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(45) 3097-4512 Pronto Atendimento 24h Cascavel, 10 de julho de 2020 - Ano XXIV - Nº 2.255 - R$ 3,00 [email protected] O pajé do Rio das Cobras 45 99921-0456 45 3333-9999 www.hyundaivetor.com.br Cascavel adota protocolo com medicamentos refutados por especialistas e por respeitadas endades nacionais e internacionais; e acerta ao atacar a Covid-19 no estágio inicial Marcolino Veríssimo é o nome “abra- sileirado” do pajé do aldeiamento kaingang denominado Rio das Cobras, em Nova La- ranjeiras. Em guarani, o nome dele é Karai Tataendy, que significa “senhor da chama acesa”. Logo voltaremos ao pajé. A 120 quilômetros do Rio das Cobras, em Cascavel, um grupo de médicos ligados à as- sociação da categoria vinha discutindo formas de combate à Covid-19. Após intensos deba- tes, chegaram a um protocolo que foi sugerido ao Paço e acatado pelo prefeito Paranhos. A ideia, vocalizada pelo doutor Jorge Luiz dos Santos, é atacar a doença em seu estágio inicial, nos primeiros sintomas, algo quase consensual no meio científico. Os doutores prescreveram dois kits, já disponí- veis nos pontos de atendimento à população. Um kit combina hidroxicloroquina com ci- tronicina. O outro associa ivermectina com azitromicina. Aqui, no entanto, há zero de consenso no mundo científico. A hidroxicloroquina foi descartada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e teve a autorização revogada pela centenária Food and Drug Administration, a repu- tada FDA, agência federal norte-americana - considerada parâmetro internacional pela excelência e rigor de seus quadros técnicos. A ivermectina também não é nenhuma unanimidade. Ela não foi testada de for- ma conclusiva nem em animais, nem em humanos para Covid-19. De momento, o medicamento está testado e aprovado para tratamento de piolhos, pulgas e verminoses; portanto, trata-se de um antiparasitário. O uso dessa medicação para tratar Covid foi rechaçado por entidades farmacêuticas, como a Federação Nacional dos Farma- cêuticos (Fenapar), a Associação Brasi- leira de Ciências Farmacêuticas e pela Sociedade Brasileira de Infectologia. “É algo sem base na ciência, sem evidên- cias. Acionamos o STF para enfrentar essas indicações. Isso é um absurdo, lidar com o sofrimento das pessoas com ilusões, é qua- se um charlatanismo”, disse o presidente da Fenapar, Ronald Ferreira dos Santos. CURVA PERIGOSA Doutor Jorge discorda. Para ele, ingerir o medicamento para pio- lhos e pulgas, associado aos demais, pode diminuir a replicação viral, reduzindo inter- namentos, ocupação de UTIs e mortalidade. “Veremos uma curva descendente rápida nos próximos 10 dias, evitando complicações e isolamento”, disse o médico. Segundo o ele, o isolamento social “não tem sentido nenhum, pois aumenta o número de contaminantes”. Vale destacar: os kits estão disponíveis, mas a palavra final passa por uma conver- sa entre médico e paciente. Seguramente, a partir da objeção de cientistas renomados, alguns doutores ficarão com a pulga atrás da orelha antes de prescrever o exterminador de piolhos. De toda forma, resta aos cidadãos cascavelenses acreditar na “ciência alterna- tiva” do prefeito Paranhos e do secretário Thiago, além de respeitar o bom nome do doutor Jorge e seus colegas de associação. Se não der para combater o coronavírus com o mata-piolho, restará encomendar ao indigenista Paulo Porto que traga o pajé Karai, do Rio das Cobras. Quem sabe uma pajelança bem feita possa dar conta do “salve-se quem puder” da epidemia fora de controle por aqui. Ele falou “As pessoas se cansaram do isolamento e agora querem uma solução fácil. Mas a ciência não tem soluções fáceis. Esperto agora é quem desvia do vírus. A outra opção é uma roleta russa. Neste momento somos senhores das dúvidas e não das certezas.” l Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde

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Cascavel, 10 de julho de 2020 - Ano XXIV - Nº 2.255 - R$ 3,00

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Cascavel adota protocolo com medicamentos refutados por especialistas e por respeitadas entidades nacionais e internacionais; e acerta ao atacar a Covid-19 no estágio inicial

Marcolino Veríssimo é o nome “abra-sileirado” do pajé do aldeiamento kaingang denominado Rio das Cobras, em Nova La-ranjeiras. Em guarani, o nome dele é Karai Tataendy, que significa “senhor da chama acesa”. Logo voltaremos ao pajé.

A 120 quilômetros do Rio das Cobras, em Cascavel, um grupo de médicos ligados à as-sociação da categoria vinha discutindo formas de combate à Covid-19. Após intensos deba-tes, chegaram a um protocolo que foi sugerido ao Paço e acatado pelo prefeito Paranhos.

A ideia, vocalizada pelo doutor Jorge Luiz dos Santos, é atacar a doença em seu estágio inicial, nos primeiros sintomas, algo quase consensual no meio científico. Os doutores prescreveram dois kits, já disponí-veis nos pontos de atendimento à população.Um kit combina hidroxicloroquina com ci-tronicina. O outro associa ivermectina com azitromicina. Aqui, no entanto, há zero de consenso no mundo científico.

A hidroxicloroquina foi descartada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e teve a autorização revogada pela centenária Food and Drug Administration, a repu-tada FDA, agência federal norte-americana - considerada parâmetro internacional pela excelência e rigor de seus quadros técnicos.

A ivermectina também não é nenhuma unanimidade. Ela não foi testada de for-ma conclusiva nem em animais, nem em

humanos para Covid-19. De momento, o medicamento está testado e aprovado para tratamento de piolhos, pulgas e verminoses; portanto, trata-se de um antiparasitário.

O uso dessa medicação para tratar Covid foi rechaçado por entidades farmacêuticas, como a Federação Nacional dos Farma-cêuticos (Fenapar), a Associação Brasi-leira de Ciências Farmacêuticas e pela Sociedade Brasileira de Infectologia.

“É algo sem base na ciência, sem evidên-cias. Acionamos o STF para enfrentar essas indicações. Isso é um absurdo, lidar com o sofrimento das pessoas com ilusões, é qua-se um charlatanismo”, disse o presidente da Fenapar, Ronald Ferreira dos Santos.

CURVA PERIGOSA Doutor Jorge discorda. Para ele, ingerir o medicamento para pio-lhos e pulgas, associado aos demais, pode diminuir a replicação viral, reduzindo inter-namentos, ocupação de UTIs e mortalidade. “Veremos uma curva descendente rápida nos

próximos 10 dias, evitando complicações e isolamento”, disse o médico. Segundo o ele, o isolamento social “não tem sentido nenhum, pois aumenta o número de contaminantes”.

Vale destacar: os kits estão disponíveis, mas a palavra final passa por uma conver-sa entre médico e paciente. Seguramente, a partir da objeção de cientistas renomados, alguns doutores ficarão com a pulga atrás da orelha antes de prescrever o exterminador de piolhos. De toda forma, resta aos cidadãos cascavelenses acreditar na “ciência alterna-tiva” do prefeito Paranhos e do secretário Thiago, além de respeitar o bom nome do doutor Jorge e seus colegas de associação.

Se não der para combater o coronavírus com o mata-piolho, restará encomendar ao indigenista Paulo Porto que traga o pajé Karai, do Rio das Cobras. Quem sabe uma pajelança bem feita possa dar conta do “salve-se quem puder” da epidemia fora de controle por aqui.

Ele falou“As pessoas se cansaram do isolamento

e agora querem uma solução fácil. Mas a ciência não tem soluções fáceis. Esperto agora é quem desvia do vírus.

A outra opção é uma roleta russa. Neste momento somos senhores das

dúvidas e não das certezas.”l Luiz Henrique Mandetta,

ex-ministro da Saúde

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Armstrong e Geraldo Magela.

Aquele abraço45 3038-2255

nutricard.com.brO seu cartão de benefícios.

Quando o engenheiro Ri-cardo Prestes Mion visitou o empresário Rubens Beal naquela quadra que abriga o su-permercado na Avenida Brasil para conhecer o projeto do novo layout da loja, ele já sabia o que ia encontrar. Afinal foi a empresa dele, a construtora Abapan, que edificou aquela loja que conso-lidou os irmãos Beal entre os principais supermercadistas do Paraná. Portanto, o engenheiro conhecia cada metro quadrado daquele prédio.

Não significa dizer que a re-vitalização seria fácil. A loja mu-dou muito, notadamente na área interna. Não era uma simples remodelação, um trabalho trivial que poderia ficar na atribuição de algum novato. Em verdade o

Maior loja dos irmãos Beal, entregue repaginada, põe Cascavel no mapa mundi do varejo, em idêntico patamar das melhores lojas europeias e americanas

projeto precisaria atender novos conceitos do varejo moldados a partir da experiência exitosa do grupo com a bandeira Festval, em Curitiba.

A capital paranaense, como se sabe, é uma espécie de labora-tório a céu aberto de ino-vações. O que vai bem lá, habitualmente se replica com sucesso em qualquer lugar do planeta. Esse é o desafio que se colocava sobre a mesa de reuniões que pôs Rubens e Ricardo frente a frente.

90 dias depois a repaginação completa estava conclusa. Na primeira semana de julho, levan-do em conta o “novo normal”, o Beal/Festval da Brasil estava discretamente entregue aos seus clientes. Já era possível conhe-

cer o novo conceito na

loja da Tancredo Neves, a pri-meira a levar o nome Festval na fachada. Porém, a loja da avenida Brasil vem em outra escala.

Pela dimensão do prédio, ins-talado em amplo terreno de 10 mil metros quadrados, foi pos-sível agregar outros diferenciais.

Como se sabe, supermercados mudaram muito. Uma altera-ção marcante é a presença de grandes restaurantes. Na loja da Brasil, é grande mesmo. Trans-formou-se em uma praça de ali-mentação capaz de atender mil comensais/dia. A capacidade do restaurante saltou de 220 para 400 lugares, com cinco caixas exclusivos para o local.

n Rubens Beal comanda a operação em Cascavel: transição para o conceito Festval. No detalhe, floricultura em espaço nobre

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n Sucos de marca própria: tendência acentuada no varejo

Marcas próprias são produ-tos fabricados, beneficiados, pro-cessados e embalados por uma organização que detém o con-trole e distribuição da marca. É cada vez mais comum encontrar produtos desta linha nos super-mercados.

No Beal/Festval a tendên-cia inspirou uma homenagem à matriarca do grupo, dona Bia. Produtos sofisticados levam a grife “Mamma Bia”, todos pro-duzidos por equipes próprias do grupo em Curitiba. Em mercados como o europeu e o norte-ame-ricano, as marcas próprias já se aproximam de 50% dos itens de uma loja. No Brasil não chega a 15% ainda.

Os Beal viram potencial no suco natural, setor que ganha corpo a partir da chamada “ge-ração saúde”. E assim oferta com marca própria três sabores:

laranja, tangerina e côco. É a ver-ticalização da operação: produ-ção, distribuição e venda em um único CNPJ, fator que melhora margens e torna o varejista mais competitivo.

Somam-se aos milhares de itens do portfolio de um super-mercado desta dimensão áreas para nichos em ascensão, como produtos orgânicos e mais de mil itens importados de países como Itália, Chile, Argentina, Portugal e Espanha.

Da visita ao Beal/Festval da Avenida Brasil chega-se fácil a uma conclusão: não há mais di-ferença na experiência de com-pras em Cascavel, Curitiba ou qualquer capital europeia. Os afinados integrantes do quinteto Beal (Rubens, Paulo, Carlos, Wilson e Flavio), abençoados pela Mamma Bia, nivelaram por cima o nível de atendimento e a qualidade do varejo local.

Apostando naprodução própria

Diferenciaisl Além de uma adega re-

pleta de rótulos selecionados ao redor do mundo, todas as unidades Festval possuem um sommelier à disposição para tirar dúvidas e indicar os melho-res vinhos de acordo com o seu paladar e o momento.l Ficou com dúvida na hora

de escolher o melhor corte para o churrasco ou para aquela re-ceita especial? Conte com um consultor de açougue, sempre à disposição para indicar as me-lhores opções.l Em lojas Festval como a

recém-repaginada da Avenida Brasil, você pode conhecer o espaço idealizado para receber degustações e harmonizações de vinhos, aulas e diversas ou-tras ações, além de uma deli-ciosa cafeteria e um buffet com receitas especiais.

Novas unidadesl São muitas obras para

conduzir até novembro próximo. É para esta data que o grupo espera entregar, remodeladas, as lojas Beal/Festval da Aveni-da Brasil com Castro Alves e da Rua Carlos Gomes, em Casca-vel. Também neste mês a rede pretende ter adequadas para o conceito Festval as quatro lojas adquiridas em Curitiba do grupo Pão de Açúcar. l A decoração de interior,

comunicação visual e novos layouts internos e externos são assinados pela Sasis Arquitetura e Consultoria, da arquiteta curi-tibana Sabrina Slompo.

Definitivamente, não se trata mais somente de vender alimen-tos. São multicanais, e-commer-ce, cafeteria, prato pronto, pada-ria sem glúten e espaço gourmet, entre outros inúmeros produtos e serviços ofertados.

Detalhe rapidamente obser-vado ao adentrar na loja são gon-dolas baixas, colocando pessoas e produtos no mesmo campo visual e notável efeito de acon-chego propiciado por detalhes especiais, com a iluminação.

Tudo é meticulosamente pensado para criar um ambiente mais leve, algo que remete para um parque. A propósito, par-que ajardinado. A floricultura tornou-se um cartão de visitas.

“Trazemos as flores direto dos maiores produtores do Bra-sil, em Holambra (SP). Compra-mos em grandes quantidades, o que resulta em melhores preços para os clientes e maior varieda-de”, reforça Rubens Beal.

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Gugu lá...Cascavel tem mais um

representante na Assem-bleia Legislativa do Paraná. O suplente Gugu Bue-no (foto) assumiu a vaga aberta por Marcel Miche-letto, alçado ao cargo de secretário de Administra-ção no governo Ratinho Júnior.

Hyundai Openl A Hyundai HMB de Foz

do Iguaçu é o mais novo inte-grante do Grupo Open, que já conta com seis concessionárias da marca coreana e também da Renault e Mitsubishi no Paraná.l A aquisição faz parte da

nova configuração do grupo com o nome Hyundai HMB Open.l A concessionária em Foz

do Iguaçu está situada na Ave-nida Costa e Silva, 1065 – Alto São Francisco.

ERRATA - A nobilíssima quadra pertencente à família Beux, no imóvel em que funcionava o ata-carejo Stop, no alto da Avenida Brasil, está à venda por R$ 34 milhões, diferente do valor men-cionado aqui na edição anterior. O valor para locação do imóvel é de R$ 80 mil.

Frase“É preciso armar o povo com educação, cultura e ciência.”

l Luis Barroso, ministro do STF

CARTA DO LEITOR“Quero agradecer aos pro-

fissionais de saúde do UPA Bra-sília, Paid, Hospital São Lucas e Hospital do Coração, onde não faltaram empenho, carinho e dedicação com meu pai, que não resistiu e foi morar com Deus.”

l Valdir Flores

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10 de julho de 2020 06 l [email protected]

Revoga o decreto,governador Ratinho!

ANÁLISE

Jairo Eduardo - editor do Pitoco

Certa ocasião, desafiado por militantes da antiga União De-mocrática Ruralista (UDR), presidida pelo hoje governador de Goiás, Ronaldo Caiado, Roberto Requião, que na oca-sião chefiava aos gritos o Palácio Iguaçu, afirmou: “Se os gorilas da UDR colocarem as cabeças para fora eu irei decepá-las”.

Requião, ao meu ver, obteve merecida derrota eleitoral na dis-puta ao Senado, em 2018. Porém, gostando-se ou desgostando-se dele, uma coisa é certa: tinha au-toridade como governador.

Ratinho Junior baixou um

Ninguém deu bola para o comando emanado do Iguaçu; Requião ameaçou cortar cabeças

decreto de isolamento social que ninguém cumpre. E que ele, mes-mo com o aparato repressor do Estado em mãos, não consegue fazer cumprir.

Sem entrar no mérito da questão – se a decisão de fechar regiões do estado está correta ou não – cabe dizer com todas as palavras: revoga o decreto, Ratinho Júnior!

Ou sua autoridade política e administrativa estará, doravan-te, totalmente comprometida, e todos estaremos autorizados a descumprir suas ordens. Inclu-sive os gorilas...