cartilha mulheres contag - contag.org.br · humilhadas e muitas até assassinadas. agora, a mulher...

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FETAG’s STTR’s Secretaria de Políticas para as Mulheres CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais UMA CONQUISTA DE LEI MARIA DA PENHA TODAS AS MULHERES CONHEÇA SEUS DIREITOS E LUTE POR UMA VIDA SEM VIOLÊNCIA NO CAMPO E NA FLORESTA

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FETAG’sSTTR’s

Secretaria dePolíticas para as Mulheres

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA

Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais

UMA CONQUISTA DELEI MARIA DA PENHA

TODAS AS MULHERESCONHEÇA SEUS DIREITOS E LUTE POR UMA VIDA

SEM VIOLÊNCIA NO CAMPO E NA FLORESTA

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FETAG’s STTR’sSecretaria de

Políticas para as Mulheres

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA

Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais

DIRETORIA EXECUTIVA• Presidente: Alberto Ercílio Broch• Vice-Presidenta e Secretária de Relações Internacionais: Alessandra da Costa Lunas• Secretário de Assalariados(as) Rurais: Antonio Lucas Filho• Secretário de Finanças e Administração: Aristi des Veras dos Santos• Secretário de Formação e Organização Sindical: Juraci Moreira Souto• Secretária de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais: Maria Elenice Anastácio• Secretária de Meio Ambiente: Rosicleia dos Santos• Secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais: Carmen Foro• Secretário de Políti ca Agrária: Willian Clementi no da Silva Mati as• Secretário de Políti ca Agrícola: Antoninho Rovaris• Secretário de Políti cas Sociais: José Wilson Gonçalves• Secretário-Geral: David Wylkerson Rodrigues de Souza• Secretário da Terceira Idade: Natalino Cassaro

Esta é uma publicação da Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais (CONTAG

Convênio CONTAG/SPM-PR

Secretária NacionalCarmen Foro

AssessorasLeyde Pedroso

Sara Deolinda Pimenta

Assistente TécnicaAnna Carolina Teixeira

Projeto Inclusão Produti va de Mulheres/CONTAG/FBB

Cláudia FerreiraJackeline Brito

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA

Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais

• Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher• Polícia Militar: 190 (funciona 24 horas por dia)• Central de Atendimento à Mulher: LIGUE 180 (24 horas por dia)• Unidades de Saúde• Defensorias Públicas de Defesa da Mulher• Centros de Atendimento à Mulher• Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais• Federações dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais• Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais (CONTAG

Onde denunciar a violência

e onde buscar ajuda

APRESEN

TAÇÃ

O

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Esta carti lha faz parte das ações de enfrentamento à violên-cia contra as mulheres desenvolvidas pela Secretaria de Mu-lheres Trabalhadoras Rurais da Confederação Nacional dos Tra-balhadores na Agricultura (CONTAG). É resultado de ofi cinas, encontros, seminários, vivências e diálogos que debateram a violência domésti ca, suas marcas e feridas na vida das mulhe-res do campo e da fl oresta, bem como a sua capacidade de lutar, resisti r, reconstruir sonhos, superar as dores e resgatar a autoesti ma.

Com uma metodologia parti cipati va, o projeto, desenvolvi-do com o apoio da Secretaria de Políti cas para as Mulheres do governo federal, reuniu mulheres de cinco estados: Pará, Santa Catarina, Goiás, Piauí e Minas Gerais.

Distantes dos centros urbanos, as mulheres do campo e da fl oresta, muitas vezes, são excluídas dos direitos mais elemen-tares, como saúde, educação, moradia e assistência social. Essa exclusão se agrava quando se trata do direito à segurança, jus-ti ça e proteção.

Esse projeto favoreceu, através das ofi cinas e seminários, momentos de ricos debates sobre a Lei Maria da Penha. Dialo-garam sobre formas para organizar e lutar para que os serviços previstos na Lei cheguem até as comunidades rurais.

Para garanti r a aplicação da Lei Maria da Penha e do Plano Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta, o Poder Público precisa assumir, com ab-soluta prioridade, o compromisso com a vida das trabalhado-ras rurais.

A CONTAG, suas federações e sindicatos afi liados estão fa-zendo a sua parte. Essa carti lha traz elementos para contribuir com nossas ações por uma vida sem violência para as mulheres do campo e da fl oresta. Estamos em marcha, assumindo nosso compromisso de lutar contra todas as formas de discriminação e violência, buscando um mundo de igualdade, justi ça social e livre da opressão e da exploração.

Carmen ForoSecretária Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais

Valeu a pena lutar, companheiras! No Brasil, agora existe uma Lei que foi criada para impedir, prevenir, punir e enfrentar a violência contra a mulher.

Conhecida como Maria da Penha, essa lei é fruto da luta dos movimentos feministas e de mulheres de todo o país. Foi publicada no dia 7 de agosto de 2006, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E tem esse nome em homenagem a uma bioquímica cea-rense que fi cou defi ciente fí sica, na cadeira de rodas, depois que seu ex-marido tentou matá-la por duas vezes. Maria da Penha não se calou diante da vio-lência. Ela denunciou o ex-marido e se tornou um símbolo da luta das mulheres contra a violência.

Uma lei que defende a mulher contra a violência

Vive dentro de mimuma cabocla velhade mau-olhado,acocorada ao pé do borralho,olhando pra o fogo.Benze quebranto.Bota feitiço...Ogum. Orixá.Macumba, terreiro.Ogã, pai-de-santo...

Vive dentro de mima lavadeira do Rio Vermelho,Seu cheiro gostosod’água e sabão.Rodilha de pano.Trouxa de roupa,pedra de anil.Sua coroa verde de são-caetano.

Vive dentro de mima mulher cozinheira.Pimenta e cebola.Quitute bem feito.Panela de barro.Taipa de lenha.Cozinha antigatoda pretinha.Bem cacheada de picumã.Pedra pontuda.Cumbuco de coco.Pisando alho-sal.

Vive dentro de mima mulher do povo.Bem proletária.Bem linguaruda,desabusada, sem preconceitos,de casca-grossa,de chinelinha,e filharada.

Vive dentro de mima mulher roceira.– Enxerto da terra,meio casmurra.Trabalhadeira.Madrugadeira.Analfabeta.De pé no chão.Bem parideira.Bem criadeira.Seus doze filhos.Seus vinte netos.

Vive dentro de mima mulher da vida.Minha irmãzinha...tão desprezada,tão murmurada...Fingindo alegre seu triste fado.

Todas as vidas dentro de mim:Na minha vida –a vida mera das obscuras.

Todas as vidasCora Coralina

A LEI MARIA DA PENHA

• Pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Tra-balhadores na Agricultura (CONTAG), por intermédio da Secretaria Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais, com 529 mulheres das diversas regiões do Bra-sil, mostrou que mais da metade delas sofreu algum ti po de violência domésti ca. Isso mesmo! São mães, muitas vezes chefes de família, agricultoras familiares, assalariadas rurais, assentadas, acampadas, extrati -vistas (catadoras de coco, de babaçu e seringueiras), entre outras trabalhadoras, que ainda são agredidas por parentes e pelos homens que deviam ser seus companheiros.

• A pesquisa “Mulheres Brasileiras e Gênero nos Es-paços Público e Privado”, realizada em 2010, pela Fun-dação Perseu Abramo, revela dados alarmantes: cerca de 1,3 milhão de brasileiras ainda apanham dentro de casa a cada ano. Isso signifi ca mais de 3,5 mil agres-sões por dia, que deixam marcas, cortes ou fraturas. O estudo identi fi cou ainda que 2,7 milhões de mulheres levaram tapas, empurrões e apertões nos 12 meses anteriores à pesquisa.

• Desde a Lei Maria da Penha, que pune a violência domésti ca, houve redução no número de brasileiras agredidas. Há dez anos, eram mais de 2 milhões de mulheres violentadas a cada ano no país. Porém, os números ainda conti nuam altos.

• Na pesquisa da Fundação Perseu Abramo, as mulhe-res cobram casas-abrigo, delegacias especializadas, serviço telefônico gratuito – SOS Mulher, atendimen-to psicológico e assistência jurídica.

A violência contra as mulheres no Brasil

Mulher de raça e vigorvocê conquistou seu lugar na sociedadeMulher, mulher de verdadeÉ aquela que sem medoVai à luta com coragem

Sacode a poeira do chãoBusque os teus sonhosNão fi ca parada

Faça valer os seus direitosVamos companheirasÉ hora de se encontrar.

Maria José BritoQuilombola da Comunidade São José do Icatú/PA

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A própria lei que cria o Conselho insti tui um Fundo Especial desti nado a gerir recursos para fi nanciar as ati vidades do Conselho. A Câmara pode estabelecer dotações orçamentá-rias para manter o órgão. Além disso, é preciso que o Prefeito se comprometa com o fornecimento dos recursos humanos para o funcionamento do Conselho.

Qualquer mulher, mas, para evitar problemas, não deve ter cargo políti co e nem exercer mandato legislati vo.

De onde vêm os recursos

para o funcionamento?

Quem pode ser presidenta

de um Conselho?

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Todos sabem que a Lei maior do Brasil, a Consti tuição Federal, garante que todos são iguais. Mas, na práti ca, mulheres, crianças, idosos, homossexuais, lésbicas, pes-soas com defi ciência, negros e índios sofrem discriminações e violência, necessitando de atenção e proteção especiais. É por essa razão que foi elaborada e aprovada a Lei Maria da Penha. Ela existe para impedir que as mulheres conti nuem sendo espanca-das, torturadas e assassinadas. A Lei Maria da Penha protege não só contra a agressão fí sica, mas também contra as violências psicológica, sexual, moral e patrimonial.

A Lei Maria da Penha veio contribuir para que as mulheres tenham uma vida sem violência. Conheça algumas conquistas:

• Antes da Lei Maria da Penha o agressor (marido, namorado, pai, padrasto, irmão) era condenado a pagar multas simbólicas ou, por exemplo, distribuir cestas básicas. Agora, quem agredir a mulher pode ser condenado de três meses a três anos de pri-são.

• Antes, a mulher agredida podia desisti r da denúncia contra o agressor. Muitas so-friam ameaças dos maridos, fi cavam com medo e desisti am do inquérito. Elas aca-bavam fazendo um acordo para o marido não ser preso e voltavam a ser agredidas, humilhadas e muitas até assassinadas. Agora, a mulher só pode desisti r da denúncia na frente do juiz.

• Antes, o agressor não era preso em fl agrante. Agora, é. E tem mais: pode ter a prisão preventi va decretada a qualquer momento, caso ofereça risco à mulher.

• Antes, não havia garanti a de proteção às víti mas da violência. Hoje, ao ser atendida na Delegacia Especializada, a mulher deve receber proteção policial, quando houver risco de morte.

• Antes, a mulher parti cipava das audiências sozinha. Agora, ela deverá estar acompa-nhada de advogado(a) ou defensor(a) público(a) em todos os atos processuais.

Por que as mulheres têm

uma Lei especial?

O que mudou com a

Lei Maria da Penha?

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• Não basta a lei estar no papel. Ela tem que ser respeitada e aplicada. E isso é uma responsabilidade de todos: juízes, prefeitos, governadores, Ministério Público, Defen-soria Pública e da sociedade.

• Devemos prosseguir fi rmes na luta porque há muito por fazer. Os governantes pre-cisam ampliar o número de delegacias especializadas no atendimento às mulheres que sofrem violência, serviços de atendimento especializado, casas-abrigo, centros de atendimento. Se nas cidades os problemas são muitos, no campo são ainda maio-res. As delegacias e os juizados fi cam localizados nas cidades, distantes da área rural. Os serviços de socorro, de justi ça, de assistência e proteção também fi cam longe das mulheres rurais.

• A Marcha das Margaridas propôs à Secretaria de Políti cas para as Mulheres da Pre-sidência da República (SPM/PR) a criação do Fórum Nacional Permanente de Enfren-tamento à Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta. Juntamente com as representantes do Fórum, a CONTAG propôs a criação de uma Políti ca Nacional para o Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta.

• Propôs ainda a implantação de unidades móveis de serviços de atendimento às mu-lheres em situação de violência. Ou seja, delegados, juízes, defensores públicos, equi-pes dos serviços de segurança precisam ir aos assentamentos rurais, acampamentos e em todas as comunidades rurais.

• Para que a lei seja cumprida, o primeiro passo é a nossa organização enquanto mulheres trabalhadoras rurais. Temos de cobrar ações dos governantes para que a lei seja cumprida e as mulheres do campo e da fl oresta tenham o direito de viver sem violência. Para isso, temos mais um instrumento. No dia 10 de agosto de 2010, atendendo à reivindicação das mulheres do campo e da fl oresta, o Governo Federal publicou a portaria nº 85, que criou as Diretrizes de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta.

•Essa portaria é uma conquista da nossa luta e da nossa organização!

Como a Lei pode ser garantida para as

mulheres do campo e da floresta?

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• As conselheiras parti cipam e votam nas reuniões do Conselho, relatam os estudos e debates, como a Lei Maria da Penha, a violência contra as mulheres, a saú-de das mulheres, entre tantos outros assuntos.

• As conselheiras também fi cam encarregadas de co-brar do governo municipal a convocação da Conferên-cia Municipal de Políti cas para as Mulheres, organizá-la e, inclusive, fazer o relatório fi nal para encaminhá-lo ao Conselho Estadual.

• Fiscalizam e exigem o cumprimento das leis que as-seguram os direitos das mulheres.

• Recebem e encaminham aos órgãos competentes as denúncias de discriminação e violência contra as mu-lheres.

• Sugerem ações e medidas, inclusive jurídicas, para proibir todas as formas de discriminação contra as mu-lheres.

• Para representar o MSTTR, as mulheres trabalhado-ras rurais podem organizar e parti cipar de fóruns pelo fi m da violência; parti cipar de outras instâncias de mu-lheres e feministas para dar voz às reivindicações e lu-tas das mulheres do campo e da fl oresta.

• Mãos à obra, companheiras! Temos muito trabalho pela frente.

O que fazem as

Conselheiras

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• O Conselho deve ser composto por membros que são ti tulares e suplentes escolhidos entre pessoas que tenham contribuído de forma signifi cati va para a defesa dos direitos da mulher. Dois terços de suas representantes podem ser indicadas pelos movi-mentos de mulheres que atuam nas áreas políti ca, sindical, social e o restante pela administração pú-blica. Devem ser escolhidas de forma democráti ca e são nomeadas pelo prefeito, não tendo direito a qualquer remuneração. As enti dades que ti verem interesse em compor o Conselho devem parti cipar das reuniões para a sua criação. A lei de criação do Conselho defi nirá a duração do mandato (dois ou quatro anos).

Como é a composição

do Conselho?

A gente tem um compromisso com a verdadeNão dá mais pra fi car brincando de viverEstou muito afi m de minha verdadeira identi dadeBateu em mim uma vontade de me conhecer

Eu sei que a gente tem um compromisso com a vidaPassa o tempo e a gente não desvenda o seu mistérioParece muita ousadia, muita pretensãoMais é meu coração que pede

Estou levando a sérioQuero saber de onde venhoQuero saber pra onde vouNão posso passar pela vida

Sem saber quem souQuero senti r dentro de mimTodo universo em açãoQuero senti r amor profundo no meu coração.

Maria José-Icatú

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• A portaria busca garanti r e proteger os direitos das mulheres que vivem no campo e nas fl orestas brasileiras e se encontram em situação de violência.

• Garanti r que a Lei Maria da Penha seja implantada no campo e na fl oresta.

• Combater o tráfi co de mulheres e a exploração comercial de mulheres ado-lescentes/jovens no campo e na fl oresta.

• Assegurar às mulheres do campo e da fl oresta atendimento digno, huma-nizado, integral e de boa qualidade na rede de atendimento às mulheres em situação de violência.

• Garanti r às mulheres do campo e da fl oresta o direito à educação, à saúde, à justi ça, à segurança, à terra, à moradia e apoio à produção e comercializa-ção dos seus produtos.

• Garanti r a criação de serviços especializados: casas-abrigo, centros de re-ferência, juizados especializados em violência domésti ca e familiar contra as mulheres, Defensoria das Mulheres.

O que diz a Portaria que criou as Diretrizes de

Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta?

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1. Por meio das federações, dos sindicatos de traba-lhadores e trabalhadoras rurais e de organizações de mulheres (cooperati vas, associações),cobrar dos pre-feitos e prefeitas a criação de Secretarias ou Coorde-nadorias de Políti cas Públicas para as Mulheres, tanto nos municípios quanto em âmbito estadual.

2. Parti cipar e propor a criação de fóruns municipais e estaduais de mulheres, reunindo as diversas enti da-des que existem no município.

3. Cobrar, parti cipar da criação e atuar nos Conselhos Municipais dos Direitos da Mulher.

4. Parti cipar dos Conselhos Estaduais dos Direitos da Mulher.

5. Cobrar dos governadores, governadoras, prefeitos, prefeitas, dos Tribunais de Justi ça dos Estados e da Defensoria Pública o cumprimento da Lei Maria da Penha, no campo e na fl oresta, da Políti ca Nacional de Combate à Violência contra a Mulher e da Portaria nº 85/2010.

O que as mulheres do

campo e da floresta podem fazer para cobrar

o cumprimento da Lei?

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• Qualquer pessoa pode propor a criação de um Conse-lho, mas geralmente os conselhos criados foram resultado da mobilização e pressão dos movimentos organizados de mulheres.

• As pessoas interessadas devem reunir as mulheres que são lideranças e formar uma comissão para a criação do conselho. As reuniões podem ser realizadas na sede de uma associação ou enti dade social.

• Primeiro, é importante fazer uma ampla discussão com diversos setores da sociedade e com os movimentos so-ciais. Deve envolver sindicalistas, mulheres trabalhadoras rurais, militantes de parti dos políti cos, educadores, profi s-sionais liberais, mulheres negras e indígenas.

• Essa comissão deve procurar os(as) vereadores e prefeito(a), solicitando uma lei que determine a criação do Conselho no Município.

Como criar um Conselho Municipal

dos Direitos da Mulher?

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