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CARTA DO BRASÃO DE ARMAS DA PARÓQUIA SÃO BENEDITO

ITAJUBÁ (MG)

ARQUIDIOCESE DE POUSO ALEGRE

DESCRIÇÃO

Brasão eclesiástico paroquial. Escudo português de campo em blau (azul) em

perla de jalde (dourado) carregada de um peixe de argente (prata) e um pão de sua

cor partido (nos braços superiores) e duas colheres de pau decussadas (no braço

inferior). Firmada em chefe, uma estrela de doze pontas de argente (prata). À

sinistra e à destra, respectivamente, as letras gregas alfa e ômega de argente

(prata). No abismo do escudo, uma videira de sua cor com frutos.

O escudo é timbrado pela cruz processional de jalde (dourado). Sob o escudo,

encontra-se o listel em jalde (dourado) com o mote PARA QUE SEJAM UM em sable

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(preto). Circunscrito ao brasão, encontra-se o mote em sable (preto): PARÓQUIA

SÃO BENEDITO – ARQUIDIOCESE DE POUSO ALEGRE – 1994 – ITAJUBÁ – MG.

INTERPRETAÇÃO

1. O brasão obedece às regras da heráldica eclesiástica. O formato do escudo é o

português, lembrando as raízes da cidade de Itajubá, onde se assenta a

paróquia. De fato, até mesmo a cor blau (azul) e o metal jalde (dourado) se

fazem presentes também no brasão do município. Portanto, ao assumir os

esmaltes próprios do brasão do município, indica-se onde, territorialmente, está

a paróquia.

2. A cor blau (azul), em heráldica, é o esmalte que representa a virtude cardeal da

justiça. Já o metal jalde (dourado) representa a virtude teologal da caridade. O

metal argente (prata) da estrela de doze pontas e das letras gregas, por sua

vez, representa a virtude teologal da fé. Estes são três aspectos inerentes à

pregação do Reino de Deus.

3. A perla em jalde (dourado) é comum na heráldica eclesiástica e representa a

Santíssima Trindade, a comunidade perfeita. Estando, portanto, figurada no

brasão, quer ser sinal de unidade e amor para as comunidades da paróquia.

4. A videira é colocada na região do escudo chamada abismo ou coração, mostrando

a importância da mesma na figuração total do brasão da paróquia. No conjunto,

ela está ligada ao lema da paróquia e apresenta o desejo de Jesus de que todos

os seus seguidores mantenham-se ligados a Ele: “Eu sou a videira verdadeira, e

meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta;

e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda” (Jo 15, 1-2).

5. A estrela de doze pontas em argente (prata) firmada em chefe quer simbolizar

as doze comunidades que formam a paróquia: São Benedito (matriz), Santa Rosa

de Lima, São Sebastião, Santa Rita de Cássia (Santa Rita), Nossa Senhora de

Fátima, Santa Rita de Cássia (Estância), Sagrado Coração de Jesus (Pedra

Preta), Santo Antônio (Ponte Santo Antônio), Nossa Senhora das Graças

(Cantagalo), Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora Aparecida (Morro

Grande).

6. As letras gregas em argente (prata) à sinistra (esquerda) e à destra (direita)

do brasão designam o título de Cristo como o Princípio e o Fim de tudo,

conforme relatado pelo livro do Apocalipse.

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7. O peixe em argente (prata) e o pão de sua cor partido representam os dois

milagres de São Benedito, padroeiro da paróquia. O peixe advém do seguinte

fato: o Capítulo da Ordem iria se realizar no Convento. Devido à neve, os frades

não poderiam mendigar conforme a Regra estabelecia. Por descuido, o Superior

não providenciou o necessário. Como a situação era grave, Benedito chamou um

de seus auxiliares e o mandou encher umas vasilhas de água. Diante do espanto

do Irmão, que sabia não haver carnes ou peixes para a refeição, Benedito

replicou: enche as vasilhas e cobre-as com tábuas. Recolheu-se aos seus

aposentos e pôs-se a rezar. Ao amanhecer, chama seu auxiliar e vão à cozinha.

Ali ocorreu o milagre: grandes peixes, suficientes para várias refeições,

estavam nas panelas. Já o pão procede do seguinte relato: após servir os

pobres, Frei Vito vira chegar soldados espanhóis famintos e sedentos.

Assustado, viu que havia poucos pães em seu cesto. Instado por Benedito a

servir os soldados, percebeu que o cesto não se esvaziava e assim pôde

alimentar grande contingente de soldados.

8. As colheres de pau decussadas (cruzadas) fazem menção ao ofício de cozinheiro

de São Benedito dentro da ordem, no qual ele juntou a atividade de Marta à

contemplação de Maria (Lc 10, 38-42). Fez da cozinha um santuário de oração,

vivendo sempre alegre e cheio de mansidão para com todos, sendo hoje

aclamado como padroeiro dos cozinheiros.

9. A cruz processional é o timbre próprio de brasões paroquiais. Lembra que os

cristãos são peregrinos nesse mundo.

10. O mote ou lema é retirado do Evangelho segundo João, capítulo 17, versículo 11,

da oração sacerdotal de Jesus, remontando ao pedido de Jesus para que todos

os seus seguidores sejam um só, como Ele e o Pai são um só. A cor sable (preto)

representa a virtude da prudência.

11. O mote circunscrito ao brasão é designativo do nome da paróquia, bem como de

sua pertença à Arquidiocese de Pouso Alegre, de seu ano de fundação (1994) e

da cidade onde está assentada (Itajubá – MG).

Brasão e carta de armas elaborados por Edvaldo Ribeiro de Souza Agosto de 2014