cartilha conta de energia eletrica

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  • 8/7/2019 Cartilha conta de energia eletrica

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    POR DENTRO DACONTA DE LUZInformao de utilidade pblica

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    POR DENTRO DACONTA DE LUZINFORMAO DE UTILIDADE PBLICA

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    Agncia Nacional de Energia Eltrica Aneel

    Diretoria

    Jerson KelmanDiretor-geral

    Edvaldo Alves de SantanaJosa Campanher Dutra SaraivaJos Guilherme Silva Menezes SennaRomeu Donizete RufinoDiretores

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    POR DENTRO DACONTA DE LUZINFORMAO DE UTILIDADE PBLICA

    BrasliaOutubro de 2008

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    CIP. Brasil. Catalogao-na-PublicaoCentro de Documentao - CEDOC

    A265p Agncia Nacional de Energia Eltrica (Brasil)

    Por dentro da conta de luz : informao de utilidade pblica /

    Agncia Nacional de Energia Eltrica. 4. Ed. - Braslia : ANEEL, 2008.

    32 p. : il.

    1. Conta de energia eltrica - Brasil. 2. Tarifa eltrica. 3. Encargo

    tarifrio. 4. Servio pblico.

    I. Ttulo.

    CDU: 621.31:330.567.2(81)

    Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEELEndereo: SGAN 603 Mdulos I e JCep 70830-030

    Fone: (61) 2192-8600Ouvidoria: 144e-mail: [email protected]: http://www.aneel.gov.br

    Superviso editorialAssessoria de Comunicao e Imprensa

    Editorao eletrnicaAssessoria de Comunicao e Imprensa

    4 Edio

    CEDOC

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    Informar consumidores, empresas, autoridades e a sociedade em geralsobre as polticas e regulamentos do setor eltrico, como forma de reduzir aassimetria de informaes entre agentes e usurios, uma das diretrizes da AgnciaNacional de Energia Eltrica (ANEEL).

    Consciente da importncia dessa tarefa, a ANEEL encara o desafio deexplicar uma de suas atribuies mais complexas: fixar uma tarifa de energia queseja, ao mesmo tempo, justa para o consumidor e suficiente para assegurar o

    equilbrio econmico-financeiro da concesso.Traduzir o intricado mecanismo de composio e reajuste tarifrio, deforma simples e direta, o objetivo da ANEEL ao lanar a cartilha Por dentro daconta de luz. Por meio desse guia, so apresentados os diversos fatores queinfluenciam o valor da fatura de energia eltrica, sem desconsiderar os impactos daspeculiaridades existentes na rea de atuao de cada empresa.

    A ANEEL pretende, com essas informaes, mostrar o papel e aslimitaes do rgo regulador nesse processo. Na incessante busca do equilbrioentre definir um preo justo a quem paga pela energia e uma remuneraoadequada a quem presta o servio, com a segurana de um fornecimento contnuo,confivel e de boa qualidade, a ANEEL cumpre decises legais que extrapolam suacompetncia decisria. Uma dessas decises a forte incidncia de encargossetoriais e tributos no custo da energia, com grande impacto na tarifa.

    Com essa iniciativa, esta Agncia apresenta a anatomia da tarifa deenergia eltrica que, apesar de possuir algumas especificidades, de acordo com o

    perfil da regio e da concessionria, apresenta, no seu clculo, a mesmametodologia.

    Desejamos uma boa leitura!

    APRESENTAO

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    A multiplicidade de aplicaes e a Isolados, localizados principalmente nacomodidade da utilizao da energia eltrica regio Norte, cujas principais caracte-tornaram-na um recurso essencial rsticas so a limitao do intercmbio desobrevivncia do homem e indispensvel ao energia e a gerao termeltrica.desenvolvimento socioeconmico das Os principais agentes do setornaes. No Brasil, a gerao de energia so as geradoras, que produzem a energia;eltrica pelo uso da fora da gua dos rios as transmissoras, responsveis por(gerao hidreltrica) responde, atual- transportar a energia do ponto da geraomente, por 75% do total da capacidade at os centros consumidores; as distribui-instalada no pas. doras, que levam a energia at a casa do

    O sistema eltrico do pas consumidor, e as comercializadoras,composto pelo Sistema Interligado Nacional autorizadas a comprar e vender energia(SIN) - uma grande rede de transmisso que para os consumidores livres, ou seja,permite o trnsito de energia entre as aqueles que precisam de mais de trs milregies do Brasil - e pelos Sistemas quilowatts (3 mil kW).

    Nos ltimos anos, o setor eltrico tambm nas reas de gerao, trans-brasileiro sofreu diversas transformaes. misso e comercializao de energia,Migrou do monoplio estatal para um exigiu do Estado a adequao de sua

    modelo de mercado, com a entrada de estrutura. Por esse motivo, foi criado, emnovos agentes no controle das empresas de 1997, um rgo regulador do setor - adistribuio de energia e novos investidores, Agncia Nacional de Energia Eltricapapel anteriormente exercido pelo Estado. (ANEEL) - autarquia em regime especial,

    A complexidade do novo modelo, vinculada ao Ministrio de Minas ecom a introduo de diferentes agentes Energia (MME).

    COMO FUNCIONA O SETOR ELTRICO BRASILEIRO

    E COMO A ANEEL ATUA?

    07

    ?

    DISTRIBUIO

    GERAO

    TRANSMISSO

    COMERCIALIZAO

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    Entre as dcadas de 70 e 90, havia remunerao mnima prevista para asuma nica tarifa de energia eltrica em todo o concessionrias no era atingida, gerandoBrasil. Os consumidores dos diversos estados um circulo vicioso, com inadimplncia entrepagavam o mesmo valor pela energia distribuidoras e geradoras e falta deconsumida. Esse valor garantia a remu- capacidade econmico-financeira para anerao das concessionrias, indepen- realizao de novos investimentos. Nessedentemente de sua eficincia, e as empresas contexto, surgiu a Lei n 8.631/1993, pela

    no lucrativas eram mantidas por aquelas que qual a tarifa passou a ser fixada pordavam lucro e pelo Governo Federal. concessionria, conforme caractersticas

    Essa modalidade de tarifa no especficas de cada rea de concesso.incentivava as empresas eficincia, pois E, em 1995, foi aprovada a Lei ntodo o custo era pago pelo consumidor. Por 8.987 que garantiu o equilbrio econmico-diversas razes - entre elas a conteno das financeiro s concesses de distribuio detarifas para controle da inflao - a energia eltrica.

    Desde ento, estabeleceu-se Dessa maneira, as tarifas deuma tarifa por rea de concesso (territrio energia refletem peculiaridades de cadageogrfico onde cada empresa contra- regio, como nmero de consumidores,tualmente obrigada a fornecer energia quilmetros de rede e tamanho doeltrica). Se essa rea coincide com a de um mercado (quantidade de energia atendidaestado, a tarifa nica naquela unidade por uma determinada infra-estrutura),federativa. Caso contrrio, tarifas diferentes custo da energia comprada, tributoscoexistem dentro do mesmo estado. estaduais e outros.

    POR QUE A TARIFA DE ENERGIA DIFERENTE EM

    CADA ESTADO ?

    Edio da Lei 8.631/93que ps fim

    uniformizao tarifria e remunerao garantida.

    Introduo doconceito de equilbrioeconmico-financeiro

    (Lei 8.987/95).

    09

    ?

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    IDEAL QUE A TARIFA SEJA SUFICIENTE PARA:

    Garantir o fornecimento de energia com qualidade

    Assegurar aos prestadores de servios ganhossuficientes para cobri r custos operacionais eficientese remunerar investimentos necessrios para expandira capacidade e garantir boa qualidade de atendimento

    10

    obrigao da concessionria levar tem custos que devem ser cobertos pela tarifaa energia eltrica aos seus consumidores. de energia. De modo geral, a conta de luzPara cumprir esse compromisso, a empresa inclui o ressarcimento de trs custos distintos:

    O QUE EST EMBUTIDO NO CUSTO DA ENERGIAQUE CHEGA AOS CONSUMIDORES?

    geraode energia

    transporte de energiaat as casas (fio)

    transmisso + distribuio

    encargose tributos+ +

    ?

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    Quanto se paga por componente em umaconta de luz de R$ 100,00 (mdia/Brasil 2007)

    R$ 35,00

    R$ 30,00

    R$ 25,00

    R$ 20,00

    R$ 15,00

    R$ 10,00

    R$ 5,00

    R$ 0,00

    R$ 31,33

    R$ 6,25

    R$ 28,98

    R$ 33,45

    Compra de Energia

    Transmisso

    Distribuio (Parcela B)

    Encargos e Tributos

    R$ 40,00

    Fonte: Superintendncia de Regulao Econmica (SRE) - ANEEL - 12/2007

    A partir da Lei n 10.848/2004, o Adicionalmente a esses custos,valor da gerao da energia comprada pelas existem os encargos e os tributos

    distribuidoras para revender aos seus (relacionados nos prximos itens), que noconsumidores passou a ser determinado em so criados pela ANEEL, mas por leis.leiles pblicos. Antes dessa lei, as Alguns deles incidem somente sobre odistribuidoras podiam comprar livremente a custo de distribuio, enquanto outrosenergia a ser revendida, com limite de preo esto embutidos nos custos de gerao efixado pela ANEEL. O objetivo dos leiles transmisso.garantir, alm da transparncia no custo da

    Quando a conta de luz chega aocompra de energia, a competio econsumidor, ele paga a compra de energia

    melhores preos. (remunerao do gerador), a transmisso(os custos da empresa transmissora) e aO transporte da energia, do ponto dedistribuio (servio prestado pelagerao at o consumidor final, umdistribuidora), mais os encargos e tributosmonoplio natural, pois a competio nessedeterminados por lei, destinados ao podersegmento no traz benefcios econmicos.pblico. Se considerarmos separadamentePor essa razo, a ANEEL atua para que aso componente encargos e tributos, emtarifas desse segmento sejam compostas

    apenas pelos custos que efetivamente se 2006, os custos foram de R$ 8,54 e de

    relacionam com os servios prestados, de R$ 24,73, respectivamente, totalizandoforma a torn-las justas. R$ 33,27 para esse componente..

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    So contribuies definidas em Veja na tabela abaixo o valor dosleis aprovadas pelo Congresso Nacional, encargos setoriais pagos pelos consu-utilizadas para fins especficos. midores em 2006.

    Observa-se que cada encargo derados em conjunto, impactam a tarifa, e,determinado por lei justificvel, se avaliado conseqentemente, a capacidade deindividualmente. Entretanto, quando consi- pagamento do consumidor.

    O QUE SO ENCARGOS SETORIAIS E PARA QUE

    SERVEM?

    ?

    Encargo Para que serveQuanto foi recolhido em

    2007 em encargos do setor(R$ Milho)

    CCCConta de Consumo de

    Combustveis

    Subsidiar a gerao trmica principalmentena regio norte (Sistemas Isolados) 2.870,6

    RGRReserva Global de Reverso

    Indenizar ativos vinculados concessoe fomentar a expanso do setor eltrico 1.327,7*

    TFSEETaxa de Fiscalizao de

    Servios de Energia Eltrica

    Prover recursos para o funcionamentoda ANEEL

    324,97

    CDE

    Conta de Desenvolvimentoenergtico

    Propiciar o desenvolvimento energtico

    a partir das fontes alternativas;

    promover a universalizao do serviode energia, e

    subsidiar as tarifas da subclasseresidencial Baixa Renda

    2.313,1

    ESSEncargos de Servios do

    Sistema

    Subsidiar a manuteno daconfiabilidade e estabilidade do Sistema

    Eltrico Interligado Nacional

    85,9

    PROINFA

    Subsidiar as fontes alternativas deEnergia

    P&D Pesquisa eDesenvolvimento eEficincia

    Energtica

    ficas ePromover pesquisas cienttecnolgicas relacionadas eletricidade

    e ao uso sustentvel dos recursos

    Naturais

    637,7

    ONSOperador Nacional do Sistema

    Prover recursos para o funcionamentodo ONS

    10,7

    CFURHCompensao financeira pelo

    uso de recursos hdricos

    Compensar financeiramente o uso dagua e terras produtivas para fins de

    gerao de energia eltrica1.232,74

    Royalties de ItaipuPagar a energia gerada de acordo com

    o Tratado Brasil/Paraguai 414,26

    331,9**

    Os encargos do sistema eltrico devero custar cerca de em 2007R$ 9,5 bilhes

    Fonte: Superintendncia de Regulao Econmica (SRE) - ANEEL - 07/2007*Atualizado at 11/06/2007

    ** Ciclo 2006/2007

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    So pagamentos compulsrios Na conta de luz esto presentesdevidos ao poder pblico, a partir de tributos federais, estaduais e municipais.determinao legal, e que asseguram As distribuidoras apenas recolhem erecursos para que o Governo desenvolva repassam esses tributos s autoridadessuas atividades. No Brasil, os tributos esto competentes pela sua cobrana.embutidos nos preos dos bens e servios. A ANEEL publica, por meio deIsto significa que nas contas de gua, luz e resoluo, o valor da tarifa de energia, semtelefone, na compra de produtos ali- os tributos, por classe de consumomentcios e bens e na contratao de (residencial, comercial, industrial etc). Comservios diversos, os consumidores pagam base nesses valores, as distribuidoras detributos, posteriormente repassados aos energia incluem os tributos (PIS, COFINS,cofres pblicos pelas empresas que os ICMS e CIP) e emitem a conta de luz que osarrecadam. consumidores pagam.

    Programas de Integrao Social (PIS) e Contribuio para o Financiamento daSeguridade Social (COFINS): cobrados pela Unio para manter programas voltadosao trabalhador e para atender a programas sociais do Governo Federal. A aplicaodesses tributos foi recentemente alterada, com elevao no valor da conta de energia.Com a edio das Leis n 10.637/2002, 10.833/2003 e 10.865/2004, o PIS e a COFINStiveram suas alquotas alteradas para 1,65% e 7,6%, respectivamente, passando a serapurados de forma no cumulativa. Dessa forma, a alquota mdia desses tributospassou a variar com o volume de crditos apurados mensalmente pelasconcessionrias e com o PIS e a COFINS pagos sobre custos e despesas no mesmoperodo, tais como a energia adquirida para revenda ao consumidor. A tabela da pginaseguinte demonstra os dois sistemas de clculo.

    O QUE SO TRIBUTOS E PARA QUE SERVEM?

    TRIBUTOS APLICVEIS AO SETOR ELTRICO

    TRIBUTOS FEDERAIS

    ?

    $

    Imposto sobre a Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS): previsto no artigo155 da Constituio Federal de 1988, este imposto incide sobre as operaes relativas circulao de mercadorias e servios e de competncia dos governos estaduais e doDistrito Federal. O ICMS regulamentado pelo cdigo tributrio de cada estado, ouseja, estabelecido em lei pelas casas legislativas. Por isso so variveis. A distribuidoratem a obrigao de realizar a cobrana do ICMS direto na fatura e repass-lointegralmente ao Governo Estadual. O seu clculo tambm feito por dentro, comodemonstrao a seguir.

    TRIBUTOS ESTADUAIS

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    Sistema anterior (cumulativo): Sistema atual (no cumulativo):

    Alquotas AlquotasPIS - 0,65%

    COFINS - 3,00%

    PIS - 1,65%

    COFINS - 7,60%Exemplo - cumulativo Exemplo no cumulativo

    Faturamento Bruto R$ 10.000,00 Faturamento Bruto R$ 10.000,00PIS R$ 65,00 PIS R$ 165,00

    COFINS R$ 300,00 COFINS R$ 760,001- PIS/COFINS a dbito R$ 925,00

    PIS/COFINS a pagar R$ 365,00Custo e/ou Despesas R$ 4.000,00

    2 - PIS/COFINS a crdito (incidente

    sobre os custos e despesas) R$ 370,00

    PIS/COFINS a pagar (1-2) R$ 555,00

    Alquota "efetiva ou mdia" 3,65% Alquota "efetiva ou mdia" 5,55%

    O PIS e a COFINS so calculados "por dentro", ou seja, os prprios impostos integram a base de clculo

    15

    Contribuio para Custeio do Servio de Iluminao Pblica ( : prevista noartigo 149-A da Constituio Federal de 1988 que estabelece, entre as competnciasdos municpios, dispor, conforme lei especfica aprovada pela Cmara Municipal, aforma de cobrana e a base de clculo da CIP. Assim, atribuda ao Poder PblicoMunicipal toda e qualquer responsabilidade pelos servios de projeto, implantao,expanso, operao e manuteno das instalaes de iluminao pblica. Neste caso,a concessionria apenas arrecada a taxa de iluminao pblica para o municpio.

    CIP)

    TRIBUTOS MUNICIPAIS

    Forma de Clculo

    A chamada cobrana por dentro A concesisonria, ao receber os valoresdos tributos ICMS, PIS e COFINS cobrados nas contas de energia, discriminaestabelecida pelas leis federais corres- os tributos para recolher Unio a parcelapondentes e implica que os valores desses referente ao PIS e COFINS, e paratributos integram a prpria base de clculo transferir aos Estados, conforme as leissobre a qual incidem suas respectivas estaduais correspondentes, a partealquotas. equivalente ao ICMS.

    +-X

    -

    Valor a ser cobradodo consumidor

    Valor da tarifa publ icada pela ANEEL

    1 - (PIS + COFINS + ICMS)=

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    No grfico acima nota-se que, essenciais para permitir a transferncia dedesde 2001, o valor do custo da transmisso energia entre regies nos perodos defoi o item que mais cresceu no mercado de escassez de chuva. O segundo segmentoenergia eltrica (125,34%). Esse aumento que mais cresceu (108,11%) foram osdecorreu dos pesados investimentos encargos e tributos que representam maisrealizados na rede bsica (alta tenso) para de 33,27% do valor da conta de luz, sendo,permitir o fluxo de energia entre as diversas portanto, o item de maior impacto, ao ladoregies do pas, no intuito de aumentar a da gerao. A distribuio (75,5%) e aconfiabilidade do sistema eltrico nacional compra de energia (103,94%) tiveram

    frente disponibilidade de gua nos menor crescimento. Ainda assim, essereservatrios das usinas hidreltricas. aumento foi superior inflao do perodo

    Destaca-se, no entanto, que esse (pgina 24), por razes que seroitem representa apenas 5,96% do valor da explicadas posteriormente.conta de luz e que esses investimentos so

    TARIFA MDIA BRASIL

    Gerao Transmisso Encargos + TributosDistribuio

    R$ 49,65(32,23%)

    R$ 101,26(33,27%)

    R$ 8,05 (5,22%)

    R$ 18,14 (5,96%)

    R$ 47,69(30,95%)

    R$ 83,70(27,50%)

    R$ 48,66(31,58%)

    R$ 101,27(33,27%)

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    2001 2006

    R$/MWh

    R$ 154,05 / Mwh(100%)

    R$ 304,37 / MWh

    125,34%

    103,94%

    75,5%

    108,11%

    97,6%

    Fonte: SRE - ANEEL - 07/2007

    16

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    As concessionrias de energia Internet (www.aneel.gov.br). Nesseeltrica assinaram com a Unio (Poder contrato esto fixadas as regras para aConcedente), desde 1995, um contrato de prestao do servio de distribuio deconcesso, que um documento pblico e energia eltrica e previstos trsacessvel pela pgina da Agncia na mecanismos de correo das tarifas.

    COMO SE DEFINE O VALOR DA TARIFA DE

    ENERGIA?

    ESSES MECANISMOS SO APLICADOS PARA:

    ReajusteTarifrio

    RevisoTarifria

    RevisoTarifria

    Extraordinria

    permitir que a tarifa de energia seja justaaos consumidores

    definir uma tarifa suficiente para cobri r custos doservio com nvel de qualidade estabelecido pela ANEEL

    remunerar os investimentosreconhecidos como prudentes

    estimular o aumento da eficincia e da qualidadedos servios prestados pela concessionria

    garantir atendimento abrangente ao mercadosem distino geogrfica ou de renda

    ?

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    Parcela A: custos no-gerenciveis que so apenas repassadospara a tarifa de energia e independem da gesto da empresadistribuidora (no exemplo do condomnio, os custos de gua eimpostos, que o sndico apenas divide entre os moradores).

    Parcela B: custos gerenciveis, ou seja, administrados pela prpria

    distribuidora. Fazem parte dessa parcela as despesas de operaoe manunteno, a cota de depreciao e a remunerao dosinvestimentos (no exemplo do condomnio, so os custos compessoal, material de limpeza e obras, que o sndico tem comoadministrar).

    Para entender como esses mecanismos so aplicados para manter o equilbrio

    econmico-financeiro das concessionrias, acompanhe o raciocnio abaixo:

    Imagine-se como sndico de pago pelos demais, compor umaum condomnio que precisa deter- receita capaz de cobrir as despesasminar o valor da taxa mensal a ser do condomnio e deixar uma sobrapaga pelos moradores. Voc arcar para obras e investimentos.com custos como gua e impostos, Em certa medida, istoque, na realidade, so apenas tambm se aplica ao rgo regulador

    divididos entre os condminos. na definio das tarifas de energia. AExistiro ainda outros custos, como ANEEL, seguindo dispositivos dopagamento de pessoal, material de contrato de concesso, fixa valoreslimpeza e obras, passveis de controle que, somados, representam umapara que se gaste mais ou menos, de receita suficiente para que aacordo com as necessidades do concessionria cubra seus custoscondomnio. Assim, voc ter de eficientes e possa real izaraplicar as disposies do estatuto do investimentos prudentes para a

    condomnio para arrecadar, de cada manuteno da qualidade domorador, um valor que, somado ao servio.

    A receita requerida da empresa, chamada receita do servio de distribuio,pode ser dividida em dois grandes conjuntos de repasse de custos:

    18

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    PARCELA ACompra de energia

    Receita do Servio de Distribuio

    Encargos Setoriais

    Custos Operacionais

    Transmisso Cota de Depreciao

    Remuneraodo Investimento

    PARCELA B

    Entenda como a atualizao conforme determinam a Lei n 9.427/1996 edessa receita pelos mecanismos citados, o Contrato de Concesso.

    a) REAJUSTE TARIFRIO: restabelece o poder de compra da receita daconcessionria, segundo frmula prevista no contrato de concesso. Acontece

    anualmente, na data de aniversrio do contrato, exceto no ano de reviso tarifria. Paraaplicao dessa frmula, so calculados todos os custos no-gerenciveis dadistribuidora (parcela A), ou seja, verificados os novos valores dos encargos setoriais,da compra de energia e da transmisso. Os outros custos, constantes da parcela B, socorrigidos pelo IGP-M, da Fundao Getlio Vargas. A correo da parcela B aindadepende de um outro componente, o fator X, ndice fixado pela ANEEL na poca dareviso tarifria. Sua funo repartir com o consumidor os ganhos de produtividadeda concessionria, decorrentes do crescimento do nmero de unidades consumidorase do aumento do consumo do mercado existente, o que contribui para a modicidadetarifria.

    Parcela A (atualizada) Parcela B x (IGP-M - Fator X)+

    Receita reajustada

    19

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    PARA SABER MAIS

    At 2004, o ndice de Reajuste Tarifrio (IRT) contabilizava avariao de alguns itens da Parcela A apenas no dia anterior data doreajuste da distribuidora, como previsto no contrato de concesso (IRTEconmico). Assim, se o valor do dlar usado para compra de energia pela

    distribuidora casse ou subisse muito na vspera do reajuste, o clculoseria feito em cima dessa cotao, sem considerar a oscilao do valor damoeda ao longo do ano. Isso impedia o clculo preciso da variao doscustos da empresa, ora em prejuzo da empresa, ora em prejuzo doconsumidor. Por essa razo, em novembro de 2004, o Governo criou aConta de Compensao de Valores de Itens da Parcela A (CVA), quepassou a contabilizar o registro da variao de alguns itens da Parcela Adurante todo o perodo entre um reajuste e outro (IRT Financeiro).

    No exemplo do condomnio, suponha que mesmo a taxa anualtendo subido de R$ 500 para R$ 550 (10%) tenha sido necessria umataxa extra de R$ 30. Nesse caso, R$ 50 seria o IRT Econmico e R$ 30seria o IRT Financeiro. O valor a ser pago no ano ter sido de R$ 580. Noprximo ano, um novo reajuste incidir sobre o valor da taxa normal, de R$550, e no sobre o total de R$ 580, que inclui a taxa extra. Ou seja, se fornovamente reajustada em 10%, a taxa normal, que era de R$ 550,aumentar R$ 55 e chegar a R$ 605, pois os R$ 30 referiam-se taxa

    extra. Dessa forma, como voc pagava R$ 580, ao ter que pagar R$ 605perceber um aumento de apenas 4,31% e no de 10%. Por razosemelhante, o consumidor de energia percebe um reajuste diferente doanunciado, pois o percentual definido pela ANEEL no aplicado sobre atarifa anterior, mas sobre o valor da tarifa anterior menos o ndicefinanceiro do reajuste passado.

    20

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    b) REVISO TARIFRIA PERIDICA: permite um reposicionamento da tarifaaps completa anlise dos custos eficientes e remunerao dos investimentosprudentes, em intervalo mdio de quatro anos. Esse mecanismo se diferencia doreajuste anual por ser mais amplo e levar em conta todos os custos, investimentos ereceitas para fixar um novo patamar de tarifa, adequado estrutura da empresa e aoseu mercado. Para obter um resultado que no dependa apenas das informaesfornecidas pela prpria distribuidora, o que poderia contaminar o processo de reviso, aANEEL utiliza a metodologia da empresa de referncia. Trata-se de um modelo tericoque reflete os custos operacionais eficientes de uma concessionria ideal e os

    investimentos prudentes realizados pela distribuidora para a prestao dos servios eque tero direito remunerao das tarifas cobradas dos consumidores. Esseinvestimento chamado de Base de Remunerao.

    Os custos de depreciao referem-se quantia necessria para formao derecursos financeiros destinados recomposio dos investimentos realizados comprudncia para a prestao do servio de energia eltrica ao final de sua vida til. Aremunerao do capital refere-se recompensa paga ao investidor pelo capitalempregado na prestao do servio. Esse mecanismo prospectivo, ou seja, os custoshistricos da concessionria no so considerados como referncia para os seuscustos futuros. Os custos de referncia futuros so criados pela ANEEL para incentivaras empresas distribuidoras a buscar maior eficincia.

    Portanto, na realizao da reviso tarifria, chega-se a um novo valor para aparcela B, que deve, ainda, ser somado ao valor calculado para a parcela A.

    Parcela A atualizada Novo valor da parcela B+

    Receita revisada:

    Custos operacionais empresa dereferncia

    Cota de depreciao base deremunerao x taxade depreciao

    Remuneraodo investimento

    base deremunerao x taxade retorno

    21

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    PARA SABER MAIS

    c) REVISO TARIFRIA EXTRAORDINRIA: destina-se a atender casosmuito especiais de desequilbrio justificado. Pode ocorrer a qualquer tempo, quandoalgum evento imprevisvel afetar o equilbrio econmico-financeiro da concesso, comoa criao de um novo encargo setorial. At o momento, poucos casos justificaram suaaplicao.

    Na aplicao das tarifas de energia eltrica, os consumidoresso identificados por classes e subclasses de consumo: residencial;industrial; comercial e servios; rural; poder pblico; iluminao pblica;servio pblico, e consumo prprio. Cada classe tem uma estruturatarifria distinta, de acordo com as peculiaridades de consumo de energiae de demanda de potncia.

    At 2003, havia subsdio cruzado no clculo das tarifas, ou seja,os consumidores enquadrados nas classes de Baixa Tenso, como osresidenciais, arcavam com parte dos custos dos consumidores atendidosem Alta Tenso, como os industriais. Com a edio do Decreto n4.667/2003, foram determinadas diretrizes para abertura e realinhamentodas tarifas, de forma que, a cada ano a partir de 2003, o subsdio fossereduzido um pouco, at ser extinto em 2007. Por essa razo, no perodo de2003 a 2007, os ndices de atualizao tarifria da Baixa Tenso tero sidomenores do que os da Alta Tenso.

    22

    Alta TensoA1 - tenso de fornecimento igual ou superior a 230 kVA2 - tenso de fornecimento de 88 kV a 138 kVA3 - tenso de fornecimento de 69 kVA3a - tenso de fornecimento de 30 kV a 44 kVA4 - tenso de fornecimento de 2,3 kV a 25 kVAS - tenso de fornecimento inferior a 2,3 kV, atendida a partir de sistemasubterrneo de distribuio e faturada no Grupo A excepcionalmente

    Baixa TensoB1 residencial e residencial baixa rendaB2 rural, cooperativa de eletrificao rural e servio pblico de irrigaoB3 - demais classesB4 - iluminao pblica

    Classificao de Consumidores

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    No. Os mecanismos de atu- concessionrias, e com base na legis-alizao das tarifas (reajuste e revises) lao setorial vigente. Sobre o assunto,esto dispostos nos contratos de con- veja o entendimento do ministro Edsoncesso, assinados entre a Unio e as Vidigal, do Superior Tribunal de Justia:

    A ANEEL PODE DEIXAR DE CORRIGIR AS TARIFAS?

    certo que na oportunidade da celebrao do contrato de concesso da

    distribuidora de energia eltrica, conforme autorizado pela legislaopertinente, inseriram-se clusulas prevendo mecanismos demanuteno de seu equilbrio econmico-financeiro, como o reajustetarifrio. Esses mecanismos tm origem na poltica tarifria previamenteaprovada pelo Conselho Nacional de Desestatizao (CND), e so vitaispara que a prestao do servio pblico possa se dar em conformidadecom os princpios constitucionais e legais incidentes, e que no spermitam, mas viabilizem a celebrao de tais contratos entre o Poder

    Pblico e o particular que se disponha a negociar com a Administrao,notadamente em se tratando de contratos de concesso com prolongadoprazo de durao.Assim j decidi em hiptese semelhante (SL 57-DF): o descumprimento declusulas contratuais, impedindo a correo do valor real da tarifa, nostermos em que previsto no contrato de concesso, causa srios prejuzosfinanceiros empresa concessionria, podendo afetar gravemente aqualidade dos servios prestados e sua manuteno, implicando ausnciade investimentos no setor, prejudicando os usurios, causando reflexos

    negativos na economia pblica, porquanto inspira insegurana e riscos nacontratao com a Administrao Pblica, afastando os investidores,resultando graves conseqncias tambm para o interesse pblico comoum todo, alm, claro, de repercutir negativamente no chamado RiscoBrasil. (grifos nossos).Entendo que o interesse pblico no se resume conteno de tarifas,sendo evidenciado, tambm, na continuidade do fornecimento de energia,na manuteno do contrato de concesso do servio pblico, de modo a

    viabilizar investimentos no setor, para que o pas no volte escurido.Assim, o descumprimento do que foi legalmente pactuado, com achancela do Judicirio, pode, no caso, afetar o seu equilbrio econmico-financeiro, at porque no h como olvidar a real inflao do Pas a atingira quem contrata a longo prazo.

    (SLS 162, 2005/0126743-9, de 20/09/2005)

    23

    ?

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    O REAJUSTE DA TARIFA FOI SUPERIOR AO

    AUMENTO DO SALRIO MNIMO E DE OUTROSSERVIOS PBLICOS?

    O modelo setorial adotado para concesso, tem sido aumentada acimaatualizar as tarifas das concessionrias do IGP-M, devido, principalmente, aode energia eltrica no se baseia em aumento do nmero de encargos e seusindicadores de inflao nem na correo valores.do salrio mnimo. Apenas nos anos em No grfico abaixo, comparam-que ocorrem os reajustes tarifrios que se os aumentos de energia aos dese utiliza o IGP-M para atualizar os itens outros servios pblicos e de outrosconstantes da parcela B (custos geren- indicadores, de 2003, ano do primeirociveis). Nesses anos, a parcela A, que ciclo de reviso tarifria, at maro dereflete o somatrio de custos que so 2007 (antes do incio do segundo ciclo),rateados entre os consumidores de uma segundo dados do IBGE (%):

    *SalrioMnim

    o

    Segurod

    e

    automve

    is

    Pedgio

    lco

    ol

    Taxadegua

    e

    esgoto

    Cartrio

    s

    Telefonefix

    o

    Energiaeltric

    a

    residenci

    al

    nibusurban

    o

    Gsencanad

    o

    Planosdesad

    e

    Metr

    nibu

    s

    interestadual

    leodiesel

    Gasolina

    IPC

    A

    IGPM

    24

    ?

    *Variao nominal de 2003 a maro de 2007. Segundo o DIEESE, o aumento real (descontada a inflao peloINPC do perodo) de 32,1%

    90,00

    61,27 61,0458,25 57,39 56,37

    54,4651,36 49,98

    43,8642,84 41,80

    38,36

    29,8129,85

    27,82

    21,84

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    ANEEL, o Congresso Nacional, e quemcompetncias atribudas ANEEL. Quem formula as polticas energtica e tarifria oelabora as leis, que so cumpridas pela Governo Federal.

    Porque essa ao est fora das

    POR QUE A ANEEL NO CONCILIA A POLTICA

    TARIFRIA COM O SALRIO MNIMO OU A RENDADO TRABALHADOR?

    ?

    A ANEEL FISCALIZA AS DISTRIBUIDORAS?

    Sim. A fiscalizao um ins- com calendrio anual fixado. Tambm sotrumento que a ANEEL e as agncias feitas aes eventuais, destinadas

    reguladoras estaduais conveniadas dis- fiscalizao de fatos de grande relevnciapem para garantir o cumprimento das detectados ao longo do ano. Doisobrigaes legais e contratuais pelas importantes itens so avaliados durante asempresas do setor eltrico. As aes de fiscalizaes da ANEEL na distribuidora:fiscalizao so permanentes, de acordo

    o aspecto econmico-financeiroa qualidade do fornecimento

    de energia eltrica

    ?

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    A ANEEL sistematicamente Alm desses controles, a ANEELfiscalizada pela Controladoria Geral da chamada, esporadicamente, a prestarUnio (CGU), pelo Tribunal de Contas da informaes ao Ministrio Pblico e aoUnio (TCU) e pelas Comisses temticas Poder Judicirio.do Congresso Nacional.

    Quem fiscaliza a ANEEL?

    26

    ?

    COMO A ANEEL AVALIA A QUALIDADE DOSERVIO DE ENERGIA ?

    A qualidade da energia eltricafornecida pelas distribuidoras fiscalizadapela ANEEL quanto aos aspectos dacontinuidade e conformidade com os nveis

    de tenso de energia eltrica. A continui-dade do servio observa a durao e afreqncia das interrupes no forneci-mento de energia e medida porindicadores includos na conta de luz.

    cumprimento das metas a empresa podeser multada em 1% do seu faturamento.Com as metas, o objetivo da Agncia proporcionar aos consumidores um servio

    de qualidade com melhoria crescente, bemcomo a garantia da reduo gradual dosvalores globais desses indicadores. Adistribuidora tem que informar, na conta deluz ou em carta anexa fatura, os valores de

    A ANEEL define as metas para os DEC e de FEC a serem observados. Asindicadores de durao (DEC) e de metas mensais para cada conjunto defreqncia (FEC) das interrupes no unidades consumidoras sero equivalentes

    fornecimento de energia na rea de a 30% dos valores metas das anuaisconcesso de cada distribuidora. O DEC estabelecidos, enquanto as metas trimes-mede o tempo que um agrupamento de trais so equivalentes a 60% das anuais.consumidores ficou sem energia e o FEC Essas metas anuais so redefinidas no anoindica a quantidade de vezes que ocorreu de reviso tarifria de cada concessionria.interrupo no fornecimento. Caso no haja

    ?

    O consumidor pode contribuir Consumidor (IASC) e ao registrar suaspara a melhoria da fiscalizao da sua reclamaes na Ouvidoria da ANEEL

    distribuidora ao apresentar sugestes (ligao gratuita pelo telefone 144) ou juntodurante a consulta pblica especfica, agncia estadual conveniada.realizada no estado para discutir o Os relatrios de fiscalizaoPrograma Anual de Fiscalizao da elaborados pela ANEEL so pblicos e seConcessionria; ao participar da pesquisa encontram na pgina eletrnica da Agnciaanual do ndice ANEEL de Satisfao do (www.aneel.gov.br).

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    A conformidade reflete se os residncias deve ter certo nvel de presso,nveis de tenso da energia fornecida ao caso contrrio, no poder ser usada nasconsumidor e a variao desses nveis est tarefas mais simples, como tomar um banhode acordo com os valores pr-estabelecidos de chuveiro. O mesmo acontece com apela ANEEL e adequados ao funcionamento energia eltrica. Baixos nveis ou a variaodos equipamentos e aparelhos eletroe- de tenso impedem o uso adequado dos

    letrnicos dos consumidores nas casas, nas equipamentos, com risco de danific-los.lojas, nas fbricas etc. Quando o nvel de tenso consideradoPara entender o que nvel de crtico, o funcionamento ou o desempenho

    tenso, imagine que a tenso est para o dos aparelhos eletroeletrnicos fica com-sistema eltrico como a presso est para o prometido.sistema hidrulico. A gua que chega s

    27

    DEC/DIC (Durao Equivalente de Interrupo) - indicao nmero de horas, em mdia, que um consumidor fica sem energia

    eltrica durante um perodo, geralmente mensal.

    FEC/FIC (Frequncia Equivalente de Interrupo porUnidade Consumidora) - indica quantas vezes, em mdia, houve

    interrupo na unidade consumidora.

    O DMIC (Durao Mxima de Interrupo por UnidadeConsumidora) indica o tempo mximo de cada interrupo,visando impedir que a concessionria deixe o consumidor sem

    energia eltrica durante um perodo muito longo. Esse indicadorpassou a ser controlado a partir de 2003.

    DEC e FEC so apurados por rea de concesso. DIC e FIC soindicadores individuais, verificados por unidade consumidora.

    Indic

    adoresdeContin

    uidade

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    COMO A QUALIDADE INTERFERE NA TARIFA?

    A qualidade da energia fornecida diversos graus de exigncia, executam aem uma unidade de consumo (residncia, manuteno ou a ampliao de seusloja ou indstria) depende do sistema imveis de forma distinta, mas sempre deeltrico que a empresa distribuidora acordo com o nvel de renda e de qualidadeconstruiu ao longo dos anos e de como esse de vida desejado por eles.sistema ampliado e mantido. Os custos para ampliar o sistema

    A demanda cresce com o eltrico e mant-lo so considerados nosurgimento de novos consumidores e com o momento de fixao das tarifas praticadasaumento da quantidade de energia pelas empresas distribuidoras, durante oconsumida por seus clientes. Para atender processo de reviso tarifria. Os recursosdemanda com o nvel de qualidade ideal aplicados em ampliao compem a basepara a adequada prestao do servio de investimentos a serem remunerados, edeterminado pela ANEEL, a empresa os de manuteno fazem parte dos custosprecisa ampliar e fazer a manuteno do operacionais da empresa.sistema eltrico existente. A ampliao pode A ANEEL no acata neces-ser realizada pela construo de novas sariamente todos os custos apresentadossubestaes, de linhas de transmisso e de pelas concessionrias. Eles devem resultar

    distribuio ou pela adoo de equi- de manutenes e ampliaes realizadaspamentos com novas tecnologias. A nos bens em servio, ou seja, aquelesmanuteno visa conservar o sistema em utilizados na distribuio de energia.boas condies para o adequado forne- Tambm necessrio que tenham sidocimento de energia. realizados de forma a respeitar os critrios

    Em uma casa, alm da manu- de qualidade estabelecidos pela Agncia.teno do imvel, pintura peridica, Assim, no processo de reviso tarifria, osconserto de armrios, de instalao eltrica custos apresentados pela empresa soe hidrulica, pode haver tambm a sua avaliados pela ANEEL para garantir que oampliao para obteno de mais conforto repasse tarifa limite-se queles realizadosou pelo uso de uma nova tecnologia para tendo como finalidade a adequadautilizao domstica. prestao do servio de distribuio de

    Diferentes moradores, com energia eltrica.

    28

    ?

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    A PERDA ELTRICA, O FURTO, A FRAUDE E A

    INADIMPLNCIA IMPACTAM A TARIFA DEENERGIA?Sim, as perdas e a inadimplncia mil GWh. O custo das perdas no-tcnicas

    so recuperadas, em parte, pelas distri- para o pas, considerando-se uma tarifabuidoras, o que repercute em aumento das mdia de R$ 254,08 (sem impostos) paratarifas para todos os consumidores. As perdas fevereiro de 2007 era de R$ 5,5 bilhes.na distribuio da energia so divididas em A partir do primeiro ciclo de reviso

    perdas tcnicas (inerentes ao transporte de tarifria (2003-2005), a ANEEL passou a darenergia pelas redes) e comerciais ou no- tratamento especial ao tema, incluindo natcnicas (consumo de energia no medido tarifa apenas parte do valor das perdasou no faturado, por erro de medio, furto ou comerciais e da inadimplncia. A idia fraude). A inadimplncia o montante estimular as concessionrias a investiremdevido pelos consumidores por falta de na reduo desses ndices para onerarpagamento. menos o consumidor adimplente e honesto.

    Se considerarmos as 61 em- No caso da inadimplncia, apresas que passaram pelo processo de metodologia aplicada na primeira revisoreviso tarifria, as perdas no-tcnicas estabeleceu uma trajetria de diminuio doforam maiores que 15 mil gigawatts-hora valor a ser reconhecido na tarifa no perodo(GWh) e as perdas tcnicas da ordem de 22 tarifrio (2003/2007).

    O QUE FAZER PARA REDUZIR A CONTA DE LUZ?

    Avaliar a possibilidade de reduzir o nvel de qualidade exigido da concessionria paraprestao do servio de distribuio de energia eltrica, j que o grau de qualidade proporcional ao montante de investimentos requeridos. Ou seja, para se ter energia demelhor qualidade, necessrio maior volume de recursos aplicados. Vale ressaltar queos investimentos j realizados devero ser admitidos e os novos podero serplanejados e implementados sob a nova orientao

    Reduzir o nmero e o valor dos encargos setoriais e dos tributos federais que incidemsobre a tarifa de energia eltrica

    Congresso Nacional

    29

    ?

    ?

    Diminuir a alquota do ICMS incidente sobre o servio de energia eltricaESTADO

    ANEEL

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    Adotar atitudes para reduo do consumo de energia eltricaDenunciar empresa quando houver suspeita de furto e fraude

    -Prefira eletrodomsticos, motores e lmpadas que tenham o selo do Procel, pois somais eficientes e gastam menos energia;-AO FAZER instalaes eltricas, use fios adequados e no faa emendas mal feitas;-EVITE o uso de benjamins (tomadas em T) para ligar vrios aparelhos;-SUBSTITUA as lmpadas incandescentes pelas fluorescentes compactas oucirculares;-DESLIGUE lmpadas, ar-condicionado e a televiso em ambientes desocupados etambm no durma com a TV ligada;

    -no guarde alimentos quentes e destampados na geladeira e a conserve organizadapara evitar que a porta fique aberta por muito tempo;-NO COLOQUE roupas para secar atrs do freezer ou refrigerador e regule o termostatode acordo com a estao do ano, pois, no frio, a temperatura no precisa ser to baixa;-MANTENHA as borrachas de vedao do freezer e da geladeira em boas condies.Caso no estejam, troque por novas borrachas;-procure utilizar o ferro eltrico - que sobrecarrega muito a rede eltrica - enquantooutros aparelhos estiverem desligados. Para no lig-lo vrias vezes, passe uma

    grande quantidade de roupas de uma s vez;-EVITEbanhos demorados e regule a chave do chuveiro com a estao do ano;-NA HORA de usar a mquina de lavar, coloque a quantidade mxima de roupas oulouas e use o nvel de sabo adequado para evitar muitos enxges, e-Comunique concessionria quando identificar usos irregulares de energia, inclusivefurtos ou fraudes.

    Abaixar o valor da Contribuio para Custeio da Iluminao Pblica (CIP)

    Municpio

    Reduzir perdas comerciaisAumentar a fiscalizao para coibir adulterao de medidoresUsar novas tecnologias para evitar furto de energia e fraudes

    Concessionria

    Consumidor

    30

    VEJA ALGUMAS DICAS

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    COMO PARTICIPAR DO PROCESSO DE DEFINIO

    DE TARIFAS?

    QUAIS OS PRINCIPAIS DIREITOS E DEVERES DOS

    CONSUMIDORES DE ENERGIA?

    A ANEEL, para dar transparncia direito de manifestar-se de viva voz paras suas aes e oportunidade sociedade de apresentar contribuies e sugestes.participar das decises que toma, realiza Nos casos dos reajustes tarifriosaudincias pblicas com o objetivo de obter anuais, a ANEEL, em cumprimento aosubsdios e informaes adicionais para contrato de concesso, apenas aplica umaaprimorar os atos regulamentares em fase de frmula especfica, razo pela qual no seelaborao. As audincias, divulgadas com realizam audincias pblicas. Entretanto, os

    antecedncia em jornais, rdios e emissoras interessados em conhecer as decises sobrede TV e tambm na pgina da ANEEL, na os reajustes tarifrios podero acompanharInternet, so abertas a toda sociedade. Nelas, as reunies da Diretoria da ANEEL, que soos participantes, devidamente inscritos, tm o pblicas, transmitidas pela Internet.

    -Ter no mnimo seis opes de data de vencimento da sua conta de energia;

    -Recebera conTa de luz pelo menos 5 dias teis antes do vencimento;

    -Ser informado em at 30 dias sobre a soluo de uma reclamao feita;

    -Ser resTiTudo por eventuais prejuzos causados por falhas no fornecimento de ener-gia eltrica;

    -Ser avisado com pelo menos 15 dias de antecedncia sobre o corte de energia porfalta de pagamento;

    -SoliciTar a verificao de leitura do medidor, caso a sua conta de luz venha comvalor muito maior ou menor que o normal;um

    indevidamente;

    -Ter a luz de volTa no mximo em at 4 horas caso tenha sido cortada-Ter energia resTabelecida em 48 horas depois de cessado o motivo do corte;

    -Ter disposio um livro para reclamaes e sugestes em todos os postos deatendimento da concessionria.

    DIREITOS

    31

    ?

    ?

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    -Celebrar conTraTo de fornecimento com a concessionria, quando fornecerinformaes sobre a carga prevista. Alteraes significativas nesta carga tambmdevem ser comunicadas empresa;

    -InsTalar em local adequado e de fcil acesso os dispositivos necessrios paramedidor de consumo e equipamentos de proteo;

    -ManTer sob sua guarda, na condio depositrio fiel e gratuito, os equipamentos demedio do concessionrio;

    -Reformar ou subsTiTuir instalaes eltricas internas da unidade consumidora queestiverem em desacordo com as normas, especialmente em relao aos aspectos desegurana;

    -Pagar ponTualmenTe os servios prestados pelo fornecimento da energia;

    -Informar disTribuidora sobre a existncia de usurios de equipamentos deautonomia limitada, vitais preservao da vida humana e dependentes de energiaeltrica. Assim, o usurio passa a ter o direito de ser avisado sobre interrupes

    programadas. Esse aviso obrigatrio, escrito, personalizado e com antecednciamnima de cinco dias teis em relao interrupo, sob pena de multa de at 2% dofaturamento da distribuidora.

    Deveres

    OS CONSUMIDORES TM REPRESENTAO JUNTO DISTRIBUIDORA?

    Sim. Toda concessionria deve de um ano.

    manter um Conselho de Consumidores de O funcionamento dos conse-Energia Eltrica, como prev a Lei n lhos depende de seu Plano Anual de8.631/1993. A atuao de cada conselho Atividades, no qual devem estar deta-visa assegurar a qualidade do forne- lhadas sua estratgia de trabalho e ascimento de energia ao consumidor por meio despesas previstas para execuo deda orientao, anlise e avaliao das cada uma de suas aes. Os recursosquestes relativas s tarifas e adequao financeiros para custeio de suas ativi-do servio. dades so disponibilizados pela conces-

    Os conselheiros representam a sionria em conta-corrente conjunta com

    sociedade por categoria de consumo o Conselho. Tambm est a cargo da(residencial, comercial, industrial, rural e poder concessionria o suprimento das instala-pblico) e contam com representante de es e estrutura adequada parargo ou entidade de defesa do consumidor. execuo de todas as atividades pre-O presidente e o vice so eleitos pelos vistas e aprovadas no Plano Anual demembros do conselho para cumprir mandato Atividades.

    32

    ?

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