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Luciano Comper de Souza ASSOCIAÇÕES Vitória 2007

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Page 1: Cartilha associação (1)

Luciano Comper de Souza

ASSOCIAÇÕES

Vitória 2007

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SUMÁRIO

1 ASSOCIAÇÃO ........................................................................................................ 3 1.1 CONCEITO E FINALIDADE................................................................................. 3

1.2 REGISTRO........................................................................................................... 3

1.3 CONSTITUIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO ................................................................ 4

1.4 POSSIBILIDADE DE COMERCIALIZAÇÃO POR PARTE DAS

ASSOCIAÇÕES ......................................................................................................... 6

2 OSCIP – ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (REGULADA PELA LEI Nº 9.790, DE 23 DE MARÇO DE 1999) ............................. 8 3 ASSOCIAÇÕES X COOPERATIVAS....................................................................12 4 DIFERENÇAS ENTRE ASSOCIAÇÕES, COOPERATIVAS, SOCIEDADES EMPRESÁRIAS E EMPRESÁRIO INDIVIDUAL ......................................................20 4.1 ASSOCIAÇÕES ..................................................................................................20

4.2 COOPERATIVAS ................................................................................................20

4.3 SOCIEDADES EMPRESÁRIAS ..........................................................................21

4.4 EMPRESÁRIO INDIVIDUAL ...............................................................................22

5 ORIENTAÇÕES ACERCA DA CONSTITUIÇÃO, ELEIÇÃO DE NOVOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS INTERNOS, APROVAÇÃO DE CONTAS E DO EXERCÍCIO FINANCEIRO, BEM COMO DA DISSOLUÇÃO DE ASSOCIAÇÃO CIVIL .........................................................................................................................23 5.1 CONSTITUIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO...................................................................23

5.2 REGISTRO DOS ATOS CONSTITUTIVOS DA ASSOCIAÇÃO..........................23

5.3 ELEIÇÃO DE MEMBROS PARA UM NOVO MANDATO....................................24

5.4 APRESENTAÇÃO E APROVAÇÃO DO EXERCÍCIO FINANCEIRO E DAS

CONTAS ...................................................................................................................24

5.5 DISSOLUÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ......................................................................24

5.6 AVERBAÇÃO DAS ATAS E DEMAIS ATOS DA ASSOCIAÇÃO ........................24

6 ANEXOS ................................................................................................................23

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1 ASSOCIAÇÕES

1.1 CONCEITO E FINALIDADE De acordo com o Código Civil, em seu artigo 53, as associações são pessoas jurídicas constituídas pela união de pessoas que se organizam para fins não econômicos. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos, mas sim entre os associados e a associação. José Eduardo Sabo Paes, em sua obra Fundações, Associações e Entidades de Interesse Social (2006, p.62), pontua que a associação congrega serviços, atividades e conhecimentos em prol de um mesmo ideal, objetivando a consecução de determinado fim, com ou sem capital e sem intuitos lucrativos. Pode ter a finalidade altruística, sendo uma associação beneficente; egoística, sendo uma associação literária, recreativa ou esportiva; e econômica não lucrativa, sendo uma associação de socorro mútuo. 1.2 REGISTRO A associação é uma modalidade de agrupamento dotada de personalidade jurídica, sendo pessoa jurídica de direito privado voltada à realização de interesses dos seus associados ou de uma finalidade de interesse social, cuja existência legal surge com a inscrição de seu estatuto no registro competente, desde que satisfeitos os requisitos legais, que ela tenha objetivo lícito e esteja regularmente organizada (PAES, 2006, p.63). A inscrição do ato constitutivo da associação no respectivo registro, em forma pública ou particular, garante o começo da sua existência legal como pessoa jurídica, conforme artigo 45 do Código Civil pátrio. O local competente para proceder ao registro dos atos constitutivos da Associação será o Cartório Extrajudicial, especificamente os Cartórios de Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Há determinadas espécies de associação que, além do registro, precisam de autorização ou aprovação do Poder Executivo, como é o caso de sindicatos, de sociedades cooperativas, entre outras espécies. De acordo com o art. 1.123, parágrafo único, do CCB, a competência será sempre do Poder Executivo Federal. Nesse caso, o Poder Executivo pode, a qualquer tempo, cassar a autorização concedida que infringir disposição de ordem pública ou praticar atos contrários aos fins declarados no seu estatuto (art. 1.125). Ainda, na falta de prazo estabelecido em lei ou ato do poder público, será considerada caduca a autorização se a pessoa jurídica não entrar em funcionamento nos doze meses seguintes à respectiva publicação (art. 1.124). Com a personificação da associação, para os efeitos jurídicos, ela passará a ter aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações e capacidade patrimonial,

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constituindo seu patrimônio, que não terá relação com o patrimônio dos associados. Não se pode esquecer que a associação pode ser juridicamente reconhecida sem que, contudo, tenha “vida”. Esta somente surge no momento em que os cargos de direção estiverem preenchidos, colocando a associação em funcionamento para atender às finalidades para as quais foi constituída (PAES, 2006, p.64). 1.3 CONSTITUIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO O ato constitutivo da associação consiste num conjunto de cláusulas contratuais vinculantes, ligando seus fundadores e os novos associados, que, ao nela ingressarem, deverão submeter-se aos seus comandos. A elaboração do estatuto é momento que requer uma atenção e dedicação especial dos fundadores/instituidores da entidade, pois nele estará prevista a vontade, os anseios, os objetivos dos seus integrantes e a esta norma e sua regulamentação os novos membros ou associados deverão aderir (PAES, 2006, p.155). De acordo com o artigo 54 do CCB, o ato constitutivo deverá conter: I – a denominação, os fins e a sede da associação; II – os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; III – os direitos e deveres dos associados; IV – as fontes de recursos para sua manutenção; V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; VI – as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução; VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. José Eduardo Paes (2006, p.63) acrescenta ainda os seguintes requisitos ao ato constitutivo da associação: a representação ativa e passiva da sociedade em juízo e fora dele; a responsabilidade subsidiária dos associados pelas obrigações assumidas pela associação; o destino do patrimônio social, no caso de dissolução. Ou seja, a associação deverá ser constituída por escrito, mediante a redação de um estatuto, lançado no registro geral (de acordo com o art. 45 do Código Civil), contendo declaração unânime de vontade dos associados de se reunirem para formar uma coletividade. Não pode adotar nenhuma das formas mercantis. 1.3.1 Assembléia geral Compete privativamente à assembléia geral: I – destituir os administradores; II – alterar o estatuto (art. 59 CCB). Para discutir tais assuntos, é exigida deliberação da assembléia especialmente convocada para esse fim, com o quorum estabelecido pelo estatuto nos termos do que dispõe o parágrafo único do art. 59 do Código Civil Brasileiro, ou observando a maioria simples, assim como os critérios para a eleição dos administradores. As Assembléias Gerais podem ser Ordinárias ou Extraordinárias.

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A A.G. Ordinária é uma reunião realizada habitualmente (comumente), e ocorrerá uma vez por ano, através da qual deliberará (decidirá) sobre matérias que dizem respeito à: prestação de contas dos órgãos de administração; eleição dos componentes dos órgãos de administração, do Conselho Fiscal e de outros, quando for o caso; e, quaisquer assuntos de interesse social, excluídos os exclusivos das Assembléias Gerais Extraordinárias. A Assembléia Geral Extraordinária, que a própria nomenclatura resume sua função, qual seja, a de ser “extra”, pode ser convocada quando do interesse dos associados (no caso da associação), e possui competência para deliberar sobre os assuntos como: a) reforma do estatuto; b) fusão, incorporação ou desmembramento; c) mudança do objeto da sociedade; d) dissolução; e) contas do liquidante; dentre os assuntos de sua competência. 1.3.2 Órgãos deliberativos A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma estabelecida no estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la (art. 60 do Código Civil). 1.3.3 Administração Na administração de uma associação há, em regra, a presença de pelo menos três órgãos: a Assembléia Geral, órgão deliberativo responsável pelas deliberações mestras da entidade; a Diretoria Administrativa, responsável pela administração executiva da entidade, e o Conselho Fiscal, responsável pelo controle das contas da associação. Pode haver um quarto órgão, denominado de Conselho Deliberativo, que é colegiado detentor de funções deliberativas, cujos integrantes são escolhidos pela Assembléia Geral. Permite-se a criação de outros órgãos auxiliares, como os Conselhos técnico, científico, etc., cujo objetivo é auxiliar o exercício da atividade e, ou, a administração. 1.3.4 Dissolução Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for caso, as quotas ou frações ideais, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes (art. 61, caput, CCB). Os débitos porventura existentes e provocados por gestão fraudulenta serão de responsabilidade da presidente. Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes receber em restituição, atualizado o valor respectivo, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação, tudo isso antes da destinação do remanescente, referida acima (parágrafo primeiro do art. 61).

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Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas no art. 61 do código, o que remanescer do seu patrimônio será dado à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União (parágrafo segundo do art. 61). 1.3.5 Associados De acordo com a legislação civil pátria, os associados devem ter direitos iguais, mas o estatuto pode instituir categorias com vantagens especiais (art. 55). A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser de forma contrária (art. 56). Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, sua transferência não importará na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, se o estatuto não dispuser de forma diversa (art. 56, parágrafo único). A exclusão do associado só é admitida quando houver justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de resposta e de recorrer, de acordo com os termos do respectivo estatuto (art. 57). Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos previstos na lei ou no estatuto (art. 58). 1.4 POSSIBILIDADE DE COMERCIALIZAÇÃO POR PARTE DAS ASSOCIAÇÕES No que diz respeito à possibilidade de comercialização por parte das associações, veja-se o que diz o Professor Pablo Stolze Gagliano, in Novo Curso de Direito Civil, Parte Geral (2006, p.234):

...note-se que, pelo fato de não perseguir escopo lucrativo, a associação não está impedida de gerar renda que sirva para a mantença de suas atividades e pagamento de seu quadro funcional. Pelo contrário, o que se deve observar é que, em uma associação, os seus membros não pretendem partilhar lucros (pro labore) ou dividendos, como ocorre entre os sócios nas sociedades civis e mercantis. A receita gerada deve ser revertida em benefício da própria associação visando à melhoria de sua atividade. Por isso, o ato constitutivo da associação (estatuto) não deve impor, entre os próprios associados, direitos e obrigações recíprocos, como aconteceria se se tratasse de um contrato social, firmado entre sócios [...].

Ou seja, desde que a associação constitua atividades econômicas para desenvolver seus objetivos e consiga atingi-los, nada impede que ela comercialize determinados

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produtos e serviços, mas sempre lembrando que daí não pode resultar lucro para ser partilhado entre os associados.

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2 OSCIP – ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (REGULADA PELA LEI Nº 9.790, DE 23 DE MARÇO DE 1999) A Lei nº 9.790 estabeleceu nova disciplina jurídica às pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que compõem o terceiro setor, conferindo-lhes a possibilidade de serem qualificadas pelo poder público como organizações da sociedade civil de interesse público. Foi instituído um primeiro marco legal englobando todas as entidades que formam o Terceiro Setor e que apresentem em seus estatutos objetivos ou finalidades sociais voltadas para a execução de atividades de interesse público nos campos da assistência social, cultura, educação, saúde, voluntariado, desenvolvimento econômico e social, da ética, da paz, da cidadania e dos direitos humanos, da democracia e de outros valores fundamentais, além da defesa, preservação e conservação do meio ambiente. Essas entidades poderão relacionar-se com o poder público federal, estadual ou municipal, visando à execução de atividades de interesse público por meio de um vínculo de cooperação entre as partes, o termo de parceria (PAES, 2006, p.591). Pode qualificar-se como OSCIP a pessoa jurídica de direito privado constituída sem fins lucrativos (associações e fundações), desde que seus objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos enumerados na Lei 9.790. No artigo 1º, §1º da referida lei, observa-se o critério adotado para definir pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos: entidade que não distribua entre seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados, ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo objeto social. No artigo 2º da Lei 9.790 encontra-se uma relação de entidades que não podem ser qualificadas como OSCIP´s, quais sejam, as instituições privadas de caráter comercial ou não assistencial e as entidades públicas ou entidades privadas criadas pelo poder público:

Art. 2o Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3o desta Lei: I - as sociedades comerciais; II - os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional; III - as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e confessionais; IV - as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações; V - as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito de associados ou sócios;

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VI - as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados; VII - as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras; VIII - as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras; IX - as organizações sociais; X - as cooperativas; XI - as fundações públicas; XII - as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por fundações públicas; XIII - as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financeiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal.

Toda pessoa jurídica de direito privado que queira qualificar-se como organização da sociedade civil de interesse público deve atender ao princípio da universalização dos serviços e apresentar em suas finalidades pelo menos uma das descritas no artigo 3º: promoção da assistência social; promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das organizações; promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das organizações; promoção da segurança alimentar e nutricional; defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; promoção do voluntariado; promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza; experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito; promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar; promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais; estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas.

A dedicação às atividades previstas configura-se mediante a execução direta de projetos, programas, planos de ações correlatas, por meio da doação de recursos físicos, humanos e financeiros, ou ainda pela prestação de serviços intermediários de apoio a outras organizações sem fins lucrativos e a órgãos do setor público que atuem em áreas afins (art. 3º, parágrafo único).

Como a qualificação de Oscip é uma certificação dada pelo Ministério da Justiça às pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, constantes do art. 44 do Código Civil, imperioso se faz que estejam elas – associações ou fundações – regidas por um estatuto. O artigo 4º da lei 9.790 estabelece que as normas dos estatutos das associações ou fundações classificadas como Oscip´s disponham obrigatoriamente sobre:

I - a observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência;

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II - a adoção de práticas de gestão administrativa, necessárias e suficientes a coibir a obtenção, de forma individual ou coletiva, de benefícios ou vantagens pessoais, em decorrência da participação no respectivo processo decisório;

III - a constituição de conselho fiscal ou órgão equivalente, dotado de competência para opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil, e sobre as operações patrimoniais realizadas, emitindo pareceres para os organismos superiores da entidade;

IV - a previsão de que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio líquido será transferido a outra pessoa jurídica qualificada nos termos da Lei 9.790, preferencialmente que tenha o mesmo objeto social da extinta;

V - a previsão de que, na hipótese de a pessoa jurídica perder a qualificação instituída pela Lei, o respectivo acervo patrimonial disponível, adquirido com recursos públicos durante o período em que perdurou aquela qualificação, será transferido a outra pessoa jurídica qualificada nos termos da Lei, preferencialmente que tenha o mesmo objeto social;

VI - a possibilidade de se instituir remuneração para os dirigentes da entidade que atuem efetivamente na gestão executiva e para aqueles que a ela prestam serviços específicos, respeitados, em ambos os casos, os valores praticados pelo mercado, na região correspondente a sua área de atuação;

VII - as normas de prestação de contas a serem observadas pela entidade, que determinarão, no mínimo: a) a observância dos princípios fundamentais de contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade; b) que se dê publicidade por qualquer meio eficaz, no encerramento do exercício fiscal, ao relatório de atividades e das demonstrações financeiras da entidade, incluindo-se as certidões negativas de débitos junto ao INSS e ao FGTS, colocando-os à disposição para exame de qualquer cidadão; c) a realização de auditoria, inclusive por auditores externos independentes se for o caso, da aplicação dos eventuais recursos objeto do termo de parceria conforme previsto em regulamento; d) a prestação de contas de todos os recursos e bens de origem pública recebidos pelas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público será feita conforme determina o parágrafo único do art. 70 da Constituição Federal.

É permitida a participação de servidores públicos na composição de conselho de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, vedada a percepção de remuneração ou subsídio, a qualquer título (art. 4º, parágrafo único).

Após o cumprimento dos requisitos dos arts. 3º e 4º da Lei nº 9.790, ou seja, de atuar em uma área ou atividade permitida e de adequar o seu estatuto à nova situação jurídico-contábil, a pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, interessada em obter a qualificação, deverá, por intermédio de seu representante legal, formular pedido de qualificação como Oscip dirigido ao Ministro da Justiça, apresentado por escrito (PAES, 2006, p.615) e acompanhado da seguinte documentação: estatuto registrado em cartório; ata de eleição de sua atual diretoria; balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício; declaração de isenção do imposto de renda; inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes.

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Recebido o requerimento, o Ministério da Justiça decidirá, no prazo de trinta dias, deferindo ou não o pedido. No caso de deferimento, o Ministério da Justiça emitirá, no prazo de quinze dias da decisão, certificado de qualificação da requerente como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. Indeferido o pedido, o Ministério da Justiça, no prazo de 15 dias, dará ciência da decisão, mediante publicação no Diário Oficial. O pedido de qualificação somente será indeferido quando:a requerente enquadrar-se nas hipóteses previstas no art. 2o da Lei; a requerente não atender aos requisitos descritos nos arts. 3o e 4o da Lei; a documentação apresentada estiver incompleta (art. 6º, Lei 9.790).

A perda da qualidade de Oscip ocorre na forma dos arts. 7º e 8º da Lei: Art. 7o Perde-se a qualificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, a pedido ou mediante decisão proferida em processo administrativo ou judicial, de iniciativa popular ou do Ministério Público, no qual serão assegurados, ampla defesa e o devido contraditório. Art. 8o Vedado o anonimato, e desde que amparado por fundadas evidências de erro ou fraude, qualquer cidadão, respeitadas as prerrogativas do Ministério Público, é parte legítima para requerer, judicial ou administrativamente, a perda da qualificação instituída por esta Lei.

Visando à escolha do parceiro mais adequado, do ponto de vista técnico e da relevância dos serviços prestados à sociedade, a celebração do termo de parceria será precedida de consulta aos Conselhos de Políticas Públicas das correspondentes áreas de atuação da entidade, nos respectivos níveis de governo. O Termo de Parceria é uma alternativa ao Convênio para a realização de projetos ou atividades de interesse comum entre as entidades qualificadas como Oscip e a administração pública; porém, sem a necessidade do extenso rol de documentos exigidos na celebração de um convênio. O Termo de Parceria é um instrumento de gestão que envolve a negociação de objetivos, metas e produtos entre as partes. O monitoramento e a avaliação são feitos por uma Comissão de Avaliação, composta de comum acordo entre o órgão parceiro e a Oscip, que verificará o desempenho global do projeto em relação aos benefícios direcionados para a população-alvo (PAES, 2006, p.622). A lei exige a realização de auditoria independente quando o montante dos recursos públicos repassados por meio de termo de parceria for maior ou igual a R$600.000,00 (seiscentos mil reais). As disposições acerca do termo de parceria encontram-se nos artigos 9º a 15 da Lei nº 9.790/99. A qualificação como Oscip não quer dizer, necessariamente, que a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público irá firmar Termo de Parceria com órgãos governamentais e, portanto, receber recursos públicos. De fato, isso poderá ocorrer, desde que, em primeiro lugar, o órgão estatal em questão tenha interesse em promover a parceria para a realização de projetos com Oscip; em segundo lugar, o órgão estatal irá indicar áreas de interesse para a parceria com Oscip, podendo realizar concursos de projetos para seleção; em terceiro lugar, há a possibilidade de

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a própria Oscip propor a parceria por meio de projetos, de acordo com as diretrizes e políticas do órgão estatal (PAES, 2006, p.624). O Decreto nº 3.100, de 30 de junho de 1999, regulamentou a Lei nº 9.790 e instituiu modelo de documento para celebração do Termo de Parceria. As entidades sem fins lucrativos têm isenção do Imposto de Renda, independente de qualquer qualificação, desde que não remunerem seus dirigentes (Lei nº 9.532/97). A Receita Federal reconheceu o direito das Oscip´s receberem doações dedutíveis do Imposto de Renda das pessoas jurídicas (Medida Provisória nº 2.158-35, de agosto de 2001). Entretanto, as Oscip´s só podem ser beneficiárias de doações se a sua qualificação for renovada anualmente.

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3 ASSOCIAÇÕES X COOPERATIVAS A cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida. As principais diferenças ente esta e a associação encontram-se no quadro a seguir:

QUADRO COMPARATIVO - ASSOCIAÇÃO X COOPERATIVA

CARACTERÍSTICAS ASSOCIAÇÃO COOPERATIVA

1 - DEFINIÇÃO LEGAL - Associação Civil sem fins lucrativos;

- Pessoa Jurídica de Direito Privado.

- Sociedade Simples, sem fins lucrativos.

- Pessoa Jurídica de Direito Privado.

2 - OBJETIVOS - Altruístico (associação beneficente)

- Egoístico (associação literária, esportiva, ou recreativa);

- Econômico não lucrativo (associação de socorro mútuo).

- Prestar serviços de interesse econômico e social através dos cooperados, viabilizando e desenvolvendo a atividade produtiva destes.

- O cooperado troca o regime de trabalho “celetista” (que lhe proporciona salário) pelo regime de trabalho cooperado (que lhe proporciona rendimento).

3 - AMPARO LEGAL - Constituição Federal (Artigo 5º).

- Código Civil. – (artigos 53 ao 61)

- Constituição Federal (Artigo 5º).

- Código Civil. – (artigos 1093 ao 1196)

- Lei 5.764/71.

4 - MÍNIMO DE PESSOAS PARA CONSTITUIÇÃO

- 02 (duas) pessoas físicas ou jurídicas.

- 20 (vinte pessoas) físicas, sendo excepcionalmente permitida a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto as mesmas ou correlatas atividades econômicas das pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins

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lucrativos.

5 - ROTEIRO SIMPLIFICADO PARA CONSTITUIÇÃO

- Definição do grupo de interessados;

- Definição dos objetivos concretos do grupo.

- Elaboração conjunta do Estatuto Social.

- Realização da Assembléia de Constituição, com eleição dos membros dos órgãos internos (conselho fiscal, conselho administrativo, diretoria, e outros). Ata da Assembléia de Constituição.

- Registrar, no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, o Estatuto Social, os Livros obrigatórios e a Ata de Constituição (Artigo 121 da Lei 6015/73, com nova redação instituído pela Lei 9.042/95).

- CNPJ (cadastro nacional de pessoas jurídicas) na Receita Federal.

- Registros na Prefeitura, INSS e Ministério do Trabalho.

- Elaboração do primeiro plano de trabalho.

- Definição do grupo de interessados.

- Definição dos objetivos concretos do grupo.

- Elaboração do Projeto de Viabilidade Técnica, Econômica e Financeira.

- Elaboração do Estatuto Social.

- Encaminhamento dos documentos para análise da OCB/ES

- Realização da Assembléia de Constituição, com eleição dos Dirigentes.

- Subscrição e integralização das cotas de capital pelos associados.

- Encaminhamento dos documentos para registro na Junta Comercial.

- CNPJ (cadastro nacional de pessoas jurídicas) na Receita Federal.

- Inscrição na Receita Estadual.

- Inscrição no INSS.

- Alvará de Licença e Funcionamento na Prefeitura Municipal.

- Registro na OCB/ES

- Outros registros para cada atividade econômica.

- Abertura de conta bancária.

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6 - PONTOS ESSENCIAIS NOS ESTATUTOS SOCIAIS

- Nome da Associação.

- Sede e Comarca.

- Finalidades/objetivos concretos.

- Se os associados respondem pelas obrigações da entidade.

- Tempo de duração.

- Atribuições dos órgãos internos (Conselho Fiscal, Conselho Administrativo, Diretoria, etc.);

- Quem exercerá os cargos e funções de Diretores e Conselheiros.

- Como são modificados os Estatutos Sociais.

- Como é dissolvida a entidade.

- Destino do patrimônio.

- Nome, tipo de entidade, sede e foro.

- Área de atuação.

- Duração do exercício social.

- Objetivos sociais, econômicos e técnicos.

- Forma e critérios de entrada e saída de associados.

- Responsabilidade limitada ou ilimitada dos associados.

- Formação, distribuição e devolução do capital social.

- Órgãos de direção, com responsabilidade de cada cargo.

- Processo de eleição e prazo dos mandatos dos Dirigentes e Conselheiros.

- Convocação e funcionamento da Assembléia Geral.

- Forma de distribuição das sobras e rateio dos prejuízos.

- Casos e formas de dissolução.

- Processo de liquidação.

- Modo e processo de alienação ou oneracão de bens imóveis.

- Reforma dos Estatutos.

- Destino do patrimônio na dissolução ou liquidação.

7 - REPRESENTAÇÃO LEGAL

- Representa, se autorizado pelo Estatuto Social, os associados em ações coletivas e prestação de serviços comuns de interesse econômico, social, técnico, legal e

- Representa, se autorizado pelo Estatuto Social, os cooperados em ações coletivas e prestação de serviços comuns de interesse econômico, social, técnico, legal e político dos mesmos.

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político dos mesmos.

8 - ÁREA DE AÇÃO - Limitada pelos seus objetivos.

- Limitada pelos seus objetivos.

9 - ATIVIDADES MERCANTIS

- Pode ou não comercializar.

- Pratica qualquer ato comercial.

10 - OPERAÇÕES FINANCEIRAS

- Pode realizar operações financeiras e bancárias usuais, mas não tem como finalidade e nem realiza operações de empréstimos ou aquisições com o governo federal.

- Não é beneficiária de crédito rural.

- Pode realizar qualquer operação financeira.

- São beneficiárias de crédito rural.

11 - RESPONSABILIDADES DOS SÓCIOS

- Os administradores podem ser responsabilizados por seus atos que comprometem a vida da entidade.

- Os sócios podem não responder pelas obrigações assumidas pela entidade.

- A responsabilidade dos cooperados está limitada ao montante de suas respectivas cotas partes, a não ser que o Estatuto Social determine diferentemente. Quando os Estatutos determinam responsabilidade ilimitada, os sócios podem responder com seu patrimônio pessoal.

12 - REMUNERAÇÃO DOS DIRIGENTES

- Não são remunerados pelo desempenho de suas funções. Podem receber reembolso das despesas realizadas para desempenho de suas funções;

- Poderá contratar administrador ou

- São remunerados, através de retiradas mensais "pró labore", definidas pela Assembléia. Não possuem vínculo empregatício.

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gerente (executivo) para gerir a associação mediante remuneração.

13 - DESTINO DO RESULTADO FINANCEIRO

- Não há rateio de sobras das operações financeiras entre os sócios. Qualquer superávit financeiro deve ser aplicado em suas finalidades.

- Há rateio das sobras obtidas no exercício financeiro, devendo antes a assembléia destinar partes ao Fundo de Reserva (mínimo de 10%) e FATES Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (mínimo de 5%). As demais sobras podem ser destinadas a outros fundos de capitalização ou diretamente aos associados de acordo com a quantidade de operações que cada um deles teve com a cooperativa.

14 - ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

- Simplificada e objetiva.

- Específica e completa. Deve existir controle de cada conta capital dos cooperados, e registrar em separado as operações com não cooperados.

15 - OBRIGAÇÕES FISCAIS E TRIBUTÁRIAS

- Não recolhe Imposto de Renda. Deve, porém, declarar a isenção todo ano.

- Não está imune, podendo ser isentada dos demais impostos e taxas.

- Não recolhe Imposto de Renda nas operações com os cooperados. No entanto, deve recolher sempre que couber Imposto de Renda na fonte e o Imposto de renda nas operações com terceiros.

- Paga todas as demais taxas e impostos.

16 - FISCALIZAÇÃO - É passível de fiscalização por parte dos Entes Públicos. Prefeitura Municipal (Alvará, ISS, IPTU), Fazenda Estadual (nas operações de comércio), INSS, Ministério do Trabalho

- É passível de fiscalização por parte dos Entes Públicos. Prefeitura Municipal (Alvará, ISS, IPTU), Fazenda Estadual (nas operações de comércio), INSS, Ministério do Trabalho e Receita Federal.

- Poderá, dependendo de seus

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e Receita Federal. serviços e produtos, sofrer fiscalização de órgãos como Corpo de Bombeiros, Conselhos, Ibama, Ministério da Saúde, etc...

17 - ESTRUTURAS DE REPRESENTAÇÃO

- Pode constituir órgãos de representação e defesa, não havendo, atualmente, nenhuma estrutura que faça isso em nível nacional.

- É representada pelo Sistema OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras, sediada em Brasília e pela OCEES - Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Espírito Santo.

- Alguns tipos de cooperativa possuem também representação de interesses econômicos e estratégicos através de centrais ou Federações (Cooperativas de 2º grau) e Confederações (cooperativas de 3º grau)

18 - DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO

- A dissolução poderá ser extrajudicial ou judicial, aquela será definida pela Assembléia Geral, e, esta quando for mediante intervenção judicial.

- A liquidação poderá ser extrajudicial, se entender como um procedimento da dissolução, ou judicial, esta quando for mediante intervenção judicial.

- A dissolução poderá ser extrajudicial ou judicial, aquela será definida pela Assembléia Geral, e, esta quando for mediante intervenção judicial.

- A liquidação poderá ser extrajudicial, se entender como um procedimento da dissolução, ou judicial, esta quando for mediante intervenção judicial.

19 - DESTINO DO PATRIMÔNIO CASO HAJA O FIM DA ENTIDADE

- Os bens remanescentes na dissolução ou liquidação deverão ser destinados, por decisão da Assembléia Geral para entidades

- Os bens remanescentes, depois de cobertas as dívidas trabalhistas e com o Estado, depois com fornecedores, deverão ser destinados a entidades afins.

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afins. - Em caso de liquidação, os associados são responsáveis, limitada ou ilimitadamente (conforme os Estatutos, pelas dívidas).

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4 DIFERENÇAS ENTRE ASSOCIAÇÕES, COOPERATIVAS, SOCIEDADES EMPRESÁRIAS E EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 4.1 ASSOCIAÇÕES Tem-se associação quando não há fim lucrativo ou intenção de distribuir o resultado, embora tenha patrimônio formado por contribuições de seus membros para a obtenção de fins culturais, educacionais, esportivos, religiosos, recreativos etc. A associação não se desnaturaliza mesmo que realize negócios para manter ou aumentar o seu patrimônio, contudo, não pode proporcionar ganhos aos associados, por exemplo, associação esportiva que vende aos seus membros uniformes, alimentos, bolas, raquetes etc., embora isso traga, como conseqüência, lucro para a entidade. Sociedade civil é aquela que visa um fim econômico ou lucrativo, que deve ser repartido entre os sócios, sendo alcançado pelo exercício de certas profissões ou pela prestação de serviços técnicos. Mesmo que uma sociedade civil venha a praticar, eventualmente, atos de comércio, tal fato não a desnatura, pois o que importa para identificação da natureza da sociedade é a atividade principal por ela exercida. As sociedades civis distinguem-se das sociedades mercantis, ou empresárias (art. 982 CCB). Vejamos o que diz o Código Civil a respeito das sociedades:

Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados. Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que em por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e simples, as demais. Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e simples, a cooperativa.

4.2 COOPERATIVAS A cooperativa é uma sociedade simples e autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida.

Cada cooperado percebe remuneração pelo serviço prestado através da cooperativa e, em regra, será proporcional à participação.

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As cooperativas estão disciplinadas nos arts. 1.093 a 1.096 do Código Civil. Tem como características:

• Variabilidade, ou dispensa do capital social; • Concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração

da sociedade, sem limitação de número máximo; • Limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá

tomar; • Intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade,

ainda que por herança; • Quorum, para a assembléia geral funcionar e deliberar, fundado no número

de sócios presentes à reunião, e não no capital social representado; • Direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a

sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participação; • Distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações

efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado;

• Indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de dissolução da sociedade.

É limitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde somente pelo valor de suas quotas e pelo prejuízo verificado nas operações sociais, guardada a proporção de sua participação nas mesmas operações. É ilimitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.

4.3 SOCIEDADES EMPRESÁRIAS (EMPRESÁRIO COLETIVO)

As sociedades empresárias nascem do encontro de vontade das pessoas que têm o interesse de constituí-las sendo assim chamadas doutrinariamente de "affectio societatis" (sociedade de pessoas), regidas pelo princípio de direito do "pactum est duorum consensus atque convenio" (o pacto é o consenso ou convenção de dois), bem como da pluralidade de sócios (para que haja uma sociedade deve haver mais de um sócio).

Porém, não é requisito único a vontade das pessoas de tornarem-se sócias devem pois, elencar em um contrato escrito algumas determinações para levar este a registro, como visto, a fim de regularizar a sociedade empresarial e valer-se da proteção legal.

É da essência do contrato de constituição de sociedade empresária a participação nos lucros perdas por cada um dos sócios, sendo vedada a atribuição da totalidade a apenas um deles. Ocorrendo tal fato, estar-se-á diante de uma sociedade leonina. Para ficar mais claro o conceito ora apresentado é útil trazer alguns exemplos. Imagine que dois médicos formem uma sociedade para explorar a medicina, sendo este o único objeto social. Esta sociedade deverá ser necessariamente simples, pois a atividade médica é uma atividade intelectual de caráter científico, mesmo que ela contrate diversos empregados (secretárias, copeiras, office boys, assistentes etc.), e tenha mais de uma clínica (estabelecimento), ou seja diversas filiais.

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Por outro lado, imagine agora que os mesmos dois médicos e algumas outras pessoas (não médicas) formem uma sociedade para oferecer, além de serviços médicos dermatológicos, tratamento estético e de emagrecimento, corte de cabelo e outros serviços correlatos. Tem-se que, nesta sociedade, os serviços médicos constituem parte da atividade econômica por ela explorada. Neste caso, a sociedade é empresária. A respeito do empresário, o artigo 966 assim dispõe:

Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

4.4 EMPRESÁRIO INDIVIDUAL O empresário individual é a pessoa natural que, em nome próprio, através do seu estabelecimento empresarial (art. 1.142 CCB), explora atividade economicamente organizada para fins de produção ou circulação de bens ou serviços. Os requisitos para caracterizar empresário individual são: ter capacidade civil (arts. 3º, 4º e 5º do CCB); ausência de qualquer proibição legal; registro na Junta Comercial (art. 967 CCB - declaração de firma individual – o registro serve apenas para dar regularidade à atividade; tem natureza declaratória); exercício de atividade empresarial (art. 966 CCB); visar lucro (intuito especulativo); ter estrutura empresarial (exercício de atividade econômica organizada). Ou seja, para que uma pessoa seja caracterizada como empresária individual, deve atender aos requisitos acima elencados e conjugar os fatores de produção, quais sejam, investimento de capital e de tecnologia, utilização de mão-de-obra de terceiros, e trabalhar com produtos ou serviços.

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5 ORIENTAÇÕES ACERCA DA CONSTITUIÇÃO, ELEIÇÃO DE NOVOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS INTERNOS, APROVAÇÃO DE CONTAS E DO EXERCÍCIO FINANCEIRO, BEM COMO DA DISSOLUÇÃO DE ASSOCIAÇÃO CIVIL 5.1 CONSTITUIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO Os procedimentos que antecedem à Assembléia Geral de constituição de associação são: (A) Elaboração de uma minuta de estatuto, que será discutida e submetida à deliberação e aprovação dos associados fundadores em Assembléia Geral (Anexo III); (B) Convocação dos associados ou sócios fundadores para participar da Assembléia Geral de constituição, constando como pauta: a aprovação do Estatuto e a constituição da entidade; a eleição dos membros que irão compor o primeiro mandato nos órgãos internos (diretoria, conselhos etc.); a definição do objeto social e da sede (Anexo I); (C) Reunir em assembléia geral, na data definida na convocação, os associados ou sócios fundadores, de cuja reunião será lavrada uma ata contendo as deliberações (Anexo II). Após a reunião, será elaborada ata, em pelo menos 02 (duas) vias, assinada por todos os sócios fundadores ou acompanhada da lista de presença, consignando-se o nome de cada associado ou sócio e o seu CPF, bem como o estatuto aprovado, também em (02) duas vias, que deverá ser assinado pelo presidente da associação, com o visto de um advogado com registro na OAB. 5.2 REGISTRO DOS ATOS CONSTITUTIVOS DA ASSOCIAÇÃO A elaboração de requerimento ao oficial de Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas da circunscrição (Anexo IV), solicitando o registro dos atos constitutivos da associação, cujo ofício será assinado pelo presidente da entidade, deverá ser acompanhado dos documentos a seguir: (A) Estatuto assinado pelo presidente da associação, com a assinatura de advogado inscrito na OAB, em duas vias; (B) Ata de constituição, da qual deverá constar a aprovação do estatuto, eleição dos membros eleitos para cada órgão e endereço da sede, em duas vias; (C) Rol e qualificação dos associados, com identificação da nacionalidade, profissão, número do RG, CPF e endereço residencial dos associados ou sócios fundadores e membros da diretoria; bem como cópias desses documentos. 5.3 ELEIÇÃO DE MEMBROS PARA UM NOVO MANDATO Após findo o mandato dos eleitos para exercício das funções ou cargos nos órgãos internos (presidente, tesoureiro, diretores, etc.), será necessário fazer nova convocação de Assembléia Geral para nomear, para um novo mandato, os membros

Page 24: Cartilha associação (1)

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dos Órgãos Internos – Conselho Administrativo, Conselho Fiscal, Diretoria, etc. – (Anexos V e VI). 5.4 APRESENTAÇÃO E APROVAÇÃO DO EXERCÍCIO FINANCEIRO E DAS CONTAS Findo o ano calendário ou o exercício financeiro, será necessário deliberar sobre a aprovação ou não das contas da Associação, bem como sobre outros pontos importantes; e, para isso, será necessário fazer convocação de Assembléia Geral. (Anexos VII e VIII). 5.5 DISSOLUÇÃO DA ASSOCIAÇÃO Caso os associados intentem encerrar as atividades e dissolver a Associação, culminando com posterior extinção, também, far-se-á necessário convocação de Assembléia Geral para o ato específico. (Anexos IX e X) Após o processo de dissolução, com a realização do ativo e pagamento do passivo, os associados deliberarão sobre as contas e a extinção da Associação. (Anexos XI e XII) 5.6 AVERBAÇÃO DAS ATAS E DEMAIS ATOS DA ASSOCIAÇÃO Todas as atas, sejam das Assembléias, Reuniões ou qualquer outra ação deliberativa tomada a termo (escritas) em conjunto com os demais associados, devem ser averbadas à margem do Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas que procedeu ao registro dos atos constitutivos da Associação. (Anexo XIII)

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ANEXO I

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL DE CONSTITUIÇÃO DE ASSOCIAÇÃO

CIVIL

CONVOCAÇÃO

Convidam-se os senhores interessados a se reunirem em Assembléia Geral de

Constituição de Associação Civil, a realizar-se na cidade de ............./(UF), na Rua

................, nº ......, no dia ..... de ............ de ......, às ..... horas, a fim de deliberarem

sobre a seguinte ordem do dia:

a) Constituição de Associação Civil.

b) Aprovação do Estatuto da Associação;

c) Definição da Sede;

d) Instituição dos Órgãos Internos (Diretoria, Conselhos, etc.);

e) Eleição e posse dos membros que irão compor o primeiro mandato nos órgãos

internos;

Local e data.

___________________________

Presidente Interino da Assembléia

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ANEXO II MODELO 1 ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL DE CONSTITUIÇÃO DE ASSOCIAÇÃO CIVIL

Aos ..... (.............) dias do mês de ............ do ano de ................., reunidos em

primeira convocação, no local .................., na Rua ................., nº ....., nesta cidade

de ................./(UF), para deliberarem sobre a pauta do dia: a) Constituição de

Associação Civil; b) Aprovação do Estatuto da Associação; c) Definição da Sede; d)

Instituição dos Órgãos Internos (Diretoria, Conselhos, etc.); e) Eleição e posse dos

membros que irão compor o primeiro mandato nos órgãos internos. Os presentes e

ora signatários, na qualidade de fundadores, resolvem, por consenso unânime,

fundar a Associação Civil denominada "NOME DA ASSOCIAÇÃO", com sede nesta

cidade, na Rua ..............., nº ....., regida na forma do estatuto adiante transcrito.

Assumiu a presidência da Assembléia Geral o fundador Sr. (NOME COMPLETO),

que para secretário designou o Sr. (NOME COMPLETO), dando por instalada a

assembléia. Foi procedida a leitura do projeto do estatuto, o qual, submetido à

discussão, foi unanimemente aprovado. Cumpridas as formalidades legais, o

presidente declarou definitivamente constituída a associação civil, sem fins

lucrativos, denominada "NOME DA ASSOCIAÇÃO" e investidos em suas funções,

sem limitação de tempo, em conformidade com o estatuto lido, os diretores: (NOME

E QUALIFICAÇÃO DE CADA DIRETOR). A seguir, realizou-se a eleição dos

membros do Conselho Fiscal, constituído pelos seguintes associados, por

unanimidade: (NOME E QUALIFICAÇÃO DOS ASSOCIADOS QUE COMPORÃO O

CONSELHO FISCAL). O presidente determinou a suspensão da sessão pelo tempo

necessário à transcrição do estatuto (ou para a aprovação da minuta ora

apresentada), em 02 (duas) vias. Reaberta a sessão, após a transcrição do Estatuto

(ou após a leitura e aceitação da minuta), em 02 (duas) vias, todos os associados

ratificaram e aprovaram o presente Ato Constitutivo desta Associação. Nada mais

havendo a deliberar, foi lavrada por mim, secretário, a presente ata, que lida e

achada conforme, segue, em 02 (duas) vias, assinada por todos os associados

presentes.

Page 27: Cartilha associação (1)

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Secretário da Assembléia Geral: (nome completo e indica-se qualificar a pessoa).

Presidente da Assembléia Geral: (nome completo e indica-se qualificar a pessoa).

Diretores:

(nome completo e indica-se qualificar a pessoa).

Associados:

(nome completo e indica-se qualificar a pessoa).

Page 28: Cartilha associação (1)

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MODELO 2 ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL DE CONSTITUIÇÃO DE ASSOCIAÇÃO CIVIL

Ao ____ dia do mês ________ do ano de _______, às ____ horas, reuniram-se, em

Assembléia Geral, no endereço da ____________ as pessoas a seguir relacionadas:

(nome, profissão, estado civil, endereço residencial e número de CPF). Os membros

presentes escolheram, por aclamação, para presidir os trabalhos (nome do

membro), e para secretariar (nome do membro). Em seguida, o Presidente declarou

abertos os trabalhos e apresentou a pauta da reunião, contendo os seguintes

assuntos: 1º discussão e aprovação do Estatuto da associação; 2º escolha dos

associados ou sócios que integrarão os órgãos internos da associação; e 3º

designação da sede provisória da associação. Em seguida, começou-se a discussão

do estatuto apresentado e, após ter sido colocado em votação, foi aprovado por

unanimidade, com a seguinte redação: (transcrever redação do estatuto aprovado);

passou-se, em seguida, ao item “2” da pauta, em que foram escolhidos os seguintes

membros para comporem os órgãos internos: DIRETORIA EXECUTIVA: (nominar os

membros, estado civil, profissão, endereço residencial, número do CPF e cargo).

CONSELHO FISCAL: (nominar os membros, estado civil, profissão, endereço

residencial, número do CPF e cargo). Por fim, passou-se à discussão do item “3” da

pauta e foi deliberado que a sede provisória da associação será no seguinte

endereço: (discriminar o endereço completo). Nada mais havendo, o Presidente fez

um resumo dos trabalhos do dia, bem como das deliberações, agradeceu pela

participação de todos os presentes e deu por encerrada a reunião, da qual eu (nome

do secretário da reunião), secretário ad hoc nesta reunião, lavrei a presente ata, que

foi lida, achada conforme e firmada por todos os presentes abaixo relacionados.

Local e data.

ASSOCIADOS PRESENTES (nome completo e indica-se qualificar a pessoa).

Page 29: Cartilha associação (1)

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ANEXO III

MODELO 1

ESTATUTO SOCIAL DA ASSOCIAÇÃO

NOME EXEMPLIFICATIVO DA ASSOCIAÇÃO – “ASSOCIAÇÃO DE FOMENTO E

PROMOÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR”

ESTATUTO SOCIAL

1) (Nome e Qualificação do Associado 1)

2) (Nome e Qualificação do Associado 2)

3) (Nome e Qualificação do Associado 3)

4) (Nome e Qualificação do Associado 4)

5) (Nome e Qualificação do Associado 5)

(etc.)

As pessoas acima qualificadas serão aqui denominadas, coletivamente, como

"Associados Fundadores"; considerando que os instituidores são empresários do

ramo de ............; considerando que pretendem os “Associados Fundadores”, bem

como futuros associados, cooperarem ativamente para aumentar a capacidade de

colocação de seus produtos no mercado externo, explorando em comum atividades

de estímulo e promoção à exportação; resolvem, de comum acordo, constituir uma

“Associação de Fomento e Promoção do Comércio Exterior”, com base nas

seguintes cláusulas:

TÍTULO I - DA ASSOCIAÇÃO E SEUS FINS DENOMINAÇÃO, SEDE, DURAÇÃO,

FINALIDADE E REGIME JURÍDICO:

Artigo 1º - A Associação terá por nome "....................”, doravante designada

"Associação", sendo regida pelo presente Estatuto e pelas leis e regulamentos da

República Federativa do Brasil.

Page 30: Cartilha associação (1)

30

Artigo 2º - A Associação tem sede e foro na Rua ............, nº ....., na cidade de

............./(UF), podendo mudar de sede, abrir filiais, agências, escritórios, oficinas,

depósitos e outras dependências em qualquer parte do território nacional ou do

exterior, a juízo e critério dos associados, observadas as formalidades legais.

Artigo 3º - A duração da Associação terá prazo indeterminado (ou determinado).

Artigo 4º - A Associação tem por objeto, individualmente ou em associação com

outras entidades:

(....)

Artigo 5º - A Associação não tem finalidades lucrativas e não distribuirá lucros,

resultados ou qualquer remuneração, seja aos associados seja a seus diretores ou

aos membros do Conselho de Administração, tendo eventual resultado positivo

como destino de aplicação suas atividades institucionais.

Parágrafo Único - A Associação poderá exercer atividade econômica desde que a

manter as atividades institucionais em geral.

TÍTULO II - DOS ASSOCIADOS

Artigo 6º - Serão associados da Associação os seus instituidores e outras pessoas

que manifestarem interesse em se associar e que atendam aos seguintes requisitos:

a) sejam empresas do ramo de ................

b) estejam localizados no território ..............

c) tenham interesses convergentes com o objetivo da associação

d) .......

Parágrafo primeiro – para ser admitido, o candidato deve ser aceito por 2/3 dos

associados presentes no momento de apreciação da proposta de admissão.

Parágrafo segundo – a proposta de admissão deverá ser apresentada, inicialmente,

ao Conselho de Administração, que a levará para deliberação em Assembléia Geral.

Page 31: Cartilha associação (1)

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Artigo 7º - Os associados, para assegurarem as contrapartidas inerentes às

atividades da Associação, poderão decidir, periodicamente, quanto à participação

dos mesmos em contribuições adicionais ao orçamento da Associação, segundo a

proporção que acordarem, através de contribuições em dinheiro, crédito, serviços ou

produtos.

Parágrafo Único - As contribuições deverão ser sempre efetuadas simultaneamente

por todos os associados, de forma a manter intacta a proporção da participação de

cada um no orçamento da Associação.

Artigo 8º - Os associados não têm qualquer responsabilidade, primária, subsidiária,

ou de qualquer natureza, quanto aos débitos e obrigações da Associação, e não

terão débitos financeiros para com ela, salvo as obrigações estipuladas na forma

deste Estatuto.

Artigo 9º - São deveres dos associados:

....

.....

Artigo 10º - O associado que não respeitar os deveres estabelecidos quanto ao

objeto da Associação poderá ser excluído da mesma, por proposição da Diretoria

Executiva encaminhada ao Conselho de Administração e referendada pela

Assembléia.

Parágrafo Único – O associado excluído só poderá ser readmitido após aprovação

por ¾ (três quartos) dos presentes em Assembléia Geral Extraordinária a ser

convocada com esta finalidade.

TÍTULO III - DO PATRIMÔNIO E DAS RECEITAS

Artigo 11 - O Patrimônio da Associação é constituído:

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I - pelas dotações iniciais, em bens móveis e imóveis e em dinheiro, que lhe forem

concedidas;

II - por doações, auxílios, subvenções e legados que lhe venham a ser feitos;

III - por bens e direitos que venha a adquirir.

Artigo 12 - Constituem receitas da Associação:

I - As provenientes da administração do seu patrimônio;

II - as contribuições a qualquer título que lhe forem feitas por pessoas físicas ou

jurídicas, públicas ou privadas, nacionais, estrangeiras ou internacionais;

III - os percentuais definidos em contrato de negócios realizados pelas empresas;

IV - as decorrentes do exercício de suas atividades.

V – rendimentos de aplicações financeiras;

VI – recursos provenientes de convênios, contratos, termos de parceria e outros

instrumentos jurídicos similares, firmados com o Poder Público, empresas privadas

e/ou organizações do Terceiro Setor, com o objetivo de financiar projetos que

estejam de acordo com seus objetivos sociais;

VII – receita proveniente de cursos, palestras, seminários, eventos e outros, desde

que estejam de acordo com o objetivo social da associação.

Artigo 13 - O patrimônio e as receitas da Associação só poderão ser aplicados na

realização de seus objetivos definidos no artigo 4º deste Estatuto.

TÍTULO IV - DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL BÁSICA

CAPÍTULO I - DOS ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS

Artigo 14 - A estrutura organizacional básica da Associação compõe-se dos

seguintes órgãos de deliberação superior, de fiscalização e de direção:

I) Assembléia Geral

II) Conselho de Administração

III) Conselho Fiscal

Page 33: Cartilha associação (1)

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IV) Diretoria Executiva

Artigo 15 - Os membros dos órgãos de que trata o artigo 14, no exercício regular de

suas atribuições e competência, bem como seus associados, não respondem

solidária ou subsidiariamente pelas obrigações ou encargos da Associação.

Artigo 16 - Os membros dos Conselhos de Administração e Fiscal não perceberão

da Associação remuneração de qualquer espécie, sendo-lhes devido, porém, o

fornecimento de meios adequados de transporte e de diárias para custeio da estada,

quando do deslocamento, no interesse da Associação, da cidade na qual

mantenham residência e domicílio.

SEÇÃO I - DA ASSEMBLÉIA GERAL

Artigo 17 - A Assembléia Geral é o órgão soberano da Associação, e é constituída

pelo conjunto dos associados e presidida pelo Presidente do Conselho de

Administração.

Artigo 18 - A Assembléia Geral Ordinária (A.G.O.) reunir-se-á ordinariamente a cada

doze (12) meses, por deliberação do Presidente do Conselho de Administração, e

extraordinariamente, por convocação de um terço (1/3) dos associados, para

deliberar sobre:

a) prestação de contas dos órgãos de administração;

b) eleição dos componentes dos órgãos de administração, do Conselho Fiscal e de

outros, quando for o caso;

c) quaisquer assuntos de interesse social, excluídos os exclusivos das Assembléias

Gerais Extraordinárias

Artigo 19 - À Assembléia Geral Extraordinária reunir-se-á extraordinariamente,

quando convocada por deliberação do Presidente do Conselho de Administração, do

Conselho Fiscal ou por convocação de um terço (1/3) dos associados, para deliberar

sobre:

Page 34: Cartilha associação (1)

34

a) eleger o Conselho de Administração;

b) eleger os membros do Conselho Fiscal;

c) aprovar e alterar o Estatuto da Associação;

d) decidir sobre qualquer alteração ou modificação, acréscimo ou eliminação dos

objetos da Associação, conforme descritos no artigo 4º do presente;

e) decidir sobre a incorporação, consolidação ou associação da Associação com

alguma outra pessoa jurídica;

f) apreciar a proposta de exclusão de associado que não trabalhe para os objetivos

da Associação;

g) resolver, em última instância, os conflitos entre os demais órgãos;

h) decidirá sobre a dissolução da Associação e a destinação do seu patrimônio;

i) apreciar o relatório anual, as contas e o balanço anual da Associação,

apresentadas pelo Conselho de Administração e os pareceres e sugestões do

Conselho Fiscal;

Artigo 20 - A convocação de Assembléia Geral se fará com a antecedência mínima

de oito (8) dias, observando a obrigatoriedade de convocar pessoalmente todos os

associados ou, alternativamente, publicar o Edital de convocação nas dependências

da sede da associação e fazer publicar a convocação por 02 (duas) vezes em jornal

de grande circulação no Estado da Federação da sede.

Artigo 21 - A Assembléia Geral só poderá funcionar ordinariamente com a presença

de, no mínimo, metade mais um de seus associados, instalando-se, em segunda

convocação, pelo menos uma hora depois, com qualquer número de votantes.

Artigo 22 - Excetuada a situação do artigo 36, a Assembléia Geral deliberará por

maioria dos sócios presentes, cabendo ao Presidente do Conselho de Administração

o voto de qualidade.

Artigo 23 - As atas da Assembléia Geral serão assinadas pelos membros da Mesa

Diretora dos trabalhos.

SEÇÃO II - DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Page 35: Cartilha associação (1)

35

Artigo 24 - O Conselho de Administração é o órgão colegiado de administração

superior e soberano da Associação e compõem-se de, no mínimo, quatro (4)

membros, eleitos pela Assembléia Geral.

Parágrafo Único. O Conselho de Administração será dirigido por um (1) Presidente,

dois (2) Vice-Presidentes e um (1) Secretário-Geral.

Artigo 25 - O mandato dos membros eleitos para compor o Conselho de

Administração será de 02 (dois) anos, admitida uma recondução.

Artigo 26 - O Conselho de Administração se reunirá, ordinariamente, em Assembléia

........... (..........) vezes a cada ano, por convocação de seu presidente, e

extraordinariamente por convocação de seu presidente ou por solicitação de dois

quintos (2/5) de seus membros, que não poderá recusar-se a fazê-lo.

Artigo 27 - Caberá ao Conselho de Administração:

I - Eleger seu Presidente;

II - Eleger os membros da Diretoria Executiva;

III - Aprovar o quadro de pessoal e sua remuneração por proposta da Diretoria

Executiva;

IV - Fazer cumprir o objetivo social da Associação, definido no artigo 4º deste

Estatuto;

V - Aprovar a política institucional da Associação, proposta pela Diretoria Executiva;

VI - Estabelecer, sempre pelo voto da maioria dos presentes à reunião, contado um

voto por cada associado:

a) O Regimento Interno de Operações da Associação;

b) Os membros da Diretoria Executiva;

c) A cada ano, o plano geral e o orçamento de custeio da Associação para o

exercício, e;

d) Periodicamente, projetos específicos de ação para mercados escolhidos;

e) Dispêndios anuais por parte da Associação, inclusive com arrendamento, pela

Associação, de propriedades móveis ou imóveis que envolvam um custo ou aluguéis

globais anuais, conforme o caso, acima do valor de R$ ........... (..........) atualizados,

Page 36: Cartilha associação (1)

36

a partir desta data, pela correção do IGPM (índice geral de preços do mercado) -

FGV;

f) Aquisição, pela Associação, de quotas, ações ou qualquer outra forma de

participação em pessoas jurídicas, exceto as aquisições decorrentes de incentivos

fiscais;

g) Quaisquer tomadas de empréstimo ou aceitação de subsídios de qualquer

natureza, sujeitas a contrapartida, feita pela Associação, dentro ou fora do território

da República Federativa do Brasil, numa importância global em reais que exceda,

em qualquer data, o equivalente a ............., no que tange a empréstimos externos ou

empréstimos que seja indexados pela taxa de câmbio;

h) Quaisquer empréstimos concedidos pela Associação ou quaisquer endossos,

exceto endosso para cobrança, ou garantia de qualquer natureza dadas pela

Associação em benefício de terceiros;

i) A decisão de criar, ou escolher a empresa comercial exportadora que será o braço

comercial da associação;

j) Outras decisões, previstas neste Estatuto para serem exercidas pelo Conselho de

Administração.

SEÇÃO III - DO CONSELHO FISCAL

Artigo 28 - O Conselho Fiscal será integrado por três (3) membros efetivos e igual

número de suplentes, eleitos pela Assembléia, com mandato de duração de 01 (um)

ano, admitida uma recondução, sendo necessariamente pessoas diferentes

daquelas integrantes do Conselho de Administração.

Artigo 29 - Compete ao Conselho Fiscal examinar e emitir pareceres sobre

prestação de contas e balanço anual da Associação, para que possam ser

apresentados ao Conselho de Administração e à Assembléia Geral Ordinária.

SEÇÃO IV - DA DIRETORIA EXECUTIVA

Artigo 30 - A Diretoria Executiva da Associação será exercida por três (3) membros,

eleitos pelo Conselho de Administração, um (1) Diretor-Superintendente e dois (2)

Diretores-Adjuntos. Cabe à Diretoria Executiva a escolha do gerente da Associação,

Page 37: Cartilha associação (1)

37

entre profissionais com experiência em comércio exterior, qualificados e

capacitados, sem quaisquer vínculos com as empresas participantes da Associação,

que tem a função de direção, na unidade de gerenciamento da Associação e

aquelas atribuídas pelo Conselho de Administração, contratados por tempo

indeterminado.

Parágrafo Primeiro - No caso de Associações proposta por entidades de classe,

poderá ser aceito profissional do quadro da entidade proponente, desde que de

reconhecida competência e com dedicação exclusiva ao gerenciamento do

programa da Associação;

Parágrafo Segundo - Os Diretores estão dispensados de prestar caução, e, em

conjunto:

I - Representarão a Associação, em juízo ou fora dele;

II - Praticarão todos os demais atos necessários para a operação normal da

Associação, inclusive a abertura, movimentação e fechamento de contas bancárias,

a emissão, assinatura e endosso de cheques, ordens de pagamento e quaisquer

outros documentos relativos a tais contas; a assinatura de contratos em geral,

inclusive contrato de mútuo; o recebimento e a quitação de dívidas; a nomeação, em

nome da Associação, de representantes, agentes e procuradores, sejam "ad-judicia"

ou "ad-negotia".

Parágrafo Terceiro - A relação de trabalho prestado à Associação será regida pela

Consolidação das Leis do Trabalho.

Artigo 31 - A administração da Associação por sua Diretoria Executiva será exercida

de acordo com o plano geral de ação da Associação, e projetos específicos de

promoção à exportação traçados periodicamente pelo Conselho de Administração,

os quais elegerão mercados prioritários, formas de atuação em cada mercado,

orçamento, cronograma e planos de contribuição dos associados para os objetivos

comuns.

Parágrafo Único. Para efeitos de contribuição dos associados para os objetivos

comuns na forma do Artigo 7º, a Diretoria Executiva proporá ao Conselho de

Administração o orçamento dos custos gerais da Associação para o período

Page 38: Cartilha associação (1)

38

contemplado no plano geral, a serem suportadas por todos os associados, assim

como os relativos aos projetos específicos, esses a serem suportados pelos

associados que estiverem engajados em tais projetos, e a ele tenham

especificamente assentido.

Artigo 32 - Os Associados, os Diretores e eventuais outros representantes da

Associação ficam expressamente proibidos de usar o nome da Associação em

quaisquer negócios alheios aos objetivos e finalidades da Associação, conforme

descritos no Artigo 4º do presente, ou no que diz respeito a garantias, fianças e

avais em benefícios desses associados, Diretores ou representantes, ou de

quaisquer terceiros.

CAPÍTULO II - DO EXERCÍCIO FINANCEIRO E DAS CONTAS

Artigo 33 - O exercício financeiro coincidirá com o ano civil, levantando-se o balanço

geral no dia 31 de dezembro de cada ano.

Artigo 34 - Até a data estabelecida pelo Regimento Interno, o Conselho de

Administração encaminhará à Diretoria Executiva proposta orçamentária, para o

exercício, referente ao custeio da estrutura administrativa da Associação.

Artigo 35 - A prestação anual de contas será apresentada pelo Diretor Executivo ao

Conselho de Administração, de acordo com o estabelecido pelo Regimento Interno

da Associação.

TÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS DA DISSOLUÇÃO

Artigo 36 - Salvo hipótese de imperativo legal, este Estatuto só poderá ser alterado

por proposta do Conselho de Administração ou de pedido subscrito por um terço

(1/3) dos associados em Assembléia Geral, especialmente convocada, devendo a

deliberação ser aprovada por, no mínimo, dois terços (2/3) dos associados.

Parágrafo Único. A eventual deliberação para dissolução da Associação só poderá

ser votada nas condições do presente artigo.

Page 39: Cartilha associação (1)

39

Artigo 37 - Na hipótese de dissolução da Associação, o procedimento estabelecido

em Lei deverá ser adotado. A Associação não será dissolvida por saída, interdição,

ou morte de qualquer dos associados.

Artigo 38 - Os bens da Associação, após pagos todos os débitos, serão destinados a

outra Associação similar, conforme deliberado pelos associados, ou, à falta de tal

deliberação, na forma do artigo 61 do Código Civil Brasileiro/2002.

TÍTULO VI – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 39 - O presente Estatuto será complementado pelas disposições do Código

Civil Brasileiro - Lei nº 10.406/2002.

Artigo 40 - As partes elegem o foro da comarca de ............./(UF), com renúncia a

qualquer outro, por mais privilegiado que seja, para dirimir quaisquer dúvidas

oriundas do presente Contrato.

Artigo 41 - O presente Estatuto entrará em vigor na data de seu registro em cartório.

E, por estarem assim justos e contratados, assinam o presente em 3 (três) vias, de

igual teor e para um só efeito, na presença de 2 (duas) testemunhas.

Local e data.

Assinaturas:

_______________________________________

Testemunhas:

Page 40: Cartilha associação (1)

40

_______________________________________________________

1) Nome:Nome:

RG.:

CPF:

_______________________________________________________

2) Nome:Nome:

RG.:

CPF:

Local e Data

____________________________________________

PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA DE CONSTITUIÇÃO

____________________________________________

Advogado – OAB (UF) nº

Page 41: Cartilha associação (1)

41

ANEXO IV

REQUERIMENTO DO REGISTRO

ILMO. SENHOR OFICIAL DO CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DE PESSOAS

JURÍDICAS

NOME DA ASSOCIAÇÃO, (qualificação), por seu representante legal, vem requerer

a V. Senhoria, nos termos do artigo 121 da Lei nº 6.015, de 31 de Dezembro de

1973, com as devidas alterações instituídas pela Lei nº 9.042, de 09 de maio de

1995, DOU de 10.05.95, se digne determinar o registro e o arquivamento da Ata de

Constituição de Associação Civil e do incluso Estatuto Social, que ora os apresenta

em 02 (duas) vias.

Termos em que,

P. deferimento.

_______, ____ de _______ de ______.

_______________________________

NOME DA ASSOCIAÇÃO

Representante Legal

Page 42: Cartilha associação (1)

42

ANEXO V

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DA ASSOCIAÇÃO

CONVOCAÇÃO

Convidam-se os senhores ASSOCIADOS, através desta notificação pessoal, a se

reunirem em Assembléia Geral Ordinária da “ASSOCIAÇÃO (nome da associação)”,

a realizar-se na cidade de ............./(UF), na Rua ................, nº ......, no dia ..... de

............ de ......, às ..... horas, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:

a) prestação de contas dos órgãos de administração;

b) eleição dos componentes dos órgãos de administração, do Conselho Fiscal e de

outros, quando for o caso;

c) … (quaisquer assuntos de interesse social, excluídos os exclusivos das

Assembléias Gerais Extraordinárias).

Local e data.

___________________________

Responsável Legal definido no Estatuto

Page 43: Cartilha associação (1)

43

ANEXO VI

ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL PARA ELEIÇÃO E POSSE DE MEMBROS DOS

ÓRGÃOS INTERNOS DA ASSOCIAÇÃO “NOME DA ASSOCIAÇÃO”

Aos ........... dias do mês de ............ de ............, ás ........... horas, reuniram-se na

sede desta entidade todos os associados da Associação “NOME”, convocados e

notificados pessoalmente (ou por publicação) para Assembléia Geral,

especificamente para tratarem da seguinte ordem do dia: 1. Eleição dos novos

membros dos Órgãos Internos; 2. Posse dos eleitos. Assumiu a presidência da

Assembléia Geral o Presidente do Conselho de Administração, que para secretário

designou o Sr. (NOME COMPLETO), dando por instalada a assembléia. Foi

procedida a leitura da ordem do dia, submetido à discussão, nada houve de

impugnações ou protestos. Cumpridas as formalidades legais, o presidente declarou

iniciada a eleição que, por conseguinte, apurou-se a aprovação, pelos votos da

maioria dos associados com direito a voto e presentes à Assembléia, da chapa

............ (única, ou se houver mais chapas, indicar qual o nome da chapa vencedora),

formada pelos seguintes membros, para um mandato de ..... (...........) anos:

Membros do Conselho de Administração: 1. Para presidente, ........... (nome completo e qualificação);

2. Para os dois cargos de vice-presidente: ........... (nome completo e qualificação); e,

........... (nome completo e qualificação);

3. Para Secretário-Geral: ............ (nome completo e identidade).

Membros do Conselho Fiscal: 1. ........... (nome completo e qualificação);

2. ........... (nome completo e qualificação);

3. ........... (nome completo e qualificação);

(Discriminar outros cargos)

Estando os eleitos presentes, foram empossados de imediato, passando a partir

desta data a exercer os poderes e responsabilidades determinados pelo estatuto.

Page 44: Cartilha associação (1)

44

A reunião encerrou-se, sendo por mim, ........... (nome), lavrada a ata, sendo lida,

conferida e rubricada por todos os presentes.

Page 45: Cartilha associação (1)

45

ANEXO VII

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL (EXTRAORDINÁRIA OU ORDINÁRIA –

observar o que dispõe o Estatuto)

CONVOCAÇÃO

Convidam-se os senhores ASSOCIADOS, através desta notificação pessoal, a se

reunirem em Assembléia Geral Ordinária da “NOME DA ASSOCIAÇÃO”, a realizar-

se na cidade de ............./(UF), na Rua ................, nº ......, no dia ..... de ............ de

......, às ..... horas, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:

1. Leitura do relatório Contábil, do balanço Patrimonial e demais Demonstrações

Financeiras;

2. Aprovação das contas.

Local e data.

___________________________

Responsável Legal definido no Estatuto

Page 46: Cartilha associação (1)

46

ANEXO VIII ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL (EXTRAORDINÁRIA OU ORDINÁRIA – observar o

que dispõe o Estatuto)

Aos ........... dias do mês de ............ de ............, ás ........... horas, reuniram-se na

sede desta entidade todos os associados da Associação “NOME DA

ASSOCIAÇÃO”, convocados e notificados pessoalmente (ou por publicação) para

Assembléia Geral, especificamente para tratarem da seguinte ordem do dia: (a)

leitura do relatório Contábil, do balanço Patrimonial e demais Demonstrações

Financeiras; (b) aprovação das contas. Nos termos do Estatuto, os trabalhos da

presente Assembléia serão dirigidos pelo Presidente Sr.(a) (....) e Secretário Sr.(a)

(...). Instalada a mesa, foi feita a leitura do relatório contábil, do balanço Patrimonial

e demais Demonstrações Financeiras. Em seguida, a Assembléia discutiu, examinou

e aprovou por unanimidade as contas do exercício financeiro do ano de ....... (dois

mil e ....), tudo nos termos do Estatuto. Como nada mais havia a tratar, o senhor

Presidente encerrou os trabalhos e mandou lavrar a presente ata. A reunião

encerrou-se, sendo por mim, ........... (secretário), lavrada a ata, sendo lida, conferida

e assinada por todos os presentes.

Page 47: Cartilha associação (1)

47

ANEXO IX

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL (EXTRAORDINÁRIA OU ORDINÁRIA –

observar o que dispõe o Estatuto) DA ASSOCIAÇÃO “NOME DA ASSOCIAÇÃO”

CONVOCAÇÃO

Convidam-se os senhores ASSOCIADOS, através desta notificação pessoal, a se

reunirem em Assembléia Geral Ordinária da “NOME DA ASSOCIAÇÃO”, a realizar-

se na cidade de ............./(UF), na Rua ................, nº ......, no dia ..... de ............ de

......, às ..... horas, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:

1. Encerramento das atividades;

2. Dissolução da Associação;

3. Nomeação do Liquidante.

Local e data.

___________________________

Responsável Legal definido no Estatuto

Page 48: Cartilha associação (1)

48

ANEXO X

ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL (EXTRAORDINÁRIA OU ORDINÁRIA – observar o que dispõe o Estatuto)

Aos ........... dias do mês de ............ de ............, ás ........... horas, reuniram-se na

sede desta entidade todos os associados da “NOME DA ASSOCIAÇÃO”,

convocados e notificados pessoalmente (ou por publicação) para Assembléia Geral,

especificamente, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: (a)

Encerramento das atividades; (b) Dissolução da Associação; e, (c) Nomeação do

Liquidante. Nos termos do Estatuto, os trabalhos da presente Assembléia serão

dirigidos pelo Presidente Sr.(a) (....) e Secretário Sr.(a) (...). Instalada a mesa, foi

feita a leitura dos relatórios da diretoria e dos conselhos. Dando segmento, o Sr.

Presidente promoveu para votação do ato de DISSOLUÇÃO da Associação, pelos

motivos (...), em que houve aprovação unânime dos associados. Pelo fato da

aprovação do processo de Dissolução, fica instituído como Liquidante o Presidente e

como assistentes os Senhores (...). Após a liquidação, que deverá ocorrer num

prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da presente Assembléia, os liquidantes

convocarão nova Assembléia Geral para prestar contas. Como nada mais havia a

tratar, o senhor Presidente encerrou os trabalhos e mandou lavrar a presente ata

que, após lida e aprovada, foi assinada pelos presentes. ................ - Presidente,

.................... - Secretário.

Page 49: Cartilha associação (1)

49

ANEXO XI

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA (OU ORDINÁRIA –

observar o que dispõe o Estatuto) DA “NOME DA ASSOCIAÇÃO”

CONVOCAÇÃO

Convidam-se os senhores ASSOCIADOS, através desta notificação pessoal, a se

reunirem em Assembléia Geral Extraordinária (ou Ordinária) da “NOME DA

ASSOCIAÇÃO”, a realizar-se na cidade de ............./(UF), na Rua ................, nº ......,

no dia ..... de ............ de ......, às ..... horas, a fim de deliberarem sobre a seguinte

ordem do dia:

1. Prestação das Contas da Liquidação da Associação;

2. Extinção da Associação;

3. Destinação dos Bens.

Local e data.

___________________________

Liquidante

___________________________

Responsável Legal definido no Estatuto

Page 50: Cartilha associação (1)

50

ANEXO XII

ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL (ORDINÁRIA OU EXTRAORDINÁRIA – nos termos

do Estatuto)

Aos ........... dias do mês de ............ de ............, ás ........... horas, reuniram-se na

sede desta entidade todos os associados da “NOME DA ASSOCIAÇÃO”,

convocados e notificados pessoalmente (ou por publicação) para Assembléia Geral

(Ordinária ou Extraordinária), especificamente, a fim de deliberarem sobre a seguinte

ordem do dia: (a) Encerramento das atividades; (a) Prestação das Contas da

Liquidação da Associação; (b) Extinção da Associação; e, (c) Destinação dos Bens.

Nos termos do Estatuto, os trabalhos da presente Assembléia serão dirigidos pelo

Presidente Sr.(a) (....) e Secretário Sr.(a) (...). Instalada a mesa, foi feita a leitura dos

relatórios da diretoria e dos conselhos. Dando segmento, o Sr. Presidente promoveu

para votação das contas apresentadas pelo Liquidante Sr(a). (...), em que houve

aprovação unânime dos associados. Fica consignado que os ativos da Associação

foram utilizados para saldar o passivo, não restando qualquer bem para deliberar

sobre sua destinação. Finda a liquidação, votam favoravelmente todos os

associados pela EXTINÇÃO da Associação. Como nada mais havia a tratar, o

senhor Presidente encerrou os trabalhos e mandou lavrar a presente ata que, após

lida e aprovada, foi assinada pelos presentes. ................ - Presidente, .................... -

Secretário.

Page 51: Cartilha associação (1)

51

ANEXO XIII

AVERBAÇÃO DE ATOS POSTERIORES À CONSTITUÇÃO DA ASSOCIAÇÃO

ILMO. SENHOR OFICIAL DO CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DE PESSOAS

JURÍDICAS

Registro nº. (...)

“NOME DA ASSOCIAÇÃO”, (qualificação), por seu representante legal, vem

requerer a V. Senhoria, nos termos do artigo 121 da Lei nº 6.015, de 31 de

Dezembro de 1973, com as devidas alterações instituídas pela Lei nº 9.042, de 09

de maio de 1995, DOU de 10.05.95, se digne determinar a averbação e

arquivamento da Ata da Assembléia Geral (....), que ora apresenta em 02 (duas)

vias.

Termos em que,

P. deferimento.

_______, ____ de _______ de ______.

_______________________________

NOME DA ASSOCIAÇÃO

Responsável Legal definido no Estatuto

Page 52: Cartilha associação (1)

52

ANEXO XIV

I - Decreto nº 3.100/99 Regulamenta a Lei no 9.790, de 23 de março de 1999, que dispõe sobre a

qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como

Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, institui e disciplina o Termo

de Parceria, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84,

incisos IV e VI, da Constituição,

DECRETA :

Art. 1o O pedido de qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse

Público será dirigido, pela pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos que

preencha os requisitos dos arts. 1o, 2o, 3o e 4o da Lei no 9.790, de 23 de março de

1999, ao Ministério da Justiça por meio do preenchimento de requerimento escrito e

apresentação de cópia autenticada dos seguintes documentos:

I - estatuto registrado em Cartório;

II - ata de eleição de sua atual diretoria;

III - balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício;

IV - declaração de isenção do imposto de renda; e

V - inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes/Cadastro Nacional da Pessoa

Jurídica (CGC/CNPJ).

Art. 2o O responsável pela outorga da qualificação deverá verificar a adequação dos

documentos citados no artigo anterior com o disposto nos arts. 2o, 3o e 4o da Lei no

9.790, de 1999, devendo observar:

I - se a entidade tem finalidade pertencente à lista do art. 3o daquela Lei;

II - se a entidade está excluída da qualificação de acordo com o art. 2o daquela Lei;

III - se o estatuto obedece aos requisitos do art. 4o daquela Lei;

IV - na ata de eleição da diretoria, se é a autoridade competente que está solicitando

a qualificação;

Page 53: Cartilha associação (1)

53

V - se foi apresentado o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do

exercício;

VI - se a entidade apresentou a declaração de isenção do imposto de renda à

Secretaria da Receita Federal; e

VII - se foi apresentado o CGC/CNPJ.

Art. 3o O Ministério da Justiça, após o recebimento do requerimento, terá o prazo de

trinta dias para deferir ou não o pedido de qualificação, ato que será publicado no

Diário Oficial da União no prazo máximo de quinze dias da decisão.

§ 1o No caso de deferimento, o Ministério da Justiça emitirá, no prazo de quinze

dias da decisão, o certificado da requerente como Organização da Sociedade Civil

de Interesse Público.

§ 2o Deverão constar da publicação do indeferimento as razões pelas quais foi

denegado o pedido.

§ 3o A pessoa jurídica sem fins lucrativos que tiver seu pedido de qualificação

indeferido poderá reapresentá-lo a qualquer tempo.

Art. 4o Qualquer cidadão, vedado o anonimato e respeitadas as prerrogativas do

Ministério Público, desde que amparado por evidências de erro ou fraude, é parte

legítima para requerer, judicial ou administrativamente, a perda da qualificação como

Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.

Parágrafo único. A perda da qualificação dar-se-á mediante decisão proferida em

processo administrativo, instaurado no Ministério da Justiça, de ofício ou a pedido do

interessado, ou judicial, de iniciativa popular ou do Ministério Público, nos quais

serão assegurados a ampla defesa e o contraditório.

Art. 5o Qualquer alteração da finalidade ou do regime de funcionamento da

organização, que implique mudança das condições que instruíram sua qualificação,

deverá ser comunicada ao Ministério da Justiça, acompanhada de justificativa, sob

pena de cancelamento da qualificação.

Art. 6o Para fins do art. 3o da Lei no 9.790, de 1999, entende-se:

I - como Assistência Social, o desenvolvimento das atividades previstas no art. 3o da

Lei Orgânica da Assistência Social;

Page 54: Cartilha associação (1)

54

II - por promoção gratuita da saúde e educação, a prestação destes serviços

realizada pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público mediante

financiamento com seus próprios recursos.

§ 1o Não são considerados recursos próprios aqueles gerados pela cobrança de

serviços de qualquer pessoa física ou jurídica, ou obtidos em virtude de repasse ou

arrecadação compulsória.

§ 2o O condicionamento da prestação de serviço ao recebimento de doação,

contrapartida ou equivalente não pode ser considerado como promoção gratuita do

serviço.

Art. 7o Entende-se como benefícios ou vantagens pessoais, nos termos do inciso II

do art. 4o da Lei no 9.790, de 1999, os obtidos:

I - pelos dirigentes da entidade e seus cônjuges, companheiros e parentes colaterais

ou afins até o terceiro grau;

II - pelas pessoas jurídicas das quais os mencionados acima sejam controladores ou

detenham mais de dez por cento das participações societárias.

Art. 8o Será firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como

Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, Termo de Parceria destinado

à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para o fomento e a execução

das atividades de interesse público previstas no art. 3o da Lei no 9.790, de 1999.

Parágrafo único. O Órgão estatal firmará o Termo de Parceria mediante modelo

padrão próprio, do qual constarão os direitos, as responsabilidades e as obrigações

das partes e as cláusulas essenciais descritas no art. 10, § 2o, da Lei no 9.790, de

1999.

Art. 9o O órgão estatal responsável pela celebração do Termo de Parceria verificará

previamente o regular funcionamento da organização.

Art. 10. Para efeitos da consulta mencionada no art. 10, § 1o, da Lei no 9.790, de

1999, o modelo a que se refere o art. 10 deverá ser preenchido e remetido ao

Conselho de Política Pública competente.

§ 1o A manifestação do Conselho de Política Pública será considerada para a

tomada de decisão final em relação ao Termo de Parceria.

Page 55: Cartilha associação (1)

55

§ 2o Caso não exista Conselho de Política Pública da área de atuação

correspondente, o órgão estatal parceiro fica dispensado de realizar a consulta, não

podendo haver substituição por outro Conselho.

§ 3o O Conselho de Política Pública terá o prazo de trinta dias, contado a partir da

data de recebimento da consulta, para se manifestar sobre o Termo de Parceria,

cabendo ao órgão estatal responsável, em última instância, a decisão final sobre a

celebração do respectivo Termo de Parceria.

§ 4o O extrato do Termo de Parceria, conforme modelo constante do Anexo I deste

Decreto, deverá ser publicado pelo órgão estatal parceiro no Diário Oficial, no prazo

máximo de quinze dias após a sua assinatura.

Art. 11. Para efeito do disposto no art. 4o, inciso VII, alíneas "c" e "d", da Lei no

9.790, de 1999, entende-se por prestação de contas a comprovação da correta

aplicação dos recursos repassados à Organização da Sociedade Civil de Interesse

Público.

§ 1o As prestações de contas anuais serão realizadas sobre a totalidade das

operações patrimoniais e resultados das Organizações da Sociedade Civil de

Interesse Público.

§ 2o A prestação de contas será instruída com os seguintes documentos:

I - relatório anual de execução de atividades;

II - demonstração de resultados do exercício;

III - balanço patrimonial;

IV - demonstração das origens e aplicações de recursos;

V - demonstração das mutações do patrimônio social;

VI - notas explicativas das demonstrações contábeis, caso necessário; e

VII - parecer e relatório de auditoria nos termos do art. 20 deste Decreto, se for o

caso.

Art. 12. Para efeito do disposto no § 2o, inciso V, do art. 10 da Lei no 9.790, de 1999,

entende-se por prestação de contas relativa à execução do Termo de Parceria a

comprovação, perante o órgão estatal parceiro, da correta aplicação dos recursos

públicos recebidos e do adimplemento do objeto do Termo de Parceria, mediante a

apresentação dos seguintes documentos:

Page 56: Cartilha associação (1)

56

I - relatório sobre a execução do objeto do Termo de Parceria, contendo comparativo

entre as metas propostas e resultados alcançados;

II - demonstrativo integral da receita e despesa realizadas na execução;

III - parecer e relatório de auditoria, nos casos previstos no art. 20; e

IV - entrega do extrato da execução física e financeira estabelecido no art. 19.

Art. 13. O Termo de Parceria poderá ser celebrado por período superior ao do

exercício fiscal.

§ 1o Caso expire a vigência do Termo de Parceria sem o adimplemento total do seu

objeto pelo órgão parceiro ou havendo excedentes financeiros disponíveis com a

Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, o referido Termo poderá ser

prorrogado.

§ 2o As despesas previstas no Termo de Parceria e realizadas no período

compreendido entre a data original de encerramento e a formalização de nova data

de término serão consideradas como legítimas, desde que cobertas pelo respectivo

empenho.

Art. 14. A liberação de recursos financeiros necessários à execução do Termo de

Parceria far-se-á em conta bancária específica, a ser aberta em banco a ser indicado

pelo órgão estatal parceiro.

Art. 15. A liberação de recursos para a implementação do Termo de Parceria

obedecerá ao respectivo cronograma, salvo se autorizada sua liberação em parcela

única.

Art. 16. É possível a vigência simultânea de um ou mais Termos de Parceria, ainda

que com o mesmo órgão estatal, de acordo com a capacidade operacional da

Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.

Art. 17. O acompanhamento e a fiscalização por parte do Conselho de Política

Pública de que trata o art. 11 da Lei no 9.790, de 1999, não pode introduzir nem

induzir modificação das obrigações estabelecidas pelo Termo de Parceria celebrado.

Page 57: Cartilha associação (1)

57

§ 1o Eventuais recomendações ou sugestões do Conselho sobre o

acompanhamento dos Termos de Parceria deverão ser encaminhadas ao órgão

estatal parceiro, para adoção de providências que entender cabíveis.

§ 2o O órgão estatal parceiro informará ao Conselho sobre suas atividades de

acompanhamento.

Art. 18. O extrato da execução física e financeira, referido no art. 10, § 2o, inciso VI,

da Lei no 9.790, de 1999, deverá ser preenchido pela Organização da Sociedade

Civil de Interesse Público e publicado na imprensa oficial da área de abrangência do

projeto, no prazo máximo de sessenta dias após o término de cada exercício

financeiro, de acordo com o modelo constante do Anexo II deste Decreto.

Art. 19. A Organização da Sociedade Civil de Interesse Público deverá realizar

auditoria independente da aplicação dos recursos objeto do Termo de Parceria, de

acordo com a alínea "c", inciso VII, do art. 4o da Lei no 9.790, de 1999, nos casos em

que o montante de recursos for maior ou igual a R$ 600.000,00 (seiscentos mil

reais).

§ 1o O disposto no caput aplica-se também aos casos onde a Organização da

Sociedade Civil de Interesse Público celebre concomitantemente vários Termos de

Parceria com um ou vários órgãos estatais e cuja soma ultrapasse aquele valor.

§ 2o A auditoria independente deverá ser realizada por pessoa física ou jurídica

habilitada pelos Conselhos Regionais de Contabilidade.

§ 3o Os dispêndios decorrentes dos serviços de auditoria independente deverão ser

incluídas no orçamento do projeto como item de despesa.

§ 4o Na hipótese do § 1o, poderão ser celebrados aditivos para efeito do disposto no

parágrafo anterior.

Art. 20. A comissão de avaliação de que trata o art. 11, § 1o, da Lei no 9.790, de

1999, deverá ser composta por dois membros do respectivo Poder Executivo, um da

Organização da Sociedade Civil de Interesse Público e um membro indicado pelo

Conselho de Política Pública da área de atuação correspondente, quando houver.

Parágrafo único. Competirá à comissão de avaliação monitorar a execução do

Termo de Parceria.

Page 58: Cartilha associação (1)

58

Art. 21. A Organização da Sociedade Civil de Interesse Público fará publicar na

imprensa oficial da União, do Estado ou do Município, no prazo máximo de trinta

dias, contado a partir da assinatura do Termo de Parceria, o regulamento próprio a

que se refere o art. 14 da Lei no 9.790, de 1999, remetendo cópia para conhecimento

do órgão estatal parceiro.

Art. 22. Para os fins dos arts. 12 e 13 da Lei no 9.790, de 1999, a Organização da

Sociedade Civil de Interesse Público indicará, para cada Termo de Parceria, pelo

menos um dirigente, que será responsável pela boa administração dos recursos

recebidos.

Parágrafo único. O nome do dirigente ou dos dirigentes indicados será publicado no

extrato do Termo de Parceria.

Art. 23. A escolha da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, para a

celebração do Termo de Parceria, poderá ser feita por meio de publicação de edital

de concursos de projetos pelo órgão estatal parceiro para obtenção de bens e

serviços e para a realização de atividades, eventos, consultorias, cooperação técnica

e assessoria.

Parágrafo único. Instaurado o processo de seleção por concurso, é vedado ao

Poder Público celebrar Termo de Parceria para o mesmo objeto, fora do concurso

iniciado.

Art. 24. Para a realização de concurso, o órgão estatal parceiro deverá preparar,

com clareza, objetividade e detalhamento, a especificação técnica do bem, do

projeto, da obra ou do serviço a ser obtido ou realizado por meio do Termo de

Parceria.

Art. 25. Do edital do concurso deverá constar, no mínimo, informações sobre:

I - prazos, condições e forma de apresentação das propostas;

II - especificações técnicas do objeto do Termo de Parceria;

III - critérios de seleção e julgamento das propostas;

IV - datas para apresentação de propostas;

V - local de apresentação de propostas;

VI - datas do julgamento e data provável de celebração do Termo de Parceria; e

Page 59: Cartilha associação (1)

59

VII - valor máximo a ser desembolsado.

Art. 26. A Organização da Sociedade Civil de Interesse Público deverá apresentar

seu projeto técnico e o detalhamento dos custos a serem realizados na sua

implementação ao órgão estatal parceiro.

Art. 27. Na seleção e no julgamento dos projetos, levar-se-ão em conta:

I - o mérito intrínseco e adequação ao edital do projeto apresentado;

II - a capacidade técnica e operacional da candidata;

III - a adequação entre os meios sugeridos, seus custos, cronogramas e resultados;

IV - o ajustamento da proposta às especificações técnicas;

V - a regularidade jurídica e institucional da Organização da Sociedade Civil de

Interesse Público; e

VI - a análise dos documentos referidos no art. 12, § 2o, deste Decreto.

Art. 28. Obedecidos aos princípios da administração pública, são inaceitáveis como

critério de seleção, de desqualificação ou pontuação:

I - o local do domicílio da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público ou a

exigência de experiência de trabalho da organização no local de domicílio do órgão

parceiro estatal;

II - a obrigatoriedade de consórcio ou associação com entidades sediadas na

localidade onde deverá ser celebrado o Termo de Parceria;

III - o volume de contrapartida ou qualquer outro benefício oferecido pela

Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.

Art. 29. O julgamento será realizado sobre o conjunto das propostas das

Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, não sendo aceitos como

critérios de julgamento os aspectos jurídicos, administrativos, técnicos ou

operacionais não estipulados no edital do concurso.

Art. 30. O órgão estatal parceiro designará a comissão julgadora do concurso, que

será composta, no mínimo, por um membro do Poder Executivo, um especialista no

tema do concurso e um membro do Conselho de Política Pública da área de

competência, quando houver.

Page 60: Cartilha associação (1)

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§ 1o O trabalho dessa comissão não será remunerado.

§ 2o O órgão estatal deverá instruir a comissão julgadora sobre a pontuação

pertinente a cada item da proposta ou projeto e zelará para que a identificação da

organização proponente seja omitida.

§ 3o A comissão pode solicitar ao órgão estatal parceiro informações adicionais

sobre os projetos.

§ 4o A comissão classificará as propostas das Organizações da Sociedade Civil de

Interesse Público obedecidos aos critérios estabelecidos neste Decreto e no edital.

Art. 31. Após o julgamento definitivo das propostas, a comissão apresentará, na

presença dos concorrentes, os resultados de seu trabalho, indicando os aprovados.

§ 1o O órgão estatal parceiro:

I - não examinará recursos administrativos contra as decisões da comissão

julgadora;

II - não poderá anular ou suspender administrativamente o resultado do concurso

nem celebrar outros Termos de Parceria, com o mesmo objeto, sem antes finalizar o

processo iniciado pelo concurso.

§ 2o Após o anúncio público do resultado do concurso, o órgão estatal parceiro o

homologará, sendo imediata a celebração dos Termos de Parceria pela ordem de

classificação dos aprovados.

Art. 32. O Ministro de Estado da Justiça baixará portaria no prazo de quinze dias, a

partir da publicação deste Decreto, regulamentando os procedimentos para a

qualificação.

Art. 33. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 30 de junho de 1999; 178º da Independência e 111º da República.

(Nome do Órgão Público)

........................................................................................................................................

Extrato de Termo de Parceria

Custo do Projeto: ...................................................................................................................

Local de Realização do Projeto: .............................................................................................

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Data de assinatura do TP: ....../....../..... Início do Projeto: . ...../......./...... Término: ....../......./......

Objeto do Termo de Parceria (descrição sucinta do projeto):

Nome da OSCIP: ............................................................................................................... ............................................................................................................................................

Endereço: ............................................................................................................................ ..............................................................................................................................................

Cidade: ................................................................... UF: ........... CEP: ............................

Tel.: ............................... Fax: ............................ E-mail: ................................................

Nome do responsável pelo projeto: .....................................................................................

Cargo / Função: ...................................................................................................................

Page 62: Cartilha associação (1)

62

(Nome do Órgão Público)

...............................................................................................................................................

Extrato de Relatório de Execução Física e Financeira de Termo de Parceria

Custo do projeto: ...................................................................................................................

Local de realização do projeto: ..............................................................................................

Data de assinatura do TP: ......./......./....... Início do projeto: ......./......./....... Término : ......./......./.......

Objetivos do projeto:

Resultados alcançados:

Custos de Implementação do Projeto

Categorias de despesa Previsto Realizado Diferença

......................................... ......................... ......................... .........................

......................................... ......................... ......................... .........................

......................................... ......................... ......................... .........................

......................................... ......................... ......................... .........................

TOTAIS: ......................... ......................... .........................

Nome da OSCIP: ..................................................................................................................

Endereço: ..............................................................................................................................

Cidade: ................................................................. UF: ............ CEP: ...............................

Tel.: ................................. Fax: .............................. E-mail: ..............................................

Nome do responsável pelo projeto: .......................................................................................

Cargo / Função: .....................................................................................................................