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  • 7/22/2019 Cartilha Orientacao Curadores 2013 Web

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    CARTILHA DE ORIENTAO

    AOS CURADORES

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    CARTILHA DE ORIENTAO AOS CURADORESExpediente

    rgos da Administrao Superior do MPDFT

    Procuradoria-Geral de Justia do Distrito Federal e Territrios Procuradora de Justia Eunice Pereira Amorim Carvalhido

    Vice-Procuradoria-Geral de JustiaProcuradora de Justia Zenaide Souto Martins

    Corregedoria-Geral Procuradora de Justia Benis Silva Queiroz Bastos

    Chefia de Gabinete da Procuradoria-Geral de JustiaPromotora de Justia Tas Freire da Costa Flores

    Promotor de Justia Adjunto Wagner de Castro Arajo

    Diretoria-GeralPromotor de Justia Libanio Alves Rodrigues

    Assessoria de Polticas InstitucionaisPromotora de Justia Ana Luiza Lobo Leo OsrioPromotor de Justia Dermeval Farias Gomes Filho

    Esta uma publicao da Promotoria de Justia de Famlia, rfos eSucesses de Braslia

    Eixo Monumental, Lote 02, Sala 330, Sede do MPDF, Braslia/DF

    e da Secretaria Executiva PsicossocialEixo Monumental, Lote 02, Sala 127, Sede do MPDF, Braslia/DF,

    teleone: (61)3343-9999

    Chefe da Promotoria de Justia de Famlia, rfos e Sucesses de BrasliaGilclean Galdino Feitosa

    Chefe da Secretaria Executiva PsicossocialNadja Oliveira

    Texto:Promotoria de Justia de Famlia, ros e Sucesses de Braslia

    Reviso de texto:Adriana Custdio da Silveira Silva

    Programao visual e diagramao:Coordenadoria de Comunicao do MPDF

    2013 Ministrio Pblico do Distrito Federal e Territrios MPDFT permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a onte.

    iragem: 5.000 exemplares, 1 edio 2013

    Verso I Novembro/2013

    Sumrio

    Apresentao 5

    Do exerccio da curatela 6I. Orientaes gerais................................................................................... 6

    II. Orientaes quanto aos cuidados com o interditado ....................... 7III. Da administrao do patrimnio e rendimentos ............................ 8

    Atos que requerem prvia autorizao judicial ............................. 10

    Atos proibidos ao curador ................................................................ 11

    IV. Das prestaes de contas ................................................................... 12

    V. Da substituio e da remoo do curador ........................................ 13

    VI. Do levantamento e da cessao da interdio................................ 14

    Prestao de contas 16

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    CARTILHA DE ORIENTAO AOS CURADORES

    O exerccio da curatela traz como consequncia, neces-

    sariamente, a administrao dos bens e rendimentos do inter-

    ditado e a prestao de cuidados a este.

    O encargo de curador, portanto, tem relevncia jur-

    dica e exercido por pessoa idnea, nomeada pelo Juiz, de pre-

    ferncia dentre aquelas referidas no art. 1.775 do Cdigo Civil,

    quais sejam: o cnjuge ou o companheiro no separado judi-

    cialmente ou de fato, o pai ou a me, os descendentes, os irmos

    ou um parente prximo. Somente na falta dessas pessoas, ser

    nomeado um terceiro para assumir o encargo.

    A partir da sentena de interdio ou da deciso que

    deferiu a curatela provisria, os bens, os rendimentos e a pessoa

    do interditado ficaro sob os cuidados do curador, que passar

    a exercer a sua funo de forma direta, mas sob a fiscalizao e

    nos limites fixados pelo Juiz.

    Assim, necessrio que, ao assumir a curatela provis-

    ria ou definitiva, o curador tenha conhecimento das suas obri-

    gaes e responsabilidades.

    Com a presente Cartilha de Orientao aos Curadores

    sero detalhadas essas responsabilidades e obrigaes, as quais

    no so taxativas, pois podero ser acrescidas por ordem judi-

    cial ou reduzidas, de acordo com o caso concreto.

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    CARTILHA DE ORIENTAO AOS CURADORES CARTILHA DE ORIENTAO AOS CURADORES

    I. ORIENTAES GERAIS

    Aps a deciso que decretou a interdio provisria ou aps a

    sentena que decretou a interdio definitiva, o curador nomeado assume

    eetivamente a curatela provisria ou definitiva e passa a ter legitimidade

    jurdica para administrar o patrimnio do interditado e para cuidar da

    sua pessoa.

    Dessa orma, ao assinar o termo de compromisso da curatela no

    processo de interdio, o curador assume o dever de administrar os bens

    do interditado, sempre em proveito dele, devendo atuar com zelo e boa .

    Nesta oportunidade, dever o curador declarar tudo o que o

    curatelado lhe deve, sob pena de no poder cobrar nenhuma dvida

    durante o perodo em que estiver exercendo a curatela, a no ser que

    prove que no conhecia o dbito quando a assumiu.

    Dever, de igual modo, prestar cauo e garantias para o exerccio

    da uno se assim or determinado pelo Juiz e se os bens a serem

    administrados orem de valor considervel. Os atos do curador, tanto

    os que digam respeito administrao dos bens do interditado, quanto

    aqueles que se reerem aos cuidados dedicados a esse, sero fiscalizados

    pelo Juiz, na orma prevista no Cdigo Civil e no Cdigo de Processo Civil.

    II. ORIENTAES QUANTO AOS CUIDADOSCOM O INTERDITADO

    Em relao aos cuidados pessoais, o curador prestar assistnciadiretamente ao interditado na residncia desse ou na sua ou contratar

    profissionais para esse fim, que ficaro sob a sua superviso.

    Quando or invivel a adaptao do interditado ao convvio

    domstico, ele poder ser recolhido em estabelecimento adequado,

    cabendo ao curador comunicar imediatamente ao Juiz essa ocorrncia.

    odas as diligncias para o bem-estar sico e emocional do

    interditado sero promovidas pelo curador, que providenciar o seu

    tratamento em estabelecimento apropriado, quando houver meio de

    recuperao, azendo esoros para inseri-lo socialmente sempre que

    possvel.

    As despesas de subsistncia do interditado, educao e sade,inclusive dentria, bem como as de administrao, conservao e

    melhoramentos de seus bens sero eetuadas diretamente pelo curador,

    que comunicar ao Juiz qualquer alterao na ortuna do interditado, tais

    como: recebimento de heranas, prmios, indenizaes, dentre outras.

    O curador cuidar para que seja aplicada ao interditado a medicao

    prescrita por seu mdico e viabilizar o seu tratamento, quando or o caso

    (exemplo: levar ao psiquiatra, terapia, fisioterapia etc.).

    DO EXERCCIODA CURATELA

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    CARTILHA DE ORIENTAO AOS CURADORES CARTILHA DE ORIENTAO AOS CURADORES

    Sempre que mudar de endereo ou de domiclio, o curador

    comunicar esse ato no processo de interdio. De igual modo, dever

    comunicar qualquer mudana de endereo ou de domiclio do interditado.

    A autoridade do curador estende-se pessoa e aos bens dos

    filhos do interditado at que estes atinjam a maioridade civil ou sejam

    emancipados.

    III. DA ADMINISTRAO DO PATRIMNIO

    E RENDIMENTOS

    Se o interditado possuir bens e rendimentos, ser sustentado

    e cuidado expensa deles, podendo o Juiz, considerando o valor

    do patrimnio, fixar quantia que lhe parea razovel a ser retirada

    mensalmente e administrada pelo curador.

    O curador no poder conservar em seu poder o dinheiro do

    interditado, alm do valor necessrio para as despesas ordinrias com o

    seu sustento, tratamento e administrao dos seus bens, devendo investir

    em avor dele o que sobrar.

    Responder o curador pelos prejuzos que, por culpa ou dolo,

    causar ao interditado, mas poder receber remunerao proporcional importncia dos bens a serem administrados, devendo requer-la ao Juiz.

    O curador ter o direito de ser ressarcido do que gastar pessoalmente

    em avor do interditado, desde que aa a devida comprovao do gasto.

    Os valores pertencentes ao interditado que se encontrarem em

    estabelecimentos bancrios, em investimento ou poupana, no podero

    ser levantados, seno mediante ordem do Juiz e somente se orem

    necessrios, nos seguintes casos:

    a) para as despesas com o sustento, educao, tratamento do

    interditado ou para administrao dos seus bens;

    b) para aquisio de bens imveis e ttulos, obrigaes ou letras, se

    or mais vantajoso ao interditado.

    O curador representar o interditado, nos atos da vida civil e nos

    atos em que ele or parte, e receber as rendas e as penses que lhe orem

    devidas, revertendo-as em proveito dele.Anualmente e de acordo com a legislao, o curador ar a declarao

    de imposto de renda do interditado, observando junto Receita Federal

    os casos de iseno de pagamento do imposto, quando cabvel.

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    CARTILHA DE ORIENTAO AOS CURADORES CARTILHA DE ORIENTAO AOS CURADORES

    ATOS QUE REQUEREM PRVIA

    AUTORIZAO JUDICIAL

    ATOS PROIBIDOS

    AO CURADOR

    Na administrao do patrimnio e da renda do interditado, o

    curador dever sempre requerer autorizao judicial para:

    1. pagar as dvidas do interditado que no sejam asmensais e ordinrias, pois essas dispensam autorizao

    judicial;

    2. aceitar por ele heranas, legados ou doaes, ainda quecom encargos;

    3. transigir ou azer acordos em nome do interditado;

    4. vender os bens mveis, cuja conservao no orconveniente, e os imveis, nos casos em que houver

    maniesta vantagem ao interditado;5. propor em juzo as aes necessrias deesa dos

    interesses do interditado e promover todas as dilignciasa bem desse, assim como deend-lo nos processoscontra ele movidos.

    vedado ao curador:

    1. contrair emprstimos em instituies bancrias ouazer doaes em nome do interditado, a no ser queseja autorizado pelo Juiz;

    2. adquirir por si, ou por interposta pessoa, mediantecontrato particular, bens mveis ou imveispertencentes ao curatelado;

    3. dispor dos bens do curatelado a ttulo gratuito;

    4. constituir-se cessionrio de crdito ou de direito, contrao curatelado;

    5. contrair dvidas em nome do interditado.

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    IV. DAS PRESTAES DE CONTAS

    A prestao de contas ser apresentada no prazo determinado pelo

    Juiz, normalmente de dois em dois anos, em autos separados, os quais

    sero apensados ao processo da interdio.

    A prestao de contas deve obedecer ao disposto no art. 917 e

    seguintes do Cdigo de Processo Civil e dever ser apresentada por meio

    de planilha que especificar, em ordem cronolgica ,as receitas, os dbitos

    (com descrio da natureza e finalidade) e o respectivo saldo.

    Devero ser juntados todos os documentos justificativos das

    receitas, tais como: comprovante de recebimento de verbas salariais e/ou

    penses; recibos de saques ou movimentao bancria; cpia do alvar

    autorizando o recebimento de numerrio junto aos rgos ou entidades;

    comprovante de recebimento de aluguis ou outros rendimentos.

    Da mesma orma, devero ser juntados todos os documentos

    justificativos das despesas, tais como: notas fiscais,quando o favorecido

    for pessoa jurdica,e recibos com indicao clara e precisa da qualificao

    civil (nome e endereo completo com identificao do CPF, teleone, RG

    e endereo),quando o favorecido for pessoa fsica.

    No sero considerados, como comprovantes vlidos, documentos

    provisrios como oramentos de servios ou recibos provisrios.

    Sero consideradas como crdito do curador todas as despesas

    justificadas e que oram aproveitadas pelo interditado.

    As contas sero submetidas avaliao judicial, com maniestao

    do Ministrio Pblico, e o saldo apurado em avor do interditado ser

    declarado na sentena que julg-las.

    Os saldos declarados em avor do interditado devero ser

    depositados pelo curador em estabelecimento bancrio oficial, em conta

    de poupana, sob pena de serem cobrados em execuo orada.

    V. DA SUBSTITUIO E DA REMOO DO CURADOR

    A substituio da curatela pode ser requerida pelo curador ou por

    pessoa legitimada a qualquer tempo no processo de interdio, mediante

    requerimento ao Juiz e em petio undamentada.Via de regra ela requerida nos casos de morte, impedimento por

    motivos de sade, mudana de domiclio, dentre outros.

    A remoo do curador, por sua vez, ser requerida pelo Ministrio

    Pblico ou por quem tenha legtimo interesse, nos casos previstos em lei.

    rata-se de uma ao autnoma que dever ser apensada aos autos

    da interdio.

    A remoo se justificar quando o curador adotar condutas

    incompatveis com o exerccio da curatela, causar prejuzo ao patrimnio

    administrado ou causar dano sico e moral pessoa do interditado.

    Segundo a legislao vigente, so causas determinantes da remoodo curador quaisquer transgresses aos deveres que lhe oram impostos.

    O desempenho insatisatrio e a alta de zelo para com a pessoa do

    interditado tambm so causas de remoo, no ficando o juiz adstrito

    aos casos previstos em lei, cabendo-lhe, de acordo com o caso concreto,

    verificar se a situao que se apresenta se mostra incompatvel com o

    exerccio da curatela.

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    O curador ter direito ampla deesa e ser citado para contestar

    a ao.

    VI. DO LEVANTAMENTO E DA CESSAO DA INTERDIO

    A interdio poder ser levantada quando a causa que a determinou

    cessar.

    O levantamento da interdio poder ser requerido pelo prprio

    interditado e pelo curador ou pelo Ministrio Pblico e ser apensado aosautos da interdio.

    O juiz nomear um perito para realizar um novo exame no

    interditado e, quando necessrio, designar audincia de instruo e

    julgamento.

    Se deerido o pedido, o juiz decretar o levantamento da interdio

    por sentena, dando-lhe publicidade na orma da lei.

    Aps a averbao do levantamento da interdio, cessam as

    obrigaes e responsabilidades do curador.

    Da mesma orma, ocorrendo o bito do interditado, reeridas

    obrigaes cessam, cabendo ao curador juntar aos autos de interdio cpiada certido de bito para que fique isento de quaisquer responsabilidades

    posteriores e para que sejam providenciadas as comunicaes devidas e o

    arquivamento definitivo do processo.

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    1. O que prestao de contas?

    o ato de tornar transparente a administrao de recursos,

    inormando o total das receitas e das despesas eetuadas em um

    determinado perodo. Materializa-se por meio de um demonstrativo

    (planilha) apresentado por quem (tutor/curador) administra recursos de

    outrem (tutelado/curatelado), contendo a descrio pormenorizada de

    todas as receitas e despesas administradas, acompanhada dos respectivos

    documentos comprobatrios.

    2. Quem deve prestar contas?

    Deve prestar contas toda pessoa (tutor/curador) que administrarrecursos de outrem (tutelado/curatelado).

    3. Em que periodicidade deve ser apresentada a prestao decontas?

    A deciso judicial que nomear o tutor/curador indicar a

    periodicidade da apresentao da prestao de contas.

    PRESTAODE CONTAS

    Caso seja omissa a deciso judicial, as contas devem ser prestadas

    de dois em dois anos e tambm quando, por qualquer motivo, o tutor/

    curador deixar o exerccio da tutela/curatela ou toda vez que o juiz

    determinar (art. 1.757 do Cdigo Civil).

    4. Como fazer prestao de contas?

    De acordo com o Artigo 917 do Cdigo de Processo Civil:As contas,

    assim do autor como do ru, sero apresentadas em forma mercantil,

    especificando-se as receitas e a aplicao das despesas, bem como o respectivosaldo; e sero instrudas com os documentos justificativos.

    Dessa orma, so elementos indispensveis prestao de contas:

    a especificao de receitas;

    a especificao de despesas;

    a apurao de saldos mensais e final;

    a juntada de documentos idneos comprobatrios das receitase despesas.

    5. O que significa o termo forma mercantil consignado no artigo917 do CPC?

    A expresso orma mercantil, contida no artigo 917 do CPC, podeensejar o entendimento equivocado de que preciso apresentar balanos

    e livros contbeis, nos moldes daqueles apresentados pelas pessoas

    jurdicas. Na verdade, para fins de prestao de contas de pessoas sicas,

    necessrio apenas que se demonstre analiticamente, de orma clara e

    precisa, os saldos mensais, inicial e final, os recebimentos, os pagamentos,

    tudo devidamente acompanhado dos respectivos documentos

    comprobatrios.

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    6. Quais os documentos hbeis para comprovar as receitas?

    So documentos hbeis para comprovar as receitas:

    comprovantes de recebimento de verbas salariais (contracheques)ou fichas financeiras emitidas pelo rgo empregador;

    alvars judiciais autorizativos do recebimento de numerrios(quando or o caso);

    recibos de aluguis (quando or o caso), acompanhados de cpiado respectivo contrato de aluguel;

    comprovantes bancrios de aplicaes e resgates de valores emcontas de poupana e outros investimentos.

    7. Quais os documentos hbeis para se comprovar as despesas?

    notas fiscais emitidas em nome do tutelado/curatelado;

    cupons fiscais com a indicao do CPF do tutelado/curatelado;

    boletos/ttulos bancrios com autenticao mecnica da institui-o financeira ou acompanhados dos respectivos comprovantesde pagamento em caixa eletrnico;

    recibos devidamente preenchidos com as inormaes necessriasa sua validade (no caso de autnomos);

    comprovantes bancrios de aplicao de valores em contas depoupana e outros investimentos.

    8. Quais so os requisitos necessrios validao de um recibo?

    Os recibos devem ser utilizados to somente para comprovar

    despesas com o pagamento de prestadores de servios autnomos

    (empregados domsticos, caseiros, pedreiros, pintores, entre outros).

    ratando-se de pessoa jurdica, necessrio que a despesa seja comprovada

    pelo documento fiscal (nota ou cupom fiscal).

    Para conerir idoneidade aos recibos, eles devem conter as seguintes

    inormaes:

    valor: inclusive por extenso;

    nome completo do tomador do servio;

    especificao do tipo de servio prestado;

    data do ato.

    ambm so necessrias as seguintes inormaes sobre o emitente

    do recibo (avorecido do pagamento):

    assinatura;

    nome completo;

    endereo completo;

    nmeros dos teleones; nmero do documento de identidade (RG);

    nmero do registro no Cadastro de Pessoas Fsicas (CPF).

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    9. Como um modelo de recibo?

    O recibo pode ser apresentado da seguinte orma:

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    10. Quais so os documentos que no so aceitos para fins decomprovao de despesas?

    Para fins de prestao de contas, no sero aceitos como documentos

    justificativos de despesas:

    pedidos (pois no provam a aquisio do produto/servio);

    oramentos (pois no provam a aquisio do produto/servio);

    aturas de carto de crdito (devem ser apresentados os respecti-vos documentos fiscais);

    boletos/ttulos bancrios desprovidos da autenticao mecnicada instituio financeira ou desacompanhados dos respectivoscomprovantes de pagamento;

    comprovantes de dbito em conta-corrente, desacompanhados docupom ou nota fiscal correspondente;

    comprovantes de compra a crdito, desacompanhados do cupomou nota fiscal correspondente;

    comprovantes de agendamento de pagamento de conta (pois noprovam que a conta oi paga);

    comprovantes de depsitos de valores por meio de envelope emcaixa eletrnico;

    recibos rasurados, com dupla caligrafia, ou que no contenham oselementos necessrios a sua validade;

    documentos que evidenciem repasse a terceiros, a ttulo de ajudade custo ou de outra natureza qualquer, que no tenham sido ob-

    jeto de autorizao judicial e

    demais documentos que no permitam identificar a correlao dadespesa com o tutelado/curatelado.

    11. Quais so os passos a serem seguidos para elaborar umaprestao de contas?

    Para acilitar a elaborao da prestao de contas, sugerem-se os

    seguintes procedimentos:

    separar e organizar os documentos por ms e em ordem crono-lgica;

    colar os documentos em olhas de papel, abertos e sem sobrepo-sio, com uma margem de 3,0 cm da borda esquerda, ordenados

    em sequncia cronolgica e

    numerar cada um dos documentos colados.

    Para cada ms da prestao de contas, sugere-se elaborar uma

    planilha analtica para capear os documentos comprobatrios do

    respectivo ms, azendo nela constar as seguintes inormaes:

    nmero do documento;

    data do documento;

    descrio do tipo do documento. Exemplos: contracheque,nota fiscal, cupom fiscal, recibo, entre outros;

    classificao do documento. Se or receita, indicar o tipo: sa-lrio, alvar, resgate de poupana/undos de investimento,entre outros. Se or despesa, indicar a categoria: alimentao,educao, vesturio, sade, entre outras;

    valor de cada documento na coluna apropriada, conorme ocaso: recebimentos (crditos) ou desembolsos (dbitos) e

    saldo final.

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    CARTILHA DE ORIENTAO AOS CURADORES CARTILHA DE ORIENTAO AOS CURADORES

    Exemplo de planilha:

    Formu

    lrio

    disponve

    lpara

    down

    loa

    dnowww.m

    pdf.m

    p.br/pro

    am

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    CARTILHA DE ORIENTAO AOS CURADORES CARTILHA DE ORIENTAO AOS CURADORES

    Observao: Os documentos devem ser lanados de forma

    individualizada na planilha, linha por linha, e em ordem

    cronolgica. Dessa forma, no devem ser feitos lanamentos

    genricos do tipo receitas diversas e despesas diversas.

    No devem ser aglutinados vrios comprovantes de despesa

    em uma nica rubrica, e eles no devem ser apresentados na

    planilha em um nico lanamento (exemplo: alimentao),

    sem especificao do que est contido em cada um desseslanamentos. Os documentos devem ser anexados logo em

    seguida planilha na ordem exata em que nela estiverem

    relacionados.

    Importante:

    Para cada ms, apresentar extrato da conta-corrente, de poupanae dos undos de investimentos de titularidade do tutelado/curate-lado.

    Na primeira prestao de contas, apresentar a ltima declara-o de rendimentos do tutelado/curatelado junto Secretaria daReceita Federal do Brasil, de modo que seja possvel conhecer eacompanhar a relao de seus bens.

    Apresentar cpia da sentena homologatria da prestao de con-tas do perodo precedente, exceto na primeira prestao de contas.

    Anexar todos os documentos acima mencionados na petio ini-cial de prestao de contas, juntamente com o arquivo, em m-dia digital, contendo a planilha elaborada que evidencie os saldosmensais, inicial e final, os recebimentos e os pagamentos eetiva-dos, relativos prestao de contas.

    12. Por que os extratos bancrios de conta-corrente, poupana efundos de investimentos devem ser apresentados na prestaode contas?

    Por meio dos extratos bancrios de conta-corrente, poupana

    e undos de investimentos possvel identificar quais os montantes

    disponveis em avor do tutelado/curatelado, em cada uma dessas contas,

    no momento inicial da prestao de contas, bem como acompanhar as

    movimentaes ali verificadas at o ltimo dia da prestao de contas.

    13. Por que importante apresentar, na primeira prestaode contas, a ltima declarao de rendimentos do tutelado/curatelado junto Secretaria da Receita Federal do Brasil?

    Por meio da apresentao da ltima declarao de rendimentos

    do tutelado/curatelado junto Secretaria da Receita Federal do Brasil,

    possvel conhecer e acompanhar a relao de todos os seus bens e direitos.

    14. Por que importante apresentar (junto com os demonstrativosem papel) o arquivo, em mdia digital, contendo a planilhaelaborada que evidencie os saldos mensais, inicial e final, osrecebimentos e os pagamentos efetivados, relativos prestaode contas?

    A apresentao do arquivo, em mdia digital, contendo a planilhaque evidencie os saldos mensais, inicial e final, os recebimentos e os

    pagamentos eetivados, conere agilidade ao exame da prestao de contas

    e contribui para o alcance do princpio da celeridade processual.

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    CARTILHA DE ORIENTAO AOS CURADORES CARTILHA DE ORIENTAO AOS CURADORES

    15. Por que necessrio relacionar os veculos e os imveis docuratelado/tutelado e comprovar a regularidade do pagamentodas despesas relativas a esses bens?

    Ao curador/tutor cabe administrar no s os rendimentos do

    curatelado/tutelado, mas tambm o patrimnio deste. Assim, a cada

    prestao de contas dever comprovar que os impostos e taxas esto

    devidamente pagos, por meio da juntada de certides negativas, reerentes

    a IPU, IPVA e taxas condominiais, alm de multas.

    16. preciso contador para elaborar a prestao de contas?

    No necessrio contador, mas o tutor/curador pode contratar o

    servio desse profissional para auxili-lo.

    17. Quando a prestao de contas pode ser dispensada?

    O juiz poder dispensar a prestao de contas quando o tutelado/

    curatelado no tiver bens nem renda, ou se os bens e a renda oram de

    baixo valor. Ademais, quando o curador or o cnjuge e o regime de bens

    do casamento or de comunho universal, no ser obrigado prestao

    de contas, salvo determinao judicial (art. 1.783 do Cdigo Civil) .

    Em resumo, a prestao de contas pode ser assim organizada:

    1. Declarao de Imposto de Renda;

    2. Relao de bens e certides negativas (veculos eimveis);

    3. Planilhas e documentos respectivos ms a ms;

    4. Extratos de todas as contas bancrias e aplicaes

    financeiras ms a ms;5. CD com as planilhas gravadas.

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