caso clÍnico fisioterapia pediÁtrica

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CASO CLÍNICO CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA Eliane Calumby Souza Eliane Calumby Souza Campinas Campinas Outubro, 2009 Outubro, 2009

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CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA. Eliane Calumby Souza Campinas Outubro, 2009. Síndrome de Down. S.D ou trissomia 21 é um distúrbio cromossômico de causa genética; Afeta 1:800 RN em todo o mundo; Trissomia 21 simples (ou padrão) Mosaico Translocação - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

CASO CLÍNICOCASO CLÍNICOFISIOTERAPIA PEDIÁTRICAFISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

Eliane Calumby SouzaEliane Calumby Souza

CampinasCampinasOutubro, 2009Outubro, 2009

Page 2: CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

Síndrome de DownSíndrome de DownS.D ou trissomia 21 é um distúrbio S.D ou trissomia 21 é um distúrbio cromossômico de causa genética; cromossômico de causa genética;

Afeta 1:800 RN em todo o mundo; Afeta 1:800 RN em todo o mundo;

Trissomia 21 simples (ou padrão)Trissomia 21 simples (ou padrão)Mosaico Mosaico Translocação Translocação

Características: face achata (90%), reflexo de Características: face achata (90%), reflexo de moro diminuído (85%), fissuras palpebrais moro diminuído (85%), fissuras palpebrais oblíquas (80%) e excesso de pele na região oblíquas (80%) e excesso de pele na região posterior do pescoço (80%);posterior do pescoço (80%);

A morbidade por doença infecciosa é A morbidade por doença infecciosa é elevada: doenças respiratórias, cardiopatias elevada: doenças respiratórias, cardiopatias e e doenças auto-imunesdoenças auto-imunes; ;

(Ribeiro et al, 2003);(Ribeiro et al, 2003);

Page 3: CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

Tireoidite Auto-ImuneTireoidite Auto-Imune

Doença auto-imune mais frequente nos pacientes com SD;Doença auto-imune mais frequente nos pacientes com SD;Pode apresentar alterações no sistema vestibular, coordenação Pode apresentar alterações no sistema vestibular, coordenação motora, audição, orientação visual e espacial, linguagem e atraso no motora, audição, orientação visual e espacial, linguagem e atraso no desenvolvimento cognitivo e motordesenvolvimento cognitivo e motorSinais e Sintomas de difícil identificação, recomendados exames Sinais e Sintomas de difícil identificação, recomendados exames laboratoriais;laboratoriais;Diminuição da produção dos hormônios da tireóide (T3-T4) e Diminuição da produção dos hormônios da tireóide (T3-T4) e dosagem sérica elevada de hormônio estimulante da tireóide (TSH);dosagem sérica elevada de hormônio estimulante da tireóide (TSH);Muitos pacientes apresentam TSH aumentado e não apresentam Muitos pacientes apresentam TSH aumentado e não apresentam evidências clínicas de hipotireoidismo;evidências clínicas de hipotireoidismo;Valores de referência para população saudável está entre 0,5Valores de referência para população saudável está entre 0,5µµUI/ml UI/ml e 5,0e 5,0µµUI/mlUI/ml

Ramalho,Valido,Oliveira, 2000 e Nisihara et al, 2006

Page 4: CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

Síndrome de DownSíndrome de Down

Atraso no DNPM nas crianças com SD: fraqueza muscular, Atraso no DNPM nas crianças com SD: fraqueza muscular, frouxidão ligamentar (hipermobilidade), hipoplasia cerebelar, frouxidão ligamentar (hipermobilidade), hipoplasia cerebelar, hipotonia e subluxação atlanto-axial;hipotonia e subluxação atlanto-axial;

Atraso no desempenho cognitivo (retardo mental)Atraso no desempenho cognitivo (retardo mental)

Déficit motor na primeira infância;Déficit motor na primeira infância;

Déficit cognitivo na idade escolar; Déficit cognitivo na idade escolar;

A trajetória de desenvolvimento motor é a mesma, mas a A trajetória de desenvolvimento motor é a mesma, mas a aquisição das habilidades é mais lenta nas crianças com SD; aquisição das habilidades é mais lenta nas crianças com SD;

(Pereira, 2008)(Pereira, 2008)

Page 5: CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

Aquisições MotorasAquisições Motoras Crianças TípicasCrianças Típicas Crianças com Crianças com Síndrome de DownSíndrome de Down

Controle de CabeçaControle de Cabeça 2 – 6 meses2 – 6 meses 3 – 8 meses3 – 8 meses

Rolar de Prono p/ Rolar de Prono p/ SupinoSupino

4 – 10 meses4 – 10 meses 4 – 10 meses4 – 10 meses

Sentar IndependenteSentar Independente 5 – 9 meses5 – 9 meses 6 – 18 meses6 – 18 meses

ArrastarArrastar 6 – 11 meses 6 – 11 meses 7 – 21 meses7 – 21 meses

EngatinharEngatinhar 7 – 13 meses7 – 13 meses 8 – 25 meses 8 – 25 meses

Marcha Marcha IndependenteIndependente

9 – 17 meses9 – 17 meses 13 – 45 meses13 – 45 meses

Pereira, 2008

Page 6: CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

Paciente: N.K.S.S.

HD: Síndrome de Down? Síndrome de Down? Atraso DNPMAtraso DNPM

Page 7: CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

NascimentoNascimento

22/04/2009

Parto Normal

Hospitalar

A Termo

40,5 semanas

2,895 Kg

47 cmApgar

7 e 9

Page 8: CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

HMPHMP

30/04/2009: Acompanhamento na Unicamp (neonatologia 30/04/2009: Acompanhamento na Unicamp (neonatologia e genética). 1ªamostra do cariótipo inconclusiva e e genética). 1ªamostra do cariótipo inconclusiva e 2ªamostra normal. Ainda em investigação.2ªamostra normal. Ainda em investigação.

Níveis de TSH = 8,0 Níveis de TSH = 8,0

15/06/2009: Apresenta vômitos após mamar (a esclarecer)15/06/2009: Apresenta vômitos após mamar (a esclarecer)

08/08/2009: Internado (3d) apresentando chiado s/febre08/08/2009: Internado (3d) apresentando chiado s/febre

14/07/2009: Iniciou fisioterapia no C.S.14/07/2009: Iniciou fisioterapia no C.S.

Page 9: CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

Fisioterapia MotoraFisioterapia Motora

Antecipar e minimizar atrasos nas motricidades Antecipar e minimizar atrasos nas motricidades ampla e fina;ampla e fina;

Promover controle antigravitacional e sustentação de Promover controle antigravitacional e sustentação de peso;peso;

Em prono, facilitar a extensão antigravitacional e a Em prono, facilitar a extensão antigravitacional e a transferência de peso;transferência de peso;

Na posição sentada, dar orientações na linha média, Na posição sentada, dar orientações na linha média, coordenação mão-olho e promover força coordenação mão-olho e promover força antigravitacional;antigravitacional;

Em pé, enfatizar a extensão de tronco;Em pé, enfatizar a extensão de tronco;

Tecklin, 2002

Page 10: CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

Fisioterapia MotoraFisioterapia Motora

Encorajar reações posturais e de desenvolvimento;Encorajar reações posturais e de desenvolvimento;

Permitir exploração do ambiente;Permitir exploração do ambiente;

Incluir etapas apropriadas do desenvolvimento;Incluir etapas apropriadas do desenvolvimento;

Proporcionar oportunidades para desenvolver as Proporcionar oportunidades para desenvolver as áreas de cognição, linguagem e socialização;áreas de cognição, linguagem e socialização;

Ensinar aos pais e cuidadores posições e estímulos Ensinar aos pais e cuidadores posições e estímulos que favoreçam o desenvolvimento da criançaque favoreçam o desenvolvimento da criança

Tecklin, 2002

Page 11: CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

Direcionar as crianças nas sucessivas etapas Direcionar as crianças nas sucessivas etapas do desenvolvimento motor e auxiliá-la na do desenvolvimento motor e auxiliá-la na aquisição de padrões essenciais e aquisição de padrões essenciais e fundamentais do desenvolvimento;fundamentais do desenvolvimento;

Propiciar maior independência, autoconfiança Propiciar maior independência, autoconfiança e ampliação da relação com o meio e ampliação da relação com o meio ambiente;ambiente;

Respeitar a individualidade da criança e Respeitar a individualidade da criança e determinar a linha de tratamento a partir determinar a linha de tratamento a partir disso.disso.

Considerações Finais

Meneghetti et al,2007

Page 12: CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

Considerações FinaisConsiderações Finais

Não exigir da criança além do que ela é Não exigir da criança além do que ela é capaz, mas auxiliá-la a alcançar as etapas capaz, mas auxiliá-la a alcançar as etapas desse desenvolvimento da forma mais desse desenvolvimento da forma mais adequada possível, buscando a adequada possível, buscando a funcionalidade na realização das atividades funcionalidade na realização das atividades diárias; diárias;

Não se deve pular fases para adiantar o Não se deve pular fases para adiantar o processo de desenvolvimento;processo de desenvolvimento;

É importante ressaltar que cada criança tem É importante ressaltar que cada criança tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, que seu próprio ritmo de desenvolvimento, que deve ser percebido e respeitadodeve ser percebido e respeitado; ;

Meneghetti et al,2007

Page 13: CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

Perfil do Desenvolvimento Motor de Lactentes com Síndrome de Down dos 3 aos 12 meses de idade

Objetivo:Objetivo: Caracterizar e identificar o ritmo de desenvolvimento motor de Caracterizar e identificar o ritmo de desenvolvimento motor de lactentes com SD (GE) e típicos (GC) nas idades de 3 a 12 meses;lactentes com SD (GE) e típicos (GC) nas idades de 3 a 12 meses;

Desempenho motor, a aquisição motora, a idade mín e máx em que os Desempenho motor, a aquisição motora, a idade mín e máx em que os lactentes adquirem cada habilidade motora e a idade máx em que lactentes adquirem cada habilidade motora e a idade máx em que completam todas as habilidades referentes às subescalas (posturas), completam todas as habilidades referentes às subescalas (posturas), prona, supina, sentada, em pé.prona, supina, sentada, em pé.

Na coleta de dados utilizou a escala Na coleta de dados utilizou a escala Alberta Infant Motor Scale Alberta Infant Motor Scale (AIMS) (AIMS)

Pereira,K; Tudella,E.

Tese de Doutorado. UFSCar - 2008

Page 14: CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

Estudo I: Ritmo de desenvolvimento motor de lactentes Ritmo de desenvolvimento motor de lactentes típicos dos 3 aos 12 meses de idadetípicos dos 3 aos 12 meses de idade

Objetivo: Objetivo: Caracterizar o ritmo de aquisição das habilidades motoras nos Caracterizar o ritmo de aquisição das habilidades motoras nos lactentes típicos dos 3-12 meses e investigar a influência do gênero, peso lactentes típicos dos 3-12 meses e investigar a influência do gênero, peso e comprimento no desenvolvimento motor desses lactentese comprimento no desenvolvimento motor desses lactentes

Participantes: Participantes: 25 lactentes (15 meninos) típicos e saudáveis dos 3 aos 25 lactentes (15 meninos) típicos e saudáveis dos 3 aos 12 meses de idade com a Alberta Infant Motor Scale (AIMS)12 meses de idade com a Alberta Infant Motor Scale (AIMS)

Resultados e Conclusão: Resultados e Conclusão: As meninas obtiveram maiores valores no As meninas obtiveram maiores valores no escore bruto aos 3 e 6 meses e os meninos aos 12 mesesescore bruto aos 3 e 6 meses e os meninos aos 12 meses

Até os 7 meses os meninos foram mais lentos que as meninasAté os 7 meses os meninos foram mais lentos que as meninas

Não houve relação do peso e da altura com o desenvolvimento Não houve relação do peso e da altura com o desenvolvimento motor grosseiromotor grosseiro

Os períodos entre o 6º e o 7º mês e entre o 9º e o 10º são marcos importantes para o desenvolvimento da criança em relação a posturas como sentar e ficar em pé.

Page 15: CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

Estudo II: Ritmo de desenvolvimento motor de lactentes Ritmo de desenvolvimento motor de lactentes com Síndrome de Down dos 3 aos 12 meses de idadecom Síndrome de Down dos 3 aos 12 meses de idade

Objetivos: Objetivos: Caracterizar e identificar o ritmo das habilidades motoras Caracterizar e identificar o ritmo das habilidades motoras grossas de lactentes com SD dos 3-12 meses grossas de lactentes com SD dos 3-12 meses

Participantes: Participantes: 19 lactentes com SD (GE), sendo 16 nascidos a termo 19 lactentes com SD (GE), sendo 16 nascidos a termo (38,1sem) e 3 nascidos pré-termo (35sem), além de 25 lactentes típicos (38,1sem) e 3 nascidos pré-termo (35sem), além de 25 lactentes típicos (GC) (38,6sem). Os participantes foram avaliados nas posturas prona, (GC) (38,6sem). Os participantes foram avaliados nas posturas prona, supina, sentada e em pé, empregando-se a Alberta Infant Motor Scale supina, sentada e em pé, empregando-se a Alberta Infant Motor Scale (AIMS)(AIMS)

Resultados e Conclusão: Resultados e Conclusão: O desenvolvimento do GC foi superior ao do O desenvolvimento do GC foi superior ao do GE em todas as idades, e suas aquisições motoras foram superior no 6º e GE em todas as idades, e suas aquisições motoras foram superior no 6º e no 9º mêsno 9º mês

O ritmo das habilidades motoras dos lactentes com SD foi O ritmo das habilidades motoras dos lactentes com SD foi caracterizada como lento e crescente, principalmente nas posturas prona, caracterizada como lento e crescente, principalmente nas posturas prona, sentada e em pésentada e em pé

Page 16: CASO CLÍNICO FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

Estudo III: Habilidades motoras de lactentes com SD em Habilidades motoras de lactentes com SD em diferentes posturasdiferentes posturas

Objetivos: Objetivos: Verificar o desempenho motor em lactentes com SD dos 3 aos Verificar o desempenho motor em lactentes com SD dos 3 aos 12 meses , observando a idade mínima em que cada habilidade motora é 12 meses , observando a idade mínima em que cada habilidade motora é adquirida nas posturas prona, supina, sentada e em pé, bem como as adquirida nas posturas prona, supina, sentada e em pé, bem como as idades mínima e máxima em que o lactente completa as habilidades idades mínima e máxima em que o lactente completa as habilidades referentes a cada postura.referentes a cada postura.

Participantes: Participantes: os mesmos do estudo II, com a escala Alberta Infant Motor os mesmos do estudo II, com a escala Alberta Infant Motor Scale (AIMS)Scale (AIMS)

Resultados e Conclusão: Resultados e Conclusão: Constatou-se diferença significativa entre os Constatou-se diferença significativa entre os grupos nas posturas prona, sentada e em pé em todas as idades. A grupos nas posturas prona, sentada e em pé em todas as idades. A análise descritiva indicou que, no geral, o grupo experimental apresentou análise descritiva indicou que, no geral, o grupo experimental apresentou atraso em relação ao grupo controle, levando 1 a 4 meses a mais para atraso em relação ao grupo controle, levando 1 a 4 meses a mais para iniciar a aquisição de suas habilidades motoras, sendo que algumas iniciar a aquisição de suas habilidades motoras, sendo que algumas habilidades não foram adquiridas até os 12º mêshabilidades não foram adquiridas até os 12º mês

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