo-marinhoH. reidi,espcie nativa

    do Brasil,aspectos legais sobre a proteo de suas

    populaes nativas tambm devem se considerados

    antes de qualquer tentativa de comercializao.

    Alm desses aspectos biolgicos e legais,infor-

    maes sobre o mercado consumidor dos indivduos

    produzidos,preos alcanados no varejo e no atacadoe custos envolvidos no processo de produo so es-

    senciais para uma anlise da viabilidade econmica

    da atividade comercial.

    Vrios desses aspectos so abordados e discutidos

    nesta cartilha de forma a auxiliar o empreendedor

    que queira investir nesta atividade em desenvolvi-

    mento no Brasil. O aquarista que quiser cultivar esta

    espcie de forma amadora,tambm encontrar aqui

    noes importantes para a correta manuteno dos

    animais.

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    Biologia doscavalos-marinhos

    Os cavalos-marinhos so peixes sseos com uma

    caracterstica nica: so os machos, ao invs das

    fmeas, que cam grvidos por fecundar e guardar

    os ovos dentro de uma bolsa incubadora at a

    liberao dos lhotes completamente formados.Eles possuem o corpo coberto por placas sseas,

    cabea alargada com focinho tubular terminando em

    uma boca sem dentes. Seu nado normalmente lento,

    porm evitam os predadores por sua capacidade de

    se camuar nos ambientes que habitam. Sua cauda

    exvel permite que se prendam a diferentes substratos

    como corais,algas,razes de mangue entre outros.

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    Os cavalos-marinhos variam de 1 a 32 cm de comprimento na forma adulta. Todos os cavalos-

    marinhos so classicados dentro de um nico gnero Hippocampus. Para diferenciar uma espcie

    da outra,os cientistas avaliam o tamanho do focinho,altura da coroa,espinhos da cabea e do corpo,

    nmero de anis do tronco e da cauda e nmero de raios das nadadeiras dorsais e peitorais. Os sexos

    tm d iferentes formas,machos so geralmente mais magros e com menos espinhos possuindo uma

    bolsa incubadora na regio ventral. Suas cores variam do preto ao amarelo e vermelho,dependendo

    da espcie e do local em que o animal vive.

    A maioria das espcies de cavalo-marinho distribui-se em guas costeiras tropicais e subtropicais.

    Na costa brasileira,esto distribudas por todo o litoral e so encontradas em recifes,baas e bancos

    de algas,alm de manguezais e lagunas.

    O cavalo-marinho de focinho longo H. reidi o mais comum nos esturios brasileiros. So facilmente

    coletados e comercializados para ns ornamentais,para medicina popular,ns religiosos e souvenir.

    A principal diferena entre H. reidie outras espcies o tamanho do focinho ser maior que a distncia

    do olho at o oprculo. Ele pode atingir um tamanho um pouco maior que 20 cm de comprimento.

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    Reproduo

    Os rituais de corte so bastante complexos e os casais podem ser estveis por longos perodos. O macho

    exibe-se para a fmea mudando a sua colorao e abrindo o poro da bolsa incubadora,podendo in-la.

    Ele mostra comportamento ativo,indo ao encontro da potencial parceira,agarrando-a com a sua cauda

    prensil e nadando junto a ela. O macho coloca a abertura da bolsa na direo do poro genital da fmea

    para que esta deposite os ovos que sero fertilizados e incubados.

    Normalmente so liberados de 300 a 1.000 juvenis em cada postura,embora algumas vezes sejam libera-

    dos at 1.800. Normalmente as posturas ocorrem em intervalos de aproximadamente 14 dias.

    Os lhotes,chamados de juvenis,j nascem com a mesma forma dos adultos com tamanho de 4 a 8 mm.

    Seus sistemas digestivo e imunolgico j esto praticamente prontos no momento do nascimento.

    Normalmente os cavalos-marinhos reproduzem-se com facilidade em aqurios,o que faz com que seu

    cultivo seja uma atividade promissora. O cultivo comercial de H. reidino Brasil realizado por uma

    empresa no Esprito Santo,em sistemas de aqurios com recirculao de gua do mar. Nessa empresa

    os juvenis so cultivados de 22C a 27C e apresentam a primeira postura de ovos por volta de 80 dias de

    vida.

    Entre 15 e 30 dias de vida,o juvenil comea a procurar substratos para se xar com sua cauda e deixa

    de car nadando livremente na coluna d`gua. Nessa fase ocorre tambm a mudana de cor do marrom

    ou preto para colorido.

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    Alimentao

    Os cavalos-marinhos so predadores carnvoros

    e alimentam-se principalmente de pequenos crus-

    tceos,nematdeos e peixes no ambiente natural.

    Em cativeiro eles no comem rao,o que diculta

    bastante sua manuteno. H. reidi,no entanto,pode

    ser adaptada a ingerir os crustceos congelados

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    Os juvenis recm-nascidos so muito pequenos para

    comer qualquer tipo de alimento. Eles podem ingerir

    nuplios de artmia,mas preferem itens menores

    como rotferos ou nuplios de coppodos. A partir

    do quinto dia de vida,a ingesto dos nuplios de

    artmias j recomendada.

    Por serem encontrados em esturios,onde rios

    desembocam no mar,H. reiditolera mudana nasalinidade da gua. Mas o limite aceito pela espcie

    de 10 g/L,sendo melhor cultiv-la acima de 15 g/L.

    Chuvas muito fortes,que reduzem muito a salini-

    dade,podem causar mortalidade em animais

    produzidos em viveiros.

    Tolerncia salinidade

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    Aspectos Legais

    No Brasil no existe uma legislao especca quanto ao comrcio e explorao dos cavalos marinhos,mas

    esto inseridos na legislao de peixes ornamentais.

    A Lei N 5.197,Lei de proteo fauna,de 3 de janeiro de 1967,estabelece a proibio do comrcio de espcies

    da fauna silvestre e de produtos e objetos que impliquem a sua caa. Diz entretanto,que o poder pbli-

    co determinar a cota diria de exemplares cuja utilizao ser permitida.

    A Instruo Normativa n 5 de 21 de maio de 2001 inclui o Hippocampus reidi na lista de espcies

    ameaadas de extino e espcies sobrexplotadas ou ameaadas de sobrexplotao.A Instruo Normativa (IN) n 202 de 22 de outubro de 2008 dispe sobre as normas,critrios e padres

    para a explotao de peixes nativos de guas marinhas e estuarinas com nalidade ornamental,incluin-

    do os cavalos-marinhos.

    Essa IN estabelece a permisso de captura,transporte e comercializao de 136 espcies marinhas e

    lista tarrafas e pus como petrechos permitidos para a pesca. Probe,porm o uso de substncias

    qumicas para a captura dos peixes.

    Como os cavalos-marinhos esto listados no apndice II da Conveno Internacional sobre Comrcio

    das Espcies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extino (CITES),sua exportao deve ser autori-

    zada pelo IBAMA,conforme institui a IN 140 de 18 de dezembro de 2006.

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    1918

    Passos para legalizaoPara legalizar uma produo comercial de cavalo-marinho no Brasil o produtor deve:

    1 - Obter licena ambiental junto ao rgo estadual ou municipal responsvel ;

    2 - Inscrever-se no Registro Geral da Atividade Pesqueira - RGP, categoria aquicultor, de maneira online

    atravs do s ite do MPA (www.mpa.gov.br);

    3 - Registrar-se no Cadastro Tcnico Federal do IBAMA (www.ibama.gov.br) na categoria especca deManejo de recursos aquticos vivos;

    4 - Solicitar,no Ncleo de Pesca do IBAMA,uma vistoria tcnica apresentando toda a documentao do

    empreendimento e provando a origem legal dos reprodutores (Nota Fiscal ou licena de pesca do IBAMA) ;

    5 - Para comercializar os animais produzidos no mercado nacional,o produtor deve solicitar em 5 vias,

    para a Superintendncia Estadual do IBAMA,a Guia de Trnsito de Peixes Ornamentais (modelo na IN

    202/2008);

    6 - Se o produtor desejar exportar os animais produzidos,deve solicitar a licena CITES,conforme

    institudo na IN 140/2006 IBAMA,via sistema eletrnico (www.ibama.gov.br/cites).

    Alm desses passos,o produtor deve informar-se sobre os documentos para abertura de empresa comercial

    e eventuais exigncias sanitrias do Ministrio da Agricultura Pecuria e Abastecimento.

    Comercialmente os cavalos-marinhos so usados para:

    Aquarismo como peixe ornamental (vivo);

    Curiosidade como souvenir (seco inteiro) para chaveiro,

    colar etc;

    Medicina tradicional (seco ou em p).

    No Brasil apenas a produo como ornamental tem atrado

    o interesse de aquicultores. A produo pode ser feita emsistemas semi-intensivos ou intensivos e pode envolver

    diversas tcnicas,mas sempre feita em trs etapas:

    Reproduo: manuteno dos adultos reprodutores e

    obteno de juvenis I recm-nascidos;

    Berrio: fase de manuteno do juvenil I pelgico at

    juvenil II bentnico;

    Crescimento: fase de manuteno do juvenil II at

    o tamanho comercial.

    Produo comercial

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    Obtenodos reprodutores

    A primeira preocupao do produtor pensar na estrutura de produo,se vai usar aqurios,tanques

    ou gaiolas. Em segundo lugar ele deve pensar como formar o plantel de reprodutores.

    A obteno de reprodutores pode se dar de trs formas:

    1 - Coleta em ambiente natural;2 - Compra de pescadores;

    3 - Compra de um produtor mais antigo.

    Nas duas primeiras formas,o animal provm do ambiente natural e deve ser legalizado junto ao IBAMA.

    Em geral,as primeiras formas so mais comuns,pois no existem muitos produtores comerciais no

    Brasil para compra de reprodutores.

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    Procedimentode coleta

    Caso o aquicultor deseje acompanhar o pescador em sua coleta,ele deve preparar o seguinte material

    bsico:

    - Baldes plsticos;

    - Sacos plsticos para transporte de peixe;

    - Elstico para fechar o saco;

    - Caixa trmica de isopor com tampa;

    - Fita adesiva;

    - Mscara de mergulho;

    - Luvas, botas e equipamento de segurana para o mergulho ;

    - Chapu e roupa de manga comprida.

    O mais difcil encontr-los em meio s razes de mangue,mas,uma vez visto,ele facilmente capturado

    manualmente. O animal deve ser transportado com gua do prprio local de captura (o mais transparente

    possvel) at o local de produo.

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    Transporte

    O transporte desempenha um papel crucial no escoamento da produo de peixes vivos,assim,o

    mximo cuidado deve ser tomado. Os cavalos-marinhos produzidos no Brasil atendem principalmente

    o mercado externo de aquariolia,que prefere animais entre 7,5 e 10 cm de altura,e o transporte feito

    por via area.

    Antes de serem transportados,os animais selecionados pelo tamanho,sade,ausncia de defeitos ou

    gravidez no caso dos machos,devem car 24 horas sem alimento. Eles so ento colocados em sacosplsticos resistentes,normalmente com capacidade para 5 L,os quais so cheios com 2 L de gua e 5

    indivduos. O restante do volume preenchido com oxignio. O saco lacrado com elstico,para que o

    oxignio e a gua no escapem. Pelo menos dois indivduos devem ser transportados por saco,para que

    eles possam se agarrar um ao outro.

    O uso de anestsicos no recomendado,mas fundamental controlar a qualidade da gua a m de

    garantir a sobrevivncia at o destino. Os sacos so colocados em caixas trmicas de isopor,lacradas e

    levadas ao aeroporto. As caixas devem car abrigadas,sem exposio ao sol ou frio,e o tempo de transporte

    no deve ultrapassar muito mais que 48h.

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    Aquiculturaem sistema

    de recirculaofechado

    Quando cultivados em aqurios,os cavalos-marinhos so mantidos em um sistema fechado de recircu-

    lao de gua. Esse sistema deve conter os equipamentos mnimos para manter a qualidade de gua e o

    conforto dos animais,conforme descritos abaixo.

    Equipamentos e suas respectivas funes para a manuteno da qualidade da gua do sistema de recir-

    culao:

    Filtro biolgico - Composto por bioballs,mdias cermicas ou outros materiais que proporcionem sub-

    strato para bactrias nitricantes que degradam a amnia.

    Filtro mecnico - Remover fezes, restos de alimentos e outras partculas.Skimmer - Retirar slidos suspensos e protenas da gua.

    Esterilizador Ultravioleta - Esterilizar a gua de bactrias e outros microrganismos patgenos.

    Bombas - Recircular a gua no sistema.

    Aqurios / tanques - Manter os reprodutores e cultivar os cavalos.

    Para manter a temperatura da gua nas condies ideais,pode ser necessrio o uso de um resfriador

    (chiller) ou um aquecedor instalado no sistema,ou um condicionador de ar para manter a temperatura

    da gua entre 23,5 e 27C. A salinidade deve ser mantida entre 15 e 30 g/L. O fotoperodo mantido em

    12 horas com luz e 12 sem luz. O nitrito,nitrato e amnia devem ser monitorados e mantidos prximo a

    zero e o pH entre 8,1 e 8,4. Os aqurios devem ser sifonados pelo menos duas vezes ao dia,para a reti-

    rada da sujeira do fundo do aqurio.

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    Os reprodutores podem ser mantidos em casais,em aqurios de no mnimo 70 L,ou em aqurios

    maiores com vrios machos e fmeas.

    ReprodutoresQuando nascem,os juvenis I so retirados do

    aqurio dos reprodutores e transferidos para osaqurios berrios (aqurios de 50 L em mdia),

    onde permanecem por 15 dias a uma densidade de

    aproximadamente 4 peixes/L.

    Berrio

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    CrescimentoAos 16 dias,eles so relocados para aqurios de 120 L no qual cam a uma densidade de 1 a 2 peixes/L e

    aos 30 dias os animais so transferidos novamente para aqurios de crescimento de 200 L a uma densi-

    dade de 0,75 peixes/L. Entre os 75 e 100 dias de idade,os jovens adultos j atingem o tamanho mnimocomercial de 7,5 cm e j esto aptos a serem vendidos.

    A gura ao lado mostra as fases de vida do Hippocampus reidi.

    Juvenil I

    Juvenil IIAdulto

    7,5 cm

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    Alimentao

    Como ainda no existe rao comercial para cavalos-marinhos no Brasil,tem-se que adotar algumas

    alternativas para a alimentao dos animais em aqurios.

    Do nascimento ao 6 dia de idade,os juvenis podem ser alimentados com zooplncton vivo (3 a 5 organismos

    por ml),em sua maioria coppodos e copepoditos,capturados de preferncia em esturio com uma rede

    de plncton de malha 100m ou com coppodos cultivados e nuplios de artmia ou rotfero enriqueci-dos (10 org./ml).

    Do 3 ao 30 dia, ofertada artmia viva enriquecida por 12 horas,em uma densidade de 3 a 5 org./ml.

    A partir do 20 dia,a alimentao modicada para misidceos vivos ou congelados,capturados no

    ambiente natural,com um pequeno pu de mo ou com ps-larvas de camaro. A alimentao deve

    ser ofertada pelo menos trs vezes ao dia.

    A troca de alimentao entre as etapas deve ocorrer de maneira gradual,com ao menos trs dias at

    a completa substituio de um alimento por outro.

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    A utilizao de alimento vivo selvagem pode oca-

    sionar alguns problemas para o cultivo de cavalos-

    marinhos,principalmente em sistemas de recir-

    culao de gua. Um dos maiores problemas a

    introduo de organismos patgenos,principalmente

    parasitas. Porm,organismos que no possuemuma ao nociva direta aos peixes,como anmonas,

    camaro,caranguejo,gua-viva e outros,tambm

    podem proliferar no sistema e ocasionar um de-

    sequilbrio,se no for controlado,pode levar ao

    colapso do sistema. Muitas vezes,a nica soluo

    para acabar com a infestao esvaziar o sistema de

    cultivo por completo e desinfet-lo. Isso pode levar

    tempo considervel e acarretar prejuzo nanceiro.

    A maior mortalidade em cultivos de cavalos-marinhos

    ocorre nas primeiras semanas,os animais so mais

    frgeis e suscetveis a patgenos oportunistas. A

    qualidade da gua,a alimentao,as condies de

    temperatura e o fotoperodo afetam diretamente a

    sobrevivncia nessa etapa.

    Uma das causas de morte de juvenis de cavalos-

    marinhos em cultivo a ingesto de ar que resulta

    em utuao e morte. A ingesto ocorre quando os

    juvenis deslocam-se para a superfcie da gua em

    busca de alimento,quando manipulados fora da

    gua,ou at mesmo ao ingerirem ar para inar suas

    bexigas natatrias. Isso pode ser controlado evitando

    a presena de bolhas pequenas na gua,controlando

    o uxo de entrada de gua no aqurio e no usando

    pedras porosas na aerao.

    A viabilidade econmica desse tipo de cultivo ainda

    no foi estudada,logo tenha cuidado ao iniciar a

    atividade.

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    Aquicultura emsistema orgnico

    em viveirosescavados

    A tecnologia descrita a seguir referese exclusivamente produo de cavalo-marinho em uma fazenda

    de aquicultura orgnica,no devendo ser extrapolada para outros sistemas ainda no testados,includo

    o cultivo em gaiolas diretamente no esturio. Isso muito importante,uma vez que o cultivo de peixes

    e camares em viveiros escavados em reas estuarinas,sem utilizao de raes ou fertilizao arti-cial,implica um ambiente signicativamente diferente das fazendas de carcinicultura convencional,em

    que, primeira vista,essa tecnologia poderia ser aplicada.

    A elegncia do sistema orgnico est no ponto em que os cavalos-marinhos exercem seu comporta-

    mento natural e so alimentados com organismos produzidos e coletados no ecossistema dos viveiros

    orgnicos,favorecidos por outros cultivos consorciados.

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    Reprodutores

    A manuteno de reprodutores pode ser feita em piscinas plsticas circulares de 2.000 litros e 50 cm

    de profundidade,ao ar livre,com sombreamento de tela sombrite. O tanque deve ter pontos de aerao

    para manter uma leve circulao constante de gua e fundo liso. Alm disso,alguns substratos feitos

    com pedaos de telas e cordas devem ser colocados para os animais xarem-se.

    A renovao de gua deve ser feita diariamente e as piscinas devem ser lavadas integralmente uma vez

    por semana. No caso em estudo,a renovao foi feita com gua do canal de distribuio de gua da

    fazenda,prximo s bombas,simultaneamente ao bombeamento na mar alta.

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    Entre 25 e 30 reprodutores podem ser colocados por tanque. Os machos e fmeas nadam livremente e

    desenvolvem seu comportamento social e sexual com liberdade e o mnimo de interferncia.

    A alimentao dos reprodutores bem diversicada,incluindo anfpodas,ps-larvas de camaro e outros

    pequenos crustceos coletados nos travesseiros de produo de ostras. A coleta feita retirando o

    travesseiro e lavando-o em cima de uma peneira para reter os organismos. O contedo coletado colo-

    cado em pequenos potes plsticos com 10 cm de dimetro e 4 cm de altura no fundo do tanque. Com otempo,os animais condicionam-se alimentao nos potes e aproximam-se no momento de forneci-

    mento.

    Todo o processo reprodutivo natural e os juvenis l recm-nascidos seguem para a coluna dgua,onde

    so coletados pela manh,com uma peneira plstica de cozinha. O uso de pus com redes moles deve

    ser evitado, para no machucar os juvenis.

    Em nosso estudo,a manuteno de reprodutores com altas taxas de fertilidade no foi mantida por lon-

    gos perodos e a produo de juvenis l foi se reduzindo at parar. Novos estudos devem ser feitos para

    averiguar quais os motivos dessa queda na fertilidade.

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    Berrio

    A fase de berrio comea com a coleta dos juvenis I recm-nascidos e vai at a fase de xao,o que

    leva entre 2 e 4 semanas.

    Aps a coleta,os juvenis I devem ser contados e transferidos para tambores plsticos de 200 litros com

    cerca de 180 litros de gua com um ponto de aerao,sem pedra porosa,para evitar a doena da bolha.

    A fora da aerao deve ser apenas o suciente para manter os animais em suspenso. A densidade

    ideal de 2 juvenis por litro.

    A renovao de 50% do volume feita em dias alternados com lavagem total do tanque. Nesta etapa agua utilizada ltrada em tela de 1mm para evitar predadores e competidores,principalmente outros

    peixes e caranguejos. A drenagem dos tambores pode ser feita por um ange instalado perto da base

    e os cavalos coletados em uma peneira,contados e concentrados em baldes com aerao,para serem

    devolvidos posteriormente.

    A alimentao deve ser feita duas vezes ao dia com zooplncton coletado nos viveiros adjacentes com

    uma rede de 200 m. A quantidade do alimento no precisa ser muito controlada,bastando a ob-

    servao com uma garrafa pet transparente cortada de quantidade suciente para uma alimentao

    vontade. Aps duas semanas,alguns substratos de cordas e telas devem ser colocados,para vericar

    a ocorrncia de juvenis II e a necessidade de transferncia para a etapa de crescimento.

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    Crescimento

    A fase nal da produo dos cavalos-marinhos inicia-se com juvenis II entre 20 e 30 dias de idade. Essa

    fase feita em gaiolas utuantes de 1 a 2 m,instaladas dentro de viveiros,onde tambm so cultivados

    ostras e peixes estuarinos,que entram pela tela da comporta e ali se desenvolvem. Cada gaiola pode ser

    estocada com 40 animais por m.

    A gaiola deve ter uma tela de malha de 2 mm (mosquiteiro). Os primeiros estudos demonstraram a ne-

    cessidade de as gaiolas serem totalmente fechadas,dada a profuso de animais que foram encontrados

    dentro delas quando abertas. A instalao de uma tampa de tela mosquiteiro fechada com velcro acabou

    com esse problema.

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    O material estrutural da gaiola deve ser resistente gua salgada. Em nosso estudo,utilizamos tubos

    de ferro galvanizado revestidos com verniz naval,mas esse material no se mostrou adequado e sua

    substituio por plstico deve ser estudada.A gaiola deve ter um ou mais utuadores,que podem ser tambores plsticos de 20 a 40 litros,para

    acompanhar a variao do nvel do viveiro com a mar e ser instalada em um ponto em que a distncia

    do fundo da gaiola e do fundo do viveiro quem,no mnimo,a 20 cm.

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    O viveiro experimental foi abastecido pela estao de bombas da fazenda e pela ao das mars nas mars

    de sizgia. Os mesmos controles ambientais efetuados para outras espcies consorciadas foram efetuados

    para manuteno da qualidade ambiental dos cavalos - marinhos. Assim,no incio da manh e no m da

    tarde,foram observados oxignio,temperatura e pH e,ao meio-dia,a salinidade e a transparncia. As

    medies feitas dentro e fora das gaiolas no mostraram diferenas signicativas de qualidade de gua.

    Alm da gua,tambm o piso do viveiro deve ser manejado adequadamente para manter a qualidade

    do solo e conter a acumulao de sedimentos anaerbios. Isto requer o esvaziamento total,retirada dosedimento acumulado nas valas perifricas e exposio ao sol at o solo rachar bem,ao menos uma vez

    por ano no perodo seco.

    As gaiolas sujam-se bastante,entupindo a tela das paredes e acumulando sedimento no fundo,mesmo

    com a frequente escovao,que deve ser feita trs vezes por semana.

    O cultivo das ostras implicava normalmente uma variao frequente do nvel de gua dos viveiros pelas

    mars,para renovao de gua,fazendo com que as gaiolas tocassem eventualmente o fundo do viveiro.

    A alimentao foi totalmente baseada na comunidade viva que

    se desenvolve nas superfcies de substratos slidos,quando

    imersos no mar. A gua do mar um ser vivo com milhes

    de plantas e animais que se xam em telas de mosquiteiro e

    cordas,por exemplo,desenvolvendo um limo rico em diversi-

    dade alimentar e capaz de sustentar o crescimento dos cavalos-

    marinhos. Foram feitos substratos adicionais de telas e cordas

    velhas para aumentar a superfcie de formao do alimento,estes foram cultivados em gaiolas sem cavalos para substituir

    periodicamente os j consumidos. Assim,os H. reidicomem a

    fauna aderida aos substratos e s paredes da gaiola.

    Aps 90 dias de crescimento,os animais j esto com tamanho

    comercial,cerca de 8 cm,e podem ser retirados das gaiolas. A

    despesca deve ser feita retirando-se os substratos e capturando

    os animais manualmente ou com um pu. Posteriormente a

    gaiola pode ser retirada do viveiro para retirada dos animais

    restantes. A sobrevivncia mdia de 80%.

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    Viabilidade

    As caractersticas do clima e hidrologia do ecossistema adjacente determinam a viabilidade do cultivo

    orgnico do cavalo-marinho em todas as suas etapas. No litoral oriental do RN,onde foram feitos os

    experimentos,a salinidade pode ser muito baixa no outono/inverno (maio a agosto) resultando em uma

    produo sazonal. Isto resulta na necessidade de desenvolver um sistema para manuteno de um

    plantel de reprodutores durante os meses de chuva,para fornecer juvenis l a partir da primavera.

    Nossos estudos de viabilidade econmica desse sistema de produo,considerando uma produo

    anual de 12.672 animais de tamanho comercial,preo de venda de R$ 15,00 por unidade e investimento

    inicial de R$ 56.744,55 indicam uma relao custo benefcio de R$ 19,66 para cada R$ 1,00 investido e um

    ano e 10 meses para o retorno do capital investido.

    A rentabilidade (TIR) de aproximadamente 94% ao ano. Mesmo que o preo de venda caia para R$ 9,00

    e a sobrevivncia para 60%,o produtor ainda receber R$ 2,23 para cada real investido

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    Compra emanuteno

    em aqurioscomo hobby

    A primeira coisa que se deve ter em mente que o cavalo-marinho um peixe que requer muita aten-

    o e cuidados do seu dono. No um peixe recomendado para aquaristas iniciantes.

    Os cavalos-marinhos precisam de um aqurio montado para atender suas necessidades e a maioria das

    espcies de peixes no pode ser mantida com eles,pois mesmo no sendo agressivos,eles no permitem

    que o cavalo-marinho alimente-se bem. Prera ter somente cavalos-marinhos em seu aqurio. Se voc

    no se sente seguro em ter um cavalo-marinho no o tenha.

    importante saber a procedncia do seu cavalo-marinho. Se ele um animal coletado na natureza e no

    criado em cativeiro dicilmente ir aceitar alimento inerte,portanto prera sempre animais produzidos

    em cativeiro. Para isso busque informaes junto aos lojistas mais conveis e faa a coisa certa.

    Para escolher seu animal na loja de aqurios,veja se o cavalo-marinho apresenta uma cor vibrante,sem

    manchas brancas estranhas no corpo. Veja tambm se ele est bem alimentado. Se o peixe parecer ma-

    gro pode ser um indicativo de doena ou at mesmo de que no vem se alimentando. Por isso ,pea ao

    vendedor para aliment-lo com alimento congelado. Se ele aceitar um bom sinal.

    Ao escolher um peixe que lhe agrade pague o lojista e v para casa o mais rpido possvel! Sem paradas

    no meio do caminho... no compre um sorvete... nem pense em ver Avatar no cinema.

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    Aclimatao

    Os cavalos-marinhos so animais bastante resistentes ao transporte e no se agitam muito. A acli-

    matao deve ser bem feita para evitar que o animal se estresse ou que doente nos primeiros dias.

    Siga o passo a passo,lembrando-se de no tocar no seu cavalo-marinho durante todo o processo:

    1 - Desligue as luzes do aqurio para diminuir o estresse;

    2 - Com o saco ainda fechado, devem ser colocados em banho-maria, utuando, no aqurio em que os

    animais caro por 10 minutos para igualar as temperaturas;3 - Aps 15 minutos os sacos podem ser abertos e seu contedo despejado gentilmente em um balde de

    20 litros;

    4 - A gua do aqurio deve ser despejada lentamente no balde com auxilio de uma mangueira na ou

    de um copo. Pode-se colocar 100 a 200 ml a cada 10 minutos. Esse procedimento feito para igualar o

    pH da gua;

    5 - Aps 40 minutos os animais podem ser retirados do balde manualmente e colocados no tanque.

    importante descartar a gua de transporte,devido a sua baixa qualidade e possveis parasitas que

    pode conter.

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    Alimentao

    O cavalo-marinho um peixe que come muito. O ideal alimentar cada cavalo-marinho de duas a trs

    vezes ao dia,ofertando de 15 a 35 misidceos ou 50 a 60 artmias adultas congelados para cada peixe,

    durante seis dias da semana,com um s dia de jejum no mximo.

    As artmias congeladas so comercializadas no Brasil,enquanto os misidceos ainda no so fceisde se comprar. Para os cavalos novos no aqurio, recomendado um jejum de 24h para que ele se sinta

    confortvel em seu novo ambiente.

    Nunca d mais alimento do que o peixe pode comer. Se o alimento sobrar no fundo do aqurio retire

    depois de 30 minutos e diminua a quantidade de alimento no dia seguinte. Outro fator importante na

    alimentao a observao. Veja se seu cavalo est comendo o alimento que voc est oferecendo.

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    Perspectivas

    Muita coisa ainda precisa ser investigada para melhorar os protocolos apresentados para a produo

    comercial do H. reidi. Entre os temas mais relevantes,est a manuteno de reprodutores e de altos

    ndices reprodutivos ao longo do ano. Isso est relacionado tambm qualidade dos juvenis I pro-

    duzidos em cativeiro,que pode ser melhorada em comparao resistncia e crescimento de juvenis I

    provenientes de animais coletados.

    Os protocolos de alimentao de juvenis I com os diferentes tipos de alimentos e quantidades tambmpodem ser melhor estudados.

    Apesar dos bons resultados j obtidos no sistema orgnico em gaiola,esse sistema ainda carece de

    estudos e desenvolvimento de alguns processos importantes. Em relao ao crescimento em gaiolas o

    estudo de malhas de diferentes tamanhos pode melhorar o crescimento dos animais e facilitar o manejo.

    Um processo ainda no desenvolvido para o sistema orgnico a fase entre a despesca nas gaiolas e a

    venda,quando devem adquirir sua colorao mais atraente e acostumar-se com alimento inerte. Nos

    viveiros,os cavalinhos so predominantemente escuros e clareiam quando cultivados em gua clara

    com iluminao reduzida.

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    Leiturarecomendada

    Para quem pretende realmente investir na atividade de produzir comercialmente cavalos-marinhos,a

    leitura dessa cartilha deve ser encarada como um primeiro passo e por isso a leitura dos seguintes tex-

    tos,alm da consulta de prossionais especializados, recomendada:- CARLOS,M. T. L. E.;RIBEIRO,F. A. S.;WAINBERG,A. A.;2009. Produo de cavalo-marinho em tanque-rede. Panorama da

    Aquicultura,Brasil. 19: 32-37.

    - HORA,M. S. C.;JOYEUX,J.;2009. Closing the reproductive cycle: growth of the seahorse Hippocampus reidi (Teleostei, Syng-

    nathidae) from birth to adulthood under experimental conditions. Aquaculture 292: 3741.

    - HORA,M. S. C.;JOYEUX, J.-C;CARLOS,M. T. L. 2010. Cultivo de cavalo-marin ho Hippocampus reidi . In: Espcies nativas para

    piscicultura no Brasil. Editora UFSM,Santa Maria, RS. 608p.

    - KUITER,R.H.;2009. Seahorses,Pipeshes and their relatives. A comprehensive guide to the Syngnathiformes. Aquatic Pho-

    tographs. Seaford,Australia. 334p.

    - LOURIE,S.A.;FOSTER,S.J.;COOPER,E.W.T.; VINCENT,A.C.J.,2004. A Guide to the I dentication of Seahorses. Project Sea-

    horse and TRAFFIC North America. Washington D.C.: University of British Columbia and World Wildlife Fund.

    - OLIVOTTO,I.;AVELLA,A.M.;SAMPAOLESI,G.;PICCINETTI,C.C.;RUIZ NAVARRO,P.;CARNEVALI,O.;2008. Breeding and rearing

    the longsnout seahorse Hippocampus reidi: rearing and feeding studies. Aquaculture. 283(1-4): 9296.

    - SOUZA-SANTOS,L. P.;REGIS,C. G.;MLO, R. C. S.;CAVALLI,R. O;2013. Prey selection of juvenile seahorse Hippocampus reidi.

    Aquaculture (Amsterdam) 404: 35-40.

    - WILLADINO,L.;SOUZA-SANTOS,L.P.;MLO,R.C.S.;BRITO,A.P.;BARROS,N.C.S.;ARAJO-CASTRO,C.M.V.;GALVO,D.B.;GOU-

    VEIA,A.;REGIS,C.G.;CAVALLI,R.O.;2012. Ingestion rate,survival and growth of newly released seahorse Hippocampus reidi

    fed exclusively on cultured live food items. Aquaculture. 360: 10-16.

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    Equipe

    UNIVERSIDADE FEDERAL RURALDO SEMI-RIDO

    Felipe de Azevedo Silva Ribeiro

    Marco Tulio de Lima e Carlos

    Natlia Rocha Celedonio

    Julio Cesar Silva Cacho

    Thiago Lima de Carvalho

    Rafaela Cristina Faria de Souza

    Jefferson Alves de Morais

    Daniele Marques

    Antonio Endson Medeiros

    Ana Fiastro

    Pedro Dantas

    Danyela Soares

    Daniele Rocha

    UNIVERSIDADE FEDERALDE PERNAMBUCO

    Llia Pereira de Souza Santos

    Cintia Regis Glasner

    Petrus Xavier Bezerra Alves

    UNIVERSIDADE FEDERAL RURALDE PERNAMBUCORonaldo Olivera Cavalli

    Luciano Willadino

    Roberta C. Silfrnio Mlo

    Ana Paula Brito

    Adriana Gouveia

    Daniel Brandt Galvo

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    UNIVERSIDADE FEDERALDO ESPRITO SANTOJean-Christophe Joyeux

    Maik Cividanes da Hora

    Felipe Sueti Magalhes

    Helder Coelho Guabiroba Jr

    UNIVERSIDADE FEDERALDO RIO GRANDELuis Andr Sampaio

    Luis Alberto Romano

    Marcelo Roberto Pereira Shei

    Ricardo Vieira Rodrigues

    Bianca de Azevedo Lopes

    PRIMARAlexandre Alter Wainberg

    UNIVERSIDADE FEDERAL

    DA PARABAAdriane Pereira Wandeness

    UNIVERSIDADE ESTADUALPAULISTA - UNESP

    Tamara Fonseca

    Wagner C. Valenti

    Diagramao: MK Design - Ilustrao: Lucca Medeiros - Reviso: Sandra Chaves

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