cavalo crioulo - manual criador abccc

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  • Manual do CriadorRaa Crioula

    ABCCC

    maio 2013

  • 5 Este manual tem por finalidade orientar os criadores e proprietrios de cavalos da Raa Crioula - em especial os iniciantes - no sentido de familiariz-los com os servios de registros genealgicos e documentaes, proporcionando a eles maior comodidade e satisfao na arte de criar este que o cavalo da Amrica.

    RAA CRIOULA

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    Histrico da Raa_______ ______________________________________ 07Padro da Raa_______________________________________________ 11Documentos _________________________________________________14Lembretes ao criador ou proprietrio _____________________________ 20Relao dos Tcnicos da ABCCC __________________________________ 22Padro da Raa ______________________________________________ 25Seleo _____________________________________________________ 26Certas virtudes psicolgicas do cavalo ____________________________ 28Como proceder para importar ou exportar animais __________________ 30Eventos _____________________________________________________ 33 Registro do Mrito ____________________________________________ 34Eventos - Pistas de Prova _______________________________________ 40

    SMARIO

    1. ORIGEM

    1.1 ANTECEDENTES HISTRICOS

    O cavalo Crioulo tem sua origem no territrio da Pennsula Ibrica. As prin-cipais raas de cavalos criadas na regio eram originrias de duas principais linha-gens encontradas no planalto do Himalaia: o Equus Caballus Asiaticus (raa Ariana, que deu origem ao rabe) e o Equus Caballus Africanus (raa Monglica, que deu origem ao primeiro Brbere). O Brbere habitou o norte da frica e, atravs das rotas migratrias, foi o primeiro a atingir o sul da Espanha. Dada s condies excepcionais do solo e do clima do sul da Espanha, o cavalo Brbere primitivo teve grande desenvolvimento. Os povos que dominaram a Pennsula influenciaram sua cultura equestre em distintos nveis, sendo que as prin-cipais influncias vieram dos povos Celta, Cartagins, Brbaro e, principalmente, do Muulmano. Durante a Reconquista, os cristos usaram cavalos de grande porte, indis-pensveis para suportar a carga dos cavaleiros armados, porm, terminada a guer-ra, os Reis Catlicos e seus sucessores consideraram a necessidade de ter, alm da cavalaria pesada, outra ligeira cpia da notvel e aguerrida cavalaria muulmana, surgindo assim os cavalos Andaluzes. Os cavalos Andaluz e Brbere foram raas escolhidas para cruzar o oceano com Cristvo Colombo, na ocasio de sua segunda viagem Amrica, em 1493. Alm de estarem prximos s regies porturias de onde as expedies saam, eram os mais aptos a afrontar as dificuldades do novo continente. O cavalo que aportou na Amrica era a mais desenvolvida ferramenta de guerra existente na poca.

    HISTRICO DA RAA

    ndios foram os primeiros a terem contato com o cavalo na Amrica do Sul

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    Ento, aps o desembarque de Colombo, os cavalos espalharam-se pela Amrica. O primeiro local de chegada foi a Ilha de Santo Domingo; depois, entraram no Panam e na Colmbia. Foram introduzidos no Peru, no Chile, na Argentina. Alis, na expedio de Pedro de Mendonza ao Rio da Prata, em 1535, para fundar Buenos Aires, havia 72 equinos que viriam a ser considerados de extrema importncia para a formao do cavalo crioulo argentino. Outro nome importante o do desbrava-dor Cabeza de Vaca, que chegou a Santa Catarina, no Brasil, em 1541, com 46 dos 50 cavalos que partiram da Espanha. Com eles, atravessou o territrio brasileiro at Assuno, capital do Paraguai. Em seguida, os cavalos foram introduzidos no chaco argentino para depois atingirem o Rio da Prata. O sculo XVI foi marcado pelo des-bravamento e o assentamento no novo territrio e estes animais (acertadamente batizados pequenos grandes cavalos da Amrica por Guilherme Echenique) foram de fundamental importncia para o sucesso destas empreitadas.

    Panam

    Colmbia

    Vinda do cavalo Crioulo para a Amrica

    Chile AndaluzBrbere

    Pennsula Ibrica

    Peru

    A partir do sculo XVII, muitos cavalos foram perdidos ou abandonados ao acaso. Passaram a ser criados de forma livre, formando inmeras cavalhadas selva-gens distribudas pela imensido da Amrica, entre suas cordilheiras e pampas. Du-rante o perodo de formao da raa, as inmeras manadas, espalhadas pelo novo continente, tiveram destinos diferentes. Nos Estados Unidos e no Mxico, as prolongadas guerras e o cruzamento com outras raas fizeram desaparecer os cavalos descendentes dos Crioulos. Na Colmbia e na Venezuela, as altas temperaturas, a alimentao e a geografia local al-teraram e muito a aparncia e a estatura dos cavalos. Os Crioulos, da forma como hoje so conhecidos, ficaram concentrados no sul da Amrica, sendo, por cerca de quatro sculos, forjados atravs da seleo natural: foram perseguidos por homens e predadores, passaram sede e fome e precisaram aguentar temperaturas extremas, desde as rigorosas geadas do inverno at o forte sol do vero. Servindo a todo o tipo de trabalho, o Crioulo puxou gua para as proprie-dades, trilhou o trigo, tracionou o arado para o plantio de diversas culturas, amas-sou o barro para a construo de casas e, usado na guerra foi o grande heri da independncia do solo americano da dominao europeia. Foi montado em c avalos Crioulos que San Martim transps a Cordilheira dos Andes para libertar Chile e Peru e que Simon Bolivar dominou a Colmbia, a Venezuela e a Bolvia. Assim que a raa Crioula foi moldada: em um ambiente hostil, onde s os mais fortes sobreviviam e conseguiam passar seus genes para as futuras geraes. Em meados do sculo XIX, aps este perodo evolutivo, os fazendeiros do sul da Amrica comearam a tomar conscincia da importncia e da qualidade dos cavalos Crioulos que vagavam por suas terras. Ento, esta nova raa, bem definida e com ca-ractersticas prprias, passou a ser preservada, vindo a ganhar notoriedade mundial a partir do sculo XX, quando vrias associaes foram criadas para exaltar e com-provar o valor do cavalo Crioulo. Entre as caractersticas herdadas de seus antepassados esto a alada me-diana que dificilmente chega ou supera 1,50 metro; a cabea curta, triangular, de perfil reto ou subconvexo; as orelhas curtas bem separadas, amplas em sua base e pouco perfiladas; o pescoo erguido, a garupa pouco inclinada e o temperamento ativo; a abundncia de crinas e cola; o aspecto baixo e forte e o carter tranquilo de seus antepassados europeus.

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    1.2 - A FUNDAO DA ABCCC

    Desde que um grupo homens de viso do Rio Grande do Sul decidiu, no dia 28 de fevereiro de 1932, constituir uma entidade dedicada exclusivamente ao cavalo Crioulo, uma histria repleta de conquistas comeou a ser escrita. Estabe-lecida na cidade de Pelotas h mais de 80 anos, a Associao Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos est hoje na vanguarda das Associaes de raa do pas. Sua histria, porm, comeou antes de sua fundao, no incio do scu-lo XX, quando estancieiros gachos organizaram-se no sentido de criar e ordenar parmetros seletivos para a formao de uma base racial. A necessidade de regula-mentao deu forma ento Associao de Criadores de Cavalos Crioulos (ACCC), que mais tarde viria a se tornar Associao Brasileira (ABCCC), cuja primeira ao foi a certificao de animais no Stud Book, realizada atravs de inspees tcnicas.

    Desde ento, a ABCCC trabalha sobre uma base formada por trs pilares principais: selecionar, difundir e preservar o cavalo Crioulo. Esse trip tornou-se o norte que guiou os criadores na oficializao de modalidades que salientaram as vir-tudes da raa e atestaram a sua capacidade e versatilidade. A principal delas, o Freio de Ouro, hoje considerada o grande responsvel pelo crescimento e a valorizao atual dos exemplares. As provas e exposies, divulgadas pela televiso, pela internet e por out-ros meios de comunicao, aceleraram o processo de expanso da raa no pas. Hoje o cavalo Crioulo est presente em todo o territrio brasileiro com uma manada de mais de 311 mil animais, mantidos por cerca de 35 mil criadores e proprietrios. Alm disso, a entidade referenda 25 tcnicos e 85 ncleos, responsveis pela pro-moo de aproximadamente mil eventos por temporada.

    1 Comisso de I nspeo e Diretor ia da ABCCC

    PADRO DA RAA

    1. CABEA

    PERFIL:

    GANACHA:

    LARGURA:

    COMPRIMENTO:

    ORELHAS:

    OLHOS:

    2. PESCOO

    INSERES:

    BORDO SUPERIOR:

    BORDO INFERIOR:

    LARGURA:

    COMPRIMENTO:

    SubconvexoRetilneo

    DelineadaForte e moderadamente afastada

    Fronte Larga e bem desenvolvidaChanfro Largo e curto

    Curta

    AfastadasCurtasBem inseridasCom mobilidade

    ProeminnciaVivacidade

    Cabea - Limpa e ResistenteTrax - Rigorosamente apoiado no peito

    SubconvexoCrinas grossas e abundantes

    Retilneo

    AmplaForteMusculosa

    Mediano

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    3. LINHA SUPERIOR

    CERNELHA:

    DORSO:

    LOMBO:

    GARUPA:

    COLA:

    4. TRAX, VENTRE E FLANCO

    PEITO:

    PALETAS:

    COSTELAS:

    VENTRE:

    FLANCO:

    Destaque moderadoMusculosa

    MedianoMusculosoBem unido cernelha e ao lombo

    MusculosoUnindo suavemente o dorso e a garupa

    Moderadamente larga e compridaLevemente inclinada proporcionando boadescida muscular para os posteriores

    Com a insero dando uma perfeita continuidade linha superior da garupaSabugo curto e grosso, com crinas grossas eabundantes

    AmploLargoProfundoEncontros bem separados e musculosos

    Inclinao medianaComprimento medianoMusculosas, caracterizando encontros bem separados

    Arqueadas e profundas

    Subconvexo, com razovel volumePerfeitamente unido ao trax e ao flanco

    CurtoCheioUnindo harmonicamente o ventre ao posterior

    5. MEMBROS ANTERIORES E POSTERIORES

    BRAOS E COTOVELOS:

    ANTEBRAOS:

    JOELHOS:

    CANELAS:

    BOLETOS:

    QUARTELAS:

    CASCOS:

    QUARTOS:

    GARRES:

    MusculososBraos inclinadosCom cotovelos afastados do trax

    MusculososAprumadosAfinando-se at o joelho

    Fortes, ntidos, no eixo

    Curtas, com tendes fortes e definidosAprumadas

    Secos, arredondados, fortes e ntidosMachinhos na parte posterior

    De comprimento mdioFortes, espessas, ntidas e medianamente inclinadas

    De volume proporcional ao corpo, duros, densosslidos, aprumados e medianamente inclinadosDe preferncia pretos

    Musculosos, com ndegas profundasPernas moderadamente amplas e musculosasinterna e externamente

    Amplos, fortes, secosParalelos ao plano mediano do corpo, comngulo anterior medianamente aberto

    * no existe mximo estabelecido

    Machos 1,40 1,50 1,68 0,18Fmeas 1,38 1,48 1,70 0,17

    Min. Max. Min.* Min.*

    1,38 1,50 1,68 0,18

    Alada Torax Canela(permetro) (permetro)

    Castrado

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    Enumeramos a seguir os itens que consideramos mais importantes para o conhecimentos dos criadores

    1. FORMULRIOS (Impressos)

    Todo o criador tem acesso na Associao ou em nosso site (http://www.abccc.com.br) aos seguintes formulrios indispensveis:

    a) Alterao de Dados Cadastraisb) Cadastro de Marcac) Comunicado de Transfernciad) Formulrio de Proposta de Associadoe) Formulrio de Registro de Afixof) Formulrio de Solicitao de Serviosg) Formulrio Individual de Padreaoh) Termo de Responsabilidade para transaes eletrnicasi) Transferncia de Embriesj) Transferncia de Prenhez e Produtosl) Troca de Razo Social

    2. COMUNICAES* Toda a comunicao de ocorrncia ao SRG (Servio de Registro Geneal- gico) dever ser apresentada diretamente na Associao, atravs do correio (vale a data do protocolo no SRG ) ou via Internet, atravs de e-mail cadastrado ao da rea do criador.

    NOTA: no ser aceito via Internet o Comunicado de Transferncia por neces-sitar firma reconhecida em cartrio e estar acompanhado do certificado original do animal e Propostas de Scio e Demisso, que devem ser assinadas pelo criador, salvo atravs do Termo de Responsabilidade devidamente registrado na entidade.

    2.1 COMUNICADO DE PADREAO

    A padreao poder ser realizada em qualquer poca do ano, podendo ser, a critrio do criador, por monta dirigida, a campo ou por inseminao artificial com smen fresco ou congelado. _____________________________________________________________________*Baseadas no Regulamento do Servio de Registro Genealgico da ABCCC, ho-mologado pelo MAPA em 27/12/2011.

    DOCUMENTOS 2.1.1 - O Setor de Registro da ABCCC disponibiliza ao criador uma rea res-trita no site da entidade onde pode ser acessada a relao de todas as fmeas de sua propriedade aptas reproduo (confirmadas no registro definitivo).

    2.1.2 - O proprietrio ou o responsvel pelo garanho dever comunicar a padreao das guas ao SRG, tanto de sua propriedade, como de terceiros, desde que esteja sob sua responsabilidade, at o dia 30 de junho de cada ano.

    2.1.3 - Sero aceitas comunicaes de padreao at o dia 30 de setembro, mediante pagamento de multa previsto na tabela em vigor. Os comunicados poste-riores a setembro sero processados mediante pagamento de multa e os produtos resultantes destes acasalamentos somente sero inscritos mediante exame compa-rativo para determinao de paternidade e maternidade.

    2.1.4 - Sendo adotado o servio a campo devero ser mencionadas as da-tas extremas do perodo em que o reprodutor esteve solto na manada, mantendo a data final sempre em 30 de junho de cada ano. No caso de adotado o servio de padreao individual dever ser mencionada a data dos saltos, para cada gua.

    2.2 - INSEMINAO ARTIFICIAL E TRANSFERNCIA DE EMBRIES

    Ser permitida a Inseminao Artificial com smen fresco ou congelado, desde que na data de cobertura o garanho esteja vivo. Os criadores que fizerem o uso de inseminao devem tambm cumprir legislao especfica do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA).

    2.2.1 - A cada perodo gestacional todas as guas confirmadas podero gerar um produto, seja no prprio ventre ou por transferncia de embrio, desde que resguardado o intervalo mnimo entre partos de 310 dias.

    Nota: as guas inscritas no Registro de Mrito, as vencedoras dos Freios de Ouro, Prata e Bronze da ABCCC e da FICCC, as quatro melhores guas do Campeona-to Nacional da Morfologia e as trs primeiras colocadas da Marcha de Resistncia da ABCCC podero gerar dois produtos por temporada reprodutiva (1 de julho a 30 de junho), sem a necessidade de gestar qualquer um dos produtos e sem necessidade de obedecer o intervalo mnimo entre partos.

    2.2.2 - A transferncia de embrio dever ser comunicada ABCCC em for-mulrio prprio, at 30 dias aps sua realizao.

    2.2.3 - indispensvel para inscrio de um produto oriundo de trans-ferncia de embries o exame comparativo para determinao de maternidade e paternidade.

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    2.2.4 - No ser permitida a comercializao de embries, apenas das pre-nhezes resultantes.

    2.3 - COMUNICADO DE NASCIMENTO

    de responsabilidade do criador atravs dos Inspetores Tcnicos creden-ciados, encaminhar ao SRG o comunicado de nascimento do produto das guas de sua propriedade, o qual se constituir no respectivo pedido de inscrio no Controle C1.

    2.3.1 - A comunicao de nascimento dever ser apresentada ao SRG no mximo at nove meses (270 - duzentos e setenta dias), em formulrio prprio for-necido pela ABCCC. Este deve ser vistoriado por um inspetor, assinado pelo criador e enviado entidade.

    2.3.2 - A resenha do produto deve ser feita pelo Inspetor Tcnico com o mximo rigor no grfico reproduzido no formulrio, anotando todos os sinais que caracterizam o animal bem como a pelagem correspondente. O contato com o tc-nico credenciado ABCCC deve ser realizado pelo criador.

    NOTA: o que resenha? a expresso grfica, de todos os sinais constantes em um indivduo. Os mesmos so identificados, no momento da inspeo ao p da me do produto, por um Tcnico credenciado da ABCCC. Constam na resenha de um ani-mal, data do nascimento, sexo, pelagem e suas variaes, manchas e sinais diferentes da capa bsica, encontrados principalmente na cabea e nas extremidades locomotoras.

    2.3.3 - indispensvel que a me do produto seja de propriedade de quem o inscrever. Em caso de aquisio de prenhez, deve ser apresentado formulrio de transferncia prenhez/produto preenchido pelo vendedor, para que o produto seja inscrito diretamente no nome do comprador.

    2.3.4 - Uma vez aceita a inscrio do produto pela Associao, o formu-lrio ser autenticado e devolvido ao criador. Este ser o Certificado Individual de Inscrio no Registro Provisrio.

    ATENO: NO SERO INSCRITOS NO REGISTRO GENEALGICO

    a) Os produtos de pais no inscritos, sem DNA ou no confirmados com o Registro Definitivo no SRG.

    b) Os produtos nascidos de guas que no tenham padreaes comunica-das conforme o regulamento.

    c) Produtos provenientes de reprodutoras ao qual sua prognie possua data entre partos inferior a 310 (trezentos e dez) e superior a 365 (trezentos e ses-senta e cinco) dias.

    d) Os produtos cujas pelagens estejam em discordncia com as contidas nos padres da raa.

    e) Os produtos com caractersticas transmissveis geneticamente, reconhe-cidamente incompatveis com os de seus genitores.

    NOTA: toda a decorrncia de inconformidade percebida pelo criador quanto resenha do animal inscrito deve ser comunicada ao Setor de Registro Genealgico.

    2.4 DA IDENTIFICAO E INSPEO TCNICA

    O cavalo da raa Crioula dever ter um nome de livre escolha de seu pro-prietrio, discriminado no comunicado de nascimento, sendo que o SRG tem direito de censura para os nomes que julgar imprprios ou inconvenientes. O setor ter prazo de 60 dias para apresentar ao criador a recusa do nome, dando a este mais 30 dias para propor outro nome.

    2.4.1 - O nome escolhido pelo criador deve ser acompanhado pelo afixo da cabanha, escolhido no momento de cadastro desta no registro da ABCCC. Nota: o afixo pode ser como Prefixo (antes do nome do animal) ou Sufixo (aps o nome do animal) e acompanhar o nome de todos os produtos nascidos em seu cri-atrio.

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    2.4.2 - Ao completar os dois anos de idade e aps inspeo tcnica, que confere o padro exigido pelo standart da raa, o animal passar a ter um Registro Definitivo, recebendo a marca a fogo da Associao. A marca ser posta no tero mdio do quarto posterior direito do animal.

    2.4.3 - A marcao do nmero indicativo do Registro Particular (RP) obri-gatria e dever ser procedida antes da desmama do produto.

    2.4.4 - Os machos devero ser apresentados em concentraes pblicas, onde da competncia do tcnico revisor aprovar, aprazar ou at mesmo eliminar o produto. No caso de aprazamento, o animal poder ser reapresentado aps 30 dias em outro evento.

    NOTA: as concentraes de machos so agendadas pelos Ncleos de Cria-dores de Cavalos Crioulos, seguindo as normas de agendamento de eventos da entidade e divulgadas no site da ABCCC (www.abccc.com.br). Para participar, os criadores devem apresentar ao tcnico responsvel pelo evento o Documento de Registro Provisrio ori-ginal do animal devidamente transferido para sua propriedade.Na avaliao o tcnico credenciado observa as medidas do cavalo e o seu aparelho re-produtor e realiza uma conferncia da resenha. Em seguida, os participantes so colo-cados em pista para a anlise morfolgica e todos so comentados, inclusive os que no sero marcados. Neste momento avaliado se o animal est dentro do padro da raa no que diz respeito, principalmente, ao selo racial, correo de linha superior, ao nvel de aprumos, aptido funcional e ao equilbrio.A marcao feita na concentrao mesmo, onde tambm realizada a coleta de mate-rial para exame de DNA.

    2.5 - COMUNICADO DE TRANSFERNCIA

    A transferncia de propriedade dever ser solicitada em formulrio espe-cial, fornecido pelo SRG ou obtido via Internet na pgina da ABCCC (www.abccc.com.br), no qual devem constar o nome do proprietrio, a data da transferncia efe-tuada (venda, troca, doao, cesso) e, quanto ao animal, o nome, o sexo e o nmero do registro respectivo.

    2.5.1 - O formulrio dever ser encaminhado ao SRG pelo vendedor da-tado, assinado e com firma reconhecida, acompanhado do certificado original. A transferncia s se tornar efetiva aps seu cadastro na Associao e registro no cer-tificado do animal.

    2.5.2 - A transferncia de propriedade com reserva de domnio somente poder ser aceita com o envio do respectivo contrato de compra e venda, assinado pelas partes interessadas. A transferncia poder ser cancelada mediante autori-zao do credor.

    NOTA: um dos erros mais frequentes no preenchimento deste comunicado quanto a reserva de domnio. Marcar a opo sim no espao localizado no canto su-perior direito do documento fundamental para sacramentar as vendas financiadas. Neste caso, o vendedor deve anexar a cpia do contrato de compra e venda, sob pena de invalidar a opo.Quando o contrato entre as partes estiver quitado,o vendedor deve imediatamente informar a ABCCC, atravs de documento devidamente reconhecido em cartrio, para finalizao da reserva de domnio. Somente aps este processo ser permitido fazer a transferncia do animal em questo para terceiros.

    2.5.3 - Os emolumentos de transferncia sero pagos pelo vendedor, salvo autori-zao expressa do comprador.

    2.6 - COMUNICADO DE MORTE

    obrigatria, anualmente, a comunicao de morte de animais registra-dos no Servio de Registro Genealgico. A comunicao dever ser feita at o dia 30 de junho acompanhada do respectivo certificado de registro, para que seja efetivada a correspondente baixa ou atravs dos Inspetores, por ocasio da visita tcnica. O pedigree do animal poder ser devolvido ao proprietrio desde que seja requerido.

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    1. AO ADQUIRIR UM ANIMAL

    Dever ser solicitado ao vendedor ou ao doador a transferncia para seu nome (em formulrio prprio do SRG). Este processo de responsabilidade do vendedor e deve ser acompanhado do Certificado Original (pedigree) e remetido ao SRG. O emolumento correspondente tambm de responsabilidade do vendedor, a no ser que o comprador assuma por escrito tal nus.

    1.1- GUA PRENHE: verificar se o Comunicado de Padreao j foi entregue pelo proprietrio ou responsvel legal pelo garanho no setor de registro e se o ca-valo que padreou j possui exame de DNA. Isto de fundamental importncia e o prazo de comunicao ao SRG at 30 de junho de cada ano.

    1.2 GUA COM CRIA AO P: verificar se o potranco(a) ao p est inscrito(a) no Registro Provisrio da Raa ou se dever ser inscrito em seu nome (o SRG pode lhe informar mediante consulta).

    2 DOS PRAZOS

    Observe os vencimentos dos prazos para comunicar ao Registro Genealgico da Raa.

    2.1 DA PADREAO: at 30 de junho de cada ano.

    2.2 DO NASCIMENTO: at aos 9 (nove) meses aps o nascimento do potranco. A partir dos 9 meses, o SRG ainda receber os pedidos de inscrio dos produtos, mediante pagamento de multa para atraso e poder vincular sua inscrio mediante exame comparativo de maternidade e paternidade.

    2.3 DAS CONFIRMAES: o produto inscrito no Registro Provisrio da Raa, aps dois anos de idade, dever ser inspecionado por Tcnico da ABCCC, re-cebendo ou no a condio de ingressar no Registro Definitivo. As fmeas e os cas-trados podero ser inspecionados no estabelecimento de criao, enquanto que os machos somente em concentraes pblicas previamente autorizadas pelo SRG. Todos os animais podem ser aprovados, aprazados ou refugados.

    LEMBRETES AO CRIADOR E PROPRIETRIO Nota: tanto produtos machos como fmeas, somente podem ser acasalados aps confirmao de inscrio no Registro Definitivo.

    3 DOCUMENTOS NECESSRIOS PARA TRANSPORTE DE ANIMAIS 3.1 - Certificado original ou cpia autenticada (validade de 6 meses)3.2 - Exame de Anemia Infecciosa Equina3.3 - Guia de Trnsito de Animais (GTA)3.4 - Guia de recolhimento de ICMS (quando este animal j tenha sido transferido de propriedade)

    4 ASSISTNCIA TCNICA

    Os tcnicos credenciados Associao so profissionais autnomos das reas de Zootecnia, Medicina Veterinria e Engenharia Agronmica, habilitados a assessorar o criador desde o momento da seleo, compra de exemplares, passando pelo manejo, reproduo e treinamento dos mesmos. Esses profissionais so indispensveis nos processos cartoriais como re-senha de potrancos, confirmao de fmeas, concentraes de machos e revises coletivas. Somente o Tcnico da ABCCC poder lhe prestar servios de inspeo tc-nica. Atualmente so 22 os habilitados a prestar esse servio. Os tcnicos deslo-cam-se permanentemente por todo o territrio nacional, a fim de atender todos os criadores. Confira a seguir o contato dos profissionais que podem ser acionados di-retamente, de acordo com a preferncia do criador, sempre que se fizer necessrio.

  • 22 23

    ADOLFO JOS MARTINS NETO Cidade: Cambori/SCTelefones: (47) 3367 0294 /(47) 9981 2018 E-mail: [email protected]

    ALEXANDRE PONS SUECidade: Bag/RSTelefone: (53) 9963 4648E-mail: [email protected]

    CARLOS MARQUES GONALVES NETOCidade: Cachoeira do Sul/RSTelefones: (51) 9818 4649/(51) 9917 6022E-mail: [email protected]

    CHRISTINA FREITAS BANDEIRA DE MELLOCidade: Alegrete/RSTelefone: (55) 9977 0771E-mail: [email protected]

    CLUDIO NETO DE AZEVEDOCidade: Pelotas/RSTelefone: (53) 9957 2929E-mail: [email protected]

    DANIEL ROSSATO COSTACidade: Dom Pedrito/RSTelefone: (53) 8108 1544E-mail: [email protected]

    FELIPE CACCIA MACIELCidade: Porto Alegre/RSTelefone: (51) 8427 7427E-mail: [email protected]

    FERNANDO SEGALA GRAVINACidade: Porto Alegre/RSTelefone: (55) 9987 3450E-mail: [email protected]

    RELAO DOS TCNICOS DA ABCCC GILBERTO DOMINGUES RIETHCidade: So Gabriel/RSTelefones: (55) 3232 1601 /(55) 9945 8897E-mail: [email protected]

    HEITOR CHEUICHE COELHOCidade: Braslia/DFTelefones: (61) 3468 8003 /(61) 9212 0859E-mail: [email protected]

    HENRIQUE LITCHINA GONZLEZCidade: Bag/RSTelefone: (53) 9971 0162E-mail: [email protected]

    JAIME FAGUNDES BICA DE FREITASCidade: So Gabriel/RSTelefone: (55) 9971 2313E-mail: [email protected]

    JORGE AGINELO DO NASCIMENTOCidade: Ibirub/RSTelefones: (54) 3324 1424 /(54) 9116 7771E-mail: [email protected]

    LUCIANO CORRA PASSOSCidade: Bag/RSTelefone: (53) 8405 7123E-mail: [email protected]

    LUIZ FRANCISCO DE QUADROS LEITECidade: Lavras do Sul/RSTelefones: (53) 9972 3625 /(53) 9976 0025E-mail: [email protected]

    MARCELO MONTANO COELHOCidade: Viamo/RSTelefone: (51) 9982 4743E-mail: [email protected]

    MARCOS GOMES ANTUNESCidade: Castro/PRTelefone: (42) 3232 1128 /(42) 8816 8721E-mail: [email protected]

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    OLMIRO ANDRADE FILHOCidade: So Sep/RSTelefones: (55) 3233 1757 /(55) 9971 5211E-mail: [email protected]

    PAULO ARMANDO REBELLO SOLHEIDCidade: Uruguaiana/RSTelefones: (55) 3412 2280 /(55) 9973 1015E-mail: [email protected]

    RAFAEL FAGUNDES SANTANNACidade: Campo Grande/MSTelefones: (67) 3306 8430 /(67) 9961 8411E-mail: [email protected]

    RICARDO GUAZZELLI MARTINSCidade: Vacaria/RSTelefones: (54) 3231 2340 / (54)9113 9906E-mail: [email protected]

    RODRIGO ALBUQUERQUE PYCidade: Barra do Ribeiro/RSTelefones: (51) 3482 1141 /(51) 9995 9658E-mail : [email protected]

    ROMEU KOCHCidade: So Jos/SCTelefones: (63) 3476 2523/(63) 9994 7707E-mail: [email protected]

    ROUGET GIGENA WREGECidade: Jaguaro/RSTelefone: (53) 8117 9146E-mail: [email protected]

    THIAGO ANDREOLLA PERSICICidade: Uruguaiana/RSTelefone: (55) 9999 0962E-mail: [email protected]

    PADRO DA RAA

    MONTA EM

    1 a 6 de janeiro6 a 11 de janeiro11 a 16 de janeiro 16 a 21 de janeiro21 a 26 de janeiro26 a 31 de janeiro

    14 a 19 de agosto19 a 24 de agosto24 a 29 de agosto

    2 a 8 de setembro8 a 13 de setembro 18 a 23 de setembro23 a 28 de setembro

    3 a 8 de outubro8 a 13 de outubro13 a 18 de outubro18 a 23 de outubro 23 a 28 de outubro

    2 a 7 de novembro7 a 12 de novembro 12 a 17 de novembro17 a 22 de novembro 22 a 27 de novembro

    2 a 7 de dezembro7 a 12 de dezembro12 a 17 de dezembro 17 a 22 de dezembro 22 a 27 de dezembro 27 a 31 de dezembro

    PARIO APROXIMADA

    6 a 11 de dezembro11 a 16 de dezembro16 a 21 de dezembro21 a 26 de dezembro26 a 31 de dezembro31 a 5 de fevereiro

    19 a 24 de julho24 a 29 de julho29 a 03 de agosto

    8 a 13 de agosto13 a 18 de agosto23 a 28 de agosto28 a 02 de setembro

    8 a 12 de setembro12 a 17 de setembro17 a 22 de setembro22 a 27 de setembro27 a 2 de outubro

    7 a 12 de outubro12 a 17 de outubro17 a 22 de outubro22 a 27 de outubro27 a 1 de outubro

    6 a 11 de novembro11 a 16 de novembro16 a 21 de novembro 21 a 26 de novembro26 a 1 de novembro1 a 5 de novembro

    Nota: deve ser respeitado intervalo de, no mnimo, 310 dias entre partos

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    Segundo o hiplogo Carvenim, a seleo pode ser conservadora ou pro-gressiva. Com a primeira, pode-se chegar a configuraes de geraes do mesmo tipo racial, mantendo suas aptides. Com a ltima avanaremos pela perfeio das quali-dades e caractersticas mais ou menos puras. Os reprodutores devem ser escolhidos isentos de sangue estranho e devem apresentar a devida nitidez que caracteriza a raa pura. Segundo o hiplogo francs Baron, as qualidades de morfologia til e os fixadores de caracteres raciais so passa-dos no s para o produto mas tambm s geraes subsequentes. Para obtermos estes resultados devemos selecionar animais com qualidades marcantes, no s morfolgicas como funcionais. Portanto, o criador deve ter conheci-mento das qualidades para acasalar tipos semelhantes em conformaes ou aptides, eliminando os defeituosos. Jamais devemos cruzar animais com defeitos opostos para chegar a um equilbrio - mtodo totalmente errneo. Se quisermos uma maneira de eliminar defeitos nas manadas, apesar de antieconmico, colocar as matrizes com defeito com um jumento e produzirmos uma mula. O patrimnio hereditrio (qualidades morfolgicas e funcionais) transmiti-do ao descendente pelos geradores diretos; a herana dos avs caracteriza o atavis-mo. A herana individual direta nos descendentes se v reforada quase sempre, por somas acumuladas das geraes anteriores. Quanto maior o acmulo, maior poder hereditrio acusar o descendente. Quanto mais geraes compostas de animais de destacadas qualidades, mais valores tero, porque o atavismo abrir um modo inteira-mente convergente na herana do indivduo. Um indivduo possuir as seguintes somas de heranas25% de influncia paterna25% de influncia paternal atvica25% de influncia materna25% de influncia maternal atvica Em resumo, diramos que o cavalo um produto de herana ancestral e de suas circunstncias ambientais. Portanto, poderemos analis-lo pelos fatores P (pai) + M (me) x Ambiente. Para fixarmos uma determinada qualidade ao nosso criatrio necessrio um sucessivo nmero de geraes. O cruzamento no matemtico ou simplesmente a colocao de bom garanho e gua para obteno de um belo produto. At os dois anos de idade, um produto - apesar de ter adquirido a carga gen-tica - vai depender das circunstncias ambientais, desde o tero da me at o ambiente que enfrentar at esta idade, como o clima, a qualidade de alimentao e os exerccios recebidos. No podemos exigir de pais com regulamento ambiental negativo.

    SELEO Ao adquirirmos um garanho, devemos estudar sua ascendncia e morfo-logia e verificar se suas qualidades tm condies de somar com as das matrizes ou diluir algum defeito por elas apresentado. Os clientes devem vender garanhes de boa qualidade e castrar aqueles que possam comprometer como futuros pais. Um criador que vende um mau reprodutor ganha no momento, mas certa-mente perder no futuro. Os cavalos castrados no reproduzem, mas podem ser bem-sucedidos em provas como o tiro de lao, marchas, vaquejadas, jogo do pato, ocasio-nando menos despesas e projetando a cabanha.

    ANDADURAS Acreditava-se que o cavalo, ao passar de um andamento lento (trote) para um mais rpido (galope), estava adotando uma medida para economizar energia. Porm, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostraram que o galope provoca maior dispndio de energia do que o trote. A grande vantagem do galope, no entanto, implicar em menores riscos para os msculos, os tendes e o esqueleto, tendo em vista que um andamento mais macio. O custo energtico do animal em galope 13% superior, em mdia, ao do trote. Os estudiosos verificam que os picos de fora impostos aos rgos de sustentao so bem menores no galope do que no trote. Para constatar a veracidade deste trabalho, Farly e Tayler realizaram estudos em duas fases. Na primeira, analisaram os animais com seus pesos normais; na se-gunda, foi colocada uma carga adicional sobre cada um deles. Se o que causava a mu-dana no andamento era realmente uma maior exigncia dos rgos de sustentao, ento os animais que carregavam peso deveriam passar de trote para o galope em velocidade mais baixa, j que seus ossos e msculos estavam sendo mais exigidos. Os cientistas observaram trs pneis da raa Shetland (com peso mdio de 150 kg), sem peso adicional, que andavam do trote para o galope quando atingiam uma velocidade mdia de 12 km/h. Neste momento, ossos e msculos estavam no nvel crtico para suportar os efeitos do trote, ou seja, havia maior risco de sofrerem danos. Quando os pneis recebiam um volume adicional (23% acima de seus pesos normais), a velocidade com a qual eles passaram do trote para o galope era, em m-dia, de 12 km/h. Ao passarem do trote para o galope, os picos de fora impostos aos seus rgos de sustentao apresentavam uma reduo de aproximadamente 14%, diminuindo a probabilidade de danos. Para melhor concluso campeira: no trote o cavalo gasta menos energia e, quando atinge um nvel crtico, passa a se sujeitar a maiores riscos de danos. No galope o cavalo gasta mais energia, por outro lado est sujeito a menos risco. Valendo-nos deste estudo, ao preparar um cavalo para uma prova, prefe-rvel que se utilize o treinamento a galope. A maior energia gasta poderia ser equili-brada com a rao, ao mesmo tempo em que os esforos sobre ossos, msculos e tendes seriam aliviados. Queremos ressaltar que o trabalho desses pesquisadores foi fornecido como colaborao do amigo crioulista Dr. Carlos Alberto Macedo, professor de ortopedia.

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    INTELIGNCIA: em primeiro lugar, o homem deve ter convivncia com o cavalo para que desenvolva sua inteligncia, pois este teme o desconhecido. Muitas vezes, ao comprarmos gado chegando de automvel no rodeio, um peo nos cede sua montaria, considerando-a de toda confiana, e por nos desconhecer, ao mont-la, nos surpreende em corcovos. O cavalo muito mais inteligente do que julgamos. Quando costum-vamos pealar animais por esporte, de preferncia os mais ordinrios, bastava che-gar na mangueira para eles se protegerem num canto, no dando oportunidade de peal-los. Era uma demonstrao de inteligncia semelhante ao burro de um filsofo grego, que carregado de sal, percebeu que ao passar um crrego existente, quando cheio sua carga era aliviada. Passou, ento, a ajoelhar-se quando o atravessa em baixa para que a gua atingisse o sal. Para tirar-lhe este hbito, o filsofo teve que fazer prevalecer sua inteligncia, carregando-o de l. O burro percebeu que sua carga aumentava, passando a atravess-lo normalmente.

    MEMRIA: o cavalo tambm tem memria. Basta verificar que reconhece locais onde teve sensaes agradveis. Se voc, ao cruzar por um determinado lu-gar, oferecer uma cenoura ou acar, cada vez que fizer o mesmo caminho manife-star vontade de passar, voltando a cabea como quem procura algo. E da mesma forma se receber maus-tratos em outro lugar, ao passar novamente, dar reaes de inquie-tao. Nas nossas campereadas, ao regressar para a casa, o cavalo se tornar alegre, mudando suas andaduras, com vontade de chegar para ser desencilhado e, talvez, contemplado com uma rao.

    ORIENTAO: o sexto sentido do animal. Sem uma orientao maior, capaz ao ser solto em lugar estranho de regressar a sua querncia percorrendo vrios quilmetros. Certamente sua memria visual colabora neste sentido, com a ajuda da audio e olfato.

    TATO: ele est situado no focinho atravs dos pelos ali existentes.

    HBITOS: o cavalo adquire costumes espontneos, como o de parar na casa de clientes de um distribuidor de mercadorias ou no bar que o bbado costuma abastecer.

    SENSIBILIDADE: jamais devemos castigar um cavalo sem motivo justo, pois ele no esqueceria tamanha injustia. Os pontos atribudos a um animal podero ser creditados tambm a seus pais e a seus avs, na razo de 50% e 25% para cada um.

    CARACTERSTICAS PSICOLGICAS DO CAVALO VONTADE: para ser adestrado precisa receber uma educao que contrarie sua vontade, fazendo-o adquirir bons hbitos no sentido de que o cavaleiro indique e ele execute.

    GULODICE E LIBERDADE: so duas preferncias do cavalo. Quando obser-vamos cavalos abrindo porteiras ou destampando tulhas porque ele est procura de gulodices ou da sua liberdade. Por isso, quando executam satisfatoriamente nos-sas exigncias, deve ser contemplado com acar, cenoura ou liberdade. O ideal, em lugar de acar, dar um torro de rapadura, rico em clcio, fsforo e vitamina B2.

    MSICA: o cavalo a aprecia, dando preferncia msica melodiosa e a ins-trumentos como flauta e violino. J os barulhentos como tambores no so bem aceitos. Quando o cavalo aprecia a msica, levanta a cabea e suas orelhas ficam atentas, deixando-o calmo e paciente. Como o som causa reflexos sobre a bexiga, devemos aproveitar para ensinar o animal a urinar numa lata. Tambm devemos utiliz-la para os garanhes, desligados s montas, estimularem sua libido.

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    Aos criadores que pretendem importar ou exportar animais da raa criou-la, ateno para os seguintes itens:

    1. IMPORTAO DEFINITIVA DE ANIMAIS

    1. 1. Os equinos que sero importados devem passar por inspeo zoo-tcnica, realizada no pas de origem por um inspetor tcnico, solicitado pelo criador ou interessado, que emitir e enviar o respectivo laudo ao SRG.

    1.2. Aps anlise e parecer favorvel para importao, os formulrios so encaminhados ao MAPA para aprovao de importao. O proprietrio dos animais importados dever, no prazo de 30 (trinta) dias a partir da data do desembarque, solicitar ao SRG o registro dos animais.

    1.3. Documentos necessrios a) Cpia do certificado de registro genealgico do animal b) Genealogia de no mnimo trs geraes de ascendentes c) Cpia da fatura pr-forma em nome do importador d) Certificao zootcnica, preenchida com os dados do importador e devidamente assinada pelo mesmo ou pelo seu procurador legal. (formulrios dis-ponveis no SRG-ABCCC) e) Requerimento para solicitao de autorizao de importao, ao servio de sanidade animal do Mapa no estado, conforme portaria 49/87 (formulrios dis-ponveis no SRG-ABCCC) f ) Em caso de fmea coberta ou prenhe, dever o importador acrescentar certificado de padreao ou prenhez com registro na categoria definitivo emitido pelo Stud Book do pas de origem, com dados completos do reprodutor e cpia de seu laudo gentico de DNA. NOTA: os exames sanitrios sero feitos durante a quarentena no pas de origem, devendo ser apresentados s autoridades sanitrias, para emisso do certifica-do zoosanitrio internacional, que acompanhar os animais no momento da entrada dos mesmos na fronteira do pas. Os animais ficaro em quarentena por 30 dias no es-tabelecimento de destino. O criador tem um prazo de 30 dias para solicitar a nacionali-zao do mesmo na ABCCC.

    COMO PROCEDER PARA IMPORTAR OUEXPORTAR ANIMAIS

    2. IMPORTAO TEMPORRIA PARA COBERTURAS

    2.1. O criador que deseja fazer a importao temporria de uma gua para padreao por reprodutor nacional deve comunicar ao SRG que emitir atestado declaratrio de prenhez ou padreao no retorno da gua ao pas de origem.

    2.2. No caso de importao temporria de reprodutores ser utilizado os mesmos critrios da importao definitiva.

    NOTA: o tempo de permanncia do animal no pas de dois anos, renovveis por igual perodo. 3. NACIONALIZAO A solicitao de nacionalizao dever ser enviada contendo o registro dos animais, anexado junto a esta solicitao o Certificado de Registro Definitivo do pas de origem e a legalizao da importao, bem como o comprovante de pagamento dos emolumentos correspondentes.

    3.1. Para solicitar nacionalizao do animal ABCCC so necessrios os seguintes documentos: a) Carta de Solicitao de Nacionalizao b) Certificado de registro original do animal, onde conste o nome do importador c) Certificado de 5 gerao, quando no constar no original d) Ata de Inspeo Zootcnica, feita por um tcnico credenciado ABCCC no pas de origem 4. EXPORTAO DE ANIMAIS

    4.1. O criador que desejar exportar animais em carter definitivo ou tem-porrio, dever tomar as providncias a seguir. a) Quando for em carter definitivo, dever enviar o certificado original para ser feita a transferncia ao novo proprietrio b) O proprietrio que est exportando dever fazer uma correspondncia para a ABCCC, informando o animal e o pas a que se destina c) A ABCCC, de posse desta solicitao, emitir um oficio para o Minist-rio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, informando que o animal est devi-damente registrado na associao e pode ser exportado para outro pas (conforme Portaria do SDA/Mapa n 5 de 13/1/1993) d) Requerimento para solicitao de autorizao de importao, ao servio de sanidade animal do Mapa no estado, conforme portaria 49/87 (formulrios dis-ponveis no SRG-ABCCC)

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    5. ATENO AOS PRINCIPAIS PROBLEMAS

    Para efetivao de importao, exportao e pedido de nacionalizao de animais da Raa Crioula so necessrios alguns cuidados especiais no preenchimen-to da documentao oficial. Veja os principais problemas de preenchimento

    a) Nome do exportador incompleto b) Local de destino no preenchido c) Finalidade de exportao/importao no informada d) Nome do animal incompleto e/ou incorreto

    Nota: as solicitaes de importao e nacionalizao devem, imprescindi-velmente, ser realizadas pelo importador do animal. A ata de inspeo zootcnica en-viada pelo inspetor tcnico diretamente ao SRG em nome da firma importadora.

    1. PRINCIPAIS MODALIDADES Atualmente, a Associao Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos conta com doze modalidades oficiais, que realizam seletivas em todos os estados brasilei-ros. O ciclo funcional da entidade, que tem incio depois da Expointer e se estende at o reincio do evento, movimenta mais de 22 mil animais em 800 disputas. As modalidades podem ser divididas em seletivas ou desportivas.

    1.1. MODALIDADES SELETIVAS Formam o trip de seleo da raa, que visa formar um cavalo que rena beleza, rusticidade e funcionalidade.

    Morfologia Freio de Ouro Marcha de Resistncia 1.2. MODALIDADES DESPORTIVAS A cada ano renem grande quantidade de adeptos em todo o Brasil. Cada uma tem caractersticas e regulamentos prprios.

    Campereada Crioulao Enduro Freio do Proprietrio Freio Jovem Movimiento a la Rienda Paleteada Paleteada Internacional Rdeas

    Confira os regulamentos das modalidades em www.abccc.com.br/regulamentos.

    EVENTOS

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    O Livro CC3, conhecido tambm por Registro de Mrito, detm a lista de animais de ambos os sexos que pelo desempenho prprio e/ou de sua descendn-cia, tenham se destacado por mritos morfolgicos e funcionais na raa. Podem par-ticipar deste registro animais pertencentes ao Registro Definitivo da ABCCC, nacion-ais ou importados, vivos ou mortos, sendo confirmados e inteiros.

    1. A pontuao a) Para ser inserido no CC3 necessria a pontuao mnima de 50 pontos (machos) e 30 pontos (fmeas), atribudos em eventos morfolgicos ou funcionais oficializados pela ABCCC. b) A descendncia (filhos e/ou netos) deve contribuir pelo menos com 50% do total de pontos ou seja a pontuao obtida exclusivamente por mritos prprios no possibilita a inscrio no Livro CC3. b) Os pontos, tanto prprios como da descendncia, devem ser 50% de mritos morfolgicos e 50% de mritos funcionais. c) Os pontos da descendncia de machos devero vir, no mnimo de quatro filhos(as) ou de quatro netos(as), enquanto que para fmeas devero vir, no mnimo, de dois filhos(as) ou de quatro netos(as). d) Os pontos atribudos a um animal podero ser creditados tambm a seus pais e a seus avs, na razo de 50% e 25% para cada um deles, respectivamente. e)Animais castrados no podero ser inscritos no Livro CC3, podendo con-tribuir, porm, com pontos para sua ascendncia. f ) No caso de animal importado, sero reconhecidos exclusivamente os mritos prprios, obtidos em seu pas de origem, desde que informados por escrito, pela respectiva entidade nacional reconhecida pela ABCCC e os mritos prprios e o de sua descendncia, que venha obter no Brasil.

    As pontuaes morfolgicas e funcionais, atribudas a um animal, sero computadas da forma a seguir. a) Pontuao Morfolgica: ser computada apenas a pontuao mais alta, obtida em um nico evento de avaliao morfolgica; b) Pontuao Funcional: ser computada a pontuao mais alta obtida em prova funcional ou prova de resistncia ou, ainda, pela soma de ambas.

    REGISTRO DO MRITO

    A B C D TipoGRANDE CAMPEO 18 12 6 MGRANDE CAMPE 18 12 6 MRES. GRANDE CAMPEO 16 11 5 MRES. GRANDE CAMPE 16 11 5 M3 MELHOR MACHO 14 9 4 M3 MELHOR FMEA 14 9 4 M4 MELHOR MACHO 13 8 4 M4 MELHOR FMEA 13 8 4 MCAMPEO POTRANCO MENOR 12 8 4 MCAMPE POTRANCA MENOR 12 8 4 MCAMPEO POTRANCO MAIOR 12 8 4 MCAMPE POTRANCA MAIOR 12 8 4 MCAMPEO CAVALO MENOR 12 8 4 MCAMPE GUA MENOR 12 8 4 MCAMPEO CAVALO ADULTO 12 8 4 MCAMPE GUA ADULTA 12 8 4 MCAMPE GUA PRENHE 12 8 4 MCAMPE GUA C/CRIA 12 8 4 MRES. CAMP. POTRANCO MENOR 10 7 3 MRES. CAMP. POTRANCA MENOR 10 7 3 MRES. CAMP. POTRANCO MAIOR 10 7 3 MRES. CAMP. POTRANCA MAIOR 10 7 3 MRES. CAMP. CAVALO MENOR 10 7 3 M

    Descrio Pontuao

    CONFIRA A PONTUAO DE REGISTRO DO MRITO

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    A B C D TipoRES. CAMP. GUA MENOR 10 7 3 MRES. CAMP. CAVALO ADULTO 10 7 3 MRES. CAMP. GUA ADULTA 10 7 3 MRES. CAMP. GUA PRENHE 10 7 3 MRES. CAMP. GUA C/CRIA 10 7 3 M3 MELHOR POTRANCO MENOR 8 5 3 M3 MELHOR POTRANCA MENOR 8 5 3 M3 MELHOR POTRANCO MAIOR 8 5 3 M3 MELHOR POTRANCA MAIOR 8 5 3 M3 MELHOR CAVALO MENOR 8 5 3 M3 MELHOR GUA MENOR 8 5 3 M3 MELHOR CAVALO ADULTO 8 5 3 M3 MELHOR GUA ADULTA 8 5 3 M3 MELHOR GUA PRENHE 8 5 3 M3 MELHOR GUA C/CRIA 8 5 3 M4 MELHOR POTRANCO MENOR 7 4 0 M4 MELHOR POTRANCA MENOR 7 4 0 M4 MELHOR POTRANCO MAIOR 7 4 0 M4 MELHOR POTRANCA MAIOR 7 4 0 M4 MELHOR CAVALO MENOR 7 4 0 M4 MELHOR GUA MENOR 7 4 0 M4 MELHOR CAVALO ADULTO 7 4 0 M4 MELHOR GUA ADULTA 7 4 0 M

    Descrio Pontuao A B C D Tipo4 MELHOR GUA PRENHE 7 4 0 M4 MELHOR GUA C/CRIA 7 4 0 M1 PRMIO CAT. POTRANCO MENOR 6 4 0 M1 PRMIO CAT. POTRANCA MENOR 6 4 0 M1 PRMIO CAT. POTRANCO MAIOR 6 4 0 M1 PRMIO CAT. POTRANCA MAIOR 6 4 0 M1 PRMIO CAT. CAVALO MENOR 6 4 0 M1 PRMIO CAT. GUA MENOR 6 4 0 M1 PRMIO CAT. CAVALO ADULTO 6 4 0 M1 PRMIO CAT. GUA ADULTA 6 4 0 M1 PRMIO CAT. GUA PRENHE 6 4 0 M1 PRMIO CAT. GUA C/CRIA 6 4 0 M2 PRMIO CAT. POTRANCO MENOR 4 3 0 M2 PRMIO CAT. POTRANCA MENOR 4 3 0 M2 PRMIO CAT. POTRANCO MAIOR 4 3 0 M2 PRMIO CAT. POTRANCA MAIOR 4 3 0 M2 PRMIO CAT. CAVALO MENOR 4 3 0 M2 PRMIO CAT. GUA MENOR 4 3 0 M2 PRMIO CAT. CAVALO ADULTO 4 3 0 M2 PRMIO CAT. GUA ADULTA 4 3 0 M2 PRMIO CAT. GUA PRENHE 4 3 0 M2 PRMIO CAT. GUA C/CRIA 4 3 0 M3 PRMIO CAT. POTRANCO MENOR 3 2 0 M

    Descrio Pontuao

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    A B C D Tipo3 PRMIO CAT. POTRANCA MENOR 3 2 0 M3 PRMIO CAT. POTRANCO MAIOR 3 2 0 M3 PRMIO CAT. POTRANCA MAIOR 3 2 0 M3 PRMIO CAT. CAVALO MENOR 3 2 0 M3 PRMIO CAT. GUA MENOR 3 2 0 M3 PRMIO CAT. CAVALO ADULTO 3 2 0 M3 PRMIO CAT. GUA ADULTA 3 2 0 M3 PRMIO CAT. GUA PRENHE 3 2 0 M3 PRMIO CAT. GUA C/CRIA 3 2 0 M4 PRMIO CAT. POTRANCO MENOR 2 0 0 M4 PRMIO CAT. POTRANCA MENOR 2 0 0 M4 PRMIO CAT. POTRANCO MAIOR 2 0 0 M4 PRMIO CAT. POTRANCA MAIOR 2 0 0 M4 PRMIO CAT. CAVALO MENOR 2 0 0 M4 PRMIO CAT. GUA MENOR 2 0 0 M4 PRMIO CAT. CAVALO ADULTO 2 0 0 M4 PRMIO CAT. GUA ADULTA 2 0 0 M4 PRMIO CAT. GUA PRENHE 2 0 0 M4 PRMIO CAT. GUA C/CRIA 2 0 0 M5 PRMIO CAT. POTRANCO MENOR 1 0 0 M5 PRMIO CAT. POTRANCA MENOR 1 0 0 M5 PRMIO CAT. POTRANCO MAIOR 1 0 0 M5 PRMIO CAT. POTRANCA MAIOR 1 0 0 M

    Descrio Pontuao A B C D Tipo5 PRMIO CAT. GUA MENOR 1 0 0 M5 PRMIO CAT. CAVALO ADULTO 1 0 0 M5 PRMIO CAT. GUA ADULTA 1 0 0 M5 PRMIO CAT. GUA PRENHE 1 0 0 M5 PRMIO CAT. GUA C/CRIA 1 0 0 M

    1 LUGAR 18 12 6 4 F2 LUGAR 16 11 5 3 F3 LUGAR 14 9 4 2 F4 LUGAR 12 8 3 0 F5 LUGAR 10 7 0 0 F6 LUGAR 8 5 0 0 F7 LUGAR 5 0 0 0 F8 LUGAR 5 0 0 0 F9 LUGAR 5 0 0 0 F10 LUGAR 5 0 0 0 FCONCLUSO MARCHA ANUAL 3 0 0 0 F

    Descrio Pontuao

    ATENO

    a) Eventos A - Final da Morfologia Expointer, Final do Freio de Ouro, Marcha de Resistncia da ABCCC, Freio de Ouro FICCC e Morfologia FICCC.

    b) Eventos B - Morfologia com mais de cem animais, Classificatria ao Freio de Ouro e Marcha de Resistncia de Jaguaro.

    c) Eventos C - Credenciadora ao Freio de Ouro, Morfologia com menos de cem animais e Enduro.

    d) Eventos D - Paleteada, Crioulao, Movimiento a la Rienda, Freio Jovem, Freio do Proprietrio, Rdeas e Campereada.

  • 40 41

    Campereada

    Freio de Ouro - Prova de Campo

    EVENTOS - Pistas de Prova

    12m

    16m 9m

    5m

    Mangueira

    Freio de Ouro - Prova de Figura

    Freio de Ouro - Prova Mangueira

  • 42 43

    Paleteada

    Prova de Paleteada

    30m 30m 30m 20 m 8m 6m 4m 3 m

    Bandeira na raia dos 30 m e um juz no fundo da pista

    Prova de Paleteada

    30m 30m 30m 20 m 6m 5m 4m 3 m

    FASE INICIAL

    FASE FINAL

    100m

    Crioulao

    Crioulao Freio Jovem