cartilha para famÍlia no combate as drogas

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GOVERNO DO ESPÍRITO SANTO NOVOS CAMINHOS PRINCIPAIS REALIZAÇÕES EM 2012

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MATERIAL PARA FAMÍLIA CONVERSANDO SOBRE AS DROGAS

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Page 1: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

GOVERNO DO ESPÍRITO SANTO

NOVOS CAMINHOSPRINCIPAIS REALIZAÇÕES EM 2012

Page 2: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS
Page 3: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

GOVERNO DO ESPÍRITO SANTO

NOVOS CAMINHOSPRINCIPAIS REALIZAÇÕES EM 2012

Vitória, ES2013

Page 4: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Renato CasagrandeGovernador

Givaldo VieiraVice-Governador

Valésia PeroziniChefe de Gabinete

Tyago Ribeiro HoffmannGoverno

Aminthas Loureiro JúniorGestão e Recursos Humanos

Maurício Cézar DuqueFazenda

Robson Leite NascimentoEconomia e Planejamento

Rodrigo Marques de Abreu JúdiceProcurador Geral do Estado

Ângela Maria Soares SilvaresControle e Transparência

Klinger Marcos Barbosa AlvesEducação

José Tadeu MarinoSaúde

André de Albuquerque GarciaSegurança Pública e Defesa Social

Sérgio Alves PereiraJustiça

Álvaro Rogério Duboc FajardoExtraordinária de Ações Estratégicas

Helder Ignácio SalomãoAssistência Social e Direitos Humanos

Patrícia Gomes SalomãoMeio Ambiente e Recursos Hídricos

Enio Bergoli da CostaAgricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca

Iranilson Casado PontesSaneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano

Maurício José da SilvaCultura

Jadir José PélaCiência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho

Vanderson Alonso LeiteEsportes e Lazer

Antônio Alexandre dos Passos SouzaTurismo

Flávia Regina Dallapicola Teixeira MignoniSuperintendente Estadual de Comunicação Social

Nery Vicente Milani de RossiDesenvolvimento

Fábio Ney DamascenoTransportes e Obras Públicas

José Eduardo Faria de AzevedoExtraordinária de Projetos Especiais e Articulação Metropolitana

Luiz Carlos Ciciliotti da CunhaCasa Civil

Helvio Brostel AndradeCasa Militar

Page 5: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Este documento contém as informações elaboradas pelas Secretarias e demais ór-

gãos do Poder Executivo com o propósito de relatar, ainda que de forma resumida,

as atividades desenvolvidas durante o ano de 2012.

Tais informações subsidiaram o pronunciamento do Excelentíssimo Senhor Gover-

nador do Estado na Assembleia Legislativa do Espírito Santo perante os Excelen-

tíssimos Senhores Deputados Estaduais, atendendo ao que estabelece o Artigo 91,

XVII da Constituição Estadual.

Tendo em vista a melhor apresentação dos relatos, o documento está organizado

pelos oito comitês que correspondem aos elementos centrais na organização e

gestão dos programas e projetos executados no Governo Casagrande, a saber:

1. Melhoria da Gestão Pública e Valorização do Servidor;

2. Inovação e Desenvolvimento;

3. Integração Logística;

4. Desenvolvimento da Agricultura e Meio Ambiente;

5. Desenvolvimento da Educação, Cultura, Esportes e Lazer;

6. Atenção Integral à Saúde e Proteção Social;

7. Desenvolvimento da Infraestrutura Urbana; e

8. Prevenção e Redução da Criminalidade.

Page 6: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS
Page 7: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Sumário

Crescendo do nosso jeito ...................................................................................................... 7

Introdução ............................................................................................................................. 11

1. Contexto econômico ............................................................................................. 13

Crescimento Econômico ................................................................................................ 16

Atividade Econômica ...................................................................................................... 21

Finanças Públicas ............................................................................................................ 29

2. Dimensões socioeconômicas, infraestrutura e logística...................... 35

Educação ......................................................................................................................... 36

Saúde ............................................................................................................................... 40

Renda ............................................................................................................................... 43

Assistência Social ............................................................................................................ 46

Segurança Pública ........................................................................................................... 51

Infraestrutura ................................................................................................................... 56

Integração Logística ........................................................................................................ 60

3. Gestão para resultados ........................................................................................ 67

Mapa Estratégico ............................................................................................................ 68

Definição do Modelo de Gestão ................................................................................... 69

Estruturação de Programas e Projetos .......................................................................... 71

COMITÊ I Melhoria da Gestão Pública e Valorização do Servidor ................... 73

COMITÊ II Inovação e Desenvolvimento .............................................................. 87

COMITÊ III Integração Logística ............................................................................ 97

COMITÊ IV Desenvolvimento da Agricultura e Meio Ambiente ....................... 112

COMITÊ V Desenvolvimento da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer .... 125

COMITÊ VI Atenção Integral à Saúde e Proteção Social ................................... 133

COMITÊ VII Desenvolvimento da Infraestrutura Urbana ..................................... 144

COMITÊ VIII Prevenção e Redução da Criminalidade .......................................... 154

Page 8: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS
Page 9: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Crescendo do nosso jeito

A determinação de fazer um Governo voltado para quem mais precisa – ten-

do como base e objetivo estratégico a regionalização do desenvolvimento e a

redução das desigualdades sociais – foi o compromisso que assumimos com o

Espírito Santo. E hoje, dois anos depois de iniciado o trabalho, a marca da nossa

administração fica cada vez mais evidente nos resultados que estamos colhendo

em todas as áreas e em todas as regiões. São obras, ações e investimentos que

transformam para melhor a vida das famílias capixabas e abrem espaços cada

vez mais amplos para um processo de desenvolvimento integrado, equilibrado

e sustentável.

É bom lembrar que nada disso seria possível sem o novo modelo de gestão que

implantamos no Estado para garantir mais dinamismo, transparência e eficiência

à administração pública. Esse modelo – que tem como princípios fundamentais

a unidade de conceitos e objetivos, a integração das secretarias e a orientação

para resultados – foi determinante para a reestruturação, monitoramento e fis-

calização das rotinas do Governo e para que pudéssemos alcançar os resultados

que apresentamos agora à sociedade.

O que reunimos neste documento, de maneira sintética e substantiva, são os

principais frutos do esforço coletivo que realizamos para transformar o cenário

político, econômico e social do Espírito Santo, mesmo enfrentando as incer-

tezas da economia mundial e as perdas de receita produzidas por mudanças

fiscais e tributárias no plano nacional. E nunca, em nenhum momento da nossa

história, o Espírito Santo sofreu tantas e tão variadas ameaças de desestabiliza-

ção econômica. Afinal, em 2012, além da retração do comércio internacional,

que responde por cerca de metade das atividades econômicas capixabas, tive-

mos que enfrentar drásticas mudanças nas regras tributárias e fiscais, como a

redução das alíquotas interestaduais de ICMS para os produtos importados e a

proposição de novas bases para a distribuição dos royalties do petróleo.

7)

Page 10: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Foi um ano de luta intensa no Congresso Nacional e junto aos núcleos de de-

cisão do Governo Federal, para impedir ou minimizar os ataques desferidos

contra as finanças capixabas. Uma luta que uniu ainda mais as lideranças políti-

cas, econômicas e sociais do nosso Estado e mostrou ao Brasil a responsabilida-

de com que a administração pública é tratada no Espírito Santo. Respaldados

por essa união e pelo equilíbrio e responsabilidade com que conduzimos nossa

articulação nacional, conseguimos compensações importantes para as perdas

decorrentes das mudanças tributárias. Mas, sem dúvida alguma, o que nos per-

mitiu atravessar esse período de tempestade sem comprometer a dinâmica e as

metas da administração foi o modelo de gestão que implantamos.

Diante das ameaças que já se anunciavam no horizonte há

dois anos, planejamos uma administração orientada pela efi-

ciência, pelo máximo rigor na aplicação e controle dos recur-

sos públicos e pelo compromisso integral com o equilíbrio

financeiro e fiscal do Estado. E com base nessa eficiência e

nesse rigor conseguimos colocar em prática um conjunto de

investimentos que alcançou patamar inédito na história ca-

pixaba e cujos resultados apresentamos agora. Investimos,

em 2012, um bilhão, quatrocentos e vinte e oito milhões de

reais em obras e melhoria dos serviços, bem acima da meta

que nos propusemos alcançar. Um investimento que se tra-

duz em saúde, educação, segurança, habitação, saneamento

básico, qualificação profissional, assistência social, desenvol-

vimento urbano e infraestrutura para todos os capixabas, de

todas as regiões, dando corpo e significado concreto a essa

marca social que identifica e orienta nossa gestão.

8

)

Page 11: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Sem perder de vista as ameaças que ainda pairam sobre nosso futuro, todos os

dados com os quais trabalhamos indicam que o processo de crescimento eco-

nômico que vivemos hoje no Espírito Santo é consistente e sustentável. E, com

o lançamento do Programa Estadual de Desenvolvimento Sustentável – Proe-

des, firmamos alicerce sólido para garantir autonomia cada vez maior a esse

processo. Ou seja, mantendo o equilíbrio das finanças públicas, a eficiência da

gestão e a unidade política que construímos, ao mesmo tempo em que amplia-

mos nosso leque de parcerias locais, nacionais e internacionais, continuaremos

firmes na direção do horizonte de prosperidade, justiça e paz que projetamos

para o Estado.

Caminhando de maneira cada vez mais autônoma e segura

por essa estrada, vamos mostrando ao Brasil que o proces-

so de desenvolvimento capixaba não se dá por concessão,

nem se alimenta de oportunidades e riquezas que não nos

pertencem, pois tudo o que estamos conquistando aqui é

fruto do planejamento, da capacidade empreendedora e

da união da nossa gente. E é com esse espírito de união,

trabalho e confiança no futuro que seguiremos em frente,

2013 afora, construindo novas e melhores oportunidades

de crescimento pessoal, profissional e social para todos os

moradores, em todas as regiões do Estado.

Renato Casagrande

Governador do Espírito Santo

9)

Page 12: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS
Page 13: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Introdução

O início do período administrativo (2011-2014) ocorreu em um momento singular para o

Brasil e para o Espírito Santo em razão de incertezas no âmbito financeiro e econômico

mundial. No Brasil era possível perceber um cenário macroeconômico mais favorável,

embora, no Governo Federal, que também iniciava uma nova gestão, houvesse a reto-

mada de uma agenda de reforma tributária e de redistribuição de receitas entre os entes

federados que sinalizava perdas para o Governo do Espírito Santo. É nesse contexto

que se coloca o desafio de implementar um novo plano estratégico, consubstanciado no

documento “Novos Caminhos”, no qual o Governo Casagrande estabeleceu o seu com-

promisso em avançar na agenda da modernização institucional e de conduzir a transição

da sociedade capixaba para um novo patamar de qualidade de vida, com justiça social,

sustentabilidade e desenvolvimento regionalmente equilibrado.

Passados dois anos de Governo (2011-2012), algumas das ameaças que pairavam no

ambiente internacional e brasileiro se confirmaram. De um lado, a economia mundial

não conseguiu arrefecer os efeitos dos resultados negativos dos últimos anos. De outro,

no Brasil, o Governo Federal manteve a política de microgestão da conjuntura, com

medidas instantâneas de desoneração tributária de setores considerados estratégicos

(indústria automotiva, linha branca, construção civil etc.), usando, para tanto, da redução

de alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados, que deve ser compartilhado

com Estados (Fundo de Participação dos Estados) e Municípios (Fundo de Participação

dos Municípios). Além disso, a instituição de medidas como a Resolução nº 13/2012 do

Senado Federal, tornou sem efeito os benefícios concedidos a empresas com sede no

Espírito Santo que realizam operações de comércio exterior tributadas com Imposto so-

bre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de

Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) no Estado e empresas

industriais, também com sede no Estado, que fazem uso de insumo importado quando

operando pelo Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap).

Outras ameaças ainda seguem incertas, como a nova distribuição percentual do Fundo de

Participação dos Estados e, em especial, a discussão sobre novas regras de distribuição en-

tre os entes da Federação dos royalties e da participação especial devidos em função da

exploração de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, sobretudo, quanto à

imposição da redistribuição dos recursos advindos dos campos de exploração em operação.

Para melhor situar o ambiente no qual ocorrem as ações de Governo, primeiramente

apresentaremos a caracterização da economia e das dimensões do desenvolvimento

social do Estado do Espírito Santo neste momento histórico e, em seguida, apresentare-

mos os resultados colhidos até aqui.11

)

Page 14: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

12

)

Page 15: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

1. Contexto econômico

Page 16: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

O ano de 2012 pode ser caracterizado por um período de incertezas na econo-

mia mundial. Depois de dois anos de recuperação mundial desigual dos efeitos

da crise financeira ocorrida em 2008-2009, em fins de 2011, o crescimento da

produção voltou a desacelerar, principalmente nas economias desenvolvidas. O

desaquecimento da economia teve como principal causa a crise da dívida sobe-

rana na zona do euro e problemas fiscais em diversos países. Em 2012, as incer-

tezas econômicas persistiram, a recuperação da economia norte-americana foi

lenta e, além disso, ocorreu uma desaceleração na economia chinesa.

Diante desse cenário, as expectativas de crescimento mundial foram constan-

temente revisadas para baixo ao longo de 2012. Segundo o relatório do Fundo

Monetário Internacional (FMI)1, a projeção de crescimento anual mundial no iní-

cio do ano era de 3,9%. No relatório de abril, a taxa de crescimento passou para

3,5%, chegou a 3,3% em outubro e terminou 2012 com crescimento de 3,2%.

As economias emergentes são particularmente vulneráveis às condições da

economia internacional e, especialmente, dos países desenvolvidos. O Rela-

tório das Nações Unidas2 mostra que, a partir da segunda metade de 2011,

começou a ocorrer uma diminuição no ritmo de crescimento das economias

dos países emergentes e que os problemas enfrentados nas economias desen-

volvidas foram um dos principais fatores que influenciaram essa desaceleração.

Nesse sentido, o Brasil foi um dos países mais penalizados nas previsões de

crescimento do FMI, tendo sua expectativa de crescimento anual reduzida de

3,0%, no relatório de abril de 2012, para 1,5%, em outubro, e fechando o ano

com 1,0%. Como justificativa está o ambiente de incertezas, que reduz os in-

vestimentos, visto que esses países estão mais avessos ao risco. Além disso,

ocorreu uma redução no ritmo do comércio exterior, sendo que, no caso do

Brasil, temos a Europa, os Estados Unidos e a China como os principais parcei-

ros comerciais.

1 Fundo Monetário Internacional (FMI) – Relatórios Janeiro de 2012, Abril de 2012, Outubro de 2012 e Janeiro de 2013. Dados Disponíveis em: http://www.imf.org.

2 World Economic Situation and Prospects 2012 – Global economic Outlook. United Nations, New York, 2011; and World Economic Situation and Prospects 2013 – Global economic Outlook. United Nations, New York, 2012. Disponível em: http://www.un.org.

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)

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Com o intuito de impulsionar a economia e reduzir os efeitos adversos do ce-

nário internacional, o Governo Federal adotou, ao longo de 2012, uma série de

medidas econômicas. Uma das primeiras, iniciada ainda em meados de 2011,

foi a queda da taxa de juros, que foi reduzida continuamente, passando de

12,5% em julho de 2011 para 7,25% em outubro de 2012, permanecendo nes-

se patamar. Com esse resultado o ano de 2012 entrou para a história como o

período com a menor taxa de juros real já praticada no país. Essa forte redução

trouxe uma mudança na regra de remuneração das cadernetas de poupança e

criou uma pressão sobre os bancos públicos para baixarem os juros nos emprés-

timos para pessoas físicas.

Outra situação nova diz respeito à política cambial. Com o manejo flexível do re-

gime de câmbio flutuante, foi praticada uma espécie de “banda de flutuação”,

admitida entre R$ 2,00 a R$ 2,20 por dólar. Tal comportamento foi importante

para evitar a contaminação do real frente às políticas monetárias expansionistas

do dólar e do euro.

Além disso, a medida adotada pelo governo de desoneração da folha de pa-

gamento de setores selecionados teve por objetivo ampliar a competitividade

da indústria nacional, tanto por meio da redução do custo com mão de obra,

como por meio do estímulo às exportações. Não obstante, a medida também

reduziu a assimetria na tributação entre o produto nacional e importado e gerou

estímulos para maior formalização do mercado de trabalho3.

Essas iniciativas, aliadas à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados

(IPI), aqueceram o mercado interno e beneficiaram, sobretudo, o varejo.

No mais, é importante citar outras medidas anunciadas pelo Governo Federal

ao longo de 2012, como: a diminuição no valor da tarifa de energia, os inves-

timentos em infraestrutura e a perspectiva de leilões inteligentes para a acele-

ração das concessões das obras de infraestrutura, que terão efeitos no futuro.

3 Para maiores detalhes consultar a Cartilha de Desoneração divulgada pelo Ministério da Fazenda: http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/2012/cartilhadesoneracao.pdf

15)

Page 18: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Seguindo essa linha, o Governo do Espírito Santo também adotou medidas

para o estímulo da economia local e eliminação dos gargalos. Com uma visão

a mais longo prazo e com o intuito de aumentar a competitividade do Estado,

criando bases tecnológicas, foi lançado em 2012 o Programa de Desenvolvi-

mento Sustentável do Espírito Santo - Proedes. O programa foca na melhoria

da logística, da educação, da inovação, em incentivos ao desenvolvimento e na

criação de polos de desenvolvimento.

Medidas em nível regional mostram-se de extrema importância, visto que o

padrão de desaceleração no contexto doméstico e externo teve repercussão

sobre a atividade econômica do Estado. O Espírito Santo possui característica

de alto grau de abertura de sua economia, o que o torna mais sensível aos

acontecimentos internacionais. Ainda assim, o Estado apresenta estimativas do

crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) superiores às do Brasil, mas com

perdas mais acentuadas no setor industrial. A seguir, são apresentados alguns

indicadores do desempenho econômico do Estado no ano de 2012.

Crescimento Econômico

O Espírito Santo passou por um crescimento econômico real superior ao bra-

sileiro entre os anos de 2002 a 20124. Com exceção de 2004 e 2009, a taxa de

crescimento capixaba foi superior à nacional, com média, para o período de

2002 a 2011, de 5,6%, no Estado, e de 3,9%, no Brasil.

Após o recuo de 6,7% em 2009, a economia capixaba recuperou-se de forma

vigorosa, apresentando taxas de crescimento de 13,8% em 2010 e de 9,9% em

2011, superiores às nacionais, que foram de 7,5% e 2,7%, respectivamente.

Para o ano de 2012, as estimativas do Indicador Trimestral de PIB do Espírito

4 Ressalta-se que os valores para o Estado do Espírito Santo referentes aos anos posteriores a 2010 correspondem às estimativas do Indicador Trimestral de PIB do Espírito Santo, elaborado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), enquanto que os do Brasil correspondem às estimativas das Contas Nacionais Trimestrais. Os demais valores têm origem nas Contas Regionais do Brasil, calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o IJSN, para o Espírito Santo, e nas Contas Nacionais, para o Brasil. Em 2012, as taxas são acumuladas para os três primeiros trimestres do ano.

16

)

Page 19: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Santo, elaborado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), sugerem um

crescimento maior da economia estadual frente à nacional, uma vez que a taxa

de crescimento acumulado capixaba nos três primeiros trimestres registrou va-

riação de 1,4%, enquanto a nacional, variou 0,7%.

Gráfico 1 – Crescimento real do Brasil e Espírito Santo (2002 - 2012(1)) - Em %

BRASIL ESPÍRITO SANTO

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2010 2011 2012

2009

2,7

7,1

1,1 1,4

5,7 5,6

3,24,2 4,0

7,7

6,1

7,8

5,2

7,8

-0,3

-6,7

7,5

13,8

2,7

9,9

0,71,4

Fonte: IBGE, 2012; IJSN, 2012; Elaboração: IJSN, 2013(1) Valores acumulados nos três primeiros trimestres.

Com esses indicadores, o Espírito Santo também apresenta um PIB per capita su-

perior ao do Brasil desde 2004, superando também outras Unidades da Federa-

ção (UF). Em 2002, o Estado ocupava a sétima colocação no ranking dos Estados

brasileiros. Em 2007, chegou a atingir o quarto lugar entre as UF e, em função da

retração de 2009, caiu para sexto lugar e se manteve no mesmo patamar em 2010.

Gráfico 2 – Evolução do PIB per capita (R$) – Brasil e Espírito Santo (2002 - 2011(1)) - Em R$

BRASIL ESPÍRITO SANTO

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2010 20112009

8.457

8.323

9.619

9.534

12.184

10.874

14.131

11.910

15.610

13.014

17.652

14.465

20.231

16.293

19.145

17.195

23.379

19.766

25.848

21.254

Fonte: IBGE, 2012; IJSN, 2012; Elaboração: IJSN, 2013(1) O PIB per capita para o ano de 2011 foi calculado com base nas estatísticas do Indicador de PIB Trimestral do Espírito Santo, calculado pelo IJSN, e das Contas Nacionais trimestrais, do IBGE.

17)

Page 20: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Do ponto de vista da estrutura setorial, observa-se que o setor secundário ga-

nhou participação na economia local, saindo de 31,75%, em 2002, para uma

participação de 35,96%, em 2010. Em contrapartida, os setores primário e ter-

ciário perderam peso durante o período em análise. O setor primário passa de

uma participação de 8,15% para 6,32% e o setor terciário passa a ter 57,73% de

participação ante 60,10%, em 2002.

Gráfico 3 – Participação Setorial no Valor Adicionado Bruto (VAB) do Espírito Santo (2002 - 2010) - Em %

ATIVIDADES TERCIÁRIASATIVIDADES SECUNDÁRIASATIVIDADES PRIMÁRIAS

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

60,10 60,39 57,90 57,45 56,47 56,27 57,13 63,48 57,73

31,75 30,91 32,75 33,77 34,03 34,46 36,03 29,77 35,96

8,15 8,70 9,36 8,78 9,50 9,27 6,84 6,76 6,32

Fonte: IBGE, 2012; IJSN, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

Considerando as microrregiões do Estado do Espírito Santo, observa-se pa-

drões diferenciados em relação à participação no crescimento da atividade eco-

nômica. No Gráfico 4, estão expostas as participações de cada microrregião de

planejamento em relação à economia estadual, no período de 2002 a 2010. A

microrregião Metropolitana manteve a maior participação ao longo de todo o

período, apresentando uma tendência de crescimento, embora, em 2010, te-

nha perdido participação em relação a 2009. As regiões Caparaó, Sudoeste Ser-

rana e Central Sul foram as que apresentaram maior perda de participação na

economia estadual na média do período 2002-2010. Em contrapartida, a Litoral

Sul, microrregião com a economia vinculada principalmente à atividade de ex-

ploração de petróleo, apresentou ganho de participação relativa. Pelo Gráfico

4, percebe-se que essa foi a região que mais cresceu na estrutura da economia

estadual (participação de 3,9% em 2002 e de 9,4% em 2010).

18

)

Page 21: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Gráfico 4 – Participação das microrregiões administrativas no PIB Estadual em 2002 e 2010 e Taxa de variação média da participação relativa (2002 - 2010) - Em %

METROPOLITANA CENTRAL SERRANA SUDOESTE SERRANA LITORAL SUL CENTRAL SUL

CAPARAÓ RIO DOCE CENTRO-OESTE NORDESTE NOROESTE

-5% 0% 5% 10% 15%

PARTICIPAÇÃO DAS MICRORREGIÕES

2002

TAXA DE VARIAÇÃO MÉDIA 2002-2010

PARTICIPAÇÃO DAS MICRORREGIÕES

2010

62,1

1,5

2,23,9

6,1

2,5

9,6

4,75,0 2,3

63,2

1,41,7

9,4

4,7

1,87,9

3,94,0 2,0

Fonte: IBGE, 2012; IJSN, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

Na análise por setor, destacam-se as microrregiões Sudoeste Serrana e Capa-

raó, que aumentaram suas participações principalmente no setor de Serviços,

e a Litoral Sul, com destaque no setor Industrial, impulsionado pela exploração

comercial do petróleo na camada pré-sal. A Agropecuária foi a atividade que

mais perdeu participação no Valor Adicionado Bruto do Estado na comparação

entre 2002 e 2010. Nove entre as dez microrregiões registraram queda na par-

ticipação desse setor no PIB da região. Por outro lado, o setor de Serviços é

predominante na economia do Espírito Santo, principalmente nas regiões Cen-

tral Sul (62,85% em 2002 e 67,38% em 2010), Centro-Oeste (64,48% em 2002 e

67,16% em 2010) e Caparaó (60,16% em 2002 e 67,12% em 2010). A Indústria,

19)

Page 22: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

como já esperado, concentrou os maiores valores, em 2010, nas regiões Litoral

Sul (77,33%), Rio Doce (47,17%) e Metropolitana (33,47%) (Figura 1).

Figura 1 – Participação no Valor Adicionado bruto (VAB) por Setor em 2010

20

)

Page 23: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Atividade Econômica

O ano de 2012 foi desafiador para a atividade econômica brasileira. Em meio à

recessão da economia europeia, ao baixo crescimento dos Estados Unidos e à

desaceleração dos países emergentes, o desempenho da atividade econômica

ficou aquém do desejado, em especial ao que se refere ao setor industrial.

No fechamento de 2012, a indústria brasileira registrou retração de 2,68% em

relação ao ano anterior, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produ-

ção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O

Espírito Santo seguiu a tendência brasileira, no entanto, com maior intensidade,

e registrou queda de 6,30% no mesmo período.

O resultado decorreu tanto do desempenho negativo da Indústria Extrativa

(-1,64%) quanto da Indústria de Transformação (-9,63%), sendo que, nesta últi-

ma, os valores devem-se ao recuo da produção no setor de Metalurgia Básica

(-39,50%), uma vez que as atividades de Alimentos e bebidas (+0,62%), Mine-

rais não metálicos (+4,31%) e Celulose, papel e produtos de papel (+2,77%)

apresentaram variação positiva nessa base de comparação.

Tabela 1 - Taxa de crescimento acumulada de 2012, comparada a 2011, dos índices de Produção Industrial, Emprego Industrial, Número de Horas Pagas

na Indústria e Produtividade Industrial - Brasil e Espírito Santo

VariáveisProdução Industrial

Emprego Industrial

Horas Pagas na Indústria

Produtividade

Brasil Ind. Geral -2,68 -1,36 -1,88 -0,82

Ind. Extrativa -0,38 3,78 3,89 -4,10

Ind. de transformação -2,82 -1,49 -2,03 -0,82

Espírito Santo Ind. Geral -6,30 -1,37 -2,82 -3,57

Ind. Extrativa -1,64 5,83 4,78 -6,03

Ind. de transformação -9,63 -2,14 -3,65 -6,20

Alimentos e bebidas 0,62 -0,42 -1,10 2,07

Papel e gráfica 2,77 -9,72 -8,65 12,45

Minerais não metálicos 4,31 1,54 -3,05 7,57

Metalurgia básica -39,5 1,74 3,30 -41,71

Fonte: PIM-PF e PIMES/IBGE, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

21)

Page 24: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

O baixo dinamismo da atividade industrial repercutiu, em parte, sobre o nível

de emprego e de produtividade do setor. No acumulado de 2012, o emprego

industrial capixaba obteve declínio de 1,37%, decorrente de perdas na Indústria

de Transformação (2,14%). A Indústria Extrativa apresentou aumento de 5,83%.

Observa-se que a queda no emprego industrial do Estado foi mais suave que

a apresentada pela produção industrial. Esse fato, além de estar ligado à de-

fasagem de resposta do mercado de trabalho, explica-se pelo crescimento da

formalização da mão de obra nos últimos anos e da mão de obra qualificada

da indústria, ambos resultando em alto custo de demissão para as empresas.

Contudo, os dados mostram queda de 2,82% no número de horas pagas na in-

dústria em 2012, percentual superior ao apresentado na ocupação, o que indica

que parte do setor preferiu reduzir a jornada de trabalho em vez de dispensar

empregados.

Nesse contexto, os níveis de produtividade do trabalho tanto na indústria bra-

sileira quanto na capixaba percorreram uma trajetória declinante ao longo de

2012, em vista da queda no nível de produção industrial e da diminuição – mais

suave – no nível de horas pagas na indústria. No acumulado do ano, a produti-

vidade na indústria geral capixaba somou declínio de 3,57%.

Em contrapartida, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempre-

gados do Ministério do Trabalho e Emprego (CAGED/MTE) apresentaram re-

sultado positivo, com a abertura de 24.795 vagas formais de emprego em

2012. O dinamismo fraco da atividade econômica não causou perdas nos nú-

meros do mercado de trabalho formal, o que conferiu ao Estado um estoque

de 762.733 trabalhadores formais em 2012. Tal fato explica-se pelo perfil seto-

rial da produção, visto que, 78,7% dos empregos formais gerados referem-se

às atividades de comércio e serviços, naturalmente mais intensivas em mão de

obra, mas que também foram beneficiadas pela continuidade da expansão da

renda e do consumo.

22

)

Page 25: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Gráfico 5 – Evolução do Emprego Formal no Espírito Santo – 2003 a 2012, saldo líquido (admissões e demissões), acumulado do ano com declarações recebidas fora do prazo

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

16.726

41.58946.011

41.252

30.87134.120

26.052

39.627 40.975

24.795

Fonte: CAGED/MTE, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

Gráfico 6 – Contribuição dos setores econômicos para a geração de empregos formais no Espírito Santo, 2012

SERVIÇOS

COMÉRCIO

IND. TRANSFORMAÇÃO

CONSTRUÇÃO CIVIL

EXTRATIVA MINERAL

SERV. IND. UTIL. PUB.

AGROPECUÁRIA

ADMIN. PÚBLICA

-10% 0% 10% 20% 30% 40% 50%

44,59

34,12

11,28

10,56

2,11

-0,06

-0,29

-2,31

Fonte: CAGED/MTE, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

No que tange à renda, observa-se, ainda pelos dados do CAGED, que o salário

real médio do Espírito Santo atingiu R$ 944,64, em 2012, contra R$ 900,62, em

20115, apresentando um crescimento de 4,98%. Enquanto isso, o Brasil obteve

um salário real médio de R$ 1.011,77, em 2012, contra R$ 970,15, em 2011,

apresentando um crescimento de 4,29%.

A respeito do consumo, a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo

IBGE, aponta crescimento de 10,59% nas vendas do varejo capixaba no fecha-

mento do ano de 2012 frente ao ano de 2011. O crescimento está acima da

média nacional (8,44%). Entre as atividades pesquisadas, todas apresentaram re-

sultados positivos, com destaque para Outros artigos de uso pessoal e doméstico

5 A preços de 2012, deflacionados pelo IPCA.

23)

Page 26: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

(33%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (13,77%). Do mesmo modo, a receita

nominal de vendas apresentou resultado positivo, com variação de 15,20% em

2012. Com relação ao varejo ampliado – que, além do varejo, inclui as atividades

de Veículos, motocicletas, partes e peças e Material de construção –, a variação

foi de 2,86% para o volume de vendas no acumulado no ano.

Tabela 2 - Variação (%) no Volume de Vendas e no Volume de Receita do Comércio Varejista Ampliado do Espírito Santo e Brasil, 2011/2012

AtividadesVolume de

VendasReceita Nominal

Varejo - Brasil 8,44 12,29Varejo - Espírito Santo 10,59 15,20 Combustíveis e lubrificantes 11,95 11,10

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo 7,81 15,13

Hipermercados e supermercados 7,68 14,91

Tecidos, vestuário e calçados 8,24 13,46

Móveis e eletrodomésticos 10,72 12,39

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos 3,87 6,65

Livros, jornais, revistas e papelaria 13,77 14,72

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação 12,97 6,43

Outros artigos de uso pessoal e doméstico 33,00 36,08

Varejo Ampliado - Brasil 8,03 9,48Varejo Ampliado - Espírito Santo 2,86 4,43 Veículos, motocicletas, partes e peças - 5,92 - 6,98

Material de construção 23,12 24,68

Base: Igual período anterior

Fonte: IBGE, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

O mercado internacional tem sido outro elemento desafiador para a economia

do Espírito Santo. A evolução do comércio exterior do Estado em 2012 pode

ser caracterizada como um período de adaptação das empresas locais frente

aos fatos econômicos e regulatórios que incidiram sobre a economia do Brasil

e do mundo durante o ano.

Localmente, as principais empresas ligadas ao setor externo paralisaram, tem-

porariamente, inclusive para manutenção, a produção de algumas de suas plan-

tas, monitorando uma possível diminuição da demanda externa. Com isso, em

2012, tanto o segmento exportador quanto o importador (com a diminuição

da compra de insumos) apresentaram redução em seu valor transacionado em

relação ao ano de 2011. É importante frisar que 2011 foi um ano propício à ativi-

24

)

Page 27: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

dade de comércio exterior, caracterizado como o melhor ano da série histórica,

tanto para exportações quanto para importações (Gráfico 7).

As exportações capixabas, em 2012, registraram um montante de US$ 12,16

bilhões, o que equivale a uma redução de 19,8% em relação a 2011 e um au-

mento de 1,7% em relação ao ano de 2010. Esse resultado situa o ano de 2012

como o segundo melhor da série história de exportações, um desempenho

superior e marcante, dado o cenário turbulento descrito anteriormente. As

importações, por sua vez, somaram US$ 8,70 bilhões em 2012, o que repre-

sentou uma queda de 18,9% em relação a 2011, e um aumento de 14,5% no

comparativo a 2010. Assim como ocorreu com as exportações, as importações

em 2012 alcançaram o segundo melhor resultado da série histórica, perdendo

apenas para 2011.

Gráfico 7 – Exportações, Importações e Saldo Comercial (em US$ Bilhões), Espírito Santo, 2006 a 2012

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

6,72

4,90

1,83

6,87 6,64

0,23

10,108,61

1,49

6,515,48

1,03

11,95

7,60

4,36

15,16

10,74

4,42

12,16

8,70

3,46

EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO SALDO

Fonte: SECEX/MDIC, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

Em relação ao saldo comercial (diferença entre exportações e importações), o

Espírito Santo fechou o ano de 2012 com superávit de US$ 3,46 bilhões, refle-

tindo uma baixa de 21,71% em relação a 2011 (US$ 4,42 bilhões). Entretanto,

ressalta-se que o saldo comercial do país apresentou queda de 34,78% na mes-

ma base de comparação, saindo de US$ 29,79 bilhões em 2011 para US$ 19,43

bilhões em 2012. Dessa forma, apesar de o saldo comercial do Estado ter regis-

trado queda, essa redução foi menor que a ocorrida em nível nacional. Assim, a

participação do Espírito Santo no saldo comercial brasileiro passou de 14,84%

em 2011 para 17,82% em 2012.

25)

Page 28: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Gráfico 8 - Destinos e origens das exportações e importações Espírito Santo - 2012 - Participação - Em %

CHINA

PAÍSES BAIXOS (HOLANDA)

JAPÃO

ITÁLIA

CANADÁ

ESTADOS UNIDOS ARGENTINA

MALÁSIA

COREIA DO SUL

EGITO

DEMAIS

ESTADOS UNIDOS

COREIA DO SUL

ALEMANHA

MÉXICO

ARGENTINA

CHINA REINO UNIDO

CANADÁ

ITÁLIA

URUGUAI

DEMAIS

14,723,3

14,2

8,55,54,4

4,24,2

3,9

3,2

3,1

25,5

8,8

8,3

5,7

4,94,74,54,3

4,23,5

36,5EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO

Fonte: Secretaria de Comércio Exterior (SECEX/MDIC)

Elaboração: Coordenação de Estudos Econômicos (CEE/IJSN)

Destacam-se como principais mercados compradores dos produtos capixa-

bas, em 2012, os Estados Unidos, com 14,7% do total exportado, seguido

pela China, com 8,8%, e pela Holanda, com 8,3% (Gráfico 8). Entre os pro-

dutos mais exportados, tem-se a exportação de petróleo bruto destinado

às refinarias norte-americanas, o minério de ferro comprado pelas empresas

chinesas e os produtos siderúrgicos destinados à Holanda, importante en-

treposto comercial para o continente europeu. Já as importações provieram

principalmente da China (23,3%), dos Estados Unidos da América (14,2%) e da

Coreia do Sul (8,5%). No topo do ranking do grupo de produtos6 com maior

participação nas importações do Estado em 2012 está Automóveis, camio-

netas e utilitários (14,05%), em segundo lugar ficou o grupo Carvão mineral

(8,94%), e em terceiro lugar, Máquinas e equipamentos de uso na extração

mineral e na construção (5,20%).

6 Segundo a classificação da CNAE 2.0 – grupo.

26

)

Page 29: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Por sua vez, os anúncios de investimentos públicos e privados superiores a R$ 1

milhão no Estado do Espírito Santo continuaram aquecidos, alcançando a marca

de R$ 100,7 bilhões para o período de 2011 a 2016, o maior valor da série his-

tórica. Esse montante encontra-se distribuído em 1.373 projetos que alcançam

todos os 78 Municípios do Estado.

Os estudos realizados pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) apontam

que esses investimentos estão distribuídos entre dez setores produtivos e de

serviços no Estado, com destaque para o setor de Infraestrutura, que agrega

a maior parcela dos investimentos no período. Esse resultado vem se consoli-

dando ao longo dos últimos anos e apresenta o setor como um dos principais

fatores para o desenvolvimento estadual.

Nesse sentido, o setor de Infraestrutura corresponde ao agregado dos subse-

tores de Energia (40,3%), Terminal Portuário/Aeroporto e Armazenagem (6,5%)

e Transporte (6,1%), que, somados, representam 52,4% do valor previsto em

investimentos para o Estado no período avaliado (2011-2016). No setor de

Energia, os investimentos estão basicamente distribuídos em petróleo, gás e

energia elétrica.

Outro setor em destaque no período citado foi a indústria. Os investimentos

anunciados somam R$ 32,7 bilhões, distribuídos em 82 projetos. Esse montante

representa 32,8% do total previsto no Estado, sendo inferior apenas ao setor

de Energia, com R$ 40,6 bilhões. Dentro da Indústria, destacam-se projetos nas

áreas de siderurgia, pelotização, indústria química, celulose e papel, automobi-

lística, metalmecânica e alimentos.

O gráfico a seguir apresenta a distribuição setorial dos investimentos anuncia-

dos para o Espírito Santo no período 2011-2016.

27)

Page 30: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Gráfico 9 - Participação (%) dos investimentos públicos e privados anunciados para o Espírito Santo, segundo setores, 2011-2016

TERM. PORTUÁRIO / AEROPORTOE ARMAZENAGEM

TRANSPORTE

INDÚSTRIA

COMÉRCIO / SERVIÇO E LAZER

SANEAMENTO / URBANISMO

EDUCAÇÃO

MEIO AMBIENTE

SAÚDE

SEGURANÇA PÚBLICA

ENERGIA

40,3

6,56,1

32,5

7,33,9

1,20,8 0,8

0,6

Fonte: IJSN, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

Do total de investimentos previstos para serem realizados até 2016, verificou-

-se que 51,8% (R$ 52,1 bilhões) encontram-se em fase de execução. Os outros

48,2% (cerca de R$ 48,6 bilhões) encontram-se em fase de oportunidade7 para

serem executados.

É importante destacar que, do total de investimentos previstos para o Es-

tado, cerca de 92,9% da carteira de projetos estão voltados para a implan-

tação de novos projetos, e outros 7,2% correspondem a ampliação ou a

modernização daqueles já existentes. Esse resultado traz maior robustez à

economia local, pois fortalece e amplia a capacidade produtiva e de serviços

no Estado.

Na distribuição regional dos investimentos, dos R$ 100,7 bilhões anunciados

para todo o Estado (2011-2016), a microrregião Litoral Sul absorveu a maior

parcela desse montante (45,5%), o que representa R$ 45,5 bilhões em projetos,

seguida da microrregião Metropolitana, com participação de 25,3%, o equiva-

lente a R$ 25,3 bilhões. Como destaque, a microrregião Metropolitana apresen-

ta o maior número de projetos anunciados, são 545 (39,7%) dos 1.373 previstos

para o Estado. Em seguida, encontra-se a microrregião Rio Doce, com investi-

mentos da ordem de R$ 21,6 bilhões, cujos projetos são voltados principalmen-

7 Projetos em Oportunidade são aqueles que foram anunciados ou que ainda estão previstos para serem executados. Enquanto que, os projetos em execução são aqueles cujas obras já tiveram início.

28

)

Page 31: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

te para a área química, geração de energia elétrica e para extração, transporte

e processamento de petróleo e gás natural.

Tabela 3 - Investimentos anunciados por microrregião (2011 - 2016)

MicrorregiãoInvest. Anunciados 2011-2016

(R$ milhão)Participação

(%)

1. Metropolitana 25.335,5 25,3

2. Central Serrana 327,8 0,3

3. Sudoeste Serrana 745,1 0,7

4. Litoral Sul 45.768,5 45,7

5. Central Sul 965,0 1,0

6. Caparaó 419,5 0,4

7. Rio Doce 21.587,9 21,6

8. Centro Oeste 910,5 0,9

9. Nordeste 4.101,0 4,1

10. Noroeste 530,5 0,5

Espírito Santo 100.691,4 100,0

Fonte: IJSN, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

Finanças Públicas

O Governo do Estado do Espírito Santo realizou um vigoroso ajuste fiscal a

partir de 2003, que culminou com a reestruturação das despesas, aumento

das receitas, redução da dívida e recuperação da capacidade de investimen-

tos. Os recursos acumulados até 2008 pelos sucessivos superávits orçamen-

tários permitiram ao Governo do Estado cobrir, com folga, o resultado orça-

mentário negativo, oriundo da política contracíclica realizada durante a crise

de 2009, e o déficit orçamentário de 2010, que ocorreu devido à manutenção

dos elevados níveis de investimentos. Nos dois anos seguintes, as finanças do

Estado retomaram a trajetória de superávits orçamentários, aliados ao com-

promisso do Governo em realizar investimentos anuais sempre superiores a

R$ 1 bilhão (Tabela 4).

29)

Page 32: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Tabela 4 – Indicadores de Finanças Públicas do Estado do Espírito Santo

AnoReceita

TotalDespesa Total

Resultado Orçamentário

Investimento¹Disponibilidade de Caixa Líquida

DCL / RCL²

%Em R$ mil - IPCA de 2012

2000 7.219.606,85 7.341.706,24 -122.099,39 290.213,68 -2.696.212,78 98,00

2001 7.340.358,70 7.171.816,65 168.542,05 355.042,69 -2.318.259,11 83,00

2002 6.553.711,50 6.552.756,83 954,67 306.695,53 -1.408.047,73 115,74

2003 7.965.942,82 7.389.084,22 576.858,60 177.611,69 -512.732,42 97,46

2004 8.898.150,26 8.502.571,99 395.578,28 288.746,14 221.465,90 73,04

2005 10.411.012,46 9.771.790,93 639.221,53 617.145,28 818.558,84 43,70

2006 11.076.907,93 10.869.559,02 207.348,92 1.001.666,54 865.973,88 35,28

2007 12.321.443,17 11.850.433,91 471.009,26 999.443,97 1.085.258,67 19,01

2008 13.782.195,03 12.692.962,92 1.089.232,11 1.134.881,08 2.057.405,43 10,35

2009 12.918.858,51 13.257.065,10 -338.206,59 1.406.259,34 1.689.840,89 8,28

2010 13.388.404,84 14.363.743,26 -975.338,42 1.795.759,21 2.160.187,63 17,18

2011 14.876.695,20 14.717.277,90 159.417,30 1.276.492,36 2.371.348,70 13,67

2012³ 13.704.041,57 12.821.997,74 882.043,83 1.164.716,29 3.289.013,57 14,97

Fonte: Secretaria de Estado da Fazenda do Espírito Santo (SEFAZ-ES).

Elaboração: Coordenação de Estudos Econômicos (CEE/IJSN).

¹ Os investimentos incluem os restos a pagar registrados até o fim de cada ano e não incluem os provenientes da Cesan em razão daquela empresa não figurar nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social.

² Relação entre a Dívida Consolidada Líquida e a Receita Corrente Líquida do Estado.

³ Dados sujeitos a alterações devido a ajustes contábeis em decorrência do encerramento do Balanço Geral do Estado relativo ao Exercício de 2012.

As finanças do Estado permaneceram sob controle em 2012, mesmo com um

ano bastante movimentado devido às expectativas de alterações nas regras das

três principais receitas do Estado, em pauta no Congresso Nacional. Estavam

previstas mudanças na tributação do Imposto Sobre Circulação de Mercado-

rias e Serviços (ICMS) interestadual sobre produtos importados, na partilha do

Fundo de Participação dos Estados (FPE) e na distribuição dos royalties do pe-

tróleo. Das três, somente a primeira foi aprovada e os efeitos somente serão

conhecidos em 2013. As outras duas foram postergadas para este ano.

Em 2012, a aparente queda da receita pode ser explicada por uma alteração

contábil, uma vez que os repasses aos Municípios, previstos em lei, deixaram

de ser computados na despesa e passaram a ser registrados como dedução da

receita. Considerando os valores deduzidos dos repasses em 2011, a receita e

a despesa do Estado continuaram em ascensão, alcançando, em 2012, as ci-

fras de R$ 13,70 bilhões e R$ 12,82 bilhões, respectivamente, valores 12,07% e

7,13% maiores que os de 2011, nesta ordem (Tabela 5).

30

)

Page 33: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Tabela 5 – Receita e despesa deduzida da transferência aos municípios

AnoReceita Despesa

Em R$ bilhões - IPCA de 2012

2011 12,23 11,53

2012 13,70 12,35

Variação (%) 12,07 7,13

Fonte: Secretaria de Estado da Fazenda do Espírito Santo (SEFAZ-ES)

O aumento da receita estadual é explicado pelo avanço do recebimento das

receitas do petróleo (royalties acrescidos das participações especiais), pela ex-

pansão da arrecadação do ICMS e pela contratação de duas operações de cré-

dito de grande monta em dezembro de 2012 (Tabela 6).

Tabela 6 – Principais itens da receita, em valores constantes

Itens2010 2011 2012

Variação Absoluta

(2012 - 2011)

Variação Relativa

(2012 - 2011)

Em R$ mil - IPCA de 2012 %

Receita total 11.059.076,95 12.228.566,11 13.704.041,57 1.475.475,46 12,07

ICMS 8.028.059,29 8.894.381,33 9.060.724,56 166.343,23 1,87

Normal 6.067.624,31 6.365.742,48 6.986.329,34 620.586,85 9,75

Importação 1.960.434,98 2.528.638,84 2.074.395,22 - 454.243,62 - 17,96

FPE 659.817,08 953.952,97 929.334,11 - 24.618,86 - 2,58

Royalties mais PE 478.285,83 816.327,57 1.240.951,93 424.624,36 52,02

Demais 1.892.914,75 1.563.904,24 2.473.030,96 909.126,72 58,13

Operações de crédito 192.626,94 158.154,73 917.322,54 759.167,80 480,02

Fonte: Secretaria de Estado da Fazenda do Espírito Santo (SEFAZ-ES)

As receitas oriundas da exploração de petróleo e gás cresceram significa-

tivamente devido ao aumento das participações especiais, que são pagas

quando há grande volume de produção ou rentabilidade nos campos petro-

líferos do Estado. Em conjunto, os royalties mais as participações especiais

avançaram de R$ 816,33 milhões para R$ 1,24 bilhão, gerando recursos adi-

cionais de R$ 424,62 milhões.

A arrecadação de ICMS obteve uma elevação de R$ 116,34 milhões, alcançan-

do o montante de R$ 9,06 bilhões. O crescimento só não foi maior devido à

retração de 17,96% no ICMS importação. Contudo, o recolhimento de R$ 2,07

bilhões nessa rubrica em 2012 foi o segundo maior de sua série histórica.

31)

Page 34: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Por fim, contribuíram significativamente para a expansão da receita as opera-

ções de crédito de R$ 917,3 milhões, valor quase seis vezes maior que o do

ano anterior. Desse total, as duas maiores operações de crédito, contratadas

em dezembro de 2012 de duas linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES), o Programa de Apoio ao Investimento dos Esta-

dos e Distrito Federal (Proinveste) e o Programa Especial de Apoio aos Estados

(Propae), serão utilizadas pelo governo capixaba na implementação do Pro-

grama de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo (Proedes), cujo foco

principal é o fortalecimento da competitividade estadual por meio de linhas

de ação previstas no Plano Plurianual 2012-2015, destacando-se a melhoria da

logística, da educação, da inovação, em incentivos e na criação de polos de

desenvolvimento.

O aumento mais acentuado da receita em relação à despesa determinou uma

elevação no resultado orçamentário e colaborou para a expansão da disponi-

bilidade de caixa. Vale destacar que o equilíbrio financeiro do Estado tem sido

mantido com investimentos anuais superiores a R$ 1 bilhão desde 2008 e bai-

xos níveis da relação entre a Dívida Consolidada Líquida e Receita Consolidada

Líquida (Tabela 4).

Os investimentos foram de R$ 1,16 bilhão em 20128, valor pouco inferior ao

de 2011. Já a Dívida Consolidada Líquida equivaleu apenas 14,97% da Receita

Consolidada Líquida no ano de 2012, patamar bastante inferior aos 200% per-

mitidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Tabela 4).

Em 2013, é esperada uma queda na arrecadação do ICMS devido às alterações

na alíquota interestadual de produtos importados. A alíquota de 12% do ICMS

interestadual, recolhida sobre produtos importados, foi uniformizada em 4%.

Essa alteração afetará diretamente o orçamento por meio dos repasses aos Mu-

nicípios e dos recursos direcionados ao Fundo de Desenvolvimento das Ativi-

dades Portuárias (Fundap) – incentivo financeiro dado às empresas de comércio

exterior que atuam no Espírito Santo.

8 Não considera o investimento realizado pela Companhia Espírito Santense de Saneamento – Cesan, por estar fora dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social.

32

)

Page 35: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Da arrecadação oriunda da alíquota de 12% do ICMS Fundap, 8% eram reverti-

dos em recursos para financiar as empresas que operavam no sistema (através

do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo, o Bandes), 3% para os Muni-

cípios (referente aos 25% previstos na Constituição) e 1% ficava no caixa esta-

dual. Visando mitigar os efeitos dessa alteração, o Governo do Estado manteve

o incentivo, abrindo mão da fatia que ficava no tesouro estadual em favor das

empresas, para evitar uma possível fuga das companhias do território capixaba.

Com o novo sistema, a alíquota de 4% é agora divida da seguinte forma: 3%

retornam para o financiamento das empresas e 1% vai para os Municípios (25%

constitucional).

Além da medida supracitada, o Estado criou o Programa de Desenvolvimento

Sustentável do Espírito Santo (Proedes), que, como citado anteriormente, já

recebeu um aporte de recursos em dezembro de 2012. O programa visa reduzir

as perdas causadas pelo enfraquecimento do Fundap, através de estímulos à

diversificação econômica e ao fortalecimento da competitividade do Estado no

cenário nacional e internacional.

33)

Page 36: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS
Page 37: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

2. Dimensões socioeconômicas, infraestrutura e logística

Page 38: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Ao longo dos últimos anos observam-se melhoras significativas nos indicadores

socioeconômicos do Espírito Santo. Apesar de os dados referentes ao ano de

2012 ainda não estarem disponíveis na maioria das bases de dados, a análise

histórica mostra melhoras constantes nos indicadores. E conjectura-se que 2012

não será diferente. A seguir apresentamos os principais dados relacionados à

situação da educação, saúde, renda, assistência social, segurança pública, infra-

estrutura e logística no Estado do Espírito Santo.

Educação

Com relação aos dados educacionais do Estado, a Pesquisa Nacional por Amos-

tra de Domicílios (Pnad) mostra que a escolaridade média das pessoas de 25

anos ou mais no Espírito Santo aumentou de 6,0 anos de estudo, em 2001,

para 7,5 anos de estudo, em 2011. Em termos comparativos, observou-se que

a escolaridade média para o Espírito Santo foi superior à média brasileira, po-

rém, inferior à média da região Sudeste (Gráfico 10). A evolução da média de

escolaridade mostra que o Estado do Espírito Santo teve um incremento de

aproximadamente 1,5 ano, em média, a mais de escolaridade no período.

Gráfico 10 - Evolução da escolaridade média para o Brasil, região Sudeste e Espírito Santo (2001 - 2011), em anos de estudo

BRASIL ESPÍRITO SANTOSUDESTE

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2009 20112008

6,0

6,0

6,0

6,1

6,2

6,3

6,4

6,5

6,5

6,8

6,8

6,9

6,9

7,0

7,0

7,07,2

7,2

7,3

7,5

6,7 6,87,0 7,1 7,2

7,5 7,6 7,77,9

8,1

Fonte: PNAD, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais ficou em 6,4%, abaixo

da taxa brasileira (8,6%), mas ainda acima da do Sudeste (4,8%).

36

)

Page 39: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Dados da Pnad, referentes ao ano de 2011, mostram que 998.221 pessoas

frequentavam escola ou creche no Estado; destas, 525.386 (52,63%) estavam

no ensino fundamental. A frequência escolar no Espírito Santo apresentou sua

maior participação na faixa de idade entre 7 a 14 anos, com um índice de 99,2%.

Ou seja, entre as pessoas da faixa etária correspondente ao ensino fundamen-

tal, praticamente todas estão estudando.

Gráfico 11 - Frequência à escola ou creche por faixa etária no Espírito Santo em 2011

BRASIL SUDESTE ESPÍRITO SANTO

0 a 3 anos 4 a 6 anos 7 a 14 anos 15 a 17 anos 18 a 24 anos 25 a 34 anos 35 ou mais

20,826,3 27,7

83,6 86,9 86,4

98,5 98,9 99,2

83,7 84,7 85,1

28,9 27,0 26,5

9,3 8,2 9,22,7 2,2 2,4

Fonte: PNAD, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

A educação básica no Espírito Santo registrou um total de 672.361 matrículas em

2011, sendo que, deste total, 536.558 alunos estavam matriculados no ensino fun-

damental e 135.803 no ensino médio. Esses números representam 1,73% das ma-

trículas da educação básica em relação ao Brasil e 4,46% em relação ao Sudeste.

Tabela 7 - Matrículas na educação básica, por nível, dependência administrativa e ano

AnoUnidade da Federação

Nível TotalDependência Administrativa

Federal Estadual Municipal Privada

2005

Brasil

E. F.¹

33.534.561 25.728 12.145.494 17.986.570 3.376.769

Sudeste 12.324.167 12.765 5.368.734 5.370.734 1.571.934

Espírito Santo 561.096 0 175.960 320.928 64.208

Brasil

E. M.²

9.031.302 68.651 7.682.995 182.067 1.097.589

Sudeste 3.767.400 26.904 3.161.779 59.187 519.530

Espírito Santo 158.427 3.151 126.362 1.156 27.758

2011

Brasil

E. F.

30.358.640 25.096 9.705.014 16.526.069 4.102.461

Sudeste 11.610.001 13.927 4.402.708 5.303.530 1.889.836

Espírito Santo 536.558 0 125.554 349.034 61.970

Brasil

E. M.

8.400.689 114.939 7.182.888 80.833 1.022.029

Sudeste 3.479.392 36.761 2.920.964 40.676 480.991

Espírito Santo 135.803 4.984 112.592 129 18.098

1 - Ensino Fundamental; 2 - Ensino Médio

Fonte: INEP/MEC, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

37)

Page 40: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

A Tabela 7 mostra a evolução entre os anos de 2005 e 2011 do total de matrí-

culas nos ensinos fundamental e médio para o Brasil, Sudeste e Espírito Santo,

obtidos no Censo Escolar. A queda do número de matrículas entre os anos de

2005 e 2011 é reflexo da redução da população em idade escolar (7 a 19 anos),

dado o envelhecimento populacional e a redução recente das taxas de fecun-

didade.

Observa-se também a consolidação do ensino médio como responsabilidade

da esfera estadual. Enquanto na dependência administrativa municipal verifi-

cou-se, no Brasil, uma queda de 50% no número de matrículas do ensino médio,

no Espírito Santo a queda foi de 89%, ou seja, passando de 1.156 matrículas em

2005 para 129 em 2011. Pode-se notar ainda que essa esfera da administração

quase não possui mais alunos, comparada às demais.

Para o ensino fundamental esse movimento é inverso. Mesmo com a queda da

população em idade escolar, as matrículas em escolas municipais no Estado au-

mentaram 8,75%, refletindo a municipalização desse nível de ensino.

Além do acesso, é de suma importância analisar a qualidade da educação. Em

relação a isso, os dados do último Índice de Desenvolvimento da Educação Bá-

sica (IDEB-2011) divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Edu-

cacionais (Inep) mostra uma evolução na educação básica em todos os níveis

no Brasil, enquanto, no Espírito Santo, que também verificou uma evolução na

qualidade de ensino, esta ficou restrita aos dois níveis do ensino fundamental.

Para os anos iniciais do ensino fundamental, o Ideb atingiu 4,8 pontos, em 2009,

e 5,0, em 2011, superando a meta para este ano que era de 4,8. Em uma com-

paração com o Brasil (4,7), o Estado obteve uma média superior, mas o índice

capixaba ficou abaixo do apurado para a região Sudeste (5,4).

Para os anos finais do ensino fundamental, em 2011 o Espírito Santo atingiu

exatamente a meta de 3,9 pontos, uma evolução de 0,1 ponto em relação a

2009. O índice obtido pelo Estado nesse nível é igual ao brasileiro e inferior ao

da região Sudeste (4,2).

38

)

Page 41: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Em relação ao ensino médio, o índice divulgado para o Estado (3,3) ficou pou-

co abaixo da meta (3,4) e houve ainda redução em igual medida entre 2009 e

2011. Em uma comparação com o resultado brasileiro (3,4) e o da região Sudes-

te (3,6), o Espírito Santo obteve um desempenho inferior a ambos.

Tanto nos anos iniciais do ensino fundamental quanto nos anos finais, os fato-

res responsáveis pela evolução positiva do Ideb nesses níveis foram uma maior

taxa de aprovação associada a uma melhor nota padronizada9 na Prova Brasil.

Para os anos iniciais, a taxa média de aprovação nesse nível de ensino passou

de 90%, em 2009, para 91%, em 2011, associada a uma nota padronizada que

subiu de 5,35 para 5,48. Nos anos finais do nível fundamental, a melhora foi

mais modesta: a taxa de aprovação média desse nível foi de 78%, em 2009, e

passou para 79%, em 2011, e os resultados das notas na Prova Brasil evoluíram

de 4,88 para 4,95 (Gráfico 12).

Gráfico 12 - Evolução do Ideb e Metas Projetadas, Espírito Santo

ENS. FUND. A. I. IDEB

ENS. FUND. A.F. META

ENS. FUND. A. I. META

ENSINO MÉDIO IDEB

ENS. FUND. A.F. IDEB

ENSINO MÉDIO META

2005 2007 2009 2011 2013

3,1

3,5

3,9

3,13,2

3,4

3,9

3,9

4,8

5,0

3,3

3,6

4,3

5,0

3,23,5

3,7

3,8

4,4

4,8

3,4

3,7

4,0

4,3

Fonte: INEP, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

Observamos, também pelo Gráfico 12, que o desafio de elevar a qualidade do

ensino público no Espírito Santo está sendo intensificado. Excetuando-se os anos

iniciais do ensino fundamental, nos quais têm sido cumpridas as metas estabele-

9 A nota padronizada varia de 0 a 10 e é calculada como a média simples da proficiência em Português e Matemática.

39)

Page 42: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

cidas com certa consistência, alcançar as metas estabelecidas para o ano de 2013

nos anos finais implica uma melhora de 0,4 pontos, ou seja, o Estado terá que

elevar o índice em dois anos, em termos absolutos, na mesma magnitude que foi

observada no passado em quatro anos. A situação do ensino médio merece ainda

mais atenção, pois a evolução observada entre 2007 e 2011 foi de 0,1 ponto no

índice, sendo que o projetado para 2013 requer um crescimento de 0,3 do mes-

mo, ou seja, em dois anos será necessária uma melhora três vezes maior do que

a observada em um período de quatro anos passados.

Visando melhorar esse quadro, o Governo do Espírito Santo implementa proje-

tos voltados para a melhoria da qualidade do Ensino Médio. Entre eles estão:

1) apoio à aprendizagem em Língua Portuguesa e Matemática na 1ª série do

Ensino Médio, que visa melhorar o desempenho dos estudantes da 1ª série

do Ensino Médio em Língua Portuguesa (leitura e interpretação) e Matemática

(raciocínio lógico); 2) formação continuada dos profissionais do magistério, a

fim de capacitar profissionais que atuam no ensino médio da rede estadual do

Espírito Santo; 3) fortalecimento do ensino de Ciências no Ensino Médio, com o

objetivo de fortalecer a educação científica na rede pública estadual de ensino,

ampliando as oportunidades de aprendizagem em Física, Química e Biologia

em unidades escolares de ensino médio; e 4) garantir oportunidades aos con-

cluintes do Ensino Médio, no sentido de oferta de Pré-Enem e outros atrativos,

a fim de possibilitar a consolidação de uma prática pedagógica de qualidade e

a melhoria do desempenho escolar.

Saúde

O estado de saúde de um grupo populacional é multideterminado pelas condi-

ções culturais, ambientais e socioeconômicas. Portanto, a saúde aparece como

elemento estruturante do desenvolvimento sustentável face à importância da

qualidade de vida para alcançá-lo.

O foco da atuação do Governo do Espírito Santo na saúde, anteriormente restrito

à prestação de serviços, foi ampliado incorporando a regulação e o financiamen-

40

)

Page 43: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

to. O resgate da sustentabilidade das contas públicas propiciou a ampliação dos

serviços de saúde mediante investimento na rede própria, apoio às redes filantró-

picas, contratação via Sistema Único de Saúde (SUS) de leitos privados e apoio

aos Municípios, particularmente na construção de unidades de saúde.

Mesmo já ocupando uma posição relativamente melhor que as do Brasil e do

Sudeste nos indicadores de mortalidade infantil e na proporção de equipes de

saúde da família, por exemplo, o fortalecimento da atenção primária coloca-se

como uma das ações prioritárias no campo da saúde no Estado.

O Governo do Espírito Santo investe no acesso e na qualidade dos serviços de

atenção primária mediante a construção de unidades de pronto atendimento, uni-

dades de saúde da família, implantação de novas farmácias cidadãs, que ampliam o

acesso a medicamentos e, ainda, na qualificação profissional dos servidores. Essas

ações têm impacto direto em alguns indicadores: acelera a tendência de redução

da mortalidade infantil (ver gráfico 13); e diminui a mortalidade materna, que, em

2011, registrou taxa de 64,06 por 100 mil nascidos vivos10, dentre outros avanços.

Gráfico 13 - Taxa de Mortalidade Infantil (de crianças menores de 1 ano), Brasil, Região Sudeste e Espírito Santo (2001-2012)

BRASIL ESPÍRITO SANTOSUDESTE

2010200920082007200620052004200320022001

11,9

12,6

13,9

12,0

13,2

14,814,5

13,5

15,0

13,9

15,7

13,8

15,4

16,4

14,5

15,6

17,0

14,815,0

15,6

17,9

16,3

16,4

18,9

16,1

16,5

19,3

17,9

19,9

17,5

Fonte: SIM/DATASUS, SESA-ES, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

10 Fonte: SESA, 2012.

41)

Page 44: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Em relação à estratégia de Saúde da Família11, a população atendida por equi-

pes de profissionais da saúde aumentou de 31,33% em 2002 para 52,28% em

2011. Já a população atendida por agentes comunitários de saúde passou de

62,1% para 71,6%, o que demonstra o aumento da cobertura da população que

necessita de atendimentos e que pode ser inserida no Programa de Saúde da

Família.

A melhora na atenção primária pode ser observada pela redução na taxa de in-

ternações por causas sensíveis à atenção primária, que caiu de 30,4 (por 10.000

habitantes) em 2005 para 18,2 em 2011.

Gráfico 14 - Taxa de Internação por causas sensíveis a atenção primária (pneumonia, diarreia, desidratação) por 10.000 habitantes (2005-2011), Espírito Santo

200720062005 2008 2009 2010 2011

18,6

24,925,127,7

25,8

30,4

18,2

Fonte: SIM/DATASUS, SESA-ES, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

No tocante à imunização, de acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), o

Espírito Santo alcançou, em 2011, uma cobertura de 95% para Pólio e Tetravalente

(Difteria, Tétano, Coqueluche e H. Influenza), 94% para Hepatite B e BCG e 83%

para o Rotavírus. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, governos que

baseiam seus sistemas de saúde na atenção primária colhem melhores resultados.

A proporção de leitos por mil habitantes (ver tabela 8) corrobora a necessidade

de ampliação da rede, uma vez que o Espírito Santo encontra-se em uma situ-

ação relativamente pior que a do Brasil e a da região Sudeste. Por outro lado,

o Estado possui atualmente 920 Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), o que

corresponde a 10,4% dos 8.869 leitos hospitalares no Estado. Esse número está

acima do mínimo preconizado pela Portaria GM/MS nº 1.101/2002, de 12 de

11 “A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e na manutenção da saúde desta comunidade”. (Ministério da Saúde. Portal da Saúde).

42

)

Page 45: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

junho de 2002, que é de 4%. No tocante à proporção de médicos por mil habi-

tantes, o Espírito Santo (1,8) se encontra acima da média do Brasil (1,5).

Tabela 8 - Proporção de médicos e leitos por 1.000 habitantes, Brasil, Sudeste e Espírito Santo, 2012

País / Região / UFProporção de médicos por

1.000 habitantes 2012

Proporção de leitos por 1.000 habitantes 2012

Total de Leitos Leitos SUS

Brasil 1,5 2,3 1,7

Sudeste 1,9 2,4 1,5

Espírito Santo 1,8 2,2 1,6

Fonte: CNES/DATASUS, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

Outro aspecto importante a salientar é que parte da demanda por serviços de

saúde, sobretudo aqueles oriundos da violência, pode ser evitada por meio de

ações intersetoriais, como educação para o trânsito, prevenção dos agravos

por causas externas, entre outros. Nesse sentido, o Governo do Espírito Santo

promove a integração das ações das diversas Secretarias de Estado e dos Muni-

cípios (saúde, assistência social, educação e segurança pública).

No plano demográfico e de planejamento do setor, o envelhecimento da po-

pulação, os novos padrões de consumo e o estilo de vida acelerado do presen-

te acarretaram mudanças do perfil epidemiológico da população do Estado,

caracterizado pela supremacia das doenças crônicas não transmissíveis. Esse

quadro coloca em foco a necessidade de ampliar e aperfeiçoar os serviços de

média e alta complexidade visando minimizar os agravos de saúde.

Renda

Nos últimos dez anos, o Espírito Santo apresentou expressiva redução da taxa

de pobreza12, passando de 32,8% em 2001 para 10% em 2011, o que repre-

senta uma queda de 69,5% no período. Essa diminuição da pobreza no Estado

12 Na determinação das classes sociais utilizou-se de critérios de renda para sua definição, ou seja, foi considerado pobre o indivíduo com renda domiciliar per capita inferior a R$ 177,05. Para os extremamente pobres, os valores são a metade dos considerados para os pobres.

43)

Page 46: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

ganhou intensidade, principalmente, entre 2009 e 2011, com uma queda de

33,3% no período. Em 2011, verificou-se uma proporção de pobres abaixo da

região Sudeste (11,5%) e da nacional (20,8%).

Gráfico 15 - Porcentagem (%) de Pobres, Brasil, Sudeste e Espírito Santo, 2001-2011

BRASIL ESPÍRITO SANTOSUDESTE

200920082007200620052004200320022001 2011

23,9

13,7

15,0

25,3

14,915,2

28,2

17,1

15,8

29,8

18,3

18,1

34,3

22,8

22,0

37,0

25,1

24,9

39,4

29,4

26,7

38,4

28,9

25,5

38,7

32,8

25,620,8

11,5

10,0

Fonte: PNAD/IBGE, 2011; Elaboração: IJSN, 2013

Entre 2001 e 2011 o Espírito Santo também apresentou intenso decréscimo na

proporção da população extremamente pobre. No primeiro ano analisado, 12%

da população do Estado encontrava-se em situação de extrema pobreza. Já em

2009 e 2011, foram registradas as taxas de 3,6% e 3,0%, respectivamente. Em

2011, o Espírito Santo possuía proporção de extremamente pobres abaixo da

do Brasil (7,0%) e um pouco acima da região Sudeste (2,9%).

Gráfico 16 - Porcentagem (%) de pessoas extremamente pobres, Brasil, Sudeste e Espírito Santo, 2001-2011

BRASIL ESPÍRITO SANTOSUDESTE

200920082007200620052004200320022001 2011

3,6

3,7

8,4

4,2

8,7

4,04,3

4,7

10,3

5,1

10,9

4,7

6,8

13,3

6,16,6

7,3

15,1

9,1

17,5

9,08,2

16,5

9,2

9,0

17,5

12,0

3,0

7,0

2,9

Fonte: PNAD/IBGE, 2011. Elaboração: IJSN, 2013

44

)

Page 47: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Em relação à diferença dos rendimentos, verifica-se que, no período analisa-

do, os mais pobres passaram a apropriar uma parte maior da renda total da

sociedade, o que contribuiu para a superação da desigualdade. Esse fato foi

verificado para o Espírito Santo de 2001 a 2011, uma vez que, em 2001, os 10%

mais ricos recebiam uma renda 58,4 vezes maior do que os 10% mais pobres,

enquanto que em 2011 passaram a receber uma renda 29,2 vezes maior. Esse

número mostra-se inferior ao do Brasil, cujos 10% mais ricos recebem 41,2 ve-

zes mais que os 10% mais pobres.

Esse comportamento diferenciado da renda entre mais ricos e mais pobres su-

gere uma desconcentração da renda no Estado. Esse fato pode ser melhor veri-

ficado pelo Coeficiente de Gini, que, entre os anos de 2001 a 2011, apresentou

uma queda de 16,2%, passando de 0,583 em 2001 para 0,489 em 2011, ficando

abaixo dos valores apurados para o Brasil (0,522) e para a região Sudeste (0,493).

Gráfico 17 - Coeficiente de Gini, Brasil, Sudeste e Espírito Santo, 2001 a 2011

BRASIL ESPÍRITO SANTOSUDESTE

200920082007200620052004200320022001 2011

0,535

0,522

0,502

0,539

0,512

0,507

0,547

0,515

0,514

0,557

0,530

0,529

0,563

0,551

0,536

0,565

0,543

0,534

0,576

0,548

0,548

0,583

0,571

0,554

0,587

0,583

0,557

0,522

0,493

0,489

Fonte: PNAD/IBGE, 2011; Elaboração: IJSN, 2013

Segundo trabalho realizado por FERRARI e CASTRO (2011)13, a renda prove-

niente do trabalho principal constitui o fator determinante para a redução da

desigualdade no Estado, contribuindo com cerca de 70% na diminuição do Gini

entre 2001 a 2009. A contribuição do mercado de trabalho pode ser provenien-

13 FERRARI, T. K.; CASTRO, M. W. Desigualdade de renda no Espírito Santo: uma análise de decomposição. IJSN, 2011, (Texto para discussão n° 26).

45)

Page 48: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

te tanto da diminuição da diferença de rendimentos, como de uma maior inser-

ção da população no mercado de trabalho. Quanto a esse aspecto, segundo os

dados da Pnad, ocorreu uma diminuição no índice de desemprego em 2011,

com relação a 2009, registrando 7,6% de desemprego no Estado, uma das me-

nores taxas da série histórica.

Outra fonte que obteve destaque, com uma contribuição de 10,7% para a re-

dução da desigualdade de renda no Estado, foi a oriunda de juros e outros

rendimentos, na qual estão inseridas as transferências governamentais.

Esses resultados demonstram parte dos esforços do Estado em melhorar e

aperfeiçoar suas políticas públicas, a fim de promover a inclusão social, a cida-

dania e a emancipação das famílias capixabas que se encontram em condição

de extrema vulnerabilidade socioeconômica.

Dentro desse arcabouço é que está inserido o Programa Estadual de Re-

dução da Pobreza (Incluir), com foco prioritário na extrema pobreza, criado

pela Lei n° 9.752, no dia 19 de dezembro de 2011. O Incluir é formado por

um conjunto de projetos e ações que visam o acompanhamento das famílias

extremamente pobres, de forma a garantir-lhes o acesso à rede de serviços

que atenda às suas necessidades, possibilitando a inclusão social e produ-

tiva.

Assistência Social

A heterogeneidade da sociedade brasileira no que se refere aos níveis de ren-

da, aos padrões educacionais, às condições de habitação e às origens étnicas

ou culturais, condiciona, em certa medida, um acesso desigual ao mercado de

trabalho, ao mercado de consumo e aos direitos fundamentais. Os programas e

projetos socioassistenciais executados pelo Governo do Espírito Santo buscam

o enfrentamento da exclusão social a partir do desenvolvimento de políticas

públicas que superem as condições que impedem os cidadãos de realizarem

seus potenciais, seja devido à violação dos direitos, à educação incompleta, à

46

)

Page 49: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

falta de acesso a recursos materiais ou à vulnerabilidade da integridade física e

psíquica (COELHO, RODRIGUES, TAPAJOS, 201014).

Atualmente, no Espírito Santo, 412.395 mil famílias estão inseridas no CadÚni-

co15, desse total, cerca de 50% são beneficiárias do Bolsa Família. No Gráfico

18 observa-se que, de 2007 a 2012, mais de 13 mil famílias foram incluídas no

programa Bolsa Família.

Gráfico 18 - Famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família no Espírito Santo, 2007 a 2012

2007 2008 2009 2010 2011 2012

192.365189.983190.428

171.419

187.927

201.274

Fonte: MDS, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

Os serviços, programas e projetos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS)

têm como foco o atendimento integral às necessidades das pessoas dentro do

seu contexto familiar e comunitário, de forma global, resguardando as singulari-

dades de cada arranjo familiar e de cada realidade comunitária e territorial. Por

isso, o SUAS estabelece dois níveis de proteção social: Proteção Social Básica

– de caráter preventivo – e Proteção Social Especial – quando ocorre violação

de direitos. Enquanto a proteção especial exige atenção em serviços ou centros

especializados, a proteção básica tem no Centro de Referência da Assistência

Social (Cras) um equipamento social público que busca garantir atenção inte-

gral às famílias e prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de

potencialidades, aquisições e o fortalecimento de vínculos familiares e comuni-

tários. Logo, tais níveis de proteção tratam dos compromissos a serem cumpri-

dos para que os serviços no âmbito do SUAS produzam segurança social aos

14 COELHO, M. F. P.; RODRIGUES, M.; TAPAJOS, M. de S. (Orgs). Políticas sociais para o desenvolvimento: superar a pobreza e promover a inclusão. Simpósio Internacional sobre Desenvolvimento Social. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, UNESCO, 2010.

15 O Cadastro Único dos Programas Sociais – CadÚnico é um instrumento de coleta de dados e informações usado para identificar todas as famílias de baixa renda existentes no país.

47)

Page 50: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

seus usuários, conforme a necessidade, a situação de vulnerabilidade e o risco

em que se encontram (BRASIL, 200916; RUSSO, 200617) .

Em 2012, no território capixaba havia 119 Cras (Tabela 9), sendo que a região

Metropolitana concentrava o maior número de unidades. De acordo com in-

formações do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), os serviços de Pro-

teção Básica à família no Espírito Santo atendem a aproximadamente 127 mil

pessoas mensalmente, em projetos distribuídos nas áreas de proteção ao idoso,

deficientes e crianças, erradicação do trabalho infantil, serviços de acolhimento

e ações do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem).

Tabela 9 - Unidades de Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) por Microrregião do ES, 2012

Microrregiões Equipamentos/unidades

Caparaó 11

Central Serrana 7

Central Sul 10

Centro-Oeste 12

Litoral Sul 8

Metropolitana 35

Nordeste 10

Noroeste 7

Rio Doce 12

Sudoeste Serrana 7

Total 119

Fonte: SEADH, MDS 2012; Elaboração: IJSN, 2013

A Proteção Social Especial de Média Complexidade destina-se a famílias e indi-

víduos com seus direitos violados, mas cujo vínculo familiar e comunitário não

foram rompidos. Os serviços descritos como de Proteção Social de Média Com-

plexidade são: Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e

Indivíduos (Paefi), Serviço Especializado em Abordagem Social, Serviço de Prote-

ção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liber-

dade Assistida (LA) e de Prestação de Serviço à Comunidade (PSC), Serviço de

16 BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Resolução nº 109, de 11 novembro de 2009. Brasília, 2009.

17 RUSSO, Osvaldo. O Cras e a nova assistência social. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Brasília, 2006. Disponível em http://www.fomezero.gov.br/artigo/o-crase-a-nova-assistencia-social-osvaldo-russo.

48

)

Page 51: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos(as) e suas famílias

e Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua (BRASIL, 2005)18.

Para esse nível de proteção, os Centros de Referência Especializada em As-

sistência Social (Creas) têm como objetivo desenvolver ações de orientação,

proteção e acompanhamento psicossocial individualizado e sistemático a indi-

víduos e famílias em situação de risco ou cujos direitos são ou foram violados.

Portanto, o atendimento prestado requer maior estruturação técnico-operacio-

nal além de atenção especializada e individualizada, com acompanhamento sis-

temático e monitorado.

O Espírito Santo conta com 55 unidades de Creas que estão distribuídos em 39

Municípios (Tabela 10). Segundo dados do MDS, cerca de 22 mil pessoas são

atendidas nesses Creas, em projetos que vão dos serviços de acolhimento até

o atendimento a moradores de rua, passando por medidas socioeducativas em

meio aberto.

Tabela 10 - Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), por Microrregião do ES, 2012

Microrregiões Equipamentos/unidades

Caparaó 6

Central Serrana 3

Central Sul 5

Centro-Oeste 4

Litoral Sul 7

Metropolitana 7

Nordeste 7

Noroeste 6

Rio Doce 6

Sudoeste Serrana 4

Total 55

Fonte: SEADH, MDS, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

O atendimento prestado pelos Creas visa possibilitar a superação das situa-

ções de violação de direitos, garantir o fortalecimento dos vínculos familiares

18 BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Política nacional de assistência social – PNAS/2004: Norma Operacional Básica – NOB/SUAS. Brasília, 2005.

49)

Page 52: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

e comunitários e a inserção autônoma das famílias na sociedade. Logo, os usu-

ários em situação de violência, assim como suas famílias, quando em posição

de extrema vulnerabilidade e fragilidade, necessitam de ações especializadas,

visando uma atuação pautada na luta pela garantia dos direitos.

Além das políticas de nível federal, o Espírito Santo conta com o programa

Incluir, desenvolvido em parceria com o Plano Brasil Sem Miséria, do Governo

Federal, que busca promover a inclusão social, a cidadania e a emancipação das

famílias capixabas que se encontram em condições de extrema vulnerabilidade

socioeconômica. O Incluir é formado por um conjunto de projetos e ações que

visam o acompanhamento das famílias em situação de extrema pobreza, de

forma a garantir o acesso à rede de serviços que atendam a suas necessidades,

possibilitando a inclusão social e produtiva.

O benefício estadual - Bolsa Capixaba - é destinado a famílias cuja renda mensal

per capita seja de até R$ 70,00. Estas precisam assinar com o Governo do Es-

pírito Santo o Plano de Emancipação Familiar (PEF), que prevê o prazo de dois

anos para que os beneficiários do programa conquistem sua emancipação, por

meio das oportunidades criadas pelo Estado (ESPÍRITO SANTO, 2011)19.

Aqui destacamos quatro projetos inseridos no Incluir, quais sejam: o Bolsa Ca-

pixaba, que consiste na transferência de renda para famílias em situação de ex-

trema pobreza; o CNH Social, que fornece carteira de habilitação para pessoas

que tenham renda familiar de até dois salários mínimos e estejam desemprega-

dos, sejam egressos do sistema prisional, estudantes ou beneficiários do Bolsa

Família; o Creditar, que concede crédito para empreendedores em situação de

vulnerabilidade social; e o Nosso Crédito, que confere crédito aos empreende-

dores, preferencialmente informais.

No âmbito do programa Incluir, em 2012, o Bolsa Capixaba beneficiou 9.721

famílias; o Creditar liberou 471 linhas de crédito aos empreendedores em situa-

ção de vulnerabilidade social; foram selecionadas 2.008 pessoas que passaram

19 ESPÍRITO SANTO. Governo do Estado do Espírito Santo. Programa Capixaba de Redução da Pobreza. Programa Incluir. Vitória, 2011.

50

)

Page 53: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

a ter a oportunidade de ter carteiras de habilitação por meio do CNH Social e o

programa Nosso Crédito aprovou 15.617 operações de crédito, especialmente

aos empreendedores informais.

Segurança Pública

No ano 2000, foram registrados 46,6 homicídios por 100 mil habitantes no Es-

pírito Santo. Em 2009, esse indicador alcançou o patamar de 58,3 homicídios

por 100 mil habitantes. De 2000 a 2009, a taxa de homicídio evidenciou um

aumento médio de 2,7% ao ano.

Desde 2009, entretanto, os índices de homicídios do Estado destacam uma ten-

dência de redução. De 2010 (52,5 homicídios por 100 mil habitantes) para 2011

(48,2 homicídios por 100 mil habitantes) foi computada uma redução de 8,1%

nessa taxa. Em 2012, essa tendência declinante foi mantida, com o registro de

46,4 homicídios por 100 mil habitantes. De 2009 até 2012, o Estado destacou

uma redução acumulada de 20,4% na taxa de homicídios, o que representou

uma diminuição de 374 vítimas de homicídios, sendo que, em 2009, foram com-

putadas 2.034 vítimas e, em 2012, foram registradas 1.660 vítimas.

Embora a taxa de 46,4 homicídios por 100 mil habitantes seja a menor dos últi-

mos 15 anos, esse ainda não é um indicador favorável de segurança pública. A

taxa nacional de homicídios é praticamente a metade da capixaba. As taxas na-

cional e capixaba possuem em comum o mesmo perfil de vítima de homicídio,

ou seja, jovens do sexo masculino, com idade entre 15 a 24 anos e, geralmente,

vitimados por arma de fogo.

Nesse sentido, os esforços no campo do enfrentamento e prevenção da vio-

lência estão sendo cada vez mais integrados e potencializados, sobretudo,

nas áreas de maior vulnerabilidade social e que registram historicamente os

maiores índices de criminalidade. Esse é o escopo principal do Programa Es-

tado Presente, programa estruturante do Governo do Espírito Santo que é

fundamentado nos pilares da recomposição de efetivos das agências de segu-

51)

Page 54: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

rança pública, investimentos em tecnologia e infraestrutura e ações no campo

da proteção social.

A tendência de redução na taxa de homicídio é, em larga medida, resultado das

ações de enfrentamento qualificado e prevenção da criminalidade, executadas

tanto pelos órgãos policiais quanto pelas demais instâncias governamentais.

Essa estratégia demonstra-se eficiente em casos de destaque internacional,

contudo, a efetiva redução dos índices de violência não ocorre de maneira súbi-

ta e imediata. As experiências de Nova Iorque, Bogotá e São Paulo demonstram

que resultados positivos no campo da segurança pública devem ser galgados

com persistência e inteligência, integrando esforços no campo da proteção so-

cial, repressão qualificada e requalificação de espaços urbanos.

Gráfico 19 - Taxa de homicídios dolosos por 100 mil habitantes - Espírito Santo, 2000-2012

20082007200520042003200220012000 2006 2009 2010 2011 2012

48,2

52,5

58,356,556,5

53,449,9

52,454,855,3

50,5

46,6 46,4

Fonte: SESP, SEAE, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

Outros indicadores ampliam o diagnóstico da segurança pública capixaba. A

taxa de ocorrências de tentativas de homicídio por 100 mil habitantes caiu

de 74,2 em 2011 para 73,9 em 2012. A taxa de lesão corporal aumentou de

308,7 para 321,3 casos por 100 mil habitantes, no mesmo período. A taxa de

ocorrências de ameaças caiu de 379,8 em 2011 para 326,3 casos por 100 mil

habitantes em 2012. A taxa de furto de veículo reduziu-se de 96,2 para 92,1

casos por 100 mil habitantes. A taxa de roubo de veículo aumentou de 80,3

para 114,5 em 2012. Todavia, o número de veículos recuperados aumentou

consideravelmente nos últimos anos. No ano de 2010, 2.485 veículos furta-

dos e roubados no Estado foram recuperados pelo trabalho conjunto das

polícias. Em 2012, esse número subiu para 4.500 veículos recuperados, o

que representou um aumento de 81% na comparação com 2010. Dos 7.394

veículos furtados e roubados no Espírito Santo em 2012, 60% foram recu-

perados.

52

)

Page 55: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Gráfico 20 - Taxa de Crimes por 100 mil habitantes - Espírito Santo, 2012

TENTATIVA DEHOMICÍDIO

LESÃO CORPORAL

AMEAÇA FURTO DEVEÍCULO

ROUBO DEVEÍCULO

2011 2012

74,2 73,9

308,7 321,3 326,3

92,1 80,3114,5

96,2

379,8

Fonte: SESP, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

Gráfico 21 - Número de veículos recuperados - Espírito Santo, 2012

2010 2011 2012

2.485

3.207

4.500

Fonte: SESP, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

Apesar de o fenômeno da violência estar associado a fatores socioeconômi-

cos, que dependem de estratégias de prevenção, o trabalho integrado das

polícias, no campo da repressão qualificada, é de fundamental importân-

cia para a redução dos índices criminais. Nesse sentido, nos últimos anos o

quadro das agências de segurança pública vem sendo ampliado. Em 2011,

o Estado contava com 7.305 policiais militares, 2.045 policiais civis e 1.125

bombeiros militares. Em 2012, esses números aumentaram para 7.760 poli-

ciais militares, 2.561 policiais civis e 1.226 bombeiros militares. O número de

profissionais nessas três agências de segurança pública aumentou de 10.475

em 2011 para 11.547 em 2012, representando um aumento de 10,2%.

53)

Page 56: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Gráfico 22 - Número de profissionais por agência de segurança pública - Espírito Santo 2012

2011 2012

POLÍCIAMILITAR

POLÍCIACIVIL

BOMBEIROMILITAR

1.125

2.5612.045

7.7607.305

1.226

Fonte: SESP, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

A ampliação das ações policiais de repressão qualificada aos crimes aqui des-

tacados e outros delitos torna-se evidenciada, sobretudo, pelo aumento dos

registros de apreensão de armas de fogo no Estado. De acordo com dados da

Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), 82% dos ho-

micídios dolosos registrados em 2012 foram cometidos por meio de armas de

fogo. No ano de 2005, 2.694 armas de fogo foram apreendidas, ao passo que,

em 2012, esse número aumentou para 3.689 apreensões, ou seja, um acréscimo

de 37% no período e um aumento acumulado em oito anos de 20.110 armas

apreendidas.

A repressão qualificada ao tráfico de drogas ilícitas também é uma estraté-

gia importante do combate à violência. Análises da Delegacia de Homicídios

e Proteção à Pessoa (DHPP) indicam que 63% dos homicídios dolosos com-

putados em 2012 na Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) tive-

ram como motivação o envolvimento com o tráfico de drogas ilícitas. Esse

envolvimento, na maioria das vezes, traduz-se em eliminação de devedores

do sistema de tráfico, execução de delatores, vítimas de confrontos arma-

dos e de disputas por territórios. Visando a preservação da vida, as ações

policiais, apoiadas em serviços de inteligência e tecnologia, estão focadas

no enfrentamento qualificado das práticas do tráfico de drogas ilícitas. Em

2012, foram apreendidos no Estado 15.265kg de maconha, 240kg de coca-

ína e 149kg de crack.

54

)

Page 57: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Gráfico 23 - Número de armas de fogo apreendidas - Espírito Santo, 2005-2012

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

3.2032.8542.763

1.5961.384

1.927

2.694

3.689

Fonte: SESP, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

Além disso, a ação policial intensificou a repressão aos criminosos foragidos,

muitos desses com passagens pela polícia por envolvimento com o tráfico de

drogas e por prática de homicídios. Segundo a DHPP, em 2011, foram cumpri-

dos 226 mandados de prisão desses criminosos. Em 2012, esse número quase

que dobrou, para 534 mandados de prisão cumpridos.

No que tange ao sistema prisional do Estado, o número de internos no ano de

2010 era de 10.803 pessoas. Em 2012, esse número subiu para 14.799 inter-

nos, ou seja, um aumento de 37% da população carcerária entre os anos de

2010 e 2012. O aumento relativo no número de vagas foi maior. Em 2010 exis-

tiam 8.152 vagas no sistema prisional. Em 2012 o número de vagas subiu para

12.624, ou seja, um aumento de 54,9%.

Outro indicador importante do sistema prisional é a razão de internos por

vagas no sistema prisional. Em 2005, para cada vaga do sistema prisional capi-

xaba existiam 1,9 internos. Em 2012, essa razão foi reduzida para 1,1 internos/

vaga, um número inferior à média nacional, que é de 1,68 internos/vaga. Esse

resultado é um desdobramento de políticas públicas no âmbito da justiça cri-

minal, que se apoiam, sobretudo, em ações de prevenção terciária, conjugan-

do ações de ressocialização e diminuindo substancialmente as possibilidades

de reincidência.

55)

Page 58: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Gráfico 24 - Número de internos e vagas - Espírito Santo, 2010-2012

INTERNOS VAGAS

2010 2011 2012

10.80312.472

14.799

8.152

11.780 12.624

Fonte: MJ/DEPEN, SEJUS, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

Infraestrutura

Dentre os benefícios esperados do progresso está não apenas a melhoria da

infraestrutura, mas sua ampliação regionalmente equilibrada, uma vez que estu-

dos mostram que o território estadual é marcado por desigualdades regionais,

concentrando população e investimentos no litoral.

Assim, tanto o acesso à moradia digna (por meio da construção de novas

unidades ou pela melhoria das condições existentes) como a ampliação de

serviços de saneamento são ações com grandes rebatimentos na qualidade

de vida da população. Ao mesmo tempo, a distribuição das infraestruturas

de logística constitui-se, atualmente, como um desafio para a geração de

emprego e renda e a manutenção da economia estadual em patamares de

crescimento.

Com relação à habitação, estimativas do déficit habitacional no Estado (se-

gundo a Pnad 2011) dão conta de uma necessidade de 82.341 novas mo-

radias, com acentuada concentração nas zonas urbanas e nas faixas mais

baixas de renda. Quando analisado o déficit com o recorte nas famílias

com renda de até três salários mínimos (SM), constata-se a necessidade de

68.196 novas moradias. Tanto o número de unidades do déficit total quanto

do déficit com o recorte de três SM foram reduzidos na comparação com

2009 (Gráfico 25).

56

)

Page 59: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Gráfico 25 - Déficit habitacional total e até três salários mínimos (SM), Espírito Santo, 2008, 2009 e 2011

DÉFICIT TOTAL DÉFICIT ATÉ 3 SM

2008 2009 2011

83.228

101.027

61.45371.005

82.341

68.196

Fonte: PNAD/IBGE, 2011; Elaboração: IJSN, 2013

O Programa Estadual de Habitação de Interesse Social “Nossa Casa” atua para

equacionar as questões relativas ao acesso à moradia digna em todos os Mu-

nicípios do Estado. Com o objetivo de viabilizar investimentos do Programa

Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, o Nossa Casa contempla a infra-

estrutura de acesso e de saneamento nos 16 Municípios do Espírito Santo com

mais de 50 mil habitantes, a ampliação do valor das unidades via contrapartida

do Governo do Espírito Santo nos Municípios sub-50 (com população abaixo

de 50 mil habitantes) e a assistência a prefeituras por meio de convênios para

elaboração de projetos e construção de 1.500 unidades no meio rural.

No Espírito Santo, a infraestrutura de saneamento básico (água tratada, coleta

de esgotos e resíduos sólidos) apresentou crescimento entre 2009 e 2011, se-

gundo dados da Pnad. Por sua importância para o meio ambiente equilibrado,

para a saúde e para a garantia da qualidade de vida da população, os indica-

dores da infraestrutura de saneamento básico são alvo constante de monitora-

mento e das ações públicas.

Dentre os esforços em políticas públicas relativos ao tema da infraestrutura de

serviços de saneamento, cabe ressaltar a importância do Programa Estadual de

Saneamento, que contempla ações para o aumento da capacidade de reserva

e tratamento de água, ampliação de redes coletoras e da capacidade de trata-

mento de esgoto, bem como o aumento do número de imóveis efetivamente

ligados às redes existentes.

O abastecimento de água por rede cresceu no Espírito Santo, chegando a 86,6%,

em 2011, resultado acima da média nacional (83,5%) e abaixo da média da região

57)

Page 60: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Sudeste (90,8%). Esse abastecimento encontra-se concentrado nas áreas urbanas,

onde 97,5% dos domicílios são abastecidos por rede, contra 18,1% nas áreas rurais.

Gráfico 26 - Percentual de domicílios com abastecimento de água por meio da rede geral de distribuição, Brasil, Sudeste e Espírito Santo, 2001-2011

BRASIL ESPÍRITO SANTOSUDESTE

200920082007200620052004200320022001 2011

82,982,1

81,480,8

79,679,4

79,6

79,077,8

83,583,8

82,0

82,782,1

83,7

82,1

80,1

81,3

79,4

86,6

92,091,591,391,490,790,7

90,089,989,3

90,8

Fonte: PNAD/IBGE, 2011; Elaboração: IJSN, 2013

O percentual de domicílios particulares permanentes com acesso à rede de

esgoto também cresceu entre 2009 (67,4%) e 2011 (76,7%). Por esses dados, o

índice do Espírito Santo situa-se acima da média nacional (62,6%), mas abaixo

da média do Sudeste (87%). O serviço de coleta de esgoto também é concen-

trado no meio urbano, que contava com 87% dos domicílios com acesso à rede

coletora em 2011, frente a 11,9% de acesso no meio rural.

Gráfico 27 - Percentual de domicílios com acesso à rede coletora de esgoto, Brasil, Sudeste e Espírito Santo, 2001-2011

BRASIL ESPÍRITO SANTOSUDESTE

200920082007200620052004200320022001 2011

85,685,1

63,364,464,665,7

82,4

61,9

56,2

76,7

67,4

62,6

85,083,983,483,3

59,5

81,680,6

87,0

59,059,258,957,156,456,356,7

5654,6

62,6

Fonte: PNAD/IBGE, 2011; Elaboração: IJSN, 2013

58

)

Page 61: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Ao se tratar do indicador de domicílios atendidos por esgotamento sanitário

adequado, que inclui a fossa séptica, percebe-se um aumento significativo no

percentual de domicílios atendidos entre 2001 e 2011, de 20 pontos percen-

tuais (p.p.), acompanhando a alta no Brasil que foi de 10,5 p.p. e na Região

Sudeste, de 6,3 p.p..

Gráfico 28 - Percentual de domicílios com esgotamento sanitário adequado, Brasil, Sudeste e Espírito Santo, 2001-2011

BRASIL ESPÍRITO SANTOSUDESTE

200920082007200620052004200320022001 2011

72,1

73,0

89,387,686,986,9

68,8

85,684,5

90,888,488,9

73,270,269,468,7

86,2

68,066,7

77,2

76,7

72,5

79,176,175,774,7

72,273,4

63,7

83,7

Fonte: PNAD/IBGE, 2011; Elaboração: IJSN, 2013

Gráfico 29 - Percentual de domicílios com coleta de lixo, Brasil, Sudeste e Espírito Santo, 2001-2011

BRASIL ESPÍRITO SANTOSUDESTE

200920082007200620052004200320022001 2011

87,4

95,4

87,186,3

85,584,6

82,2

84,883,2

88,888,487,7

86,385,4

85,7

84,5

85,6

81,8

92,390,7

95,9

86,1

95,394,994,494,293,993,6

79,0

95,9

Fonte: PNAD/IBGE, 2011; Elaboração: IJSN, 2013

59)

Page 62: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Completando o rol de serviços que compõem o saneamento básico, a coleta

de lixo no Espírito Santo atingiu 90,7 % dos domicílios particulares permanen-

tes, superando o Brasil (88,8%), mas ainda inferior à média da região Sudeste

(95,9%). Mais uma vez, as diferenças existem: enquanto no meio urbano o ser-

viço alcançou 99,2% dos domicílios particulares permanentes em 2011, no rural

o percentual é de 37,1%.

Ainda que a coleta e a destinação dos resíduos sólidos caibam aos Municípios, o

programa “ES sem Lixão” está ampliando a correta destinação final de resíduos,

por meio de Consórcios Públicos Regionais, expandindo o serviço, principal-

mente nos pequenos Municípios. O “ES sem Lixão” é um importante programa

estruturante do Governo do Estado que está implementando o sistema regional

de logística e de resíduos sólidos urbanos.

Integração Logística

Sistema Rodoviário

No modal de transporte rodoviário, o ano de 2012 foi palco de grandes reali-

zações por parte do Governo do Espírito Santo como, por exemplo, obras que

serão realizadas nos eixos logísticos previstos no Plano de Desenvolvimento

Espírito Santo 2025 (ES 2025), além de acesso aos portos e terminais portuários

e aumento da integração com os Estados vizinhos.

Outros programas e iniciativas do Governo do Espírito Santo visam melhorias

na infraestrutura logística. Com a ação do programa Caminhos do Campo, co-

ordenado pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pes-

ca (SEAG), o Governo do Estado já propiciou a pavimentação de um total de

739,55 km de estradas rurais entre 2003 e 2012, com a finalidade de facilitar o

escoamento da produção agrícola, aumentar o fluxo turístico e, ainda, reduzir

problemas ambientais. É importante frisar que esse número já supera a meta

inicial do programa, que era de 730 km, e a perspectiva é de continuar melho-

60

)

Page 63: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

rando ainda mais essa marca, pois, atualmente, estão em obras mais de 130 km

de novas estradas.

Além do programa Caminhos do Campo, o Governo do Espírito Santo in-

veste também na recuperação e melhoria de vários trechos de sua malha

rodoviária. Só em 2012, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER)

entregou mais de 216 novos quilômetros de rodovias, que receberam trata-

mento de pavimentação, reabilitação e melhorias, ultrapassando mais uma

vez a meta prevista de entregar 120 quilômetros por ano até 2014. O DER

chegou ao segundo semestre de 2012 com 51 obras concluídas, de Norte a

Sul do Espírito Santo.

O Estado ainda busca recursos junto ao Governo Federal para melhorias nas

rodovias federais que atravessam o Estado. Como resultado desses esforços,

tivemos em 2012 a divulgação por parte do Governo Federal da concessão

das BR-101 e BR-262. Essa grande empreitada para os próximos anos promete

duplicar e tornar mais seguro o tráfego nessas importantes artérias da logística

do Espírito Santo.

Quanto ao nível de qualidade das rodovias estaduais e federais que se dis-

tribuem pelo Estado, foi divulgada, em meados de 2012, a Pesquisa CNT de

Rodovias-2012. Essa pesquisa busca medir a qualidade das principais rodovias

brasileiras por meio de avaliações acerca da qualidade da pavimentação e da

sinalização e ainda da geometria da via, gerando assim, outro indicador deno-

minado de “Estado Geral da Via”.

No Espírito Santo, em 2012, a maior parte dos trechos rodoviários contempla-

dos pela pesquisa obteve resultados entre regular e ótimo. No quesito sobre

pavimentação, por exemplo, o resultado classificado como “Ótimo” chegou

próximo a 50%.

61)

Page 64: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Figura 2 - Vias pavimentadas pelo programa Caminhos do Campo

62

)

Page 65: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Gráfico 30 - Condição Geral das Rodovias, Espírito Santo, 2012 - em %

PÉSSIMO RUIM REGULAR BOM ÓTIMO

ESTADO GERAL PAVIMENTAÇÃO SINALIZAÇÃO GEOMETRIA DA VIA

22,9

45,1

24,447,8 47,8

47,8

41,9

7,73,2 2,1

4,5

0,547,8

47,8

47,8

47,8

47,8

47,8

47,8

Fonte: CNT, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

No indicador que avalia a geometria das vias, o Espírito Santo ainda possui

grandes desafios. Porém, esse resultado deve-se principalmente à confor-

mação do acidentado relevo capixaba. No indicador que avalia o estado

geral das rodovias, o percentual compreendido entre regular, bom e ótimo

alcançou 74%.

Sistema Portuário

Nesse quesito, o Governo do Espírito Santo anunciou a criação da Câmara de

Eficiência Portuária, que busca melhorias que possam manter as cargas de au-

tomóveis e máquinas, propiciando um ambiente favorável à atividade portuária,

prejudicada com a mudança do sistema de funcionamento do Fundap. Essa me-

dida visou também o aumento das movimentações de contêineres e, ainda, de

cargas de petróleo e gás natural através de importantes investimentos em in-

fraestrutura logística. Um exemplo dessas ações são as obras de modernização

do Porto de Vitória, a cargo da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa),

como ente federal atuante no Estado.

Em linhas gerais, a movimentação de cargas tanto nos portos quanto nos Termi-

nais de Uso Privativo (TUP) recuaram em 2012. A movimentação no complexo

portuário capixaba recuou 18,7% em 2012, enquanto nos TUP a queda foi de

63)

Page 66: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

0,8%. Em grande medida, esses resultados foram influenciados pelo momento

de instabilidade e incerteza da economia global.

Gráfico 31 - Total Geral de Cargas Movimentadas por tipo de instalação, Espírito Santo, 2006-2012

PORTO TUP TOTAL

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

7,93

135,55143,48

8,11

147,07155,18

7,22

146,56153,78

4,77

127,26 132,03

6,57

157,72164,29

8,11

161,66169,77

6,83

160,23167,06

Fonte: ANTAQ, 2012; Elaboração: IJSN, 2013

Vale registrar que o Governo Federal anunciou, em dezembro de 2012, o

“Programa de Investimentos em Logística: Portos”, que prevê investimentos

de R$ 54,2 bilhões, dos quais, R$ 13,3 bilhões destinados ao Estado do Espí-

rito Santo, até 2017. O objetivo do programa é modernizar a infraestrutura e

a gestão portuária, reduzir custos e aumentar a eficiência portuária, além de

estabelecer novas regras que permitam a ampliação dos investimentos do

setor privado.

O Espírito Santo está contemplado no programa com nove novos empreen-

dimentos, com destaque para o porto de águas profundas, que funcionará na

forma de Parceria Público-Privada (PPP). As demais instalações que receberam

os recursos são privadas.

No âmbito do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo

(Proedes), o Governo do Estado agiu e articulou em consonância com as me-

didas do Governo Federal para buscar viabilizar a melhoria logística e superar

os gargalos, de modo a estabelecer as bases de uma infraestrutura tecnolo-

gicamente avançada, buscando tornar o Estado mais eficiente e competitivo,

convergindo no apoio à instalação de novos portos e à otimização do uso das

instalações atuais.

64

)

Page 67: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Sistema Ferroviário

A malha ferroviária do Estado está voltada principalmente para o transporte

de cargas, sendo composta pela Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), com

aproximadamente 338 km, operada pela Vale com prioridade para o minério de

ferro; e a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), com 268,9 Km de extensão dentro do

Estado, que liga a Grande Vitória ao Rio de Janeiro.

A complementação dessa malha é estratégica para o escoamento da produção

do interior do país e do Estado, sendo importante como meio de integração

dos portos do Espírito Santo em bitola larga. Nesse sentido, segue a articulação

do Governo do Espírito Santo com o Governo Federal para a implantação das

ferrovias EF-103 (entre Vitória e Rio de Janeiro, com extensão até Linhares) e da

EF-354 (entre o sul do Espírito Santo e o Mato Grosso).

Sistema Aeroviário

Em 20 de dezembro de 2012 o Governo Federal lançou o “Programa de Inves-

timentos em Logística: Aeroportos”, com o objetivo de ampliar a infraestrutura

aeroportuária do país, em especial com a construção de 270 novos aeroportos

regionais, num investimento total anunciado de R$ 7,3 bilhões, dentre os quais

R$ 1,6 bilhão em 65 novos aeródromos no Sudeste.

A consolidação desse programa no Estado possibilitará a instalação de quatro

aeroportos regionais em cidades polo capixabas, a saber: Cachoeiro de Itape-

mirim, Colatina, Linhares e São Mateus. Ainda nesse contexto estão as obras de

ampliação da pista do aeroporto de Linhares, com recursos do Programa Fede-

ral de Auxílio a Aeroportos (Profaa), que se encontra em fase de contratação.

Soma-se a esse esforço a atual construção do novo aeroporto de Vitória, ad-

ministrado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroviária (Infraero), que

deve ampliar a capacidade do aeroporto capixaba para mais de dois milhões

de passageiros/ano e que angariou decisões favoráveis do judiciário federal no

sentido da retomada do empreendimento.

65)

Page 68: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS
Page 69: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

3. Gestão para resultados

Page 70: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Em fevereiro de 2011, o Seminário de Planejamento Estratégico, que envolveu toda

a equipe de Governo, consolidou um dos principais marcos da gestão pública capi-

xaba contemporânea, o Plano Estratégico 2011-2014, intitulado Novos Caminhos.

Esse moderno e arrojado plano, que nos últimos dois anos ganhou projeção na-

cional, inovou, sobretudo, pelo dinâmico modelo de gestão concebido e implan-

tado, pela sua governança democrática e pela definição das prioridades, condi-

ções e meios para realizar os anseios da sociedade, de maneira eficiente e eficaz.

Mapa Estratégico

O plano e modelo de gestão do Governo estão fundamentados em premissas, fo-

cos prioritários e oito Comitês Estratégicos20 conforme indicados na figura abaixo.

O Plano Estratégico 2011-2014 - Novos Caminhos parte da visão de futuro de que o

Espírito Santo, em 2014, será um Estado próspero, sustentável e seguro, com opor-

tunidades para todos. Ao mesmo tempo, o referido plano apresenta como focos

prioritários o atendimento aos segmentos mais vulneráveis e o desenvolvimento re-

gionalmente equilibrado, sendo fundamentado nas premissas de responsabilidade

ambiental, governança democrática, gestão transparente e responsabilidade fiscal.

Figura 3 – Mapa Estratégico do Plano de Governo 2011-2014

Visão de Futuro 2014

ESPÍRITO SANTO:um estado próspero, sustentável e seguro com oportunidades para todos

Focos Prioritários Atendimento aos segmentos mais vulneráveis

Desenvolvimento regionalmente equilibrado

Comitês Estratégicos

Melhoria da Gestão Pública e Valorização do Servidor

Inovação e Desenvolvimento

Integração Logística

Desenvolvimento da Agricultura e Meio Ambiente

Desenvolvimento da Educação, Cultura, Esportes e Lazer

Atenção Integral à Saúde e Proteção Social

Desenvolvimento da Infraestrutura Urbana

Prevenção e Redução da Criminalidade

Premissas Responsabilidade Ambiental

Governança Democrática Gestão Transparente Responsabilidade

Fiscal

20 Originalmente eram dez eixos estratégicos (Decreto nº 2654/R-2011), que foram reorganizados em oito Comitês Estratégicos (Decreto nº 3072/R-2012).

68

)

Page 71: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Definição do Modelo de Gestão

O Governo adotou como fundamento de sua organização gerencial a prática da

Gestão Orientada para Resultados. Isso requereu a definição clara de objetivos

estratégicos e mecanismos sólidos de monitoramento intensivo de programas

e projetos.

Na sua concepção, o plano Novos Caminhos estava balizado em dez eixos es-

tratégicos, conforme expresso no Decreto nº 2654/R de 5 de janeiro de 2011.

Ao longo de 2011 e 2012, as experiências e práticas vivenciadas pelo mode-

lo de gestão posto em funcionamento desde o início da atual administração

deram indicativos da necessidade de aprimorar e otimizar o sistema de ges-

tão principalmente no que diz respeito aos eixos estratégicos. Sendo assim,

os processos, procedimentos e entregas foram reorganizados e otimizados em

oito Comitês Estratégicos, como resultado do 2º Seminário de Planejamento

Estratégico (2012). Esse rearranjo prima pela excelência do planejamento es-

tratégico governamental, que deve prezar, constantemente, o reinventar e o

aperfeiçoar, adequando-se aos anseios da população.

Assim, em 9 de agosto de 2012, por meio do Decreto nº 3072/R, foi instituído o

Programa de Gestão para Resultados do Governo do Estado do Espírito Santo

(realiza+) com o objetivo de ampliar a capacidade do Governo em executar Pro-

gramas Estruturantes e Projetos Prioritários e entregar resultados à sociedade.

Como parte integrante do modelo de gestão do realiza+, cada programa e

projeto passou a contar, formalmente, com um gerente nas unidades adminis-

trativas responsáveis por sua execução, além de um gestor, na Secretaria de Es-

tado de Economia e Planejamento, que acompanha as ações de planejamento,

execução e avaliação desses programas e projetos.

Os dez eixos estratégicos inicialmente previstos no Decreto nº 2654/R-2011

foram reorganizados, pelo Decreto nº 3072/R-2012, em oito Comitês Estraté-

gicos, que correspondem ao conjunto de Secretários de Estado para atingir os

objetivos do Plano Estratégico 2011-2014 do Governo do Estado do Espírito

Santo.

69)

Page 72: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Tabela 11 – Relação Entre os Eixos Estratégicos (Decreto nº 2654/R-2011) e os Comitês Estratégicos (Decreto nº 3072/R-2012)

Eixos Estratégicos (Decreto nº 2654/R-2011) Comitês Estratégicos (Decreto nº 3072/R-2012)

Melhoria da Gestão Pública e Valorização do Servidor

Melhoria da Gestão Pública e Valorização do Servidor

Produção do Conhecimento, Inovação e Desenvolvimento

Inovação e Desenvolvimento

Desenvolvimento da Agricultura e Meio AmbienteDistribuição dos Frutos do Progresso

Integração Logística Integração Logística

Desenvolvimento da Educação, Cultura, Esportes e Lazer

Desenvolvimento da Educação, Cultura, Esportes e Lazer

Empregabilidade, Participação e Proteção SocialAtenção Integral à Saúde e Proteção Social

Atenção Integral à Saúde

Desenvolvimento da Infraestrutura Urbana Desenvolvimento da Infraestrutura Urbana

Prevenção e Redução da Violência Prevenção e Redução da Criminalidade

Inserção Nacional

Para o monitoramento intensivo dos processos e resultados dos programas

e projetos, cada eixo estratégico possui seu respectivo comitê de gerencia-

mento. Os comitês são formados por Secretários de Estado, dirigentes de

autarquias, gerentes de programas e projetos e técnicos das mais diversas

áreas, o que garante uma maior integração intersetorial nas ações planeja-

das e implementadas. A Secretaria de Estado de Economia e Planejamento

(SEP) é a instância de governo responsável pela coordenação dos Comitês

Estratégicos.

Todo esse gerenciamento é pactuado com base em um cronograma de reu-

niões de acompanhamento e alinhamento, conduzidas pelo Governador.

Cada comitê promove uma reunião por semana, o que resulta na realização

de seis ciclos anuais de encontros de cada Comitê Estratégico. Articulados

com essas reuniões semanais com o Governador, os Secretários de Estado

realizam reuniões sistemáticas com os gerentes dos programas e projetos,

com o objetivo de monitorarem marcos críticos, riscos, entregas e cronogra-

mas físico e financeiro delineados no Sistema de Gerenciamento Estratégico

de Programas e Projetos do Governo (Siges), ferramenta online de gestão e

monitoramento.

70

)

Page 73: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

A cada três ciclos de reuniões dos Comitês Estratégicos, são realizadas reuniões

de resultados, também conduzidas pelo Governador, quando são analisados os

indicadores e resultados das ações implementadas.

A instituição do Programa de Gestão para Resultados realiza+ propiciou o es-

tabelecimento de um fluxo diferenciado de acompanhamento dos procedimen-

tos, instituindo o selo prioritário, que tem como objetivo destacar e garantir

maior agilidade aos processos dos programas estruturantes e projetos prioritá-

rios do Governo. Também foi constituída uma rede de pontos focais, que é for-

mada por instituições de referência (Secretaria de Estado de Gestão e Recursos

Humanos - Seger, Procuradoria Geral do Estado - PGE-ES, Secretaria de Estado

de Controle e Transparência - Secont, Instituto Estadual de Meio Ambiente -

Iema e Instituto de Obras Públicas do Estado do Espírito Santo - Iopes), cuja

missão é a mobilização em torno da celeridade dos referidos processos.

A criação da Comissão Especial de Análise e Mudança foi outro aprimoramen-

to proporcionado pelo realiza+. Formada por representantes da SEP, Seger,

Secont, Secretaria de Estado de Governo (SEG) e Secretaria de Estado da

Fazenda (Sefaz), a comissão tem o objetivo de avaliar a inclusão, exclusão e

lançamento de novos programas e projetos no portfólio, bem como eventuais

alterações de escopo, prazo, custo e qualidade.

Estruturação de Programas e Projetos

Na organização das ações necessárias ao enfrentamento dos desafios propos-

tos pelos Comitês Estratégicos, foram definidos 18 programas estruturantes e

186 projetos prioritários. A tabela a seguir indica os programas estruturantes

da carteira.

71)

Page 74: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Tabela 12 – Relação de Porgramas Estruturantes do realiza+

Comitê Programa

Comitê I ES Digital

Comitê II Rede Formar

Comitê III

BRT Grande Vitória

Juntos Pela Vida

Programa de Desenvolvimento Logístico

Programa de Mobilidade Metropolitana

Comitê IV

Programa Estadual de Adaptação às Mudanças Climáticas

Reflorestar

Vida no Campo

Comitê V Expansão e Melhoria do Ensino Médio

Comitê VI

Fortalecimento da Atenção Primária

Incluir

Programa de Ações Integradas sobre Drogas

Programa Reestruturação e Ampliação da Capacidade da Rede de Serviços de Saúde

Comitê VII

ES sem Lixão

Nossa Casa

Programa Estadual de Saneamento

Comitê VIII Estado Presente

Com base no mapa estratégico e no modelo de gestão aqui brevemente de-

lineados, nas próximas páginas serão detalhadas as principais ações, realiza-

ções e entregas dos oito Comitês Estratégicos que compõem o plano Novos

Caminhos.

72

)

Page 75: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

COMITÊ I

Melhoria da Gestão Pública e Valorização do Servidor

Esse Comitê Estratégico tem por objetivo ampliar e moder-

nizar o atendimento ao cidadão, a formação, profissionali-

zação e a valorização do servidor público e desenvolver a

gestão orientada por resultados, assim como aprimorar os

mecanismos para promoção de maior transparência e parti-

cipação social no Governo. Tem o foco no uso da tecnologia

da informação e dos sistemas corporativos e também na me-

lhora da arrecadação, na recuperação de crédito e acompa-

nhamento da dívida pública.

73)

Page 76: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

A mobilização para o fortalecimento das instituições públicas, com base no

princípio de modernização da gestão, tem sido uma das estratégias caracterís-

ticas desse comitê.

Os aprimoramentos dos dispêndios com custeio e a implementação do modelo

de gestão de programas e projetos orientado para resultados contribuíram com

uma maior eficiência na qualidade dos gastos correntes, além de possibilitarem

a realização, nos prazos estipulados, de uma série de entregas essenciais à so-

ciedade capixaba, nos anos de 2011 e 2012.

Nesses últimos anos, o enfrentamento de algumas adversidades permearam a

pauta dos capixabas, a saber, a perspectiva desfavorável da perda de receita

frente à alteração dos mecanismos do Imposto sobre Circulação de Mercado-

rias e Serviços (ICMS-Importação) que atingiu ao sistema Fundo de Desenvol-

vimento das Atividades Portuárias (Fundap) e a ameaça de mudança nas regras

de divisão dos royalties do petróleo. Considerada a forte relação da economia

do Espírito Santo com o comércio exterior, as incertezas geradas no âmbito da

economia mundial, marcada, sobretudo, pelas instabilidades da União Europeia

e a desaceleração do crescimento chinês, também representaram desafios nes-

se período recente.

Com a consolidação desse cenário, o Governo do Espírito Santo agiu preven-

tivamente sustentando suas ações em um planejamento de otimização das fi-

nanças, o que permitiu a realização, em 2011 e 2012, de uma média de inves-

timentos na casa de R$ 1,4 bilhão em cada ano. Nas finanças estaduais, essa

capacidade de investimento se tornou possível por meio da responsabilidade e

austeridade no custeio da máquina pública. Para os próximos dois anos a pers-

pectiva é expandir os investimentos públicos para R$ 2 bilhões anuais, com a

ampliação da estrutura de captação de recursos e o fortalecimento do diálogo

com o Governo Federal, especialmente no tocante ao incremento dos investi-

mentos federais no Estado.

Para uma maior eficiência dos processos e a eficácia das entregas para a po-

pulação, é de fundamental importância que a máquina de arrecadação esteja

adequadamente organizada. Nos últimos dois anos, ocorreu uma melhoria na

74

)

Page 77: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

arrecadação estadual e na recuperação de crédito, bem como um permanente

acompanhamento da dívida pública.

A otimização das finanças públicas estaduais está em curso com a implantação do

Sistema Integrado de Gestão das Finanças Públicas (Sigefes). Esse é um exemplo

de como as ferramentas tecnológicas vêm dinamizando diversos campos da ad-

ministração pública capixaba. Avanços nesse mesmo nível de modernização tam-

bém estão sendo alcançados com a implantação do Sistema Integrado de Gestão

Administrativa (Siga), que articula diversos módulos essenciais da administração,

convênios, contratos, patrimônio, almoxarifado e outros. A ampliação da rede

Faça Fácil é outro exemplo dentre as soluções implantadas, com base em tecno-

logias e na integração de serviços, para atender com celeridade as demandas da

sociedade. Os principais serviços sistematizados oferecidos pelo Faça Fácil são:

emissão de carteira de identidade em no máximo cinco dias úteis e de carteira

de trabalho em até três dias úteis; segunda via e renovação da Carteira Nacional

de Habilitação (CNH); licenciamento de veículos com todos os procedimentos

necessários reunidos no mesmo espaço; segunda via de certidão de nascimento,

casamento e óbito emitidas por qualquer cartório do Estado; serviços de posta-

gens; solicitação de Cadastro de Pessoa Física (CPF); solicitação de passe livre e

serviços de religação de água e de energia elétrica.

A modernização proporcionada com a implementação de sistemas como os ci-

tados faz parte do modelo de gestão atual, que também é balizado pela gestão

de pessoas. Essa vertente da administração pública vem ampliando a formação,

a profissionalização e a valorização do servidor público capixaba. Insta salientar

a implantação da Política de Gestão de Pessoas, que, no ano de 2012, revisou

e estruturou o plano de carreiras e remuneração de secretarias e autarquias. A

perspectiva é que, até 2014, todos os órgãos do Estado tenham seus planos de

gestão de pessoas por competências definidos.

Além dos Projetos Prioritários aqui citados, esse Comitê Estratégico conta

com o Programa Estruturante ES Digital, que visa a implantação de uma rede

de fibra ótica e propiciar uma série de avanços na esfera das Tecnologias da

Informação e Comunicação (TICs) para a população capixaba. Esse programa

prevê a implantação de anéis de fibra ótica em regiões estratégicas, o que

75)

Page 78: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

permitirá a ampliação da rede de comunicação de alta velocidade em todo o

Espírito Santo, gerando um ambiente cada vez mais propício ao progresso e

à evolução das bases tecnológicas de transmissão de dados e comunicação.

Somente em 2012, 819 pontos de acesso à rede banda larga do ES Digital

foram implantados.

Nesse mesmo ano, o Governo do Espírito Santo avançou na modernização

da gestão democrática, com a Lei Estadual de Acesso à informação (Lei nº

9.871/12), que possibilitou a implementação do Portal da Transparência

(www.transparencia.es.gov.br) integrado com a reestruturação da Ouvidoria

Geral do Estado.

Outro avanço na melhoria da gestão pública, constatado desde 2011, foi am-

pliação da participação democrática no planejamento estadual. Incorporado ao

modelo de gestão de programas e projetos orientados ao resultado, o Gover-

no do Espírito Santo, em sua gestão orçamentária, vem aprimorando o PPA/

Orçamento Online, que possibilita a participação da sociedade pela Internet, e

as Audiências Públicas Regionais, por meio das quais é promovido um amplo

debate com a população sobre as prioridades das dez microrregiões do Espí-

rito Santo. Essas ações adotam metodologia que favorece a participação de-

mocrática dos diversos segmentos sociais, por meio da seleção das demandas

prioritárias e, ao mesmo tempo, possibilita a prestação de contas das ações do

Governo.

Programa Estruturante do Comitê

PROGRAMA ES DIGITAL

A implantação do Programa ES Digital tem como objetivo a promoção da infra-

estrutura de comunicação multimídia de alto desempenho e baixo custo como

suporte à modernização da gestão pública e ao processo de desenvolvimento

do Espírito Santo. O Programa permitirá a redução de custos nos meios de

comunicação de dados, voz e vídeo, aumento da eficiência no uso dos meios

76

)

Page 79: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

de comunicação multimídia das entidades públicas e a expansão dos serviços

disponíveis para a população, tais como:

Telemedicina (transmissão de imagens e laudos médicos);

Vídeo vigilância;

Educação à distância em tempo real e capacitação remota de professores;

Monitoração de condições climáticas para prevenção de desastres;

Melhoria da agricultura, através do geoprocessamento;

Gestão integrada de controle de tráfego (equipamentos embarcados, e di-

versas aplicações móveis);

Fomento à economia local (desenvolvimento regional, através de Centros de

Inclusão Digital);

Melhoria da velocidade de comunicação com a Internet;

Aumento da abrangência da Internet banda larga para os cidadãos; e

Fornecimento de infraestrutura de fibra ótica para grandes empresas.

O Programa ES Digital possui como escopo os seguintes projetos: Implantação

da Metro ES em Vitória; Implantação da Rede ES – Serviço; Expansão da Metro

ES para RMGV (Metro-GVIX); Implantação da Rede ES – Infraestrutura; Coope-

ração técnica e financeira entre Governo do Estado e Telebras; e Cooperação

técnica e financeira entre Governo do Estado e Rede Nacional de Ensino e

Pesquisa (RNP).

O programa assume por meta ter 100% das unidades da administração pública

atendidas pelo Programa e oferecer infraestrutura digital aos 78 Municípios do

Espírito Santo.

Em 2012, 46 pontos foram implantados nos órgãos da administração pública na

1ª etapa do projeto Metro ES e mais 50 pontos encontravam-se em fase final de

implantação até o final do mês de janeiro de 2013. Já a Rede ES Serviço atingiu

90% dos sites previstos, ou seja, aproximadamente 900 sites, nos 35 órgãos que

aderiram ao projeto.

77)

Page 80: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Todo o processo de elaboração de projetos e de topologia física para a expan-

são de infraestrutura e implantação de equipamentos nos Municípios da Região

Metropolitana da Grande Vitória, com exceção de Guarapari e Fundão, foi ini-

ciado em 2012. A previsão de término do projeto, com cerca de 490 pontos de

acesso disponibilizados, é em meados de 2013.

Ressalta-se, ainda, a definição do modelo de negócio e sustentabilidade para

os 73 Municípios restantes, os quais terão seus estudos de viabilidade iniciados

e concluídos ainda em 2013.

Projetos de cooperação técnica permitiram ampla troca de experiência com

o Governo Federal, especialmente quanto às possibilidades de ampliação da

abrangência para as redes de ensino, pesquisa e extensão, telecomunicação e

melhoria na eficiência da prestação de serviços.

Principais Realizações em 2012

Com a aplicação de R$ 42 mil em 2012, foi concluída a Implantação do Novo

Portal de Transparência integrado com a Ouvidoria. Utilizando uma linguagem

simples e navegação amigável, o Portal passou a disponibilizar maior volume

de dados e informações sobre a gestão pública, possibilitando que a sociedade

participe e acompanhe onde são investidos os recursos públicos. Essa inicia-

tiva do Governo do Estado amplia o controle social, combate a corrupção e

desenvolve a gestão democrática. Além disso, foi editada (Lei nº 9871/2012)

e regulamentada (Decreto nº 3152-R/2012) a legislação que trata do acesso à

informação no âmbito do Estado do Espírito Santo. Outro marco na promoção

da transparência e ampliação dos mecanismos de controle social.

Foi instituído o Sistema de Controle Interno do Estado do Espírito Santo (Lei nº

9938/2012) e, em sua organização, a Ouvidoria Geral do Estado foi reestruturada

e transferida para a Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Decreto

nº 2969-R/2012), medidas que visam qualificar o atendimento e ampliar o papel

da Ouvidoria e das demais estruturas do controle interno como instrumento de

fomento à transparência e participação social na gestão estadual. Além disso, fo-

78

)

Page 81: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

ram implementadas novas bases de dados do Observatório da Despesa Pública,

ferramenta que tem por objetivo desenvolver ações de prevenção e de combate

à corrupção, por meio de cruzamento de dados e malha fina na despesa pública.

O Programa Inovação na Gestão Pública do Estado do Espírito Santo realizou

o Prêmio Inovação na Gestão Pública do Estado do Espírito Santo (Inoves). O

prêmio, que tem como finalidade reconhecer os resultados concretos gerados

por iniciativas empreendedoras que produzam serviços públicos de qualidade,

reduzindo gastos e gerando satisfação para a sociedade, foi concedido a oito

projetos inovadores, dentre 234 apresentados no ano de 2012. Outros 14 pro-

jetos e/ou organizações foram reconhecidos com menções especiais.

Foi implantado o Sistema Integrado de Gestão Administrativa (Siga), para for-

talecer a gestão administrativa por meio de uma ferramenta única de módulos

de compras, almoxarifados, contratos e convênios que contemplam os órgãos

e entidades do Governo do Estado. Com a aplicação de R$ 2 milhões, quatro

desses módulos foram entregues.

O Governo do Estado economizou R$ 1 milhão em razão do Projeto de Gestão

Corporativa do Contrato de Passagens Aéreas, que gerencia o fornecimento de

passagens aéreas nacionais e internacionais para órgãos e entidades do Governo.

Em 2012, foram adquiridas 16.088 passagens, a um custo total de R$ 6,1 milhões.

Com a Gestão da Frota de Veículos do Governo do Estado, projeto que mo-

nitora os contratos corporativos de combustíveis e manutenção de veículos da

administração pública estadual, economizou-se R$ 1,3 milhão nessa relevante

despesa, que alcançou R$ 39,8 milhões no ano.

O Programa Formulação e Implantação da Política de Gestão de Pessoas visa re-

formular a Política de Gestão de Pessoas, adequando ao Modelo de Gestão por

Competências a reestruturação das carreiras e remuneração no Poder Executivo

do Governo do Estado. Em 2012, foram implementadas as diretrizes definidas na

Nova Política de Gestão de Pessoas. O projeto de reestruturação das carreiras e

remuneração dos servidores já rendeu a conclusão e aprovação de 18 projetos de

lei pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo, dois foram concluídos e não sub-

79)

Page 82: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

metidos à Assembleia e outros 14 estão em análise. Para toda essa reestruturação

foi investido R$ 1 milhão em consultoria da FIA/USP contratada para esse fm.

O Projeto de Formulação e Implantação do Programa de Qualidade de Vida no

Trabalho proporciona ações voltadas à qualidade de vida no trabalho dos servi-

dores da administração pública do Poder Executivo estadual, contribuindo assim

para a melhoria dos serviços ao cidadão. O projeto tem quatro fases, sendo que

três delas já foram concluídas em 2012 e a quarta está em processo de execução.

As fases são: Alinhamento e definição do conceito e ferramentas de Gestão da

Qualidade de Vida no Trabalho; Diagnóstico e Treinamento para Gestão da Qua-

lidade de Vida no Trabalho da Equipe de Trabalho; Aplicação da Metodologia de

Implantação através da Elaboração das Minutas; e Consolidação da Modelagem,

Monitoria e Acompanhamento do Programa GQVT. Foram investidos R$ 104 mil

com essa finalidade.

Dentro do programa Qualivida, que visa também promover atividades de bem-

-estar ao servidor público com o projeto do Coral VozES, que motiva a integra-

ção dos servidores por meio de atividades culturais, foram realizados 42 ensaios

e 18 apresentações, com um investimento de R$ 14 mil.

O Programa Jovens Valores, que estabelece uma política organizacional de

oferta de estágio no Poder Executivo estadual, proporcionando o acesso de es-

tudantes do ensino médio da rede estadual de ensino e alunos do ensino técni-

co e superior à capacitação profissional em estágios nos órgãos administrativos

do Estado. Foi investido R$ 679 mil em 2012. O programa já contabiliza como

resultados: 2.479 estudantes iniciados, 484 já concluídos e 4.216 capacitados.

Em 2012, o Bônus Desempenho, pago pela primeira vez em 2011, com o objeti-

vo de reconhecer, estimular e valorizar o esforço dos profissionais que atuam na

Secretaria de Estado da Educação em prol da melhoria contínua da qualidade

da educação pública capixaba alcançou R$ 23 milhões, possibilitando que apro-

ximadamente 18.400 servidores fossem contemplados.

Com relação ao esforço de melhoria da arrecadação estadual, 2012 bateu todos

os recordes, alcançando o montante de R$ 10,5 bilhões, o que representa um

aumento de 8,22% em relação à arrecadação de 2011. Comparada à arrecadação

80

)

Page 83: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

do ano de 2010, verifica-se um crescimento de 27%. Incluindo as transferências

constitucionais, a Receita Geral Arrecadada Estadual foi de R$ 13, 6 bilhões.

Tabela 13 – Arrecadação do Estado do Espírito Santo 2007-2012, em valores correntes (R$ mil)

2007 2008 2009 2010 2011 2012

ICMS 5.803.831 6.916.334 6.398.020 7.122.150 8.409.372 9.060.725

IPVA 207.182 248.210 294.789 313.445 345.119 380.769

ITCD 13.996 16.450 19.055 20.709 24.625 31.557

Outras Receitas* 684.099 764.535 927.492 803.590 922.675 1.026.268

Total 6.709.108 7.945.527 7.639.356 8.259.894 9.701.791 10.499.319ICMS Líquido 2.582.684 3.038.061 2.911.593 3.349.889 3.775.951 4.335.926

Fonte: GEARC/SUBSER/SUPEF

* Outras Receitas - é composta por receita de contribuições, patrimonial, industrial, agropecuária, de serviços, diversas, de capital e outras receitas correntes, exceto item Outras Receitas de ICMS.

Gráfico 32 – Desempenho da Arrecadação do Estado do Espírito Santo 2011-2012 (R$ mil)

2011 2012

NOVOUTSETAGOJULJUNMAIABRMARFEVJAN200.000

450.000

700.000

950.000

DEZ

Fonte: Sefaz/ES

Gráfico 33 – Meta de ICMS Líquido e Resultado Alcançado no Estado do Espírito Santo – 2012 (R$ mil)

META

NOVOUTSETAGOJULJUNMAIABRMARFEVJAN DEZ

399.546366.128

385.242345.683349.871

371.199

327.508335.070362.011

326.032

380.419

310.

000

387.218

Fonte: Sefaz/ES

No que se refere à arrecadação de Imposto sobre Operações Relativas à Circu-

lação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interesta-

81)

Page 84: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

dual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), o crescimento foi de 7,74 % se

comparado com o ano 2011.

Gráfico 34 – Arrecadação de ICMS 2007 – 2012 do Estado do Espírito Santo, em valores correntes (R$ mil)

2007 2008 2009 2010 2011 2012

8.409.372

7.122.1506.398.020

6.916.331

5.803.831

9.060.725

Fonte: GEARC/SUBSER/SUPEF

Conforme evidenciado no gráfico a seguir, a arrecadação do Imposto sobre a

Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em 2012 foi de R$ 380,769 milhões,

com um crescimento de mais de 10%, se comparado com o ano de 2011. Já, se

for comparado com o exercício de 2010, o crescimento foi de mais de 21%.

Gráfico 35 – Arrecadação de IPVA 2007 – 2012 do Estado do Espírito Santo, em valores correntes (R$ mil)

2007 2008 2009 2010 2011 2012

345.119313.445

294.789

248.210207.182

380.769

Fonte: GEARC/SUBSER/SUPEF

Em virtude do maior controle e fiscalização, aliados aos investimentos em mo-

dernização tecnológica realizados pela Sefaz, a arrecadação do Imposto sobre

Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD) atin-

giu o montante de R$ 31,557 milhões, representando um aumento de 28%, em

relação a 2011.

82

)

Page 85: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Gráfico 36 – Arrecadação de ITCD 2007 – 2012 do Estado do Espírito Santo, em valores correntes (R$ mil)

2007 2008 2009 2010 2011 2012

24.625

20.70919.055

16.45013.996

31.557

Fonte: GEARC/SUBSER/SUPEF

Gráfico 37 – Participação dos Setores no ICMS do Estado do Espírito Santo - 2012

INDÚSTRIA

AGROPECUÁRIA

COMUNICAÇÃO

TRANSPORTES

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - FORA DO ESTADO

SIMPLES NACIONAL

ENERGIA ELÉTRICA

CAFÉ

IMPORTAÇÃO

RECOLHIMENTO SEM I.E

COMÉRCIO ATACADISTA

COMÉRCIO VAREJISTA

DEMAIS ATIVIDADES

20,95

6,29

0,03

2,16

8,97

3,418,01

1,74

22,97

1,91

14,00

7,20

2,35

Fonte: Sefaz/ES

Com essa arrecadação e o mais absoluto rigor fiscal, o Estado cumpriu, mais

uma vez, com eficiência, as metas estabelecidas de receita e despesa, além das

aplicações de recursos em Educação e Saúde.

Foram aplicados 26,74% da receita líquida de impostos na manutenção e no

desenvolvimento do ensino, sendo que o mínimo exigido é de 25%. Quanto ao

pagamento do magistério, foram investidos 78,43% da receita proveniente do

Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização

dos Profissionais da Educação (Fundeb), sendo a exigência mínima de 60%.

Valorizamos o exercício da profissão de professor, sem comprometer o limite

máximo com Despesa de Pessoal definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal

em 49% da Receita Corrente Líquida (RCL).

83)

Page 86: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

A estruturação dos portais financeiros do Tesouro Estadual permitiu ao Estado,

por meio da Sefaz, um controle e monitoramento mais eficiente de todas as con-

tas bancárias a ele pertencentes, facilitando as ações de auditorias e conciliações

contábeis, controles financeiros, o planejamento da programação financeira e o

detalhamento e planejamento estratégico das aplicações financeiras estaduais.

Nos últimos anos, houve um forte arrefecimento do estoque da Dívida Pública

Estadual em função do aprimoramento de gestão e do monitoramento institu-

cional conduzido pela Sefaz. Como indicativo dessa melhoria, assinala-se que

a Dívida Consolidada Líquida, que em 2003 correspondia a 97,46% da Receita

Corrente Líquida (RCL) do Estado, finalizou o exercício de 2012 com o percen-

tual de apenas 11,45% da RCL (dado preliminar).

Em 2012, buscando alternativas mais econômicas para a gestão dos contratos

financeiros com as instituições credoras, diversos estudos econômicos e audi-

torias contábeis do Tesouro Estadual reverteram-se em ações eficazes de eco-

nomicidade para o Estado, que resultaram em uma economia significativa de

aproximadamente R$ 218 milhões, das quais destaca-se:

redução de R$ 157,8 milhões na dívida com o Programa de Formação do

Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Após minuciosa análise de toda a le-

gislação vigente sobre a contribuição ao Pasep, conseguiu-se, junto a Receita

Federal do Brasil, a exclusão das despesas intraorçamentárias, das Autar-

quias e também dos repasses à Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito

Santo (Fapes) da base de cálculo da contribuição em questão;

economia de R$ 37,7 milhões com a efetivação do swap das dívidas, junto ao

BNDES, dos contratos Transcol III, PEF e Cesan;

recuperação de R$ 10,4 milhões, referentes às últimas parcelas das opera-

ções de crédito depositadas pelo Bank of Tokio, em 1985, bloqueadas pelo

Banco Central do Brasil. Ainda como medida de gestão da dívida, esses re-

cursos foram integralmente utilizados para a liquidação total da Dívida de

Médio e Longo-Prazo (DMLP) de 1998;

recuperação de R$ 7,4 milhões relativos a dispêndios com a quitação de pre-

catórios de Autarquias;

84

)

Page 87: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

estorno de R$ 4,6 milhões efetivado pela Caixa Econômica Federal, após

estudos de auditoria financeira elaborados pelo Tesouro Estadual, relativos à

dívida da Cohab-ES assumida pelo Estado, através do refinanciamento da Lei

nº 8.727/93; e

economia de R$ 496 mil em razão da antecipação de parcelas do refinancia-

mento da dívida estadual regido pela Lei 9496/97.

Foi implantada a metodologia de dedução da receita orçamentária, que des-

burocratizou as rotinas relacionadas às transferências constitucionais e legais

aos Municípios, resultando em benefício aos Municípios capixabas e aumento

da produtividade das estruturas orçamentárias e de contabilidade do Estado.

Isso foi possível ao se ajustar a metodologia de contabilização das receitas do

Estado. Em vez de se enquadrar as referidas transferências como despesas or-

çamentárias, optou-se por interpretá-las como deduções da receita total, a luz

da padronização que vem sendo instituída pela implantação das Normas Brasi-

leiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público. Com isso, desde janeiro de

2012, foram abolidos aproximadamente 2.000 registros de notas de empenho e

14.000 notas de lançamento no Sistema Integrado de Administração Financeira

para Estados e Municípios (Siafem). Ainda mais relevante que os ganhos de

eficiência para a administração estadual, o principal resultado dessa medida foi

que os Municípios passaram a receber diariamente as transferências do ICMS

devido pelo Estado.

A implantação de novos métodos de gestão financeira da Conta Única do Te-

souro modificaram uma série de procedimentos operacionais, contábeis e fi-

nanceiros de modo que tornou possível reduzir significativamente os saldos

bancários não remunerados na referida conta. Em 2011 o custo médio mensal

de oportunidade dos saldos não aplicados era de R$ 92 mil. Em 2012 o custo

médio mensal de oportunidade baixou para R$ 8,9 mil, ou seja, houve um ga-

nho médio mensal de rendimentos financeiros sobre a disponibilidade de caixa

de R$ 83,1 mil após o aprimoramento da gestão financeira da Conta Única.

No decorrer de 2012, no que se refere à política tributária estadual, merecem

destaque:

85)

Page 88: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

redução de ICMS para o setor de rochas – A redução do ICMS a ser recolhido

pelas empresas de mármore e granito do Estado passou a valer a partir do

mês de maio e garantiu queda do imposto de 12% para 7%, 5% ou 3% no co-

mércio interestadual e de 17% para 12%, 10% ou 9% nas operações internas.

As reduções são estabelecidas conforme o produto – quanto maior o valor

agregado, menor a carga tributária;

redução de ICMS no setor de vestuário – Foi assinado em junho de 2012 o

Contrato de Competitividade com o setor de vestuário. O documento visa

atender o novo momento econômico do segmento, incentivando a qualida-

de na gestão, inovação em design e tecnologia, meio ambiente, entre outros

aspectos. O objetivo final é garantir a manutenção e criação de empregos,

ocupação, renda e evolução na capacitação profissional da população local,

além de estimular o crescimento industrial, tecnológico e comercial do setor.

O documento prevê a redução de imposto pago pelas empresas do segmen-

to de 5% para 3%. Além disso, estabelece a criação do Fundo de Inovação

da Moda Capixaba. Cada empresa pode retirar desse fundo até 80% do valor

investido, com o objetivo de aplicar em tecnologia e criatividade;

fim do ICMS sobre gorjetas nos restaurantes – O Governo do Estado, por

meio da Sefaz, excluiu a Taxa de Serviço, conhecida popularmente como gor-

jeta, cobrada em estabelecimentos comerciais da base de cálculo do ICMS

incidente no fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes,

hotéis e similares do Estado;

novo teto de IPVA para deficientes – Também em setembro, fixou-se novo

teto para a compra de automóveis com isenção do pagamento do Imposto

sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) destinados a portado-

res de deficiência física ou mental. Desde setembro, o valor passou de R$ 60

mil para R$ 70 mil, conforme alteração do artigo 6º da Lei nº 6.999/2001; e

eliminação da cobrança de ICMS sobre chapas de madeira – O Governo do

Espírito Santo, por meio da Sefaz, desonerou em agosto as indústrias move-

leiras do Estado do pagamento de ICMS na importação de chapas de madei-

ra, matéria-prima para a produção de móveis que abastecem o mercado local

e nacional.

86

)

Page 89: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

COMITÊ II

Inovação e Desenvolvimento

Esse Comitê Estratégico tem por objetivo ampliar a pro-

dução científica e a inovação; atrair novos investimentos,

agregar mais valor às cadeias produtivas e diversificar a ma-

triz energética capixaba com fontes renováveis; atender às

necessidades de formação profissional, técnica e tecnológi-

ca do Estado; e aumentar a atratividade e competitividade

turística.

87)

Page 90: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Na sociedade de nossos dias, ciência, tecnologia, inovação e instrumentos ade-

quados de apoio aos agentes empreendedores são pilares da moderna eco-

nomia globalizada, do surgimento e crescimento de empresas de bases tecno-

lógicas, do aparecimento de novos serviços e produtos, da transformação do

mercado de trabalho e da elevação da renda e bem estar das pessoas.

No âmbito da atuação do Plano Estratégico 2011-2014 - Novos Caminhos, os

temas mencionados são coordenados pelo Comitê Estratégico de Inovação e

Desenvolvimento, que se destina a ampliar a produção científica e a inovação

em instituições capixabas; atrair novos investimentos e agregar mais valor às

cadeias produtivas; atender às necessidades de formação profissional, técnica e

tecnológica do Estado e aumentar a atratividade e a competitividade turística.

No campo específico da produção de conhecimento e inovação, os programas

e projetos do Novos Caminhos apontam que, no atual estágio de evolução

do Sistema Estadual de Ciência e Tecnologia, o Governo tem papel central no

avanço do setor no Estado, sobretudo com investimento e fomento a progra-

mas e projetos que alcançam empresas, universidades, escolas técnicas e pes-

quisadores.

É importante lembrar que as características atuais dos sistemas científicos e

tecnológicos exigem, cada vez mais, investimentos elevados em formação e

treinamento de recursos humanos, em projetos cooperativos de pesquisa básica

e aplicada, em instalações laboratoriais e infraestruturas de características espe-

ciais, em suporte técnico e informacional, entre outros, que somente podem ser

atendidos com orçamentos expressivos e estáveis.

Vale enfatizar que as áreas prioritárias de pesquisa e portadoras de futuro de-

terminam o sucesso dos gastos realizados em Ciência, Tecnologia e Inovação

e que há uma corrida mundial acelerada em segmentos como: biotecnologia,

nanotecnologia, química verde, novos materiais, bens e insumos para a saúde,

tecnologia da comunicação e informação, energia limpa. Todas são áreas com

enormes repercussões econômicas, sociais, políticas, ambientais e culturais no

cotidiano das pessoas.

88

)

Page 91: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

O ano de 2012 trouxe para o setor ações marcantes com o lançamento do

Programa Estadual de Desenvolvimento Sustentável (Proedes) e, no seu bojo,

a priorização da educação e da inovação como áreas estruturantes da atuação

do Governo do Espírito Santo frente às ameaças relacionadas às alterações no

sistema do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap).

Nesse contexto, a Assembleia Legislativa Estadual aprovou a Lei de Inovação

do Espírito Santo (Lei Complementar nº 642), sancionada em 15 de outubro de

2012, que tem como um dos seus instrumentos o Fundo de Desenvolvimento

das Atividades Produtivas Inovadoras (FDI). Por meio dos recursos do fundo

será prestado apoio financeiro a novas empresas – ou a empresas existentes

– que tenham por finalidade o lançamento de novos produtos e que atendam

às características de inovação ou criação. O Banco de Desenvolvimento do Es-

pírito Santo (Bandes) irá operar o fundo, inicialmente com o montante de R$

30 milhões dos recursos de captação do Proedes junto ao Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Na mesma linha de trabalho, o Governo do Espírito Santo expandiu em 65%

a oferta de bolsas pelo programa Nossa Bolsa, o que permitirá a inserção de

4.500 estudantes nas faculdades privadas no ano letivo de 2013. Nesse cami-

nho, segue a instalação da rede de escolas técnicas estaduais e do Centro de

Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (CPDI).

Assim, o ano de 2012 lançou as bases do mais abrangente e integrado conjunto

de políticas públicas de fomento e investimento destinado à expansão do Siste-

ma Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação. Além disso, o referido sistema

promove o esperado e desejável entrosamento entre Governo, sistema produ-

tivo e organizações de pesquisas para alcançarem objetivos tanto empresariais,

quanto de interesse público.

Coerentemente com a atuação desse comitê estratégico, a Secretaria de Es-

tado de Desenvolvimento (Sedes) atua com o objetivo de propor e implantar

projetos que direcionem o crescimento capixaba e a geração de novas oportu-

nidades na economia, facilitando a interlocução entre os setores produtivos, vi-

sando à ampliação da competitividade, desenvolvimento, aceleração da indús-

89)

Page 92: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

tria e das cadeias produtivas. A política de desenvolvimento visa permitir que

as dez microrregiões capixabas cresçam de forma equilibrada e sustentável,

permitindo novas oportunidades de emprego e renda para o cidadão, através

da atração de novas indústrias para o Espírito Santo.

Na busca do desenvolvimento sustentável do Estado a política de atração de in-

vestimentos mensurou uma carteira de investimentos públicos e privados (com

valor individual acima de R$ 1 milhão) anunciados entre 2011 e 2016 que ultra-

passou a casa dos R$ 100 bilhões. Os projetos contemplam diversos segmentos

da economia e devem gerar em torno de 80 mil novos postos de trabalho no

período.

Entre os instrumentos fundamentais da política de atração de investimentos

estão o Programa de Competitividade Sistêmica do Estado Espírito Santo

(Compete-ES) e o Programa de Incentivo ao Investimento no Estado do Espírito

Santo (Invest-ES).

No Estado, já foram contemplados com contratos de competitividade os seto-

res de açúcar; café torrado e moído; massas pré-preparadas para bolos; aguar-

dentes de cana-de-açúcar, melaço e outros; vestuário; metalomecânica; móveis

seriados; gráficas; água mineral; móveis sob encomenda; embalagens plásticas

e de papelão; atacadista; tintas e complementos; aquicultura e pesca; argamas-

sa e concreto não refratário; rações; bares e restaurantes; temperos e condi-

mentos; vendas não presenciais; e perfumaria e cosmético. Atualmente, mais

de 1.000 empresas estão inseridas nos contratos de competitividade e preveem

cerca de 40 mil empregos.

Já o Invest-ES tem como objetivo contribuir para a expansão, modernização e

diversificação dos setores produtivos do Espírito Santo, estimulando a realiza-

ção de investimentos, a renovação tecnológica das estruturas produtivas e o

aumento da competitividade estadual, com ênfase na geração de emprego e

renda e na redução das desigualdades sociais e regionais.

Em 2012, 37 empresas foram enquadradas no benefício e, ao todo, devem ge-

rar R$ 750 milhões em investimentos e cerca de 1.400 empregos. Os benefícios

90

)

Page 93: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

são diferimento de ICMS em operações de importação de máquinas e equipa-

mentos, crédito presumido em operações interestaduais, redução na base de

cálculo de 70% nas operações internas, entre outros.

Programa Estruturante do Comitê

REDE FORMAR

O Governo do Espírito Santo lançou, em outubro de 2011, o Programa Inte-

grado de Formação Profissional (Proitec). Mais tarde, esse nome foi alterado

para Rede Formar, que visa à gestão de todas as oportunidades em cursos de

qualificação, formação inicial e continuada e cursos técnicos de nível médio, e

tem como meta principal a oferta, inicialmente, de 150 mil vagas gratuitas e,

posteriormente, 160 mil, até 2014.

A qualificação profissional é uma das principais ações de governo para trans-

formar a vida dos cidadãos capixabas e preparar trabalhadores, de diferentes

idades e origens, para atuar com qualidade e competência no mercado de tra-

balho, fortalecendo, dessa forma, a economia capixaba.

Ressalta-se que a gestão da Rede Formar é realizada pela Secretaria de Esta-

do de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti).

A articulação em rede constitui um avanço para a formação profissional. Esse

modelo de gestão amplia a capacidade de diálogo entre os setores produtivos

e a formação profissional, bem como a possibilidade de inserção dos alunos no

mercado de trabalho.

A Rede Formar conta com colaboradores das três esferas de governo e de

instituições públicas e privadas. Atuando em várias vertentes, a Rede Formar

possibilita uma ampla cobertura da formação profissional no Estado.

As vagas são ofertadas dentro dos Programas, Planos e Projetos integrados,

entre eles: Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pro-

natec); Plano Territorial de Qualificação (Planteq) – denominado na Sectti como

91)

Page 94: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Programa Qualifica Trabalhador; Programa de Formação Inicial e Continuada

(Profic). Além da Sectti, instituições como Sedu, Senai, Senac, Setur, Seag, Me-

pes, Incaper e Senar também oferecem vagas na Rede Formar.

A Rede Formar ofertou 32.336 vagas em 2011 e 44.925 em 2012 (dados preli-

minares).

Principais Realizações em 2012

O Projeto Implantação de Rede de Centros de Pesquisa, Desenvolvimento e

Inovação visa a construção e equipamento de um centro de pesquisas, ela-

boração de projeto de rede de centros de pesquisas e elaboração da Lei de

Inovação para expansão da infraestrutura científica, tecnológica e de inova-

ção do Estado do Espírito Santo. A Assembleia Legislativa Estadual aprovou

a Lei de Inovação do Espírito Santo (Lei Complementar nº 642), sancionada

em 15 de outubro de 2012. As outras ações encontram-se em fase prepa-

ratória. Na conclusão desse projeto a Comunidade Científica, a Sociedade

civil e Empresas públicas e privadas terão uma nova estrutura científica e

tecnológica no Estado.

A um custo de R$ 114 mil, foi concluído o projeto executivo para a construção

do Centro de Eventos de Vitória. Essa obra faz parte do Programa de Desen-

volvimento do Turismo Sustentável do Espírito Santo, que tem como objetivo

dotar o Estado de infraestrutura turística para realizar eventos, feiras, simpósios,

congressos e treinamentos, além de consolidá-lo como destino nacional e in-

ternacional.

No âmbito do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Espírito Santo, o

Projeto de Reforma do Sambão do Povo demandou R$ 3 milhões em 2012, com a

reforma das arquibancadas e camarotes tendo sido entregue em 30 de dezembro

à população da região metropolitana e participantes do carnaval de Vitória.

Os equipamentos para estruturar o Centro de Apoio de Visitantes da Gruta do

Limoeiro, em Castelo, foram entregues para a comunidade local, turistas e visi-

92

)

Page 95: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

tantes da Região das Montanhas Capixabas em agosto de 2012. Nesse projeto

foram investidos R$ 62 mil.

O Projeto de Infraestrutura Portuária nas dez Microrregiões do Estado pro-

move a descentralização e harmonização do desenvolvimento das Micror-

regiões, trazendo investidores de empresas públicas e privadas para os

Municípios do Estado. Já foram atraídos os projetos: Itaoca Offshore (Itape-

mirim); Lolybalas Comércio de Balas e Guloseimas Ltda (Marechal Floriano);

Marbrasa (Colatina); Projeto Porto Central (Presidente Kennedy); Ampliação

da Rede de Fornecimento de Gás Natural (Sooretama); Ampliação da Bian-

cogrês (Serra); Expansão da fábrica da Coca-Cola (Cariacica); Fábrica Volare/

Marcopolo (São Mateus); Porto Norte Capixaba (Linhares); Central Energéti-

ca Itaúnas (Pedro Canário); montadora de carro CN Auto/IVC (Linhares); Ne-

brax; Madeiras Ecológicas; Ind. Farmacêutica - Laboratório Bagô (Colatina);

CRUPE International Ltda (Microrregião Metropolitana); encomendas de R$

11 bilhões da Sete Brasil para o Estaleiro Jurong Aracruz (EJA). Além das

atrações citadas, encontram-se já em fase inicial de implantação os seguin-

tes projetos: Estaleiro Jurong Aracruz, Itatiaia, Bertolini, Ecossed Fertilizan-

tes e IV Usina Samarco.

O programa de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Em-

preendedorismo, que promove a descentralização e harmonização das 10 Mi-

crorregiões do Estado, capacitou 5.579 empreendedores em 2012, com um

investimento da ordem de R$ 4,6 milhões.

O Programa de Competitividade Sistêmica do Estado do Espírito Santo (Com-

pete-ES) visa tornar o ambiente estadual cada vez mais competitivo frente às

oportunidades e desafios globais e nacionais, trazendo investidores e empre-

sas para o Estado. Em 2012 os setores industriais, por meio da assinatura de

um novo contrato de competitividade com o setor de venda não presencial e

de perfumaria e cosmético, migraram para o novo formato do Compete - ES,

que contempla, dentre outros, indicadores e resultados das ações relacionadas

à formação e qualificação profissional, inovação e tecnologia, meio ambiente,

saúde e segurança do trabalho.

93)

Page 96: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

O Projeto de Criação e Gestão de Banco de Polos e Áreas para Atividades

Empresariais cria cinco áreas infraestruturadas para implantação de empreen-

dimentos empresariais nos Municípios de Vila Pavão, São Domingos do Norte,

Piúma, Serra e São Mateus, com investimentos da ordem de R$ 400 mil. Ao final

de 2012 essas cinco áreas encontravam-se na seguinte situação: Micropolo Em-

presarial de Piúma - 100% dos lotes comercializados; Polo Empresarial da Serra

(Cercado da Pedra) - licitação publicada em 20/12/2012; Polo Empresarial de

Vila Pavão - projetos executivos em andamento; Polo Empresarial de São Do-

mingos do Norte - projetos de infraestrutura em andamento; e Polo Empresarial

de São Mateus - projetos executivos aprovados.

Na Rede Formar – que articula um modelo de gestão em rede, conduzido pelas

três esferas de governo, com a participação de instituições públicas, e visa à

gestão de todas as oportunidades em cursos de qualificação profissional, for-

mação inicial e cursos técnicos de nível médio – destacam-se as seguintes en-

tregas em 2012:

oferta de 3.600 bolsas de estudo de ensino técnico para alunos concluden-

tes do ensino médio ou que estejam cursando o 3º ano, no âmbito do pro-

jeto de Fortalecimento do Bolsa Técnica Sectti, com investimento da ordem

de R$ 6,2 milhões;

investimento de R$ 865 mil no projeto Qualifica Trabalhador, que tem por

meta qualificar 19 mil trabalhadores do campo e da cidade em diversas áreas

do conhecimento no intuito de promover o crescimento social e profissional

da população capixaba até o ano de 2014. Trabalhadores desempregados;

Trabalhadores Cadastrados no Sistema Nacional de Emprego (Sine); Traba-

lhadores de baixa renda e baixa escolaridade (em situação de vulnerabilidade

social) e trabalhadores monitorados pelo seguro desemprego são o principal

foco desse projeto;

aplicação de R$ 164 mil no projeto Profic Mulher, que busca qualificar mulhe-

res residentes nos aglomerados de risco social no Estado do Espírito Santo,

com idade mínima de 16 anos, alfabetizadas (saber ler e escrever), que do-

minem as quatro operações matemáticas e tenham a escolaridade mínima

equivalente à da 4ª série do Ensino Fundamental;

94

)

Page 97: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

aplicação de R$ 18 mil no projeto Profic Infraestrutura, que procura atender

as demandas de Formação Inicial e Continuada (FIC) nos bairros que com-

põem os aglomerados do Programa Estado Presente, atendendo jovens e

adultos residentes em bairros de risco social, com idade mínima de 16 anos,

alfabetizados (saber ler e escrever), que dominem as quatro operações mate-

máticas e tenham a escolaridade mínima equivalente à da 4ª série do Ensino

Fundamental;

conclusão do projeto de Ampliação da Rede Estadual de Educação Profissio-

nal (Redetec), com a matrícula de 1.601 alunos e a aprovação dos projetos de

lei de transferência dos Centros Estaduais de Educação Técnica Vasco Couti-

nho e Talmo Luís Silva para a Sectti, consolidando a rede de educação profis-

sional por meio de convênios para construção de Escolas de Ensino Técnico

em atendimento ao Plano de Ações Estipuladas (PAR), no cumprimento de

Metas Compromisso Todos Pela Educação.

As Agências do Trabalhador, parte integrante do Sistema Nacional de Em-

prego (Sine), cadastraram 95.800 trabalhadores, ofereceram 55.622 vagas de

empregos, emitiram 37.378 carteiras de trabalho, forneceram 62.000 seguros-

-desemprego e encaminharam 652 trabalhadores para o Pronatec seguros-de-

semprego. Nessas ações foram aplicados R$ 551 mil pelo Governo do Estado.

Com esse esforço, as agências do Sine geraram oportunidade de trabalho e

renda, com ampliação da empregabilidade e da capacidade empreendedora da

população, do desenvolvimento social e econômico local, contribuindo para a

redução dos níveis de desemprego e subemprego e da pobreza.

Resultado de uma parceria entre Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo

(Bandes), Banestes, Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empre-

sas e do Empreendedorismo (Aderes), prefeituras e Sebrae-ES, o Programa Nos-

socrédito, que conta com recursos do Fundapsocial, está presente em todos os

Municípios do Espírito Santo, e conta com agentes capacitados e treinados pelo

Bandes. Nesse programa os empreendedores do Espírito Santo podem contar

com até R$ 15 mil para investir no seu próprio negócio, pagando uma taxa de

juros abaixo do valor praticado no mercado. Para valores até R$ 4 mil, a taxa

de juros é de apenas 0,64% ao mês. Para os demais valores, a taxa é de 0,9%

95)

Page 98: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

ao mês, com o prazo de pagamento variando de 24 a 30 meses, dependendo

do perfil do crédito. Em 2012 foram liberados R$ 87,3 milhões, que financiaram

18.302 contratos. Esses financiamentos possibilitaram a manutenção de 21.351

empregos e a criação de 2.790 postos de trabalho no ano de 2012.

Em crédito para micro e pequenas empresas, foram liberados pelo Bandes,

em 2012, R$ 45,3 milhões, em um total de 1.250 operações. Para a concessão

desse crédito o Bandes investiu em metodologia para ganhar agilidade na libe-

ração dos recursos, na rede de atendimento, por meio dos parceiros consulto-

res e criou linhas que financiam praticamente todas as necessidades das micro

e pequenas empresas, que vão desde a fabricação de um letreiro, passando

pelas despesas com treinamento e capacitação de pessoal, além de compra de

matéria-prima.

96

)

Page 99: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

COMITÊ III

Integração Logística

Esse Comitê Estratégico tem por objetivo melhorar a inte-

gração logística regional, as condições da mobilidade urba-

na na Região Metropolitana da Grande Vitória, priorizando

o transporte coletivo e tornar o Estado competitivo nacional

e internacionalmente na logística, com base nas diretrizes

do Plano Estratégico de Logística e Transportes do Espírito

Santo (Peltes).

97)

Page 100: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

O Plano Estratégico 2011-2014 do Governo do Espírito Santo - Novos Cami-

nhos fez um sintético e incisivo diagnóstico da integração logística em território

capixaba e apontou, no limiar da atual administração, as seguintes conclusões:

a) a logística do Estado historicamente foi concebida como corredor de escoa-

mento para produtos das unidades federativas vizinhas destinados aos portos

capixabas; b) a ocupação desordenada do litoral capixaba, que é permeado por

soluções individuais de escoamento de produtos, restringe a oferta de locais

adequados para um porto público moderno; c) as limitadas condições de capa-

cidade e de pavimentação das rodovias federais no Estado são obstáculos aos

setores produtores de bens e de serviços; d) as ligações ferroviárias existentes

apresentam-se em condições precárias e insuficientes para atenderem as de-

mandas, como a possibilidade de conexão com o sul, centro-oeste e nordeste

do Brasil; e) a precária capacidade do aeroporto frente a demanda efetiva de

passageiros e cargas; e f) a necessidade de o Governo do Estado ser o protago-

nista na articulação política do setor de infraestrutura e logística, na definição

de prioridades e no planejamento regional, com vistas à realização de investi-

mentos e à regulação das responsabilidades do Governo Federal.

A centralidade desse setor é notória e afeta decisivamente a atratividade de no-

vos empreendimentos que se enraízem no espaço territorial, a competitividade

da economia capixaba – e quiçá a nacional –, a qualidade e transformação do

processo de desenvolvimento do Estado para a geração qualificada de empre-

gos e renda, enfim, para a prosperidade da sociedade com oportunidade para

todos que aqui vivem.

O Comitê Estratégico “Integração Logística” organiza a atuação do Governo

do Espírito Santo nos temas mencionados e, ainda, agrega à agenda estadual

os aspectos de mobilidade metropolitana, melhoria do controle de vias e fisca-

lização do tráfego de veículos em ruas, avenidas e rodovias. São acompanhadas

nesse comitê cinco grandes iniciativas do Governo, a saber: o Programa “Jun-

tos Pela Vida”, o “Programa de Mobilidade Metropolitana”, o Programa “BRT

Grande Vitória”, o “Programa de Desenvolvimento Logístico” e o Projeto de

“Ampliação da Rede Rodoviária”.

98

)

Page 101: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Em 2012, a agenda de integração logística deu passos novos e largos para

superar o déficit histórico do Governo Federal com a sociedade, Governo do

Estado e iniciativa privada capixabas. O esforço de inserção nacional e inter-

nacional empreendido pela administração pública estadual, em parceria com

as classes política e empresarial, tornou ainda mais conhecidas as restrições

às potencialidades do Espírito Santo, decorrentes da falta de investimentos

adequados na infraestrutura portuária, rodoviária, aeroviária e ferroviária, bem

como destacou o quanto isso prejudica o país em seus negócios internacionais

e a integração nacional.

Assim, o Espírito Santo presencia uma etapa de anúncios auspiciosos de pro-

jetos, a execução de obras desde muito tempo esperadas e que são conver-

gentes com as demandas estaduais, a citar: duplicação das rodovias BR-101 e

BR-262, reforma do aeroporto de Vitória - Eurico de Aguiar Salles, priorização

dos aeroportos regionais (Linhares, São Mateus, Colatina e Cachoeiro de Itape-

mirim) no programa de investimentos federal, estudos de localização e constru-

ção de um porto de águas profundas, inclusão dos portos e terminais de uso

privado no Programa de Investimentos em Logística e estudos de implantação

da ligação ferroviária litorânea entre o Rio de Janeiro e Vitória e da ligação do

sul do Espírito Santo com o Mato Grosso por bitola larga.

Na frente de trabalho da Mobilidade Metropolitana, o Governo assumiu o pla-

nejamento e a implantação de um vasto conjunto de intervenções na Grande

Vitória, com o sentido de reorganizar o fluxo de cargas para portos e indústrias,

priorizar o transporte coletivo das pessoas e gerar a possibilidade de multimo-

dalidades de transportes na região metropolitana. Ao todo estão em planeja-

mento ou execução 22 projetos e iniciativas para requalificar os espaços urba-

nos e o transporte de pessoas e cargas. São exemplos: reformas de terminais

de passageiros, novas vias de tráfego que desviam fluxos de cargas dos centros

urbanos, melhorias e a ampliação de artérias urbanas de grande capacidade e

a reativação do transporte aquaviário.

Condizente com o investimento em mobilidade urbana, o Programa de Am-

pliação e Reabilitação da Rede Rodoviária (PAR), do Estado, expande o aten-

dimento às localidades e à população do interior, constrói e asfalta ligações

99)

Page 102: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

das rodovias estaduais com as federais e dinamiza o transporte de cargas e

passageiros entre as cidades capixabas. Atualmente estão em diferentes fases

(projeto, licitação, execução) 23 trechos de estradas dentro do PAR, com recur-

sos do Tesouro Estadual, perfazendo um total de 426 quilômetros de obras de

pavimentação.

Além disso, em 2012, o governo atuou e aprimorou seu esforço para preservar

vidas em estradas estaduais e vias urbanas. Para tanto, implantou a sinalização

viária em todo o Estado, e em parceria com Municípios intensificou a fiscalização

de trânsito em cumprimento à Lei Seca com a aquisição de novos equipamen-

tos e viaturas, caminhou para a contratação da fiscalização eletrônica de vias de

interesse metropolitano, reforçou a educação para o trânsito nas escolas públi-

cas e está expandindo as medidas de mesma natureza na malha de rodovias.

Programas Estruturantes do Comitê

PROGRAMA DE MOBILIDADE METROPOLITANA (PMM)

A região metropolitana precisa ser pensada como uma “grande cidade” de 1,6

milhão de habitantes que se adensa aceleradamente, onde a frota de veículos

cresce 10% ao ano, acima da média nacional, e que apresenta importantes limi-

tações viárias, sobretudo na capital, cidade insular com vias restritas entre mor-

ro e mar, interligada ao continente por seis pontes. Nesse cenário, a Mobilidade

Urbana passou a ser prioridade para o Governo, que busca desenvolvimento

com qualidade de vida para sua gente.

Nesse sentido, o Governo do Espírito Santo lançou em maio de 2012 o Progra-

ma de Mobilidade Metropolitana (PMM). Suas ações e projetos já se encontram

em execução.

O objetivo do PMM é promover a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos,

reorganizando e requalificando os espaços urbanos, priorizando o transporte

público coletivo, facilitando o uso de outras modalidades de transportes para a

100

)

Page 103: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

população da Grande Vitória e, ao mesmo tempo, criando novos caminhos para

deslocar o tráfego de cargas dos maiores gargalos viários.

O Programa, que totaliza um investimento de cerca de R$ 3 bilhões, está sus-

tentado em três pilares: obras viárias, prioridade para o transporte coletivo e

implantação de novos modais de transportes.

As obras viárias são estruturantes para o desenvolvimento de cada Município

metropolitano, resgatam áreas degradadas e requalificam o tecido das cidades.

São projetadas para a circulação de pessoas e também das cargas que acessam

nossos portos e indústrias.

No Transcol, investimentos têm sido feitos em reformas de terminais, implan-

tação de melhorias na atual frota de ônibus e na comunicação com o usuário,

enquanto se encontra em desenvolvimento o projeto executivo do sistema BRT

(Bus Rapid Transit), projeto no qual os ônibus troncais passarão a circular em

corredores exclusivos inteligentes, livres dos congestionamentos.

Para resgatar o sistema de transporte aquaviário na RMGV, o Governo do

Estado publicou um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) cujos

resultados acabam de ser entregues para as análises técnicas que irão definir o

modelo a ser implantado na região. Quanto ao sistema cicloviário metropoli-

tano, investimentos vêm sendo feitos na implantação de ciclovias e ciclofaixas

nos eixos de interesse regional e o projeto prevê a implantação de bicicletários

nos terminais de integração e em prédios públicos para estimular a utilização

das bicicletas como modalidade complementar ou alternativa de transporte.

Cariacica é a cidade que possui a maior parte dos projetos do Programa de

Mobilidade Metropolitana, incluindo melhorias no Terminal Campo Grande e

Reforma e Ampliação do Terminal Itacibá. Junto com Viana, o Município conta

com as seguintes obras: o Eixo Viana Norte (que acabou de ser inaugurado),

Corredor Sudeste, Corredor Leste Oeste, Corredor José Sette, além dos pro-

jetos de engenharia da 4ª Ponte, dos acessos ao estádio Kleber Andrade, do

viaduto sobre a BR 262 de interligação com o Corredor Sudeste e do viaduto

sobre a Vala América.

101)

Page 104: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Vila Velha está sendo beneficiada com as obras de ampliação e modernização

do Terminal Vila Velha, além dos Corredores Leste Oeste, Bigossi, Binário Saída

Sul, Perimetral e Lindenberg.

Em Vitória, a avenida Fernando Ferrari acaba de ser inaugurada, enquanto no-

vos projetos encontram-se em desenvolvimento: acessos à 4ª Ponte com o novo

Corredor Central Metropolitano (lado oeste da ilha) e ampliação da capacidade

da Av. Leitão da Silva e da Av. Cesar Hilal (de interesse do BRT).

A Serra está sendo contemplada com obras na Av. João Palácios, além da refor-

ma dos Terminais Carapina e Laranjeiras e projetos de ligação Jacaraípe x Nova

Almeida (contorno) e Contorno do Mestre Álvaro.

BRT GRANDE VITÓRIA

Espinha dorsal do Programa de Mobilidade Metropolitana, prioriza o transporte

coletivo na circulação urbana. Consiste em um sistema de transporte inteligen-

te, com os ônibus troncais operando em corredores exclusivos, junto ao can-

teiro central, onde estão localizadas as estações para embarque/desembarque

de passageiros, cuja plataforma tem a altura do piso dos ônibus, garantindo

acessibilidade universal.

Operando com veículos de alta capacidade, ar refrigerado e tecnologia limpa, a

“inteligência” implantada irá garantir a pontualidade, a integração de serviços

(por meio da bilhetagem eletrônica) e a comunicação em tempo real com os

usuários. Outra diretriz do projeto prevê a implantação de estacionamentos e

bicicletários em locais estratégicos, promovendo a integração multimodal.

Em sua primeira etapa o BRT tem 34 km de corredores exclusivos que percor-

rem os eixos mais congestionados e onde é mais expressivo o volume de pas-

sageiros no transporte coletivo. Está sendo projetado para transportar até 25

mil passageiros por hora por sentido, “metronizando” a operação dos ônibus

e dobrando sua velocidade média operacional. Com financiamento do BNDES,

essa etapa do programa envolve investimentos de R$ 740 milhões, além dos

recursos gastos com desapropriações e remoções de interferências urbanas.

102

)

Page 105: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Redução de tempo de viagem e de custos operacionais, qualificação dos servi-

ços e atração de novos usuários; melhorias ambientais: esses são os principais

benefícios desse projeto. Assim, o Governo do Estado busca dar um salto de

qualidade no transporte coletivo e na mobilidade metropolitana.

JUNTOS PELA VIDA

O Programa “Juntos Pela Vida”, do Governo do Espírito Santo, completou, no

dia 18 de setembro de 2012, durante o lançamento da Semana Nacional do

Trânsito, um ano de existência. Esse programa é resultado de um trabalho inter-

disciplinar que envolve ações das secretarias dos Transportes e Obras Públicas

(Setop), de Educação (Sedu), de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), da

Secretaria de Saúde (Sesa), do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES),

do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-ES), do Batalhão da Polícia de

Trânsito (BPTran-PMES), da Polícia Civil e da Casa Militar.

Essas ações são norteadas por três eixos estratégicos que fundamentaram o

programa: fiscalização, educação e infraestrutura viária.

Fiscalização

Com a implantação do programa, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar

intensificou o número de operações, aumentando significativamente as blitze

realizadas em 2012. Foram mais de 300 blitze por mês, com média de sete

ações executadas por dia, que se refletiram na redução do número de vítimas

no trânsito na Grande Vitória.

Além da intensificação das operações, o número de policiais também au-

mentou no Batalhão de Trânsito, assim como o de viaturas e o de bafôme-

tros. Eles ainda foram equipados com smartphones, para ajudar na exe-

cução dos trabalhos, e contam com uma nova estrutura para a realização

das blitze.

Educação

Do lado da prevenção, entre as ações do programa está o projeto “Juntos

na Escola”, que objetiva implantar o conteúdo de educação no trânsito no

103)

Page 106: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

ensino fundamental das escolas públicas estaduais e municipais nos dez mu-

nicípios mais populosos do Estado até 2014.

O projeto conscientiza a população sobre a má combinação entre bebida

e direção, a segurança dos motociclistas, o respeito à faixa de pedestres, o

uso de cadeirinhas para crianças, e os cuidados ao contratar um transporte

escolar. Assuntos que também fazem parte das campanhas educativas de-

senvolvidas, no decorrer de 2011 e de 2012, pelo Detran-ES.

Além disso, só em 2012, 160 mil crianças, do 1º ao 5º ano do ensino fun-

damental, foram contempladas com a educação de trânsito nas escolas. A

meta para 2013 é alcançar 275 mil crianças e adolescentes, do 1º ao 7º ano;

e 320 mil, em 2014, com alunos do 1º ao 9º ano do ensino fundamental.

Infraestrutura

Duas importantes ações de trânsito foram feitas, em 2012, com parcerias

entre o Governo do Espírito Santo e as prefeituras do Estado: ambas ações

de prevenção de acidentes e de punição aos infratores. Até o início de 2013,

36 Municípios do Estado haviam assinado convênio com o Departamento

Estadual de Trânsito (Detran-ES) para a execução de nova sinalização viária;

enquanto Vitória, Cariacica, Vila Velha e Serra vão implantar medidores de

velocidade e de avanços de sinal em 297 faixas de pedestres nas vias de in-

teresse metropolitano.

A previsão, dentro do programa “Juntos Pela Vida”, era de que seriam as-

sinados 22 convênios de sinalização viária, em 2012; mas o Departamento

Estadual de Trânsito (Detran-ES), responsável pela parceria, incluiu mais 12

prefeituras, ainda em 2012, superando a meta. Agora o objetivo é atender às

demandas de todas as cidades capixabas até o final de 2014.

Além disso, o Detran-ES está em fase de contratação de uma empresa que

fará a instalação e manutenção de radares em mais de 50 ruas e avenidas

da Grande Vitória, a partir do primeiro semestre de 2013. Os equipamen-

tos, além de registrar as infrações dos condutores, ainda vão monitorar o

tráfego de toda a região, ajudando com dados estatísticos e, ainda, em

flagrantes de veículos roubados ou clonados. Os OCR (acrônimo para o

inglês Optical Character Recognitions), equipamentos óticos capazes de

104

)

Page 107: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

reconhecer caracteres, serão instalados em 80 faixas, nos principais acessos

às quatro cidades. São equipamentos que fazem uma leitura das placas e

identificam se há alguma irregularidade com o veículo, além do controle de

velocidade.

Também haverá novos radares nas rodovias estaduais, de responsabilidade

do Departamento de Estrada de Rodagem (DER-ES). O órgão espera ampliar

em 70 faixas o total de áreas monitoradas, no Espírito Santo. A previsão

é que, ainda em 2013, sejam instalados os novos equipamentos, que vão

manter a fiscalização já realizada em 180 faixas de rodovias estaduais, além

de iniciar, também em 2013, a implantação do monitoramento em 70 novas

faixas, concluindo a instalação até o final de 2014.

Dois postos de operação rodoviária já estão sendo implantados nas rodovias

do Espírito Santo, com as obras iniciadas no segundo semestre de 2012: um

em Cachoeiro de Itapemirim e outro em Colatina. Ao todo, o Governo do

Espírito Santo prevê a instalação de 16 deles, com sete ficando prontos em

2013 e o restante sendo concluído até 2014.

Os postos também fazem parte do Programa “Juntos Pela Vida”. E, junto

deles, haverá licitações para os serviços de apoio que serão oferecidos nos

postos, como os guinchos, para que se constitua uma infraestrutura prepara-

da para dar o suporte necessário ao condutor que estiver trafegando pelas

principais rodovias do Estado.

Tanto os postos quanto os serviços de apoio nas rodovias estaduais são

ações executadas pelo DER-ES. O órgão ainda é responsável pelas obras e

serviços de conservação, como tapa-buracos, roçada, capina e desobstru-

ção dos elementos de drenagem, em toda a malha viária estadual; mais a

análise e melhoria de pontos críticos de acidentes; além da instalação de

balanças.

105)

Page 108: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO (PDL)

O Programa de Desenvolvimento Logístico (PDL) prevê a consolidação dos ei-

xos logísticos do ES 2025/ES 2030, por meio da criação de oito eixos viários

importantes para o Espírito Santo, além dos três federais já existentes. Juntos,

esses eixos vão permitir melhor acesso aos terminais portuários do Estado, além

de criar alternativas para o transporte de cargas e passageiros que tem como

destino ou origem o Espírito Santo e a integração com os Estados vizinhos.

Além da implantação dos eixos rodoviários, o PDL atua direta ou indiretamente

para trazer melhoria para os sistemas aeroportuário, portuário e ferroviário.

Sistema Portuário: No âmbito do Proedes foi criada a Câmara de Eficiência

Portuária, primeira câmara temática do Programa que tem como foco principal

três eixos de atuação: buscar medidas de curto e médio prazo que possam

manter ou incrementar as operações de cargas de RO-RO (veículos e máqui-

nas), Contêineres e Petróleo/Gás. As primeiras ações priorizadas têm como

objetivo melhorar o acesso aos portos, destacando-se a contratação do pro-

jeto e posterior implantação de melhorias no acesso ao porto pela Estrada de

Capuaba e Portal do Príncipe. Paralelamente o Governo está negociando com

o Terminal de Produtos Siderúrgicos a possibilidade de operação de navios de

maior calado naquele terminal, bem como avaliando a alternativa de trazer as

cargas para o Espírito Santo a partir de portos de outros Estados pelo regime

de Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA). O apoio do Governo do Estado

estende-se à implantação dos terminais privados, prevendo obras para seus

acessos rodoviários.

Sistema Aeroportuário: além do acompanhamento e ações junto ao Governo

Federal para a conclusão das obras do Aeroporto de Vitória, o Governo do

Estado, por meio da Setop, contratou estudos e projetos para seus aeropor-

tos regionais e conseguiu a inclusão dos aeroportos de Linhares, São Mateus,

Colatina e Cachoeiro no programa de investimentos do Governo Federal, as-

segurando R$ 176 milhões para melhorias operacionais nesses aeroportos. Os

demais terão investimentos do Profaa, outra fonte de recursos federal, com

contrapartida do Governo do Estado.

106

)

Page 109: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

As obras de ampliação da pista do aeroporto de Linhares estão em fase de

contratação, com recursos do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Pro-

faa), e a empresa contratada já está elaborando os projetos dos demais aero-

portos.

Sistema Ferroviário: O Governo do Estado está em articulação com o Go-

verno Federal para a implantação das ferrovias EF 103 entre Rio de Janeiro

e Vitória, com extensão até Linhares, e EF 354 entre o sul do nosso Estado

e Mato Grosso. Essas ferrovias possibilitarão a integração dos nossos portos

com a produção mineral e do agronegócio, interligando o Estado à malha

nacional de bitola larga.

Principais Realizações em 2012

O programa Juntos pela Vida busca reduzir o número de acidentes de trânsito

com vítimas, bem como o número de mortos e feridos no Estado do Espírito

Santo. Para isso o programa inclui educação de trânsito nas escolas, busca dar

suporte técnico e financeiro aos Municípios para implantação de Sinalização

Viária, dotando-os de infraestrutura de sinalização, para receber ações de edu-

cação e fiscalização no trânsito, melhorando a segurança da população. Dos

investimentos realizados em 2012 no âmbito desse programa, destacam-se:

R$ 2,96 milhões investidos na educação de trânsito para alunos do 1º ao 5º

ano; e

R$ 1,82 milhões aplicados em Sinalização Viária Horizontal e Vertical, sen-

do: R$ 261 mil, em Afonso Cláudio; R$ 236 mil, em Barra de São Francis-

co; R$ 213 mil, em Mucurici; R$ 205 mil, em Santa Maria Jetibá; R$ 172

mil, em Ponto Belo; R$ 161 mil, em Governador Lindemberg; R$ 118 mil,

em Jerônimo Monteiro; R$117 mil, em Marilândia; R$ 79 mil, em Dores

do Rio Preto; R$76 mil, em Ibiraçu; R$ 57 mil, em Muniz Freire; R$ 55 mil,

em Brejetuba; R$ 45 mil, em Viana; R$ 25 mil, em Fundão; e R$ 4 mil, em

Ibatiba.

107)

Page 110: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

No Programa de Desenvolvimento Logístico (PDL), que busca melhorar a mo-

vimentação de cargas e passageiros no Espírito Santo, potencializando as ati-

vidades portuárias e a competitividade do Estado, foram aplicados, no ano de

2012, R$ 19,2 milhões na implantação de vias de ligação com outros Estados,

especificamente no trecho Mantenópolis - São Geraldo, na divisa entre Espírito

Santo e Minas Gerais.

Em 2012 foram investidos R$ 4,9 milhões em ações preparatórias do Programa de

Mobilidade Metropolitana (PMM), que busca a melhoria do transporte coletivo,

implantação do BRT e novos modais de transporte, além de promover a melhoria

da qualidade de vida dos cidadãos, reorganização dos espaços urbanos, criação

de outra via de ligação entre a 3ª Ponte e a Av. Carlos Lindenberg, a partir da ca-

nalização e cobertura da vala Bigossi, em alternativa à via existente, que atravessa

o centro de Vila Velha, incluindo a faixa exclusiva para o BRT. Outros investimen-

tos que merecem destaque no Programa de Mobilidade Metropolitana são:

Conclusão da Contenção de Encosta Curva da Biquinha (2ª Etapa), com apli-

cação de R$ 13,8 milhões;

Elaboração do projeto do Viaduto para Transposição da Avenida Carioca,

aprovado em 2012, com um total de investimentos de R$ 9 milhões;

Elaboração do projeto do Contorno Rodoviário de Barra de São Francisco,

com um total de investimentos de R$ 4,3 milhões;

Estrada que liga Vila Valério a São Jorge do Tiradentes, com R$ 2,3 milhões;

Elaboração do projeto do Contorno do Mestre Álvaro, que busca separar o

tráfego local do tráfego de passagem, visando reduzir o congestionamento

existente em Carapina. Foram gastos R$ 1,4 milhão nesse projeto; e

Elaboração do projeto Contorno de Cariacica, que objetiva desviar o tráfego

de cargas do centro de Cariacica, a um custo de R$ 450 mil em 2012.

Foram investidos R$ 490 milhões, por meio do Departamento de Estradas de

Rodagem (DER-ES), tendo sido entregues à sociedade mais de 216 novos quilô-

metros de rodovias, com 51 obras concluídas, de Norte a Sul do Espírito Santo.

Além dessas entregas, 21 novos projetos de engenharia encontram-se em ela-

108

)

Page 111: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

boração. Esses projetos irão contemplar futuras obras em mais de 419 quilôme-

tros de rodovias.

Alguns desses projetos fazem parte do Programa Rodoviário Espírito Santo III

(PRES III) e do Programa de Ampliação e Reabilitação da Rede Rodoviária (PAR).

O Programa Rodoviário Espírito Santo III (PRES III) é uma parceria do Governo

do Espírito Santo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que

financiou um empréstimo no valor de US$ 175 milhões para o Estado. O con-

trato de empréstimo foi assinado em dezembro de 2011. Esse programa visa

melhorar o transporte terrestre de cargas e passageiros na malha rodoviária

estadual, por meio da reabilitação de trechos críticos, diminuindo custos e au-

mentando a segurança rodoviária. Quatro obras estão em andamento, e outras

seis ainda serão iniciadas.

Lançado em 25 de junho de 2012, o Programa de Ampliação e Reabilitação

da Rede Rodoviária (PAR) soma um investimento de mais de R$ 660 milhões

em novas obras e novos projetos para aproximadamente mil quilômetros de

novas vias. O programa inclui 23 obras que, entre implantação, pavimentação e

reabilitação de rodovias, resultam em um investimento de R$ 649 milhões, em

426,26 quilômetros; e ainda prevê o desenvolvimento de 17 novos projetos, os

quais contemplarão a implantação, a pavimentação e a reabilitação de 515,24

quilômetros, com um investimento de R$ 18 milhões.

As obras do PAR irão beneficiar diretamente os seguintes municípios: Alegre,

Alto Rio Novo, Aracruz, Boa Esperança, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo,

Conceição da Barra, Domingos Martins, Ecoporanga, Fundão, Guarapari, Ita-

guaçu, Laranja da Terra, Mimoso do Sul, Montanha, Muniz Freire, Muqui, Nova

Venécia, Pancas, Pedro Canário, Santa Leopoldina, Santa Teresa, São Gabriel,

São Mateus, São Roque do Canaã, Vargem Alta e Vila Valério. Durante o ano

de 2012, 11 obras foram iniciadas e outras 13 entraram em processo de lici-

tação.

No ano de 2012, o Departamento de Estradas e Rodagem do Espírito Santo

concluiu as obras especificadas na tabela a seguir:

109)

Page 112: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Tabela 14 – Obras concluídas pelo DER/ES em 2012

Mês/ano Conclusão

ObjetoInvestimento

2012Investimento

Total

Fevereiro/2012 Ponte sobre o Rio Muquí do Norte (Recuperação)

422.632,43 422.632,43

Enrocamento de pedra Margem Esquerda do Rio Doce / trecho: Linhares - Povoação / (subtrecho: Povoação - Pontal) / Entr. ES 245 até Entr. ES 356 (Construção - OAE)

140.755,54 140.755,54

Abril/2012 Ponte sobre Córrego da Mata em Jerônimo Monteiro / (trecho Cachoeiro - Alegre) / (Construção OAE)

268.384,54 268.384,54

(Iconha - Rio Novo do Sul - Vargem Alta) / Bueiro Pré-Moldado, 06 Obras de Artes Especiais e Interseção na ES 375 - ES 164 / (Construção)

0,00 8.488.400,00

Maio/2012 Contenção de Encosta / Curva da Biquinha (2ª Etapa)

13.801.585,34 13.801.585,34

Julho/2012 Obras e serviços emergenciais de Contenção de encosta rochosa (Santa Teresa - São Roque do Canaã) / (Emergenciais)

2.937.836,27 2.937.836,27

Vila Valério - São Jorge do Tiradentes (Implantação e Pavimentação)

2.290.882,23 20.914.082,23

Fragmentação de blocos de rocha, carga, transporte e espalhamento no Km 73,06 / trecho: Santa Teresa - São Roque do Canaã

63.382,25 63.382,25

Agosto/2012 Manutenção da capacidade original de carga de trem-tipo 24 ton. , sobre duas pontes no Canal Marítimo de Guarapari, sendo uma ponte em concreto armado e outra em estrutura metálica (Recuperação Estrutural OAE)

982.792,90 2.174.333,12

Lote II: ES 080 (BR 262 (Alto Laje) - Cariacica Sede), ES 060 (BR 101 - Ponte Guarapari, Jones dos Santos Neves / Setiba - Jones dos Santos Neves / Meaípe - Anchieta / Rodovia Darly Santos / Anchieta - Piúma Ponte Itaputanga - ES 146 (Alfredo Chaves) / BR 101 (Jabaquara) - ES 060 (Ubú) (Serviço de Tapa Buracos)

399.391,91 752.371,91

Setembro/2012 Obras do Viaduto, para Transposição da Avenida Carioca incluindo Sistema Viário de Entorno (2ª Etapa) e construção de galerias de drenagem dulpa em concreto armado (Transcol)

8.959.643,65 9.058.493,65

Execução de obras e serviços de conservação corretiva para manutenção da capacidade de carga de 24 toneladas / Ponte sobre o Rio Pequeno / Linhares - Rio Bananal (Recuperação Estrutural)

744.413,40 1.717.853,40

Contorno de Santo Eduardo / Presidente Kennedy - Marobá (Construção)

26.617,81 26.617,81

110

)

Page 113: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Mês/ano Conclusão

ObjetoInvestimento

2012Investimento

Total

Outubro/2012 Manguinhos - Jacaraípe / Galeria Celular, Bueiro Metálico e Muros de Contenção (Implantação)

725.717,84 725.717,84

Lote I: ES 010 (Jacaraípe - Nova Almeida / Praia Grande Vila do Riacho), ES 257 (BR 101 - Aracruz / Aracruz - Fábrica Aracruz Celulose ES 124 - BR 101 (Guaraná), Aracruz, ES 456 Aracruz - Coqueiral, ES 264 Santa Maria de Jetibá - Gonçalves ES 445 - Rod. ES 010 - BR 101) / (Serviço de Tapa Buracos)

647.081,04 814.591,04

Celina - Guaçuí / Recuperação de corpo estradal na interrupção do km 70 (Bueiro) (Reabilitação)

406.946,17 634.986,17

Entr. ES 166 (Coutinho) Alegre (Reabilitação) 249.359,95 56.607.459,95

Novembro/2012 Serviços de reabilitação parcial Av. Valentin De Martin com implantação de faixa multiuso na localidade de Itaraninha (Reabilitação)

826.454,30 826.454,30

Laranja da Terra no trecho Entr. ES 165 - Sobreiro / km 11 (Lado Direito) (Retificação do traçado)

352.736,73 352.736,73

Dezembro/2012 Água Doce do Norte - Vila Nelita - Santo Agostinho (Implantação e Pavimentação)

13.268.497,35 33.266.997,35

Contorno Rodoviário de Barra de São Francisco (Implantação)

4.320.716,54 17.696.216,54

Boa Esperança - Santo Antônio / Santo Antônio - Sobradinho (Reabilitação e Pavimentação)

3.635.316,86 14.875.816,86

Execução de obras e serviços de construção de 3 (três) pontes na Rodovia ES 381, trecho Córrego do Óleo - Nova Venécia / Ponte sobre o Rio Muniz - Est. 1155 + 2,98m, Ponte sobre o Córrego Guararema - Est. 1518 + 11,52m 26,00metros; Ponte sobre o Córrego Guararema Est. 1623 + 13,00 m) 16,00metros (Implantação)

2.815.751,31 2.836.581,31

Execução de obras e serviços de 5 (cinco) pontes em área urbana, no município de Ibatiba: Ponte sobre o Rio Pardo - Rua Manoel Luiz Trindade - Comunidade Boa Esperança (Ponte 2) 10,00m; Ponte sobre o Rio Pardo - Rua Manoel Alcântara de Oliveira (Ponte 3) 10,00m; Ponte sobre o Rio Pardo - Rua Dimas Ambrósio Trindade (Ponte 4) 10,00m; Ponte sobre o Rio Santa Maria Comunidade Santa Maria de Baixo para Comunidade Santa Maria de Cima (Ponte 6) 10,00m; Ponte Novo Horizonte Rua João Nunes da Silva Bairro Novo Horizonte (Ponte7) 11,83m (Reconstrução)

2.726.386,30 2.726.386,30

Serviços de terraplenagem, drenagem, pavimentação e obras de artes correntes no Corredor Metropolitando Leste-Oeste

744.113,65 806.113,65

Vargem Alta - Cachoeiro (Reabilitação) 175.338,67 3.794.825,56

TOTAL 61.932.734,98 196.731.612,09

Fonte: DER/ES

111)

Page 114: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

COMITÊ IV

Desenvolvimento da Agricultura e Meio Ambiente

Esse Comitê Estratégico tem por objetivo ampliar e diversifi-

car a renda rural, fomentar o equilíbrio do desenvolvimento

regional, melhorar e ampliar a infraestrutura rural, melhorar

os níveis de qualidade dos produtos de origem animal e ve-

getal e promover a inclusão social e produtiva no campo,

além de conservar e recuperar os recursos naturais e aumen-

tar a capacidade de adaptação e resposta do Estado aos

eventos climáticos.

112

)

Page 115: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

A ação governamental voltada para o desenvolvimento da agricultura e do meio

ambiente, ambas áreas de grande importância para a organização do território

capixaba, engloba a implementação e a execução de três programas estrutu-

rantes do Plano Estratégico do Governo do Estado do Espírito Santo 2011-2014

– Novos Caminhos: o “Programa Estadual de Ampliação da Cobertura Florestal

– Reflorestar”, o “Programa Capixaba de Adaptação às Mudanças Climáticas”

e o Programa “Vida no Campo”. No mesmo escopo de atuação, vale ainda a

referência aos projetos prioritários “Caminhos do Campo” e “Implantação de

obras de contenção e proteção costeira”.

Em conjunto, os investimentos do Governo do Espírito Santo buscam a amplia-

ção e a diversificação da renda rural, a promoção da inclusão social e produtiva

da população do campo, a melhoria da infraestrutura rural, o fortalecimento

da gestão, a conservação do meio ambiente e dos recursos naturais e, ainda, o

fomento à distribuição dos frutos do progresso e ao equilíbrio do desenvolvi-

mento regional.

Assim sendo, a contribuição da agricultura capixaba – e seus ramos associados

– para o desenvolvimento econômico e social do Estado prossegue sendo for-

talecida e expandida com políticas públicas coordenadas e integradas nos três

níveis de governo, beneficiando a base produtiva da maioria dos Municípios do

Espírito Santo. O desempenho do setor promove ocupação e gera renda para

quem vive no campo, que, por sua vez, produz bens e alimentos essenciais ao

abastecimento das cidades, gera excedentes exportáveis e posiciona o Estado

entre os importantes produtores nacionais de cafés, frutas, celulose, ovos, bor-

racha de seringueira e derivados de leite.

Todo o esforço governamental para o desenvolvimento do agronegócio en-

globa uma série de importantes ações: construção de estradas, expansão do

suprimento de energia rural, titulação de terras, organização social, melhoria e

acesso à habitação familiar, construções rurais de uso coletivo (barragens), pes-

quisas e transferência de tecnologia, recuperação ambiental, promoção da qua-

lificação profissional de produtores e da juventude rural, oferta qualificada de

crédito rural e fundiário, assistência técnica, compras governamentais diretas

da agricultura familiar, incentivos à produção orgânica e estímulo ao uso comu-

113)

Page 116: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

nitário da infraestrutura produtiva. Esses fatores vêm alavancando o constante

aumento da produtividade e a melhoria na qualidade da produção de origem

animal e vegetal no Estado, permitindo o crescimento da renda no meio rural,

além de resultarem em índices cada vez mais elevados de qualidade de vida

(saneamento, comunicação, educação, saúde, expectativa de vida).

Paralelamente a essas ações, avança a política pública ambiental. Focada na

sustentabilidade com participação social, a contribuição dessa política ao Esta-

do torna-se cada vez mais presente no dia a dia da sociedade organizada, das

empresas e dos diferentes níveis de governo.

Em sintonia com modernas práticas de gestão, o Programa Reflorestar tem

por objetivo a proteção e recuperação da cobertura florestal (Mata Atlântica e

biomas associados) em território capixaba, por meio de instrumentos como: o

Pagamento por Serviços Ambientais (PSA); a aplicação de tecnologia avançada

e apropriada localmente; o desenvolvimento da organização e da consciência

ambiental dos produtores rurais; o aumento da geração de renda com ativida-

des sustentáveis de bom manejo da floresta e da pluriatividade nas proprie-

dades rurais; além da cooperação entre as iniciativas pública, privada e não

governamental. Os frutos do programa repercutem na melhoria da imagem do

Estado nacionalmente no que tange à preocupação com a área socioambiental,

mas, sobretudo, têm importantes reflexos na redução de custos de proteção de

mananciais hídricos, na proteção de solos e áreas sensíveis a eventos climáticos

críticos, na proteção à vida de animais silvestres e em inúmeras oportunidades

de produção de bens oriundos da floresta em pé.

Ao mesmo tempo, o Estado acelera a implantação do Programa de Adaptação

às Mudanças Climáticas, com o monitoramento dos eventos críticos de seca e

chuvas intensas. Nesse contexto, está o fortalecimento das parcerias com as ad-

ministrações municipais, que passam a estruturar Defesas Civis em suas cidades

e planos de contingenciamento e resposta a desastres, além do planejamento

de obras e intervenções não estruturais de proteção às pessoas e aos patrimô-

nios público e privado.

114

)

Page 117: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

As ações do Governo do Espírito Santo, que tem como uma de suas premis-

sas a Responsabilidade Ambiental, avançam também no tocante a unidades de

conservação, no gerenciamento de recursos hídricos, na transparência do licen-

ciamento ambiental (atividades como mineração, estradas, portos, siderurgia,

loteamentos) e na efetividade da prestação de serviços na área ambiental.

Programas Estruturantes do Comitê

PROGRAMA ESTADUAL DE ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

O Governo do Estado do Espírito Santo definiu em seu Plano Estratégico

2011/2014 - Novos Caminhos a estruturação de um Programa Estadual de

Adaptação às Mudanças Climáticas, entendendo que é preciso agir no sentido

de minimizar os efeitos desse fenômeno global, que manifesta-se localmente

através de chuvas torrenciais e períodos de seca cada vez mais frequentes e

intensos.

A principal consequência envolvida na ocorrência de desastres é a perda de

vidas humanas. No Espírito Santo, segundo levantamento realizado pela Co-

ordenação Estadual de Defesa Civil com base nos processos de decretação de

situação de anormalidade registrados oficialmente, 100 pessoas morreram em

decorrência de desastres entre 2000 e 2009.21

O tipo de desastre de maior incidência no Estado são as precipitações concen-

tradas em um curto espaço de tempo, eventos classificados como inundação

brusca ou enxurrada. Entre os anos de 2000 e 2009, de um total de 376 desas-

tres ocorridos, 276 são relacionados a esse fenômeno. Em segundo lugar no

ranking de incidência estão as estiagens, com um total de 69 ocorrências no

período. Embora não sejam tão danosas para a vida humana, as secas estão

entre as principais causadoras de danos e perdas no setor agropecuário.

21 Coordenação de Defesa Civil do Espírito Santo. Histórico de Desastres do Estado do Espírito Santo 2000 - 2009. 2011. Acessado em 08/03/13.

115)

Page 118: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Do ponto de vista econômico, o Estado acumulou um prejuízo da ordem de

R$ 1,16 bilhão entre 2000 e 2009 relacionado a desastres. Buscando minimizar

essas perdas é que o Programa Estadual de Mudanças Climáticas foi criado.

Entre as etapas previstas no programa está a implantação do Centro Capixaba

de Monitoramento Hidrometeorológico e Prevenção de Desastres Naturais (Ce-

cam). Temos ainda a elaboração de Planos Diretores de Águas Pluviais/Fluviais

(PDAP) e Planos Municipais de Redução de Risco (PMRR) em 17 Municípios, a

reorganização e reestruturação do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil

e a estruturação das Coordenadorias Municipais de Defesa Civil.

No ano de 2012, foram entregues aos Municípios 11 kits compostos por em-

barcações, veículos, computadores, móveis e equipamentos para estruturar as

Defesas Civis. Foram adquiridas e estão em processo de instalação 20 estações

hidrológicas que reforçarão a rede de monitoramento dos rios capixabas, bus-

cando melhorar a capacidade de monitorar cheias e secas, atuando tanto na

prevenção de desastres, como melhorando a capacidade de gestão dos recur-

sos hídricos.

Na parceria com a Vale para a instalação do Centro Capixaba de Monitoramen-

to Hidrometeorológico e Prevenção de Desastres Naturais (Cecam), uma das

etapas é a melhoria da rede meteorológica, com a aquisição de 25 estações

automatizadas. Outra ação já realizada no âmbito dessa parceria foi a aquisição

do Radar Meteorológico, que está em fase de testes iniciais junto ao fabricante

e estará em funcionamento até o final de 2013. Para que o Centro funcione foi

necessária a aquisição de um supercomputador a ser instalado no Instituto de

Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Espírito Santo (Prodest)

e que será o responsável por armazenar as informações geradas e processar os

modelos estatísticos de previsão de tempo e desastre.

No final de 2012 foi iniciada a elaboração de 17 Planos Municipais de Redução

de Risco e Planos de Drenagem de Águas Pluviais e Fluviais. Esses Planos devem

mapear as áreas de riscos de deslizamento e inundação, propor obras e elaborar

projetos para minimizar esses riscos, além de envolver as prefeituras e a popu-

lação na gestão de riscos de desastres. Já estão em andamento a elaboração

dos planos em Domingos Martins, Iconha, Marechal Floriano, Rio Novo do Sul,

116

)

Page 119: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Vargem Alta e Viana. Até 2014 ainda serão elaborados os planos para Alegre,

Guaçuí, Mimoso do Sul, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Afonso Cláu-

dio, Bom Jesus do Norte, Castelo, Ibatiba e João Neiva.

PROGRAMA REFLORESTAR

A redução da cobertura florestal no Estado do Espírito Santo trouxe como con-

sequência a diminuição de serviços ambientais essenciais fornecidos pela flores-

ta, como aqueles relacionados à proteção dos solos, dos recursos hídricos e da

biodiversidade. Também como consequência direta, observa-se um processo

contínuo de degradação dos cursos d’água, com aumento significativo dos ní-

veis de turbidez que, por sua vez, aumenta os custos de tratamento da água

e perda da fertilidade das terras, reduzindo a sua produtividade e elevando

custos com tratos culturais.

Frente a esse cenário, o Governo do Estado criou o Programa Reflorestar, que

tem como objetivo manter, recuperar e ampliar a cobertura florestal em 30 mil

hectares, tendo em vista a garantia e a recuperação dos serviços ambientais

relacionados à água, à conservação do solo e à biodiversidade, com oportuni-

dades de renda para o produtor rural.

O Programa irá estimular o produtor rural a recuperar a cobertura florestal em

áreas estratégicas para proteção das águas, dos solos e da biodiversidade, a

partir da adoção de práticas que conciliem proteção e conservação dos recur-

sos naturais com geração de oportunidade e renda para o produtor rural.

O Programa é composto de ações estruturantes e de monitoramento, bem

como ações de mapeamento de áreas, cadastro de proprietários/produtores

rurais, elaboração de projetos técnicos, implementação de práticas e Pagamen-

tos de Serviços Ambientais (PSAs).

Com a meta de estimular a manutenção da vegetação nativa e a implantação de

práticas sustentáveis de uso das terras em 10 mil hectares por ano, o programa

exigiu a construção de uma estrutura de gestão, execução e monitoramento, e,

nesse sentido, o ano de 2012 foi marcado por ações com esse foco.

117)

Page 120: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

PROGRAMA VIDA NO CAMPO

A agricultura familiar está presente em todos os Municípios capixabas. De acor-

do com os dados do IBGE, o Estado do Espírito Santo possui 67.403 estabeleci-

mentos de agricultores familiares (80%), ocupando 36% da área rural.

Os agricultores familiares são responsáveis por 44% da riqueza produzida no

meio rural capixaba, gerando mais de 200 mil postos de trabalho (64%). Além

disso, são eles que colocam à nossa mesa os principais alimentos que consumi-

mos no dia a dia como o feijão, a mandioca, as hortaliças, o café, o leite, a carne

de frango, a carne suína etc.

Hoje, são considerados agricultores familiares os indígenas, os assentados de

reforma agrária, os pescadores artesanais, os remanescentes de quilombolas

e os agricultores que dirijam o seu estabelecimento com a sua família, tenham

renda predominantemente originada do próprio estabelecimento e possuam

área de até quatro módulos fiscais (Lei nº 11.326/2006).

Para fortalecer ainda mais essa importante categoria social que dinamiza as

áreas rurais capixabas, o Governo do Estado do Espírito Santo criou o Progra-

ma Vida no Campo, que possibilita ampliar o acesso às políticas públicas para a

inclusão social e produtiva de quem vive no campo.

O gerenciamento do Programa Vida no Campo é realizado diretamente por

sete órgãos/instituições da estrutura da administração pública estadual (Seag,

Sedu, Seadh, Incaper, Idaf, Aderes e Bandes), com o apoio de outras 40 entida-

des comprometidas com o desenvolvimento do programa.

Seu escopo é constituído de 13 projetos estruturantes nas áreas de infraestru-

tura produtiva, habitação rural, crédito rural, crédito fundiário, assentamentos

rurais, titulação de terras, juventude rural, empreendedorismo rural e agroin-

dústria familiar, pesquisa, assistência técnica e extensão rural, aquisição de ali-

mentos, alimentação escolar, agricultura orgânica e produção agroecológica

integrada sustentável.

118

)

Page 121: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Em 2012, através do Programa Vida no Campo, foram investidos cerca de R$

880 milhões na agricultura familiar capixaba. Desse montante, destaca-se o cré-

dito rural Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pro-

naf), que aplicou R$ 760 milhões, correspondendo a um aumento de 27% em

relação ao ano anterior.

É válido também mencionar que foi publicado, pela Sedu, o primeiro edital para

comprar R$ 1,7 milhão em gêneros alimentícios para a alimentação escolar. O

ano de 2013 já inicia com um aumento do montante investido para R$ 4,8 mi-

lhões com a publicação de um segundo edital.

Outro destaque foi a aprovação da Lei nº 9.923/2012 que institui a Política Es-

tadual de Assistência Técnica e Extensão Rural e que permite ao Governo do

Estado a contratação de entidades credenciadas para prestar assistência técni-

ca, complementando o serviço prestado pelo Incaper, ampliando, dessa forma,

o atendimento aos agricultores familiares capixabas.

Além do Programa Vida no Campo, a Secretaria de Estado da Agricultura (Seag)

coordena o Projeto Caminhos do Campo, que é um dos projetos prioritários do

Governo do Estado. Nesse projeto, em 2012, foram inaugurados 11 trechos,

correspondendo a uma extensão total de 66,46 Km e um investimento da or-

dem de R$ 32,4 milhões. O ano de 2013 já inicia com 13 obras em andamento

e uma previsão de mais 30 obras para serem licitadas.

A expectativa é que esses resultados que começam a ser colhidos contribuam

no combate à extrema pobreza e proporcionem um Espírito Santo com desen-

volvimento regionalmente mais equilibrado.

Principais Realizações em 2012

O Programa Reflorestar busca manter, recuperar e ampliar a cobertura florestal

em 30 mil hectares, tendo em vista a garantia e a recuperação dos serviços

ambientais relacionados à água, à conservação do solo e à biodiversidade com

119)

Page 122: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

oportunidades de renda para o produtor rural. Em 2012, no âmbito do progra-

ma podem-se destacar as seguintes entregas:

revisão do arcabouço legal sobre os pagamentos por serviços ambientais do

Estado, com a publicação dos seguintes instrumentos legais:

– Lei nº 9.864, que dispõe sobre a reformulação do Programa de Pagamento

por Serviços Ambientais (PSA) no Estado, instituído pela Lei nº 8.995, de

22.9.2008;

– Lei nº 9.866, que dispõe sobre a reformulação do Fundo Estadual de Re-

cursos Hídricos do Espírito Santo (Fundágua), instituído pela Lei nº 8.960,

de 18.7.2008, e dá outras providências;

– Decreto nº 3179-R, de 20 de dezembro de 2012, que aprova o regulamen-

to da Lei nº 9.866/2012, que dispõe sobre a reformulação do Fundágua;

– Decreto nº 3182-R, de 20 de dezembro de 2012, que aprova o regulamen-

to da Lei nº 9.864/2012, que dispõe sobre o Programa de Pagamento por

Serviços Ambientais (PSA).

estabelecimento de parcerias com as organizações não governamentais The

Nature Conservation (TNC), Instituto Terra e Consórcio do Rio Guandu, que

possibilitou a abertura de frentes de trabalhos nos Municípios de Itaguaçu,

Baixo Guandu, São Roque do Canaã, Colatina, Laranja da Terra, Afonso Cláu-

dio e Brejetuba, com a meta de implantar o uso de práticas sustentáveis de

uso do solo, por meio do PSA, em 800 hectares em 2013;

parceria com a Vale, que irá disponibilizar 800 mil mudas de espécies nativas/

ano e manter uma equipe de campo para elaboração e implementação de

cerca de 400 hectares para conversão/ano;

treinamento de 35 técnicos do Incaper e demais parceiros;

início da recuperação florestal em cerca de 1.000 hectares, envolvendo ações

de projetos que compõem o Programa Reflorestar e atividades realizadas

por parceiros do Programa, incluindo a iniciativa privada e organizações não

governamentais;

120

)

Page 123: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

início de estabelecimento de parceria com movimento dos pequenos agri-

cultores do Estado (MPA), que possibilitará, a partir de 2013, iniciar o atendi-

mento a cerca de 600 famílias de pequenos agricultores;

criação do Núcleo de Gestão do Programa Reflorestar (NGPR), vinculado à

Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) para, no

âmbito do Sistema (Seama/Iema), estabelecer normas e diretrizes de implan-

tação e atuar no gerenciamento e execução do Programa Reflorestar;

contratação de novo imageamento do Estado do Espírito Santo, além do

mapeamento do uso das terras das novas imagens (2012/2103) e da base

de imagens de 2007/2008 para auxílio no monitoramento do Programa e

demais ações afins; e

elaboração de Termo de Referência e início de processo de contratação de

consultoria jurídica para revisão do arcabouço legal florestal do Estado do

Espírito Santo, de acordo com o novo Código Florestal.

O Programa Vida no Campo visa ampliar o acesso às políticas públicas para

inclusão social e produtiva no campo para agricultores familiares do Estado do

Espírito Santo. Em 2012, foram destaque na implantação do Programa Vida no

Campo:

Crédito Rural: criado para produtores rurais familiares do Espírito Santo que

possuam a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), concretizou 34.375 ope-

rações de crédito, perfazendo um total de R$ 760 milhões em operações de

crédito rural realizadas pelo Bandes, Banestes, Banco do Brasil, Banco do

Nordeste e Sicoob;

Projeto de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural: presta serviços

de Assistência Técnica e Extensão Rural aos agricultores familiares; 110 pro-

jetos de pesquisa demandaram R$ 33 milhões em 2012 e 51.152 agricultores

familiares foram assistidos pelo Incaper, prefeituras e empresas credenciadas,

com o investimento de R$ 27 milhões;

Crédito Fundiário: 178 famílias foram beneficiadas com crédito fundiário em

2012, demandando um investimento de R$ 9,6 milhões. Esse crédito garante

o acesso à terra aos agricultores familiares (agricultores rurais sem terra, na

121)

Page 124: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

condição de diarista ou assalariado, arrendatários, meeiros, posseiros, pro-

prietários de terra cuja dimensão seja inferior ao módulo rural), promove a

reforma agrária e fortalece e consolida a agricultura familiar em bases susten-

táveis;

Habitação Rural: observados os critérios fixados pelo Programa Minha Casa

Minha Vida, 322 famílias de agricultores familiares e trabalhadores rurais em

situação de vulnerabilidade social foram beneficiadas com subsídio à produ-

ção ou reforma de seus imóveis a partir do investimento de R$ 6,4 milhões

pelo Governo do Estado;

Infraestrutura Produtiva: foram investidos R$ 5,1 milhões na melhoria da

infraestrutura produtiva dos agricultores familiares em projetos conveniados

com Municípios, contemplando 17 unidades produtivas;

Projeto Agroecológico Integrado Sustentável (Pais): atendeu a 540 famílias

e aplicou R$ 2,3 milhões na implantação de unidades produtivas (Pais) para

promover a segurança alimentar do agricultor familiar, através da produção

agroecológica para o autoconsumo e geração de renda;

Alimentação Escolar: foram aplicados R$ 1,7 milhão na aquisição de pro-

dutos alimentícios através de cooperativas e associações de agricultores fa-

miliares rurais para as unidades escolares estaduais do Espírito Santo. Esses

produtos foram adquiridos de agricultores familiares organizados em Coope-

rativas e Associações dos Municípios do Estado e beneficiou 221 escolas da

rede pública de ensino;

Projeto Juventude Rural: visa desenvolver o espírito empreendedor e o estí-

mulo ao associativismo, qualificando os jovens para a gestão de organizações

familiares e de pequenos negócios, proporcionando o acesso às novas tecno-

logias e informações, gerando conhecimentos com práticas inovadoras susten-

táveis, promovendo processos de sensibilização e multiplicação das ações no

campo. No âmbito desse projeto foram realizados 14 cursos de qualificação

profissional e de língua alemã, com um investimento de R$ 576 mil, implanta-

ção de 15 Salas de Multimídia, a um custo de R$ 549 mil, e implantação de 20

Unidades Produtivas Sustentáveis, com a aplicação de R$ 303 mil;

122

)

Page 125: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar: 164 famílias de agriculto-

res familiares, assentados, quilombolas, povos e comunidades tradicionais

que vivem em situação de vulnerabilidade social forneceram alimentos para

as compras governamentais concentradas nos programas Compra Direta de

Alimentos (CDA) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), totalizando

R$ 701 mil de capital investido pelo Governo do Estado em regime de cofi-

nanciamento;

Projeto de Revitalização dos Assentamentos: nesse projeto foram concluí-

das duas barragens com o investimento de R$ 112 mil e encontra-se em pro-

cesso de execução a reforma de escolas e construção/reforma de moradias

nos assentamentos. Além disso, será elaborado o Plano de Revitalização dos

Assentamentos, possibilitando a melhoria da infraestrutura dos assentamen-

tos e regularização fundiária dos lotes para assentados da reforma agrária

dos assentamentos estaduais;

Projeto Agricultura Orgânica: com o investimento de R$ 59 mil, estão sendo

certificadas 100 propriedades rurais, possibilitando a ampliação da produção

orgânica dos agricultores do ES;

Titulação de Terra: busca regularizar terras devolutas rurais e urbanas e, em

especial, os posseiros rurais dos Municípios de Água Doce do Norte, Vila

Pavão, Ecoporanga, Mantenópolis e Barra de São Francisco, localizados na

microrregião Noroeste. O projeto encontra-se em execução e 12 Escrituras/

Títulos de terra foram emitidos para agricultores familiares em 2012, com

investimento de R$ 49 mil; e

Empreendedorismo Rural e Agroindústria Familiar: foram capacitados

2.240 empreendedores rurais através de cursos de capacitação para estimu-

lar a agregação de valor nos seus produtos e contribuindo para a redução da

pobreza.

O projeto prioritário Caminhos do Campo é um projeto que pavimenta estra-

das rurais para escoamento da produção rural, mobilidade da comunidade e

incentivo ao agroturismo. Em 2012 foram 11 trechos pavimentados: Bom Jesus

do Norte (Fazenda Baixa - Jardim Três porteiras), Itapemirim (Gomes - Lagoa

Guanandy), Alfredo Chaves (Sede - Cachoeira Alta), C. Castelo (Santa Luzia -

Taquaruçu), Domingos Martins (ES 164 - Caxixe Frio), Domingos Martins (Ara-

123)

Page 126: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

cê - Córrego D’Antas), Cariacica (Acesso a Duas Bocas), Dores do Rio Preto/

Ibitirama/Divino de São Lourenço (Mundo Novo - Patrimônio da Penha - Santa

Maria), Domingos Martins (Acesso a Aracê), Itaguaçu (Entroncamento ES 164 -

Assentamento Ita/Boa Esperança) e Itarana (Entroncamento ES 261 - Limoeiro

de Santo Antônio), com um total de R$ 32,4 milhões de investimentos.

Quem vive e trabalha no campo e precisa de apoio financeiro para fazer sua

propriedade render, encontrou no Bandes linhas de financiamento para apoiar

investimentos de implantação, relocalização, modernização da lavoura, melho-

ria da qualidade genética, racionalização, desenvolvimento tecnológico e con-

trole ambiental. O Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo fez chegar às

comunidades rurais os benefícios do crédito, levando desenvolvimento para

todo o Estado e possibilitando que as famílias possam crescer e se desenvolver

sem ter que deixar suas raízes. Em 2012 foram R$ 212,5 milhões investidos no

campo pelo Bandes. Somente por meio do Programa Nacional de Agricultura

Familiar (Pronaf), que atende aos produtores familiares, foram liberados mais

de R$ 197 milhões. Os outros R$ 15 milhões foram investidos em projetos de

médio ou grande porte, totalizando mais de seis mil contratos firmados.

O Programa Estadual de Adaptação às Mudanças Climáticas busca implemen-

tar ações de prevenção e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas para a

população em geral e das áreas de riscos. Em 2012 o programa apresentou as

seguintes realizações:

Reorganização e reestruturação do Sistema Estadual de Proteção e De-

fesa Civil: aquisição de quinze kits de prevenção a desastres entregues para

toda população capixaba, priorizando as que habitam em áreas de risco de

desastres. Foi um total de R$ 1,2 milhão investido nessa ação; e

Estruturação da Rede de Monitoramento Hidrológica (Cecam): vinte esta-

ções de monitoramento foram adquiridas com um investimento de R$ 750 mil.

Projeto Rede Meteorológica: uma estação meteorológica automática (R$ 100

mil) foi instalada em parceria com a prefeitura de Ibitirama.

124

)

Page 127: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

COMITÊ V

Desenvolvimento da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer

Esse Comitê Estratégico tem por objetivo elevar a eficiência

do sistema educacional; melhorar a qualidade da aprendi-

zagem da educação básica; universalizar a educação básica,

ampliando o atendimento aos segmentos mais vulneráveis,

do ensino médio e da pré-escola; fomentar o acesso à cultu-

ra e tornar o Estado referência nacional e internacional em

modalidades esportivas específicas.

125)

Page 128: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

O suporte governamental para o desenvolvimento da educação, da cultura, do

esporte e do lazer configura uma importante política pública, que perpassa e

exige a cooperação dos governos municipais, estadual e federal, sem deixar de

considerar as contribuições do setor privado e das entidades do terceiro setor.

A atenção conjunta a essas áreas é fundamental para realizar e elevar as poten-

cialidades humanas no tocante à apropriação do conhecimento, à formação e

qualificação profissional, à construção da personalidade individual e cidadã e à

inclusão e coesão social.

Essas dimensões mostram-se essenciais para que crianças, jovens e adultos pos-

sam percorrer seus próprios caminhos ao longo da vida, com autonomia, racio-

cínio crítico e plenas capacidades de explorar o mundo do trabalho e garantir

ainda conquistas que beneficiem o seu entorno.

No Plano Estratégico do Governo do Estado do Espírito Santo 2011-2014 –

Novos Caminhos, o Comitê Estratégico de Desenvolvimento da Educação,

Cultura, Esporte e Lazer abarca a implementação e execução do Programa

de Expansão e Melhoria do Ensino Médio, voltado para assegurar o acesso

dos jovens capixabas ao ensino médio público regular e garantir as condi-

ções para a sua permanência com aprendizagem até a conclusão dessa etapa.

Convergente com o esforço prioritário na educação, o Governo do Espírito

Santo investe na expansão e melhoria da infraestrutura escolar e esportiva,

na capacitação de professores, na oferta de atrativos para a permanência dos

jovens na escola, na formação de atletas, na inclusão social pelo esporte, em

obras de construção, reforma e restauração de espaços culturais e no fomento

à produção artístico-cultural local, valorizando todas as formas de expressão

e manifestação.

Esse Comitê Estratégico, portanto, tem por objetivo elevar a eficiência do

sistema educacional; melhorar a qualidade da aprendizagem e universalizar o

acesso à educação básica; ampliar o atendimento aos segmentos mais vulne-

ráveis no ensino médio e na pré-escola; fomentar o acesso à cultura e tornar

o Estado referência nacional e internacional em modalidades esportivas espe-

cíficas.

126

)

Page 129: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

O trabalho do Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Estado da

Educação (Sedu), orienta-se para a conquista de uma educação pública reco-

nhecida nacionalmente pela promoção do acesso, qualidade e inclusão, e inte-

grada ao desenvolvimento local equilibrado e sustentável. No cotidiano, essa

tarefa envolve o atendimento a 285 mil estudantes diariamente, entre crianças,

jovens e adultos, residentes no campo ou na cidade, do ensino fundamental,

médio ou educação profissional, com necessidades especiais ou não, em 537

unidades educacionais presentes nos 78 Municípios capixabas.

Nesse setor, o Governo do Espírito Santo prossegue, com afinco, no cumpri-

mento da decisão, pactuada com a sociedade capixaba, de superar a obriga-

toriedade constitucional de aplicação de 25% da receita estadual resultante de

impostos em educação. No contexto, apresentam-se como ações fundamentais

da política educacional do Estado o cumprimento do piso salarial nacional dos

professores, o pagamento do Bônus Desempenho, a ampliação por concurso

do quadro de docentes das escolas estaduais, além da melhoria das condições

físicas e técnicas das escolas. Esse conjunto de ações visa garantir o apoio ne-

cessário ao corpo de alunos no seu desenvolvimento cognitivo em sentido am-

plo, incluindo formação técnica, de línguas estrangeiras, música e preparação

para níveis mais avançados de ensino.

Paralelamente e de forma complementar às ações citadas acima, está a atua-

ção governamental no desenvolvimento do esporte e na garantia de lazer, que

têm propiciado aos jovens capixabas uma ampla possibilidade de experiências

extracurriculares. Essas atividades contemplam a participação em eventos rea-

lizados em suas circunvizinhanças (praças, quadras poliesportivas, campos de

futebol), em torneios e jogos escolares, além da preparação de atletas de alto

rendimento por meio de bolsa e do incentivo à participação em campeonatos

nacionais e internacionais.

Da mesma forma, a dinâmica cultural no Estado ganha reforço com o fundo de

fomento à cultura e seus editais públicos, a intensificação da melhoria e do uso

dos espaços e monumentos do patrimônio espírito-santense para a realização

de espetáculos de teatro, música, dança, exposições de nível mundial e, ainda,

o crescimento do apoio à cultura jovem.

127)

Page 130: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Programa Estruturante do Comitê

PROGRAMA EXPANSÃO E MELHORIA DO ENSINO MÉDIO

O Estado tem como obrigação assegurar o ensino fundamental e oferecer, com

prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem, promovendo o apro-

fundamento de estudos, maior capacidade de inserção no mercado de trabalho

e o capital cultural necessário ao exercício da cidadania.

Expansão e Melhoria do Ensino Médio é um programa que pretende atender,

com qualidade, as necessidades básicas de aprendizagem dos estudantes en-

tre 15 e 19 anos, pois grande número desses jovens necessita de alternativas

de prosseguimento de escolarização e de preparação para o trabalho. Nesse

sentido, o papel da educação nessa etapa de ensino deve ser o de integrar, de

criar significados em si mesma como lugar de convivência entre gerações e de

vivência entre os jovens e, assim, formá-los para viver melhor.

Para isso, propõe-se o desenvolvimento do Programa de Expansão e Melhoria

do Ensino Médio, que é constituído pelos seguintes projetos: Formação Conti-

nuada dos Profissionais do Magistério; Apoio à Aprendizagem em Língua Portu-

guesa e Matemática na 1ª série do Ensino Médio; Expansão da Oferta do Ensino

Médio Integrado à Educação Profissional; Fortalecimento do Ensino de Ciências

no Ensino Médio; Oportunidades aos Estudantes Concluintes do Ensino Médio;

Construção, Reconstrução, Reforma e Ampliação das Escolas de Ensino Médio.

Principais Realizações em 2012

Educação

Entre as entregas já realizadas, em 2012, pela Secretaria de Estado da Educa-

ção para o Ensino Médio, estão a oferta de vagas para o Ensino Médio Inte-

grado à Educação Profissional em 68 escolas de 46 Municípios capixabas com

7.510 matrículas e investimentos de R$ 35,1 milhões. Foram ofertadas, ainda,

mais 11 mil vagas em 46 cursos técnicos para estudantes da rede pública de 62

Municípios que concluíram o ensino médio ou estão no último ano.

128

)

Page 131: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Também foi oferecido o Projeto Apoio à Aprendizagem em Língua Portu-

guesa e Matemática na 1ª Série do Ensino Médio, atendendo aproximada-

mente a cinco mil estudantes com reforço escolar. O objetivo é fortalecer

o aprendizado dessas disciplinas, trabalhando com o resgate de conteúdos

básicos indispensáveis para que o estudante consiga acompanhar as aulas e

receba com clareza as informações, a fim de diminuir os índices de evasão e

reprovação. Em 2012 o projeto atendeu cinco mil estudantes nas escolas das

regionais de Cachoeiro de Itapemirim, Carapina, Cariacica e Vila Velha. Para

2013 a previsão é atender 11.900 alunos, incluindo, também, as regionais de

Barra de São Francisco, Guaçuí e São Mateus.

Em 2012, o Projeto Oportunidades aos Estudantes Concluintes do Ensino

Médio atendeu aproximadamente 6.550 alunos com o Pré-Enem. Em 2013,

como forma de fortalecer a participação dos estudantes no Exame Nacional

do Ensino Médio (Enem), será obrigatória, em todos os Municípios do Esta-

do, a oferta do projeto nas escolas da rede estadual, tendo como previsão

atender a 27.800 estudantes.

Já o Fortalecimento do Ensino de Ciências tem como ação prioritária a aqui-

sição de laboratório didático de Ciências (Física, Química e Biologia) para

as 285 escolas de ensino médio, devendo ocorrer, em 2013, em três etapas

de entrega: etapa 1 – 108 unidades das regionais de Carapina, Cariacica e

Vila Velha; etapa 2 – 91 unidades das regionais de Afonso Cláudio, Guaçuí

e Cachoeiro; e, etapa 3 – 86 unidades das regionais de Nova Venécia, São

Mateus, Linhares, Barra de São Francisco e Colatina.

Com um investimento de R$ 1,9 milhão, o Programa de Formação Continuada

dos Profissionais do Magistério, que busca capacitar profissionais que atuam

no ensino médio da rede estadual, atingiu 1.844 professores em 2012.

Dentre as escolas que receberam investimento podemos destacar: EEEFM

“Aflordízio Carvalho da Silva” reconstruída com R$ 5,6 milhões; EEEM “Walla-

ce Castelo Dutra”, na Ilha de Guriri, construída com R$ 2,5 milhões; EEEFM

“Regina Bolsanello Fornazier” construída com investimentos de R$ 2,1 mi-

lhões; EEEFM “Manoel Paschoal de Oliveira” reformada e ampliada com R$

1,5 milhão; EEEM “Vila Nova de Colares” construída com R$ 1,2 milhão; e

EEEFM “Senador Dirceu Cardoso” construída com R$ 824 mil.

129)

Page 132: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

O Projeto de Cooperação Técnica e Financeira aos Municípios para Ampliar e

Melhorar o Atendimento da Pré-Escola e no Ensino Fundamental realizando

uma cooperação técnica e financeira com os municípios com a finalidade de

ampliar, construir, adequar e/ou reformar as escolas municipais beneficiou

seis escolas em 2012, a saber: EMEF “Padre Assis”, que foi coberta; EMEF

“Jussara Batista”, que foi concluída; EMEIEF “João Gabriel”, que foi cons-

truída; EMEF “Arteme Lopes”, que teve seu muro construído; EMEF “Delza

Frasson”, cuja quadra foi reformada; e a Escola Fortaleza, que teve a constru-

ção de sua quadra concluída.

Pensando no futuro de nossos alunos, ofertamos curso de inglês em seis

Centros Estaduais de Idiomas (CEIs) localizados em Vitória, Vila Velha,

Serra, Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim e Colatina, para alunos do en-

sino médio da rede estadual com boas notas e frequência escolar. Em

2012, passou a ser oferecido também o curso de espanhol nas unidades

da Grande Vitória. Foram atendidos, em 2012, 5.310 alunos nos cursos de

aprofundamento de estudos em Língua Inglesa e Língua Espanhola, e 27

estudantes no Programa de Intercâmbio para o Canadá, Nova Zelândia e

África do Sul.

Para atuar no relacionamento “família-escola” e ajudar no desenvolvimento

do aluno, implantamos o programa Coordenadores de Pais em 15 escolas

localizadas em regiões do “Estado Presente”, com investimento de R$ 1,42

milhão. Em 2013, o programa será ampliado para mais 17 escolas localizadas

em regiões atendidas pelo Estado Presente.

Além disso, obras de construção, reconstrução, reforma e ampliação, e tam-

bém manutenções preventivas e corretivas nas unidades de ensino da rede

estadual foram executadas pelo Governo em 2012. De janeiro a dezembro

de 2012 foram investidos R$ 92,8 milhões em obras e convênios com Municí-

pios. Adicionalmente, foram concluídas obras em dez escolas, entre reforma

e ampliação, construção e reconstrução, sendo o valor investido de R$ 59

milhões. Outras 44 unidades passaram por manutenção, em um investimento

de R$ 6,2 milhões.

130

)

Page 133: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Cultura

A construção da biblioteca de Altamira, em Ponto Belo, encontra-se na fase de

acabamento final da obra e vai ampliar o acesso a serviços culturais e a oferta

de espaços adequados para a população da região e para seus visitantes.

O Teatro Municipal José Ribeiro Tristão, em Afonso Cláudio, foi inaugurado

em 1º de março deste ano, com apresentação da Orquestra Filarmônica do

Espírito Santo. O Teatro ampliará o acesso da população da região e turistas

aos serviços culturais. O valor investido em 2012 foi de R$ 1,9 milhão.

A Construção da Sede da Associação de Bandas de Congo, na Serra, en-

contra-se 90% concluída e em 2012 foram investidos R$ 18 mil. Esse espaço

cultural beneficiará, diretamente, 21 bandas de congo da Serra, com cerca de

630 congueiros e, indiretamente, outras 64 bandas de congo de todo o Esta-

do, com aproximadamente 2.000 congueiros, além de visitantes e estudiosos

e comunidade local, proporcionando um maior conhecimento e dissemina-

ção da cultura capixaba.

A Orquestra Filarmônica do Espírito Santo (Ofes) realizou 39 apresentações

em todo o Estado, tendo sido assistida por aproximadamente 38.700 pes-

soas. Já o Teatro Carlos Gomes contou com 211 sessões ao longo de 2012

prestigiadas por um público superior a 51.400 espectadores.

Uma das ações de amplo alcance da política cultural do Governo, relacionada

com as atividades de fomento e difusão cultural, são os Editais de Incentivo à

Cultura. Em 2012, foram investidos mais de R$ 7 milhões, distribuídos em 34

modalidades de prêmios que contemplaram 218 projetos artístico-culturais, o

que viabilizou a produção de bens e serviços culturais em todo o Estado.

No âmbito do Programa Cultura Presente foram realizadas apresentações

da Ofes em oito escolas da rede pública da Grande Vitória, 83 apresenta-

ções culturais em 11 bairros da Região Metropolitana, seis temporadas do

Circo Cultura Presente em todo o Estado e 43 Oficinas Cultura Presente em

parceria com o Instituto Sincades. O público total dos eventos do Programa

Cultura Presente em 2012 alcançou a marca de 43.968 pessoas. Já as ações

do Programa Rede Cultura Jovem contemplaram 108.860 pessoas em 2012.

Uma média de 9.072 pessoas/mês.

131)

Page 134: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Esporte

As obras de conclusão do estádio Kleber Andrade buscam suprir o Espírito

Santo com um local para grandes eventos esportivos. As obras estão em an-

damento, com 37,6% de execução, com o investimento de R$ 23,5 milhões

em 2012.

A Reforma e Ampliação do CT Jayme Navarro de Carvalho pretende dotar

o Estado de um espaço esportivo capaz de atender à formação e garantir

condições de treinamento de atletas e equipes de alto rendimento. As obras

encontram-se em andamento, com 8,43% de execução física, tendo sido apli-

cado R$ 327 mil no ano de 2012.

O Esporte pela Paz oferece atividades esportivas e complementares para

crianças e adolescentes (de 6 a 17 anos), tendo como foco prioritário atuar

em áreas com altos índices de homicídio, buscando redução da criminalidade

por meio da inclusão social proporcionada pelo esporte. Aproximadamente

4.100 crianças e adolescentes foram atendidos em 2012 com investimentos

de R$ 1,3 milhão em 41 núcleos implantados.

Outros R$ 7,1 milhões foram investidos em 2012 na construção de praças

saudáveis, cujo objetivo é oportunizar, de forma gratuita, aos cidadãos a prá-

tica de atividade física em ambiente de convivência familiar (primeira à tercei-

ra idade), disponibilizando-lhes equipamentos modernos, de fácil utilização

e adequados a cada faixa etária e a pessoas com deficiência física, visando

fomentar a prática de atividade física, e buscando o bem estar físico e mental

do cidadão, bem como melhorar a qualidade de vida da população capixaba.

Foram entregues 13 praças e outras seguem em construção.

O projeto Campo de Bola I busca oferecer aos Municípios campo de fute-

bol society com grama sintética, equipado com iluminação e drenagem,

possibilitando o uso deste espaço 24 horas por dia, durante todos os dias

da semana. Em 2012 foram investidos R$ 5,7 milhões em 24 unidades do

Campo de Bola I.

132

)

Page 135: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

COMITÊ VI

Atenção Integral à Saúde e Proteção Social

Esse Comitê Estratégico tem por objetivo fortalecer a aten-

ção primária como ordenadora da rede de saúde, ampliar o

acesso à atenção secundária, melhorar a qualidade e a reso-

lutividade da assistência hospitalar e integrar os sistemas de

serviços de saúde, além de garantir proteção social a toda

população capixaba.

133)

Page 136: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Esse Comitê Estratégico é composto por duas dimensões fundamentais para a

melhoria da qualidade de vida da população capixaba.

No campo da saúde, os esforços do Governo do Espírito Santo se somam, es-

trategicamente, em um conjunto amplo e complexo de atividades e investimen-

tos na rede própria, no apoio às redes filantrópicas, na contratação via Sistema

Único de Saúde (SUS) de leitos privados e no apoio aos Municípios, especial-

mente na construção de unidades de saúde.

Nos dois últimos anos, o Programa de Fortalecimento da Atenção Primária têm

propiciado melhorias na qualidade dos serviços de saúde, por meio da constru-

ção de prontos atendimentos, unidades de saúde da família, centros de atenção

psicossocial e implantação de farmácias cidadãs. Esses equipamentos de saúde

estão sendo construídos e entregues em localidades específicas, com o objeti-

vo de fortalecer a rede regionalizada de atenção primária em todo o Estado. A

consolidação do cofinanciamento da atenção primária com contrato de resul-

tados nos 78 Municípios capixabas é uma meta para 2014. Em 2012, a política

de cofinanciamento foi implementada e, atualmente, os primeiros termos de

adesão dos Municípios estão sendo assinados.

A ampliação e a modernização da rede hospitalar é outra frente essencial de

atuação do Governo. A construção do Hospital Dr. Jayme dos Santos Neves, a

reforma e ampliação do Hospital São Lucas, a construção do Hospital Infantil

Nossa Senhora da Glória, a implantação de centros de consultas e exames es-

pecializados e a ampliação de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI)

e semi-intensivos são ações e entregas que compõem o Programa de Reestru-

turação e Ampliação da Capacidade da Rede de Serviços de Saúde. Ainda no

âmbito desse programa, em 2012 foi lançada a Rede Bem Nascer, que consiste

no aporte de R$ 12 milhões em 20 maternidades regionais capixabas, o que

tem garantido a expansão do acesso adequado aos serviços de saúde com

qualidade garantida no pré-natal, no parto e no atendimento ao recém-nascido.

Também integram esse comitê estratégico os projetos prioritários, que já es-

tão em execução, de expansão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(Samu) 192 em todo o Estado, de implementação do transporte sanitário, que

134

)

Page 137: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

possibilitará uma otimização do serviço de transporte do SUS, e de implantação

da Central de Regulação de acesso a consultas, exames e internações, que visa

consolidar e integrar sistemas de serviços de saúde.

Conjugadas com o planejamento ligado à saúde, as ações de proteção social

nos últimos anos se ancoraram no Programa Incluir, que é um programa estru-

turante de redução da pobreza formado pelas vertentes de atuação de acom-

panhamento às famílias, acesso à rede de serviços de assistência e inclusão

social e produtiva. No primeiro pilar, destaca-se o projeto Bolsa Capixaba, que

converge uma série de medidas inclusivas e emancipatórias com o pagamento

de benefícios para famílias que se encontram em condição de extrema vul-

nerabilidade socioeconômica, complementando os repasses do Bolsa Família,

do Governo Federal. A ampliação do Cadastro Único para Programas Sociais

(CadÚnico) é muito importante para refinar o registro das famílias que se enqua-

dram no perfil de assistência do Bolsa Capixaba. Em 2012, 9.721 famílias foram

beneficiadas pelo programa estadual.

Na vertente de acesso à rede de serviços, o Governo do Espírito Santo, por

meio do Programa Incluir, desenvolve a construção de Centros de Referência

Especializado de Assistência Social (Creas) e Centros de Referência de Assistên-

cia Social (Cras). Em 2011, foram concluídos e inaugurados 18 Cras. Em 2012,

foram entregues mais 12 Cras, favorecendo a expansão da rede de serviços de

assistência social em diversos Municípios.

No pilar da inclusão produtiva, o Incluir promoveu nos últimos dois anos a

ampliação do programa Empreendedor Individual. Somente em 2012 foram

formadas mais de 10.500 pessoas. Além disso, destaca-se fortalecimento do

cooperativismo, dos bancos comunitários, da economia solidária e do arte-

sanato e do crédito comunitário para famílias em situação de vulnerabilida-

de socioeconômica, por meio de linhas do Banco de Desenvolvimento do

Espírito Santo (Bandes). Em 2012, 15.617 operações de financiamento por

meio do programa Nosso Crédito foram liberadas e 471 operações de crédi-

to mediante o Creditar foram realizadas. Outra ação importante de inclusão

produtiva foi o Programa Carteira de Habilitação Gratuita CNH Social, que em

2012 selecionou 2.000 candidatos. Esses candidatos passaram a ter a oportu-

135)

Page 138: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

nidade de receber a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para ampliar suas

perspectivas de atuação profissional em postos de trabalho no campo dos

transportes rodoviários.

O programa de microcrédito do Governo do Estado voltado para comunidades

caracterizadas pela exclusão financeira e bancária, denominado Programa Cre-

ditar, realiza-se por meio das prefeituras e associações sociais ou por bancos

comunitários, que disponibilizam até R$ 1 mil com juros abaixo dos praticados

no mercado e por bancos comerciais, principalmente para os empreendedores

informais. O intuito do programa é fomentar a criação de redes locais de pro-

dução e consumo, além de apoiar iniciativas de economia solidária. O financia-

mento concedido é voltado para atividades produtivas e não é necessário um

avalista para obter o crédito. Com taxa de juros de 0,64% ao mês, os clientes

podem pagar em até 24 meses. Implantado no final do segundo semestre de

2011, o Creditar já tinha mais de 300 contratos assinados no início de 2012,

com um montante de mais de R$ 350 mil financiados. Em 2012 foram abertas

unidades de atendimento em Baixo Guandu, Colatina, Cachoeiro de Itapemi-

rim, Linhares e Viana, que se juntam às unidades de Vitória, Serra e Vila Velha,

já operando como pilotos desde 2011. No ano de 2012 foram liberados pelo

Creditar R$ 599,6 mil, em 614 contratos aprovados.

Além do programa Incluir, a área de proteção social é composta por projetos

prioritários e políticas públicas, como o fortalecimento das ações de direitos

humanos, o sistema integrado de segurança alimentar e as políticas especiais

para mulheres, jovens e negros.

Programas Estruturantes do Comitê

PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

O Plano de Governo Novos Caminhos define como um de seus Comitês Estra-

tégicos a Atenção Integral à Saúde e Proteção Social. Um dos principais desa-

fios para tal é fortalecer a atenção primária à saúde (APS) como ordenadora

das redes de atenção à saúde e principal porta de entrada desse sistema, com

136

)

Page 139: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

capacidade de resolução de 80% a 85% dos problemas de saúde da população.

A APS é competência dos Municípios, entretanto, cabe aos Estados, como ges-

tores, reguladores e cofinanciadores do SUS, propiciar aos Municípios apoio e

condições de execução dessa função.

É nesse contexto que se insere o Programa de Fortalecimento da APS, com

projetos e ações de infraestrutura (construção de Unidades de Saúde da Fa-

mília - USF, Centros de Atenção Psicossocial - Caps e Pronto Atendimentos

- PA), qualificação dos profissionais da APS e repasse de recursos para custeio

vinculados ao alcance de metas de melhoria da qualidade dos serviços e dos

indicadores sanitários de cada Município e região de saúde do Estado, tendo

como objetivo final qualificar a atenção à saúde e melhorar os indicadores de

saúde da nossa população.

Essa corresponsabilidade do Estado junto aos Municípios determina o escopo

do Programa de Fortalecimento da APS, expresso nos seguintes projetos:

Construção de Unidades de Saúde da Família (USF) - A necessidade do

projeto foi inicialmente estabelecida a partir da avaliação da melhoria da

qualidade na Atenção Primária do Ministério da Saúde (AMQ/MS), e de es-

tudos técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que apontavam a

grande fragilidade das Unidades de Saúde da Família no Estado, e subsi-

diaram o projeto-padrão das obras, equipamentos necessários e Municípios

prioritários. Até 2012 foram construídas 72 USF, por meio de convênios com

os Municípios, 28 das quais já inauguradas. Cada unidade comporta duas

equipes da ESF em uma área física de 600 m². A Sesa disponibiliza, ainda, por

meio de Termo de Concessão de Bens, equipamentos/mobiliários para todas

as Unidades de Saúde construídas;

Construção de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) – Construção e equi-

pamentos de Caps especializados na atenção psicossocial a dependentes

químicos (Capsad), crianças e adolescentes (Capsi) e aos adultos portadores

de transtornos mentais (Caps I, II e III), por meio de convênios de transferên-

cia de recursos financeiros aos Municípios capixabas para execução da obra.

Até o momento já estão conveniados 12 Caps, dos quais quatro já inaugu-

137)

Page 140: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

rados. Em 2013/2014, com a pactuação da rede de Saúde Mental, Álcool e

outras Drogas, novas unidades serão construídas em todo o Estado;

Construção de Pronto Atendimentos (PA) – O projeto do P.A. foi baseado

na Política Nacional de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde e,

também, nas necessidades identificadas pelo Município contemplado. Essas

unidades de saúde integram a rede de Urgência e Emergência, para que a

mesma possa dispensar atendimentos mais eficientes e com maior rapidez

à população-alvo. Até 2014 serão entregues quatro unidades, garantindo a

infraestrutura necessária para o atendimento às urgências e emergências,

possibilitando estabilizar pacientes e transferi-los para níveis de maior com-

plexidade (hospitais) quando necessário;

Qualificação profissional – O projeto visa a qualificação inicial de 880 médi-

cos que atuam na Rede de Urgência e Emergência do Estado do Espírito San-

to, por meio da realização de três cursos: Venuti – Ventilação mecânica, FCCS

– Fundamentos em terapia intensiva e PFCCS – Fundamentos em terapia

intensiva e pediatria. Os cursos serão ministrados em módulos de 20 horas,

entre abril e dezembro de 2013 e têm por objetivo qualificar e sistematizar o

atendimento médico na rede de urgência e emergência; e

Implantação da Política Estadual de Cofinanciamento da Atenção Primária

à Saúde no ES – O objetivo do projeto é garantir a ampliação e a melhoria

da qualidade do acesso na atenção primária à saúde para a população do

Espírito Santo, por meio da transferência regular de recursos financeiros aos

Municípios capixabas, para custeio de ações e serviços de saúde na Atenção

Primária à Saúde (APS), vinculado ao cumprimento de metas de saúde pac-

tuadas entre o Estado e Municípios. O escopo do projeto inclui as seguintes

intervenções:

– Cofinanciamento do custeio das ações e serviços da APS, por meio de re-

passe de recursos financeiros a partir de um valor per capita por Município,

com princípios de equidade e estratificado com base em indicadores so-

ciais (IDH) e econômicos (receita total do Município per capita). Parte dos

recursos será repassada automaticamente e parte vinculada ao percentual

de cumprimento das metas pactuadas;

138

)

Page 141: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

– Estímulo à organização dos processos de trabalho das equipes de APS a

partir das necessidades da população;

– Estabelecimento de padrões de organização da gestão da APS que possi-

bilitem o monitoramento e a avaliação das ações desenvolvidas;

– Fomento ao processo de pactuação e contratualização, que implique a

gestão dos recursos para o cumprimento das metas;

– Incentivo ao monitoramento e avaliação das metas e indicadores pactua-

dos de forma sistematizada; e

– Definição, anualmente, de metas comuns de melhoria de processos de

trabalho na APS e de resultados sanitários para a população capixaba.

PROGRAMA INCLUIR: PROGRAMA CAPIXABA DE REDUÇÃO DA POBREZA

Cerne da Política Estadual de Redução da Pobreza, o Programa tem como foco

prioritário a extrema pobreza. Foi criado através da Lei nº 9.752, publicada no Di-

ário Oficial do Estado no dia 19 de dezembro de 2011. Pensado para além do

campo da Política de Assistência Social, abarca diversas políticas sociais e públicas

e diferentes atores sociais. Tem como objetivo promover a redução da extrema po-

breza, a inclusão social e a cidadania, tendo como base a emancipação das famílias.

Estruturado em três grandes vertentes, o Acompanhamento das Famílias, o

Acesso à Rede de Serviços e a Inclusão Produtiva, abrange todos os Municípios

capixabas pelo número de famílias extremamente pobres incluídas no Cadastro

Único para Programas Sociais (CadÚnico).

Na vertente Acompanhamento das Famílias, tem como principais projetos: Am-

pliação e melhoria da focalização do CadÚnico; Elaboração e implementação

do Protocolo de Atendimento e Plano de Emancipação das famílias em situação

de pobreza; Projeto Bolsa Capixaba; e Selo Capixaba de Redução da Pobreza.

Importa ressaltar que no ano de 2012 o Projeto Bolsa Capixaba atendeu a 9.721

famílias, o que resultou em um investimento de R$ 4,2 milhões pelo Governo do

Estado do Espírito Santo com a operacionalização do Projeto, sendo repassado

o valor de R$ 50,00 (cinquenta reais) por mês para cada família beneficiária.

139)

Page 142: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

A vertente Acesso à Rede de Serviços abrange a construção dos Centros de Re-

ferência Especializado de Assistência Social (Creas) e dos Centros de Referência

de Assistência Social (Cras).

E, por fim, a Inclusão Produtiva tem como estratégia a execução dos seguintes

projetos: Nossocrédito; Creditar; CNH Social; Comida na Mesa; Fortalecimen-

to da Economia Solidária e do Artesanato; Fortalecimento da Estratégia dos

Bancos Comunitários; Fortalecimento do Cooperativismo; e Fortalecimento do

Programa Empreendedor Individual.

PROGRAMA DE AÇÕES INTEGRADAS SOBRE DROGAS

O Programa de Ações Integradas sobre Drogas propõe uma estrutura de rede

de acolhimento, tratamento e reinserção social de usuários de substâncias psi-

coativas e apoio às suas famílias, atuando de forma sistêmica, além de promo-

ver e fomentar ações de prevenção ao uso de drogas.

Fomentar uma grande discussão na sociedade sobre o aumento das graves

decorrências provocadas pelo uso de substâncias psicoativas, em todas as ca-

madas da sociedade, implica em dar visibilidade a uma questão que envolve

diversas dimensões e aspectos contraditórios.

Os danos provocados pelo consumo de drogas e especialmente o crescimento

do uso do crack, preocupa, de uma maneira geral, a sociedade capixaba, e em

especial o Governo do Estado, não só na área da segurança pública como no

campo da saúde, assistência social, educação, e outras áreas afins. O resultado

desse crescimento é o aumento das ações delituosas e da criminalidade.

A prevenção, informação e sensibilização para os efeitos destrutivos do uso

das drogas não são suficientes para quebrar uma estrutura que envolve, ainda,

o papel dos órgãos de segurança pública, na repressão ao seu comércio, e da

saúde pública, no tratamento dos seus dependentes.

Consciente dessa calamidade, o Governo do Estado do Espírito Santo, atra-

vés da Coordenação de Políticas sobre Drogas, estabeleceu os critérios para

140

)

Page 143: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

a concepção do Programa de Ações Integradas sobre Drogas, estruturado em

quatro eixos temáticos, que são: Prevenção ao uso de drogas; Tratamento e

Reinserção Social dos dependentes; Fortalecimento da Autoridade Pública; e

Redução da Oferta.

O Governo do Estado entende que todos os instrumentos e mecanismos cria-

dos para a atenção integral de pessoas que consomem substâncias psicoativas

devem ser utilizados para a promoção e proteção dos direitos humanos. Nesse

sentido, é importante considerar a complexidade do tema, tendo como foco

a integração do indivíduo em uma nova rede de socialização e solidariedade

visando sua reintegração social.

PROGRAMA DE REESTRUTURAÇÃO E AMPLIAÇÃO

DA CAPACIDADE DA REDE DE SERVIÇOS DE SAÚDE

A avaliação dos indicadores de saúde (taxas de mortalidade, morbidade e in-

ternações) e de estrutura física do atendimento à população capixaba, aliados

ao crescimento da população idosa e com maiores riscos de doenças crônicas

e graves, aumento de usuários de álcool e outras drogas, acidentes de trânsito,

vêm gerando maior demanda por serviços de saúde. Outro fator preponderan-

te é a necessidade de adequação das estruturas físicas frente à contínua evolu-

ção tecnológica e ao desgaste em função do tempo de uso.

Esse contexto subsidiou as definições do Planejamento Estratégico de Governo

para o período 2011-2014 para definição dos projetos que compõem o Pro-

grama de Reestruturação e Ampliação da Capacidade da Rede de Serviços de

Saúde, que tem o objetivo de ampliar, qualificar e organizar a oferta de serviços

de atenção secundária e terciária, melhorar os indicadores de saúde e as condi-

ções de acesso, prestando serviço digno e contribuindo para elevar a qualidade

de vida da população capixaba.

Os projetos que compõem o referido Programa, e que se destinam a todos os

usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), são:

141)

Page 144: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Construção e equipamento do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves na

Serra;

Reforma, Ampliação e Equipamento do Hospital Estadual São Lucas em Vitória;

Construção e Equipamento do Novo Hospital Estadual Infantil Nossa Senho-

ra da Glória em Vitória;

Implantação de cinco Centros de Consultas e Exames Especializados nas Re-

giões Norte, Central, Metropolitana e Sul;

Implantação da Rede Bem Nascer – Adequação de 20 maternidades defini-

das como referência materno-infantil no ES; e

Adequação e Ampliação das Unidades de Terapia Intensiva com implantação

de 92 novos leitos nos hospitais da rede própria de saúde.

Principais Realizações em 2012

O Programa de Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde objetiva ampliar

o acesso da população aos serviços de saúde, fortalecendo a atenção primária

como porta de entrada e ordenadora do cuidado nas redes de atenção à saúde,

em especial, a rede de cuidados aos usuários de drogas em todos os Municípios

capixabas, priorizando as áreas em condições socioeconômicas e de saúde mais

vulneráveis e/ou de risco. Em 2012, merecem destaque as seguintes realizações

no âmbito do Programa de Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde:

Centro de Atenção Psicossocial (Caps): a implantação dos Caps garante a

infraestrutura necessária para a atenção psicossocial ambulatorial especiali-

zada à população-alvo, por meio da construção de Centros de Atenção Psi-

cossocial equipados/mobiliados em todas as regiões de saúde do Estado

para a população com necessidade de atenção em saúde mental e suas famí-

lias, com foco no acesso dos usuários de drogas e pessoas com sofrimentos

psíquicos. Quatro unidades do Caps já estão funcionando no Estado. São

elas: Caps de Anchieta e de Colatina, com R$ 1,2 milhão de investimentos

em cada um deles; unidades de Cachoeiro de Itapemirim e de Santa Maria

de Jetibá, com R$ 395 mil investidos por Caps;

142

)

Page 145: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Ampliação de Unidades de Saúde: Foi estabelecida a meta de construir 67

Unidades de Saúde da Família equipadas/mobiliadas em Municípios do Estado

até o ano de 2014, a fim de garantir a infraestrutura necessária para a atenção

primária à população-alvo, considerando a necessidade de ampliar a cobertura

assistencial com a Estratégia Saúde da Família em Municípios capixabas. Em

2012 foram entregues várias unidades, como: a Policlínica de Marechal Floria-

no, com R$ 1 milhão investido; as Unidades de Saúde de Águia Branca, Alegre,

Anchieta, Boa Esperança, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica (Santa Bárba-

ra), Cariacica (Valparaíso), Ibiraçu, Linhares (Interlagos), Linhares (J. Laguna),

Marilândia, Piúma, Santa Maria de Jetibá, São Gabriel da Palha, São Mateus

(Nestor Gomes), São Mateus (Vila Nova) e Vila Velha (Barramares), com R$ 881

mil investidos em cada uma; Unidades de Saúde de Brejetuba, Colatina (Carlos

Germano Naumann) e Santa Teresa, com R$ 1,2 milhão investido em cada Uni-

dade; Unidade de Saúde de Domingos Martins (Parajú), com R$ 818 mil.

O Programa Incluir busca reduzir o número de famílias em situação de pobreza

no Estado do Espírito Santo. No ano de 2012 foram alcançados os seguintes

resultados relevantes:

No projeto de construção de Cras, que tem como premissa ajudar famílias

que se encontram em situação de vulnerabilidade social decorrente da po-

breza, privação ou fragilização de vínculos relacionais e de pertencimento

social, referenciadas no território de abrangência do Cras, foram entregues

14 dessas unidades. Em Apiacá, Alto Rio Novo, Brejetuba, Conceição da

Barra, Governador Lindenberg, Ibiraçu, Muniz Freire, Rio Novo do Sul, San-

ta Maria de Jetibá e Vila Valério as obras do Cras tiveram o investimento

de R$ 400 mil cada uma. Já em Vargem Alta foi investido R$ 469 mil, em

Mimoso do Sul, R$ 350 mil, e em Domingos Martins, R$ 211 mil;

Ampliação e melhoria da focalização do CadÚnico nos 78 Municípios do Es-

tado, alcançando 412.395 famílias cadastradas, tendo demandado R$ 207 mil

em 2012 para chegar a esse patamar;

No Projeto Bolsa Capixaba, que transfere renda para as famílias extrema-

mente pobres no Estado e visa retirá-las desta situação, 9.721 famílias foram

beneficiadas em 2012, com um investimento total de R$ 4,2 milhões.

143)

Page 146: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

COMITÊ VII

Desenvolvimento da Infraestrutura Urbana

Esse Comitê Estratégico tem por objetivo minimizar os efei-

tos das cheias e da escassez de água e ampliar a oferta para

usos múltiplos, melhorar as condições da mobilidade urba-

na, qualificar a implantação e a gestão da infraestrutura ur-

bana, reduzir o déficit habitacional e universalizar o acesso

aos serviços de saneamento básico.

144

)

Page 147: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam, que dos

3,5 milhões de capixabas, 83,4% residem em áreas urbanas. Nesse sentido,

desde 2011 foi intensificado o direcionamento de programas e projetos para a

ampliação da oferta de equipamentos e serviços essenciais à qualidade de vida

da população.

O advento da Constituição de 1988 e o Estatuto da Cidade de 2001 consoli-

daram a autonomia dos Municípios na governança e na gestão das políticas

públicas urbanas. Dessa forma, o Governo do Espírito Santo tem desenvolvido

uma forte articulação com os Municípios, além de promover ações estratégicas

no campo do saneamento básico, da habitação, da gestão de recursos hídricos

urbanos, entre outros.

O ES sem Lixão é um importante programa estruturante, por meio do qual

está sendo implementado o sistema regional de logística e de resíduos sólidos

urbanos. Esse programa traz benefícios para a destinação final dos resíduos

sólidos e está devidamente adequado às diretrizes da Política Nacional de Re-

síduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010). Suas intervenções, obras e execução estão

geograficamente divididas em regiões, atendendo a todo o território capixaba.

Ao mesmo tempo, o Programa Estadual de Saneamento possibilita a ampliação

dos sistemas de abastecimento de água e de rede de esgotamento sanitário.

Esse programa estruturante tem promovido importantes obras de construção

de reservatórios de abastecimento de água, estações de tratamento de esgoto,

implantação e melhoria de redes e ligações de saneamento.

Outro programa estruturante desse comitê estratégico é o Nossa Casa, que,

conjugado com o programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, traz

benefícios para as famílias enquadradas em situação de déficit habitacional,

por meio de obras de infraestrutura urbana, apoio técnico e financeiro para a

construção de habitações de interesse social e suporte aos Municípios para a

pactuação de convênios em prol da construção de habitações e obras de infra-

estrutura. Além disso, o programa Nossa Casa possui uma frente de atuação

voltada ao financiamento da construção de habitações rurais. Em 2012, o Nossa

Casa entregou 508 habitações de interesse social.

145)

Page 148: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Diversos projetos prioritários complementam as ações promovidas pelos pro-

gramas estruturantes desse comitê estratégico. São exemplos: a elaboração e a

implantação de projetos de drenagem urbana e de revitalização de rios e canais

da Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV); os estudos e projetos para

o manejo de águas pluviais e drenagem urbana da RMGV; e a execução e apoio

a obras de infraestrutura hídrica de usos múltiplos, como a construção de barra-

gens e adutoras de água bruta em diversos Municípios do Estado.

Programas Estruturantes do Comitê

PROGRAMA ESPÍRITO SANTO SEM LIXÃO

O objetivo principal do Programa Espírito Santo sem Lixão é a erradicação dos

lixões do território capixaba, por meio de sistemas regionais de destinação fi-

nal adequada de resíduos sólidos urbanos (RSU), considerando também, nesse

contexto, a continuidade do funcionamento dos atuais sistemas que estão aten-

dendo alguns Municípios de forma sustentada e que foram implantados pela

iniciativa privada.

A meta do projeto é que todos os Municípios façam a destinação final dos

RSU gerados em seus territórios para aterros sanitários regionais. Esses aterros

deverão ter concepção moderna, sendo projetados com técnicas atualizadas e

testadas para garantir a proteção ambiental e sanitária, com reduzidos custos

operacionais proporcionados pelo ganho de escala e, consequentemente, com

maior economicidade para o sistema. Além disso, os aterros deverão ter capa-

cidade de suportar a demanda regional por longo período de tempo, ou seja,

uma vida útil prolongada, não inferior a 25 anos.

Cada aterro sanitário será o centro de um sistema regional de destinação final

adequada de resíduos sólidos, que contará ainda com número compatível de

estações de transbordo e com logística de transporte integrado regional, para

garantir o escoamento otimizado dos RSU de cada Município.

146

)

Page 149: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Esses sistemas regionais serão operados por empresas privadas especializadas,

em regime de concessão de prestação de serviços públicos, mediante regula-

ções e licitações estabelecidas pelos respectivos Consórcios Públicos Regio-

nais, que serão formados pelo Estado e Municípios, de acordo com a Lei nº

11.107/2005.

A criação dos Consórcios Públicos Regionais, com o objetivo solidário de cons-

trução e gestão destes sistemas regionais de destinação final adequada dos

resíduos sólidos urbanos, representa o marco inicial de todo o processo. Os

consórcios estão constituídos pelos Municípios conforme descrito a seguir:

Conorte: Água Doce do Norte, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Con-

ceição da Barra, Ecoporanga, Jaguaré, Montanha, Mucurici, Nova Venécia,

Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo, São Mateus, Sooretama e Vila Pavão;

Condoeste: Afonso Cláudio, Águia Branca, Alto Rio Novo, Baixo Guandu,

Colatina, Governador Lindenberg, Itaguaçu, Itarana, Laranja da Terra, Mante-

nópolis, Marilândia, Pancas, São Domingos do Norte, Santa Maria de Jetiba,

Santa Teresa, São Gabriel da Palha, São Roque do Canaã e Vila Valério; e

Consul: Alfredo Chaves, Anchieta, Apiacá, Bom Jesus do Norte, Iconha, Ita-

pemirim, Marataízes, Mimoso do Sul, Muqui, Piúma, Presidente Kennedy, Rio

Novo do Sul, São José do Calçado, Vargem Alta, Alegre, Atílio Vivácqua,

Brejetuba, Castelo, Conceição do Castelo, Divino de São Lourenço, Dores do

Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Iúna, Jerônimo Monteiro, Muniz

Freire e Venda Nova do Imigrante.

PROGRAMA ESTADUAL DE HABITAÇÃO

DE INTERESSE SOCIAL “NOSSA CASA”

Em 30 de agosto de 2012, por meio da Lei nº 9.899, foi instituído no âmbito do

Estado do Espírito Santo, o Programa Estadual de Habitação de Interesse Social

Nossa Casa, o maior programa habitacional da história do Estado, com mais

de R$ 865 milhões de investimentos em habitação, criado para complementar

recursos e ações do “Programa Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal.

Desse valor, R$117 milhões são de investimento do Governo do Estado e os

147)

Page 150: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

outros R$ 748 milhões do Governo Federal. Os investimentos serão realizados

por intermédio do Instituto de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Idurb/

ES), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e De-

senvolvimento Urbano (Sedurb).

O Programa Nossa Casa tem por objetivo a redução do déficit habitacional e

atender 100% dos Municípios capixabas com a promoção do acesso da popu-

lação urbana e rural de baixa renda à moradia digna, considerando suas espe-

cificidades sociais, econômicas, ambientais e habitacionais, por meio de meca-

nismos de incentivo à produção e/ou reforma de habitações de interesse social,

com a previsão de conclusão das ações até o ano de 2015.

Destinado às famílias de baixa renda na área urbana e rural, o Programa Nossa

Casa possibilitará a construção de 17 mil unidades habitacionais em todo o

Estado do Espírito Santo, beneficiando mais de 90 mil pessoas. A política habi-

tacional está estruturada em quatro estratégias para atendimento da área urba-

na, com a construção de 15.500 unidades habitacionais e, inicialmente, 1.500

unidades destinadas para área rural. No caso da habitação rural o objetivo é

fixar o trabalhador no campo, atendendo às diretrizes da política do Governo

de desenvolvimento do interior, proporcionando condições de moradia e de-

senvolvimento local, ajudando a combater o êxodo rural.

O Programa Nossa Casa está estruturado em quatro linhas estratégicas, a saber:

Infraestrutura Urbana para o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV)

1 e 2 – Faixa I, com o aporte de recursos para investimentos de infraestrutura

urbana (saneamento e acesso) para viabilizar o PMCMV 1 e 2 para Municípios

enquadrados na faixa 01 – Portaria do Ministério das Cidades nº 325, de

07/07/2011;

Apoio Técnico e Financeiro - Oferta Pública do PMCMV 2 – Sub 50, com o

aporte de recursos de contrapartida para viabilizar o PMCMV 2 - modalidade

de oferta pública em Municípios com população de até 50.000 habitantes,

em atendimento à Portaria do Ministério das Cidades nº 547, de 28/11/2011,

e ainda prestar assistência técnica e financeira aos Municípios e/ou entidades

148

)

Page 151: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

organizadas da sociedade civil para acesso ao Programa Estadual de Habita-

ção de Interesse Social Nossa Casa;

Apoio Técnico e Financeiro – Convênios, com o aporte de recursos para

viabilizar desenvolvimento dos programas e ações municipais de moradia de

interesse social, na modalidade convênios; e

Apoio Técnico e Financeiro - Habitação Rural (PNHR), aportando recur-

sos de contrapartida para construção de moradias rurais, e ainda prestando

apoio técnico aos Municípios e/ou entidades organizadas da sociedade civil

para acesso ao PNHR.

Em 2012, dando continuidade aos projetos em andamento, foram entregues

508 unidades habitacionais em diversos Municípios capixabas, com previsão de

entrega em 2013 de mais 409 unidades.

Com a instituição do Programa Nossa Casa, o Governo do Estado em 2012 fir-

mou compromisso junto à Caixa Econômica Federal, garantindo recursos para

implantação de infraestrutura urbana (saneamento e acesso) para atender 2.065

unidades habitacionais. Foram celebrados 28 Termos de Acordo e Compromis-

so entre Idurb/ES, agentes financeiros e Municípios visando à construção de

1.245 unidades habitacionais urbanas, com previsão de conclusão das obras

em 2014. Foram, ainda, celebrados Convênios objetivando a implantação de

infraestrutura urbana básica e de elaboração de projetos. Foram, também, assi-

nados entre Idurb/ES, Caixa e entidades organizadoras, seis Termos de Coope-

ração e Parceria viabilizando a construção de 133 unidades habitacionais para

atender agricultores familiares e trabalhadores rurais.

PROGRAMA ESTADUAL DE SANEAMENTO

O Programa Estadual de Saneamento é o maior plano de investimentos da his-

tória do Espírito Santo no setor de saneamento. Em agosto de 2012, Vitória se

tornou a primeira capital brasileira a ter capacidade de tratar 100% do esgoto.

Os resultados dos investimentos podem ser sintetizados da seguinte forma:

dois milhões de pessoas beneficiadas com a construção de 1.113 quilômetros

149)

Page 152: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

de redes de águas, 1.640 quilômetros de redes de esgoto, 33 Estações de Tra-

tamento de Esgoto, 141 elevatórias de esgoto, 22 Estações de Tratamento de

Água e 15 reservatórios de água de grande porte.

Os investimentos em tratamento, distribuição de água e em tratamento de es-

goto foram de R$ 208,2 milhões, sendo R$ 53,6 milhões investidos em empre-

endimentos de abastecimento de água, R$ 119,5 milhões em empreendimentos

de esgotamento sanitário e R$ 35,1 milhões em desenvolvimento institucional

e operacional.

Esses investimentos seguem os objetivos estratégicos do Governo do Estado

de manter a cobertura de 100% da população atendida pela Cesan com água

tratada e elevar o índice de cobertura dos serviços de esgotamento sanitário,

que era de 46% em 2010, para 70% até 2014, nas áreas urbanas dos Municípios

com concessão da Companhia.

Em 2012 foram entregues importantes obras de melhoria nos sistemas de esgo-

tamento sanitário e de abastecimento de água, dentre Estações de Tratamento

de Esgoto (ETE) e Reservatórios de Água, além de serem realizados encontros

e eventos abertos ao público com o objetivo de manter a Cesan próxima à

população.

Entre as principais obras de abastecimento de água entregues à população em

2012 destacam-se: sistema de distribuição de água de Valverde em Cariacica,

adutora de água bruta de Castelo, ampliação do sistema de abastecimento de

água de Ibatiba, reservatório apoiado de São Gabriel da Palha, ampliação do

sistema de abastecimento de água de Laranjeiras e adjacências - Serra, sistema

de reservação de Vitória 1ª etapa.

Quanto às obras de esgotamento sanitário entregues à população em 2012

destacam-se a implantação de Sistemas de Esgotamento Sanitário em Vila Ve-

lha (Araças e adjacências e Praia da Costa e adjacências), Muniz Freire, Piaçu e

Vitória (Praia do Canto, Jucutuquara e Centro), além da implantação da Estação

de Tratamento de Esgoto (ETE) Ulisses Guimarães em Vila Velha.

150

)

Page 153: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Principais Realizações em 2012

O Programa ES sem Lixão visa implantar sistemas regionais de logística e des-

tinação final de resíduos sólidos urbanos (RSU) e seus acessos rodoviários, de-

sativar lixões e apoiar modelos de gestão capazes de garantir sustentabilidade

aos sistemas. As ações de implantação nas regiões Doce Oeste (Condoeste)

e Norte (Conorte) estão em fase preparatórias e em 2012 foi investido R$ 1,3

milhão em cada uma dessas ações. Além disso, foram elaborados os termos de

referência para contratação das obras e pré-operação para Conorte, Condoeste

e contratação dos projetos executivos para Consul. A previsão de licitação é

para início de 2013, após liberação das licenças ambientais.

O Projeto de Apoio aos Municípios na execução de obras de infraestrutura

urbana busca ajudar os Municípios do Estado a ampliar e melhorar a infraestru-

tura urbana através da celebração de convênios para construção, reforma e/ou

ampliação de pavimentações e drenagens, muros de encostas, urbanizações e

construções necessárias. O apoio prestado pelo Governo do Estado aos Mu-

nicípios capixabas no âmbito desse projeto está detalhado na tabela a seguir:

Tabela 15 – Apoio aos Municípios na execução de obras de infraestrutura urbana - 2012

Município Apoio Prestado Valor (R$)

Água Doce do NortePavimentação de ruas 1.051.754,12

Pavimentação e drenagem de rua 125.000,00

Águia Branca Pavimentação e drenagem de ruas 483.749,68

Alfredo Chaves Pavimentação de ruas 285.000,00

Baixo GuanduConstrução de Cobertura e banheiros para abrigos de camelôs 100.000,00

Pavimentação de rua 73.237,00

Boa Esperança Reforma de praça no Bairro Vila Tavares 138.505,05

Bom Jesus do Norte Pavimentação da rua Evaldo teixeira 70.000,00

Cachoeiro de Itapemirim Pavimentação, muro e drenagem 6.968.758,65

CariacicaMelhoria de vias urbanas 13.368.609,16

Pavimentação e drenagem de ruas 360.822,60

Conceição do Castelo Pavimentação e drenagem de vias urbanas 152.067,01

Divino de São LourençoPavimentação de rua 79.378,91

Drenagem e pavimentação de ruas 282.265,50

Domingos Martins Drenagem e pavimentação de ruas 714.200,23

Dores do Rios Preto Revitalização do centro de Dores do Rio Preto 198.853,71

Ecoporanga Pavimentação de ruas 1.072.417,09

Guaçuí Pavimentação de rua 99.657,88

151)

Page 154: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Município Apoio Prestado Valor (R$)

Ibatiba Pavimentação e drenagem de rua 98.056,11

IbiraçuCaminhão equipado com tanque pipa 210.000,00

Construção de muro de contenção de Talude 113.082,48

IconhaPavimentação e drenagem de ruas 217.832,85

Reforma de praça 130.984,43

Irupi Pavimentação e drenagem de ruas 1.169.184,20

João NeivaPavimentação de rua no Bairro COHAB 90.000,00

Pavimentação de ruas de acesso ao bairro São Carlos 264.718,14

Laranja da Terra Construção de escadaria e pavimentação de rua 128.231,58

LinharesConstrução de ponte 14.127.871,46

Construção de trevo na BR 101 615.319,45

MarilândiaConstrução de praça 73.459,33

Pavimentação de ruas 87.500,00

Mimoso do Sul Drenagem e pavimentação de ruas 149.411,22

Montanha Pavimentação de ruas 141.181,95

Mucurici Construção de praça 100.000,00

Muniz Freire Projeto para construção de teatro municipal 44.694,00

Muqui Muro de contenção, drenagem e pavimentação da rua projetada, bairro Alta Esperança 247.000,00

Nova Venécia Pavimentação de ruas 2.036.875,00

Pancas Drenagem e pavimentação de ruas 108.017,80

PinheirosPavimentação de ruas 1.170.109,51

Pavimentação e drenagem de diversas ruas 394.912,25

Ponto Belo Pavimentação de ruas 146.308,62

Santa Maria de Jetibá Reconstrução de pontes 286.359,08

São Gabriel da PalhaPavimentação asfáltica da avenida Graciano Neves, rua Padre Simão 737.354,44

Pavimentação de ruas 1.990.795,31

São José do Calçado

Pavimentação de rua 80.021,74

Pavimentação e drenagem de ruas 753.241,86

Reforma de praças 196.166,67

São Mateus Pavimentação de ruas 1.530.918,27

São Roque do canaã Drenagem e pavimentação de ruas 272.066,09

Serra Implantação do corredor com pista exclusiva para ônibus 12.643.690,08

Vargem Alta Pavimentação e drenagem de rua 60.164,52

Venda Nova do ImigrantePavimentação de rua 100.000,00

Recapeamento Asfáltico 299.997,54

Vila Valério Esgotamento sanitário, drenagem e pavimentação de ruas 407.117,80

Vila Velha

Pavimentação de ruas de Cobilândia 11.233.675,04

Pavimentação e dranagem de ruas na Barra do Jucu 724.732,93

Pavimentação e drenagem de ruas 5.246.779,26

Vitória Reconstrução do Parque Tancredão 20.000.000,00

TOTAL 104.052.107,60

Fonte: Sedurb/ES

152

)

Page 155: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

Foram entregues dois projetos básicos e executivos - Barragem/Adutora, ela-

borados pela Cesan, com o investimento de R$ 70 mil. Esses projetos benefi-

ciarão o apoio à execução de obras de infraestrutura hídrica de usos múltiplos,

que prevê a execução de 36 obras de infraestrutura hídrica, sendo 35 barragens

e 1 adutora de água bruta, ampliando a disponibilidade de água e reduzindo os

efeitos negativos do déficit hídrico.

153)

Page 156: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

COMITÊ VIII

Prevenção e Redução da Criminalidade

Esse Comitê Estratégico tem por objetivo reduzir a incidên-

cia de crimes letais intencionais, reduzir a reincidência cri-

minal e ampliar a capacidade de resposta às demandas da

população em relação à segurança pública.

154

)

Page 157: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

A velocidade do crescimento econômico e populacional experimentada pelo

Espírito Santo nas últimas três décadas se fez acompanhar na mesma intensida-

de da expansão da violência. Entre 1979 e 2009, o Espírito Santo apresentou

um crescimento real de cerca de 700% no número de homicídios, saltando de

256 (12,65 homicídios por 100 mil habitantes) registrados no final da década de

setenta para 2.034 homicídios registrados em 2009 (58,32 homicídios por 100

mil habitantes).

A expansão da violência letal ocorreu, via de regra, de forma concentrada, prin-

cipalmente em bairros ou conjuntos de bairros com elevada densidade demo-

gráfica, caracterizados por baixos índices de urbanização, e população residen-

te com baixo desenvolvimento socioeconômico.

Soluções para contextos que mesclam violência e desorganização urbana e

social requerem superação do modelo tradicional de fazer política pública de

segurança. Implicam a associação de ações de natureza policial com uma mas-

sificação de investimentos em infraestrutura e oferta de serviços públicos em

comunidades historicamente desassistidas.

Essa é a essência do Programa Estado Presente: promover a articulação ins-

titucional necessária para priorizar a implantação de um conjunto de ações e

projetos voltados para o enfrentamento da violência letal e para a prevenção da

violência a partir da ampliação do acesso à educação, esporte, cultura, geração

de emprego, renda e promoção da cidadania em regiões com altos índices de

vulnerabilidade social.

Programa Estruturante do Comitê

PROGRAMA ESTADO PRESENTE

A redução do número de homicídios é prioridade do Governo do Espírito San-

to. Assim, ainda no ano de 2011 foi lançado o Programa Estado Presente, que é

fundamentado nos pilares da infraestrutura de segurança de pública, proteção

policial e proteção social.

155)

Page 158: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

O pilar da infraestrutura se caracteriza por investimentos na construção de

unidades padronizadas para as polícias civil e militar, unidades padronizadas

para o corpo de bombeiros, unidades prisionais e socioeducativas, além de

novas ferramentas tecnológicas, sistemas informatizados, modernas viaturas e

equipamentos de proteção individual.

A proteção policial visa, entre outras coisas, o desenvolvimento de estratégias

específicas para cada organização policial com foco na defesa da vida, intensifi-

cando a repressão qualificada aos crimes de homicídio, tráfico de drogas e por-

te de armas de fogo e o cumprimento de mandados de prisão, principalmente,

de homicidas.

A proteção social objetiva a integração das ações governamentais com o fim

de fortalecer a rede de proteção social e ampliar o acesso aos serviços públicos

de educação, saúde, assistência social, esporte, cultura, entre outros, de modo

a criar uma ambiência de cidadania e de oportunidades para populações em

situação de vulnerabilidade.

O Estado Presente foi concebido com o propósito de promover a articulação

entre secretarias e outras instituições da administração pública estadual, priori-

zando a implementação de ações e projetos voltados para o enfrentamento da

violência letal e para a prevenção, a partir da ampliação do acesso aos serviços

básicos e da promoção da cidadania em regiões caracterizadas por altos índices

de vulnerabilidade social.

É dividido em três fases, que vão do envolvimento das partes interessadas para

promover a correta compreensão dos objetivos, metas e metodologia, até a

prestação de contas e avaliação dos resultados obtidos com seu desenvolvi-

mento.

A primeira e segunda fases são orientadas para a realização de ações de re-

pressão qualificada e prevenção à criminalidade em 20 áreas de vulnerabilidade

social da Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV). A terceira fase do

programa consiste na ampliação dessas ações para dez áreas em Municípios

localizados em outras microrregiões do Estado.

156

)

Page 159: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

A coordenação do Estado Presente é desenvolvida pela Secretaria de Estado

Extraordinária de Ações Estratégicas (Seae) e a gestão do programa é baseada

em um conjunto de indicadores e metas que permite monitorar as ações e men-

surar o alcance e resultados dos projetos. O planejamento e o processo de to-

mada de decisão que tange o Estado Presente ocorrem no âmbito das reuniões

realizadas na Sala de Decisão, que são chefiadas pelo Governador, e contam

com a participação da cúpula da segurança pública, Secretários de Estado, re-

presentantes dos Poderes Judiciário e Legislativo, além de outras autoridades.

Em 2011 e 2012 foram investidos R$ 140 milhões nas ações do programa. Nes-

se período, foram contratados 1.832 policiais civis, militares e bombeiros. Além

disso, está em curso a realização de concurso público para a seleção de mais

1.100 policiais militares e 113 policiais civis. Como parte da renovação da frota

de viaturas, desde 2011 foram adquiridos 900 novos automóveis com compu-

tadores de bordo e 231 novas motocicletas para as agências de segurança pú-

blica. O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd),

que é coordenado pela Polícia Militar, atendeu 8.338 crianças e adolescentes

dos 20 aglomerados contemplados na primeira e segunda fases do Estado Pre-

sente.

Nos últimos anos, os aglomerados e Municípios priorizados pelo Programa Es-

tado Presente registraram 12.082 atendimentos de mediação de conflito reali-

zados pelo Procon Móvel e pela Defensoria Itinerante, além de terem sido be-

neficiados com 14 unidades de saúde, 13 obras de drenagem e pavimentação

de vias e 438 unidades habitacionais.

Diversas outras ações e projetos complementam a vertente de proteção social

do Estado Presente. No universo educacional, o projeto Jovens Urbanos poten-

cializa a participação de jovens no mercado de trabalho, por meio do acesso

a tecnologias; o projeto Up with English oferta curso de inglês gratuito; e o

projeto Escola Aberta transforma o ambiente escolar em um espaço alternativo

de desenvolvimento de atividades de formação profissional, cultura, esporte

e lazer nos finais de semana. O Esporte pela Paz, que promove a prática de

atividades esportivas para crianças e adolescentes, é outro projeto importante

direcionado às áreas do Estado Presente. O Orquestra nos Bairros, os Núcleos

157)

Page 160: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

de Inclusão Musical e a Biblioteca Móvel são projetos culturais que fortalecem

a vertente de proteção social. Por fim, a qualificação profissional da população

dos aglomerados contemplados pelo Programa Estado Presente é favorecida

pela implementação de cursos de corte e costura, pedreiro, reparador de insta-

lações hidráulicas e eletricista.

Os primeiros resultados do Programa Estado Presente podem ser observados

na variação da taxa de homicídios no Estado. Se comparado com o ano de

2010, em 2011 houve uma redução de 8,2% na taxa de homicídios, que caiu de

52,5 homicídios por 100 mil habitantes para 48,2 homicídios por 100 mil habi-

tantes. Em 2012 a taxa de homicídios por 100 mil habitantes no Estado atingiu

a marca de 46,4, melhor índice registrado desde 1997.

Principais Realizações em 2012

Foram investidos em 2012, aproximadamente, R$ 5 milhões em construção e

reforma das unidades de Polícia Civil em todo o Estado. Destaque para as refor-

mas das delegacias dos bairros de Jardim Camburi, Santo Antônio e Goiabeiras

e do Serviço Médico Legal (SML) do Município de Cachoeiro de Itapemirim,

além da construção das delegacias de São Gabriel da Palha, Baixo Guandu,

Muniz Freire e Jaguaré, obras que têm garantido mais qualidade de trabalho

aos profissionais do setor e melhor atendimento à população dessas regiões.

Em Piúma, as obras da Unidade de Polícia Integrada já estão em andamento. A

unidade irá integrar as polícias Civil e Militar em um mesmo espaço, trazendo

ainda mais benefícios para a população.

A contratação de novos policiais também faz parte dos investimentos da se-

gurança pública. Em 2012, foram nomeados 855 policiais civis e 150 policiais

militares. Além disso, o Governo do Estado investiu R$ 20 milhões na polí-

cia técnico-científica, considerado o maior investimento feito até hoje nes-

se segmento da polícia do Espírito Santo. Equipamentos de última geração

adquiridos têm agilizado os trabalhos dos departamentos de criminalística e

identificação.

158

)

Page 161: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

A Polícia Militar recebeu 41 viaturas para a ampliação do Programa Educacional

de Resistência às Drogas (Proerd), em todo o Estado. Os veículos também estão

disponíveis para o patrulhamento escolar, bem como para visitas às escolas,

orientações e palestras. A aquisição dos veículos representa um investimento

de R$ 1,5 milhão.

O Batalhão de Missões Especiais (BME) recebeu o posto de Comando Mó-

vel, carro equipado com salas de comando e de reunião, banheiro, dormi-

tório, computadores, televisão e computador usado para o atendimento de

ocorrências com reféns. O investimento total do veículo foi de R$ 340 mil. A

Corporação também recebeu 60 caminhonetes que já estão sendo utilizadas

pelo Batalhão de Missões Especiais (BME) e pela Ronda Ostensiva Tática Mo-

torizada (Rotam) da Polícia Militar. Todas as viaturas contam com computador

de bordo e sistema de rádio para acesso ao banco de dados da Secretaria de

Segurança Pública e Defesa Social (Sesp). As unidades operacionais recebe-

ram 30 viaturas cada. O investimento para a aquisição dessas viaturas foi de

R$ 7,5 milhões.

Somente em 2012, 205 motocicletas, de 300 e 600 cilindradas, foram com-

pradas e distribuídas para a Polícia Militar a fim de aprimorar as ações de mo-

topatrulhamento em todo o Estado. As unidades da Polícia Civil e Corpo de

Bombeiros Militar também foram beneficiadas. Ambulâncias equipadas, quadri-

ciclos e carro de combate a incêndio com capacidade para 10 mil litros de água

também fizeram parte dos investimentos no Corpo de Bombeiros.

O investimento em armamento também marcou as ações da Segurança Pública

em 2012. Mais de 200 armas elétricas foram entregues à Polícia Militar no mês

de setembro, destinadas ao Batalhão de Missões Especiais (BME) e Ronda Os-

tensiva Tática Motorizada (Rotam). A Polícia Militar investiu R$ 4,9 milhões na

compra de armamento e equipamentos de segurança para policiais militares de

todo o Estado. Foram entregues pistolas elétricas, metralhadoras, pistolas .40,

coletes balísticos, escudos e capacetes balísticos, além de granadas a todas as

unidades operacionais.

159)

Page 162: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

A Polícia Civil investiu mais de R$ 2 milhões na compra de 940 novas armas para

renovar o armamento de toda a corporação. São 750 pistolas de calibre .40, 130

submetralhadoras MT 40, 60 espingardas calibre 12 MT 30 e 720 coldres. Todo

o material foi adquirido com recursos do Fundo Especial de Reequipamento da

Polícia Civil (Funrepoci).

Também pelo projeto de construção tivemos, em 2012, a entrega da Unidade

Padrão do CBMES – Vitória.

160

)

Page 163: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS

COORDENAÇÃO

Joseane de Fátima Geraldo Zoghbi - SUBEPP/SEPMárcio Bastos Medeiros - GABSEC/SEP

REDAÇÃO E COMPILAÇÃO

José Edil Benedito - IJSNAdriano Santos - IJSNAlan Rodrigo Evangelista dos Santos - SUBEPP/SEPCarlos Victor Salvarez Pestana - SUBEPP/SEPCleverlânio Gomes - IJSNDamiene Alves - IJSNEdna Moraes - IJSNFernanda Stoco Malacarne - SUBEPP/SEPGustavo Ribeiro - IJSNKéttini Upp Calvi - SUBEPP/SEPLaila Firme Mello - SUBEPP/SEPLatussa Laranja - IJSNMarlon Bertolani - IJSNPablo Lira - IJSNPaula Beiral - IJSNRafael Neves - IJSNRaphael Pereira de Assis Marques - GABSEC/SEPRodrigo Bettim - IJSNSabrina Caliman Tanaka - SUBEPP/SEPSamylla Estofel Andreão - GABSEC/SEPTatiana Ferrari - IJSNVictor Toscano - IJSNVinicius Cappeletti - SUBEPP/SEPVitor Januário - IJSNVitor Santos Martins - SUBEPP/SEP

COLABORAÇÃOSecretarias de Estado e órgãos da administração indireta

PROJETO GRÁFICOAmpla Comunicação

EDITORAÇÃOBios

REVISÃOTríade Comunicação

IMPRESSÃOGráfica e Editora GSA

Page 164: CARTILHA PARA FAMÍLIA NO COMBATE AS DROGAS