casamento nos tempos bíblico

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CASAMENTO CULTURA JUDAICA / CRISTÃ · A CERIMÔNIA Depois da escolha pelo jovem ou pelos pais, era assinado o ketuba (o contrato de casamento) iniciava-se o noivado por um período de um ano, tempo para eles se conhecerem e para o noivo levantar o que tinha sido estipulado como dote. Após esse tempo Havia cerimônias públicas ou particulares; isso envolvia vestes especiais (ver Sal. 45:13,14); eram usadas joias ; a noiva cobria-se de véus (Gên. 24:65); eram usadas flores ou coroas de flores como decoração (ver Isa. 61:10; Apo. 19:8). O noivo tinha um amigo especial, e outros auxiliares ( Juízes 14:11; Mat. 9:15). Algumas vezes havia um cortejo honorifico (Macabeus 9:39; Mt 25.1). Também havia uma festa de casamento, usualmente efetuada na casa do noivo (Mat. 22:1-10; João 2:9). Não era feito um ritual religioso como nos dias de hoje, com a benção de um sacerdote, por exemplo, mas havia a benção dos pais e dos amigos (Tobias 7.15 e Gn 24.55-60; Rt 4.11). · KETUBA (O CONTRATO) Segundo a Mishna (chamada a Torá Oral . Provém de um debate entre os anos 70 e 200 por um grupo de sábios rabínicos), o matrimônio compreendia duas etapas: erusin e nissu’in. A primeira etapa é como um noivado já com a assinatura do contrato do casamento por duas testemunhas o Ketuba (contrato de casamento adornado), quando o noivo dizia “seja você consagrada a mim”, trata-se já de um compromisso que não se podia dissolver, a não ser com o divórcio ou a morte (Dt 24.1-3), mas não é ainda uma relação matrimonial. Algum tempo depois o matrimonio é concretizado, o nissu’in. Não era um ato automático, pois o consenso de ambas as partes era necessário.

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Page 1: Casamento nos tempos bíblico

CASAMENTO

CULTURA JUDAICA / CRISTÃ

· A CERIMÔNIA

Depois da escolha pelo jovem ou pelos pais, era assinado o ketuba (o contrato de casamento) iniciava-se o noivado por um período de um ano, tempo para eles se conhecerem e para o noivo levantar o que tinha sido estipulado como dote. Após esse tempo Havia cerimônias públicas ou particulares; isso envolvia vestes especiais (ver Sal. 45:13,14); eram usadas joias ; a noiva cobria-se de véus (Gên. 24:65); eram usadas flores ou coroas de flores como decoração (ver Isa. 61:10; Apo. 19:8). O noivo tinha um amigo especial, e outros auxiliares ( Juízes 14:11; Mat. 9:15). Algumas vezes havia um cortejo honorifico (Macabeus 9:39; Mt 25.1). Também havia uma festa de casamento, usualmente efetuada na casa do noivo (Mat. 22:1-10; João 2:9). Não era feito um ritual religioso como nos dias de hoje, com a benção de um sacerdote, por exemplo, mas havia a benção dos pais e dos amigos (Tobias 7.15 e Gn 24.55-60; Rt 4.11).

· KETUBA (O CONTRATO)

Segundo a Mishna (chamada a Torá Oral. Provém de um debate entre os anos 70 e 200 por um grupo de sábios rabínicos), o matrimônio compreendia duas etapas: erusin e nissu’in. A primeira etapa é como um noivado já com a assinatura do contrato do casamento por duas testemunhas o Ketuba (contrato de casamento adornado), quando o noivo dizia “seja você consagrada a mim”, trata-se já de um compromisso que não se podia dissolver, a não ser com o divórcio ou a morte (Dt 24.1-3), mas não é ainda uma relação matrimonial. Algum tempo depois o matrimonio é concretizado, o nissu’in. Não era um ato automático, pois o consenso de ambas as partes era necessário.

É encontrado também, na bíblia católica, uma referência a um contrato de matrimônio no livro de Tobias cap´.7, que acontece no contexto de 1Rs quando Jeroboão se encontrava como rei .Nesse capítulo Raguel, pai de Sara, dá sua filha a Tobias como esposa:

“Tobias 7.15 E, tomando a mão direita de sua filha, pô-la na de Tobias, dizendo: Que o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacó esteja convosco; que ele vos una e derrame sobre vós a sua bênção. 16 Tomou em seguida o papel, e redigiram o ato do matrimônio.” (Bíblia Ave Maria).

Referente ainda a existência de um contrato de casamento desde o AT, analisando os versículos acima citado juntamente com Dt 24:1e Mt 5:31 que nos fala da existência de uma carta de divórcio, fica mais claro o porque da exigência desse contrato matrimonial, pois se existe um de separação...

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AMASIADOS

Esse é o costume que prevalece em alguns países mediante o qual homens e mulheres vivem juntos, sem os laços legais do matrimônio, mas que, após certo tempo; chegam a casar-se legalmente, embora sem a cerimônia de noiva com véu e grinalda. A expressão também pode indicar um casamento consubstanciado por simples - acordo - entre os dois, o que pode ser afirmado através de um contrato escrito particular ou pelo fato de que estão vivendo juntos, embora sem o reconhecimento legal do estado e sem o apoio moral da igreja.

Esse tipo de aliança matrimonial era comum nos dias da conquista das fronteiras, na América do Norte (iniciada por volta de 1790 dc). A lei brasileira também reconhece a validade dessas alianças, principalmente se o casal chegar a ter filhos. De fato até o combinado é reconhecido por lei. Na Igreja Católica Romana também há alusão a esse tipo de casamento, dentro da lei canônica do matrimonium per verba de praesenti, isto é, “um casamento por meio de palavras referentes ao tempo presente”, contudo, não podem comungar.

· ÉTICA CRISTÃ

Mas há uma dúvida que sempre se levanta no meio eclesiástico. “É correto pessoas ‘amasiadas’ exercerem funções eclesiásticas?”

Precisamos analisar mais alguns textos, lembre-se da conversa que Jesus teve com a mulher samaritana, ele foi bem claro quando disse: “…o homem com quem você mora agora não é seu marido” (João 4:16-18). Confirmando o conceito de que não basta morar junto para se considerar casado, ou Paulo falando sobre o casamento “melhor casar do que abrasar-se” 1Co 7.9. Realmente o matrimônio deve honrar a Deus, e devemos lutar ao máximo para não trazer nenhuma mácula ao nosso leito (Hb 13.4).

Mas e aqueles que estão juntos e não conseguem legalizar sua união, até mesmo por motivos legais, motivos que estão fora do seu alcance? Vamos ajuda-los a enterrar os seus “talentos” (Mt 25.15-13)? Creio que nesses casos, cujo qual o casal já buscou todos os meios, se esforçando ao máximo para sanar a situação e mesmo assim não encontraram solução, acredito que nesses casos possa haver uma exceção.

UMA DICA NA ESCOLHA DO SEU CÔNJUGE

O SENHOR nos avisa sobre o coração enganoso que temos (Jr 17.9; Jó 31.27), logo não podemos deixar ser levados somente por nossos sentimentos, em uma escolha tão importante como essa, que é para a vida toda, ou ao menos deveria ser, e que envolve outras vidas, como a de filhos. A escolha do cônjuge é algo que devemos analisar com muita cautela, buscar conhecer a pessoa amada ao máximo e estar sempre com os “joelhos

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no chão”, desta forma estaremos mais seguros para tomar a decisão mais certa acerca do assunto. Assim SENHOR nos fala através de Salomão:

“Pv 2.1 Filho meu, se aceitares as minhas palavras, e esconderes contigo os meus mandamentos,2 Para fazeres o teu ouvido atento à sabedoria; e inclinares o teu coração ao entendimento... 11 O bom siso te guardará e a inteligência te conservará 12 Para te afastar do mau caminho, e do homem que fala coisas perversas 16 Para te afastar da mulher estranha, sim da estranha que lisonjeia com suas palavras”

Que DEUS te ilumine.

Bibliografia

http://www.abiblia.org/ver.php?id=804#.VIXjCsmOZqA

http://arlesmarques.blogspot.com.br/2011/08/casamento-nos-tempos-de-jesus.html

http://cadadiamelhor-taniat.blogspot.com.br/2011/07/casamento-nos-tempos-biblicos.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mishn%C3%A1

https://www.youtube.com/watch?v=WiVSxaOUrSs

http://estudosgospel.com.br/estudo-biblico-polemico-dificil/amasiados-qual-a-posicao-da-igreja.html

Enciclopedia_de_Bíblia_Teologia_e_Filosofia_vol.1&vol.4_R.N Champlim

18/03/2015