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edição 2015 Síntese Religiões

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1ªedição

2015

Síntese Religiões

2

A Seccional do CONER/RS-7ªCRE, com alegria, apresenta a vocês esta cartilha. O material foi desenvolvido em mutirão. Em

conjunto, foi elaborado um material que consideramos básico: apresentação das denominações religiosas, base legal do Ensino Religioso e perguntas e respostas sobre a prática da aula de Ensino Religioso.

Na primeira parte, temos a apresentação de cada denominação religiosa participante na Seccional trazendo o subsídio que foi incluído aqui, ou seja, cada integrante, a partir de sua perspectiva, indicou o que achava importante partilhar como base de sua fé. A ordem dos textos não indica importância. Para nós todas as religiões são importantes. Devemos indicar que os textos apresentados são de total responsabilidade das pessoas que representam as denominações religiosas em nossa Seccional.

Na segunda parte, com o embasamento legal, teremos uma série de perguntas e respostas sobre a prática do Ensino Religioso. Como deveria de ser o Ensino Religioso nos Sistemas Educativos Públicos? É a pergunta que guia esta seção.

Você tem um texto escrito por muitas mãos. Por isso, encontrará diversos estilos e propostas de apresentar as denominações. Nem todas as perguntas serão respondidas pois este é um material inicial. Mas, o consideramos uma boa primeira observação sobre o Ensino Religioso e as denominações religiosas.

José KowalskaCoordenador

Em nome dos integrantes da Seccional

Apresentação

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Ensino Religioso, o que diz a Lei 9394/06

O papel dos Conselhos de Ensino Religioso fica bem definido no §2º do Art. 33 da Lei 9394/06, que define as diretrizes e bases da Educação Nacional, pois como entida-de civil constituída pelas denominações religiosas, deverão ser ouvidos no que diz res-peito à definição de conteúdos do Ensino Religioso. O art. 33 e o § 1º estão afetos aos sistemas de ensino. Portanto, o que legalmente define e caracteriza a identidade e a responsabilidade do CONER é o § 2º da Lei 9394/06.

Ao Sistema de Ensino cabe respeitar a facultatividade das matrículas, garantir a ministração da disciplina nos horários normais das escolas de Ensino Fundamental, veda-das quaisquer formas de proselitismo, assegurar o respeito à diversidade cultural e reli-giosa, regulamentar os procedimentos para definição de conteúdos de Ensino Religioso e estabelecer as normas para habilitação e admissão de professores, ouvir a entidade civil constituída pelas diferentes denominações religiosas para definição de conteúdos.

Quem somos

O Conselho de Ensino Religioso do Estado do Rio Grande do Sul (CONER/RS) é uma entidade civil, de natureza associativa, sem vinculação com

partidos ou movimentos políticos, com finalidade não econômica, constituída de denominações religiosas interessadas no Ensino Religioso a partir da Lei 9.475/97 que altera o artigo 33 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, lei 9.394/96. O CONER/RS foi fundado em 26 de novembro de 1997 e reconhecido pelo Parecer do Conselho Estadual de Educação 754/01, com sede na Praça Monsenhor Emilio Lottermann, 96, Bairro Floresta, Porto Alegre, RS. O CONER/RS tem por finalidade, entre outras, congregar as denominações religiosas interessadas, com o objetivo específico de se constituírem em entidade civil, para os fins previstos no artigo 33 da Lei 9.304/96, de 20 de dezembro de 1996, com a nova redação que lhe dá a Lei 9.475/97 de 22 de julho de 1997; colaborar com as competentes autoridades na regulamentação dos processos para a definição da formulação e execução dos conteúdos básicos, urgindo o cumprimento dos mesmos; apoiar a formação de profissionais para o Ensino Religioso e propugnar, junto aos Sistemas, a necessidade da colaboração mútua, no sentido da habilitação e admissão de professores de Ensino Religioso. São órgãos da Administração do CONER/RS a Assembléia Geral, a Diretoria o Conselho Fiscal e as Seccionais do CONER/RS. As Seccionais do CONER/RS são órgãos descentralizados que se articulam com as unidades regionais de educação. A Diretoria do CONER/RS se reúne mensalmente.

q

Sociedade União Israelita de Passo Fundo(www.sinagogapf.com.br)

Igreja Episcopal Anglicana do Brasil(http://www.diosuloci.org)

Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB([email protected])

Sociedade Beneficente Muçulmana de Passo Fundo([email protected])

Convenção das Igrejas Evangélicas das Assembléias de Deus([email protected])

Doutrina Espírita (www.diasdacruz.org.br)

Igreja Católica Apostólica Romana([email protected])

Denominação Religiosa convidadaCentro Espiritualista de Umbanda Guerreiros da Luz

(www.temploguerreirosdaluz.com.br)

ÍndiceApresentação ...................................................................................2Quem somos....................................................................................3Sociedade União Israelita de Passo Fundo.......................................5Igreja Episcopal Anglicana do Brasil .................................................7 Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB................9Sociedade Beneficente Muçulmana de Passo Fundo ....................12Convenção das Igrejas Evangélicas das Assembléias de Deus .......14Doutrina Espírita ............................................................................15Igreja Católica Apostólica Romana.................................................18Centro Espiritualista de Umbanda Guerreiros da Luz ....................21

Denominações Religiosas Pertencentes a SeccionalDenominações Religiosas Pertencentes à Seccional

Judaísmo

O Judaísmo é a primeira religião

monoteísta a aparecer na história.

Tem como crença principal a

existência de um único Deus, o criador de

tudo. Atualmente a fé judaica é praticada

em várias regiões do mundo, porém é no

estado de Israel que se concentra o maior

número de praticantes.

História do povo judeu

A Torah (Bíblia) é a referência para

entendermos a história deste povo. De acordo com as Escrituras Sagradas, por

volta de 1800 AC, Abraão recebeu uma sinal de Deus para abandonar o politeísmo

e para viver em Canaã. Isaque, filho de Abraão, tem um filho chamado Jacó. Este

luta, num certo dia, com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para Israel.

Os doze filhos de Jacó dão origem às doze tribos que formavam o povo judeu.

Por volta de 1700 AC, o povo judeu migra para o Egito, porém são escravizados

pelos faraós por aproximadamente 400 anos. A libertação do povo judeu ocorre

por volta de 1300 AC. A fuga do Egito foi comandada por Moisés, que recebe as

tábuas dos Dez Mandamentos no monte Sinai. Durante 40 anos ficam

peregrinando pelo deserto, até receber um sinal de Deus para voltarem para a

terra prometida, Canaã.

Jerusalém é transformada num centro religioso pelo Rei Davi. Após o reinado

de seu pai, Salomão, as tribos dividem-se em dois reinos: Reino de Israel e Reino

de Judá. Neste momento de separação, aparece a crença da vinda de um messias

que iria juntar o povo de Israel e restaurar o poder de Deus sobre o mundo. Em

721 AC começa a diáspora judaica com a invasão babilônica.

O imperador da Babilônia, após invadir o reino de Israel, destrói o templo de

Jerusalém e deporta grande parte da população judaica. No século I, os romanos

invadem Israel, mudam seu nome para Palestina e destroem o templo de

Jerusalém. No século seguinte, destroem a cidade de Jerusalém, mudando seu

nome para Aelia Capitolina, provocando a segunda diáspora judaica. Após estes

episódios, os judeus espalham-se pelo mundo, mantendo a cultura e a religião. Em

1948, o povo judeu retoma o caráter de unidade após a criação do estado de Israel.5

6

Livros

A Torá ou Pentateuco, de acordo com os judeus, é considerado o livro sagrado

que foi revelado diretamente por Deus. Fazem parte da Torá: Gênesis, o Êxodo, o

Levítico, os Números e o Deuteronômio. O Talmude é o livro que reúne muitas

tradições orais e é dividido em quatro livros: Mishnah, Targumin, Midrashim e

Comentários.

Rituais e símbolos judaicos

Os cultos judaicos são realizados num templo chamado de sinagoga e são

comandados por um sacerdote (Rabino). O símbolo sagrado do judaísmo é o

menoráh, candelabro com sete braços.

Menoráh: candelabro sagrado.

Entre os rituais, podemos citar a circuncisão dos meninos (aos 8

dias de vida ) e o Bar Mitzvah que representa a iniciação na vida

adulta para os meninos (13 anos) e a Bat Mitzvah para as meninas

(aos 12 anos). Os homens judeus usam a kippa, pequena touca, que

representa o respeito a Deus no momento das orações. Nas

sinagogas existe uma arca, (armário) que representa a ligação entre Deus e o

Povo Judeu. Nesta arca são guardados os pergaminhos sagrados da Torá.As Festas Judaicas

As datas das festas religiosas dos judeus são móveis, pois seguem um calendário

lunar - solar. As principais são as seguintes:Purim - os judeus comemoram a salvação de um massacre elaborado pelo rei

persa Assuero.Pessach - comemora-se a libertação da escravidão do povo judeu no Egito, em

1300 AC.Shavuót - celebra a revelação da Torá ao povo de Israel, por volta de 1300 AC.Rosh Hashaná - é comemorado o Ano-Novo judaico.Yom Kipur - considerado o dia do perdão. Os judeus fazem jejum por 25 horas

seguidas para purificar o espírito.Sucót - refere-se a peregrinação de 40 anos pelo deserto, após a libertação do

cativeiro do Egito. Chanucá - comemora-se o fim do domínio assírio e a restauração do templo de

Jerusalém. Festa das Luzes.

Por: Berel Natan Engelman

Líder Espiritual da Comunidade Israelita de Passo Fundo/RS.

Fonte de pesquisas: www.chabad.org.br

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ORIGEM

A data exata do estabelecimento do

Cristianismo nas Ilhas Britânicas não é

conhecida. Quando se deu a expansão do

Cristianismo depois da morte dos discípulos,

existiram alguns missionários que seguiram o

exemplo apostólico, proclamando o Evangelho

como pregadores itinerantes.

Entretanto, o Cristianismo foi propagado muito

mais através do intercâmbio comercial do que por

aqueles evangelistas. No primeiro século, as Ilhas

Britânicas estavam sob o processo de colonização romana.

Os legionários, mercadores, soldados e administradores levaram à nova

colônia suas leis e costumes, facilitando a absorção pela província do Império

romano que dominava o mundo ocidental então conhecido. A primeira

referência histórica de cristãos na antiga ilha foi feita por Tertuliano em 208, num

panfleto que escreveu neste ele fala de regiões da ilha inacessíveis a Roma que

haviam se convertido ao Cristianismo. As referências de Tertuliano mostram que

por volta do ano 200 já havia considerável colônia de cristãos na Grâ-Bretanha.

O aparecimento de Henrique VIII na história da Inglaterra foi providencial

neste período de intensa efervescência renascentista. Inteligente e culto,

Henrique VIII podia discutir teologia com a mesma desenvoltura com que tratava

os problemas políticos. Ambicioso e egoísta, não admitia perder aquilo que

buscava, mesmo que fosse necessário contrariar as leis humanas e divinas.

Não temia enfrentar reis e papas. O motivo imediato do rompimento com o

Papa foi o divórcio. Mas seria flagrante desrespeito à história afirmar que esse

episódio foi a principal causa da reforma inglesa. Ela viria de qualquer maneira,

pois foi resultado de forças convergentes que nasceram no século XI com

Aselmo. O episódio do divórcio apenas precipitou a ruptura promovida pelo rei e

oficializada pelo Parlamento. (Notas para uma História da Igreja Episcopal do

Brasil – Oswaldo Kickhofel).

A Igreja Anglicana passa a ter vida própria na Inglaterra e se se expande pelos

Estados Unidos, América do Sul, chegando ao Brasil e se instalando

definitivamente em 1890, época da República.

Anglicanismo

8

PRÁTICAS

As práticas da Igreja Anglicana estão enraizadas na Bíblia, na Tradição e na

Razão. Esta trilogia conserva, como seu melhor conteúdo, a palavra, a oração e os

sacramentos do Batismo, Santa Eucaristia, Confirmação, Penitência, Santo

Matrimônio, Santa Unção e Sagradas Ordens de Diáconos, Presbíteros e Bispos.

ESTRUTURA ECLESIÁSTICA

A Igreja Anglicana é autônoma e independente em cada país onde se faz

presente. Estrutura-se em dioceses, espaço geográfico como várias paróquias, sob

a jurisdição de um Bispo. A unidade diocesana se dá pela escolha, em Assembleia

Sinodal, de um Bispo Primaz representante da Igreja no país onde está inserida.

As igrejas, em cada país, formam pela liderança de Sua Graça o Arcebispo de

Cantuária, a grande comunhão anglicana hoje presente em mais de 180 países,

com aproximadamente 80 milhões de anglicanos. No Brasil possui 8 dioceses e

80 mil membros aproximadamente. O casamento de seus padres e a ordenação

feminina são conquistas históricas.

PRINCíPIOS

Poderia se chamar o conjunto de princípios de Ethos Anglicano por que estes

caracterizam o modo de ser da Igreja Anglicana. Um de seus mais essenciais

princípios é a chamada “Unidade na Diversidade”. Sustentar-se sobre este pilar é

reafirmar um tempo e um espaço onde todos possam viver em paz e harmonia

apesar das diferenças individuais.

A tolerância é outro princípio que faz parte do ensino da Igreja no sentido de

que a unidade não perca espaço para os preconceitos.

O ecumenismo é um princípio implícito em suas práticas, seus membros são

orientados a trabalhar esta dimensão no sentido que a comunhão com outras

igrejas de caráter também ecumênico se fortaleça. A democracia, em suas relações

internas, é um princípio profundamente identificado com a liberdade, nenhum

bispo pode ser eleito se não tiver a maioria dos votos entre o clero e dos leigos.

A Igreja Anglicana tem por princípio geral, acolher aos discriminados abrindo

suas portas para os pobres, negros, gays, lésbicas. A Igreja Anglicana é um espaço

de acolhimento irrestrito para quem deseja viver sua fé em Deus. Não há uma lista

de regras e proibições como definição de critério para que alguém possa fazer

dela um tempo, um lugar e um espaço onde possa viver sua experiência com Deus.

Por: Rev. Francisco Paulo Leal Machado

Mais informações: www.ieab.org.br

O nome luterano deriva de Martin Lute-

ro, monge da Igreja Católica Romana

que viveu na Idade Média (1483-1546),

que desencadeou um processo de conscienti-

zação na Igreja da época que redundou na

Reforma.

Um movimento que atingiu várias regiões

da Alemanha e outras países da Europa, princi-

palmente o Norte. Além do âmbito religioso, a

Reforma teve influência cultural e social no

mundo inteiro.

Martin Lutero escreveu um manifesto com

95 teses contra a venda de indulgências (docu-

mentos que indicavam o perdão dos pecados). Esse manifesto foi pregado na

porta da Igreja de Wittenberg, no dia 31 de outubro de 1517. Nessas afirmações,

Lutero procurou mostrar que Deus perdoa de graça a quem crê em Jesus Cristo, e

que não se pode comprar o perdão de Deus ou conquistá-lo por méritos própri-

os. Com o tempo, o 31 de outubro passou a ser considerado o Dia da Reforma.

Em consequência de seus pensamentos, Lutero recebeu a ordem de retratar-

se. Mas ele indicou que se não fosse mostrado a ele, segundo as Escrituras e pelo

uso da razão, não poderia nem deveria retratar-se. Por isso, foi excomungado

pelo Papa. Ainda assim, as ideias de Lutero receberam adesão entre as lideranças

civis e o povo, que estavam cansados de ser explorados pela Igreja da época e

ansiavam por reformas.

Ainda que se tenham dados de algumas pessoas luteranas no Brasil, podemos

indicar que claramente existe a presença luterana em solo brasileiro a partir de 1824

com migrantes que aportam a Nova Friburgo/RJ e São Leopoldo/RS. Com projetos

de colonização apoiados pelo governo brasileiro. Mais tarde, projetos semelhantes

acontecem em Santa Catariana, Paraná, Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais.

Princípios básicos

Somente as Escrituras são a norma determinante do que a Igreja proclama e

ensina. Por isso, a Bíblia teve que ser traduzida e tornada acessível para todas as

pessoas. Todo cristão tem o direito de ler e interpretar a Bíblia em busca da verda-

de e para edificação de sua fé.9

Luteranismo

10

Somente Cristo é o único intermediário entre Deus e os seres humanos. Cris-

to é a mensagem central da Bíblia.

Somente pela graça as pessoas são justificadas por Deus. Não é necessária

obra alguma para obter a salvação de Deus.

Somente pela fé, a graça do perdão e da salvação são recebidas por Deus. A

fé recebe a graça que produz frutos de gratidão e torna a pessoa crente livre e

atuante em obras de amor.

Ainda que não estejam em pé de igualdade com a Bíblia, os Credos da Igreja

(Credo Apostólico, Credo Niceno-constantinopolitano, Credo Atanasiano) e as

Confissões da Igreja Luterana (Catecismo Menor de Lutero e Confissão de Augs-

burgo) são considerados resumes corretos da fé cristã, por isso devem ser preza-

dos como orientação para a fé.

A Igreja é a comunidade de pessoas que se reúne para ouvir e acolher em fé a

palavra de Cristo. A Igreja não é primordialmente uma estrutura ou um prédio.

Tampouco se caracteriza por alguma pessoa em função hierárquica. Igreja é a

congregação de todos os crentes, entre os quais o Evangelho é pregado pura-

mente, e os santos sacramentos são administrados de acordo com o Evangelho.

Existe o sacerdócio de todas as pessoas crentes, isso significa que a partir do

Batismo, todas as pessoas são iguais diante de Deus, todas têm acesso ao Pai.

Existem diversas funções na igreja que são executadas em igualdade de dignida-

de, sejam exercidas por ministros ordenados ou pessoas sem ordenação.

Organização

Desde 1998, a IECLB apresenta uma estrutura sinodal, ou seja, uma estrutura

descentralizada. As comunidades (igreja local) se reúnem em paróquias (que tem

um registro dos ofícios e sacramentos, que chama ministros,), e as paróquias, por

sua vez, se reúnem nos Sínodos. Atualmente a IECLB conta com 1795 comunida-

des, 485 paróquias, e 18 sínodos em todo o Brasil.

Em cada instância da IECLB existe uma assembleia máxima e um órgão direti-

vo. Seja na comunidade onde acontece a assembleia de todos os seus membros e

se conta com o Presbitério ou a nível nacional com o Concílio e o Conselho da

Igreja. A IECLB conta com Pastor Presidente em nível nacional, Pastor Sinodal em

nível dos sínodos, assim como também temos o Presidente do Conselho da Igreja

ou Presidente de Concílio.

O ministério ordenado é exercido após a formação universitária em quatro

ministérios compartilhados: Pastoral, Diaconal, Catequético e Missionário. Cada

qual com sua ênfase, mas sem hierarquia.

A IECLB, além de participar em organizações em nível nacional (CONIC) ou

continental (CLAI), faz parte da Federação Luterana Mundial (FLM), uma comu-

nhão global de igrejas cristãs na tradição luterana. A FLM foi fundada em 1947,

tem sua sede em Genebra, Suíça, e conta com 144 igrejas-membro em 79 países,

representando a mais de 72 milhões de cristãos (dados de 2014). A FLM não tem

ingerência na vida interna das igrejas-membro, mas atua em conjunto nas áreas

de relações ecumênicas e inter-religiosas, teologia, assistência humanitária, direi-

tos humanos, comunicação e missão.

Práticas

A ética cristã é baseada em que “o cristão é um senhor livre de tudo, a ninguém

sujeito – o cristão é um servo dedicado a tudo, a todos sujeito” (do livro de Lutero -

Da liberdade cristã, 1520). O comportamento ético considera três critérios: O que

serve ao próximo? O que promove a vida? E o que contribui para o louvor de Deus?

Existe igualdade de direitos entre homem e mulher. Na IECLB, a mulher pode

tornar-se pastora ou ocupar qualquer cargo de coordenação e autoridade na Igreja.

A Igreja levanta seus próprios recursos para o trabalho comunitário e de mis-

são através de contribuições regulares ou ofertas espontâneas de seus membros

conforme suas possibilidades financeiras. A IECLB não cobra pelos serviços que

presta, seja cultos, batismos, casamentos, etc.

Os sacramentos reconhecidos pela igreja luterana são dois: Batismo e Santa

Ceia. Ao Batismo são admitidas crianças. À Santa Ceia são aceitos cristãos de qual-

quer confissão e de qualquer idade. Tem-se como prática comum usar suco de

uva na Santa Ceia para acolher pessoas alcoolistas ou crianças.

A IECLB é uma igreja aberta ao ecumenismo, disposta a manter diálogo e inici-

ativas com outras igrejas. Assim como também existe um diálogo inter-religioso.

As orações são feitas unicamente a Deus, pois considera-se que os santos são

cristãos que deixaram um bom exemplo de fé a ser seguido, mas não devem ser

colocados na posição de intermediários entre as pessoas e Deus.

O matrimônio ainda que não seja um sacramento é visto como dom de Deus.

Os ministros podem casar-se e constituir família. Isso não constitui empecilho

para o exercício do ministério. Por outro lado, também se aceitam pessoas divor-

ciadas na comunhão da igreja. Assim como também atualmente pode ser realiza

bênção para pessoa em união estável.

Por: P. José Kowalska

Mais informações: www.luteranos.com.br

Federação Luterana Mundial (site em inglês, alemão, espanhol):

www.lutheranworld.org

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Princípios Fundamentais do Islam

O termo “ISLAM”, provém da raiz

árabe SALAM, que significa: paz,

tranquilidade e segurança. E no

termo religioso, significa: “submeter-se à

vontade de Deus, o único Criador, servin-

do-O sem atribuir-Lhe parceiro algum, e

abster-se da idolatria”.

A fé islâmica é composta por pilares do

Islam e pilares da fé. Os pilares do Islam são

cinco: (1) Crer em único Deus (Allah), e em

Muhammad (chamado Maomé no Ocidente), Seu profeta; (2) Efetuar cinco

orações diárias (sualat); (3) Pagar a Zakaah (esmola)l; (4) Jejuar o mês de Ramadan

e (5) Efetuar a peregrinação a Makkah (Mecca).

Os pilares da fé são seis: (1) Acreditar em único Deus; (2) Acreditar na existên-

cia de anjos, criados a partir da luz, eles não são parecidos com seres humanos, e

nem desobedecem às ordens de Deus; (3) Acreditar nos Livros divinamente

revelados, principalmente: as Páginas de Abraão, o Zabur revelado a Davi, a Torá

revelada a Moisés, o Evangelho revelado a Jesus e o Qur'an (Alcorão) revelado a

Muhammad; (4) Crer em todos os Mensageiros e Profetas de Deus, sem distinção;

(5) Acreditar na Predestinação e (6) Crer na Ressurreição dos mortos.

Organização

A nação (estado) islâmica é liderada por um califa ou Amir, embora o termo

califado refira-se ao primeiro sistema de governo estabelecido em 622 dC, sob a

Constituição de Medina, que representou a unidade política da nação muçulmana,

incorporando outras comunidades não-muçulmanas, com direitos à vida, saúde,

segurança e educação; respeito nos seus princípios étnicos, religiosos e culturais.

No regime islâmico não se aplica a lei de penalização sem antes se estabelecer

a igualdade social, a justica, segurança alimentar e educação, etc. Tampouco se

deve forçar alguém a aceitar o Islam. A sociedade islâmica é liderada por uma

pessoa que tenha o conhecimento abrangente, independentemente da sua raça,

cor ou tribo. A congregação de muçulmanos é feita no Masjid (Mesquita), que

significa lugar de prostração a Deus único.

Islam

12

História

As fontes principais do Islam são o “Qur'an” (Alcorão), que agrega apenas

Palavra de Deus, em Árabe), e a “SUNNAH” (ensinamentos autênticos de

Muhammad). A revelação do Alcorão durou 23 anos, e vinha como resposta aos

acontecimentos e as necessidades sociais na época e no futuro, confirmando as

Escrituras que o antecederam, como a Torá, o Evangelho, etc. A SUNNAH resu-

me-se em palavras, ações e consentimentos de Muhammad. Ora Muhammad

nasceu no ano 570 dC, na tribo mais nobre do Quraichi, descendente de Ismael, o

primeiro filho de Abraão.

Foi iletrado e órfão de pai e mãe. Aos quarenta anos recebeu a profecia

através do arcanjo Gabriel (Espírito Santo no Ocidente), o mesmo que trouxe a

revelação para todos os Profetas anteriores, incluindo Jesus. Começou sua

pregação na região onde atualmente corresponde ao território da Arábia.

Faleceu aos 63 anos, depois de encerrada a revelação do Alcorão, deixando para

trás numerosos memorizadores e memorizadoras, que estes também o transmi-

tiram até os dias de hoje.

Logo após a morte de Muhammad, os hipócritas (que haviam abraçado o

Islam para distruí-lo por dentro), promoveram guerras e formaram vários grupos

da oposição, a fim de eliminar o Islam pela raiz, pelo que morreram mais de 70

memorizadores do Alcorão.

Os muçulmanos sempre contribuíram nos interesses científicos em vários

campos, como: geografia, anatomia, medicina, astronomia, etc. Foram os muçul-

manos que inventaram os algarismos (1,2,3..), e o símbolo zero “O”, e muitos

outros ramos científicos.

Práticas

O seguidor do Islam tem como obrigação promover o bem e reprimir o mal;

praticar as orações; pagar a ZAKAH (esmola - anual) destinada aos pobres,

necessitados, endividados, viajantes desalojados, etc; Jejuar no mês de Ramadan

e efetuar a peregrinação a Makkah, pelo menos uma vez durante a vida; esforçar-

se pela causa de Deus, evitando a prática de algo que prejudica a si e ao próximo,

como: a usura, o roubo, o jogo de azar, o álcool, a carne de porco, etc. No Islam a

busca do conhecimento é obrigatória, tanto para o homem como para a mulher,

principalmente o conhecimento religioso.

No Islam existem duas festas, a do fim de jejum de Ramadan e a do sacrifício

(como tradição referente à prática de Abraão). Baseadas no calendário lunar. O

muçulmano usa o calendário solar para determinar horário das orações.

O dia é dividido em treva e luz Sábado, por exemplo, começa depois do pôr

13

do sol da sexta-feira. Não existe nenhuma indicação que permite a um muçulma-

no tirar a sua própria vida, pelo contrário, quem assim fizer, por qualquer razão,

será considerado Káfir (incrédulo), podendo ser ressuscitado no inferno, mas se

Deus quiser ele poderá ser perdoado. Associar parceiro a Deus é único pecado

imperdoável, salvo com arrependimento antes da agonia.

Características básicas

No Islam não existe uniforme, mas sim uma roupa decente, tanto para o

homem como para a mulher; uma roupa que não seja muito transparente e nem

muito justa, ao ponto de descrever as curvas do corpo, principalmente os lugares

mais atraentes ao sexo oposto.

A mulher deve cobrir a sua cabeça também, apenas na presença de um homem

estranho. As leis jurídicas e criminais do Islam não se aplicam no regime alheio.

Por: Yussufo Ahmad Omar

Sociedade Beneficente Muçulmana de Passo Fundo - RS

A lgumas regras de fé: cremos em

um só Deus, eternamente subsis-

tente em três pessoas: O Pai o

Filho e o Espírito Santo. Na inspiração

verbal da Bíblia Sagrada.

Na concepção virginal de Jesus, em

sua morte vicária e expiatória, em sua

ressureição corporal dentre os mortos e

sua ascenção vitoriosa aos céus.

Na pecaminosidade do homem que os destituiu da glória de Deus, (RM 3;23).

Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo. Na segunda

vinda de Jesus Cristo.

Festas

Páscoa, Ano Novo e Ações de Graças.

Igreja Evangélica Assembléia de Deus

14

Cerimônias

Batismo em água por imersão, Santa Ceia, Partilha do pão e vinho.

Histórico

A igreja foi fundada em 1910, em Belém do Pará, por dois missionários suecos:

Daniel Berg e Gunnar Vingren, vindos dos EUA, onde frequentavam a igreja

batista.

Em 1920 instalou-se no Rio de Janeiro e passou a ser sede central da igreja no

Brasil. Organizada nos moldes das igrejas pentecostais que surgiram nos Estados

Unidos. A Assembléia de Deus acredita no poder supremo do Espírito Santo e

prega com ênfase o Evangelho Cristão.

Foi a segunda igreja pentecostal a surgir no Brasil e é presente em todo o

território nacional.

Por: Pastor Presidente: João Maria da Silva HermelRua Morom, 2560, Passo Fundo

Podemos definir o Espiritismo como uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo

espiritual. Revela o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o

objetivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento. A Doutrina é

composta por cinco obras designadas de Obras Básicas citadas a seguir: O Livro

dos Espíritos; O Evangelho Segundo o Espiritismo; O Livro dos Médiuns; O Céu e

o Inferno e A Gênese.

A Doutrina Espírita possui um tríplice aspecto: O científico, o filosófico e o

religioso. No aspecto científico, o Espiritismo demonstra a existência da alma e

sua imortalidade, principalmente através do intercâmbio mediúnico entre os

encarnados e desencarnados.

Quando o Homem pergunta, interroga, cogita, quer saber o “como” e o

“porquê” das coisas, dos fatos, dos acontecimentos, nasce a filosofia que

mostra o que são as coisas e porque são as coisas.

Como religião, o Espiritismo preocupa-se com as consequências morais do

ensino científico-filosófico, buscando, na ética pregada por Jesus, os elementos

que deverão nortear a conduta do Homem.

Doutrina Espírita ou Espiritismo

15

Princípios Básicos

þ Deus, Inteligência Suprema e causa primária de todas as coisas

þ Jesus, o guia e modelo para Humanidade

þ Existência e sobrevivência do Espírito

þ Reencarnação

þ Comunicação com os Espíritos (mediunidade)

þ Lei de causa e efeito

þ Pluralidade dos mundos habitados

þ Marcha progressiva do Espírito

Organização

O Espiritismo não tem chefe e Allan Kardec não foi fundador, apenas

sistematizou o que estudou das manifestações dos Espíritos. O Movimento

Espírita trabalha através de suas organizações federativas na seguinte ordem:

Conselho Espírita Internacional (CEI), Federação Espírita Brasileira (FEB),

Federativas Estaduais, Conselhos Regionais, Uniões Municipais Espíritas e dos

Grupos, Centros ou Sociedades Espíritas propriamente ditos.

História do Espiritismo

No século 19, um fenômeno agitou a Europa: as mesas girantes. Nos salões

elegantes, após os saraus, as mesas eram alvo de curiosidade e de extensas

reportagens, pois moviam-se, erguiam-se no ar e respondiam a questões median-

te batidas no chão (tiptologia). O fenômeno chamou a atenção de um pesquisa-

dor sério, discípulo do célebre Johann Pestalozzi: Hippolyte Leon Denizard Rivail.

Rivail, pedagogo francês, fluente em diversos idiomas, autor de livros didáti-

cos e adepto de rigoroso método de investigação científica não aceitou de

imediato os fenômenos das mesas girantes, mas estudou-os atentamente,

observou que uma força inteligente as movia e investigou a natureza dessa força,

que se identificou como os “Espíritos dos homens” que haviam morrido. Rivail fez

centenas de perguntas aos Espíritos, analisou as respostas, comparou-as e

codificou-as, tudo submetendo ao crivo da razão, não aceitando e não divulgan-

do nada que não passasse por esse crivo. Assim nasceu O Livro dos Espíritos. O

professor Rivail imortalizou-se adotando o pseudônimo de Allan Kardec.

Práticas Espíritas

Toda a prática espírita é gratuita, como orienta o princípio moral do

Evangelho: “Dai de graça o que de graça recebestes”.

A prática espírita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior,

dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.

16

O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota e nem usa em suas reuniões e

em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos,

concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas,

incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais

ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.

O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em

conhecê-lo a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.

A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é

uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independente-

mente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem.

Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios

da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã.

Características Básicas

þ Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados, que são os

homens, existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados.

þ No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de

evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.

þ Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor.

Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.

þ O homem é um Espírito encarnado em um corpo material.

þ Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos

Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo.

þ Os Espíritos são criados simples e ignorantes. Evoluem, intelectual e moral-

mente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a

perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.

þ Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada

encarnação.

þ Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu

próprio aprimoramento.

þ As relações dos Espíritos com os homens são constantes e sempre existiram.

þ O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas consequências

de suas ações.

þ A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural e é o resultado de um

sentimento inato no homem, assim como é inata a ideia da existência do

Criador.þ

Por: Paulo Afonso Eberhardt

Mais informações: www.feb.org.br17

A Igreja Católica, também conheci-

da como Igreja Católica Apostóli-

ca Romana, é uma Igreja fundada

de acordo com os ensinamentos

de Jesus Cristo, e que tem o apóstolo Pedro

como figura de destaque pois através dele

a Igreja começou a ser edificada (Mate-

us,16.18-19) “Tu és Pedro e sobre esta 'pe-

dra' (fundamento de fé) edificarei a minha

Igreja”

A história da Igreja Católica cobre um

período de aproximadamente 2.000 anos e

relata os eventos de uma das mais antigas instituições religiosas em atividade,

influenciando no mundo em aspectos espirituais, religiosos, morais, políticos e

sócio culturais. Os seus membros creem que foi fundada por Jesus Cristo.

SIGNIFICADO DE CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA

Católica: Significa “universal” porque está presente em todo o mundo. É cató-

lica porque a) é enviada por Jesus Cristo a todos os povos e, b) está aberta para

acolher a todas as pessoas.

Apostólica: Desde o início de seu ministério público, Jesus chama e reúne

discípulos para que o acompanhem, escutem o que Ele diz e vejam o que Ele fez.

O ressuscitado confiou a Pedro uma responsabilidade especial na Igreja. Os

12 apóstolos são o fundamento da Igreja. Em comunhão com os bispos, suces-

sores dos apóstolos, o Papa, como sucessor de Pedro, guia a Igreja no seu cami-

nho através do tempo.

Romana: É chamada “Romana” por ter sido em Roma a sua sede desde São

Pedro, que foi martirizado no ano 64 da era cristã. Em cima de seu túmulo está

construída a Basílica de são Pedro, em Roma.

ORGANIZAÇÃO E CARGOS

Papa: Reside no Vaticano, que é um pequeno país dentro da Itália, de 0.44 km

quadrados. O Papa é também chefe de Estado. A palavra “papa” significa papai. É

Catolicismo

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um termo carinhoso com o qual os católicos se referem ao bispo de Roma que é o

líder dos bispos no mundo inteiro e o chefe visível da Igreja.

Bispos: São considerados os sucessores dos apóstolos. É o que preside uma

diocese, embora haja bispos sem diocese.

Arcebispo: Preside uma arquidiocese e o cardeal é o bispo que tem esse títu-

lo por razões históricas e por ministério especial a ele conferido pelo Papa. São

funções de maior responsabilidade no governo da Igreja.

Sacerdotes: Exercem as mais diversas funções e atividades. São também os

responsáveis pelas paróquias e, estas são formadas pelas comunidades (também

chamadas capelas, que são formadas por uma parcela de famílias ou povo de

Deus).

Religiosos: São homens e mulheres que fazem votos de pobreza, obediência

e caridade e em pequenas comunidades, exercem as mais diversas funções e tra-

balhos.

Leigos: Leigo quer dizer povo. Por isso a Igreja os intitula: POVO DE DEUS. É

todo aquele chamado a crer em Cristo e na Igreja. Os leigos são a imensa maioria

do povo de Deus.

Existem também várias outras funções como diáconos, catequistas, ministros,

coordenadores....

Fontes da fé: Os católicos reconhecem como fontes da fé a Bíblia e a Tradi-

ção. A Bíblia levou cerca de 1.000 anos para ser escrita. Antes de ser escrita foi

contada e, antes de ser contada foi vivida.

É o livro da caminhada do povo de Deus. A Igreja tem a missão de pregar e

explicitar essa verdade revelada. Tradição: é a fé viva daqueles que nos antecede-

ram e foram um sinal de vida e de fé.

Os apóstolos transmitiram aquilo que receberam a partir do convívio com

Jesus e exortaram os fiéis a manterem a tradição que aprenderam, seja de forma

oral ou escrita.

A comunhão dos santos: A Igreja ensina que todas as pessoas são chamadas

à santidade e declara que, entre elas, algumas, por seu exemplo de fé e de vida

cristã chegaram mais perto da santidade de Deus, sendo, desta maneira, de grade

exemplo para os cristãos. Estes a Igreja canoniza como santos e presta-lhe culto

público. O exemplo de Maria é significativo. É a primeira ressuscitada por Cristo,

em virtude da sua maternidade divina. A Igreja adora somente a Deus.

Aos santos e Maria há veneração e respeito pelo exemplo e modelo que

foram para nós.

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ELEMENTOS FUNDAMENTAIS

¦ Deus é a origem e o fim último do universo. Só há vida porque Deus é a vida.

Sem Ele nada existiria.

¦ Deus é amor. Ele ama sempre, sem impor condições. Por isso Ele não é mau e

nem faz o mal.

¦ Deus ama cada ser humano, sem exceção. Para o amor de Deus não existem

marginalizados ou excluídos.

¦ Deus não castiga ninguém; antes, chega até mesmo a utilizar os nossos erros

em nosso proveito, convidando-nos à conversão.

¦ Deus, em Jesus Cristo, não ficou no sepulcro, mas venceu a morte. Ele

ressuscitou. Assim nos devolveu a vida ao vencer a morte. Porque Ele

ressuscitou, nós ressuscitaremos também.

¦ Deus, além da Eucaristia, está presente na palavra, nos demais sacramentos

(batismo, eucaristia, crisma, reconciliação, matrimônio, ordem, unção dos

enfermos), na comunidade reunida, em cada pessoa, e pode ser identificado

no empobrecido, no marginalizado, no excluído.

¦ Deus na Igreja e através dela, santa e pecadora, nos oferece o caminho

seguro para alcançar a vida junto Dele.

Conclusão: Apesar da divisão entre os cristãos ao longo da história a Igreja

não desapareceu e nem foi perdida.

Ela possui todos os elementos de comunhão que encontramos no novo

testamento: a mesma fé; os sete sacramentos; a sucessão no colégio apostólico; a

dimensão episcopal; a sucessão do Ministério Petrino exercido pelo Papa e o

ministério da palavra como anúncio e ensino em nome de Cristo.

Por: Padre Geraldo Collet

Mais informações: vatican.va

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Princípios

A crença uniforme em uma

divindade única, que pode ser

nomeada de várias maneiras: Zambi,

Olorum, Tupã, Deus.

C r e n ç a n a e x i s t ê n c i a d e

consciência viva após a extinção do

corpo físico e que essas consciências

(ancestrais ilustres e pessoas próximas)

têm a possibilidade de um intercâmbio

com o mundo físico através de

sensitivos treinados e iniciados nos

segredos ocultos da natureza. Esses

ensinamentos são transmitidos de sacerdote para sacerdote, dentro das tradições

em que se encontram. As tradições, dentro da Umbanda são inúmeras, porém todas

trazem as bases da fraternidade e auxílio a quem busca auxílio.

Crença em forças emanadas de Olorum, Deus, que em um determinado

momento no tempo Eternal (tempo de Deus) geraram atrito e iniciaram a criação

do mundo da forma, criando o tempo cronológico (tempo observável) e por isso

são considerados criadores, fontes primárias da natureza, denominadas ORIXÁS

PRIMÁRIOS, ou vulgarmente reconhecidos como Forças sagradas da natureza.

Crença que através da aproximação dos ancestrais Ilustres (que já conquistaram

a iluminação) nos sensitivos, trazem alento às dores e curas para os que os

procuram. Esses ancestrais, por sabedoria, trazem uma fala quase rudimentar, para

com isso ter acesso às dores humanas. Nisso podemos nos perguntar: é mais fácil

abrir nosso coração com um simples negro velho ou com um doutor sábio?

A busca essencial desses sensitivos e de seus ancestrais por um mundo mais

belo, bom e justo para todos, através de ensinamentos simples e diretos.

Organização

A religião de Umbanda é uma estrutura em crescimento e, portanto, sujeita a

ajustes: “estrutura que se unifica na diversidade”. Por ser relativamente jovem,

Umbanda

21

ainda traz um estigma de divergências entre formas diversas de pensar a religião.

Com isso é destituída de Papas e ou líderes supremos. Cada microcélula-Templo

é independente e tem estrutura organizacional própria, não ferindo a

constituição do país em que se encontra. Não tem um livro sagrado, entendendo

que a natureza é a linguagem cifrada de Deus e pode ser lida por todos,

dependendo de seu grau evolutivo.

As hierarquias são entendidas como forma de evolução, sem pular etapas.

Existem os Pais ou Mães Espirituais, que comandam os ritos do templo, os Ogãns,

que são trabalhadores para os mais variados serviços, como o toque dos

atabaques, até a organização diversa do Templo. Para cada templo existem

outros trabalhadores em seus postos, e para isso recebem nomes respectivos,

como: Ekédis, abiãs, médiuns de incorporações e muitos outros.

História

Religião fundamentada em solo brasileiro, sob a influência das crenças, mitos

e ritos das culturas Indígena Nativa, Negra Africana, Católica Cristã, e mágica

Europeia. Tem seu mito de fundação em 15 de Novembro de 1908 na cidade do

Rio de Janeiro, através do sensitivo Zélio Fernandino de Morais, que abre os

trabalhos recebendo o Espírito de um caboclo que se denomina “Caboclo das

Sete Encruzilhadas”, fazendo menção a “caminhos possíveis” para os

necessitados e suas dores.

Práticas

Pauta seus ritos externos, ao público, das mais diversas maneiras,

dependendo da formação do dirigente do Templo. Tem nessa prática o que

considera como espírito de caridade, sem a cobrança de valores monetários para

isso. Tem práticas internas para consagrações, imantações e estudos que são

vedados a leigos e talvez por isso polua o inconsciente de algumas pessoas com

ideias de demonização dessas práticas.

Nos ritos externos os momentos são crivados por cânticos, velas acesas,

estalar de dedos, queima de ervas secas, maceração de ervas verdes e orações

feitas em português, yorubá e em alguns casos com palavras em tupi-guarani.

Nesses momentos os leigos podem usufruir dessas práticas milenares de cura e

limpeza de vibrações negativas.

Características Básicas

- Caracteriza-se pela maleabilidade de pensamentos e assimilação de novas

ideias que possam trazer luz ao entendimento de problemas antigos.

Adaptabilidade de pensamento e de ação sobre as dores daqueles que a buscam.

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Caracteriza-se pela utilização das capacidades individuais dos afiliados em

prol do todo. Tratamento personalizado, e a não massificação das consciências

envolvidas. Entendendo que cada indivíduo é único em seus saberes, por isso é

uma força espiritual atuante e que a cada passo seu em direção da evolução, é um

passo dado para que o todo vá em direção à evolução.

Caracteriza-se pela diversidade de ritos, mitos e maneiras de expressão, sem

perder a essência que a fundamenta como religião magista e caritativa,

embasada em fundamentos espiritualistas de observação própria.

Caracteriza-se pela ligação e manipulação de forças espirituais conscientes

(espíritos desencarnados) e inconscientes (elementais da natureza) em benefício

positivo daqueles que a buscam. Tomando para si, por isso, característica de

religião MAGISTA.

Por: Rigoberto Fransceschi

Mais informações: www.temploguerreirosdaluz.com.br

O que significa para os professores de Ensino Religioso o desenvolvimento do respeito pela consciência em seus estudantes?

Defendendo o princípio do respeito pela consciência podemos afirmar

que isto se traduz no Ensino Religioso Escolar em práticas que pressupõem

ultrapassar a condição de uma simples aceitação ou mesmo o sentimento

da suportabilidade da diferença religiosa atingindo a condição necessária

para se estudar a diversidade cultural religiosa com sincero interesse pelo modo

como mulheres, homens e crianças vivem a religião em toda sua gama de

distinções.

Cultivar a postura de respeito pela consciência resulta em estudo

guiado pela curiosidade intelectual unido ao comportamento de defesa

pelo direito que o outro possui de viver livremente suas crenças religiosas.

Enquanto a tolerância se expressa por comportamentos de não prejuízo à

liberdade de fé do outro, o respeito pela consciência se expressa também pela

atitude de defender o direito da existência de práticas religiosas diversas e o

direito de escolha de cada pessoa, o que inclui possuir crenças religiosas ou

não.

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Fonte de pesquisa sobre a religião

Sociedade União Israelita de Passo Fundo(www.chabad.org.br)

Igreja Episcopal Anglicana do Brasil(www.ieab.org.br )

Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB(www.luteranos.com.br)

Sociedade Beneficente Muçulmana de Passo Fundo(facebook: Masjid Mesquita Passo Fundo RS)

Convenção das Igrejas Evangélicas das Assembléias de Deus([email protected])

Doutrina EspíritaFederação Espírita Brasileira

(www.feb.org.br)

Igreja Católica Apostólica Romana(www.vatican.va)

Denominação Religiosa convidadaCentro Espiritualista de Umbanda Guerreiros da Luz

(www.temploguerreirosdaluz.com.br)

Seccional do CONER/RS - 7ª CREEnsino Religioso - Passo Fundo-RS

www.conerpassofundors.com.bre-mail: [email protected]