cartilha_propriedade intelectual proteção de cultivares

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  • 5/9/2018 CARTILHA_Propriedade Intelectual Proteo de Cultivares

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    site: www.apta.sp.gov.br Serie Tecnologia APTA ISSN 1982-9906

    APTA Sao PauloAv. Miguel Stefano, 3900 - Agua Funda - Sao PauloCEP: 04301-903Telefones: (11) 5067.04471 5067.0448Fax: (11) 5073.0081

    Manual Tecnico DGE, 01

    APTA CampinasAv. Brasil, 2340 - Jardim Chapadao - Campinas - Sao PauloCEP: 13070-178Telefones: (19) 3743.1693/3743.1667Fax: (19) 3743.1690

    PROPRIEDADE INTELECTUALPROTECAo DE CULTIVARES

    Juliana Rolim Salome TeramotoJuliana Valle Teixeira

    Departamento de Gestae EstrateqicaCampinas, 2008GOVERNO DO EST ADO DEsAo PAULOTRABALHANDO POR VOe!

    http://www.apta.sp.gov.br/http://www.apta.sp.gov.br/
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    GOVERNO DO ESTADO DE sxo PAULOSECRETARIA DE AGRICUL TURA E ABASTECIMENTOAGENCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGOCIOSDEPARTAMENTO DE GESTAO ESTRATEGICANUCLEO DE INOVA

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    TERAMOTO, Juliana Rolim SalomePropriedade intelectual: protecao cultivar; por Juliana Rolim Salome

    Teramoto e Juliana Valle Teixeira. Campinas, APTAJDepartamento de GestaeEstrategica,2008.

    27p. (Serie Tecnologia APTA, Manual Tecnico DGE 01/2008)ISSN 1982-99061.Propriedade intelectual. 2.Cultivar - Protecao. I .Teixeira , Juliana

    Valle , colab. II. Titulo. III . Ser ie ,o CDD338.73

    E permitida a reproducao, desde que citada a fonte.A reproducao total depende de anuencla expressa da APTA.

    EDITORIALA Serle Tecnologia APTA foi criada com a finalidade de difusaoconsolidada de informacoes viabilizadoras de aplicacao produtiva doconhecimento gerado e adaptado pela APTA, alern da divulqacao de normastecnicas fundamentais a certificacao da qualidade de produtos e processos nascadeias de producao dos agroneg6cios.Para tanto, foi inicialmente composta por manuais, monografias,instrucoes tecnicas e documentos.Na busca pela otirnizacao do emprego desses importantes veiculosde difusao de conhecimento e tecnologias definiram-se, atualmente, doisgrupos de publicacoes no ambito do Departamento de Gestae Estrateqica,dentro da Serle Tecnologia.Os Manuais que visam atender demandas internas da APTAconstituindo em referencias para processos administrativos, tecnicos e decornunicacao e objetivam normatizar procedimentos compromissados com aqualidade. Os Boletins que englobam monografias, instrucoes tecnicas edocumentos, por sua vez, visam atender demandas extern as a APTA, emespecial de empresarios, produtores aqropecuarios, tecnicos e estudantes.Constituem em veiculo de informacoes sobre tecnologias geradas no ambito daAPTA, mecanismos facil itadores da interacao APTA e setor privado, qestao dainovacao, financiamento de C&T,I, entre outros.Com a edicao do primeiro Manual Tecnico "Propriedade Intelectual,Protecao de Cultivares" atende-se as demandas detectadas de formacao einforrnacao dos integrantes da APTA e complementarmente cumpre-se afinalidade daAPTA DGE.

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    SUMARIOApresentacao 01lntroducao 02Propriedade Intelectual 04

    Propriedade Intelectual na APTA 05Protecao de Cultivares 06o que e Protecao de Cultivar? 06

    Quem da nome a cultivar? 20o que acontece quando 0 pedido e deferido? 20o que e licenciamento? 21Mesmo deferido 0 pedido, 0 pesquisador 21pode ser acionado novamente?Quais os direitos do titular da protecao 21de cultivar?Quais os deveres do titular ap6s 21aprovada a protecao de cultivar?o que e 0 UPOV? 07 Como e feita a protecao de cultivar quando 22a pesquisa foi realizada por varies melhoristas?Quais sao os criterios para obtencao 08da protecao de cultivar? Quais as leis que regem a area de 22Protecao de Cultivar?E possivel transferir a titularidade da 22protecao de cultivar

    o que pode ser protegido? 09Como e feito 0 pedido de protecao para as 14especles ainda nao cadastradas?Como se da a denorninacao de um cultivar? 14 Em quais casos pode-se perder 23protecao de cultivar?Para quais atos eu necessito da autorizacao do 17titular da protecao de cultivar? Como realizar 0 inicio do pedido 23da protecao na APTA?Quem deposita 0 pedido de protecao de 18cultivar e onde e feito? Saiba mais 25Quais os documentos necessaries para 0 18pedido de protecao de cultivar?

    Bibliografia Consultada 26

    Protecao e 0mesmo que registro de cultivar? 19Quanto tempo dura a protecao de cultivar? 19Qual 0 periodo para 0 pedido de protecao 20de cultivar ficar pronto?

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    Historicamente a propriedade intelectual tem como registro,que a primeira concessao as invencoes ocorreudurante a Idade Media em Bordeaux na Franca,por volta de 1236 quando concederam-se licencasde ate quinze anos para processos industriais de ~_J r- '----fJfabricacao e pintura. Desta data em diante, outrasconcessoes foram registradas, como a de 1330,tarnbern na Franca, para a instalacao de umafabrica de vidros. Em 1331 na Inglaterra foiconcedido um privileqlo para a introducao daindustria tecela e em 1406 em Florence, a licencade fabricacao a tres artesaos lombardos para afabricacao (com exclusividade) de pecas de metalpara a industria textll, por um periodo de 3 anos. Em 1416 FranciscoPetri requereu a concessao de uma patente para que pudesseconstruir moinhos de trigo os quais funcionavam com a uti lizacao daforca da aqua,A primeira lei tratando dessa materia e a Lei de 19de marco de1474 de Veneza, conhecida como a primeira lei de patentes. Apenasem 1623 a Inglaterra legislou nessa area, atraves do Estatuto dosMonop6lios, seguida do "Patent Act" primeira lei em materia deprivileqios do Congresso Americano (1770). Em Janeiro de 1809, 0alvara de Dom Joao VI foi 0marco inicial da protecao ao Inventor noBrasil , sendo em 1830 editada a primeira Lei de patentes brasi leira.Posteriormente, em 1875, surgiu a primeira lei de marcas brasileira.No ana de 1873 em Viena, houve 0 primeiro congressointernacional das patentes de invencoes, dando inicio as primeirasdiscussoes internacionais sobre 0 tema e em 1883 surge a primeiraconvencao internacional relacionada a propriedade industrial , queficou conhecida como a Convencao da Uniao de Paris. A Convencaode Paris que se baseava em alguns principios, apresentou problemasrelativos ao sancionamento de paises slqnatarios que naoefetivamente cumpriram as normas estabelecidas. Em 1967 surgiu aWIPO (World Intellectual Property Organization) ou OMPI(Orqanizacao Mundial da Propriedade Intelectual) orqao das NacoesUnidas que administra as reunioes diplornaticas entre os paises,contribui na formulacao de poli ticas globais e estimula a aquisicao deobras literarias e artfsticas estrangeiras, bern como 0 acesso ainforrnacao cientifica e tecnica.

    APRESENTAC;Aoo processo de inovacao tecnol6gica abrange umasequencia de atividades pelas quais a criatividade, as invencoes, 0conhecimento cientifico e principalmente 0 desenvolvimentotecnol6gico sao traduzidos em realidades fisicas que se tornamutilizaveis pela sociedade gerando bens, produtos e riquezas.Em visao moderna considera-se 0valor de instituicoes depesquisa nao s6 pelo seus bens tangiveis, como pelo valor demercado de seu conhecimento cientifico e pelas inovacoes,entendidas como tecnologias apropriadas pela sociedade, que gerou.Com esse foco a APTA organizou a APTA NIT que temcomo objetivo mais pratico atender as demandas de suas lnstltuicoesde pesquisa nas neqoclacoes de propostas e contratos de P&D,transferencia de tecnologia, licenciamentos de marcas, patentes ecultivares, estimular a protecao e cornercializacao do conhecimento,disseminar conhecimento e desenvolver politicas internas sobrepropriedade intelectual.Com esse prop6sito, os primeiros produtos da APTA NITsao manuais tecnicos, decodificados, que proporcionam asintormacoes necessarias para inicio de processo de protecao decultivares, obtencao de patentes, registro de marcas, orientacao sobrecontratos, entre outros.Os manuais sao informativos e nao dispensam aorientacao dos tecnicos da APTA NIT para despertar acoes de qestaoda propriedade intelectual.

    INTRODUC;Ao

    Joao Paulo Feijao TeixeiraCoordenador APTA

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    Em relacao a Convencao de Paris, algumas propostas foramatual izacoes e culminaram durante a ult ima rodada do Acordo Geralde Tarifas e Cornercio (GATT General Agreement on Tariffs andTrade) em 1994, na assinatura do acordo que trata dos direitos depropriedade intelectual relacionados ao cornercio TRIPS (TradeRelated Aspects of Intelectual Property Rights) que criou aOrqanizacao Mundial do Cornercio (OMC), assinado entre esta e aOMPI. Os paises slqnatarios deste acordo vern procurando adequaros pr6prios sistemas de propriedade intelectual as exiqenclas doTRIPS.

    PROPRIEDADE INTELECTUALA Propriedade Intelectual e um conjunto de normas, decretos eleis que regulam e garantem direitos sobre invencoes e criacoes emdiversos campos de atividade, constituindo um instrumento essencialna difusao do conhecimento e transformacao deste em beneficiospara a sociedade. No Brasil, existem tres formas de protecao:propriedade industr ial (concessao de patentes, registro de marcas,

    registro de desenhos industriais, indlcacoes qeoqraficas), direitos deautor (que incluem musicas, obras de artes, obras literarias eprogramas de computador) e as protecoes sui generis (como protecaode cultivares, transqenicos e dos conhecimentos tradicionais).

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    r t l . - r j ~ I ~ . . - - -, [: . 1: , '. 1":Figura 1.Propriedade Intelectual no Brasil

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    PROPRIEDADE INTELECTUAL NAAPTA PROTECAo DE CULTIVARESA APTA NIT visa introduzir a cultura de inovacao no cotidianodos pesquisadores, tornando mais claro e facil a protecao dos inventos(produtos e processos) gerados pela pesquisa, alern de contribuir naefetivacao de acordos para a lnstitulcao APTA e para ospesquisadores.AAPTA NIT tem como rnissao organizar, sistematizar, orientar,

    acompanhar e executar os trarnites previstos nas leis sobre apropriedade intelectual,subsidiando 0estabelecimento de uma politicainterna de propriedade intelectual e transferencia de tecnologia. Suaatuacao visa orientar os pesquisadores na elaboracao, noencaminhamento e acompanhamento dos pedidos de dep6sitos depatentes e protecao de cultivares, junto aos orqaos responsaveis. Osseus esforcos estao dirigidos a sensibilizar os pesquisadores aadotarem procedimentos relacionados a propriedade intelectual emseus projetos cientificos, pois somente com a protecao doconhecimento e da tecnologia, os direitos dos inventores e dalnstitulcao estarao assegurados; difundir material informativo sobre apropriedade intelectual; orientar sobre os procedimentos a seremadotados em parcerias e projetos que conduzam a inclusao dapropriedade intelectual; articular acoes com outros institutos,empresas e universidades para troca de experiencias: capacitar aequipe APTA e incentivar a transferencia do conhecimento e datecnologia para a sociedade, garantindo seu reconhecimento.

    A Lei de Protecao de Cultivares (LPC), quegarante os direitos dos obtentores de novas variedades "~#II~de vegetais, completou dez anos em 2007.

    .w. .e .aniTOdeo de lnuua!;;iD Temu lDg ica

    o QUE E PROTECAo DECULTIVAR (PC)?A protecao de cultivar tarnbern chamada de direito dosmelhoristas ou ainda internacionalmente Plant Breeder's Rights,constitui-se basicamente na outorga de um certificado que reconhecea propriedade intelectual sobre uma nova variedade de vegetal,resultante do trabalho de melhoristas de plantas. Neste contexto, aprotecao de cultivares tem como objetivo principal resguardar 0conhecimento cientifico, permitindo as pessoasfisicas e lnstltulcoe s que realizammelhoramento de plantas a cobranca deroyalties sobre as novas variedadescomercializadas, ressarcindo-os dosinvestimentos efetuados e motivando-os a dar continuidade ao processo depesquisa.Instituida pela Lei n?9.456, de25 de abril de 1997 e regulamentadapelo Decreto 2.366, de 5 de novembrodo mesmo ano, a LPC tarnbernconsolidou mais uma etapa doscompromissos firmados pelo Brasiljunto a Orqanizacao Mundial do Cornercio por meio do Acordo SobreosAspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados como Cornercio (ADPIC ou TRIPS). A protecao e delegada ao Mlnisterio daAgricultura, Pecuaria e Abastecimento (MAPA), mais especificamenteao Service Nacional de Protecao de Cult ivares (SNPC), que faz partedo Departamento de Propriedade Intelectual e Tecnologia daAqropecuaria (DEPTA), da Secreta ria de DesenvolvimentoAqropecuario e Cooperativismo (SDC).

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    o QUE E UNIAo INTERNACIONAL PARA PROTECAoDE OBTENCOEs VEGETAls (UPOV)?Por volta do ana de 1950 surgiu em varies paises europeus asprimeiras iniciativas para a elaboracao de leqislacoes especificas paraa protecao de novas variedades vegetais, com 0 objetivo deestabelecer um sistema mundialmente uniforme para a protecao dosdireitos dos melhoristas. Esse movimento consolida-se com a

    Conferencia de Paris em 1961, com a criacao da Uniao Internacionalpara Protecao de Obtencoes Vegetais (UPOV).o Brasil aderiu a Convencao desse organismo em abril de1999, em sua versao modificada de 1978, mais conhecida como aAtade 1978 da UPOV. Ap6s 1978, a UPOV aprovou uma novarnodificacao na sua Convencao, traduzida pela Ata de 1991, a qualfaculta aos paises que a ratificarem a estenderem 0direito do obtentorate 0 produto da colheita comercial, ou seja, 0 grao que vai para aindustria ou para 0 consumo, bem como produtos dele derivado. PelaAta de 1978, 0direito do obtentor s6 alcanca 0 produtor de sementes,ou, nao sendo produtor de sementes, 0 agricultor que tentar vender 0seu material como material de plantio. Esta disposlcao, aliada aobrigatoriedade de estender a protecao a todo 0 reino vegetal, sao asdiferencas fundamentais entre as duas Atas. A leqislacao brasileiratrouxe alguns dispositivos da Ata de 1991. 0 principal deles foi 0conceito de "cultivar essencialmente derivada" (definida na Lei como:a cultivar predominantemente derivada da cultivar inicial ou de outracultivar essencialmente derivada, sem perder a expressao de suascaracteristicas essenciais que resultem do gen6tipo ou dacornbinacao de gen6tipos da qual derivou, exceto no que diz respeitoas diferencas resultantes da derivacao).Como consequencla da adesao a UPOV, estabeleceu-se areciprocidade autornatica do Brasil com os demais paises membros. Apartir desse fato, todos os paises que fazem parte da UPOV obrigam-se a proteger cultivares brasileiras e, em contrapartida, 0 Brasiltarnbern obriga-se a proteger cultivares procedentes desses paises,facilitando 0 lntercarnbio de novos materiais gerados pela pesquisabrasileira e estrangeira. A UPOV tarnbern promove a harmonizacao deconceitos, documentos tecnicos, procedimentos administrativos alernde viabilizar cooperacoes tecnicas, com vistas a facilitar 0 intercarnbioentre os paises membros (SNPC,2006).o Brasil sancionou, em abril de 1997, a Lei de Protecao deCultivar (n. 9456), que protege as novas variedades vegetais pelo

    sistema sui generis, regulamentada pelo decreto 2.366 de novembrode1997.

    QUAIS sAo 05 CRITERIOs PARA OBTENCAo DAPROTECAo DE CULTIVAR?

    A cultivar tem que ser resultante de trabalho de melhoramentoe ser designada por uma denornlnacao qenerica (ha normasespecificas para a denorninacao, podendo ser encontradas na Lei9.456/97 e no Decreto 2.366/97), apresentando as seguintescaracteristicas:

    Novidade: 0 que significa que nao podem ter sidooferecidas a venda no pais, ha menos de doze meses emrelacao ao pedido de protecao ou nao houver sidocomercializada no exterior ha mais de 4 anos (ou 6 anosno caso de arvores e videira);Distinguibilidade: ou seja, a cultivartem que se distinguirdas demais variedades por uma caracteristica importanteou por varias caracteristicas, cuja cornbinacao Ihe de aqualidade de "variedade nova";Homogeneidade: a variedade tem que apresentar baixavariabilidade quando plantada, ou seja, plantas de umamesma variedade devem apresentar caracteristicasldenticas ou muito pr6ximas e,Estabilidade: as caracteristicas que descrevem a cultivardevem seras mesmas ao longo de sua reproducao,Os ultirnos tres requisitos sao comprovados atraves deexperimentos especificos denominados testes de DHE -distinguibilidade, homogeneidade e estabilidade. No Brasil osmelhoristas sao encarregados da execucao destes testes. Em outrospaises os testes sao realizados por autoridades governamentais quepodem enviar os resultados dos mesmos, mediante sol ici tacao doSNPC e pagamento de uma taxa a autoridade examinadora(SNPC,2006).

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    FlorestaisEucalipto(Genero: Eucalyptus - Sub-qenero: Symphyomyrthus -Secoes: Transversaria, Exsertaria, Maidenaria)Data da publicacao dos descritores: 04/02/2002

    oQUE PODE SER PROTEGIDO? Batata(Solanum tuberosum L.)Data da publicacao dos descritores: 05/11/1997Cafe( Goftea spp)Data da publicacao dos descritores: 21/11/2000Cana-de-acucart Saccharum sp)Data da publicacao dos descritores: 05/03/1998Cevada(Hordeum vulgare L. sensu lato)Data da publicacao dos descritores: 21/02/2002Feijao(Phaseolus vulgaris L.)Data da publicacao dos descritores: 05/11/1997Milho(Zea mays L.)Data da publicacao dos descritores: 05/11/1997Soja(Glycine max (L.) Merrill)Data da publicacao 03/05/2002.Sorgo( Sorghum spp)Data da publicacao dos descritores: 07/11/1997Trigo( Triticum aestivum L.)Data da publicacao dos descritores: 05/11/1997Data da alteracao nos descritores: 16/07/1998Triticale( Triticoseca/e Witt)Data da publicacao dos descritores: 20103/2002

    Todas as especles sao passiveis de protecao, desde que:1)seja uma nova cultivar,2) cultivaressencialmente derivada, e3) as cultivares nao enquadraveis nestes dois grupos cujospedidos de protecao sejam apresentados num prazo maximo de 12meses ap6s a divulqacao dos descritores da especle, e quando aprimeira cornerclallzacao da cultivar tenha ocorrido ha, no maximo 10anos da data do periodo de protecao,A nova cultivar e denominada comoaquela que nao tenha sido oferecida a vendano Brasil ha mais de doze meses em relacaoa data do pedido de protecao e que,observado 0 prazo de comerciallzacao, noBrasil, nao tenha sido oferecida a venda emoutros paises, com 0 consentimento doobtentor, ha mais de seis anos para especlesde arvores e videiras e ha mais de quatro anospara as demais especles", Ja a cultivaressencialmente derivada e denominada comosendo "Predominantemente derivada dacultivar essencial ou de outra cultivaressencialmente derivada, sem perder aexpressao das caracteristicas essenciais queresultem do gen6tipo ou da cornbinacao degen6tipo da qual derivou, exceto no que diz respeito as diferencasresultantes da derivacao": e tarnbern "claramente distinta da cultivarda qual derivou, por margem minima de descritores, de acordo comcriterlos estabelecidos pelo orqao competente".

    Ate 0momenta as especles incluidas no regime de protecao decultivares e que apresentam descritores no Brasil sao:

    ForrageirasAzevern Descricao: (Lolium multiflorum Lam. ssp. Italicum (A . Br.)Volkart; Lol ium mult if lorum Lam. ssp. nonalternativum; Loliummultiflorum Lam. var. westerwoldicum Wittm; Lolium multiflorum Lam.ssp. alternativum; Lolium perenne L.; Lolium boucheanum Kunth;Lolium x hybridum Hausskn e Lolium rigidum Gaudin)Data da publicacao dos descritores: 31/12/2007Brachiaria brizantha, B. decumbens, B. ruzizienses e hibridosData da publicacao dos descritores: 16/04/2001Brachiaria humidicoia, B. dictyonera e hibridosData da publicacao dos descritores: 16/04/2001Capim coloniao(Panicum maximum Jacq.)Data da publicacao dos descritores: 16/04/2001Capim dos pomares Descricao: (Oactylis glomerata L.)

    AgricolasAlgodao (Gossypium hirsutum L.)Data da publicacao dos descritores: 07/11/1997Arroz (Oryza sativa L.)Data da publicacao dos descritores: 05/11/1997Aveia (Avena spp)Data da publicacao dos descritores: 01/03/20029 10

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    Data da publicacao dos descritores: 31/12/2007Capim elefante (Pennisetum purpureum Schum. e hibridosinterespecificos com Pennisetum spp)Data da publicacao dos descritores: 16/04/2001Capim Lanudo(Holcus lanatus L.)Data da publicacao dos descritores: 01/11/2007Guandu(Cajanus cajan (L.) Millsp.)Data da publicacao dos descritores: 30108/2002Macrotyloma(Macrotyloma axil/are (E. Mey) Verdc. SINONiMIA:Oolichos axil/are E. Mey)Data da publicacao dos descritores: 19/12/2003Milheto(Pennisetum glaucum L. R. BR.)Data da publicacao dos descritores: 23/01/2003FrutiferasAbacaxi(Ananas comosus (L.)Merrill)Data de publicacao dos descritores: 17/09/2003Bananeira (Musa spp.)Data da publicacao dos descritores: 17/01/2003Kiwi {Actinidia Lindl.)Data da publicacao dos descritores: 17/10/2007Laranjeira( Citrus L.)Data da publicacao dos descritores: 21/12/2007Macieira frutifera (Malus spp)Data da publicacao dos descritores: 29/06/2000Macieira porta enxerto (Malus spp)Data da publicacao dos descritores: 24/11/2000Mangueira (Mangifera indica L.)Data da publicacao dos descritores: 23/09/2002Nectarineira(Prunus persica (L.) Batsch)Data da publicacao dos descritores: 15/01/2008Pereira europela frutifera (Pyrus communis L.)Data da publicacao dos descritores: 07/01/2003Pereira porta enxerto (Pyrus L.)Data da publicacao dos descritores: 21/01/2003Pessegueiro(Prunus persica (L.) Batsch)Data da publicacao dos descritores: 15/01/2008Tangerina(Citrus L.)Data da publicacao dos descritores: 15/02/2006Videira (Vitis spp)Data da publicacao dos descritores: 03/05/2001

    OlericolasAb6bora(Cucurbita spp.)Data da publicacao dos descritores: 28/04/2004Alface(Lactuca sativa L.)Data da publicacao dos descritores: 01/06/2001Alho(Allium sativum L.)Data da publicacao dos descritores: 13/12/2005Cebola (Allium cepa L.)Data da publicacao dos descritores: 09/03/2004Cenoura (Oaucus carota L.)Data da publicacao dos descritores: 27/07/2001Ervilha (Pisum sativum L.)Data da publicacao dos descritores: 13/12/2006.Morango (Fragaria spp.)Data da publicacao dos descritores: 14/02/2003Plmentao e Pimentas(Capsicum spp.)Data da publicacao dos descritores: 27/03/2006.Quiabo(Abe/moschus esculentus (L) Moench)Data da publicacao dos descritores: 03/02/2004.Tomate(Lycopersicon esculentum Mill.)Data da publicacao dos descritores: 01/12/2005.OrnamentaisAistroemeria (Alstroemeria L.)Data da publicacao dos descritores: 08/09/2005Amarilis(Hippeastrum Herb.)Data da publicacao dos descritores: 16/12/2003Anturio (Anthurium Schott)Data da publicacao dos descritores: 09/02/2004Aster(Aster L.)Data da publicacao dos descritores: 17/09/2003Begonia elatior(8egonia x hiemalis Fotsch.)Data da publicacao dos descritores: 23/07/2003Begonia Rex e hibridos(8egonia rex-hybrid)Data da publicacao dos descritores: 26/10/2007Brornella (Guzmania spp.)Data da publicacao dos descritores: 27/12/2002Calancoe(Kalanchoe Adans.)Data da publicacao dos descritores: 19/12/2003Cimbidio(Cymbidium Sw.)Data da publicacao dos descritores: 09/02/2004Copo-de-Leite(Zantedeschia Spreng.)

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    Data de publicacao dos descritores 14/11/2005Cravo(Oianthus L.)Data da publicacao dos descritores: 18/12/2003Crisantemo( Chrysanthemun spp.)Data da publicacao dos descritores: 01/08/2002Estatice(Limonium Mill., Goniolimon Boiss. e Psylliostachys (Jaub.&Spach) Nevski)Data da publicacao dos descritores: 18/09/2003Gerbera(Gerbera Cass.)Data da publicacao dos descritores: 16/09/2003Grama bermuda(Cynodon daction (L.) Pers)Data da Publicacao dos descritores: 15/09/2006Grama esmeralda e Santo Agostinho(Zoysia japonica Steud eStenotaphrum secundatum (Walt.) Runtze)Data da publicacao dos descritores: 25/06/2002Gipsofila( Gypsophila spp. )Data da publicacao dos descritores: 23/09/2004Hibisco(Hibiscus rosa-sinensis)Data da publicacao dos descritores: 23/07/2003Hiperico(Hypericum L.)Data da publicacao dos descritores: 03/09/2003Impatiens(lmpatiens walleriana Hook f.)Data da publicacao dos descritores: 19/12/2005Impatiens Nova Guine(lmpatiens XNova Guim)Data da publicacao dos descritores: 20/12/2005Lirio(Lilium L.)Data da publicacao dos descritores: 16/12/2003Poinsetia (Euphorbia pulcherrima Willd. Ex Klotzsch)Data da publicacao dos descritores: 01/10/2004Rosa (Rosa L.)Data da publicacao dos descritores: 26/03/2002Data da alteracao dos descritores: 29/03/2004Solidago (Solidago virga urea L.)Data da publicacao dos descritores: 23/07/2003Violeta (Saintpaulia H. Wendl.)Data da publicacao dos descritores: 23/07/2003Fonte: SNPC

    COMO E FEITO 0 PEDIDO DA PROTECAo PARA ASESPECIES AINDA NAo CADASTRADAS?De modo geral, sao priorizadas para inclusao no regime deprotecao as especles de maior interesse econ6mico para 0 pais oucom maior nurnero de pesquisas em melhoramento qenetico, aqui ouno exterior. A inclusao de especles no regime de Protecao deCult ivares e um processo relat ivamente complexo em alguns casos,

    mas pode ser muito simples em outros, especial mente quando ja setem um descritor consolidado e melhoristas disponiveis para trabalhara fim de adapts-los aos normativos internacionais. Ao mesmo tempo,exige envolvimento de varies setores, instituicoes e pessoas. Issoporque para 0SNPC estabelecer um descritor apropriado, ele deveraser validado pelos pesquisadores da area. No caso de especlesperenes, pode levar anos ate que tenha-se validado todas ascaracteristicas que vao compor um descritor. Os trabalhos demelhoramento qenetico em especles nativas brasileiras (excetoalgumas ornamentais) ainda sao muito incipientes nao chegando agerar ainda novas cultivares para lancarnento no mercado. 0 SNPCtem aproximadamente 14descri tores em andamento que conta com aparticipacao de diversos especialistas, inclusive da APTA lAC. A listadevera ser atualizada em breve, devendo ser acrescida de outrasdemandas:1. Amendoim2. Amendoim forrageiro3. Mandioca4. Marnao5. Maracuja6. Ameixa7. Arneixa/pesseqo porta enxerto8. Mamona9. Girassol10. Tabaco11. Noz peca12. Forrageiras temp. (6 generos)13. Citrus porta-enxertos14. Lim5esCOMOSE DAADENOMINACAO DE UMACULTIVAR?

    A denorninacao da cultivar e parte importante do processo de143

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    protecao, pois devera ser unica, pr6pria nao podendo haver duascultivares com a mesma denominacao. Os criterios a serem adotadosquando da proposicao de denornlnacao sao:a. a cultivar deve ter apenas uma unica denornlnacao, nao podendo,em qualquer hip6tese, ser expressa com denorninacao diferentedaquela com a qual foi protegida, ressalvadas as dlsposicoes doparaqrafo unico, do artigo 8 do Decreto n?2.366/97;b. efetivamente, a denorninacao da cultivar nao pode ser expressaapenas de forma nurnerica:c. a denorninacao nao pode ressaltar qualidades intrinsecas, que acultivar possua ou nao, com 0 objet ivo de auferir-Ihe atr ibutos que adestaque comercialmente ante as demais cultivares da mesmaespecle, Ex.: Carnpeao, Superprecoce, etc.d. 0 mesmo raciocinio se aplica quanta a procedencla da cultivar,vinculando-se sua denornlnacao a pontos geograficos notadamenteconhecidas. Ex.: Rio de Janeiro, RioAmazonas, Serra do Mar, etc.No ato de apresentacao do pedido de protecao, proceder-se-aa verificacao formal prel iminar quanta a existencia de sinonimia. Porocasiao da analise inicial do pedido de protecao, e determinado queseja verificada, formalmente, a existencia de sinonimia, ou seja, outracultivar de mesma denominacao, ou denorninacao assemelhada naescrita ou na locucao, dentre as preexistentes e as protegidas noBrasi l, ou constantes da l istagem das cultivares protegidas da UPOv.Comprovada a sinonimia, 0 pedido s6 tera continuidade ap6s 0interessado indicar outra denorninacao para a cultivar. 0 SNPC,sempre que necessario, consultara 0 Instituto Nacional de PropriedadeIndustrial - INPI, para verificar se a denorninacao proposta para acultivar consta como marca de produto ou service vinculado a areavegetal ou de aplicacao da cultivar, depositada ou ja registradanaquele insti tuto. Esse disposit ivo tem 0 objetivo de impedir que 0titular da protecao de cultivar, ap6s expirado 0 prazo da protecao,continue a beneficiar-se da cornerclal lzacao da mesma, por meio dosdireitos de marca.A denominacao da cultivar a ser protegida, devera constar deno minima uma palavra e, no maximo, tres, uma cornbinacaoalfanurnerica, uma cornbinacao de palavras e letras, ou umacornbinacao de palavras e nurneros ..." conforme descrito no artigo 7 doDecreto nO2.366/97.a. uma palavra; ex.: Santo; Padreb. duas palavras; ex.: Meio Dia; Noite Celestialc. tres palavras; ex.: Rio Monte Bonito; Granja do Torto

    d. uma comblnacao alfanumerlca, ou seja, dei. letras e nurneros, ex.: AB 4; BDE 56 ii. nurneros e letras, ex.: 78 A;123ADTa. uma cornbinacao de:i. palavras e letras ex.: Santo A; Santo AB; Meio Dia A; Meio DiaAB; Granja do Torto ABii. letras e palavras: ex.: A Santo; AB Santo; A Meio Dia; AB MeioDia; AB Granja do Tortoa. uma cornbinacao de:i. palavras e nurneros, ex.: Santo 3; Santo 56; Meio Dia 8; Meio Dia99; Granja do Torto 123ii. nurneros e palavras, ex.: 3 Santo; 56 Santo; 8 Meio Dia; 99 MeioDia; 123 Granja do TortoE importante ressaltar que 0 legislador nao possibi li tou auti lizacao de quaisquersinais qraf icos, a saber (): , ; . /? > < { } +_ - etc.,sendo assim, nenhuma denornlnacao que os contenha em suacornposicao podera ser aceita, visto a ilegalidade da situacao, Admite-se, no entanto, 0emprego de sinais qraficos nas palavras que assim osexijam, ex.: guarda-chuva, olho d'aqua etc.o titular do direito da protecao nao podera utilizar, comodenorninacao da cultivar, uma desiqnacao que:a) nao permita a ldentiflcacao da cultivar;b) seja suscetivel de inducao a erro ou a confusao quanta a origem, aprocedencla, as caracteristicas, ao valor ou a identidade da cultivar, ouquanta a identidade do obtentor;c) seja identlca ou possa confundir-se com outra denornlnacao quedesigne uma cultivar preexistente de uma mesma especle botanica oude uma especle semelhante;d) seja ldentica ou possa confundir-se com outra desiqnacao sobre aqual um terceiro possua direito de protecao anterior;e) seja contraria a moral e aos bons costumes;f) se refira unicamente a atributos comuns de outras cultivares damesma especle, ou seja, a denorninacao da cultivar nao podera sercomposta apenas por uma palavra que ressalte atributos que saocomuns a outras cultivares da mesma especle, Ex.: longo, curto,

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    amarela, precoce, etc (comentado pelos tecnicos SNPC); ou para criacao de cultivares essencialmente derivadasg) conste de um nome botanico ou comum de umgenero ou especle:h) sugira que a cultivar derive de outra cultivar ou com essa estejarelacionada, quando este fato nao corresponder a realidade, segundocomentario dos tecnicos do SNPC, nao podera ser utilizada comodenornlnacao, ou fazer parte da denorninacao de uma nova cultivar oude uma cultivar essencialmente derivada, denorninacao de cultivarpreexistente ou protegida anteriormente, quando esse fato naocorresponder a realidade. Ex.: Sol e Sol Vivo.

    c) 0 pequeno produtor rural pode trocar ou doar as sementes por eleproduzidas a outro pequeno produtor rural, desde que nao 0 faca comfins comerciais.

    i) inclua termos como: variedade, cultivar, forma, hibrido, cruzamentoou traducoes dos mesmos;

    QUEM DEPOSITA 0 PEDIDO DA PROTECAo DECULTIVAR EONDE E FEITO?o pedido da protecao de cultivares e feito diretamente noSNPC (Service Nacional de Protecao de Cultivares), em Brasilia-DF,orqao responsavel pela ernissao dos certificados de protecao decultivares. 0 SNPC esta ligado ao Departamento de PropriedadeIntelectual e Tecnologia da Agropecuaria-DEPTA da Secretaria eDesenvolvimento Rural e Cooperativismo-SDC e tem como area desuporte 0 Laborat6rio Nacional de Analise, Diferenclacao ecaracterizacao de Cultivares-LADIC.o processo tem inicio com a protocol izacao da Solicltacao deProtecao no SNPC, ou seja, entrega dos documentos basicos parareivindicar 0 direito de propriedade intelectual sobre a cultivarmelhorada. Os documentos devem ser entregues pessoalmente no

    SNPC pelo Representante Legal.

    j) por motivos distintos, nao resulte como denorninacao qenerica dacultivar;I) reproduza, no todo ou em parte, marca de produto ou servicevinculado a area vegetal, ou de aplicacao da cultivar, ou marca not6ria.PARA QUAIS ATOS NECESSITA-SE DAAUTORIZACAoDOTITULAR DAPROTECAo DE CULTIVAR?

    Qualquer pessoa necessita da autorizacao do titular da PC,caso ela for:QUAIS OS DOCUMENTOS NECESsARIOS PARA 0PEDIDO DAPROTECAo DE CULTIVAR?

    OS documentos necessaries para dar 0 inicio ao pedido deprotecao no SNPC sao:- produzirou reproduziro material protegido- comercializar 0material protegido- exportar- importar- acondicionar para fim de propaqacao- armazenar para qualquerfim acima citado

    - Formulario de Solicltacao da Protecao de Cultivar, preenchidopelo Representante Legal- Formulario de Solicl tacao de Denorninacao preenchido peloRepresentante Legal-Relat6rio Tecnico Descritivo da Obtencao da Cultivar,preenchido pelo Representante Legal e pelo ResponsavelTecnico- Formularies dos descritores, preenchido pelo RepresentanteLegal e pelo Responsavel Tecnico- Declaracao deAmostra Viva, preenchido pelo RepresentanteLegal- Procuracao do titular da cultivar para 0Representante LegalComprovante de pagamento dataxa de solicitacao de protecaoTodos os documentos pert inentes para 0 inicio do processo

    Alei brasileira configura algumas excecoes:a) 0 agricultor pode reservar e plantar sementes em seuestabelecimento, vender ou usar para consumo pr6prio, produtoobtido do plantio do cultivar protegidob) 0 melhorista pode uti lizar 0 material como fonte de variacaogenetica, exceto 0 repetido usa da cultivar para formayaO de hibridos17 18

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    poderao ser obtidos diretamente no site da APTA, atraves do link daAPTANIT. QUAL E 0 PERioDO PARA 0 PEDIDO DA PROTECAoDE CULTIVAR FICAR PRONTO?PROTECAo E 0 MESMO QUE REGISTRO DECULTIVAR?

    C f J A protecao de cultivar nao e 0 mesmo que registro decultivar. Existe uma distincao entre protecao e registro decult ivares. A protecao, outorgada pelo SNPC, garante aoobtentor direitos de propriedade sobre a cultivardesenvolvida, permitindo receber royalties sobre acornercializacao do material protegido. Ja 0 registro e conferido pormeio da lnscricao da cultivar no Registro Nacional de Cultivares (RNC),sendo requisito necessario para a producao, 0 beneficiamento e acornercializacao de sementes e mudas de qualquer cultivar, naosomente das protegidas. A protecao estabelece a propriedade sobre acultivar, 0 registro habili ta as cultivares a cornerclallzacao, Sao,portanto, acoes independentes com finalidades distintas.

    QUANTO TEMPO DURAA PROTECAo DECULTIVAR?A protecao de cultivar viqorara, a part ir da data da concessaodo certi ficado Provis6rio de Protecao. Deste ponto em diante 0 prazode protecao e de 15 anos para a maioria das especles, podendoestender-se para 18 anos para as videiras, arvores frutiferas, arvoresornamentais e seus porta-enxertos. Ap6s estes periodos a cultivar caiem dominic publico.

    Figura 2: Esquema de pedido de protecao de cul tivarFonte: SNPC

    QUEM DANOMEAcULTIVAR?o nome da cultivar e dada pelo pr6prio solicitante da protecao etoda cultivar devera ter uma denornlnacao que a identifique. Estadenorninacao deve seguir alguns criterlos: ser unica, nao podendo serexpressa apenas de forma nurnerica: ter denorninacao diferente decultivar ja existente e a denorninacao nao devera induzir outrosaspectos diferentes de suas caracteristicas intrisecas ou deprocedencla.o QUEACONTECE QUANDO 0 PEDIDO E DEFERIDO?

    Uma vez obtido 0 Certificado Provis6rio de Protecao ou 0Certificado da Protecao de Cultivar, a APTA estabelece 0procedimento para 0 licenciamento da cultivar, 0qual devera abrangerfins que socialize a inovacao.19 20

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    o QUE E LlCENCIAMENTO?o licenciamento e uma autorizacao concedida ~)pelo(s) titular(es) da patente a uma ou mais empresas ~para fabricacao e cornerclal lzacao do ProdU~O 00coberto pel a protecao, Esse processo eefetuado atraves de contrato entre as partes interessadas que estipula prazos de (__;fabricacao, royalties a serem pagos, multas,etc. Tipicamente sao acordados percentuais de 1 a 5 % dofaturamento liquido relativo as vendas do produto.

    outra para exame.o onus da protecao da cultivar cabera ao titular, que tera umaanuidade. A anuidade da protecao da cultivar devera ser paga a partirdo exercicio seguinte ao da data da concessao da protecao, Os gastosiniciais para 0 requerimento do pedido e de R$ 200,00*, adicionando-se R$600,00 assim que forem realizadas as verificacoes preliminares.o valor da anuidade e de R$400,00 para a rnanutencao do certificado.*Valores de Nov/2007

    MEsMO DEFERIDO 0 PEDIDO, 0 PEsQUlsADORPODE sERACIONADO NOVAMENTE?Sim. 0pesquisador pode ser acionado novamente pelo SNPCpara demonstrar algum ponto do processo de obtencao da cultivar, 0qual pode ser importante para deferir ou nao pedidos presentes queestejam em andamento, entre outros.

    QUAIS 05 DIREITOs DO TITULAR DA PROTECAo DECULTIVAR?A protecao assegura a seu titular 0 direito a reproducaocomercial dentro do pais, impossibil itando terceiros a producao comfins comerciais, oferecimento a venda ou a cornerclallzacao domaterial protegido durante 0 prazo de protecao, sem autorizacaoprevia, cabendo algumas excecoes.Embora ainda nao tenha sido aprovada a Lei Estadual Paulistade lnovacao ja e da alcada do Coordenador da APTA, pelo artigo 112,inciso I,alinea "r", do Decreto nurnero 46.488, de 08 dejaneiro de 2002,decidir acerca do usa, por terceiros, mediante cessao onerosa ou nao,dos direitos de propriedade intelectual. A APTA decidlra sobre adestinacao dos recursos assim arrecadados, sendo que parte dessareceita, na forma ainda a ser regulamentada, cabera ao pesquisadorou pesquisadores que lograram desenvolvera cultivar.QUAIS 05 DEVEREs DO TITULAR APOs APROVADAAPROTECAo DE CULTIVAR?o titular da cultivar protegida, fica obrigado a manter, durante 0periodo da protecao, amostra viva desta a disposicao do orqaocompetente, sob pena de cancelamento do Certificado e tarnbern ficaobrigado a enviar ao orqao competente duas amostras vivas dacultivar protegida, uma para integrar a colecao de germoplasma e

    COMO E FEITAA PROTECAo DE CULTIVAR QUANDO APEsQUlsA FOI REALIZADA POR VARIOSMELHORlsTAs?Quando 0 processo de obtencao de uma nova variedade ereal izado por varias pessoas em conjunto, 0 direito de protecao eassegurado a cada uma delas. 0 pedido da protecao podera ser feitoem nome de todos os interessados participantes da pesquisa,possibilitando a todos 0direito de privileqio.

    QUAIS AS LEIS QUE REGEM A AREA DA PROTECAoDE CULTIVAR?Lei 9.456/97 Lei de Protecao de CultivaresDecreto 2.366/97Lei 10.711/03 Lei de Mudas e SementesLei 11.105/05 Lei de BiosseguranyaE POssiVEL TRANsFERIR A TITULARIDADE DAPROTECAo DE CULTIVAR?

    A titulariedade da protecao de cultivar podera ser transferidapor2 mecanismos:1. transrnissao inter vivos que refere-se aos casos de licencacompuls6ria, usa publico restrito, suspensao transit6ria oucancelamento de protecao.

    ~ 101> l C : J21 22

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    2. transmissao por sucessao legit ima, que ocorre em virtude de lei noscasos de ausencla, nulidade, anulabilidade ou caducidade detestamento. Essa transrnissao de propriedade deve ser requeridajunto aoSNPC.EM QUAIS CASOS PODE-SE PERDER A PROTECAoDE CULTIVAR?

    por elaborar e preencher esses documentos. 0pesquisador/melhorista e informado sobre 0 contrato deautores/inventores e da necessidade da assinatura deste para queseja encaminhado 0 pedido de protecao, A APTA NIT abre umprocesso exclusivo para esse pesquisador/melhorista, no qual ficaratoda a mem6ria do processo de protecao,De posse do contrato de autores/inventores e preenchidostodos os documentos necessaries para a protecao, a APTA NIT retirauma Guia de Recolhimento da Uniao, no site do Sistema Integrado deAdrninistracao Financeira SIAFI do Governo Federal, para pagamentoda taxa inicial de pedido da protecao de cultivares que posteriormentetem seu pagamento autorizado pelo NIT.De posse dos documentos preenchidos pelopesquisador/melhorista e da guia paga, 0 NIT encaminha adocurnentacao referente as cultivares ao SNPC.Protocolado, 0 pedido e arquivado juntamente com 0oficio e 0contrato de autores/inventores. 0 pesquisador/melhorista recebe umac6pia do protocolo para arquivo pr6prio.Cumpridos todos os trarnites necessaries para protecao decultivares a APTA NIT fica responsavel pelo acompanhamento domesmo.

    Pode-se perder a protecao:1. Quando 0 pedido for cancelado por renuncia do titular ou de seussucessores2. Pela expiracao do prazo de protecao estabelecido em lei3.Cancelamento do certificado de protecao pela perda dahomogeneidade e/ou estabilidade; ausencia do pagamento daanuidade da cultivar; a nao apresentacao ao SNPC e a naornanutencao da amostra viva; a cornprovacao que a cultivar apresentaimpacto desfavoravel ao meio ambiente.COMO REALIZAR 0 INiclO DO PEDIDO DE PROTECAoNAAPTA?

    Para atender a demanda do pedido da protecao de cult ivarestern-se os seguintes procedimentos:Ao procurar a APTA NIT para fazer a protecao de cult ivares 0pesquisador/melhorista e informado sobre os requisitos necessariespara fazer um pedido de protecao (DHE: Distinqtlibilidade,Homogeneidade e Estabilidade).o pr6ximo passo do pesquisador/melhorista, ap6s decidido porfazer a protecao, e elaborar um oficio solicitando a APTA NIT que 0auxilie com os procedimentos necessaries para a protecao eacompanhe seu pedido durante a sua vigencia no Service Nacional deProtecao de Cultivares - SNPC. Esse procedimento e necessario paraque 0escrit6rio tenha 0pedido do pesquisador/melhorista formalizadoe inicie os trarnites para a protecao de uma determinada cultivar.De posse do oficio, a APTA NIT passa um informativo para 0pesquisador/melhorista com todos os requisitos para elaborar 0formulario de protecao, formulario de denorninacao de cultivar,relat6rio tecnico descritivo, declaracao de existencia de amostra viva eDHE (descritores). Assim, 0 pesquisador/melhorista fica responsavel

    Prazos: 0 SNPC envia correspondencias para a tomada deprovldencias, tais como cumprimento de exiqencia (informacoescomplementares sobre a cultivar, por exemplo, que ~:"=:,_-';""f i c a r a sob a responsabilidade dopesquisador/melhorista), pagamento de certi ficadoprovis6rio, entrega de amostra viva, calendario devalidade da protecao da cultivar.Certificado Provis6rio: ap6s a analise do pedido, 0SNPC concede 0Certificado Provis6rio de Protecao, mediante 0 pagamento deretribuicao, condicionando a concessao do Cert if icado Definit ivo aentrega da amostra viva. 0 certificado definitivo nao precisa ser pago.Anuidades: ha um calendario de pagamento de anuidade, que eenviado pelo pr6prio SNPC ao requerente. 0 ~pagamento deve ser feito com antecedencia e acornprovacao do mesmo serenviada para Brasilia. $

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    Pagamentos: os pagamentos devem ser efetuados por Guia deRecolhimento da Uniao, retiradas no site da SIAFI. JAPAN PATENTE OFFICE (JPO) Escrit6rio de patentes do Japao.http://www.jpo.go.jp/INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INTELECTUAL ( IN P I)Escrit6rio de patentes do Brasil. Fornece 0 acesso ao banco dedados sobre marcas e patentes depositadas no pais.http://www.inpi.gov.br/

    SAIBAMAIS ...

    INSTITUT NATIONAL DE LA PROPRIETE INDUSTRIELLE (IN PI) -Instituto de Propriedade Industrial da Franca.http://www.inpi.fr/inpi/accueil.htmhttp://www.mct.gov.br/legis INSTITUTO MEXICANO DE LA PROPIEDAD INDUSTRIAL (IMPI)Instituto Mexicano de Propriedade Intelectual.http://www.impi.gob.mx/web/index.htmlhttp://www.ibpi.org.brSERVICO NACIONAL DE PROTECAO DE CULTIVAR - orqaocompetente para a aplicacao da lei e para acatar os pedidos deprotecao de cultivares.http://www.agricultura.gov.br/

    CANADIAN INTELLECTUAL PROPERTY OFFICE - Escrit6rio dePropriedade Intelectual do Canada.http://patents1.ic.gc.ca/intro-e.html

    INTERNACIONAL UNION FOR THE PROTECTION OF NEWVARIETIES OF PLANTS (UPOV)- disciplina a atuacao da protecao decultivares em cerca de 65 paises.http: / /www. upov.inti

    THE PATENT OFFICE Escrit6rio de Propriedade Intelectual daInglaterra.http://www.patent.gov.uk/patenUindex.htm

    UNITED STATES PATENT AND TRADEMARK OFFICE Escrit6rio depatentes dos Estados Unidos da America.http://patents.uspto.gov/

    THE NEW ZEALAND COMPANIES OFFICE Escrit6rio dePropriedade Intelectual da Nova Zelandia.http://www.companies.govt.nzlsearch/cad/DBSSITEN.mainIP AUSTRALIA Escrit6rio de Propriedade Intelectual da Australia.http://www.ipaustralia.gov.au/

    INTELLECTUAL PROPERTY DIGITAL LIBRARY! WIPO BibliotecaDigital de propriedade Intelectual. Fornece acesso a varias colecoesde dados sobre propriedade intelectual mantidas pela OrqanizacaoMundial de Propriedade Intelectual (OMPI).http://pctgazette.wipo.int/

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

    EUROPEAN PATENT OFFICE Base de dados europeia. Permiterecuperar documentos de patentes na integra.http://ep.espacenet.com

    BELAS, C. Patentes e recursos naturais: qestao dapropriedade intelectual nas lnstltuicoes de pesquisa. Revista daAssociacao Brasileira de Propriedade Intelectual. Sao Paulo:ABPI,n.67, nov/dez2003, 34-44 p.CARVALHO, S.M.P., SALLES FILHO, S.L.M., PAULINO, S.R.Propriedade intelectual e orqanizacao da pesquisa e desenvolvimentovegetal: evidencias preliminares da implantayaO da Lei de ProteyaO de

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    http://www.jpo.go.jp/http://www.inpi.gov.br/http://www.inpi.fr/inpi/accueil.htmhttp://www.mct.gov.br/legishttp://www.impi.gob.mx/web/index.htmlhttp://www.ibpi.org.br/http://www.agricultura.gov.br/http://patents1.ic.gc.ca/intro-e.htmlhttp://www.patent.gov.uk/patenUindex.htmhttp://patents.uspto.gov/http://www.companies.govt.nzlsearch/cad/DBSSITEN.mainhttp://www.ipaustralia.gov.au/http://pctgazette.wipo.int/http://ep.espacenet.com/http://ep.espacenet.com/http://pctgazette.wipo.int/http://www.ipaustralia.gov.au/http://www.companies.govt.nzlsearch/cad/DBSSITEN.mainhttp://patents.uspto.gov/http://www.patent.gov.uk/patenUindex.htmhttp://patents1.ic.gc.ca/intro-e.htmlhttp://www.agricultura.gov.br/http://www.ibpi.org.br/http://www.impi.gob.mx/web/index.htmlhttp://www.mct.gov.br/legishttp://www.inpi.fr/inpi/accueil.htmhttp://www.inpi.gov.br/http://www.jpo.go.jp/
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    Cultivares. RER, Rio de Janeiro, vol 45, n01,jan/mar2007, 009-026 p.FURTADO, L.R. Sistema de propriedade industr ial no direitobrasileiro. Brasilia:Brasilia Juridica, 1996,239 p.GARCIA, S.B.F. A protecao juridica das cultivares noBrasil:plantas transqenica e patentes. Curitiba.Jurua, 2004.

    IACOMINI, v., et al. Propriedade intelectual e biotecnologia.Curitiba: Jurua, 2007, 220 p.SCHOELZ, S.H.C. Patentes, tr a ns qe n i c os eclonaqern.irnpllcacoes juridicas e bioetlcas. Brasil ia:Editora UNB,2002.SELEMARA, B.F.G.Aproteyc3o juridica das cultivares no Brasil.Curitiba: Jurua, 2007, 248 p.SNPC (Service Nacional de Protecao de Cultivares).lnforrnacoes aos usuaries do SNPC, 2006, 11p.VIEIRA, .C.P., BUAINAIN, A.M., SILVEIRA, J.M.F.J., JUNIOR,P.A.v. Protecao da biotecnologia na agricultura. Revista daAssociacao Brasileira da Propriedade Intelectual, 2007, 39-55 p.

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