catavento - 1ª quinzena de outubro 2014

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Informativo interno da Embrapa Meio Ambiente 1 Cata Vento Informativo Interno da Embrapa Meio Ambiente Nº 109 - ANO 7 - 1 a 15 de outubro de 2014

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Informativo interno da Embrapa Meio Ambiente, que é uma Unidade de Pesquisa de Tema Básico, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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CataVentoInformativo Interno da Embrapa Meio Ambiente • Nº 109 - ANO 7 - 1 a 15 de outubro de 2014

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SUMÁRIO

Fórum do leitor

Este espaço é reservado para publicação de comentários, críticas e sugestões enviadas por você, leitor. Sua participação é fundamental, escreva para [email protected] ou [email protected] .

Serviços Ambientais .....................................................................3

Reuniões...............................................................................................4

Comitê Local de Publicações ..................................................4

Curso ......................................................................................................4

Rodas de Conversa ........................................................................4

Dia de Campo ...................................................................................5

Seminário Técnico ..........................................................................5

Seminário ............................................................................................6

Espaço SGP .........................................................................................6

Semana de C&T ...............................................................................6

Oficina ...................................................................................................6

Feira de Agricultura Orgânica .................................................6

Palestra ..................................................................................................7

Voluntariado ......................................................................................7

Artigos ...................................................................................................7

Resenha ................................................................................................9

Reflexão ............................................................................................. 11

Chefe GeralCelso Vainer Manzatto

Chefe Adjunto de AdministraçãoMarcos Antônio Vieira Ligo

Chefe Adjunto de Pesquisa e DesenvolvimentoMarcelo A. Boechat Morandi

Chefe Adjunto de Transferência de TecnologiaLadislau Araújo Skorupa

Núcleo de Comunicação Organizacional - NCOCristina Tiemi Shoyama

Edislene Ap. Bueno RuzaEliana de Souza Lima

Gabriel Pupo NogueiraMarcos Alexandre Silva

Maria Cecília Valadares ZittoMaria Cristina Tordin

Silvana Cristina Teixeira

EXPEDIENTE

JornalistasMarcos Alexande Silva

Maria Cristina Tordin

TextoMaria Cristina Tordin

RevisãoCristina Tiemi Shoyama

Victor Paulo Marques Simão

Projeto GráficoSilvana Cristina Teixeira

DiagramaçãoGabriel Pupo Nogueira

Foto da capaThinkstock/Embrapa

PeriodicidadeQuinzenal

Publicação de responsabilidade do Núcleo de Comunicação Organizacional - NCO da Embrapa Meio Ambiente, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Contatos e sugestão de matérias: [email protected] ou [email protected]

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A nova lei, datada de setembro de 2104, prevê o pagamento por

serviços ambientais "hídricos". Trata--se de um dos resultados das ações da Unidade Gestora do Programa Bacias Jaguariúna (UGP), criada por uma outra lei municipal em abril desse ano. Na UGP, participam atualmente, ao lado da Prefeitura, representada pela Secretaria de Meio Ambiente, a Embrapa Meio Ambiente (Jagua-riúna, SP), tendo como representantes os pesquisadores Ricardo Figueiredo, titular, e Maria Lucia Zuccari, suplente, assim como The Nature Conservancy (TNC), a Companhia de Bebidas das Américas (AmBev) e a Associação Mata Ciliar.

A nova legislação autoriza o repasse do ICMS Ecológico – Lei Estadual 8.510, de 29/12/83, a título de compensação financeira por área protegida dos muni-cípios paulistas, para o Fundo Muni-cipal de Meio Ambiente – FMMA, que visa implementar ações destinadas

a uma adequada gestão dos recursos naturais, incluindo a manutenção, melhoria e recuperação da qualidade de vida da população.

A lei também autoriza o apoio finan-ceiro para Pagamento por Serviços Ambientais - PSA - aos proprietá-rios rurais que aderirem ao Programa Bacias Jaguariúna, com o cumpri-mento de metas como adoção de práticas conservacionistas de solo, com a finalidade de abatimento efetivo da erosão e da sedimentação; sanea-mento ambiental, com o propósito de dar tratamento adequado ao abasteci-mento de água, tratamento de efluentes líquidos e disposição adequada dos resíduos sólidos das propriedades rurais; implantação e manutenção da cobertura vegetal das Áreas de Preser-vação Permanente (APP) e da Reserva Legal, seguindo os critérios da Lei.

O apoio financeiro aos proprietários rurais habilitados, donos de área igual

ou superior a dois hectares, começará com a implantação de todas as ações propostas e poderá ser estendido por 4 anos. Será considerado habilitado quem tiver a propriedade inserida na área trabalhada pelo programa e estiver cadastrado no Portal Ambiental Muni-cipal de Jaguariúna.

O edital para habilitação dos interes-sados será elaborado e divulgado pela Secretaria de Meio Ambiente, com diretrizes, prazos e outras informações relevantes ao processo de seleção. O Programa deverá custear integralmente os valores do PSA, bem como as ações de conservação, restauração e sane-amento rural previstos nos projetos técnicos, de maneira integral ou parcial.

A Embrapa Meio Ambiente, além de compor a UGP do Bacias Jaguariúna, colabora no monitoramento da quali-dade e quantidade de água nos trechos fluviais da área inicial abrangida pelo referido Programa.

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JAGUARIÚNA APROVA LEI PARA PAGAMENTO DE SERVIÇOS AMBIENTAIS

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COMITÊ LOCAL DE PUBLICAÇÕES

Após eleição, realizada em 15 de outubro, os novos membros do CLP são Nilce Chaves Gattaz (titular), Joel Leandro de Queiroga (titular), Elisa-beth Francisconi Fay (titular) e Maria Lúcia Zuccari (suplente).

REUNIÕES

1 - Luiz Octávio Ramos Filho e João Canuto participaram em 17 de outubro, na UFSCar-Campus Sorocaba, de reunião em parceria com Ricardo Borgianni, da SMA-SP, Fernando Silveira Franco, da UFSCar e João Dagoberto dos Santos, da ESALQ, para discussão do plano e criação do grupo de trabalho multi-institucional para o monitoramento ambiental, social e econômico de projetos de sistemas agroflorestais a serem implantados no âmbito do Edital 2 do PDRS-Microba-cias II, promovido pela Secretaria Esta-dual de Meio Ambiente (SMA-SP).

2 - Maria Conceição Pessoa e Luiz Alexandre de Sá, coordenaram, em 1 de outubro, encontro com pesquisa-dores e fiscais agropecuários do Mapa (SSV/CDA e UTRA-SFA). O objetivo foi discutir o projeto-piloto referente à base de dados de Pragas Quarentená-rias A1.

3 - Em 26 de setembro, houve reunião do Projeto MP2 Solo Vivo, com Ricardo Figueiredo, em parceria com a ASPIPP, para discussão sobre a seleção de microbacias e ações de pesquisas em solos e córregos do projeto em Paranapanema.

4 - Estratégias para consolidação da base de informações georreferenciadas do Projeto SustenAgro, com Katia de Jesus, em 1 de outubro, foi o tema que reuniu, no Centro de Pesquisas do Bioetanol, pesquisadores do CTBE, Unicamp, IEA, Embrapa Informática Agropecuária e Meio Ambiente.

CURSO

O preparo de amostras de DNA para sequenciamento foi a base da capacitação organizada por Kátia Nechet e Bernardo Vieira, em 10 de outubro, ministrada por Vanessa Kavamura, bolsista de pós-douto-rado pela Fapesp. O objetivo foi treinar os empregados que traba-lham com fungos fitopatogênicos.Na atualidade, o sequenciamento genômico é uma necessidade para confirmação taxonômica correta de espécies de fungos. No levan-tamento de micobiota associada à plantas daninhas, dentro do projeto Micoherb, se faz necessário realizar a identificação molecular de fungos associados a essas plantas. Para tal, é essencial que os empregados que acompanham os trabalhos da equipe sejam capacitados no preparo das amostras.

EXPOSIÇÃO ITINERANTE E RODAS DE CONVERSA

Com o objetivo de dar a oportunidade aos empregados de apoio, visitantes, estagiários e demais colaboradores de conhecerem os resultados dos projetos de pesquisa finalizados nos últimos quatro anos, estão expostos na Unidade os pôsteres apresentados durante o Fórum, realizado em 23 de setembro. A mostra é itinerante e a cada semana há troca dos pôsteres entre os labora-tórios e o prédio da administração, até que todos os temas sejam expostos. Paralelamente a esta iniciativa, serão realizada Rodas de Conversa para que pesquisadores e analistas apresentem aos empregados interessados os resul-tados de seus projetos.

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DIA DE CAMPO

“Agricultura familiar e a revitalização do espaço rural: planejamento da produção e comercialização por meio do cooperativismo”, foi o tema abordado em evento coordenado por Mario Urchei e Joel de Queiroga, em 10 de outubro, na Cooperativa de Agricultores Fami-liares Agroecológicos da Região de Piracicaba (Coope-racra), em parceria com a ANC, Trocas Verdes, Cati, Rede de Agroecologia da Unicamp e Apta. O objetivo foi promover o intercâmbio de experiências de agricultores familiares em agroecologia. Participaram 50 agricultores familiares e técnicos.A Cooperacra foi constituída em 2008, embora seu núcleo inicial tenha origem datada de 1985, na asso-ciação de agricultores em luta pela posse da terra. Atualmente a cooperativa produz diversas espécies de olerícolas e frutíferas com o uso de bases agroecoló-gicas: alface, couve, rúcula, taioba, rabanete, feijão cario-quinha, bananas, temperos (alecrim, alfavaca, pimenta, hortelã, boldo) chuchu, milho verde, mandioca, limão, mamão, quiabo, acerola, manga, abacate, morango, entre outros. Esta produção é comercializada por meio de diferentes canais, como por exemplo venda direta aos consumidores, mercados locais e institucionais, como o Programa de Aquisição de Alimentos.

SEMINÁRIO TÉCNICO

“Histórico e perspectivas do Manejo Integrado de Pragas”, foi o tema proferido pela pesquisadora Simone de Souza Prado, em 16 de outubro.A palestrante discorreu sobre diversas práticas de controle de pragas fazendo um histórico sobre a utilização do agro-tóxico desde a época dos gregos e romanos, por volta de 3000 anos atrás onde já se faziam controle de insetos através da utilização de diversos compostos para a elimi-nação das pragas. Em 2500 a.C. já se utilizavam enxofre para o controle de insetos. Os Chineses, 2000 anos atrás, utilizavam compostos orgânicos naturais, como a pire-trina extraída de flores de crisântemo. Povos do deserto utilizavam pó das flores de crisântemo sobre os grãos para proteger os cereais nas tendas. Outros compostos, como a nicotina, extraída das folhas do tabaco e a rotenona extraída das raízes do timbó, muito utilizado pelos indígenas brasi-leiros, há tempo já eram conhecidos pelos seus efeitos inseticidas. Simone falou sobre o histórico do uso de agrotóxicos no Brasil, e a resistência dos insetos aos inseticidas que ocorreram, sobretudo, depois dos anos 50. Um caminho para aparecimento de novas pragas, antes secundárias, desencadearam desequilíbrios biológicos e resíduos nos alimentos, água e no solo. Segundo Simone, a intensifi-cação da agricultura e sua relação com a utilização de pesti-cidas acarretou o desenvolvimento de biótipos resistentes, ressurgência de pragas, desaparecimento de organismos benéficos, criação de novos problemas de pragas, além da contaminação do meio ambiente. Neste cenário, entendeu-se a necessidade do retorno de táticas de controle menos agressiva ao meio ambiente. A partir daí surgiu o manejo integrado de pragas (MIP) como um novo conceito de controle de pragas visando minimizar estes problemas ocasionados pelo uso indiscriminado de inseticida. O MIP é um conjunto de medidas e decisões que visa manter as pragas abaixo do nível de dano econômico, levando em conta critérios econômico, ambiental e social.

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SEMINÁRIO

Em 1 de outubro, Magda Lima e Kátia Nechet ministraram pales-tras para alunos de graduação e mestrado da Faculdade de Medi-cina Veterinária da FMU, de São Paulo, sobre emissão de metano em ruminantes e o projeto FACE, respectivamente.

ESPAÇO SGP

Licença Especial – Incidência de IRRFO DGP comunicou que, por deter-minação do SIAPE, os valores recebidos a título de pagamento da Licença Especial em Pecúnia passarão a ter incidência para o IRRF e que o valor retido será devolvido ao empregado no mesmo mês do recebimento.

FEIRA DE AGRICULTURA ORGÂNICAA Unidade coordenou a partici-pação da Embrapa na Feira de Agricultura Orgânica, evento inte-grante do V Festival de Gastronomia Orgânica de São Paulo, realizada entre os dias 17 a 19 de outubro. Participaram cinco Unidades: Agro-biologia, Hortaliças, Informática Agropecuária, Meio Ambiente e Embrapa Informação Tecnológica. Além das tecnologias voltadas ao segmento de orgânicos, também foram oferecidas duas palestras: no dia 17 sobre hortas em pequenos espaços, com Flávia Clemente, da Hortaliças, e outra, dia 18, sobre alimentos orgânicos, consumo responsável e cidadania, com Marcelo Laurino, do Mapa.

SEMANA DE C&TEm virtude da semana de Ciência e Tecnologia, a Unidade participará nos dias 21, 22 e 23 de outubro da 8ª Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps), na Expo Barra Funda.Serão expostos 244 trabalhos de estudantes de Etecs e Fatecs, além de projetos de outras instituições nacionais e estrangeiras. A Unidade apresentará o software Gotas versão para tablet.Outras informações estão em http://www.feteps.com.br/

OFICINA Avaliação de desempenho socio-ambiental de propriedade rural dedicada ao cultivo de eucalipto com finalidades energéticas na região de Santa Cruz do Sul/RS será coordenada por Cláudio Buschi-nelli, em 22 e 23 de outubro. O evento será realizado em parceria com a Embrapa Florestas e UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina. Cultivos de eucalipto com finalidades energéticas (lenha e carvão) têm sido estimulados pelo aumento na demanda por alter-nativas de fontes de energia no país. Tal atividade pode diminuir a pressão por madeira de florestas nativas para geração de energia.

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PALESTRADia 7 de outubro, Ricardo Figueiredo proferiu palestra durante a VI Semana de Tecnologia e Meio Ambiente da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Londrina. O tema foi "Manejo de Recursos Hídricos: considerações no contexto das mudanças de uso da terra", o qual tratou sobre estudos hidrológicos e biogeoquímicos em bacias agrícolas, como base para uma visão estratégica da produção agrícola, que promova a mitigação de impactos na quantidade e qualidade dos recursos hídricos e sobre os ecossistemas aquáticos.

VOLUNTARIADO

No último dia 8, alunos da Escola Municipal Oscarlina Pires Turato, de Jaguariúna/SP, esti-veram na Unidade para comemorar o Dia das Crianças. A festa foi promovida por empregados voluntários, que dedicaram seu tempo e doaram carinho para proporcionar uma tarde alegre para 115 crianças do entorno. Agradecimento especial à AEE e a Sueli Dominicale, que implantou esta iniciativa há 13 anos.

mixtures”, de Lourival Paraíba, Ricardo Pazianotto, Alfredo Luiz, Aline Maia e Claudio Jonsson. O trabalho apresenta cálculos, com valores de concentra-ções letais de diversos agrotóxicos, em organismos indicadores da qualidade hídrica, como algas, peixes e micro-crustáceos, chegando aos volumes de água necessários para diluir a carga dos pesticidas e minimizar os riscos para a vida aquática e o homem.

ARTIGOS

(1) Foi publicado na mais recente edição da Spanish Journal of Agricul-tural Research, do Instituto Nacional de Investigación y Tecnologia Agraria y Alimentaria do Ministério de

Economia e Competitividade espa-nhol, o artigo “A mathematical model to estimate the volume of grey water of pesticide

A Agência Fapesp e a Revista Exame também publicaram. Acesso em: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noti-cias/modelo-para-diluir-agrotoxicos--diminui-risco-de-contaminacao).

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ARTIGOS

(2) O trabalho de Aline de Holanda Nunes Maia, Alfredo José Barreto Luiz e Clayton Campanhola intitu-lado “Statistical inference on asso-ciated fertility life parameters using jackknife technique: computational aspects” (Inferência estatística de parâ-metros associados às tabelas de vida de fertilidade usando a técnica jackk-nife: aspectos computacionais), publi-cado em abril de 2000, no Journal of Economic Entomology (JEE), é o artigo mais citado da revista científica.

O JEE divulga artigos sobre a importância econômica dos insetos e é uma das publicações mantidas pela Sociedade Entomológica dos Estados Unidos (ESA - Entomological Society of America), órgão fundado em 1889 e que tem hoje mais de 6.000 membros.

São considerados mais citados os artigos mais referenciados por outros artigos científicos em um período de 3 anos. A data da citação é coletada

nicado Técnico da série Embrapa - “Programa SAS para análise de tabelas de vida e fertilidade de artrópodes: método jackknife”, no. 33, Embrapa Meio Ambiente.

Recentemente, o Journal of Economic Entomology também publicou uma versão do mesmo programa, com ferramentas adicio-nais para análise de tratamentos quantitativos. O trabalho “Inference on arthropod demographic parame-ters: computational advances using R” (Inferência de parâmetros demo-gráficos de artrópodes: avanços computacionais empregando R) está disponível em: http://esa.publisher.ingentaconnect.com/content/esa/jee/2014/00000107/00000001/art00052

por um sistema automático que analisa citações pelo cruzamento de referên-cias. Os resultados são atualizados no primeiro dia de cada mês. Segundo a página da internet da Web of Science (http://www.wokinfo.com/), em 7 de outubro, o artigo já foi citado 282 vezes.

O trabalho dos pesquisadores da Embrapa discute aspectos teóricos sobre a análise de dados de tabelas de vida e fertilidade e apresenta um programa SAS (lifetable.sas) para comparação de tratamentos qualitativos em relação aos parâmetros demográ-ficos de artrópodes derivados dessas tabelas.

Uma versão foi publicada em portu-guês, em 2006, na forma de um Comu-

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RESENHA - ALFREDO JOSÉ BARRETO LUIZ

Haicai, um tipo de poema criado no Japão, conheceu o auge pelas mãos de Matsuó Bashô, que viveu entre 1644 e 1694, durante a era feudal naquele país. Ele é caracterizado pela simplicidade ao mesmo tempo que pela sutileza, mas é especialmente definido pela sua estru-tura. Os poemas, em língua japonesa, eram originalmente escritos em uma única linha vertical com 17 sílabas ou fonemas, separados em grupos de 5-7-5 sílabas, geralmente ladeados por uma pintura, desenho ou gravura e abor-davam temas da natureza. Hoje, mesmo no Japão, nem todos seguem estrita-mente essa regra.Em português, também existem os que obedecem fielmente à estrutura, no nosso caso em três linhas horizontais paralelas, com 5 sílabas na primeira e última linhas e 7 na segunda, e aqueles que inovam em forma e em conteúdo. Ficaram famosos os haicais de Millôr Fernandes, por exemplo, que escreveu inúmeros deles, muitas vezes acompa-nhados de desenhos relacionados, sem seguir a regra de número de sílabas por linha ou de abordar assuntos relativos ao mundo natural, como o poema abaixo.

Pro inconscienteamanhece poucoe anoitece eternamente

Outra característica original desse tipo de poema é que os versos não precisam ter rima e não possuem títulos. Da mesma forma, nem todos seguem essa

regra. O brasileiro Guilherme de Almeida colocava nomes nos seus haicais e rimava o primeiro verso com o terceiro e a segunda sílaba com a sétima do segundo verso.Outra singularidade dessa forma poética é determinada por sua origem. A língua japonesa pode ser escrita com mais de um 'alfabeto'. O japonês faz uso de cinco sistemas de escrita diferentes: romaji, hira-gana, katakana, kanji e os algarismos indo-arábicos, que podem ser escritos alternados numa mesma frase. Assim, a tradução exata dos haicais do japonês para o português, e vice-versa, é tão ou mais difícil que a tradução de qualquer forma de poesia de uma língua para outra.Em especial, pelo motivo de que os signos japoneses para um signifi-cado podem ter muitas interpretações, dependendo de sua posição na frase e do próprio sentido geral da mesma. Mal comparando, em português a palavra manga pode significar uma fruta ou uma parte de uma vestimenta. Entretanto, em japonês essas 'confu-sões' podem se dar sílaba a sílaba, o que complica muito mais, Mas, ao mesmo tempo, é isso que faz a riqueza desses pequenos poemas, que com poucas palavras podem evocar uma imagem complexa.Talvez o mais conhecido haicai de Bashô seja esse:

Um pouco de poesia.

Essa construção, escrita em romaji, que é empregado na transcrição foné-tica da língua japonesa para o alfabeto latino, ficaria assim:fu-ru-i-ke ya (5) ka-wa-zu to-bi-ko-mu (7) mi-zu no o-to (5) Paulo Leminski, no seu livro “Vida”, em que apresenta 4 biografias, de Cruz e Sousa, Bashô, Jesus e Trótski, traduz esse poema da seguinte maneira:velha lagoao sapo saltao som da águaÉ praticamente infinita a possibilidade de interpretações a partir de tão poucas palavras.As 'brincadeiras' possíveis com signi-ficados conferem um sabor ainda mais refinado a esses pequenos poemas.Arrisco-me a apresentar um exemplar:

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Caí tentadoda capela, um passo escorreguei

A semelhança entre tentado com sentado permite uma espécie de troca-dilho com o fato de escorregar no final. Se separarmos as sílabas de ca-pe--la, o som pode ser de cá, pé e lá, e podemos pensar naquele ditado sobre alguém com um pé em cada canoa, ou ter um pé cá e outro lá. Afinal, para dar um passo é necessário ter um pé cá e outro lá. E ao dar um passo é possível escorregar e cair sentado. Tudo isso brinca ainda com a ideia de desistir de uma decisão em cima da hora, ou seja, não suportar a pressão e quando se está quase lá, às portas da 'capela', e sucumbir. Sem falar que escorregar pode significar que dei

do haicai na sua poesia “As pala-vras são novas”, no livro “Os poemas possíveis”:

As palavras são novas: nascem quandoNo ar as projetamos em cristaisDe macias ou duras ressonâncias

Somos iguais aos deuses, inventandoNa solidão do mundo estes sinaisComo pontes que arcam as distâncias.

Com certeza, um dos fatos que mais distinguem a humanidade é a capa-cidade de criar símbolos que podem ser transmitidos, carregam um signifi-cado que vai impressionar o outro e, às vezes, milhões de outros. Não é à toa que se diz que no princípio era o verbo.Seguem mais alguns exemplos de haicais de minha autoria.

Janela novapara a montanhavelha imagem

Sopra gasosotão frio e velozminuano triste

Agudo mestrepena rombuda guiadifícil sina

Inverno findaas folhas secas caem

são borboletas

Tudo já foi feitonada é novidadeprosseguir é vão

Se for eternoo macaco escritor

tudo repete

uma escorregada, ou seja, errei, agi mal, mas, também tem o sentido de escapar, como um bagre ensaboado: escorreguei.Sem ser na forma de haicai, o único escritor em língua portuguesa a ganhar o Nobel de Literatura, José Saramago, expõe de forma brilhante o espírito

Um pouco de poesia.

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mudam, Percebe que o seu melhor amigo e você Podem fazer qualquer coisa ou nada E terem bons momentos juntos.

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que o ame Não significa que esse alguém não o ame com tudo que pode Pois existem pessoas que nos amam Mas simplesmente não sabe como demonstrar ou viver com isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém Algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo Aprende que com mesma severidade com que você julga Você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, O mundo não pára para que você o conserte, Aprende que tempo é algo que não pode voltar para trás, Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, Ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar, que realmente é forte, E que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que a vida realmente tem valor, E que você tem valor diante da vida. E você finalmente aprende que nossas dúvidas são traidoras E nos faz perder o bem que poderíamos conquistar, Se não fosse o medo de tentar...

REFLEXÃOAprender - William Shakespeare

Depois de algum tempo você aprende a diferença, A sutil diferença entre dar uma mão e acorrentar uma alma, E você aprende que amar não é apoiar-se E que companhia nem sempre significa segurança, E começa aprender que beijos não são contratos, E presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, Com a graça de um adulto, e não com a tristeza de uma criança E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, Porque o terreno de amanhã é incerto demais para os planos, E o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Aprende que falar pode curar dores emocionais Descobre que se leva anos para cons-truir uma confiança E apenas segundos para destruí-la. E que você pode fazer coisas em um instante, Das quais se arrependerá pelo resto de sua vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer Mesmo a longa distância, E o que importa não é o que você tem na vida, Mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos Se compreendermos que os amigos

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