castelo da feira - mais do que um castelo, uma vida
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Apresentação do trabalho académico da disciplina de Gestão do Património 4º ano do Curso de Gestão do Património.TRANSCRIPT
Mais do que um Castelo...... Uma vida
Agradecimentos:Agradeço:• À Comissão de Vigilância do Castelo de Santa
Maria da Feira, nomeadamente ao Dr. Eduardo Vaz de Oliveira, pelo seu contributo neste trabalho.
• À Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, nomeadamente ao Sr. Tavares, pelo seu empenho e acompanhamento.
• À Sociedade de Turismo de Santa Maria da Feira.• À Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira,
nomeadamente à Dr.ª Etelvina, pela sua disponibilidade.
Introdução
Desenvolvimento Sustentável e
sustentabilidade
Preâmbulo
Iª Parte – DESCOBRIR A VIDA DE UM
CASTELO
Tipos de Castelos Portuguesas
O que era um Castelo?
IIª Parte – CASTELO DE SANTA MARIA DA
FEIA
Um caso paradigmático
Inventário do Património Arquitectónico
Fundação do Castelo
As obras da 2ª metade do século XV
Constituição da Comissão de Vigilância
pela Guarda do Castelo da Feira
IIIª Parte – O PERCURSO
Conhecer melhor o Castelo
IVª Parte – UTILIZAÇÃO ACTUAL –
A sua remodelação
Utilização actual do Castelo da Vila
da Feira
Conclusão
Fontes e bibliografia
Apêndice
Anexos
Estrutura do trabalho
Introdução
O tema escolhido foi o Castelo de Santa Maria da Feira.
Este estudo, vai esclarecer todo o processo de transformação de um castelo desde a sua
fundação até à última intervenção, passando pelas diversas formas de construção,
materiais utilizados e engenhos de defesa.
Este estudo pretende reconstruir o percurso do Castelo de Santa Maria da Feira, desde o
fortim inicial do tempo da Reconquista até à actualidade, dando conta de uma evolução
morfológico – funcional que contempla vários aspectos da arquitectura civil e militar em
Portugal, da Idade Média ao século XVIII.
Feita a contextualização da Castelo da Feira, passo a demonstrar as transformações feitas ao
abrigo do estatuto de Monumento Nacional.
O património que está patente neste trabalho é considerado património imóvel, e a sua
envolvente património natural como é o caso da Quinta do Castelo “Inatel”.
CASTELO
O castelo é uma habitação senhorial fortificada e de origem militar onde viviam os
senhores feudais e os seus servos. A sua localização, em zonas elevadas, permitia uma melhor
defesa do inimigo. Muitos deles eram cercados por água, para dificultar a entrada dos
inimigos.
Era também comum que houvesse também, dentro dessas muralhas, oficinas nas quais
alguns servos trabalhavam, e uma capela, onde eram realizadas todas as cerimónias
importantes.
Descobrir a vida de um Castelo
• Castelo Roqueiro e Condal
– Século IX – XI -------» levou ao aparecimento de uma nova estrutura
arquitectónica
ex. Castelo de Guimarães
• Castelo Romântico
– Século XII – XIII -------» possuía uma postura de “defesa passiva”
ex. Castelo de Belver
• Castelo Gótico
– Século XIV – XV ------» adoptava uma atitude de “defesa activa”
ex. Castelo de Santiago do Cacém
Tipos de castelos Portugueses
Da Nerobalística à Pirotecnia
Durante a Idade Média, o armamento de tiro disponível limitava-se a engenhos que
utilizavam como elementos propulsores a força resultante da flexão ou torção: a
neurobalística. São exemplos disto: o arco,
o escudo,
o elmo,
a besta,
a espada,
o machado, a lança,
a armadura,
a catapulta,
Castelo de Santa Maria da Feira
Um caso paradigmático
Localização Geográfica
A cidade de Santa Maria da Feira, centro
vital das Terras de Santa Maria, é sede
de um dos concelhos mais
importantes do país.
Situa-se a 30 Km da cidade do Porto e a
270 Km de Lisboa. É servida por um nó
da AE Porto - Lisboa assim como pela
EN1 e outras de categoria similar.
O concelho de Santa Maria da Feira que se
desenha num coração entre os limites
dos municípios de Gondomar, Castelo
de Paiva, Arouca, Oliveira de Azemeis,
S.João da Madeira, Ovar , Espinho e Vila
Nova de Gaia.
O concelho composto por uma cidade:
Santa Maria da Feira - 31 Freguesias:
Argoncilhe, Arrifana, Caldas de S.
Jorge, Canedo, Escapaes, Espargo,
Fiães, Fornos, Gião, Guizande, Lobão,
Louredo, Lourosa, Milheirós de Poiares,
Mosteirô, Mozelos, Nogueira da
Regedoura, Paços de Brandão,
Pigeiros, Rio Meão, Romariz, Sanfins,
Sanguedo, Santa Maria da Feira, Santa
Maria de Lamas, S. João de Vêr, S. Paio
de Oleiros, Souto, Travanca, Vale, Vila
Maior .
CASTELO DA FEIRA / CASTELO DE SANTA MARIA DA FEIRA
Inventário da DGEMN
Protecção Legal
Monumento Nacional, ----» Zona Especial de Protecção
Responsável
Comissão de Vigilância do Castelo de Santa Maria da Feira
IPA
Monumento
Protecção
MN, Dec. 16-06-1910, DG 136 de 23 Junho 1910, ZEP, DG 195 de 22 Outubro 1946
Enquadramento
Urbano. Isolado em local altaneiro em pequena colina e dominando pequeno vale
onde se situa o centro urbano.
Utilização Inicial
Castelo Militar.
Utilização Actual
Cultural / Turística
Visitas Guiadas
Não tem
Acesso a deficientes
Em fase de projecto
Propriedade
Pública: estatal
Época de Construção
Séc. 11 / 12 / 13 / 14 / 15 / 16 (castelo) / Séc. 17 (castelo, capela)
Características Particulares
Possuiu ainda no seu interior restos do antigo palácio seiscentista.
Materiais
Alvenaria e cantaria (capela), madeira e lajeado (pavimentos interiores)
Fundação do Castelo
A fundação do castelo da Feira encontra – se rodeado de uma neblina profunda:
Possui vestígios:
Românicos
• arco romano ----» fim da praça de armas.
Também: Castro de Fiães --» identificam com a Lancóbriga romana via que ligava Olisipo e
Bracara.
Castro de Romariz a Leste da Feira.
Alguns restos de construção romana encontrados na praça de armas;
Mouriscos
Aquando da expulsão dos romanos da península, pela ocupação territorial dos visigodos
-------------» deu – lhe uma feição mais poderosa e próxima da fortificação feudal ---» com
grossas e cumpridas muralhas.
--------» feições mouriscas
As obras da 2ª metade do século XV
A imagem actual do Castelo de Santa Maria da Feira ficou a dever-se à concessão da sua
alcaidaria aos Pereira, por carta régia de 1448.
A família era detentora da Terra de Santa Maria desde 1385. Foi certamente a junção do
senhorio do território à tenência do castelo que permitiu o avultado investimento nele
aplicado por Fernão Pereira, o novo donatário. O castelo encontrava-se então em
processo de degradação e ruína.
A campanha obedeceu ao duplo objectivo:
• de dotar o castelo de um espaço habitacional; adaptado ao viver nobre na
segunda metade de Quatrocentos e;
• da actualização da estrutura defensiva quanto às suas potencial idades bélicas.
Assim, no Castelo da Feira temos:
• o exemplo de uma residência aristocrática tardo - medieval e;
• uma estrutura defensiva que documenta o momento de transição das armas de
arremesso para as de fogo.
Por outro lado ainda, a campanha de obras de Fernão Pereira foi desenvolvido dentro dos
limites estritos de uma pré-existência que se decidiu reconverter, num esforço de
restauração e apropriação da simbologia e das memórias que já então o Castelo evocava.
O castelo da feira no panorama da arquitectura militar portuguesa
A reconversão do Castelo da Feira, a partir de meados do século XV, levou a que a
fortificação seja hoje considerada como uma das mais notáveis obras militares
portuguesas da época dos primeiros dispositivos arquitectónicos de adaptação à
revolução pirobalística.
Algumas imagens das obras
Aspecto do paço dos condes século XVII
Aspecto do paço dos condes século XX
Constituição da Comissão de Vigilância pela Guarda do Castelo da Feira (1909)
O Castelo, vai declinando até ser incorporado na Casa do Infantado, por decisão de D. Pedro
II - decisão funesta, pois, em 1837, se escapou ao leilão a que foram sujeitos os bens da
Casa do Infantado, não deixou de ficar isolado e encravado em terras de um irmão do Conde
das Antas.
O Velho castelo, já sem qualquer serventia, ficou arruinar-se cada vez mais, engrinaldando -
se de heras gigantes e vinha brava, em plena consonância com a estética romântica;
Só Alexandre Herculano teve a coragem de pugnar pela defesa do que classificou como
"uma das mais perfeitas antiguidades" de Portugal.
Valeu - lhe, entretanto, para obstar à completa ruína, a benemérita acção de alguns
feirenses que, isoladamente ou congregados numa "Comissão de Vigilância e
Conservação do Castelo da Feira", por diversas ocasiões, a partir de 1905, suportaram o
custo de obras de conservação e lutaram tenazmente pelo restauro e dignificação do seu
velho castelo.
Os principais objectivos eram: “guardar, reparar e restaurar o monumento”.
Um exemplo do que podem e são capazes as associações de Defesa do Património Cultural,
hoje tanto em voga!
A partir daqui:
• Seguem – se as limpezas e reparações avulsas entre 1905 e 1907.
• Todas as obras foram realizadas à margem de quaisquer pareceres técnicos das entidades
oficiais ou associações profissionais, à excepção do caso do restauro da tenalha.
Restauro de 1935 - 45
Na sequencia da criação do
Secretariado da Propaganda
Nacional, fez – se o inventário das
“anomalias” e estabeleceram – se
“novos critérios”.
As anomalias resumem – se ao
seguinte: demolições ou acrescentos
abusivos, o uso de materiais
modernos, como o betão armado.
1ª fase 1935 - 37 -----» Deu origem
à primeira verba da DGEMN
O corredor abobadado de acesso à tenalha, durante as obras da década de 30
O corredor abobadado de acesso à tenalha, depois das obras da década de
30
2ª fase, 1938 – 40
• Remoção do aterro feito pelos condes sobre a poterna da entrada, para o
ajardinamento desse espaço;
• Demolição das ruínas do paço que ainda se encontravam na praça de armas;
• Consolidação das paredes das construções na praça de armas, a nascente;
• Lageamento e assentamento de traves para o soalho no I ° e 2° pisos da "torre de
menagem";
Aterro no topo norte da praça de armas, 1937/38
Topo norte da praça de armas, depois da intervenção da DGEMN
Restauro da Capela
A capela será igualmente objecto de obras que não estavam previstas inicialmente. Em
1945 recebe uma cobertura de telha revestindo uma outra, de cimento, já de recorte
bulboso, colocada em 1929. De notar que a cobertura original da capela seria um telhado
cónico de seis as águas. Entretanto (1930), a Comissão de Vigilância tinha apeado o
acrescento da casa do capetão, construído pelo marechal Silva Pereira pouco depois da
arrematação do castelo em 1839.
Capelania antes de 1929Capelania depois das intervenções da
Comissão de Vigilância (1930) e da DGEMN (1945)
Síntese gráfica do processo de transformação do castelo
Principais etapas do processo de transformação do Castelo de Santa Maria da Feira (desenho realizado a partir do levantamento da DGEMN e de M. Pereira, 1990)
O Castelo de Santa Maria da Feira no início do século XX
(desenho realizado a partir do levantamento da DGEMN e de M. Pereira, 1990)
O Castelo de Santa Maria da Feira depois da intervenção dos Monumentos Nacionais em 1935 - 40 (desenho realizado a partir do levantamento da DGEMN e de M. Pereira, 1990)
Conhecer melhor o castelo O percurso
Percurso proposto pelo Instituto Português do Património Cultural
O Percurso
Lendas do Castelo
«Querendo o povo certificar-se da existência de tal galeria subterrânea, mandou um preto
descer ao fundo do poço, para procurá - la e seguir por ela. A fim de ser conhecida a direcção
desse caminho misterioso, levou, o preto uma campainha que iria badalando constantemente.
Os curiosos foram seguindo por onde escutavam o campainhar do preto e, assim, chegaram à
praça principal da vila. Aí, os sons foram amortecendo e... o preto nunca mais apareceu.
Ainda hoje por aqui se diz de quem teima por excessiva e injustificada confiança que "está à
espera que o preto volte".»
"Diz a lenda que no fundo da escada da cisterna grande do Castelo da Feira, que foi entulhada
com pedra, havia um túnel que levaria ao mar, em caso de emergência ou invasão de tropas
inimigas.
Esta lenda seria solidificada após as invasões napoleónicas. Passou, então, a dizer-se que a
cisterna fora entulhada pelos soldados franceses, depois de nela terem lançado grande número
de cadáveres e armas que, na sua retirada, não podiam transportar."
Utilização actual
A sua remodelação
• Comissão de Vigilância do Castelo de Santa Maria da Feira
• Câmara Municipal de santa Maria da Feira
• Sociedade de turismo de santa Maria da Feira
objectivo: sensibilizar a população para a preservação e valorização do património
histórico-cultural e natural
a Ceia Medieval, a Feira Medieval, a Viagem Medieval
Dada a sua singularidade, as Ceias Medievais de Santa Maria da Feira são uma óptima
alternativa de turismo e férias, fim-de-semana ou ainda de turismo de negócios.
A Feira Medieval oferece a quem a visitar a oportunidade de ficar a conhecer como eram
as feiras durante a época medieval.
A Viagem Medieval dá a conhecer como se estruturava a sociedade medieval, as
peripécias da vida quotidiana nas aldeias medievais e no interior do castelo, os hábitos
alimentares dos senhores e do povo, como treinavam e combatiam os cavaleiros, como
trajava a população, quais as suas crenças religiosas e divertimentos, assim como, as artes
e os ofícios a que se dedicavam.
Interior do salão grande, 2º piso
Interior do salão grande, 1º piso
Conclusão
• Santa Maria da Feira proporciona a quantos a visitam uma multiplicidade de oportunidades,
percursos e escolhas que vão das actividades ao património edificado.
• Assim o Castelo mantém um extraordinário poder evocativo e uma inconfundível silhueta,
sendo como disse Alexandre Herculano, "uma das mais perfeitas antiguidades de Portugal" e
por este motivo o Ex – Líbris do Concelho de Santa Maria da Feira.
• Já existente no tempo dos Romanos este castelo foi ao longo dos tempos sendo melhorado
com novos acrescentos e melhoramentos que deram o maravilhoso aspecto que tem hoje e
que se pode dizer ser uma das mais belas obras de castelos em Portugal.
• No que diz respeito às actividades propostas são sem dúvida alguma, as mais interessantes
para o público e as mais educativas. Através de jogos e de pequenos teatros consegue – se
desenvolver o interesse pela história até nos mais pequeninos.
• Os participantes neste tipo de actividades revivem momentos, personagens e façanhas do
seu imaginário.... libertam – se do seu dia à dia...
• Contudo como Gestora do Património, vejo que há necessidade de um guia turístico para o
Castelo. Os desdobráveis são de muito boa qualidade, mas sem desprezar - los, penso que
uma figura emblemática naquele local e para visitas específicas, seria de grande contributo
para aquele importante património.
Fontes e Bibliografia
I. Fontes manuscritas e cartográficas
Arquivo da Comissão de Vigilância do Castelo de Santa Maria da Feira, Santa Maria
da Feira
• Castello da Feira, levantamento expedito à fita métrica, 1904
II. Bibliografia e Fontes impressas
• ALMEIDA, João de, Roteiro dos monumentos militares portugueses, Lisboa, ed. de
autor, 1945 – 48, 3 vols.
• BARREIROS, Maria Helena, O Castelo de Santa Maria da Feira, séculos X a XX –
Formas e Funções, Comissão de Vigilância, Feira, 2001
• CAMPOS, Correia de, Monumentos da arquitectura árabe em Portugal, 1970;
• CARDOSO, Aguiar e Ferreira Vaz, O Castelo da Feira, Feira, 1950;
• “Castelo da Feira”, Boletim da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais
nº 37 – 38 [D. João de Castro, texto], Ministério das Obras Públicas e Comunicações,
Set. – Dez. 1944
• CORREIA, Azevedo de, Arte Monumental Portuguesa, Vol. 1, Porto, 1975, pp. 54 - 55;
• “Castelo da Feira”, O Panorama, vol. V, 20 Nov. 1841, pp. 369 - 371
• GONÇALVES, Nogueira, Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Aveiro, X, Lisboa,
1981, pg. 38 - 53;
• IPPAR, Santa Maria da Feira. O Castelo, s.l., 1990.
• LARCHER, Jorge, Castelos de Portugal, Centenários, nº 8, 1939;
• MATTOSO, José, KRUS, Luis e ANDRADE, Amélia, O Castelo da Feira,
Lisboa, 1989;
• Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico,
Numismático e Artístico, Volume III, págs. 327-328 Edição em papel © 1904-1915 João
Romano Torres – Editor - Edição electrónica © 2000-2001 Manuel Amaral
• SILVA, Carlos Gomes dos Santos e, “O Castelo da Feira na História e na Tradição –
contos e lendas” – publicação no Correio da Feira n.º 1119 de 28.12.1918
• TÁVORA, Fernando Tavares, O Castelo da Feira, Porto, 1907;
III. Fontes da Internet
www.amigosdoscastelos.org.pt
www.castelos.planetaclix.pt
www.ch.lycos.com/fr/
www.galileu.globo.com
www.lycos.fr
www.monumentos.pt
www.postal-ilustrado.org
IV. Fontes das ilustrações
• Imagens – Viollet – le – Duc, morto em
1879, imagens sem direito de autor
• “Castelo da Feira, Boletim da DGEMN nº
37 – 38, Lisboa, 1944
• AZEVEDO, A. Casals d’, Comissão de
Vigilância do Castelo de Santa Maria da Feira. 80 Anos de História,
Santa Maria da Feira, 1988
• Séries de postais ilustrados anteriores a
1946.
Instituto Politécnico do Porto
Escola Superior de educação do Porto
Gestão do Património
Arquitecta Margarida Coelho
Trabalho realizado por:
Alexandra Alves