catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

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FACULDADE INTERAMERICANA DE PORTO VELHO UNIRON Dandara Simão da Silva Érica E. P. Pascoal da Silva CATÁLOGO DE MODA COMO ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO DIRIGIDA Porto Velho RO 2011

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Trabalho de Conclusão de Curso - Comunicação Social - Publicidade - UNIRON

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Page 1: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

FACULDADE INTERAMERICANA DE PORTO VELHO – UNIRON Dandara Simão da Silva

Érica E. P. Pascoal da Silva

CATÁLOGO DE MODA COMO ESTRATÉGIA

DE COMUNICAÇÃO DIRIGIDA

Porto Velho – RO 2011

Page 2: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

Dandara Simão da Silva Érica E. P. Pascoal da Silva

CATÁLOGO DE MODA COMO ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO DIRIGIDA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Comunicação Social – Habilitação em Publicidade e Propaganda da Faculdade Interamericana de Porto Velho – UNIRON, sob orientação das profs. Ms. Maria Angela Dummel e Esp. Adriana Zanki Cordenonsi como parte de avaliação para a obtenção de título de bacharel em Publicidade e Propaganda.

Porto Velho – RO 2011

Page 3: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

Dandara Simão da Silva Érica E. P. Pascoal da Silva

CATÁLOGO DE MODA COMO ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO DIRIGIDA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Comunicação Social – Habilitação em Publicidade e Propaganda da Faculdade Interamericana de Porto Velho – UNIRON, sob orientação das profs. Ms. Maria Angela Dummel e Esp. Adriana Zanki Cordenonsi como parte de avaliação para a obtenção de título de bacharel em Publicidade e Propaganda.

RESULTADO: _______________________________________________________

BANCA EXAMINADORA

Prof. _______________________________________________________________

Assinatura __________________________________________________________

Prof. _______________________________________________________________

Assinatura __________________________________________________________

Prof. _______________________________________________________________

Assinatura __________________________________________________________

Data:

Page 4: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

Dedicamos este trabalho a todos

que abraçaram e mergulharam nesse mar

de águas muitas vezes turbulentas que é o

mundo da comunicação. Esperamos que

este trabalho possa servir de inspiração

para aqueles que se sentirem propensos a

navegar por estas águas.

Page 5: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

Agradecimentos

Dandara Simão

Tudo o que eu quis, até agora eu consegui. E devo isso a muitas pessoas que muitas vezes indiretamente contribuíram pra que mais esta etapa da minha vida fosse concluída. Devo agradecer a Maurício Vasconcelos e Cristiane Ximenes por terem estado comigo em toda a minha transição para Porto Velho, vocês estarão eternamente no meu coração. A todos os amigos, primos e outros familiares que deixei em Cacoal que sempre me receberam com entusiasmo nas vezes em que lá estive. À minha tia Aparecida e toda família de Minas Gerais, obrigado por tudo. Um carinho imenso aos professores que me estimularam a ser mais que um aluno regular no curso, e a minha amizade verdadeira a Marco Bonito, Pedro Martins e Evelyn Morales por me ensinarem alguns “macetes” da vida. Aos meus primos, Luã, Poliana, Graciela e a Lahiane e Maria Izabel que também dividiram comigo as agonias da faculdade, principalmente quando se mora sozinho. Um carinho imenso a toda Galera Bonita. Pessoas que se tornaram muito mais que companheiras de viagem. Todo conhecimento, ajuda, situações difíceis, festas e “whatever” mais que aconteceu durante estes anos nos fizeram irmãos de verdade. Eu espero e quero continuar dividindo muitos momentos da minha vida com cada um. Cada dia com vocês é um dia vivido intensamente.

Tenho que agradecer algumas pessoas nominalmente, porque sem elas este trabalho não poderia ser realizado: Duana, Maria Luisa, Tainá, Xicó, Daniel e Natasha, Daniele e Carol Bonetti, Mariana Mendes, Juraci, Felipe. Me faltam palavras pra agradecer toda ajuda, paciência, compreensão e diversão que vocês trouxeram para este projeto. Foi inesquecível.

Obrigada a Marcos Vallini, Jorge Henrique Damschi e Michele Saraiva pelas dicas e pelo toque profissional que deram a este trabalho.

À Maria Angela que nos orientou, a minha admiração e obrigada por confiar em nossa capacidade de realizar este projeto, pois mesmo passando por momentos difíceis sempre se preocupou com o andamento do trabalho. Adriana Zanki, muito obrigada por todo o suporte e por segurar as nossas mãos na parte prática do trabalho, foi muito importante a sua presença.

À minha madrinha Geralda, (já falecida), obrigada por cuidar de mim como se fosse uma mãe. E finalmente: Domingos, Maria, Rodolfo: se não fosse por vocês provavelmente eu não teria chegado até aqui. Cada palavra de vocês foi importante. Emilia, você fez de tudo por mim e nada que eu fizer ou disser será o bastante pra agradecer todos os sacrifícios que você tem feito. Mãe, você é a minha Vida!

Page 6: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

Agradecimentos

Érica Pascoal

Agradeço a Deus por me conceder a benção de mais uma passagem a esse mundo e meu mentor espiritual por me proteger e me guiar pelos caminhos dessa vida. Ao meu pai que sempre foi um grande pai, Dona Shirley por não ter sido uma madrasta e sim uma segunda mãe, aos meus irmãos que tanto amo (Edvin, Erick e Everton) e minha avó querida pelo coração gigante que sempre me cuidou. Minha mãe por ter sido o maior exemplo que tive. Por ter me ensinado os valores que hoje carrego comigo. Por me ensinar a enfrentar os desafios e por me apoiar incondicionalmente em cada projeto que iniciei. Por me dar tudo que uma criança precisa, a atenção que um adolescente necessita e o apoio para que me tornasse uma adulta responsável. Aos professores que fizeram da minha passagem pela graduação uma etapa essencial pra minha formação. São eles: Marco Bonito, Lucimara, Pedrão, Rods, Jackson (o tio Jack), em especial à Maria Angela e Adriana Zanki que nos orientaram e observaram cada detalhe com atenção e carinho. Aos amigos: Duana, Maria, Xicó, Daniel e Natasha, Tainá, Juraci, Larissa, Felipe, Vanessa, que são a Galera Bonita mais bonita que já passou pela minha curta existência, em especial à Vinicius, Maurício e Ive que foram companheiros desde o inicio da faculdade, cada um em uma época muito importante. Aos amigos e companheiros de trabalho, Fran, Dudu, Tom, Laurinha, Nice, Dri, Kava, em especial à Michele que foi mais que amiga nesse último ano. Aos excelentes profissionais que deram uma super força na etapa final: Marcos Vallini, Jorge Henrique Damschi, Caroline Bonetti, Daniele Bonetti e Mariana Mendes. João Guilherme e José Roberto Junior que se tornaram grandes amigos. À Dandara que foi uma companheira incrível nesse projeto e merecedora de toda felicidade do mundo. Preta, você é muito importante pra mim, eu te amo! A cada amigo que incentivou, apertou nossa mão, ouviu nossas lamúrias, torceu por nós! Família, isso tudo devo a vocês. Amigos, vocês são parte integrante da obra, muito obrigada do fundo do coração.

Page 7: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

“O rio atinge seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos.”

Lao Tsé (1324 a.C. – 1408 a.C)

Page 8: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

RESUMO

Este estudo tem como objetivo mostrar a importância do marketing direto como

ferramenta publicitária. Por meio de um catálogo de moda, desenvolvido

exclusivamente para os clientes e potenciais clientes das lojas Paladyo, este

trabalho mostra a eficiência que uma comunicação dirigida tem dentro de uma

empresa, tanto como ferramenta de vendas como de valorização de uma marca.

Com uma pesquisa qualitativa de mercado verificou-se os hábitos de consumo do

público-alvo da loja de forma mais aprofundada dando embasamento então para a

formatação do catálogo ideal, formato revista. O catálogo é uma ferramenta

importante dentro da publicidade, pois representa uma vitrine de produtos, que pode

ser impressa ou digital. De acordo com a forma de envio, geralmente via mala direta,

ele gera interações com os clientes, podendo, desde levá-lo até a loja até associar o

produto/serviço com a mesma. Levando em consideração todo histórico e o mercado

porto-velhense, além do embasamento técnico-científico e da pesquisa de campo,

desenvolveu-se um catálogo com o intuito de valorizar a marca Paladyo e deixá-la

melhor posicionada na mente de seus clientes e clientes em potencial.

Palavras-chave: Marketing direto. Comunicação dirigida. Catálogo. Moda. Paladyo.

Page 9: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

ABSTRACT

This paper is intended to show the importance of direct marketing as an advertising

tool. By means of a fashion catalog, developed exclusively for customers and

potential customers of the Paladyo stores, this paper shows the efficiency that has a

directed communication within a business, both as a sales tool as recovery of a

brand. Through a qualitative market research verified the consumption habits of the

target store in more detail then giving basement for the ideal format of the catalog.

This is an important tool in advertising, it represents a showcase of products, which

can be printed or digital. According to the form of delivery, usually via direct mail, it

generates interactions with customers and can take you from the shop to associate

the product / service with the same. Taking into account the entire history

and portovelhense market, has developed a catalog in order to enhance the

brand Paladyo and leave it better positioned in the minds of your customers

and potential customers.

Keywords: Direct marketing. Directed communication. Catalog. Fashion. Paladyo.

Page 10: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

10

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................ 13

2 MARKETING E SUAS FERRAMENTAS .................................................................................................... 16

2.2 Planejamento estratégico ................................................................................................................... 18

2.2.1 Componentes do PEM ................................................................................................................ 19

2.2.3 Etapas do PEM............................................................................................................................ 20

2.3 Mix de comunicações de marketing .................................................................................................... 22

2.3.1 Publicidade e Propaganda .......................................................................................................... 22

2.3.2 Promoção de vendas ................................................................................................................... 23

2.3.3 Relações Públicas ....................................................................................................................... 24

2.3.4 Venda Pessoal ............................................................................................................................ 24

2.3.5 Merchandising ............................................................................................................................. 25

2.4 Marketing direto .................................................................................................................................. 25

2.5 A Comunicação Dirigida ..................................................................................................................... 28

1.5.1 Características da Comunicação Dirigida .................................................................................... 30

2.6 Ferramentas do marketing direto e da comunicação dirigida ............................................................. 31

2.6.1 Venda pessoal ............................................................................................................................. 31

2.6.2 Telemarketing .............................................................................................................................. 31

2.6.3 Televenda .................................................................................................................................... 32

2.6.4 Terminais Multimídia ou Quiosques ............................................................................................ 32

2.6.5 Mala direta ................................................................................................................................... 32

3 BRIEFING .......................................................................................................................................... 35

3.1 O Mercado da Moda ........................................................................................................................... 35

3.1.1 A moda em Porto Velho .............................................................................................................. 36

3.1.2 A fotografia na comunicação da Moda ........................................................................................ 37

3.2 O Cliente ............................................................................................................................................. 40

3.2.1 Missão ......................................................................................................................................... 40

3.2.2 Visão ........................................................................................................................................... 40

3.2.3 Histórico do Cliente ..................................................................................................................... 40

3.2.4 Produtos que oferece .................................................................................................................. 42

3.2.5 Histórico do Produto .................................................................................................................... 42

3.2.6 Como o produto é vendido .......................................................................................................... 42

3.2.7 Posicionamento da Marca ........................................................................................................... 42

3.2.8 Diferencial ................................................................................................................................... 43

3.2.9 Logística ...................................................................................................................................... 43

3.2.10 Comunicação............................................................................................................................. 43

3.2.11 Efeitos da Comunicação ............................................................................................................ 43

3.2.12 Aparência Física ........................................................................................................................ 43

3.4 Análise SWOT (Strengths, Weakness, Opportunities, Threats) .......................................................... 45

3.4.1 Micro Ambiente............................................................................................................................ 45

3.4.1.1 Fortalezas ................................................................................................................................. 45

Page 11: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

3.4.1.2 Fraquezas ................................................................................................................................ 45

3.4.2 Macro Ambiente .......................................................................................................................... 45

3.4.2.1 Oportunidades .......................................................................................................................... 45

3.4.2.2 Ameaças .................................................................................................................................. 45

3.5 Público-Alvo ........................................................................................................................................ 46

3.5.1 Características do público-alvo.................................................................................................... 46

3.5.2 Necessidade de compra .............................................................................................................. 46

3.5.3 Comportamento pós-compra ....................................................................................................... 46

3.6 Análise dos principais concorrentes diretos ........................................................................................ 47

3.6.1 Morena Flor ................................................................................................................................. 47

3.6.1.1 Forças ...................................................................................................................................... 47

3.6.2.2 Fraquezas ................................................................................................................................ 47

3.6.2 Luna Viccenza ............................................................................................................................. 47

3.6.2.1 Forças ...................................................................................................................................... 47

3.6.2.2 Fraquezas ................................................................................................................................ 47

3.6.3 Mei Mei ........................................................................................................................................ 47

3.6.3.1 Forças ...................................................................................................................................... 47

3.6.3.2 Fraquezas ................................................................................................................................ 47

4 PESQUISA MERCADOLÓGICA ............................................................................................................. 48

4.1 Etapas de um projeto de Pesquisa ..................................................................................................... 48

4.1.1 Definição do problema ................................................................................................................. 48

4.1.2 Determinação dos objetivos ........................................................................................................ 48

4.1.3 Tipos de Pesquisa ....................................................................................................................... 48

4.1.3.1 Pesquisa de oportunidades de vendas ..................................................................................... 49

4.1.3.2 Pesquisa de organização de vendas ........................................................................................ 49

4.1.4 Métodos de Pesquisa .................................................................................................................. 49

4.1.5 Tabulação e análise de dados ..................................................................................................... 50

4.2 Projeto de Pesquisa para a empresa Paladyo .................................................................................... 50

4.2.1 Justificativa: ................................................................................................................................. 50

4.2.2 Objetivos ..................................................................................................................................... 51

4.2.2.1 Objetivo Geral: .......................................................................................................................... 51

4.2.2.2 Objetivos específicos: ............................................................................................................... 51

4.2.3 Abrangência Geográfica .............................................................................................................. 51

4.2.4 Público-alvo ................................................................................................................................. 51

4.2.5 Metodologia ................................................................................................................................. 51

4.2.6 Abordagem e método de Coleta de Dados ................................................................................. 51

4.2.7 Instrumento de Coleta de Dados (Roteiro de Pesquisa) ............................................................. 51

4.3 Relatório da pesquisa ......................................................................................................................... 54

4.4 Diagnóstico ......................................................................................................................................... 70

5 O CATÁLOGO PALADYO ..................................................................................................................... 74

5.1 Objetivo ............................................................................................................................................... 74

5.2 Cronograma ........................................................................................................................................ 75

5.3 Ideia .................................................................................................................................................... 75

Page 12: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

5.4 Conceito .............................................................................................................................................. 75

5.5 Produção gráfica ................................................................................................................................. 76

5.6 Estratégias de distribuição .................................................................................................................. 76

5.7 Orçamento .......................................................................................................................................... 77

5.7.1 Quantidade ...................................................................................................................................... 77

5.7.2 Custos de criação ........................................................................................................................ 77

5.7.3 Custos de produção .................................................................................................................... 77

5.7.4 Custos de distribuição ................................................................................................................. 78

5.7.5 Valor Total ................................................................................................................................... 78

5.8 Layout do catálogo Paladyo ................................................................................................................ 79

CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................. 91

REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 92

ANEXOS ................................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

Page 13: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

13

1 INTRODUÇÃO

No mundo de hoje a quantidade de informação que um indivíduo recebe

durante um dia comum de sua vida pode ser assustadora. Existem muitas

publicações a respeito dos malefícios que o excesso de informação pode trazer a

um indivíduo. Neste novo mundo onde a informação é produzida e recebida com

facilidade por todos, conseguir que a propaganda atinja um alvo com eficácia tornou-

se um trabalho bastante árduo. Existe uma maior possibilidade de a informação

chegar ao indivíduo com ruídos e obter um feedback1 negativo, o que gera

desconfiança e antipatia por parte do consumidor. A comunicação em massa já não

supre as necessidades de um consumidor cada vez mais individualista. Então como

atingir este consumidor?

A comunicação dirigida pode ser a solução, uma vez que esta se utiliza da

segmentação de mercado onde é possível traçar o perfil do consumidor e voltar a

comunicação para as seus desejos e necessidades. E dentro da segmentação é

possível utilizar ainda a comunicação por nicho, que restringe ainda mais a área de

trabalho, promovendo uma comunicação eficiente e direta.

Neste cenário observa-se que a Paladyo - uma boutique que está há 15 anos

no mercado portovelhense, tem a necessidade de investir em novas formas de

fidelizar e atrair seus consumidores. Com base no histórico da empresa serão

identificados o target2 primário e secundário com o objetivo de descobrir a marca

com maior share na empresa, para criar um catálogo – peça chave deste estudo – e

deixá-lo atrativo e convidativo para antigos e novos.

Serão utilizadas as pesquisas qualitativa e quantitativa para descobrir o perfil

do target, hábitos de compra, quais marcas mais consome e o nível de satisfação

quanto ao que se tem a disposição para compra no mercado de vestuário. Com essa

pesquisa teremos as informações necessárias para a montagem do catálogo ideal

com as características da região e atendendo as necessidades do público-alvo. Para

melhor formatação, serão analisadas as peças dos concorrentes que também

utilizam esse tipo de comunicação para entender como as mensagens estão sendo

1 Em comunicação, todo e qualquer retorno do público alvo a comunicação feita pela empresa, seja

por meio de pesquisa, de um mecanismo de resposta (cupom, telefone etc.) ou de forma instantânea. (SAMPAIO, Rafael. 2003, p. 341)

2 Público-alvo

Page 14: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

14

direcionadas para o target. O produto resultante deste estudo pode servir para

valorizar a marca no mercado local e dar visibilidade aos produtos das lojas.

Ainda que um catálogo seja um item muito eficaz na comunicação de uma

empresa é importante que se conheça bem as ferramentas que estão a disposição

da comunicação. O capítulo I traz um estudo sobre o marketing, suas modalidades –

dentre elas o marketing direto - e suas características, fala da importância que o

planejamento estratégico exerce quando bem usado, considerando que este é a

base da comunicação para qualquer empresa que queira ser bem sucedida no

mercado e aborda ainda a eficácia da comunicação dirigida que pode ser usada sem

que haja a necessidade de realização de uma campanha publicitária composta de

várias peças.

Entendida as funções do marketing é necessário que se saiba em que cenário

se está atuando antes de realizar a comunicação escolhida. Neste contexto será

visto em que momento se encontra o mercado de moda da capital rondoniense.

Aliada à moda, o capítulo II abordará também as características da fotografia

publicitária, um “ingrediente especial” quando se fala em mercado de moda em

qualquer lugar do mundo. Este capítulo ainda traça o perfil da Paladyo, desde sua

fundação até a inauguração da loja do Porto Velho Shopping. Serão conhecidos

seus concorrentes, seus problemas de comunicação e a personalidade desta marca

ainda jovem na cidade de Porto Velho. Serão identificados também seus clientes,

marcas, mix de produtos, cita as peculiaridades do mercado na cidade e

comunicação utilizada atualmente pela empresa.

Depois de se conhecer o cliente, precisamos entender e identificar as

necessidades do target e a viabilidade de se produzir um catálogo. O capítulo III fala

dos métodos de coleta de dados existentes para se chegar a estes objetivos. Como

uma pesquisa deve ser feita e quais as modalidades escolhidas para este estudo.

Na pesquisa de fato é possível traçar o perfil do público alvo da empresa, seus

hábitos de consumo, como se vestem e a influência da moda de outros estados na

região.

Tendo em mãos todos estes dados foi desenvolvido, juntamente com

profissionais da área um catálogo que se encaixa dentro das particularidades da

região e do público-alvo. Todo planejamento foi elaborado de modo a explorar

nuances não utilizadas – dentro da publicidade – da cidade de Porto Velho. O uso

de espaços urbanos no centro da capital rondoniense foi bastante explorado nas

Page 15: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

15

imagens utilizadas. Ainda foi exaltado o uso das tendências de moda da estação, de

modo a ser utilizadas no dia a dia e o uso de maquiagem para a próxima estação.

No processo de diagramação a linha seguida é a mesma que compõe as imagens,

utilizando cores fortes de maneira sóbria e sem uso de elementos gráficos sobre a

imagem, que dá ao produto um aspecto limpo. As estratégias de distribuição

utilizadas e o orçamento geral deste trabalho também são itens importantes, uma

vez que, se o cliente não dispõe da verba necessária, todo trabalho se torna

obsoleto. Estes detalhes estão expostos no capítulo IV.

Page 16: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

16

2 Marketing e suas ferramentas

Entender, criar, comunicar e proporcionar satisfação e valor ao consumidor é

essência da prática do marketing moderno. Segundo Kotler, “Marketing é a entrega

de satisfação para o cliente em forma de benefício” (2005, p. 3). Um bom

profissional de marketing deve entender as necessidades de seus clientes,

oferecendo produtos ou serviços com valor superior a preços mais vantajosos que a

concorrência, fazendo uma distribuição eficiente e o promovendo da maneira

correta, com isso haverá uma maior facilidade na venda desses produtos. Tudo isso

faz parte do que é chamado de ‘Mix de Marketing’ ou ‘Composto de Marketing’, ou

seja, um conjunto de esforços e ferramentas de marketing que devem ser

trabalhadas juntas para alcançar o objetivo definido.

De acordo com Kotler, o Mix de Marketing foi elaborado tendo como base os

4 P’s - Produto, Preço, Praça, Promoção -, proposto inicialmente por Jerome

McCarthy em seu livro Basic Marketing lançado em 1960 (2005, p. 3). De acordo

com a teoria de McCarthy, os 4 P’s são:

Produto: refere-se ao produto ou serviço que uma organização oferece.

Nesse item há vários aspectos quanto ao produto/serviço a serem analisados

para atingir as necessidades do público-alvo tais como: função, aparência,

design, embalagem, garantia entre outros.

Preço: refere-se à expressão monetária, o que a empresa espera receber em

troca de um produto, serviço ou ideia. Ao definir o preço ao bem oferecido, a

empresa deve levar em consideração fatores como o segmento de mercado

que visa atingir, o perfil dos consumidores, os aspectos culturais do ambiente

o qual está inserida, a concorrência e etc.

Praça: no modelo dos 4 P’s, de acordo com Kotler, refere-se a distribuição do

produto/serviço no mercado. A análise da distribuição envolve estudos de

cobertura (áreas de atuação, abrangência), seleção dos tipos e

características dos canais, a logística, elementos de motivação para os canais

e os níveis de serviço que cada elemento da cadeia deverá oferecer e estar

em conformidade. É através desse elemento que o consumidor chegará ao

ponto de venda para finalizar a aquisição do produto/serviço.

Page 17: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

17

Promoção: o último ‘P’ do Mix de Marketing refere-se à comunicação das

informações entre quem vende algo e quem compra algo. A discussão em

torno do nome é muito grande, vamos adotar aqui a expressão ‘Comunicação

Integrada de Marketing’. Segundo Ogden e Crescitelli “cada membro da

organização envolvido no marketing e na comercialização de um produto ou

serviço deve transmitir a mesma mensagem” (2008, p. XIII). Assim, entende-

se que todos os esforços em torno da comunicação de um produto ou serviço

oferecido pela empresa engloba esse item do Mix de Marketing.

Os 4 P’s tornaram-se então ferramenta de fundamental importância para os

profissionais da área, principalmente após a ampla divulgação e utilização por Philip

Kotler. Em resumo, as empresas disponibilizam determinado produto ou serviço,

organizam sua promoção, que tem por objetivo comunicar, informar ao consumidor

sua disponibilidade em uma dada praça (ponto de venda ou local), a um

determinado preço.

Kotler (2005) diz que o marketing moderno exige muito mais que desenvolver

o produto ou serviço, creditar-lhe preço competitivo e disponibilizá-lo no mercado. As

empresas precisam comunicar-se com clientes potenciais e os já existentes, e o que

é comunicado não deve ser deixado ao acaso. Para a maioria das empresas, a

dúvida não é ‘se’ mas sim ‘quanto gastarão e de que maneiras’ farão essa

comunicação que deve ser elaborada em um programa consistente e coordenado.

Toda empresa precisa avaliar seu comportamento em relação ao mercado.

Para realizar essa avaliação se faz necessário utilizar-se de instrumentos que

possibilitem a percepção de características do ambiente interno e externo da

empresa. Essa prática diminui os erros e evita a tomada de decisões mal

planejadas. Através de uma análise situacional, avaliando as forças, fraquezas,

ameaças e oportunidades, a empresa identifica os aspectos que caracterizam a sua

posição estratégica em determinado momento no mercado, fornecendo a direção

para o desenvolvimento de planos de marketing mais viáveis. Essa constitui a

chamada ‘Análise SWOT3’.

3 Desenvolvida por Kenneth Andrews e Roland Chriskense, o termo SWOT é a conjunção das

palavras Strengths (forças), Weakness (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças).

Page 18: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

18

Para identificar oportunidades e ameaças que se colocam diante da

organização, é necessário fazer uma análise externa. Mudanças sempre vão

acontecer, mas cabe à empresa ter a percepção antecipada dessa mudança,

fazendo com que se aproveitem melhor as oportunidades e se tenha menor impacto

com ameaças.

Richers afirma que “oportunidades sempre existem, mas é preciso olhar além

daquilo que fazemos hoje” (2000, p. 42). É necessário buscar novos nichos de

mercado, novas tecnológicas. A conquista de oportunidades está ligada ao ambiente

externo, mas vai depender de quão ‘ligada’ a empresa estará para enxergá-la. O

mesmo se dá com ameaças. Muitas ameaças e oportunidades resultam de

mudanças pouco aparentes, no entanto, para as empresas, a maioria das

oportunidades que se destacam referem-se à novas tecnologias aliadas à

receptividade dessa inovação no mercado, ao exemplo do surgimento dos

televisores.

Se, ameaças e oportunidades estão ligadas a fatores externos, em

contrapartida as forças e fraquezas normalmente fazem parte do cenário interno da

empresa. Segundo Richers esse “jogo [...] consiste num confronto das qualidades e

limitações de uma empresa em relação às outras do seu setor” (2000, p. 41). Esse

diagnóstico identifica os problemas que a organização enfrenta, auxilia na tomada

de decisões, visando correções e novos alvos estratégicos. Com uma análise

situacional avaliando pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças, a

organização tem embasamento para definir objetivos, e estes precisam ser alvos

concretos e ter prazos predefinidos para serem atingidos, segundo Richers (2000).

2.2 Planejamento estratégico

O planejamento estratégico de marketing (PEM) é um processo que se bem

estudado e aplicado pode tornar uma empresa mais competitiva. Ele busca a

adaptação dos recursos e objetivos dessa empresa dentro da realidade atual de um

determinado mercado. Segundo Silva et al. (2006) “O planejamento estratégico

direciona ações da empresa em busca de resultados, lucros, crescimento e

desenvolvimento que assegurem seu sucesso”, e quando agregado ao marketing se

torna o principal instrumento de orientação da empresa. O que causa mais

resistência por parte de algumas empresas em relação ao uso do PEM é que a

maioria delas toma decisões embaladas pela sazonalidade, e conseguem prosperar

Page 19: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

19

mesmo com problemas, entretanto vivem de intuição. O PEM em muitos casos

torna-se apenas burocracia que não condiz com a realidade do mercado. O que não

é bem assim. Silva lembra que esta visão é equivocada, pois “pressupõe um

ambiente de negócios e um mercado relativamente estáveis ao longo do tempo”.

Esta realidade é mais semelhante aos Estados Unidos dos anos 60. Nos dias de

hoje o planejamento estratégico deve ser maleável, dinâmico e previsor das

mudanças, assim as atividades da empresa se tornam estratégias claras, que são

ótimas ferramentas para conquistas de novos clientes entre outros benefícios.

2.2.1 Componentes do PEM

O planejamento estratégico de marketing é composto por seis etapas

imprescindíveis para um bom diagnóstico e possíveis soluções para os problemas

de uma empresa. O primeiro passo é composto das declarações de missão, visão,

valores, políticas e a definição do negócio proposto. Sob influência deste é que o

segundo passo fará uma análise do cenário e os fatores que determinarão o

sucesso desta empresa. Nesta etapa também é analisado o terceiro passo, que

identifica as oportunidades de mercado. Segundo Silva o quarto passo pode ser um

dos processos mais complexos na elaboração do PEM, pois é nela que são

definidas as estratégias que permitirão que a empresa aproveite as oportunidades

de mercado, esta etapa então exige muita cautela. Após montada a estratégia, o

quinto passo trata da implementação do plano para que se chegue aos objetivos

propostos, nesta etapa “tudo deverá ser feito solidamente embasado em projeções e

avaliações financeiras auxiliares ao processo de implementação”. (2006, p. 19). Por

último é aferido o feedback e é feito o controle do PEM e a programação das

próximas ações. O autor ainda fala que este é o último passo, mas não o final do

planejamento. Assim como pode acontecer durante o processo, o mercado

possibilita que novas avaliações sempre sejam realizadas e que se necessária, haja

alterações em sua estrutura, assim, o processo tem uma melhoria e a empresa entra

em um constante ciclo de crescimento, evolução e aprendizagem.

Page 20: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

20

2.2.3 Etapas do PEM

Compreendidos os componentes do PEM, vê-se a importância de suas

etapas. Dentro dos seis passos são construídos vários itens que nos levam a

entender totalmente a função de cada processo. Quando uma empresa nasce, ela

tem um objetivo e “seus fundadores tem uma visão de futuro e valores pessoais bem

definidos, mesmo que não formalizados” (SILVA, p.19). Geralmente são estes

valores que se deseja que a empresa carregue consigo. Com o passar do tempo a

empresa adquire novos produtos, muda o porte e as condições do mercado.

Provavelmente neste ponto os fundadores da empresa já estejam mais afastados

das posições administrativas e de seus funcionários. Torna-se necessária, então, as

Page 21: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

21

declarações de visão, políticas e valores, para que seus stakeholders4 se sintam

envolvidos e motivados a colaborar com o sucesso do empreendimento. A Visão,

neste contexto é o que é ideal para a empresa, o ponto de partida do planejamento

estratégico e deve ser construída tendo como base os valores emocionais. Quando

a declaração de visão é redigida e uma forma ampla, ela canaliza os objetivos

coletivos da organização em prol de se alcançar a organização dos sonhos. Os

valores de uma empresa devem estar ligados a ideais e à ética, pois é a partir dele

que a empresa firmará suas ações e cria uma linha de prioridades. Para tanto, todas

as pessoas que fazem parte da organização devem ser comprometidas com esse

ideal. Já as políticas, são instrumentos de organização que ditam os limites da ação

individual e são referência para as decisões do empreendimento. Estas são

geralmente elaboradas para que dentro dos valores éticos exista um padrão a ser

seguido. Dentro das empresas existem dilemas éticos enfrentados por profissionais

que ora julgam todas as decisões da organização corretas ora julgam incorretas, são

adotadas, então, duas políticas organizacionais que envolvem o compromisso

público, que é voltado ao público externo e trabalham com todos os atributos –

emocionais – que fazem a imagem da empresa mais equilibrada institucionalmente.

Já o código de conduta aborda as regras de conduta necessárias ao público interno

(colaboradores, sócios, etc.).

A missão é uma ideia clara de onde quer se chegar com o empreendimento.

Quando a missão é compreendida e assimilada pelos colaboradores, a organização

passa a ser independente dos fundadores, portanto deve ser uma forte motivadora

para os envolvidos e durar para sempre. Após estes passos, a definição do negócio

– necessidades atendidas pelo empreendimento – e a análise dos fatores críticos de

sucesso que é o gerenciamento dos fatores considerados importantes para a

empresa a longo prazo, são realizadas. Após estas fases, a análise do cenário dita

quais as condições do mercado onde o empreendimento se encontra. Quando o

cenário é bem explanado aos interessados no planejamento estratégico, este

adquire confiabilidade e é realizado sem maiores problemas e intervenções.

4 Termo utilizado para nomear clientes, colaboradores, fornecedores, acionistas, prestadores de

serviço, TAadministradores, clientes, governo e a comunidade em geral. (SILVA et. al apud Ansoff, 1990:51)

Page 22: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

22

2.3 Mix de comunicações de marketing

Nesse contexto temos o Mix de Comunicações de Marketing ou o Mix de

Promoção, que abrange os instrumentos de comunicação como publicidade e

propaganda, promoção de vendas, relações públicas, venda pessoal, merchandising

e o marketing direto - objeto principal de estudo desse trabalho -, e cada um com

uma característica e custos completamente distintos.

2.3.1 Publicidade e Propaganda

Existem controvérsias no que diz respeito aos conceitos de publicidade e

propaganda. Apesar de serem formas de comunicação que têm pontos em comum é

preciso entender a forma como cada uma é posicionada. Na visão da igreja católica

que pode ser vista no livro Publicidade: a criatividade na teoria e na prática, “o termo

publicidade é derivado da expressão latina publicus e que pode ser traduzida como

qualidade daquilo que é público, ou seja, conhecido ou entendido por todos”. A

“propaganda deriva do latim propagare” que na agricultura antiga significava

reproduzir por meio de mergulha, técnica que consistia em enfiar o broto da planta

no solo (2003, p. 15). Após o Papa Clemente fundar a Congregação da Propaganda

em 1597 “a palavra adquiriu o sentido específico de identificar a ação de propagar

qualquer tipo de doutrina religiosa e princípios filosóficos ou políticos”. A mesma

publicação ainda diz que alguns estudiosos entenderam que a propaganda seria um

termo então adequado para a comunicação de natureza ideológica, e a publicidade

seria de autoria identificada e paga.

Na contramão do pensamento católico, Ogden e Crescitelli explicam que a

propaganda “é o desenvolvimento, e a execução de qualquer mensagem de

lembrança, informação ou persuasão comunicada a um mercado ou público-alvo (...)

é paga e repetitiva e o patrocinador da mensagem é identificado” (2007, p. 24-25).

Explica ainda que por haver o controle no conteúdo, o discurso é sempre favorável

ao produto ou serviço. Já a publicidade faz uso da mídia de massa assim como a

propaganda, mas esta não é paga. “O conteúdo da mensagem é determinado pelo

meio de comunicação utilizado (TV, jornal, rádio, etc.). A publicidade é considerada

‘gratuita’ mas precisa ser direcionada”. Os autores enfatizam ainda que o objetivo da

publicidade é gerar na mídia notícias favoráveis – preferencialmente. Considerando

os pontos acima, este trabalho adota a teoria de Ogden e Crescitelli.

Page 23: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

23

A propaganda consiste então, em qualquer forma paga de promoção, sejam

ideias ou produtos, e possuem geralmente um anunciante predeterminado. Ela pode

atingir uma massa de possíveis compradores geograficamente dispersos e permite

ao anunciante repetir diversas vezes a mensagem. Além do alcance, a propaganda

em grande escala passa positividade sobre o porte, popularidade e o sucesso da

empresa anunciante. Outra característica dessa ferramenta de comunicação de

marketing é que os clientes passam a ver os produtos anunciados publicamente

como mais confiáveis. A propaganda pode ter como objetivo fazer a venda de

determinado produto em curto prazo, como por exemplo, a Casas Bahia, que ora

anuncia o preço dos produtos e ora a marca por meio de anúncios institucionais.

Estes também muito usados para campanhas de bancos e marcas de cerveja. O

problema é que embora seja de alto e rápido alcance “ela é impessoal e não

consegue ser tão diretamente persuasiva quanto os vendedores da empresa”

(KOTLER, 2005, p. 377), e dependendo do meio escolhido para veiculação, pode ter

um alto custo, como por exemplo um comercial para televisão – As marcas Pepsi e

Chanel investiram grandes cifras em propagandas institucionais. A primeira utilizou

Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos e David Beckham, dentre outros, para que

utilizando o futebol, derrotassem soldados inimigos que assolavam uma vila. E para

promover o perfume n°5, a Chanel produziu um filme sobre uma atriz (Nicole

Kidman) atormentada pelos paparazzi que encontra com um escritor (Rodrigo

Santoro) com quem vive uma paixão inesquecível5.

2.3.2 Promoção de vendas

A Promoção de Vendas atrai a atenção do consumidor com uma ampla

quantidade de ferramentas, como: cupons, descontos, prêmios, concursos, amostras

etc, e oferece forte incentivo à compra. Pode também ser utilizada para indução do

desejo de compra de produtos e para alavancar vendas em declínio. A promoção de

vendas tem vida curta e tem ações focadas com o simples objetivo de “atrair uma

resposta mais forte e rápida do comprador” (KOTLER, 2000, p.585). Esta ferramenta

não é tão eficaz na construção de marca porque possui uma ampla variedade de

ferramentas planejadas para estimular respostas mais curtas e intensas do mercado.

5 Disponíveis em Pepsi - http://youtu.be/AYWAq0AbU-E, Chanel - http://youtu.be/VSf9kqPoCvI

Page 24: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

24

A promoção de vendas normalmente é feita em conjunto com a propaganda ou a

venda pessoal.

2.3.3 Relações Públicas

As Relações Públicas tem sido cada vez mais utilizadas pelas empresas por

possuir alta credibilidade por meio do desenvolvimento de relacionamentos com os

diversos públicos da empresa e pela obtenção da publicidade favorável. A empresa

que se utiliza dessa ferramenta não paga por espaços de mídia, entretanto foca

seus esforços para que equipes de profissionais tracem um diagnóstico do cenário,

descubram possíveis falhas na comunicação, formas de melhorar o relacionamento

e a linguagem adequada ao público de um determinado local, além de divulgar

informações e gerenciar eventos. As relações públicas podem alcançar muitos

clientes potenciais que evitam a publicidade porque querem apenas manter um

relacionamento com seus clientes.

2.3.4 Venda Pessoal

A Venda Pessoal segundo Kotler (2005, p. 377), é a mais eficaz ferramenta

em determinados estágios do processo de compra, principalmente na construção

das preferências, ações e convicções dos compradores. A venda pessoal é uma via

de mão dupla com o vendedor, envolve interações pessoais onde o comprador

interage diretamente com o vendedor e ambos vão ajustando suas propostas para a

melhor negociação para as duas partes. Na venda pessoal o consumidor sente uma

necessidade maior de ouvir e responder, mesmo que seja pra dizer um ‘não’.

A venda pessoal é geralmente complementada pelas campanhas

promocionais que atraem o público até o local de venda. Lá o vendedor utiliza de

argumentos para convencer e/ou persuadir um indivíduo a adquirir o produto ou

serviço. Este é praticamente o processo final de um esforço feito por uma empresa

ao anunciar os mesmos. Ela é de fundamental importância, pois é aí que o

consumidor decide se todo esse esforço realmente vale à pena e nessa hora é

necessário ter vendedores bem treinados para que o processo de compra seja

efetuado com sucesso.

Page 25: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

25

2.3.5 Merchandising

O merchandising vem sendo muito utilizado atualmente por proporcionar ao

consumidor a possibilidade de testar, experimentar, conhecer novos produtos e

serviços. Para uma marca nova e desconhecida, a experiência resultante dessa

ferramenta pode servir como fonte para ajustes na forma de exposição, venda ou

modificação de componente do mesmo, por exemplo. Segundo Lupetti,

“merchandising é um conjunto de ações que visam construir um cenário favorável

para a compra do produto no ponto-de-venda, podendo ou não ser fortalecido por

aparições da marca de forma casual em programas de TV, espetáculos teatrais,

shows, etc.” (2003, p. 84). Por esta razão é que vemos cada vez mais anunciantes

que se utilizam de programas de TV ou rádio para divulgação desses produtos.

Ainda segundo a autora, se a ação de merchandising for bem organizada, seguindo

algumas técnicas – escolha de cores, sons, ambientes, exibitécnica, posição do

produto, degustação, demonstração e espaço no ponto-de-venda – esta “terá efeito

melhor que um comercial inserido no intervalo dos programas”. É importante

ressaltar dentro do mix de comunicações de marketing existe uma ferramenta

complementar chamada product placement que é equivocadamente confundida com

o merchandising. Segundo Ogden e Crescitelli, esta ação equivale a inserção de

produtos, uma vez que ela é inserida em qualquer forma de produção em TV e

filmes e é paga. O product placement evoluiu na forma como aparece nas

produções, ele é mais versátil, sofisticado e aparece em canais antes não

explorados, como impressos e internet. Essa atividade é classificada de conforme a

intensidade da mensagem e pode ter três níveis: inserção, quando o produto é

apenas mostrado em determinado contexto; aparição, quando o ele é manuseado ou

usado e testemunhal, quando ele é mostrado, manuseado e recebe um depoimento

favorável6.

2.4 Marketing direto

Como último elemento do composto promocional de marketing, temos o

Marketing Direto, uma valiosa ferramenta de comunicação com o consumidor, que

consiste em travar um diálogo direto e interativo, consequentemente mais atrativo

6 Pode-se observar o uso do product placement em todos os seus níveis mais detalhadamente em

algumas produções recentes do cinema como: 127 horas, O diabo veste Prada e Náufrago. No Brasil, a atividade é mais vista em novelas e no programa CQC.

Page 26: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

26

para o cliente aumentando, assim, não apenas o volume de vendas, mas

principalmente estabelecendo relacionamentos duradouros com seus clientes.

Durante um bom tempo os profissionais usaram apenas o marketing direcionado à

massa para se comunicar com os consumidores como um todo, sem se preocupar

com o feedback, e sim apenas em transmitir a mensagem. Assim a comunicação se

torna mais barata, mas nem sempre eficiente.

Na Era da Informação7, onde a concorrência é gigantesca e os consumidores

se tornam cada dia mais exigentes, as empresas precisaram se adaptar ao novo

perfil de consumo. Hoje já não se pensa mais em oferecer simplesmente um produto

ou serviço, mas sim oferecer o produto ou serviço que o consumidor deseja. A

comunicação dentro do Marketing Direto, como o próprio nome já diz, é feita

individualmente ao consumidor, por meio de canais diretos sem intermediários de

marketing, destinando-se não apenas a obter uma resposta imediata de seus

desejos e necessidades, mas também cultivar relacionamentos fortes baseados em

confiança na marca ou na empresa. A função do Marketing Direto é atender as

necessidades individuais de cada consumidor, adaptando a mensagem e tornando-a

mais eficiente.

Wunderman (1999), considerado o pioneiro no assunto, diz que o Marketing

Direto não é uma tática e sim uma estratégia8. Enquanto temos a propaganda

tradicional, que tenta influenciar o consumidor a comprar determinado produto, o

Marketing Direto vai além. Ele busca uma resposta do cliente e até mesmo um

diálogo entre cliente e vendedor, fazendo com que o consumidor possa escolher

entre uma variedade de opções, analisando e comprando o produto “perfeito” para

si, por meio de um algum instrumento, que podem ser: a venda pessoal, o

telemarketing, a televenda, os terminais multimídia e a mala direta.

O Marketing Direto tem se tornado o caminho mais eficiente de se chegar ao

consumidor. Mas é preciso entender que ele nem sempre é o mais barato, mas evita

7 A definição de era da informação é muito ampla, entretanto analisando a forma como Dizard (2000)

descreve a comunicação de massa atualmente, percebe-se que trata-se da evolução que a tecnologia trouxe para o uso das mídias. O autor fala da facilidade que a Internet trouxe na difusão da informação, de novos serviços baseados na indústria do entretenimento como: TV de alta definição, rádio digital, bancos de dados móveis, satélites de transmissões diretas, etc. e da interatividade.

8 Tática é a característica mais visível, pontual, circunscrita à áreas específicas da organização. Já a

estratégia pressupõe um conjunto de medidas abrangentes que num tempo futuro visam a vantagem

competitiva da organização. (HERRERA, 2007)

Page 27: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

27

que se gaste dinheiro com quem não tem interesse no produto ou serviço e,

principalmente, que ele não resolve problemas de curto prazo. Para ser feito da

forma correta, é necessário ter profundo conhecimento de seus clientes. O

marketing direto proporciona benefícios tanto para compradores, quanto para

vendedores. Os primeiros por terem maior acesso e conhecimento do produto que

está adquirindo e pelo conforto de não precisar sair de casa na hora da compra –

como no e-commerce9 -, podem comparar preços e modelos consultando os sites e

catálogos de mala direta e decidirem qual a compra que mais lhe satisfaz,

diminuindo o risco de decepção com o produto escolhido. Para as empresas é

vantajoso, pois constrói um relacionamento com o cliente que, se satisfeito,

comprará sempre.

Segundo Wunderman (1999), uma empresa não é mais do que o que ela

sabe. Portanto, o banco de dados é um dos instrumentos mais valiosos de uma

empresa. É essencial sempre mantê-los atualizados. Por meio deles é possível

selecionar pequenos grupos de consumidores e até mesmo selecionar o consumidor

individualmente, personalizando ofertas e oferecendo seu produto para o cliente que

tem mais probabilidade de adquiri-lo. É possível mensurar resultados com mais

eficiência e utilizá-los para a melhoria do produto, do atendimento de vendas, da

comunicação, das ofertas e até formas de pagamento, fazendo com que as

necessidades do consumidor sejam devidamente satisfeitas. Um banco de dados

deve conter dados geográficos, comportamentais, psicográficos e demográficos a

respeito dos clientes existentes e dos clientes em potencial. Esses dados darão a

base para qualquer manutenção no produto ou na comunicação. Nesse contexto,

existe o Marketing de Banco de Dados, ou Database Marketing - DBM, que é “o

processo de construção de manutenção e utilização dos bancos de dados de

clientes e de outros clientes com a finalidade de entrar em contato e realizar

transações com os clientes”. (KOTLER, 2005). Só assim, com dados específicos

sobre o público alvo, pode-se fazer uma comunicação dirigida e direcionada ao

público correto, facilitando o sucesso da mensagem. O DBM pode ser construído

quando o cliente visita um estabelecimento pela primeira vez, quando este se

9 Processo de compra e venda apoiada por meios eletrônicos. (KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. 2003.

p. 454)

Page 28: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

28

cadastra via meios impressos ou eletrônicos para receber algum benefício,

respondendo a diversas formas de pesquisa, entre outras formas.

2.5 A Comunicação Dirigida

Nos anos 60 conforme descreve o seriado Mad Men exibido pelo canal

HBO10, o cliente era quem falava o que gostaria de ver nas campanhas. Convencer

esses clientes que os consumidores eram os principais ‘ditadores de regras’ no

processo de comunicação era o principal desafio dos criativos e atendimento de uma

agência. Nessa época, os anúncios impressos e a TV tinham, em sua maioria, uma

propaganda com um atrativo familiar (figura 1.1) e o boca a boca era o atestado de

qualidade dos produtos. A popularização da comunicação de massa tinha o olhar

totalmente voltado ao produto. De lá para cá muitos avanços ocorreram no campo

da tecnologia, chegamos à “Era da Informação11”, pois o indivíduo de hoje tem

autonomia e capacidade de receber e produzir seu conteúdo livremente, tem os

meios para difundi-lo e o feedback é instantâneo. Esse processo teve início com as

inovações principalmente no campo das telecomunicações e tecnologia que

impulsionaram a globalização econômica, que permitiu aos blocos econômicos e

países menos desenvolvidos estreitarem suas relações comerciais com empresas

multinacionais e transnacionais e fizessem o mercado mais competitivo

10

A série dramática fala do competitivo dia a dia de publicitários da Madison Avenue (Manhattan, EUA) dos anos 60.

Page 29: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

29

A comunicação publicitária sempre é destinada a atingir uma sociedade de

forma que todos os públicos se sintam individual e coletivamente contemplados.

Nesta perspectiva a comunicação de massa já não é tão eficaz como de costume.

Hoff e Grabrielli justificam que os envolvidos no processo de comunicação (de

massa) não estão em contato. A transmissão da mensagem é mediada pelos

veículos de comunicação e os receptores não interagem com os emissores no

momento de sua recepção (2004, p. 7). Logo, quando falamos de um produto novo

no mercado ela age como difusora, fazendo com que a informação tenha o maior

alcance possível, e chega ao consumidor de forma mais incisiva com a comunicação

integrada.

No mercado competitivo de hoje, empresas e profissionais de marketing devem certificar-se de que as mensagens que chegam aos consumidores sobre produtos e serviços sejam claras, concisas e integradas. Em outras palavras, cada membro da organização envolvido no marketing e na comercialização de um produto ou serviço deve transmitir ao consumidor a mesma mensagem. (ORDEN, James R., 2002, p.11)

Mas nem sempre várias ações conjuntas de propaganda ou a comunicação

integrada são a melhor forma de se alcançar bons resultados nas vendas12. O

mercado fragmentou-se – criando vários grupos e subgrupos distinguidos por classe,

identidade, regiões, etc. – e grandes investimentos antes destinados à comunicação

de massa hoje podem ser aplicados na comunicação direta. E, dependendo dos

resultados a serem alcançados pela empresa, uma utilização coordenada das

diversas ferramentas de comunicação é muito bem vinda. Esse mercado também se

tornou mais agressivo e, para atingir vários públicos em lugares diferentes, as

empresas precisam se posicionar de forma eficaz e adaptar o modo como se

comunicam com estes públicos. São nestes espaços que os novos modelos de

comunicação estão se encaixando. Nesse espaço onde a comunicação é trabalhada

especialmente ao público segmentado ganhou destaque então a Comunicação

Dirigida. Conforme relata Kunsch (1997), essa comunicação destina-se a públicos

específicos, pré-determinados, e conseqüentemente, mais conhecidos pelos

idealizadores das diferentes estratégias de aproximação possíveis.

12

A Coca-cola, em 1985, cometeu uma histórica falha quando, ao ver que a concorrente Pepsi estava ganhando mercado, mudou a fórmula e criou um novo refrigerante chamado New Coke. A empresa investiu milhões no lançamento do produto, porém as pessoas se recusavam a comprá-lo pois já haviam adquirido paixão pelo antigo produto. Após três meses a empresa voltou a comercializar o refrigerante clássico, desta vez com o nome de Coke Classic. Fonte: Wikipédia. Disponível em < http://en.wikipedia.org/wiki/New_Coke >.

Page 30: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

30

O modelo usado hoje se destina ao consumidor que não é atingido pela TV,

mas é pelo panfleto, e-mail, mídias alternativas. Um dos fatores que diferenciam a

comunicação dirigida da comunicação de massa é a relação do público com a

empresa. Na comunicação de massa, esta feita em apenas um sentido e a

possibilidade de feedback é reduzida. Outra diferença entre elas – a favor da

comunicação dirigida - está na relação custo x benefício, uma vez que necessita-se

de esforço físico menor para a realização de um trabalho.

Na comunicação, como regra geral a melhor opção a ser adotada na empresa é aquela que traz como resultado o mais baixo custo por produto vendido ou por cliente em potencial atingido [...], mas para isso [...] é necessário que se faça uma análise profunda de todos os recursos passíveis de utilização para convencer pessoas. (MUYLAERT. 2000, p.49-50)

A mensagem também deve ter um tom mais persuasivo. A catalogação das

necessidades do consumidor deve ser elaborada – ou uma necessidade específica

pode ser identificada por meio de pesquisa. Assim a Comunicação Dirigida torna-se

eficiente quando se necessita divulgar e vender um produto ou serviço, pois a

mensagem personalizada é mais atraente economicamente.

1.5.1 Características da Comunicação Dirigida

Para que a comunicação dirigida se torne uma ferramenta interativa e agrade

ao cliente em potencial ela deve conter um mecanismo de solicitação de resposta

para aquela ação. Essa resposta é o que avalia se sua comunicação é ou não

eficiente, portanto, no instrumento usado deve sempre conter um canal de resposta,

que pode ser um e-mail, um número de telefone, o endereço de uma rede social, um

cupom ou formulário para pedido. É importante também que a comunicação dirigida

– por ser muito invasiva – respeite as regras de opt in e opt out13. A mesma deve

atentar para que as mensagens respeitem o consumidor e os princípios éticos que

norteiam a propaganda. Observando essas peculiaridades esse tipo de

comunicação tem como aliada as novas tecnologias disponíveis ao consumidor –

que está mais atento às informações sobre o produto – pois permite uma

13

Opt in: permissão dada pelo receptor para prosseguir o relacionamento através de comunicação à distância (carta, email, telefone, etc.), tanto quando ele procura como quando é procurado. Opt out: aviso do receptor de que ele não deseja mais receber e-mail marketing de uma empresa. É prerrogativa de o receptor decidir o momento em que não quer mais receber mensagens de determinado emissário.

Page 31: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

31

aproximação onde apelos mais convincentes podem ser melhor empregados. Neste

caso podemos dizer que a comunicação dirigida, dentro do marketing direto, pode

ser usada como a linguagem que a ferramenta – mala direta, catálogo etc. - utiliza,

podendo esta ser verbal ou não verbal.

2.6 Ferramentas do marketing direto e da comunicação dirigida

Como formas de marketing direto temos:

2.6.1 Venda pessoal

A Venda Pessoal foi explicada anteriormente no capítulo sobre marketing e

trata-se da ferramenta usada geralmente como último esforço feito por uma empresa

ao anunciar os produtos, exigindo um maior esforço por parte do vendedor que deve

usar de argumentos persuasivos para convencer o cliente a adquirir alguma

mercadoria.

2.6.2 Telemarketing

Consiste basicamente em vender diretamente ao consumidor por meio do

telefone e é uma das principais formas de marketing direto adotada atualmente.

Pode ser utilizada para prospectar novos clientes e também para vender novos

produtos a clientes já existentes, e é aí que o Banco de Dados se torna essencial

para ajustar propostas melhores e mais atrativas ao consumidor. Há ainda o

telemarketing feito de ‘fora pra dentro’, onde o consumidor liga para a empresa (por

números “0800 e 0300”, por exemplo) para saber de promoções anunciadas em

comerciais de televisão e rádio, mala direta ou catálogos.

Apesar das vantagens do telemarketing de conveniência na compra e

melhores informações sobre produtos e serviços, a recente explosão desse tipo de

marketing direto por telefone não solicitado, tem perturbado muitos consumidores

que não desejam receber esse bombardeio de ligações quase que diárias14, muitas

vezes em horas impróprias, portanto, é necessário que essa ferramenta seja

utilizada de forma correta a fim de não irritar o consumidor levando uma imagem

negativa da empresa.

14

De acordo com pesquisa realizada pela empresa ZipCode e publicada na Revista Exame em abril de 2011.

Page 32: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

32

2.6.3 Televenda

Este tipo de venda é realizada por meio de canais de televisão e é dividida em

duas categorias: propaganda interativa e canais de televendas. Na propaganda

interativa, é apresentado um produto usando uma linguagem persuasiva e após é

disponibilizado um número de telefone grátis para que o cliente possa fazer o

pedido. É comum vermos também os infomerciais que geralmente tem duração de

30 minutos e promovem um único produto. Já os canais de televendas são

programas ou canais de televisão com programação exclusiva e dedicada a venda

de produtos e serviços – a exemplo do canal Polishop – e utilizam na apresentação

dos programas muitos artifícios para manter os telespectadores concentrados.

“Muitos especialistas acreditam que os avanços nas tecnologias da televisão

interativa [...] e das ligações com a internet ainda vão transformar a televenda em

uma das formas mais importantes de marketing direto”. (KOTLER, P.;

ARMSTRONG, G. 2003. p. 453)

2.6.4 Terminais Multimídia ou Quiosques

Apesar de terem um custo alto por questões logísticas é uma interessante

ferramenta de aproximação entre o público e a marca (ou produto). Essa ferramenta,

com ajuda da tecnologia, proporciona interatividade e possibilidade de

experimentação que podem ser decisivas na hora da escolha por marcas x ou y.

Hoje já estão disponíveis os terminais on-line que personalizam o atendimento ao

consumidor de várias maneiras e em muitos casos estes se tornam o principal canal

de vendas de uma empresa.

2.6.5 Mala direta

Juntamente com o telemarketing, a mala direta15 é uma das mais rentáveis

ferramentas do marketing direto segundo Kotler e Armstrong (2003). Ela é ainda

muito interessante porque pode ser personalizada, é flexível e pode ser facilmente

mensurada. Os mesmos autores dizem que apesar do CPM (Custo por Mil) seja

mais alto que o da mídia de massa os clientes em potencial são muito melhores no

15

Envio de uma oferta, anúncio, lembrete ou outro item a uma pessoa em um endereço determinado. (KOTLER, P.; ARMSTRONG, G., 2003. p. 448)

Page 33: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

33

alcance. Outra característica é a que a mala direta sempre se inova quando se trata

dos formatos. Uma empresa de informática pode utilizar um pen-drive com

informações ou uma versão de teste a seus possíveis consumidores, por exemplo.

O Catálogo que, apesar de ser uma ferramenta que pode ser trabalhada

individualmente, serve como atrativo ao público se enviada também como mala

direta. Contudo, observa-se uma reinvenção nas formas de distribuição desse

material a exemplo da internet. Para algumas empresas, a venda via catálogo

continua sendo vantajosa16 pelo fato de que nos dias de hoje as pessoas têm menos

tempo de ir às lojas a procura dos produtos. Se há uma forma de intermediar estas

vendas, o catálogo é o melhor candidato a posição. Entretanto para se alcançar os

clientes são necessárias ações de promoção, visto que na web, por exemplo, a

quantidade de informação a que um indivíduo é exposto é muito grande. O envio do

catálogo impresso traz maior atenção aos produtos e nesse contexto pode-se usar a

internet também como canal de venda. Uma vez que o indivíduo recebeu um

catálogo e neste tenha um endereço da internet convidando-o a conhecer mais

detalhes dos produtos, ele se sente atraído a continuar o processo de compra. Uma

vez no sitio eletrônico da empresa, ele poderá obter mais informações dos produtos,

amostras grátis, formas de envio e pagamento, entre várias outras opções. Se a

empresa conhece seu consumidor e faz com que a apresentação de seus produtos

esteja atrativa, colorida, humanizada17 e encoraja seus consumidores a guardar o

catálogo – cria alguns atrativos como promoções, guias e tutoriais – a empatia e a

chance desse consumidor de adquirir um produto cresce e “seu catálogo dobrará ou

triplicará em valor percebido” (BLY, Roger W, 1994, p. 233).

16

No Brasil, uma das empresas que mais faturam com a venda por catálogo é a Natura que até setembro de 2010 aumentou o crescimento de seu principal canal de vendas – catálogo – em 18,4% de acordo com seu relatório de desempenho anual.

17 Segundo Robert W. Bly incluir uma carta no catálogo dá um toque pessoal e faz com que o

consumidor sinta que o conteúdo oferecido ali é de qualidade. Essa lauda ainda pode dar orientações a um leitor que geralmente é bombardeado de informações técnicas e o uso de testemunhos pode dar mais eficácia à ferramenta.

Page 34: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

34

Figura 1.3 Catálogos C&A, Dammyler e Renner

Page 35: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

35

3 Briefing

Briefing é o conjunto de informações necessárias para que a agência entenda

quais são as necessidades do cliente. Mas para que este seja eficaz, é preciso que

o profissional responsável pela tarefa tenha paciência e organização a fim de

simplificar essas informações. Simplificar não significa que as mesmas sejam muito

resumidas ou extensas demais. Segundo Sampaio (2003, p.284) “Um bom briefing

deve ser tão curto quanto possível, mas tão longo quanto necessário. [...] E deve

conter todas as informações relevantes e nenhuma que não seja”.

A troca de informações entre o cliente, o atendimento18 e os demais

departamentos da empresa é fundamental para que haja sinergia no

desenvolvimento da campanha, por isso Sampaio fala ainda que as pessoas, o

momento, a maneira e o custo devem estar corretos no momento da troca de

informações, já que o que é certo em uma situação pode não ser na outra. Outro

ponto interessante é a ‘parceria’ entre o briefing e o planejamento, pois o processo

de ‘brifar’ é “contínuo e cumulativo através de todos os estágios do planejamento de

propaganda”, afirma Sampaio.

3.1 O Mercado da Moda

A moda se faz presente na vida dos indivíduos em todas as situações desde

os tempos mais antigos como forma de diferenciar os mesmos dentro de seu próprio

hábitat e perante outras sociedades. A moda evoluiu principalmente na virada do

século XIX para o XX onde ocupou um papel importante, transformando a aparência

em uma das principais formas de ostentação de status.

Nos dias de hoje podemos perceber o quão a moda ainda influencia na

sociedade, visto que os tidos como “mais importantes” tem, digamos, um apuro

maior ao escolher a maneira como se vestir e portar perante algumas situações. O

mercado da moda é tão competitivo que mesmo nas classes mais baixas é possível

se observar que as marcas se armam de todos os artifícios possíveis para conseguir

mais fatias do mercado. Levando em consideração que a moda do nosso país tem

forte inspiração na maneira que as cortes européias se vestiam desde o período em

que as primeiras navegações chegaram ao país trazendo os bandeirantes e

18

Área da agência que atende e administra as contas da empresa. Também é a denominação dada ao cargo do profissional que realiza esta função.

Page 36: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

36

desbravadores, vemos que todas as tendências de vestimenta ainda se aplicam no

país. É claro que nos dias atuais muitas coisas se adaptaram, mas ainda assim,

para que a população se sinta mais incluída, seguimos um padrão que vêm dos

países mais antigos e que é considerado moderno e inovador.

Com o avanço tecnológico, a maneira como se vestir vem mudando em todo

mundo. No Brasil, por exemplo, existe uma cultura em torno do biquíni (peça

inventada na França) que o tornou uma das peças de vestuários mais famosas da

atualidade. O fato de o país ter uma faixa litorânea muito extensa, fez com que a

mulher brasileira adaptasse a peça ao seu gosto – tamanhos menores do que em

outros países - e o biquíni virou artigo de exportação. Outro fator que impulsionou a

indústria de moda em todo mundo é o culto à beleza. O padrão de beleza criado

pela sociedade faz com que o consumidor comum procure estar cada vez mais

enquadrado em um padrão determinado para ser aceito, mas mesmo dentro desse

padrão mostra que você pode ser único, lema que a maioria das marcas buscam

salientar.

3.1.1 A moda em Porto Velho

“O vestir é a reprodução da condição social e da visão de mundo. O vestir

reproduz o que somos ou que gostaríamos de ser. Através das vestes expressamos

as nossas posturas sociais, culturais e os momentos históricos” (MENEZES e LINO,

2003). É como os autores descrevem as primeiras nuances da moda na cidade

durante a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM). Os autores

ainda falam que desde aquela época as mulheres judias já habitavam a cidade e os

comerciantes traziam do Amazonas e do Pará todo vestuário consumido na cidade.

Havia ainda a influência dos negros caribenhos e dos acessórios produzidos a partir

da matéria prima da floresta: sementes, couro e dentes de animais.

Da Porto Velho de antigamente até a de hoje são aproximadamente 100 anos

e houve uma evolução gigantesca quando analisada a evolução da moda no país.

Hoje o que se veste para ir ao trabalho, por exemplo, pouco se difere do que uma

européia pode usar em um dia de verão, salvas as diferenças culturais. A cidade é

repleta de imigrantes que trouxeram, junto com suas famílias, os hábitos vestuais

adotados pelos seus antepassados e conterrâneos. O que se vê hoje nas ruas de

Porto Velho é o que se vê nas ruas de todo país. De certa maneira, vemos um povo

que tenta construir sua própria identidade perante outras regiões, mas que ainda

Page 37: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

37

não aprendeu a compreender e utilizar os recursos que aqui dispõe. Enquanto isto

acontece, tenta-se adaptar o que vem de fora de nossa cultura para nos sentirmos

incluídos perante a sociedade.

3.1.2 A fotografia na comunicação da Moda

Desde que Joseph Nicéphore Nièpce registrou a primeira fotografia, em 1826,

geniais pioneiros dessa arte estudaram-na, com muita ousadia e criatividade, para

expandir os limites de suas aplicações. Em sua origem, a fotografia foi criada para

uso realista e se consolidou como documento de valor histórico, pela precisão com

que reproduzia a cena retratada e pela imprensa foi popularizada como veículo de

informação. Uma nova maneira de perceber o mundo do ponto de vista estético

nasceu em função do surgimento da fotografia, através de ângulos inusitados,

closes e desfoques. A força da industrialização aliada às características da

fotografia, como rapidez e exatidão, fez com que a fotografia conquistasse cada vez

mais espaço no mundo contemporâneo, espaço esse também adquirido, após certo

período, no universo publicitário.

O famoso provérbio que diz “Uma imagem vale mais que mil palavras” aplica-

se perfeitamente à fotografia publicitária. Num mundo onde as pessoas têm cada

vez mais acesso à informação e aprendem instintivamente a filtrar informações

desnecessárias, a boa fotografia cumpre com louvor o seu papel de fazer um

anúncio publicitário se destacar dos demais. A fotografia publicitária, segundo

Piovan (2007), é composta por elementos que objetivam o surgimento de desejos,

carrega em seu contexto a persuasão e o poder de representar através de uma

imagem um sentimento, um sentido capaz de propor a compreensão da mensagem

emitida. Ao contrario do fotojornalismo (que reproduz imagens que representam a

realidade observada), na fotografia publicitária tudo é pensado, desde a luz, o

modelo até as cores dos objetos de composição, para se obter o melhor resultado.

O mundo da publicidade, entretanto, é um mundo do faz-de-conta. Realidades são maquiadas e benefícios são ressaltados. É assim mesmo. E não se trata de desonestidade. Nesse mundo, empresa nenhuma conseguiria vender um produto feio e de má qualidade. O produto tem que ser mostrado ao público da maneira mais atraente possível. Tem que ser bonito, despertar o desejo, a vontade de comprar. (MARCO PIOVAN, 2007, p. 36).

Page 38: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

38

Para a representação de uma imagem nesse universo, é necessário trabalhar

uma série de signos que representam o imaginário de uma sociedade. Segundo

Souza e Custódio (2005), a análise semiótica é a leitura fotográfica mais utilizada,

consistindo em tentar estabelecer um paralelo entre dois planos, sendo eles: o da

expressão da imagem (o que mostra) e o seu conteúdo (o que ela significa); a

realidade exterior que ela faz referencia (significante) e o conteúdo material da

imagem (significado).

As fotografias veiculadas para ilustrar os conceitos e ideologias da sociedade

contemporânea, são produzidas com requintes técnicos e submetidas à

manipulação de conteúdo, de tal forma que nem se percebe o direcionamento e

condicionamento nas emoções. Para Souza e Custódio (2005), a propaganda

assumiu uma parcela de responsabilidade social na formação de uma cultura, com a

universalidade dos meios de comunicação e a instantaneidade da informação. Em

suas mensagens inclui-se uma forma de viver, um comportamento e uma posição

diante da sociedade. As revistas e periódicos de moda utilizam dessa linguagem,

que age de maneira determinante nas emoções humanas. Para envolver o leitor há

todo um contexto de matérias e notícias, as imagens são pensadas e adequadas a

partir de informações corretas, do ponto de vista mercadológico e das motivações

que movem o consumidor em potencial.

A pioneira no uso da fotografia de moda foi a revista Vogue19, fundada em

1892, mas até 1914 a moda era ilustrada com desenhos ou modestas fotografias,

ficando em terceiro plano onde decoração e fofocas prevaleciam. Até os anos 40, a

fotografia de moda retratava o universo luxuoso e moderno da alta costura, as fotos

e poses eram réplicas de posturas observadas em pinturas renascentistas, conforme

figura 3.1. No período pós-guerra, a moda francesa ganhou mais vigor e na Europa

as revistas de moda passaram a ter grande importância na difusão de novos

modelos. Ainda com algumas restrições, a fotografia de moda saiu às ruas e cada

vez mais revistas eram lançadas. O teatro da fotografia passou a dominar a

linguagem dos editoriais de moda, onde o modelo fotográfico passou a ser o objeto

principal da fotografia e não somente a roupa. A representação fotográfica de moda

foi mudando ao passo das mudanças socioculturais, tornando-se, indiretamente, o

19

Revista norte-americana de moda publicada em 18 países e considerada atualmente a revista de moda mais influente no mundo.

Page 39: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

39

fiel registro dessas mudanças, começou a ter como primeiro plano a descrição de

comportamentos e looks20 da moda, afastando-se sempre da estética clássica.

Segundo Souza e Custódio (2005, p. 240), “Nos anos 60, para difundir a

indústria do prêt-à-porter21, criou-se em torno da moda uma máquina de

comunicação” onde desfiles, modelos, revistas e fotógrafos eram os novos heróis do

“mundo da moda”. A partir daí, as revistas de moda passaram a ser um meio

poderoso de disseminação e criação de novos conceitos. Dentro da moda, a

fotografia aparece como principal veículo de três diferentes maneiras: a fotografia

publicitária, que circula em catálogos e anúncios de moda; fotografia de moda

editorial e fotografia de cobertura nos desfiles. Em cada uma dessas, a fotografia é

pensada de maneira diferente de acordo com o objetivo de cada uma.

20

Composição de roupas.

21 Expressão francesa que significa "pronto para vestir". São linhas de roupa mais acessíveis ao

público, pois não são feitas sob medida como na alta-costura. Elas têm tamanho específico e são vendidas em lojas e butiques.

Figura 3.1: Revista Vogue Edição de Dezembro de 1919

Page 40: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

40

3.2 O Cliente

Nome fantasia: Paladyo Fashion

Razão Social: Paladyo Confecções LTDA EPP

CNPJ: 84.621.960/0001-69

Endereço: Av. Carlos Gomes, n° 1920 e Av. Rio Madeira, n° 3288, 1º piso,

Porto Velho Shopping;

Telefone: (69) 3223-7868, 3218-8569

E-mail: [email protected] e [email protected]

Página oficial na web: facebook.com/paladyo

3.2.1 Missão

A proprietária informou que a loja possui a declaração de missão, mas não foi

entregue.

3.2.2 Visão

A proprietária informou que a loja possui a declaração de visão, mas não foi

entregue.

3.2.3 Histórico do Cliente

A Paladyo está a dezesseis anos no mercado. Sua matriz tem sede na cidade

de Ariquemes-RO. Nesta cidade a empresa se consolidou e ansiando por um

mercado mais abrangente, em 2006 a proprietária Ângela Figueiredo – não mais

proprietária da loja de Ariquemes - inaugurou a primeira loja em Porto Velho, na

Avenida Carlos Gomes, uma avenida que concentra grande parte das lojas

especializadas em marcas da cidade. Em 2010 a sociedade que ocorria entre

marido e mulher foi desfeita e a loja de Ariquemes passou a ter administração

diferente da loja de Porto Velho. Em quatro anos, Ângela viu sua loja crescer com o

desenvolvimento da cidade e em outubro de 2010 inaugurou sua segunda loja, desta

vez no Porto Velho Shopping.

Segundo a proprietária, o que mais lhe chamou a atenção no mercado da

capital rondoniense é o hábito “vestual” dos habitantes que difere de Ariquemes. Ela

atenta ao fato de que na cidade de Ariquemes, quando ainda era proprietária da loja,

o mix de marcas é representado pelo jeans, este usado maciçamente por seus

Page 41: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

41

clientes. Já em Porto Velho, estes optam por roupas com tecidos mais leves,

comprimentos menores e variação de cores, segundo ela, por recomendações

médicas22.

O nome da Loja Paladyo foi criado pela própria empresária que levou em

consideração o paládio, que segundo ela é um revestimento de proteção que as

jóias recebem antes de serem comercializadas. Portando o nome Paladyo – com

uso da letra Y para diferenciação do elemento e outras marcas – tem assimilação e

inspiração na proteção de algo precioso23. Pesquisando sobre o assunto descobriu-

se que o nome ‘Paládio’ tem origens diferentes, porém muito interessantes. Na

mitologia greco-romana, Paládio, era o nome dado a estátua de madeira construída

por Atenas em homenagem a Palas, filha de Tritão (deus marinho filho de Poseidon)

morta acidentalmente pela deusa durante um exercício. Segundo a lenda, enquanto

a estátua permanecesse em Tróia, sua cidade “original”, ninguém conseguiria invadir

seus domínios. Por causa desta lenda, muitos se aventuraram a roubar a estátua

para garantir que não houvesse conflitos em suas cidades. Paládio é também o

nome de um elemento químico (Pd) descoberto por William Hyde, muito usado pela

indústria de joalheria. Primeiramente o elemento era o principal ingrediente usado na

fabricação do ouro branco. Após o aumento de preço do ouro e da platina no

mercado, os japoneses passaram a usar o paládio na fabricação de jóias, pois este

é mais leve, resistente, hipoalergênico e mais barato do que outros metais

preciosos.

A empresa anuncia em rádio, TV (canal de compras), outdoor, não possui

site, mas em breve lançará um blog. Possui perfil no Orkut e criará no Facebook

juntamente com o blog. Segundo a proprietária, a empresa não tem tanta ênfase

para as redes sociais porque não dispões de tempo para atender a estes clientes e

não possui conhecimento sobre os profissionais que trabalham com mídias na

internet. A loja também se utiliza de telemarketing para comunicar aos clientes

sobre novos produtos e lançamentos das coleções.

22

A proprietária visitou alguns ginecologistas e descobriu que estes recomendam expressamente que a portovelhense use menos jeans, pois a cidade é muito quente e a umidade juntamente com o uso de roupas que impedem a ventilação aumenta o risco de infecções na área íntima.

23 Informações retiradas dos sites: mspc.eng.br, mundodosfilosofos.com e pedramistica.com

Page 42: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

42

3.2.4 Produtos que oferece

O mix de produtos da Paladyo é composto atualmente por calças, camisas,

camisetas, blusas, saias, vestidos, calçados, bolsas, carteiras e cintos. A loja

trabalha com as marcas: Victor Hugo, Lacoste, Reserva, Ecko, Spaço Fashion,

Cantão, Zoomp, Iódice, Triton, Shop 126, Diesel, todas com coleções masculinas

femininas, possuindo apenas uma peça para cada tamanho – exceto vestidos, que

possuem apenas uma peça de cada modelo. A loja possui estoque de várias peças

– principalmente jeans – e de alguns acessórios, como por exemplo, as bolsas Victor

Hugo. Entretanto, nem todas as peças de uma coleção estão em seu mix de

produtos, uma vez que alguns modelos fogem totalmente da característica vestual

da região.

3.2.5 Histórico do Produto

Com dezesseis anos no mercado a Paladyo tornou-se uma loja multimarcas

sem perder o tom de exclusividade que cada marca possui. Seu público é jovem e

muito exigente, o que faz com que a empresa se empenhe em fornecer a melhor

qualidade desde seus produtos até o atendimento, para que o cliente se sinta único.

Aliado a isso, a empresa aposta em sua presença nos principais eventos onde seu

público está, mostrando como a marca permanece jovem e antenada.

3.2.6 Como o produto é vendido

Os produtos são comercializados nas lojas por meio da venda direta, à vista,

no cheque e cartões de crédito.

3.2.7 Posicionamento da Marca

Os produtos comercializados na Paladyo seguem as principais tendências de

moda adotadas pelos brasileiros para cada estação24, apesar da maioria de suas

marcas serem de renome internacional. Os produtos da marca Victor Hugo, que

atualmente são as mais conhecidas e provavelmente desejadas por milhares de

consumidoras, por exemplo, seguem um padrão de exposição para cada loja

revendedora da marca.

24

Primavera/Verão e Outono/Inverno

Page 43: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

43

3.2.8 Diferencial

A empresa possui como diferencial a revenda exclusiva de algumas marcas e

foca no atendimento, em uma pesquisa instantânea de satisfação – se um cliente

entra na loja e não leva nenhum produto, a pesquisa busca identificar as causas

deste desinteresse – e na pós-venda.

3.2.9 Logística

Os produtos oferecidos pela Paladyo são trazidos dos grandes centros (como

São Paulo) e chegam à loja por meio dos representantes das marcas. Mediante, é

claro, o aval da proprietária que escolhe as peças de cada coleção que serão

oferecidas nas lojas.

3.2.10 Comunicação

Apesar de anunciar em diversos veículos, a Paladyo não possui um plano

nem uma projeção de quanto investe por ano em comunicação. Segundo a

proprietária, estes investimentos são feitos na medida em que as coleções são

lançadas e as datas comemorativas se aproximam.

3.2.11 Efeitos da Comunicação

Mesmo não destinando uma verba anual para os investimentos de

comunicação, a empresa sente o feedback ao anunciar. A proprietária informou que

após anunciar no canal de compras local Shop TV ela percebe um aumento no

volume de vendas durante o período de veiculação no mesmo. A mesma ainda

acredita que a associação da marca Paladyo com outros eventos – festas,

exposições e sites de festas – é uma boa estratégia para alcançar o top of mind25.

3.2.12 Aparência Física

25

Primeiro item lembrado pelo público em determinado segmento.

Page 44: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

44

A loja da Avenida Carlos Gomes possui um visual muito limpo – o que pode

dificultar a visualização do espaço – com predominância das cores branca, tons de

bege e o metalizado do logotipo da empresa. Todo o interior da loja é visível e

araras e prateleiras são de aço, vidro e madeira respectivamente. A loja tem uma

cara muito jovial e não ostenta um visual de alto padrão, mas mantém um toque

moderno.

A mesma aplicação serve para a loja do Porto Velho Shopping, mas com

ressalvas em relação à vitrine exclusiva da marca Victor Hugo que carrega um ar

mais sério e sofisticado que é repassado ao ambiente da loja.

Figura 2.2 Paladyo Porto Velho Shopping

Page 45: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

45

3.4 Análise SWOT (Strengths, Weakness, Opportunities, Threats)

3.4.1 Micro Ambiente

3.4.1.1 Fortalezas

Revenda de Multimarcas

Conhece seus clientes

Revenda exclusiva

Investe em diversos canais de comunicação para se aproximar dos

clientes (patrocínios de eventos, anúncios em restaurantes e barzinhos

frequentados pelo público-alvo, sites de cobertura de eventos e etc.)

Pós-venda

3.4.1.2 Fraquezas

Atendimento ao público – influenciado pela ausência de qualificação na

mão de obra na região

Abandono do cliente virtual – causa envelhecimento do público

Não fidelização do funcionário

Atraso nas trocas de coleção

3.4.2 Macro Ambiente

3.4.2.1 Oportunidades

Público adulto que se veste como o jovem

Fatores climáticos

Uso das redes sociais como forma de alcançar o cliente virtual

Ausência de lojas referência de moda em Porto Velho

Crescimento populacional

3.4.2.2 Ameaças

Mix de marcas da concorrência - engloba algumas marcas idênticas a

da Paladyo e marcas concorrentes como Cantão.

Falsificação de produtos

Page 46: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

46

3.5 Público-Alvo

O público da Paladyo abrange homens e mulheres das classes A, B e C, que

possuem idade entre 15 e 45 anos.

3.5.1 Características do público-alvo

Segundo a proprietária, uma boa parcela de seus clientes vem dos órgãos

públicos de todas as esferas. Este também é composto por empresários, políticos e

estudantes desde o ensino médio a pós-graduação. Existem também

especificidades quanto ao hábito destes clientes quando falamos da loja do Porto

Velho Shopping. O cliente que visita o estabelecimento aos domingos é o que

menos tem probabilidade de efetuar uma compra, pois este vai ao shopping a

passeio. O cliente característico e fiel à loja usualmente faz compras nas terças e

quartas feiras por serem dias mais tranqüilos e de menor movimentação nas lojas. E

os melhores dias para as vendas são as quintas, sextas e sábados, pois nestes dias

todo tipo de público vai ao shopping com a intenção de adquirir algum produto e a

chance da compra por impulso acontecer é maior.

3.5.2 Necessidade de compra

O consumidor Paladyo se sente motivado a fazer uma compra quando se

observa nas vitrines os destaques da última estação ou as promoções de queima de

estoque. Se as peças lhe interessarem a compra, em sua maioria, acontece por

impulso. O consumidor fidelizado visita a loja pelo menos uma vez ao mês para

saber das novidades relacionadas às roupas de cada estação e se este observa

alguma peça de seu interesse, realiza a compra.

3.5.3 Comportamento pós-compra

O comportamento pós-compra é similar à atenção que o consumidor recebe

após a primeira visita em uma das lojas. Ele recebe uma ligação convidando-o a

voltar e conhecer outros produtos de seu interesse. Se este consumidor já adquiriu

algum produto, o contato é feito para descobrir se este está satisfeito com o produto,

com a loja e com o atendimento que recebeu. A empresa consegue a fidelidade da

maioria de seus clientes desta forma.

Page 47: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

47

3.6 Análise dos principais concorrentes diretos

3.6.1 Morena Flor

3.6.1.1 Forças

Localização - A loja é mais bem vista e possui mais destaque que as

concorrentes

Mix de marcas – Tão variado quanto à concorrência

3.6.2.2 Fraquezas

Anuncia nos veículos convencionais

Não possui atrativos para o público

3.6.2 Luna Viccenza

3.6.2.1 Forças

Possui em seu mix, marcas renomadas

3.6.2.2 Fraquezas

Não está entre as lojas mais lembradas

Está localizada próxima a concorrência (quanto à revenda de marcas)

3.6.3 Mei Mei

3.6.3.1 Forças

Roupas para tamanhos maiores

Já utilizou catálogo

Está entre as marcas mais lembradas

3.6.3.2 Fraquezas

Está localizada próxima a concorrência (quanto à revenda de marcas)

Não possui outras filiais

Atendimento

Page 48: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

48

4 Pesquisa Mercadológica

Uma das ferramentas mais importantes no planejamento de marketing é, sem

dúvida, a pesquisa de mercado. Ela consiste em obtenção de dados para solução de

problemas da comunicação e oportunidades relacionadas ao marketing. Segundo

Malhotra (2004), a pesquisa de marketing tem a função de conectar consumidor,

cliente e marqueteiro através de informações, informações essas que serão usadas

para avaliar ações e desempenho de marketing e para melhorar e compreender o

marketing como processo. Para construção de um quadro nítido das condições do

mercado, há alguns fatores a serem analisados, tais como: - Microambiente

(fornecedores, empresa, clientes, concorrentes); - Macroambiente (fatores culturais,

ambientes político, físico e tecnológico). A estrutura que reúne, seleciona, analisa e

mantém o fluxo de informações a respeito desses ambientes, chama-se Sistema de

Informação de Marketing.

4.1 Etapas de um projeto de Pesquisa

Segundo Samara e Barros (2007), para resultados consistentes e úteis, é

necessário manter uma ordem de acontecimentos em um projeto de pesquisa.

Portanto, os autores descrevem as principais etapas.

4.1.1 Definição do problema

Todo processo precisa partir de uma necessidade real de informações, de

dúvidas e de indagações. Problema mal definido pode gerar dados imprecisos ou

resultados inconsistentes.

4.1.2 Determinação dos objetivos

Devem ser detalhados e específicos, pois serão a base para elaboração do

instrumento de coleta de dados. Os objetivos aqui definidos devem trazer

informações que ajudem a solucionar o problema de comunicação.

4.1.3 Tipos de Pesquisa

Nessa parte determina-se o enfoque principal da pesquisa, por exemplo:

Pesquisa de propaganda, pesquisa sobre negócios, pesquisa de produto, entre

Page 49: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

49

outros. Segundo Barros e Sâmara (2007, pág. 31), classifica-se os tipos de pesquisa

em dois grandes grupos:

4.1.3.1 Pesquisa de oportunidades de vendas

São as pesquisas cujos objetivos são fornecer parâmetros sobre as

oportunidades que existem no mercado em que a empresa se insere ou no qual

pretende explorar, para produtos e serviços já inseridos na organização ou para os

novos que ainda podem ser lançados.

4.1.3.2 Pesquisa de organização de vendas

Pesquisas de organização de vendas são as pesquisas que tem por finalidade

avaliar a eficiência das ações do composto mercadológico quanto à comunicação,

estrutura de vendas e até políticas de distribuição.

4.1.4 Métodos de Pesquisa

Segundo Barros e Samara (2007), a pesquisa qualitativa, também chamada

de estudo exploratório, tem como característica a coleta de dados através de

conversas informais. Esse tipo de pesquisa busca identificar e analisar

profundamente sentimentos, sensações, pensamentos e motivações de um grupo de

indivíduos em relação a determinado problema, entender a fundo o comportamento

do consumidor. Esse tipo de pesquisa é recomendável quando se pretende avaliar

motivos de preferência ou rejeição de determinada marca; quando é necessário

gerar hipóteses sobre opiniões, costumes, aceitação de produtos, estilo de vida e

intenções que poderão ser testadas no futuro quantitativamente ou quando se quer

qualificar o posicionamento de uma marca num segmento de mercado. Nesse

método de pesquisa não há cálculo estatístico e as amostras são pequenas e

selecionadas através de critérios subjetivos. Os resultados não servem para

representar uma população inteira, mas sim para compreender a fundo os desejos

do consumidor. No caso de pesquisas qualitativas, as duas principais formas de

coleta de dados são as discussões por grupo de foco e entrevistas individuais em

profundidade.

Já a pesquisa quantitativa tem como objetivo responder perguntas do tipo:

‘Quem compra? O quê? Quanto? Como? Onde? Quando? Por quê?’. Objetiva um

estudo estatístico que descreva características de determinada situação de

Page 50: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

50

mercado, medindo em números as hipóteses levantadas a respeito do problema

proposto. Permite o levantamento de um grande volume de dados, pois adota um

processo mais formal. Muitas vezes a pesquisa quantitativa testa as hipóteses feitas

num estudo qualitativo, como em conversas de grupo e atesta-se os dados

coletados correspondem a um universo maior de pessoas do local em que é feita.

Esse tipo de pesquisa é de caráter conclusivo, necessita de calculo amostral

mediante a entrevista de um grande número de pessoas, e se faz necessário o

cruzamento de dados. É centrada, basicamente, em questionários de perguntas

abertas, fechadas e/ou semi-abertas. Como forma de coleta de dados pode ser feita

uma pesquisa de observação, entrevistas na rua, pelo correio respondendo mala

direta, por telefone e até mesmo pela internet. Há também o modo interativo que

pode ser feito entre o consumidor e um computador que normalmente se vê em

lojas, avaliando, por exemplo, o atendimento recebido.

4.1.5 Tabulação e análise de dados

Segundo Samara e Barros (2007), a tabulação é a padronização e a

codificação das respostas de uma pesquisa. É a maneira de dispor de forma

ordenada os resultados numéricos para facilitar a leitura e a análise. Após a coleta

de dados parte-se para a análise geral que é a parte final da pesquisa. Aqui deve

conter um resumo dos principais dados descritos nas tabelas e deve haver um texto

respondendo as dúvidas do cliente e respondendo os objetivos propostos no início

da pesquisa.

4.2 Projeto de Pesquisa para a empresa Paladyo

4.2.1 Justificativa:

Uma pesquisa se faz necessária para esse trabalho uma vez que o objetivo é

descobrir as necessidades e desejos de consumo dos clientes e dos potenciais

clientes das lojas Paladyo. Reuniremos as informações em profundidade (pesquisa

qualitativa) para descobrir quem são e o que pensam as consumidoras que estão

dentro do público-alvo da loja.

Page 51: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

51

4.2.2 Objetivos

4.2.2.1 Objetivo Geral:

Descobrir a influência que um catálogo de produtos tem na decisão de

compra do consumidor.

4.2.2.2 Objetivos específicos:

Traçar um perfil de consumo dos clientes e potenciais clientes da loja;

Descobrir quais as marcas mais desejadas que poderão

potencialmente ser mais exploradas tanto nas vendas quanto no

catálogo;

Descobrir a imagem da marca Paladyo;

Descobrir a importância da moda na vida do consumidor.

4.2.3 Abrangência Geográfica

A pesquisa será feita em Porto Velho na unidade III da UNIRON, no Porto

Velho Shopping.

4.2.4 Público-alvo

Mulheres de 15 a 45 anos das classes A, B e C.

4.2.5 Metodologia

Na primeira etapa será feita uma pesquisa qualitativa, pois como já foi dito

nos objetivos, o objetivo é colher informações com mais detalhes, em profundidade.

Na segunda etapa será feita uma pesquisa quantitativa que nos dará uma

amostragem e dados numéricos do universo pesquisado.

4.2.6 Abordagem e método de Coleta de Dados

A coleta de dados será feita através de uma discussão por grupo de foco com

mulheres entre 15 e 45 anos das classes A, B e C. Serão entrevistadas de 8 a 12

mulheres e o conteúdo também será gravado em áudio.

4.2.7 Instrumento de Coleta de Dados (Roteiro de Pesquisa)

Na pesquisa será utilizado o seguinte roteiro com tópicos subdivididos:

Page 52: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

52

I. Introdução ao assunto

Boa noite, meu nome é Dandara Simão e essa ao meu lado é a Érica

Pascoal, sou estudante do curso de Publicidade e Propaganda da UNIRON e

estamos fazendo nosso Trabalho de Conclusão de Curso. Para isso, precisamos

realizar esta pesquisa, que é um pouco diferente das pesquisas com questionário

que geralmente somos abordados na rua. Alguém aqui já participou de algum tipo de

pesquisa? (esperar respostas). Então, esta pesquisa que vamos realizar aqui hoje

é mais um bate papo descontraído, no qual eu preciso que TODAS participem, uma

de cada vez dê sua opinião sobre os temas abordados, ok? Nosso tema de hoje é

MODA. É importante ressaltar que não existem respostas certas ou erradas, mas a

opinião de cada uma. Como é um bate papo, eu não posso e nem conseguiria

escrever tudo o que vocês disserem, então, esse tipo de pesquisa é gravada para

depois eu ou outra pessoa ouvir e digitar tudo para análise, tudo bem? (se alguma

disser que não aceita a gravação, deve ser convidada a não participar do

grupo). Por isso pedimos também para não falarem mais de uma pessoa ao mesmo

tempo porque senão vai ser difícil identificar o que foi dito na gravação. Lembrando

que este é um trabalho acadêmico, e que nenhuma de vocês serão identificadas por

nome nos relatórios. Podemos começar?

II. Perfil do target

- É natural de Porto Velho? Se não, há quanto tempo está morando na

cidade? Veio a trabalho?

- O que gosta de fazer/ o que não gosta

- Como você se vê? (características da personalidade)

- Como gostaria de ser? (o perfil que imaginaria ideal)

- Costuma se programar para comprar roupas e acessórios ou normalmente

compra por impulso?

III. Moda

- Qual a importância de andar bem vestido?

- Qual seu estilo? (Percepção do próprio estilo adotado)

- Estilo versus Marca (Para andar bem vestido é necessário comprar roupas

de marca?)

Page 53: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

53

- Percepção de moda (O que é moda?)

- Qual a importância de andar na moda?

- Como fica sabendo do que está na moda atualmente?

- Quais marcas são as mais influentes na moda em sua opinião?

IV. Marca

- Qual marca de roupas ou acessórios você mais usa?

- Qual marca mais deseja consumir?

- Porque consumir roupas de marca?

- Qual a marca que mais se destaca no mundo da moda em sua opinião?

V. Influência de Compra que um Catálogo pode exercer

- Costuma olhar catálogos de moda nas lojas que frequenta?

- Gosta do que vê?

- Acha interessante esse tipo de exposição dos produtos das lojas?

- O que você acha mais interessante nos catálogos que costuma folhear?

(Editoriais/ Entrevistas/ Coleções/Dicas de moda)

- O que um catálogo precisa ter para chamar a atenção?

- Você acha interessante um catálogo ser adaptado para a região em que

você reside?

- Você recebe catálogos de moda em casa?

-Você gostaria de receber um catálogo de moda em sua casa?

VI. Lojas de Marca em Porto Velho

- Qual loja você sempre vai quando quer comprar roupa?

- Quais as principais lojas de marca da cidade?

- Qual loja de Porto Velho é a mais antenada no mundo da moda?

- Qual loja tem o melhor a oferecer. Por que? (atendimento, mix de marcas,

localização)

VII. Lojas Paladyo

- Quando eu falo “Paladyo”, qual a primeira coisa que te vem à cabeça?

(Aguarda resposta de todas) A Paladyo é uma empresa que vende roupas e

acessórios em Ariquemes e em Porto Velho.

Page 54: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

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- O que vocês acham do nome “Paladyo”?

- Você conhece a loja Paladyo?

- Já comprou na Loja Paladyo?

- (SOMENTE PARA QUEM CONHECE, MAS NUNCA COMPROU NA LOJA) Por que

você nunca comprou na Paladyo?

- Que imagem tem da loja Paladyo? (Jovem/Moderna/Sofisticada)

- O que uma loja de roupas e acessórios tem que ter para que você seja um

cliente fiel?

VIII. Análise dos catálogos

Eu vou passar aqui catálogos de algumas lojas, gostaríamos que vocês os

avaliassem para nós. Pode olhar tudo viu, desde cores, fotografias até o tipo de letra

que está sendo usado.

- Qual você mais gostou? Por quê?

- Prefere catálogos que digam o preço?

- Gosta das dicas de moda?

- Gosta das entrevistas?

- Qual tamanho é o mais adequado?

- Gosta desse formato parecido com uma revista?

- Já viu algum catálogo com um editorial de moda que fosse possível usar as

roupas aqui em Porto Velho?

- Faltou alguma coisa que vocês não viram em nenhum catálogo? O que?

- Você percebe se há um estilo de moda específico de Porto Velho, que

segue uma cultura mais regional?

4.3 Relatório da pesquisa

A pesquisa foi realizada no dia 26 de maio em uma das salas de estudos da

biblioteca da Uniron no Porto Velho Shopping e contava com um grupo de nove

mulheres que se encaixavam dentro do perfil do target da empresa. Abaixo está o

relatório com a análise da entrevista ao grupo.

II. Perfil do Target

É natural de Porto Velho? Se não, há quanto tempo está morando na

cidade? Veio a trabalho?

Page 55: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

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A maioria das entrevistadas mora há muito tempo em Porto Velho, mas seus

familiares vieram de outros estados.

“Meu nome é (...)26

, nasci em Cruzeiro do Sul, no Acre, eu vim pra cá com onze anos, meus pais vieram por oportunidade de emprego.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “A cara não nega né, sou daqui. Meus pais são do Amazonas também vieram pra cá pela oportunidade.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Sou nascida aqui, minha mãe que é de Manaus, meu pai é daqui mesmo.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Nasci no interior de estado.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Também sou daqui, só os avós são de fora” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

O que gosta de fazer/ o que não gosta

As entrevistadas gostam de passear no shopping tanto para compras quanto

para diversão. Algumas mantêm hábitos caseiros.

“Bom, as opções não são muitas, né. Mas vai do estilo de cada pessoa. Eu só trabalho e estudo e gosto de ir ao cinema, passear no shopping, é isso. Comer, gosto muito de comer, sair para lugares novos que abrirem em Porto Velho. Não gosto muito de baladas” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Assim, meu hobby é a academia, eu gosto muito, né, de fazer. Às vezes a gente se sente fadigada do trabalho e isso é bom muito bom. Gosto de ler também, gosto também de passear no shopping de vez em quando... O que eu não gosto, ai não sei gente.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Bem eu gosto... Eu gosto de malhar, acabei de vir da academia. Gosto de ficar em casa, morro de preguiça de sair... Eu não gosto de baladas, não bebo, não fumo então não tem porque eu estar indo na balada”. (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Então sou apenas eu e a (...) (risos) eu gosto muito sair, não gosto muito de ficar em casa, trancada em casa... gosto de sair, de ir pra balada, de ir pra barzinho, jantar fora, eu gosto muito de curtir a vida. Não gosto muito de ir pra academia, sou obrigada” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Como você se vê? (características da personalidade)

26

Os nomes das entrevistadas foram ocultados no relatório por uma questão de ética e compromisso com as entrevistadas, conforme foi dito na introdução ao assunto no momento da pesquisa.

Page 56: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

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As entrevistadas se dizem muito ansiosas, perfeccionistas e personalidade

forte, e houve surpresa quando uma das candidatas disse que fez um tratamento

para TPM.

“Estressada, exigente, ciumenta, só coisa que não presta (risos), estressada, ansiosa demais, gosto das pessoas, mas não tenho muitos amigos, tipo, eu tenho ciúme, ansiedade e tudo junto e mistura tudo, só isso. Mas eu sou uma pessoa boa...” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu sou muito ansiosa e eu tenho um geniozinho, assim, um pouquinho complicado, sou um pouquinho geniosa. Acho que é a característica mais forte” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu tenho geniozinho um pouco forte também, mas me acho muito determinada, quando eu quero uma coisa eu corro atrás até conseguir. Eu sou muito perfeccionista também e acho que isso”. (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu sou bem perfeccionista, sou bem detalhista, gosto das coisas organizadas e limpas, é, eu sou um pouco explosivas as vezes, ciumenta também, eu não sou assim de ter amizades fáceis, assim, eu preciso conhecer bem a pessoa pra pegar uma amizade...” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Como gostaria de ser? (o perfil que imaginaria ideal)

As mulheres entrevistadas em geral gostariam de serem menos ansiosas,

mas as respostas foram bem variadas.

“Eu posso começar. Eu queria ser calma, mais tranqüila assim, com as coisas, e ter mais força de vontade pra estudar... E fisicamente eu queria dar uma engordada”. (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu queria poder aprender a não levar as coisas tão a serio. Que eu acho que a maioria do meu estresse é que eu levo as coisas muito a sério...” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu gostaria de não ser tão ansiosa, como eu sou... Tanto é que eu tomo medicação pra isso, pra ver se eu consigo controlar.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu sou um pouquinho de cada coisa, às vezes eu levo bronca por querer fazer o serviço que eu vejo que esta atrasando, é muita ansiedade também, mas eu procuro levar muito na esportiva. Não deixar de levar as coisas a sério, mas eu tento tirar o melhor, não levar tanta coisa aferro e fogo porque a gente acaba se machucando”. (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Costuma se programar para comprar roupas e acessórios ou

normalmente compra por impulso?

As entrevistadas compram por impulso, não gostam de passar muito tempo

experimentando roupas, compram quando estão precisando de alguma peça.

Page 57: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

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“Por impulso” (em coro) (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Minha mãe né, ela gosta assim de fazer uma compra grande, assim, no começo o do ano quando a gente viaja ou no meio ou no final, assim. É as compras que ela compra muitas coisas pra todos os filhos dela, pra toda família... Então a gente viaja, compra bastante e durante o ano a gente tenta equilibrar” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu gosto de comprar, mas eu tenho preguiça de ficar andando, experimentando então eu costumo comprar quando eu to precisando disso, ai eu vou atrás, porque como estou precisando, tem que ir atrás de qualquer jeito” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Gosto de bater perna, e eu tenho um namorado que adora shopping, eu não gosto de shopping. Mas ele vem e aí eu venho com ele. Aí eu começo a olhar e eu me apaixono muito fácil. É uma sapatilha, um não sei o que. E eu tenho uma planilhinha de gastos organizadinha, mas eu sempre acabo estourando ela“(Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

III. Moda

Qual a importância de andar bem vestido?

As entrevistadas ressaltam que é importante se vestir bem, que a roupa eleva

a auto-estima. Mas apontam também que as pessoas se vestem umas para as

outras.

“Minha opinião própria é que mais pessoas se vestem pros outros né, pra mostrar, muita gente se veste pra mostrar status, pra mim, a maioria das mulheres não se veste por conforto não. Acho que é mais por status pra se mostrar” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu acho assim, que a aparência é o teu cartão postal. Então eu acho que é importante, eu acho que você sempre tem que estar bem vestido e bem arrumado porque é o teu cartão postal. Quem tá de fora vai te perceber no meio da multidão por um diferencial.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Você estar bem vestida pra mim é por gostar de se arrumar e que acho que a auto-estima da gente eleva” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Qual seu estilo? (Percepção do próprio estilo adotado)

Muitas disseram que são ecléticas por possuírem diversos estilos de peças no

guarda roupas. Mas também acreditam que o estilo depende do humor e do espírito.

E se o que está na moda agrada, elas usam.

“Meu estilo. Tem opções? Romântica. Não eu gosto de roupinha assim mais delicada, floridinha. As vezes tem primas minhas que falam, ai, você tá tão mortinha., mas eu gosto bastante de bege, branco, marrom, azul eu gosto dessas coisas, eu não gosto de extravagância. Pela primeira vez na minha

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vida, mês passado, eu comprei um sapato vermelho” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu sou básica, mas no meu guarda roupa tem de tudo um pouco, mas a paixão mesmo é vestido, saia comprida, mas tem tudo. Tem decote, tomara-que-caia, tem casaco, tem de tudo um pouco, mas é mais básico, assim, calça, regata”. (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu sou bem Eclética, então, depende do meu humor naquele dia, né. Hoje eu vou sair só com uma calça jeans e uma camiseta. Hoje eu vou me arrumar mais, então o meu estilo depende do meu humor”. (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Estilo versus Marca (Para andar bem vestido é necessário comprar

roupas de marca?)

A maioria não acha necessário comprar roupas de marca, mas admitem que

as roupas de marca são boas porque tem melhor qualidade.

“Primeiro que eu acho assim: a roupa de marca é bom, tá, lógico. Podendo comprar acho que todo mundo compraria, mas dentro do que tem marca é confortável e é do seu gosto. Eu sou assim, sendo ou não de marca, se eu gostasse e ficasse bom em mim, tá confortável, vestiu bem, eu vou comprar.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu também concordo, né. Eu compro porque eu gosto, mas assim, a maioria das coisas que tu vê que é de boa qualidade... Às vezes vale a pena mais você comprar uma coisa são de marca assim que dure, eu gosto das coisas que durem, porque quando eu gosto de uma coisa eu gosto muito e eu gosto de ficar usando”. (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Percepção de moda (O que é moda?)

A maioria concorda que a moda é o que a mídia influencia as pessoas a

usarão em cada estação.

“Pra mim é o que a TV mostra e o pessoal segue. Isso é moda. ‘A isso tá na moda’. Pra gente aqui não tem inverno e verão, a moda do inverno vai ser ‘isso’, pra gente o que é que vai ter? Nada” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Pra mim moda significa você ter um estilo, assim, você vai e cria. Pra mim moda é alguém que é autêntico e cria um estilo” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “A moda é muito o que a mídia joga pra consumir, né. Então as meninas falaram a respeito de acompanhar a moda. Eu acompanho desde que eu me sinta confortável” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Qual a importância de andar na moda?

A maioria não acha importante andar na moda. Se o objeto estiver na moda e

for confortável, aí sim é legal. Moda não é importante, mas sim andar bem vestido.

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“Dificilmente me agrada andar igual a todo mundo” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Acho que não é importante você andar na moda, importante você andar bem vestido. Adequado para a ocasião” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Como fica sabendo do que está na moda atualmente?

Os canais são bem variados. Nota-se que as entrevistadas procuram por

referências como novelas, revistas e até blogs para se vestirem adequadamente.

“Revistas” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Novelas” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “É, Novela. Influencia bastante” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Big brother. Passou no Big Brother, todo mundo já tem” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu acompanho um blog de moda” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Quais marcas são as mais influentes na moda em sua opinião?

Entre as entrevistadas houve consenso sobre algumas marcas, tais como:

Tommy Hilfiger, Calvin Klein, Lacoste, Coca-Cola, Cavalera, Dzarm, mas houve uma

que citou o estilista Carlo Mieli, que segundo a entrevistada é o que dita as

tendências de moda em São Paulo.

“O que o pessoal usa muito pra mostrar é Tommy, Calvin Klein, Lacoste, Diesel, Coca-Cola, Cavalera” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Aqui não tem uma loja que eu gosto muito que é, não sei como é que se fala aqui, é Dzarm.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Quando a gente foi pra São Paulo que ela (sua irmã) foi comprar um vestido pra ela la pra fora que é mais barato e tal, de alta costura o bam bam bam pra fora em São Paulo é o Carlos Mieli que é ele na terra e Deus no céu.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

IV. Marca

Qual marca de roupas ou acessórios você mais usa?

As entrevistadas lembraram mais de marcas de acessórios do que de roupas.

Arezzo, Ramarim, Melissa, Dumont e Romannel são exemplos dessas marcas. Uma

das mulheres salientou que ela consumia bastante a marca Madame Z, mas que

não se vende mais aqui em Porto velho. Disse que gosta dessa marca por que

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possui uma numeração maior. Entre as mais magras a marca de roupas citada mais

de uma vez foi a Damyller.

“Arezzo, sapatilhas, eu adoro todas as sapatilhas de lá.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu gosto da Melissa, Moleca...” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “A ramarim tem uma linha conforto muito boa.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Relógios Dumont e Romannel” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu uso mais Damylller, de calça jeans né, que é onde eu acho que caiba em mim.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu gosto da Damylller” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Uma marca que eu uso, até mesmo pelo tamanho grande, é a Madame Z, as calças dela veste muito bem.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Qual marca mais deseja consumir?

A princípio as mulheres do grupo ficaram um pouco tímidas, até a primeira se

pronunciar. Após isso as marcas mais desejadas foram: Victoria Secrets, Nk Store,

Diesel, Cavalera, Victor Hugo, HStern, Vivara e Carolina Herrera. Dessas marcas,

apenas a Diesel e Victor Hugo fazem parte do mix de produtos da loja Paladyo. Uma

das entrevistadas citou uma marca que conheceu em sua viagem de férias à

Europa.

“Então eu queria uma Victoria Secrets” (risos) (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “NK Store, eu adoro os vestidinhos de lá” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “As calças da Diesel, são todas tão lindas.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Cavalera, né!?” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Ah, Victor Hugo!” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “HStern, Vivara” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Carolina Herrera” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Então, eu não gosto muito de usar calça jeans, mas eu viajei pra fora do país nesse inicio do ano, e eu achei essa calça aqui que eu to usando da

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Holyister, eu nunca tinha ouvido falar aqui” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Porque consumir roupas de marca?

Primeiro o silêncio, em seguida um consenso. Apesar de já terem citado que não

dão muita importância pra marca, todas concordaram com a questão da qualidade

das roupas, com exceção de duas entrevistadas que acham que é por status que se

consome roupa de marca e que a mesma qualidade pode ser encontrada em outras

roupas produzidas no nordeste e que não tem marca forte.

“Qualidade, né!?” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “É cara mas você sabe que aquilo vai durar bastante.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Status!” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “O que conta é a etiqueta, as vezes você vai comprar roupa no nordeste e tem a mesma qualidade.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Qual a marca que mais se destaca no mundo da moda em sua opinião?

De acordo com as entrevistadas, as marcas que mais se destacam no mundo

da moda são as marcas que se ouve falar na TV: Channel, Emporium Armani,

Versace, Dolce & Gabana e Colcci.

“São marcas que a gente houve falar nos canais internacionais de Televisão, né!?” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

V. Influência de Compra que um Catálogo pode exercer

Costuma olhar catálogos de moda nas lojas que frequenta?

A maioria olha quando tem. Elas observaram que a maioria das lojas não tem

as roupas que são expostas em catálogo, o que causa uma certa aversão à loja. Às

vezes elas acabam olhando, pegando o catálogo pra mandar fazer por que o

produto não está na loja ou é muito caro.

“As vezes você olha, gosta e diz ‘ah, eu quero essa’, mas você não vai achar nas lojas daqui, são poucas.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “É mais pra passar o tempo, a gente fica com vontade aí eles respondem ‘ah, não tem’” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

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“As vezes eu olho pra mandar fazer, por que as vezes é um absurdo de tão caro” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Gosta do que vê?

A maioria gosta do conteúdo que recebem, mas ressaltam que quase sempre

não serve pra si, ou não dá pra usar na cidade, devido o calor. Disseram que na

hora da compra olhar as peças produzidas influencia muito.

“Sim, mas que nem ela falou, tem muita coisa que não serve pra gente” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “A maioria das coisas, chega em casa o catalogo não servem pra gente” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Assim, se você olha uma peça você não dá valor nenhum pra ela, mas se você olha pra ela produzida com acessório, com sapato, com uma bolsa, você vê que fica diferente. Então o acessório influencia e muito na hora da compra” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Acha interessante esse tipo de exposição dos produtos das lojas?

As moças disseram que gostam e acham que o catalogo ajuda na produção

do look, gostam de olhar produzido pra já comprarem, não gostam de ficar

procurando muito.

“Ah, é mais fácil até de achar né!?” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “No meio daquele monte de roupa você já tem o catalogo que você gostou e fica mais fácil na hora de escolher” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu gosto de passar na frente da loja, ver e falar ‘ah, é essa blusa’, aí eu entro pra colocar aquela blusa não gosto de procurar aleatoriamente.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

O que você acha mais interessante nos catálogos que costuma folhear?

(Editoriais/ Entrevistas/ Coleções/Dicas de moda)

Todas disseram que a produção e composição das peças, dicas de modas

são legais e importantes.

“A produção, acho que a produção” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “A composição com acessório” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “As dicas também são muito importantes” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

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“As vezes você não sabe fazer uma composição, você olha e vê ‘ah, esse aqui ta certo’” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Você tem uma roupa igual a que tem no catalogo e ve ‘olha, eu tenho igual’” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “As dicas são ótimas” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

O que um catálogo precisa ter para chamar a atenção?

Elas disseram que os aspectos visuais são importantes, advertiram quanto a

questão do tipo de tecido exposto que na maioria das vezes não vem dizendo

constando a informação de qual é, o que causa uma certa decepção com o modelo.

Falaram que ter informação referente ao preço e em que loja o produto está

disponível é superimportante. Se sentem prejudicadas pela região onde vivem e

disseram novamente que é difícil ter aqui em Porto Velho as roupas que elas vêem

em catálogos.

“Cores e contrastes das roupas.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Qualidade das fotos” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Detalhes das roupas, mostrar bem assim, não esconder nada da roupa” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu sinto falta em alguns de informações sobre os tecidos, você olha pra um catalogo e pensa que é um tipo de tecido que ta la bonitinho, estruturadinho, mas quando você pega é outra coisa” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu acho muito importante, que nem ela falou, da questão do tecido, por que tem tecido que eu não gosto” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Pra mim o preço e informação se vende aqui, por que pra gente aqui é muito difícil.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Você acha interessante um catálogo ser adaptado para a região em que

você reside?

Todas em coro disseram “Sim”, com acréscimos de risadas sem observações.

Você recebe catálogos de moda em casa?

Todas disseram que já receberam e quatro delas afirmam que recebem e

citaram ainda a marca Damyller envia catálogos à elas. Afirmaram também receber

catálogos através de e-mails, mas salientaram que a maioria que distribui catálogos,

o fazem nos pontos de vendas.

Page 64: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

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“Eu recebo muito por email” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu já recebi em casa” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu recebo da Damyller” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu também recebo da Damyller” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Por que eles distribuem mais quando tu vai à loja” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Você gostaria de receber um catálogo de moda em sua casa?

Todas disseram que sim, sem acrescentar informações adicionais.

VI. Lojas de Marca em Porto Velho

Qual loja você sempre vai quando quer comprar roupa?

Das nove mulheres do grupo quatro citaram a loja Damyller como opção de

compra, mas a maioria disse não ter loja específica para comprar roupas, com

exceção de uma que foi a primeira a responder dando ênfase à loja Check List.

“Eu vou na Check List, alí embaixo.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Damyller” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu também vou na Damyller” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu não tenho loja específica não” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Quais as principais lojas de marca da cidade?

Muitas lojas foram citadas, dentre essas estavam Morena Flor, Sabrina Paiva,

Carmem Stefens, Juliana Boutique, Rosa Choque, porem a mais lembrada foi a loja

Paladyo, que após ser citada foi confirmada pela maioria. Uma das meninas tentou

lembrar o nome de uma loja, porem a lembrança da marca lhe falhou, lembrou

apenas o endereço.

“Paladyo” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “É isso, Paladyo, eu tava tentando lembrar” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Tem uma ali na calama, como é que é mesmo o nome?” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

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Qual loja de Porto Velho é a mais antenada no mundo da moda?

Novamente a loja Paladyo foi citada e todas concordaram, citando que

sempre que passam em frente à loja vêm looks da moda nacional. Uma das

entrevistadas lembrou da marca Lança Perfume mas não lembrava a loja que

vendia a marca, mas com o auxilio das outras meninas foi recordado o nome, que

se trata da Sweet Girls.

“A Paladyo” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Essa Paladyo, eu acho! A moda de fora é ela.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu também acho que é a Paladyo” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Como é que é o nome daquela loja que vende Lança Perfume aqui?” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “É a Sweet Girls?” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

O que essa loja tem de melhor a oferecer. Por que? (atendimento, mix de

marcas, localização)

A única resposta referente à loja Paladyo diretamente não foi muito positiva. A

loja Sweet Girls foi lembrada pelo bom atendimento. De modo geral, todas

destacaram que o atendimento nas lojas é essencial, mas que aqui em Porto Velho

é muito difícil você encontrar uma loja que o tenha. As moças citaram que o

atendimento em Porto Velho é medido de acordo com a roupa que você está

vestindo, mas que isso é característica da cidade, não do estado de Rondônia como

um todo. Essa parte foi a que mais houve envolvimento das entrevistadas, todas

queriam falar e cada vez que uma falava, outro assunto era puxado. Todas disseram

que são induzidas a comprar pelo bom atendimento que recebem.

“Só as marcas, por que o preço não é muito bom não” (risos) (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu gosto muito do atendimento da Sweet Girls, eu entro lá as vezes só pra olhar e as meninas me atendem bem”. (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Acho que o atendimento na loja é fundamental” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

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“As vezes você entra numa loja e você não quer nem comprar, mas o atendimento é tão bom” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Uma vez minha mãe chegou a falar pra mim que eu compro pelo atendimento” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu também compro pelo atendimento” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu acho que aqui em Porto Velho o atendimento tem que melhorar muito, muito!” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “A maioria das lojas aqui atendem você pelo que você tá vestindo.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “E não da pra dizer que é em Rondônia não, por que no interior eles são tão cuidadosos com a gente, é Porto Velho que é assim” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu já comprei na Arezzo pra me sentir mal, por que elas mal olham pra gente” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Muitas vezes as pessoas tem a vaidade pelo lugar que elas trabalham” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “O Produto não se vende sozinho, o atendimento é muito importante” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

VII. Lojas Paladyo

Quando eu falo “Paladyo”, qual a primeira coisa que te vem à cabeça?

Houve respostas positivas e negativas. A loja foi associada por umas como

loja de roupa cara e por outras como loja com variedade e roupas boas. Mas a

maioria concorda que as roupas da loja possuem mesmo um valor muito elevado.

“Pra mim é Loja cara” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Pra mim vem variedade, roupas boas e preço alto” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

O que vocês acham do nome “Paladyo”?

A maioria das opiniões foram positivas, porém uma das meninas associa o

nome à uma imagem negativa pois lembra do primeiro comercial que a loja fez,

assim que entrou no mercado portovelhense, que em sua opinião foi muito agressiva

e de mau gosto.

“Marcante” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Diferente” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

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“Eu não gosto muito dessa loja por que o primeiro comercial que eles fizeram, eles destratavam as pessoas, que era roupa pra quem sabe se vestir, ela humilhava as pessoas, eu não gosto muito dessa loja” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Você conhece a loja Paladyo?

Todas disseram que conhecem a loja.

Já comprou na Loja Paladyo?

De todas as mulheres, apenas duas já compraram lá.

(SOMENTE PARA QUEM CONHECE, MAS NUNCA COMPROU NA LOJA)

Por que você nunca comprou na Paladyo?

A maioria diz que sente medo de serem rejeitadas, mal tratadas, isso pelo

conceito que elas têm da loja. Disseram que tem condições de comprar lá, mas por

achar que a loja é preconceituosa não entram pra olhar. Uma delas citou o fato de

que a loja só tem roupa para pessoas magras.

“É medo do atendimento, por que eu não vou colocar um vestido de gala pra comprar na loja, é medo do atendimento mesmo.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Medo de entrar lá e ser desprezado.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “O preconceito né.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Lá não tem manequim grande” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Que imagem tem da loja Paladyo? (Jovem/Moderna/Sofisticada)

Primeiramente elas ficaram pensando e procurando uma palavra pra definir a

loja e chegaram a um consenso de que a loja tem muito status.

O que uma loja de roupas e acessórios tem que ter para que você seja

um cliente fiel?

Alguns requisitos foram citados como: atendimento e preço justo ou facilidade

no pagamento, porém todas foram unânimes quanto ao atendimento recebido.

“Com certeza um bom atendimento” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

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Eu vou passar aqui catálogos de algumas lojas, gostaríamos que vocês

os avaliassem para nós. Pode olhar tudo viu, desde cores, fotografias até o

tipo de letra que está sendo usado.

A maioria das entrevistadas sempre parava para observar os editoriais de

moda ou entrevistas. Muitas já exclamavam que gostam dos catálogos que vem com

dicas de beleza.

Qual você mais gostou? Por quê?

O catálogo da Damyller teve uma boa aceitação, que segundo as

entrevistadas é bem produzido, tem dicas do que combina e o que não. O da

Melissa também foi elogiado pela parte de produção. Uma das entrevistadas citou

que gostou do catálogo da Renner, pois nem sabia que a loja possuía um, enfatizou

a parte de perfumaria, fotos bem produzidas. No geral os catálogos que tinha dicas

de moda, preços e entrevistas foram os mais bem recebidos.

“O da Dammyler é muito bom. Tem várias reportagens falando do estilo das roupas, o que combina, o que não combina. A parte de fotografia dele também achei muito bonita, chama bastante a atenção.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu escolhi o da Melissa onde ao mesmo tempo que mostra o produto eles integram o tema, cada coleção tem um tema, tem uma interação, notícia, é bem diferente”. (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Esse da Melissa também. Ele passa a parte de produção, quem criou as coisas, é interessante” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu gostei da Renner por que nem sabia que a Renner tinha catalogo, têm os perfumes aqui, preços. Eu não conhecia o catálogo da Renner, achei as fotos bem legais também, maquiagem, preços”. (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Tem umas produções também, né. Você consegue montar um look legal. Tem os preços também. Meu receio de escolher uma peça pelo catálogo é o tecido, a qualidade, a costura, o acabamento...” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Sobre ter informações de preço, dicas de moda e entrevistas todas foram

unânimes em dizer que é importante e gostam desse tipo de informação em um

catálogo.

Page 69: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

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Qual tamanho é o mais adequado?

Sobre o tamanho mais adequado, houve um consenso de que não pode ser

muito pequeno, pois as informações ficam ilegíveis, todas concordaram que tem que

ser de um tamanho médio, parecido com o de uma revista (geralmente uma

dimensão de 26,5cm por 20 cm).

“Do médio pro maior” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Eu não gostei muito do da Dammyler por causa disso” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Gosta desse formato parecido com uma revista?

Todas disseram gostar do formato parecido com uma revista respondendo

positivamente todas juntas.

Já viu algum catálogo com um editorial de moda que fosse possível usar

as roupas aqui em Porto Velho?

A maioria disse nunca ter visto um catálogo que contivesse looks montados

que fosse possível usar aqui em Porto Velho devido o calor muito forte que faz aqui

na região. Uma das entrevistadas ressaltou que a loja Mei-Mei, daqui de Porto

Velho, investiu e fez um catálogo com as roupas da loja e em sua opinião valorizou o

nome da loja e também suas clientes. Uma loja do interior do estado de Rondônia foi

lembrada por fazer catálogo de seus produtos.

“Todo o catalogo não”. (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Teve uma loja que investiu nisso, trouxe coleção outono/inverno e investiu fazendo um catálogo, uma revista. Achei uma idéia muito boa.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “É, então ela apostou nisso, eu acredito que deu muito certo porque valorizou tanto a cliente quanto as roupas que foram trazidas para adaptar ao nosso clima também.” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Tem uma loja do interior que faz, que tem um catálogo. É a Rosa Café, de Cacoal. Eles tem um catálogo” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Faltou alguma coisa que vocês não viram em nenhum catálogo? O que?

Nesse momento todas se empolgaram bastante ao dar suas opiniões,

ressaltaram que faltou dicas de que roupas combinam com que tipo de corpo, faltou

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modelos grandes e novamente atentaram para a informação sobre que tecido o look

é composto.

“Especificação de tecidos” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Faltou também as dicas para que corpo combina, não sei o que, tipo aquelas revistas de corte e costura...” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Faltou tamanhos grandes porque na cidade não existem só as meninas lindas assim, tem as lindonas também” (risos) (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

Você percebe se há um estilo de moda específico de Porto Velho, que

segue uma cultura mais regional?

Houve um consenso de que não há um conceito de moda definido em Porto

Velho, as pessoas que aqui moram adotam estilos que vem de fora, que isso se

deve ao fato de a cidade ter uma mistura muito grande de etnias e que a cidade

ainda é muito nova para já ter esse tipo de cultura de moda.

“Tudo vem de fora”. (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Só os colares e brincos de coco que vende na praça”. (risos) (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos) “Aqui tem uma mistura muito grande, veio gente do sul, do sudeste, do nordeste, do próprio norte (..) então é uma mistura muito grade. (...) O que eles chamam de eldorado não tem uma cultura própria” (Grupo mulheres, classe A, B e C, de 15 a 45 anos)

4.4 Diagnóstico

As consumidoras, de maneira geral, têm hábitos de compras muito regulares,

mas não gostam de passar muito tempo em uma loja escolhendo e experimentando

as peças que querem levar. Essa característica pode ser explicada pela própria

definição das mesmas como ansiosas, o que pode justificar a compra por impulso.

Elas não adotam um estilo definido, mas sabem distinguir quais roupas usar em

cada situação e demonstram conhecer quais peças as valorizam (pode-se notar pela

maneira como cada uma se vestiu para a entrevista – a maioria delas estava de

calça jeans e blusas básicas monocromáticas, e um segundo grupo optava por saias

mais compridas e estruturadas e vestidos longos de estampas em tons pasteis.

Apenas uma das entrevistadas usava roupas de ginástica, porque segundo a

mesma, após a entrevista iria a academia. Elas acreditam também que a moda

Page 71: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

71

serve apenas como base para que seus estilos sejam montados, mas admitem que

em um determinado momento cedem aos apelos da moda e usam o que é dito como

tendência, desde que essa não fuja de suas preferências. Muitas acham que quem

dita a moda é a mídia, pois alguns produtos são maciçamente utilizados após

aparecerem em um canal de grande circulação, e citam os programas de televisão

como principais influenciadores da moda. Elas não acham que a marca é sinônimo

de bem vestir, e sim a associação entre qualidade, conforto e bom senso quando na

hora da escolha do produto. É importante ressaltar que as consumidoras não

gostam de andar parecidas umas com as outras e muitas vezes só usam o que foi

tendência de uma estação quando esta já acabou. E para acompanharem o que

estará no auge nas estações seguintes, estas acompanham a televisão,

principalmente as novelas, lêem as revistas e acessam sites e blogs na internet

especializados no assunto. Apesar de falarem que não precisam necessariamente

consumir marca para andarem bem vestidas, todas admitem que são grandes

marcas de renome internacional que ditam as regras da moda e quando

perguntadas sobre quais marcas desejariam consumir, todas citaram uma marca de

grande porte, como Diesel, Victoria Secrets, Cavalera e Victor Hugo. Dessas, Diesel

e Victor Hugo fazem parte do mix de produtos da loja Paladyo.

Quando perguntadas sobre catálogos, todas disseram já ter recebido algum

em casa e até mesmo por e-mail, mas recebem principalmente quando andam nas

lojas. Houve uma forte associação positiva na lembrança da marca Damyller ao se

falar de catálogos. Todas disseram achar interessante a escolha do catálogo para

uma loja expor seus produtos, citaram gostar de ler sobre dicas de modas e

composição das peças e que isso facilita na hora da compra, tanto pela rapidez

quanto no despertar do desejo de consumo influenciado pela montagem do look.

Uma associação negativa atribuída aos catálogos citada pelas mulheres que

compuseram o grupo foi de que a maioria deles anunciam roupas e acessórios que

não são vendidos em Porto Velho, o que acaba fazendo com que elas criem uma

certa aversão pela marca e as vezes até mandam fazer um modelo igual sob

encomenda.

Quanto às lojas de marcas de Porto Velho, houve lembrança da loja Paladyo,

porém, esta não veio associada apenas a atributos positivos, pelo contrário, foi

revelado que essas potenciais clientes têm receio de entrar na loja, pois acham que

não terão um bom atendimento, quesito que todas julgaram ser o fator principal na

Page 72: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

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decisão de compra. Um item importante a destacar é o de que todas citaram que a

falta de um bom atendimento é uma carência da cidade de Porto Velho como um

todo, porém isso não é visto no interior do estado de Rondônia, aonde segundo elas,

têm um atendimento excelente.

Quanto aos catálogos analisados a observação mais interessante foi a da

falta de especificação do tecido. Algumas ficaram surpresas com a qualidade de

alguns catálogos e acharam interessante que o mesmo tenha um tema. A montagem

dos looks, os tamanhos das modelos e das peças também foram lembrados. Quanto

ao formato do catálogo, o mais citado pelas entrevistadas foi o de revista, de

aproximadamente 26,5cm por 20cm. E quanto à regionalização das peças, não se

notou nenhuma semelhança com a cultura do estado, uma boa oportunidade a se

estudar.

A pesquisa tinha como objetivo geral descobrir a influência que um catálogo

tem na decisão de compra do consumidor e conforme foi possível comprovar, o

estudo exploratório revelou que as consumidoras estudadas se dispõem mais a

comprar quando vêem o produto exposto, um look montado, facilitando a escolha do

produto e fazendo-as perder menos tempo no momento da compra.

Dos objetivos específicos revelou-se que o potencial cliente Paladyo é um

cliente exigente, que não leva em consideração apenas a marca quando vai adquirir

um produto, mas também se o preço é justo e se aquela roupa lhe vai ficar

confortável. É um público exigente consigo, preocupado com sua imagem e que

acha que andar bem vestido é essencial, é um público que está por dentro do que é

moda atualmente.

Das marcas mais lembradas pelas entrevistadas, duas se destacaram

bastante, Victor Hugo e Diesel, podendo ser potencialmente mais exploradas na

divulgação no catálogo que será elaborado.

Uma das informações que a pesquisa revelou é de fundamental importância

para a loja Paladyo: a de que a marca Paladyo se posiciona de forma a inibir o

consumidor a entrar na loja. A proprietária informou no briefing que um dos

diferenciais da loja era o atendimento, porém a pesquisa revelou que as clientes têm

receio de entrar na loja com medo de serem mal atendidas. Essa é uma imagem

negativa muito forte, mas que pode ser revertida.

De forma geral a pesquisa revelou que a criação de um catálogo exclusivo

dos produtos da loja Paladyo adaptando a moda, dicas de moda e fotografias para a

Page 73: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

73

região em que a loja está inserida tem grandes chances de obter sucesso. Revelou

também que o formato mais adequado é o de revista, com informações de preço e

do tecido das roupas, editoriais e dicas de moda.

Page 74: Catálogo de moda como estratégia de comunicação dirigida

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5 O Catálogo Paladyo

Cunha (2005, p. 8) diz que os catálogos27 refletem imagens e padrões e ainda

ditam comportamentos. Portanto, para que a indumentária oferecida venha a ser

comercializada, as marcas se utilizam de elementos, muitas vezes fantasiosos, para

chamar a atenção do público. Assim, a participação de pessoas famosas, modelos,

roupas impecáveis, ambientes diferentes e interessantes, cores e elementos

gráficos, entre outros itens são indispensáveis na confecção do mesmo. A

ambientação é algo muito importante na produção deste tipo de material, pois,

maquiagens, cabelos, poses sensuais e mudança de atitude, constroem a imagem

que a marca deseja perante seu público.

A publicidade de moda fala, atiça, apaixona e faz mágica. Há quem o chame de trompe l’oeil, uma enganação, uma pílula dourada. Mas na verdade, quando é bem feita, fabrica uma embriaguez no olhar, criando um fio condutor invisível, invencível até a posse (CARNEIRO, 2000 apud CUNHA, 2005, p. 25).

De uma maneira geral, o catálogo é elaborado dentro do planejamento de

mídia, quando feito em uma campanha publicitária, mas conforme observa-se nos

capítulos anteriores a comunicação dirigida e o uso da mala direta permitiu a esta

ferramenta tornar-se maleável. Se bem aplicado, cria no imaginário popular –

especialmente no público feminino – inúmeras possibilidades atribuídas ao uso da

indumentária.

5.1 Objetivo

Valorizar a marca Paladyo para que este seja referência de moda para seu

público;

Produzir um catálogo com características regionais que valorizem os hábitos

vestuais da população;

Utilizar as tendências de moda da estação de forma a valorizar as

especificidades da região;

Tornar o produto mais atrativo atribuindo dicas, tutoriais e outros conteúdos a

serem aproveitados pelo público posteriormente.

27

Segundo Uggioni (2009, p. 39), o primeiro catálogo a ser produzido foi uma encomenda da Condessa de Castiglione aos fotógrafos Mayer e Pierson. A publicação continha duzentos e oitenta e oito modelos de roupas que agradava a nobre, que posteriormente mandou buscá-los.

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5.2 Cronograma

Com os dados da pesquisa revelando quais características abordar, o

catálogo Paladyo foi desenvolvido em três etapas: planejamento, onde foram

definidos quais linhas editoriais adotar, que tipos de produtos seriam utilizados –

dentro do mix da loja - os modelos, as locações, e contratação da equipe técnica;

produção, onde a equipe técnica organizou equipamentos e outros materiais

necessários, organização de figurino, caracterização dos modelos, e por fim, a

realização do ensaio; e pós-produção, que consistiu na escolha das imagens que

ilustrariam a publicação, tratamento, diagramação e impressão do material.

Data Atividade programada Data Atividade programada

28/10 Pré-produção Ensaio Make I 06/11 Ensaio II

31/10 Ensaio Make 08 a 10/11 Editoração fotos Ensaio II e Make

01/11 Pré-produção Ensaio I 11/11 Diagramação

02/11 Ensaio I 14/11 Revisão e Impressão do catálogo

03 e 04/11 Editoração de fotos Ensaio I 18/11 Entrega

05/11 Pré-produção Ensaio II

Tabela 1. Cronograma detalhado de produção do catálogo

5.3 Ideia

Expor os produtos da loja de maneira a fugir de alguns clichês vistos nos

trabalhos editoriais da cidade – fotos na Estrada de Ferro Madeira Mamoré, Praça

Três Marias, pôr-do-sol nos mirantes, dentre outros –, mas, ainda sim manter

características da população e da cidade que não são tão exploradas no meio

publicitário local. A ideia também é trabalhar dentro do catálogo, referências trazidas

das grandes publicações de moda (Revistas Vogue, Elle, Marie Claire, Vanity Fair

entre outras) adaptadas ao clima da região – quente e úmido – e trazendo

referências têxteis das peças.

5.4 Conceito

Para o primeiro editorial “Jeans – fácil, prático, todo mundo usa e nunca sai

de moda” usamos esta peça-chave de quase todo guarda-roupas como um toque

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mais urbano, aliando-o com algumas das tendências para o verão 2012, que são o

color blocking – mistura de cores fortes, a transparência, o quadriculado, as listras e

o floral. Para o segundo editorial “Verão – vestidos coloridos” a ideia é mostrar que

os vestidos estão com modelagens mais simples e estruturadas, acabamentos mais

leves e mais coloridos. A ideia de leveza expostas nas fotos em paisagem natural

vem contrapor a moda local que abusa de peças justas e extremamente curtas,

feitas quase que exclusivamente para noite. Já no editorial “MAKE”, foram usadas

referências dos anos 60 e 70, onde os olhos e boca eram bem marcados e abusava-

se do uso de cores fortes e brilhantes. O conceito do catálogo, então, volta-se para o

ato de “colorir o verão”, usando cores e estampas para levar às ruas uma atmosfera

de alegria e conforto.

5.5 Produção gráfica

Conforme a pesquisa revelou o formato revista escolhido para este trabalho é

o que mais agrada ao público entrevistado. As fotos foram tratadas no software

Adobe® Photoshop® CS4. O catálogo foi diagramado no Adobe® InDesign® CS5,

e tem 20cm de largura por 30cm de altura fechado, 4 cores e é grampeado. Os

papéis escolhidos para impressão foram o papel Couchê fosco 115g para o miolo e

Couchê fosco 170g para capa.

5.6 Estratégias de distribuição

O catálogo pode ser distribuído de diversas formas. Analisando o briefing e o

diagnóstico da pesquisa, concluiu-se que as formas de distribuição que podem suprir

algumas deficiências na comunicação do cliente são: a distribuição do catálogo aos

clientes nas próprias lojas Paladyo, assim poderia-se chegar aos clientes em

potencial; distribuição via mala direta para os clientes que estão no banco de dados

da loja, atraindo-os a visitar o local em busca de novas peças; e a distribuição

indireta, que utiliza outras empresas e organizações para este fim – neste caso seria

utilizada a empresa que distribui revistas da Editora Abril em Porto Velho. Se

escolhida esta última, a distribuição indireta se daria junto a publicações que atinjam

o público alvo da empresa e da pesquisa, leitores das revistas como Caras, Claudia,

Marrie Claire, Elle e outras do segmento.

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5.7 Orçamento

5.7.1 Quantidade

Levando em consideração os dados analisados, decidiu-se que a quantidade

necessária para esta ação são 2.000 unidades do catálogo, que serão distribuídas

nas duas lojas e encaminhadas via mala direta, dependendo do tipo de distribuição

escolhida.

5.7.2 Custos de criação

Envolve o planejamento, direção de criação e arte do catálogo. Segundo a

tabela da Sinapro – Sindicato das Agências de Propaganda - Pará, usada como

base de cálculo para os trabalhos das agências e produtoras em Rondônia, os

custos de criação da peça seriam totalmente fora da realidade aplicada neste

mercado28. Necessitou-se então, uma consulta com alguns profissionais da região e

chegou-se ao consenso de que para a execução desta etapa o valor aplicado seria

de R$ 3.000,00.

5.7.3 Custos de produção

Na tabela abaixo, pode-se observar quais os custos empregados para a

produção do catálogo.

Quant. Descrição Valor unit.

(Diária)

9DIÁRIA

Número de

Diárias

Total

01 Fotógrafo 2.000,00

02 Assistente de fotografia 100,00 03 600,00

01 Produtor 300,00 03 900,00

01 Produtor de Moda 300,00 02 600,00

02 Assistente de Produção 100,00 02 400,00

01 Maquiador 200,00 03 600,00

28

De acordo com a tabela, o cálculo é feito pelo cm² de página que neste catálogo totaliza 600cm². O custo por página seria então de R$3.336,00. Como o catálogo Paladyo possui 44 páginas o valor total de criação seria de R$146.784,00.

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03 Modelos femininos (3 para o

primeiro ensaio e 1 para o

segundo)

150,00 04 600,00

03 Modelos masculinos 150,00 01 450,00

03 Modelos femininos (rosto) 100,00 01 300,00

36 Tratamento de imagem 30,00 780,00

01 Criação e finalização 3.000,00

TOTAL 10.230,00

HONORÁRIOS 15% 1.534,50

IMPRESSÃO 8.840,00

TOTAL GERAL 20.604,50

5.7.4 Custos de distribuição

Como parte do catálogo será distribuído nas lojas Paladyo, ficam isentos os

custos de distribuição. Se a mala direta com distribuição indireta for utilizada, o

investimento é de R$400,00 para cada mil unidades do catálogo, que poderá ser

dividido entre as revistas que englobam o público-alvo da loja, conforme mostra o

anexo II.

5.7.5 Valor Total

Somando-se todos os custos, todo planejamento, produção e distribuição do

catálogo, o investimento será no valor de R$20.604,50.

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5.8 Layout do catálogo Paladyo

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho se propôs a abordar aspectos pouco explorados da

comunicação no mercado de Porto Velho. O marketing direto é uma ferramenta

importantíssima e, se aliada ao planejamento estratégico trazem resultados

consistentes e um crescimento sólido e bem estruturado. A comunicação dirigida,

muito utilizada nas relações públicas, mostra-se então muito eficaz dentro do

universo da publicidade e da propaganda. Analisando todo o conhecimento

adquirido durante a elaboração deste estudo, pode-se dizer que muitas das

ferramentas utilizadas no meio publicitário como mídia de apoio, podem ser melhor

estudadas e aplicadas. Outro item importante neste estudo foi a pesquisa de

mercado. O método de pesquisa exploratória deu um embasamento mais satisfatório

do que outros métodos disponíveis. Foi importante entrar em contato direto com o

consumidor que pôde expor suas opiniões de forma mais clara e objetiva, uma vez

que na academia, muitas vezes ao realizarmos trabalhos, pesquisas, etc, utilizamos

dados fora da realidade da região. Com o resultado da pesquisa chegamos até o

formato de catálogo que seria útil ao objetivo do trabalho: reforçar a imagem da

marca ao mesmo tempo em que os clientes são atraídos a comparecerem ao

estabelecimento. De acordo com o briefing, pôde-se observar que algumas ações

podem ser feitas para que os consumidores vejam a loja de forma positiva, mas este

é um tema para outro estudo. Observou-se no decorrer deste um ano de trabalho

que a proprietária tem bastante atenção com a forma como seus clientes vêem a

loja, porém a mesma ainda desconhece os meios de atingir todos os clientes em

potencial. Ainda assim, este ano ela implantou uma página oficial da loja no

Facebook para aumentar a visualização dos produtos por possíveis clientes. Este foi

um passo importante e que também, em outro estudo, pode ser explorado e usado

com mais eficácia. Espera-se que os resultados sejam positivos e que a Paladyo

consiga se firmar na mente de seus consumidores e que a partir deste catálogo se

possa chegar a outras formas de atrair, diversificar e fidelizar seus clientes.

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REFERÊNCIAS

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