catavento - 1ª quinzena de dezembro 2014

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Informativo interno da Embrapa Meio Ambiente 1 Informativo Interno da Embrapa Meio Ambiente Nº 113 - ANO 7 - 1 a 15 de dezembro de 2014 Cata Vento

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Informativo interno da Embrapa Meio Ambiente, que é uma Unidade de Pesquisa de Tema Básico, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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Informativo Interno da Embrapa Meio Ambiente • Nº 113 - ANO 7 - 1 a 15 de dezembro de 2014

CataVento

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SUMÁRIO

Fórum do leitor

Este espaço é reservado para publicação de comentários, críticas e sugestões enviadas por você, leitor. Sua participação é fundamental, escreva para [email protected] ou [email protected] .

Mensagem ..........................................................................................3

Gestão Ambiental ..........................................................................4

Olimpíada de Agropecuária .....................................................4

Oficina ...................................................................................................5

Projeto Bacaja ...................................................................................5

Agroecologia .....................................................................................5

6º Ecom .................................................................................................6

Plano de Desenvolvimento Rural .........................................6

Curso ......................................................................................................7

Reuniões...............................................................................................7

Natal com Gentileza .....................................................................8

Resenha ................................................................................................9

Chefe GeralCelso Vainer Manzatto

Chefe Adjunto de AdministraçãoMarcos Antônio Vieira Ligo

Chefe Adjunto de Pesquisa e DesenvolvimentoMarcelo A. Boechat Morandi

Chefe Adjunto de Transferência de TecnologiaLadislau Araújo Skorupa

Núcleo de Comunicação Organizacional - NCOCristina Tiemi Shoyama

Edislene Ap. Bueno RuzaEliana de Souza Lima

Gabriel Pupo NogueiraMarcos Alexandre Silva

Maria Cecília Valadares ZittoMaria Cristina Tordin

Silvana Cristina Teixeira

EXPEDIENTE

JornalistasMaria Cristina Tordin

Eliana Lima

TextoMaria Cristina Tordin

Eliana Lima

RevisãoEliana Lima

DiagramaçãoGabriel Pupo Nogueira

Foto da capaThinkstock/Embrapa

PeriodicidadeQuinzenal

Publicação de responsabilidade do Núcleo de Comunicação Organizacional - NCO da Embrapa Meio Ambiente, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Contatos e sugestão de matérias: [email protected] ou [email protected]

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MENSAGEM DA CHEFIA

O fim de ano é uma época de dar graças, de agradecer por tudo de bom que conseguimos e que conquistamos. Este ano marca o fim de um ciclo de prioridades de investimentos na infraestrutura básica do nosso Centro. Investimos na recuperação/adequação de quase todos os prédios da pesquisa e administração, campo experimental, casas de vegetação, perfuração de poços artesianos e recuperação da central de abastecimento de água, blindagem da guarita de segurança, rede elétrica e automação das cabines de alta-tensão, eficiência energética e novos equipamentos de ar-condicionado, grupo gerador, rede de cabeamento ótico para internet, renovação de computadores e servidores, atualização da frota de veículos e ônibus, máquinas e equipamentos agrícolas, novo posto de combustíveis e estação de tratamento de esgoto, entre outras melhorias.

Ao mesmo tempo, também avançamos na aquisição de novos equipamentos para análises químicas, físicas e biológicas, sendo que esta será a prioridade para o próximo ano, como forma de apoiar o desenvolvimento dos projetos de pesquisa com a ampliação da capacidade analítica com equipamentos modernos e automatizados em também melhorar a qualidade dos resultados analíticos.

No plano estratégico, ampliamos nossa participação na gestão de portfólios. Atualmente participamos de nove portfólios, sendo que destes, dois fomos os responsáveis pela sua concepção: o de Controle Biológico e o de Agrotóxicos. Marcamos também nossa presença em Projetos Especiais, estratégicos para a Embrapa, como o Projeto do Código Florestal, MATOPIBA, ILPF – Integração Lavoura Pecuária Floresta e o do Monitoramento do Plano ABC. Estamos ainda participando de temas importantes para a empresa, como o monitoramento de gases de efeito estufa e adaptação às mudanças climáticas, gestão territorial, bioprospecção de microorganismos de interesse agroambiental, sistemas de produção sustentáveis, agricultura familiar, avaliação de impactos ambientais, aquicultura, tecnologia de aplicação de agrotóxicos, manejo de pragas emergentes dentre outros.

Também devem ser destacadas as novas ações propostas para a transferência de tecnologias e de conhecimentos que deverão ser consolidadas nos próximos anos. Entre elas, merece destaque a construção do portfólio de cursos voltados para a formação de técnicos multiplicadores em temas afetos à missão da Unidade (atualmente com 23 títulos). Por um lado, trata-se de uma grande oportunidade para a aproximação de P&D e TT; por outro, uma estratégia para ampliar o alcance das contribuições em tecnologias e conhecimentos na temática ambiental, dando visibilidade à atuação da Unidade e as competências nela existentes.

Entretanto, não importa o quanto conseguimos avançar e chegar se não sabemos para onde estamos indo, qualquer lugar pode servir. Neste sentido, obtivemos nossa recertificação IS0 9001 indicando que a qualidade continuará a ser perseguida no futuro, com certificações de laboratórios e implantação de boas práticas. Na gestão está em curso a implantação do novo sistema informatizado de gestão de desempenho, o Integro, que será a ferramenta utilizada para apoio à gestão do VI PDE e das Agendas de Prioridades, e ainda permitirá gerenciar a construção das mesmas, permitindo a transparência desse processo por meio da visibilidade que dará às contribuições e metas, bem como o seu alinhamento aos projetos e ações de cada Unidade da Embrapa. A primeira versão da nossa Agenda de Prioridades está sendo avaliada e no início do ano devemos consolidar nossas contribuições no horizonte 2014-34.

Porém, o motivo de maior orgulho de uma empresa de sucesso são seus empregados e colaboradores. Como diz o velho ditado popular, uma andorinha só não faz verão. Sábias palavras, o sucesso de qualquer empresa está nas mãos dos colaboradores que se dedicam para oferecer o melhor de si no cumprimento das metas e objetivos estabelecidos. Palavras também que usamos para agradecer todo seu empenho, dedicação e colaboração durante esse ano que passou. Graças a sua ajuda fizemos verão, outono, inverno e primavera. Fica aqui nosso compromisso de estarmos juntos no ano novo que está chegando, cheio de esperanças e oportunidades.

Nossos votos de Boas Festas e Feliz Ano Novo, para você, empregado, colaborador e parceiro amigo, e para toda sua família.

Chefia da Embrapa Meio Ambiente

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GESTÃO AMBIENTAL

Pesquisadores de várias instituições vem avaliando o desempenho socio-ambiental de propriedades produtoras de eucalipto para geração de lenha e carvão em 3 polos produtivos – Itapeva, em São Paulo - selecionada pela forte demanda de lenha para o setor de mineração e secagem de grãos; Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, com elevado consumo de lenha pelo setor fumageiro e a região central de Minas Gerais, que concentra grandes siderúr-gicas consumidoras de carvão. O modelo de avaliação adotado foi o Sistema de Avaliação de Impactos de Inovações Tecnológicas Agropecuárias (Ambitec--Agro), que consiste de um conjunto de 125 indicadores, organizados em 24 critérios descritores do desempenho socioambiental do estabelecimento rural.

Cláudio Buschinelli explica que “cultivos de eucalipto com finalidades energéticas (lenha e carvão) tem sido estimulados pelo aumento na demanda por alternativas de fontes de energia no país. Tal atividade pode diminuir a pressão por madeira de florestas nativas para geração de energia”. Ele é o responsável pelas avaliações socioambientais no subprojeto “Avaliação socioambiental e econômica da cadeia produtiva de florestas energéticas e sua inserção na economia brasileira”, que faz parte do Projeto Florestas Energé-ticas da Embrapa.

O pesquisador ressalta que ao final de cada avaliação é entregue um rela-tório técnico para o proprietário, para que ele tenha um documento orientador e com sugestões para redução dos impactos negativos identificados. É impor-tante esse conhecimento dos pontos fracos e fortes para que ele possa analisar os problemas ambientais e buscar alternativas para a correção.

OLIMPÍADA BRASILEIRA DE AGROPECUÁRIA INOVA COM PROVAS PRÁTICAS

Sessenta equipes - cerca de 180 estudantes e 60 docentes de cursos técnicos da área de agropecuária e meio ambiente de oito estados brasileiros - participaram da fase final da Olimpíada Brasileira de Agropecuária (OBAP), no IFSULDEMINAS – Campus Inconfidentes, de 21 a 23 de novembro.

No segundo dia os estudantes parti-ciparam da solução de 20 questões de múltipla escolha e quatro questões disser-tativas. As de múltipla escolha foram corrigidas eletronicamente, enquanto a correção das questões discursivas envolveu o trabalho de doze professores, entre eles, Alfredo Luiz. O período da tarde foi reser-vado para a aplicação dos testes práticos. Equipes de Santa Catarina venceram 4ª OBAP. Cada uma das cinco escolas que mais classificaram equipes para a final também foi premiada com uma minibiblio-teca doada pela Embrapa.

Segundo o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, “foi muito legal, logo na abertura, ver os alunos e seus professores, de Alagoas, Espírito Santo, Santa Catarina, Rondônia, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Paraná e Minas Gerais, que além de bons de cuca para as provas teóricas e práticas, eram craques em outras áreas: vários declamaram suas próprias composições, cantaram, tocaram e todos dançaram rock ao som de um professor de inglês local que deu um show. E, no final, o clima da Olimpíada foi muito mais de confraterni-zação e aprendizagem que de competição. A energia transmitida pelos professores e alunos, assim como o empenho dos organi-zadores, criaram um clima emocionante na festa em que se transformou a cerimônia de entrega das medalhas”.

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AGROECOLOGIA De 26 a 27 de novembro aconteceu o II Encontro de Agroe-cologia do Pontal do Paranapanema, no Mirante do Paranapa-nema, com a participação de cerca de 500 agricultores. O tema foi soberania alimentar e a construção de um projeto popular para a agricultura.

No primeiro dia, depois da leitura da Carta do I Encontro, ocorrido na Embrapa Meio Ambiente em

12 de novembro, houve palestras sobre a construção do Projeto Popular e

Soberano para a Agricultura Brasi-leira, com João Pedro Stédile do

MST e Luiz Carlos Machado da Universidade Federal de Santa Catarina. No segundo dia os temas foram café com floresta, com Haroldo Gomes do Instituto Ipê; leite agroecológico, com Robert Macedo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e agrofloresta com Aline Csrvalho e Hélio Expedito do Projeto Macaúba. São parceiros: Itesp, Incra, Cati, Esalq,

Apta, Unesp, MST, FBB e Prefeitura de Mirante do

Paranapanema.

OFICINA

Articulação da Rede de Agroecologia do Pontal do Paranapanema em 9 de dezembro, organizado por Mario Urchei, no Mirante do Paranapanema, em parceria com o MDA para Inovação da Agricultura Familiar. O objetivo foi construir uma agenda para 2015 e avançar na estruturação do Centro de Refe-rência em Agroecologia do Pontal.

PROJETO BACAJAOs planos de informação em SIG para utilização nesse projeto foram discutidos em 2 de dezembro por integrantes dos Projetos Bacaja e AgroHidro, alunos da FAJ e USP - Piracicaba.

Diante da importância estratégica das cabeceiras das bacias dos rios Camanducaia e Jaguari, situ-adas no extremo sul do Estado de Minas Gerais, para a bacia do Rio Piracicaba e para a manutenção do Sistema Cantareira no Estado de São Paulo, planejou--se uma ação de pesquisa a ser desenvolvida pela Embrapa Meio Ambiente e duas universidades (uma mineira, a Unifal e outra paulista, a USP).

O projeto, além de contribuir para o avanço do conhecimento sobre a área estudada, para a melhoria das condições dos recursos hídricos das bacias envolvidas e para a capa-citação de docentes e discentes das universidades e instituições mineiras envolvidas, estará somando ao esforço de enten-dimento das relações entre a agricultura e as mudanças de uso da terra. O objetivo foi apresentar o trabalho realizado em SIG referente ao meio físico e territorial da área das bacias hidrográficas dos rios Jaguari e Camanducaia e programar as próximas ações e produtos a serem desenvolvidos.

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ENCONTRO PROMOVE DEBATE SOBRE A COMUNICAÇÃO NA EMBRAPA

Ligar conteúdo ao contexto. Com esta mensagem, o presidente Maurício Lopes abriu, em 2 de dezembro, o 6° Ecom – Encontro de Profissionais de Comunicação da Embrapa, que reuniu em Brasília (DF) mais de 100 empre-gados da área. Durante toda a semana, profissionais da Secretaria de Comu-nicação (Secom), organizadora do evento, e dos Núcleos de Comuni-cação Organizacional das Unidades Descentralizadas, com a participação de Cecília Zitto, supervisora do NCO da Unidade, discutiram assuntos como gestão de riscos, gestão da marca e comunicação de ciência e tecnologia. Nova Intranet, comunicação mercado-lógica e agenda de prioridades também estavam na pauta dos paineis.

O 6° Ecom teve o objetivo de promover a discussão de estraté-gias corporativas, o alinhamento de processos, a atualização de conheci-mentos e a troca de experiência entre a equipe da Empresa que atua na área de comunicação. Além dos paineis, a programação incluiu debates, apresen-tação de pôsteres e oficinas.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO RURAL DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS Nessa equipe participam Ana Lúcia Penteado e Luiz Wadt. Foram visitadas regiões produtoras represen-tantes do Fogueteiro, do Carlos Gomes e da associação de Pedra Branca. Cada grupo apontou os problemas das áreas rurais em um mapa do município.

Novamente foram abordados pontos importantes que impactam a logística e a produção. Entre eles, a manutenção das estradas – que precisa considerar o escoamento da água de forma a não sofrerem erosão e tampouco levarem o assoreamento para os mananciais. – A contaminação da água por esgoto – que precisa ter ação rápida, pois impacta a produção de frutas. Lembrando que Pedra Branca perdeu um importante selo em função da qualidade da água, conforme foi relatado.

– A recuperação de matas ciliares e de nascentes. Produtores alertaram para que essa recuperação não acabe em mais um ônus ao rural. Foi colocado o paga-mento de serviços ambientais como forma de contri-buir com o produtor. Mas o grupo da Unidade levou a ideia do município ter um programa próprio com pagamento com melhor valor, visto que os programas federais pagam pouco. O município de Extrema (MG), pioneiro e responsável por disseminar a ideia no país, foi lembrado.

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REUNIÃO 1

O planejamento das ações de pesquisa em áreas de cabeceira das bacias dos rios Camanducaia e Jaguari nos seus aspectos quali-quantitativos dos recursos hídricos foram discu-tidos em 11 de dezembro na Unifal, em Poços de Caldas, com a partici-pação de Maria Lucia Zuccari e Laerte Scanavaca Junior. Também estiveram presentes professores e alunos de pós--graduação da Unifal (Universidade Federal de Alfenas), Esalq, Labora-tório de Hidrologia Florestal, Cena - Laboratório de Ecologia Isotópica. O objetivo foi organizar a agenda de trabalhos a serem realizados no projeto definindo ações de cada componente e entre parceiros. Articular o comparti-lhamento de recursos e conhecimentos para a execução das ações de pesquisa. Planejar a abordagem metodológica em campo.

REUNIÃO 2

Subsídios para discussão dos ambientes de produção de cana-de-açúcar foram analisados em 25 de novembro, em reunião coordenada por Katia de Jesus com pesquisadores e pós graduandos da Apta, PUC e Ufscar, com o obje-tivo de discutir ajustes para sistemas de produção.

CURSO

A identificação de himenópteros parasitoides foi apresentada por Zuleide Ramiro do Instituto Biológico, em curso organizado por Jeanne Prado e Simone Prado, em 1º de dezembro para estagiários e técnicos do Labo-ratório de Quarentena “Costa Lima”. A ordem Hymenoptera é a segunda mais abundante da classe Insecta, sendo que 52% das espécies dessa classe é composto por parasitoides. Além disso, os parasitoides são muito impor-tantes para o controle de pragas e a correta identificação das espécies é fundamental para estudos de controle biológico e levantamento popula-cional com a finalidade de avaliação de biodiversidade da entomofauna. Sendo assim, o presente curso tem por objetivo o treinamento para a identi-ficação de himenópteros parasitoides.

HARMONIA E SOLIDARIEDADE

Em 3 de dezembro, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, o Coral Harmonia fez uma apresentação na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE de Santo Antônio de Posse. Logo após, os cantores entregaram panetones às 54 crianças e adultos da entidade, fruto de uma campanha voluntária que movimentou os membros do coral e outros colegas da Unidade. Essa ação solidária ajudou duas entidades de forma direta: o Lar Feliz, que atende crianças em situação de risco social (comprando os panetones da entidade) e a APAE, levando música, carinho e panetones para um Natal mais gostoso. O Coral fez ainda apresentações no evento de fim de ano do Sinpaf realizado em 5 de dezembro na Embrapa Monitoramento por Satélite em Campinas, SP e na festa de confraternização da Unidade, em 12 de dezembro.

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NATAL COM GENTILEZA

A Comissão de Clima Organizacional e Qualidade de Vida da Unidade realizou de 8 a 12 de dezembro a Campanha Natal com Gentileza, iniciando no dia 8 com visita às salas e laboratórios e entrega de sementes de girassol, acom-panhadas da mensagem Semeando Gentileza e etiqueta adesiva alusiva ao tema a todos os empregados, estagiários e terceirizados da Unidade.

Na quarta, 10, foi realizada na parte da tarde em todas as copas dos prédios da Unidade, a Pipoca da Gentileza, um momento de confraternização e descontração, com a apre-sentação de vídeos sobre o tema Gentileza, que também foram disponibilizados no Blog e os respectivos links enviados por email.

De acordo com a presidente da Comissão Katy Anne do SGP, a ideia da Campanha surgiu com o objetivo de ajudar a melhorar o clima organizacional da Unidade e estabe-lecer momentos de interação entre os empregados, esque-cendo um pouco os conflitos e problemas do dia a dia, e mesmo que ocorram não deixar de ser gentil com o colega. “Devemos fazer um esforço para sermos sempre cordiais. É tão antiga quanto verdadeira a frase que diz que “gentileza gera gentileza”. Ao tratar bem o próximo, contaminamos

o ambiente com bom humor e todos saímos ganhando. E a cordialidade

gera bem-estar e um melhor clima de trabalho”, enfatiza

ela.O encerramento

aconteceu na festa de confraternização no dia 12, onde foi divulgado mais um vídeo com o tema Gentileza e apre-sentadas as fotos com os eventos da semana.

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RESENHA

Título: AmrikEditora: Companhia das LetrasAutor: Ana Miranda

Na minha opinião, Ana Miranda é a maior escritora viva da língua portuguesa. Como não espero que se fiem na minha opinião, me faço acompanhar de fontes mais respeitáveis. A cearense, que morou em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo e está de volta à Fortaleza, já teve seus livros premiados pela Academia Brasileira de Letras (Dias & Dias), pela Biblio-teca Nacional (A última quimera), e duas vezes ganhou o Prêmio Jabuti (Dias & Dias e Boca do Inferno). Além disso, o livro Boca do Inferno (1989) foi eleito por escritores e críticos, brasileiros e portugueses, para compor a lista dos cem maiores romances em língua portuguesa do século XX, tendo sido traduzido e publicado em dezenas de países, entre eles Suécia, Dinamarca, Holanda, Argentina, Noruega, Itália, Estados Unidos, Espanha, França, Inglaterra e Alemanha.

Atualmente, com 63 anos, Ana já foi atriz, é desenhista, tendo ilustrado vários dos seus livros, escreve poemas, crônicas, romances, livros infantis e, numa empreitada recente, de 2009, incluiu no livro “Yuxin, alma”, que trata do tema indígena, uma CD com músicas indígenas organi-zadas pela sua irmã, Marluí Miranda. Como reconhecimento por esse trabalho, ela recebeu em 2010 o “Green Prize of the Americas”, um prêmio destinado a homenagear personali-dades e instituições que contribuam para o desenvolvimento e preservação ambiental do planeta.

Entre as obras escritas por ela que já li, escolhi Amrik por ter me surpreendido e continuar a fazê-lo. É um daqueles livros que se pode ler várias vezes. A começar pelo título. Comprei meu exemplar pelo nome da autora, que eu já admi-rava principalmente pelo Boca do Inferno, e só descobri o que significava Amrik ao começara ler a história. Em toda resenha sobre ele se fala nisso, mas eu não tinha lido nenhuma. Vou manter o motivo em segredo, quem vier a ler vai saber. Com isso, vou ter de fazer comentários diferentes dos que já li, para não dar dicas.

Uma das coisas que me agradaram foi o tom feminino da narrativa. É uma mulher quem escreve uma quase biografia ou, melhor dizendo, que nos conta de forma íntima as suas

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memórias. Isso não é muito comum, mesmo em livros escritos por mulheres, dificilmente a narração é feita por uma mulher. Dos poucos exemplos de que me lembro, posso citar algumas músicas do Chico Buarque, em que ele expressa como poucos as facetas da alma feminina, e parte do livro Xógum, de James Clavell (uma das próximas resenhas), no qual cada cena é descrita por um narrador que dela participa, e em alguns casos isso é feito pela inesquecível Mariko-sama. Fora isso, é raro encontrar histórias contadas em primeira pessoa por uma mulher, sendo mais fácil o contrário, ou seja, encontrar mulheres que escrevem do ponto de vista masculino, inclu-sive algumas o fizeram sob pseudônimo, para se passarem por homens.

Me detive nesse ponto pois ele é um dos temas centrais do livro, embora nunca discu-tido diretamente. Diria que é o meta tema. Quase todos os casos relembrados e descritos abordam, em maior ou menor grau, a opressão patriarcal, enfrentada por nossa narradora de forma contestadora, sempre buscando a liber-dade. Uma frase dela expressa bem seu espí-rito: “mais vale um pássaro na mão que dois voando, não, mais vale um pássaro voando, de que vale um pássaro que não voa?”

Logo vemos que ela se identifica muito mais com o pássaro, ameaçado pela prisão na mão do dono, do que com o proprietário, com medo de perder seu poder sobre o outro.

O texto é tão instigante que, embora escrito em 1997, continua gerando

discussões. Numa tese relativa-mente recente (2011), Alcione

Cunha da Silveira aborda a obra de Ana Miranda e de mais duas autoras estrangeiras (o título da tese é “Políticas e poéticas

da transgressão: corpo e escrita em Ana Miranda, Arundhati

Roy e Jeanette Winterson”), e não poupa termos como transgressoras,

subversivas, contestadoras, libertárias e

insubordinadas para tratar das escritoras ou dos seus escritos. Em outra tese, ainda mais atual (2013), de Ludmila Giovanna Ribeiro de Mello, intitulada “A construção de personagens femininas: uma questão de autoria? (uma leitura de Videiras de Cristal e Amrik)”, se discute a relação entre o gênero do(a) autor(a) e a forma como retratam as personagens femininas.

A estrutura do livro também é surpre-endente. Embora seja um único romance, ele é formado por 154 capítulos, geral-mente de uma ou no máximo duas páginas. Cada capítulo é quase um poema. As brin-cadeiras com o significado e o som das palavras nos faz querer cantarolar enquanto estamos lendo. Ela inventa palavras e significados, com isso, ao nos entregarmos ao texto, mais sentimos do que entendemos o que se quer dizer. A personagem prin-cipal é uma dançarina e, com um pouco de imaginação, é possível “vê-la” dançar.

A narradora, que é imigrante, fala de comidas, plantas, lugares, roupas, costumes, religião, política, parentes e outras lembranças, todas juntas e mistu-radas, como as palavras inventadas no texto para descrever tudo isso. Para nós brasileiros, quase todos descendentes de imigrantes, independente da origem geográfica ou racial, é quase inevitável a identificação com algumas das recordações retratadas.

Ao final, nem tudo são flores, nem na vida nem na arte. A capa do livro repre-senta uma sereia, cuja aparência é bela e a voz é maravilhosa e sedutora, mas ela mesma tem de conviver com sua dupla natureza de mulher e peixe e muitas vezes sua atração conduz os desavisados ou apaixonados ao desastre. Mas, não há como saber sem experimentar. Boa leitura haialaia.

Alfredo José Barreto Luiz

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