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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 1 Soares da Costa Construção, SGPS, SA 2012

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 1

Soares da Costa Construção, SGPS, SA

2012

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 2

01. RELATÓRIO DE GESTÃO

Destaques

Introdução

.1 O Grupo Soares da Costa

.2 Responsabilidade Social Corporativa

.3 Atividade3.1 Enquadramento

3.2 Produção - Áreas de Negócio

3.3 Área Comercial

3.4 Organização

3.5 Recursos Humanos

.4 Análise Económica e Financeira4.1 Contas Individuais

4.2 Contas Consolidadas

.5 Gestão de Riscos

.6 Perspectivas para 2013

.7 Fatos Relevantes Após o Termo do Exercício

.8 Outras Informações Legais

.9 Reconhecimento

.10 Proposta de Aplicação de Resultados

02. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

03. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E NOTAS EXPLICATIVAS DAS CONTAS INDIVIDUAIS

04. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

05. PARECERES E CERTIFICAÇÕES

Índice

4

5

6

11

11

11

15

23

26

26

29

29

30

34

35

36

36

37

37

40

45

68

74

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 3

RELATÓRIO DE GESTÃO

Pousada da Serra da Estrela // Serra da Estrela Inn Portugal

portfolio completo disponível em //complete portfolio available in: www.portfolio.soaresdacosta.pt

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 4

> Volume de negócios (VN) consolidado atinge 712,5 milhões de Euros, situando-se 10,5% abaixo do valor do ano anterior, reflexo de uma descida acentuada do mercado doméstico (-34,3%);

> VN no mercado externo cresce 1,3% para 538,9 milhões de Euros, representando uma quota superior a 75%;

> Reestruturação organizacional e operacional (realocação e redução de efetivos e fusão por incorpora-ção da Contacto) e financeira (reescalonamento das maturidades do endividamento);

> EBITDA de 29,0 milhões de Euros (47,7 milhões de Euros em 2011) é prejudicado por custos não re-correntes;

> Margem EBITDA recorrente de 6,8% melhora 0,7 pontos percentuais face ao ano anterior;

> Resultados financeiros situam-se em -28,1 milhões de Euros (-13,3 milhões de Euros do ano ante-rior);

> Custos de reestruturação e imparidades de créditos (Portugal, Angola e EUA) afetam significativa-mente o resultado antes de imposto de -49,8 milhões de Euros (+12,6 milhões em 2011);

> Resultado consolidado atribuído ao Grupo negativo de 37,8 milhões de Euros (+8,1 milhões de Euros em 2011);

> Resultado líquido individual cifra-se em -8,6 milhões de Euros (12,8 milhões um ano antes), influen-ciado pelo registo de uma imparidade no investimento financeiro dos EUA de 20,2 milhões de Euros.

PrinciPais indicadores consolidados da área de negócio (an) construção

(milhões de euros)

2012 2011 Variação

Volume de negócios 712,5 796,2 -10,5%

Portugal 173,6 264,2 -34,3%

Mercado externo 538,9 532,0 1,3%

eBiTdA recorrente 50,1 49,0 2,4%

Margem eBiTdA recorrente/Vn 7,0% 6,1% +0,9p.p

Resultados Financeiros -28,1 -13,3 -

Resultados antes de impostos -49,8 12,6 -

Resultado Líquido consolidado -37,8 8,1 -

nota: eBiTdA recorrente é o eBiTdA ajustado sem custos de rescisões com colaboradores e incobráveis

deSTAQUeS

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 5

inTROdUÇÃO

O conselho de Administração da Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A., no cumprimento das disposições legais e estatutárias apresenta e submete à apreciação da Assembleia Geral de Acionistas, o Relatório de Gestão, as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012.

estes documentos dão conhecimento sobre a evolução dos negócios, o desempenho e a posição financeira da Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A. e das principais sociedades em que participa, bem como sobre os principais riscos e incertezas com que se defronta.

Os dados contabilísticos apresentados quer respeitantes às demonstrações financeiras individuais da so-ciedade quer no contexto das contas consolidadas devem ser interpretados à luz das normas internacionais (iAS/iFRS: normas internacionais de contabilidade/ normas internacionais de Relato Financeiro), tal como adotadas na União europeia.

Mais se informa que, enquanto entidade totalmente detida pela sociedade Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A., sociedade aberta ao investimento do público, a Soares da costa construção S.G.P.S., S.A. não está su-jeita a obrigação legal de elaboração e divulgação de contas consolidadas, cabendo essa responsabilidade à empresa-mãe. Assim, as contas consolidadas que aqui se apresentam assumem um caráter facultativo sendo, porém, elaboradas segundo o quadro normativo internacional já acima referido e transmitem a di-mensão conjunta e a performance da atividade da área de negócios da construção do Grupo Soares da costa.

A informação financeira relativa a cada empresa participada individualmente referida neste relatório deve ser entendida no contexto do seu interesse para a compreensão da atividade e desempenho da área de cons-trução e não substitui as demonstrações financeiras que cada sociedade elabora e apresenta nos termos da legislação vigente.

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 6

O GRUPO SOAReS dA cOSTA.1na sua qualidade de estrutura coordenadora de toda a atividade do Grupo Soares da costa diretamente ligada à construção, é à Soares da costa constru-ção, S.G.P.S., S.A. que incumbe a responsabilidade de, através deste segmento de atividade - um dos dois considerados estratégicos no Grupo (a par das concessões/ Serviços) - realizar a missão deste, ou seja, a de «corresponder às exigências do mer-cado e dos seus clientes, através de um modelo de negócio sustentado, recursos qualificados e motivados, geradores de valor económico, social e ambiental, de modo a proporcionar um retorno atrativo aos acionistas».

esta missão é prosseguida não ao acaso ou de modo aleatório, antes através do sulco de caminhos exigentes e difíceis mas bem orientados e que se consubstanciam na prática reiterada de valores que, sendo definidos ao nível geral do Grupo, são orgu-lhosamente partilhados pela Sociedade:

> Orientação permanente para o mercado e para asatisfação do cliente;

> eficácia e eficiência da gestão;> integridade e ética;> conduta socialmente responsável;> Respeito pelo ambiente.

referências Históricas

A Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A., de um ponto de vista formal, nasceu em 30 de dezem-bro de 2002, tendo sido criada mediante o apport pelo seu acionista único – o Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A. – do portfolio de participações sociais da área de negócios da construção.

Todavia, remontam a 1918 as origens do que é hoje o Grupo Soares da costa. de pequena empresa com 10 operários dedicada essencialmente à execução de acabamentos de alta qualidade a um dos maio-res grupos económicos portugueses com presença global, toda a história da empresa se encontra inti-mamente ligada ao negócio da construção.

no decorrer da sua já longa existência, a empresa atravessou várias fases de crescimento, acompa-nhando sempre os sinais dos tempos:

> em 1944, converte-se numa sociedade por quotas, com 8 milhões de escudos de capital;

> em 1968, e já com atividade em toda a região norte de Portugal, transforma-se em Sociedade Anónima com um capital de 9 milhões de escudos, ainda detido inteiramente pelos herdeiros do fundador;

> no período que se seguiu à Revolução de 1974, e reagindo com inovação à crise que então se insta-lou no mercado, a empresa encontrou na constru-ção, utilizando tecnologia de “cofragem túnel”, a porta para a continuação do seu crescimento. em 1977, já com mais de 4.000 trabalhadores, a sede social é transferida para um novo edifício na Ave-nida da Boavista;

> no início da década de 80 do século passado, é iniciada a expansão internacional da empresa, sendo a Venezuela e a Guiné-Bissau os países eleitos como pioneiros. O seu capital social passa a ser de 180 milhões de escudos;

> É também na mesma década que, aproveitando a explosão de crescimento das infraestruturas do país que a adesão à comunidade europeia anun-ciava, a atividade da empresa sai da quase ex-clusividade dos edifícios e se alarga à construção dessas infraestruturas;

> em 1988, e após uma mudança acionista interna que, sem ainda perder o carácter familiar, levou a empresa a um período de maior exposição ao Mercado Financeiro, procede-se a um novo au-mento de capital, para 5.250.000 contos;

> durante as décadas de 80 e 90, a atividade in-ternacional da empresa diversifica-se e o volume de exportações cresce. A presença em Mercados tão distantes entre si como iraque, Macau, egipto, Guiana, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, cabo Verde e Alemanha são exemplos da clarividência na busca de oportunidades e da capacidade para as aproveitar;

> A entrada da empresa no mercado dos estados Unidos da América deu-se em 1994, com a cons-tituição da Sdc contractor inc.;

> em 2002 dá-se uma nova reestruturação que conduziu à formalização do grupo económico. A Sociedade de construções Soares da costa, S.A., converte-se numa sociedade gestora de partici-

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 7

1 Vide comunicado no sítio da cMVM

pações sociais, a Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A., com o capital social de 160 milhões de euros, que por sua vez detém inteiramente o capital social de quatro outras sociedades gestoras de participações sociais, cada uma delas encabeçan-do as participações do respectivo segmento de negócios. À Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A., cabe-lhe a missão de gerir todo o negócio da construção, sendo constituída com o capital social nominal de 90 milhões de euros;

> O período compreendido entre o final do ano de 2006 e o início de 2007 é outro marco histórico para a empresa, com a obtenção por parte do Grupo investifino - investimentos e Participações, S.A. do controlo do Grupo Soares da costa. O ca-ráter familiar que, até então, estava intimamente ligado à gestão (e, sobretudo, à imagem da em-presa) desaparece, dando origem a uma nova filo-sofia de gestão, mais profissionalizada e moderna.

É longa e complexa a história do Grupo Soares da costa no mercado da construção, mas nas suas várias fases sempre procurou e soube encontrar espaço para modernização e crescimento. desta forma, a Soares da costa construção S.G.P.S., S.A. tem a responsabilidade de honrar com a sua ativida-de os pergaminhos de que é depositária, vendo no seu passado o exemplo mas sabendo sempre en-contrar no presente o caminho de crescimento que lhe garanta o futuro.

daí que competindo-lhe a gestão e o desenvolvi-mento do negócio da construção, uma das áreas estratégicas de negócios do Grupo, a sociedade evi-dencia um grande crescimento e dinâmica desde que nasceu formalmente. em 2008, procedeu às aquisi-ções da Contacto em Portugal e da Prince, no estado da Florida, estados Unidos da América, para além da integração da Clear adquirida à área industrial.

no decurso do ano de 2011 incorporou, por fusão, a Soares da costa indústria, S.G.P.S., S.A.. nesse mesmo ano, tendo em conta as substanciais alte-rações do contexto macroeconómico, a escassez de financiamento e a forte contração do mercado de construção doméstico, a gestão do Grupo Soares da costa procedeu ao ajustamento do seu plano estratégico 1. esta atualização direciona as linhas de orientação estratégica para a INTERNACIONALIZA-ÇÃO, para a ÁREA DE NEGÓCIOS DA CONSTRUÇÃO e para a SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA das ativi-dades. Assim, visando assegurar um nível de cres-cimento da atividade do Grupo compatível com as condicionantes externas, nomeadamente de índole financeira, protegendo os níveis de rentabilidade e possibilitando, no final do período de aplicação do plano (2015), atingir uma expressiva redução do endividamento, foram selecionados os seguintes ve-tores de atuação:

> Manutenção do crescimento em África

> desenvolvimento do mercado brasileiro por via or-gânica, perspetivando uma aquisição a médio prazo

> Permanência dos estados Unidos, com enfoque na rentabilidade

> Adiamento dos investimentos em novos negócios de energia e Ambiente

> Alienação de ativos

> concessões: minimização de necessidades de capital

> Redução de custos de estrutura

nem todos estes vetores de atuação se relacio-nam com a área de negócios da construção e, por isso, com a sociedade a que respeita este relatório. Porém, dado o enfoque na construção e sendo esta a holding de participações desta área de negócios, assume um papel fundamental na implementação e concretização desta estratégia.

órgãos sociais

Os órgãos sociais da Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A. à data do início do exercício de 2012 tinham a seguinte composição válida para o manda-to (2010-2012):

MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL

Presidente > Jorge Manuel Oliveira AlvesSecretário > Pedro Miguel Tigre Falcão Queirós

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente > António Manuel Pereira caldas decastro HenriquesVice-Presidente > Jorge domingues Grade MendesVogais > Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade SantosPaulo eugénio Peixoto Ferreiracarlos Alberto Príncipe dos SantosRoberto António Pereira PisoeiroLuís Miguel Andrade Mendanha GonçalvesAntónio José cadete Paisana Ferreira

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 8

FISCAL ÚNICO

Efetivo > Grant Thornton & Associados – SROc, LdaRepresentada por Joaquim Filipe Martins de Moura AreosaSuplente > José carlos nogueira Faria e Matos

durante o exercício de 2012 a composição do con-selho de Administração sofreu algumas alterações, com a renúncia dos seguintes administradores:

> Paulo eugénio Peixoto Ferreira (renúncia por carta recebida em 22/03/2012);

> António José cadete Paisana Ferreira (renúncia por carta recebida em 14/05/2012);

> António Manuel Lima de Miranda esteves (renún-cia por carta recebida em 14/05/2012);

> Paulo Jorge dos Santos Pinto Leal (renúncia por carta recebida em 14/05/2012);

> carlos Alberto Príncipe Santos (renúncia por carta recebida em 14/05/2012),

Por sua vez, através da deliberação de 1 de junho de 2012 foram nomeados até ao final do mandato 2010-2012, como vogais do conselho de Adminis-tração, daniel Heihn Pinto da Silva e Fernando Jorge Salas nogueira.

Por conseguinte, à data deste Relatório a composi-ção do conselho de Administração é como segue:

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPresidente > António Manuel Pereira caldas de castro HenriquesVice-Presidente > Jorge domingues Grade MendesVogais > Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade SantosLuís Miguel Andrade Mendanha Gonçalvesdaniel Hehn Pinto da SilvaFernando Jorge Sales nogueira

A estrutura organizativa atual apresenta-se no se-guinte diagrama da página seguinte:

José Fontes

PRINCE

ChairmanAntónio Miranda Esteves

Administrador ExecutivoCadete Ferreira

PRESIDENTE

António Castro Henriques

VICE-PRESIDENTE

Jorge Grade Mendes

PORTUGAL CEO

Luís Mendanha

DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS

Fernando Nogueira

VOGAL

Gonçalo Andrade Santos

PORTUGAL

OUTROS MERCADOS

EUA

SOMAFEL

BRASIL

Paulo LealCLEAR

GUINÉ EQUATORIAL

S. TOMÉ E PRÍNCIPE

COSTA RICA

EMIRADOS

ROMÉNIA

ÁFRICA CEO

Daniel Pinto da Silva

Daniel BarreiraJorge RochaAntónio Cortes

Rui CarritoVieira de Magalhães

ANGOLA

MOÇAMBIQUE

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 9

acionistas

O capital social é de 131.080.340 euros, represen-tado por 26.216.068 ações nominativas de valor nominal unitário de 5 euros. A totalidade do capital social, desde a constituição da sociedade em 31 de dezembro de 2002, é detida pela sociedade Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A..

em cumprimento do disposto na alínea d) do número 5 do artigo 66º do código das Sociedades comerciais informa-se que a Sociedade não detém nem transacionou no exercício findo quaisquer ações próprias.

organização da sociedade

A Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A., enquan-to entidade gestora da área de negócios da construção do Grupo Soares da costa, exerce a sua atividade através da gestão das participações nas várias em-presas deste segmento, dedicadas à execução de obras de construção civil, engenharia e infraestruturas.

Todos os membros que constituem o conselho de administração têm funções executivas, repartindo a coordenação das várias participações da Sociedade.

novas ParticiPações e alterações no Perímetro de consolidação da an cons-trução durante o exercício de 2012

> Fusão por incorporação da sociedade “contacto – Sociedade de construções, S.A.” na “Sociedade de construções Soares da costa, S.A.”.

> inclusão no perímetro de consolidação da socieda-de Linha 3 cezarina – construções, Ltda, uma so-ciedade de propósito específico de direito brasilei-ro, detida pelo grupo em 50%, cujo objeto social é

o de promover o planeamento, desenvolvimento e a execução das obras para a implantação do pro-jeto da linha 3 da Fábrica de cimento de cezarina, no Município de cezarina, estado de Goíás.

de seguida representa-se o organigrama de partici-pações da Sociedade:

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 10

95%

VSL, SAGrupul Portughez de

Constructii

17,9% 50%

VORTAL, SGPS, SA

50%SDC América, INC100%

SDC Construção, SGPS, SA

Porto ConstructionGroup, LLC

60%

80%

100%

11,3%

7,24%

100%

(1) Adicionalmente, a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. detém uma participação de 1% no capital social da MTA – Máquinas e Tractores de Angola, Lda.

Prince, LLC100%

SDC ConstructionServices, LLC

SDC Contractor, LLC

MTA, LDA.(1)

CLEAR ANGOLA, SA

GCF, ACE

40%

Três ponto dois, ACE

Estádio Coimbra, ACE

ASSOC-Estádio deBraga, ACE

TRANSMETRO, ACE

SdC e Lena, ACE

NORMETRO, ACE

50%

60%

28,57%

50%

Somague-SDC, ACE

40% Estádio de BragaAcabamentos, ACE

Teatro Circo, ACE

50%

50%

Nova Estação, ACE25%

GCVC, ACE

Matosinhos, ACE28,57%

28,57%

HidroAlqueva, ACE 50%

Israel Metro Builders30%

CAET XXI, ACE50%

Método Integral Método Proporcional E. Patrimonial Custo de aquisição

95%

Construtora - S.José-Caldera, SA

Construtora - S.José-Ramon, SA.

17%

100%

LGC – Linha de Gondomar, ACE

GACE – Gondomar,ACE

30%

24%

CFE – Indústria de Condutas, S.A,

33,33%

SDC Emirates, LLC

CLEAR, SA

SDC ConstruccionesCentro Americanas, SA

49%

Coordenação & SDC

100%

LGV, ACE 17,25%

33%

SDC S. Tomé e Príncipe,Construções, Lda.

80%SDC Moçambique, SARL

100%

100%

Carta Angola, Lda99%

100% CARTA, LDA

GEC – Guiné Ecuatorial Construcciones

51%

SDC/Contacto, ACE

Soc. ConstruçõesSoares da Costa, SA

1%

100%

45%

40%

60%

5%

100%

SOCOMETAL, SA

SOMAFEL, SA

100%

OFM, SA

Somafel,Ltda.(Brasil)

Somafel e Ferrovias.,ACE

Alsoma, AEIE

Traversofer, SARL50%

CERENNA, SA51%

Soares da Costa Brasil, Ltda41,12%58,88%

50%Terceira Onda, Lda

SANTOLINA Holding B.V

100%

Linha 3 - Cezarina, Ltda50%

Soares da Costa CS, LLC100%

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 11

ReSPOnSABiLidAde SOciAL cORPORATiVA

ATiVidAde

.2

.3

A estratégia de responsabilidade social corporativa e as iniciativas que dela derivam são implementadas no âmbito das linhas de orientação definidas para o Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A., a holding do Grupo e que integra a área de negócio da constru-ção. O desempenho da empresa nesta temática e os factos relevantes decorridos no ano de 2012 en-contram-se desenvolvidos em pormenor no relatório

ENQUADRAMENTO

análise geral

À escala mundial, o ano de 2012 manteve a ten-dência já revelada no ano anterior de um enfra-quecimento do crescimento com a permanência de fatores de grande incerteza e de exigentes desafios em várias áreas e blocos económicos do globo. O produto mundial, pelas projeções feitas em outubro de 2012 pelo Fundo Monetário internacional, ter--se-á expandido 3,3% 2 continuando a ter como motor as economias emergentes, com a Ásia na liderança, uma vez que nas economias avançadas, nomeadamente na europa e nos estados Unidos da América, permanece uma incapacidade de reconstruir a confiança numa base sólida de médio-prazo, em cenários de prossecução de políticas de consolida-ção fiscal e de um sistema financeiro ainda a revelar debilidades que não permitem o seu funcionamento em termos eficientes.

A economia dos eUA terá tido uma expansão no ano findo de 2,2%, podendo em 2013 registar-se um abrandamento do crescimento (+1,7%). Ao fim do período eleitoral com a reeleição do presidente Barack Obama sucedeu uma difícil discussão sobre a política orçamental a requerer consenso político para evitar o precipício orçamental (“fiscal cliff”). A

3.1

e contas do Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A., dando-se destaque às iniciativas de responsabili-dade social interna (que visam os colaboradores da empresa e seus familiares), responsabilidade social externa (em colaboração com entidades externas e comunidades envolventes das diferentes geografias onde a Soares da costa desenvolve as suas ativida-des) e responsabilidade ambiental.

definição de uma estratégia credível de consolidação orçamental e de sustentabilidade da dívida pública (e que no curto prazo evite os cortes automáticos de despesa) continua como um importante desafio em 2013. Pelo lado positivo, o processo de correção do mercado imobiliário dá mostras de estar próximo do fim com a redução dos stocks e um melhor com-portamento dos preços.

A Zona euro, afetada pela intensificação da crise da dívida soberana e com os défices orçamentais, es-pecialmente nos países do sul, viu em 2012 a sua atividade económica muito condicionada, apresen-tando uma variação do produto negativa (-0,4%), em resultado de um ténue crescimento na Alemanha, prática estagnação em França e quebras na ordem dos 2 a 3% em espanha, itália e Portugal, para já não citar a Grécia que, tendo estado no epicentro da crise (tendo-se assistido à reestruturação da dívida dos credores privados e a um segundo empréstimo) terá apresentado uma quebra do produto superior a 6%. este quadro não sofrerá, expetavelmente, e segundo as projeções do organismo internacional já citado, alterações de melhoria muito significativas em 2013.

2 iMF – World economic Outlook, outubro 2012

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 12

economia Portuguesa

A implementação de medidas - e as respetivas con-sequências - no âmbito do Programa de Assistência económica e Financeira (PAeF) do estado português junto do Fundo Monetário internacional e da União europeia, formalizado ainda em 2011, dominou o panorama da vida económica nacional do último ano que decorreu sob uma orientação fortemente contracionista e pro-cíclica da política orçamental e num contexto de restritividade das condições mone-tárias e financeiras.

A paralisação do investimento público e as medidas de agravamento fiscal visando a consolidação or-çamental refletem-se numa elevada contração do consumo interno e os elevados níveis de alavanca-gem financeira do tecido empresarial esbarram na incapacidade do sistema financeiro de acompanhar seja a promoção do investimento ainda resistente, seja o apoio das necessidades de liquidez, quer em volume quer em condições (taxas de juro muito mais elevadas do que nos peers europeus) num cenário em que os reflexos das medidas de ajus-tamento dos desequilíbrios macroeconómicos e de caráter estrutural encetadas têm, naturalmente, um horizonte temporal mais alargado.

O investimento manteve uma trajetória de queda pronunciada tendo alcançado valores mínimos desde 1995, em volume.

com a salvaguarda do setor exportador que vem de-monstrando ainda uma boa dinâmica, o ano de 2012 caraterizou-se, assim, por reflexos recessivos mais amplificados do que era esperado, até pelas entidades internacionais, conduzindo a um elevado número de insolvências e a um abrupto downsizing nas estrutu-ras das empresas como modo de adaptação à redu-ção substancial da procura no mercado interno sentido na economia em geral e em certos particulares seto-res, como é o caso da engenharia e construção civil.

neste quadro, assistiu-se a uma forte quebra do pro-duto e a um significativo aumento do desemprego.

Assim, o Banco de Portugal no seu Boletim de inverno 3 avançou com uma contração da economia portu-guesa de 3,0% em 2012, prevendo uma contração de 1,9% em 2013 (mais severa do que a queda de 1% inscrita pelo Governo no Orçamento de estado, aliás, já entretanto publicamente revista para 2%) e proje-tando um crescimento do produto em 2014 (+1,3%) sujeito, porém, à verificação de pressupostos de comportamento de variáveis exógenas relativamente

favoráveis. dados mais recentemente divulgados pelo ine colocam a taxa de variação anual do PiB em 2012 num patamar ainda mais negativo -3,2% em resul-tado duma quebra mais pronunciada verificada no 4º trimestre (-3,8% face ao homólogo do ano anterior). 4

Por outro lado, observaram-se progressos no “pro-cesso de ajustamento” nomeadamente ao nível da melhoria e até reequilíbrio do saldo da balança corrente e de capitais, com um crescimento das ex-portações de +4,1% (ainda que tendendo a eviden-ciar um ritmo decrescente), reveladora de ganhos efetivos de quota de mercado e a uma forte redução das importações (-6,9%). Ao nível do défice orça-mental, com a consideração do impacto de medidas extraordinárias, poder-se á ter alcançado o objetivo constante do compromisso revisto com a troika, de ficar limitado a 5,0% do PiB.

num quadro europeu caraterizado ainda por alguma incerteza ao nível da capacidade de resposta por parte das autoridades da UeM em lidar com a questão das dívidas soberanas e de dissociá-la do contágio com os bancos, a perceção de risco dos investidores externos sobre a economia portuguesa apresentou alguns sinais de melhoria; estes sinais foram reforçados já em 2013 pelos resultados al-cançados com a emissão de dívida pública a médio prazo do estado português, realizada em janeiro, no que constituiu o regresso aos mercados financeiros internacionais num calendário antecipado relativa-mente ao previsto.

em termos de inflação, em 2012, o Índice de Preços no consumidor (iPc) registou uma taxa de variação média de 2,8% (3,7% no ano anterior). Para esta desaceleração terá contribuído o aumento menos expressivo dos preços dos produtos energéticos (com o respetivo índice a passar de uma taxa de variação de 12,7% em 2011 para 9,6% em 2012) e, também, a diminuição de 4,1 p.p na taxa de va-riação média da classe da Saúde que se fixou em 0,4% em 2012, motivada pela revisão dos preços dos medicamentos. O Índice Harmonizado de Preços no consumidor (iHPc) também apresentou em 2012 uma taxa de variação de 2,8% (3,6% em 2011). 5

O desemprego continua a ter uma evolução deveras preocupante, registando Portugal a terceira maior taxa (após a espanha e a Grécia) entre os 27 países da União europeia e mantendo uma trajetória de subida durante o ano de 2012.

3 Boletim económico de inverno 2012, Banco de Portugal, 15 de janeiro de 2013

4 contas nacionais Trimestrais - estimativa Rápida 4º trimestre de 2012, ine,14 de fevereiro de 2013

5 Índice de Preços no consumidor, dezembro de 2012, ine, 11 Jan 2013

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 13

Os dados recentes disponibilizados pelo ine 6 colocam a taxa de desemprego estimada no 4º trimestre de 2012 em 16,9%, superior em 1,1 pontos percentuais à do trimestre anterior e em 2,9 pontos percentuais relativamente ao período homólogo do ano transa-to. este agravamento determina que a taxa de de-semprego média anual se situe em 2012, em 15,7%

6 estatísticas do emprego – 4º trimestre de 2012 – 13 fevereiro de 20137 Índices de Produção, emprego e Remunerações na construção, dezembro de 2012, ine, 11 de fevereiro de 2013

8 conjuntura da construção, nº 66, janeiro/2013, FePicOP

o que representa um acréscimo de 2,9 pontos per-centuais em relação ao ano anterior. Assim, no final do ano, a população desempregada atingiu as 860,1 mil pessoas, tendo aumentado 21,8% em relação ao anoanterior (mais 154,0 mil pessoas). A população empregada registou um decréscimo anual de 4,2% (menos 202,3 mil pessoas).

mercado interno: o setor da construção

em 2012 os indicadores da produção do setor da construção traduzem invariavelmente a degradação da procura seja pública ou privada, revelando níveis que se vão apresentando sucessivamente como mínimos históricos. A taxa de variação média anual do Índice de Produção na construção foi de -17,0% (quando em 2011 já havia observado uma queda de 10,7%) em resultado de uma variação de -18,1% no segmento de engenharia civil e de uma queda, menos pronunciada mas ainda assim muito signifi-cativa, de -15,7% na construção de edifícios. 7

esta forte recessão é traduzida na quebra do consu-mo de cimento no mercado nacional que se situou em 26,9% relativamente ao ano anterior e assumin-do o valor mais baixo desde 1973.

O problema da quebra de investimento não é um pro-blema que tenha surgido apenas em 2012. Analisando os relatórios produzidos pelo Banco de Portugal com base em dados do instituto nacional de estatística, observa-se que a Formação Bruta de capital Fixo tem vindo a decrescer sustentadamente desde 2002, com variações periódicas ditadas pelas lógicas eleitorais.

formação Bruta de caPital fixo em construção – taxa de variação anual

O problema real agrava-se quando os fracos cres-cimentos do PiB verificados na última década (ou mesmo variações negativas em 2003, e nos anos mais recentes) são acompanhados por uma redução sistemática do peso da construção (desde 2002 inclusive).

O aprofundamento deste ciclo recessivo traduz-se inevitavelmente na redução do emprego, com a taxa de variação média nos últimos doze meses a situar--se em -17,1%, ou seja praticamente proporcional à redução do índice de produção (-17,0%).

este clima recessivo prolongar-se-á, a crer na redu-ção a que se assistiu no valor dos concursos públicos promovidos e nas adjudicações realizadas (1.695,9 milhões de euros e 1.174,4 milhões de euros, res-petivamente, refletindo quebras de 44,4% e 51,6%, nos primeiros onze meses do ano). 8 Similarmente, assistiu-se a quebras substanciais no licenciamento relativamente à construção nova (em todo o tipo de edifícios: residenciais e comerciais, destinados a transportes e comunicações e destinados ao turis-mo) e até nas licenças de reabilitação e demolição, comprovativo de que nem o segmento de reabilita-ção urbana se apresenta com o dinamismo suficiente para que se constitua e funcione como um lenitivo.

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

15%

10%

5%

0%

-5%

-10%

-15%

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 14

mercado externo

Fazemos de seguida uma breve referência ao enqua-dramento macroeconómico nos principais mercados externos de intervenção direta da sociedade:

> Angolaem Maio de 2012, após a sexta avaliação, foi con-cluído com sucesso o Programa Stand-By aprovado em novembro de 2009 entre o executivo angolano e o Fundo Monetário internacional, resultando na dis-ponibilização da última tranche de financiamento.

O ato eleitoral de 31 de agosto, traduziu-se pela conquista da maioria absoluta no parlamento pelo partido incumbente (MPLA), com 72% dos votos assistindo-se, assim, à renovação do mandato do Presidente da República, José eduardo dos Santos.

As previsões formuladas pelo FMi 9 quanto ao com-portamento da economia angolana apontam para um crescimento do produto em termos reais de 6,8% em 2012 e uma previsão de 5,5% em 2013, com as taxas de crescimento sem o setor petrolífero a situarem--se em 6,0% e 6,8% para os mesmos períodos. Os setores da construção, energia e transportes serão os principais motores de crescimento do PiB não pe-trolífero, beneficiando do investimento público e da regularização do pagamento de atrasados.

Prevalecem, no entanto, factores externos de in-certeza - crise financeira na europa e a recuperação do crescimento nos eUA - bastante condicionantes sobre o consumo global de petróleo e, concomitan-temente, sobre as exportações de Angola.

Por outro lado a execução coordenada das políti-cas fiscal e monetária e a estabilidade da taxa de câmbio constituem fatores determinantes para a es-tabilidade dos preços na economia angolana, tendo a taxa de inflação atingido no mês de agosto, e pela primeira vez, o nível de um dígito, prevendo-se para o final do ano que se tenha mantido dentro do ob-jectivo de 10% determinado pelo Governo.

> MOÇAMBIQUEneste país, o FMi, ao contrário do verificado para as previsões de crescimento da maioria das economias avançadas e emergentes, reviu em alta o cresci-mento económico em 2012 e 2013 para 7,5% 10 e 8,4% respetivamente (da anterior previsão de 6,7% e 7,2%).

esta aceleração do ritmo de expansão do crescimen-to da economia moçambicana deve-se aos avanços promovidos pelo investimento directo estrangeiro no desenvolvimento do setor mineiro (em especial no carvão e no gás), mas assiste-se a uma evolu-ção geral positiva dos vários setores de atividade, com a agricultura (que continua a ser o principal setor de atividade, representando cerca de 30% do PiB do país), comércio e serviços de reparação, a construção, transportes e comunicações a revelarem dinamismo, alavancados por elevados investimentos públicos e privados.

A insuficiência do setor de transportes, constituindo uma barreira ao potencial de desenvolvimento da in-dústria extrativa, coloca a ênfase na necessidade do incremento do investimento orientado para a mo-dernização das infraestruturas neste setor.

O controlo da inflação verificado nos últimos meses, o bom desempenho do setor agrícola e a relativa estabilidade em termos cambiais do metical, possi-bilitou a desaceleração da inflação média anual, que se situou em 2,6%.

não obstante todos estes indicadores positivos, importa relevar a dependência ainda muito expres-siva deste país da ajuda internacional e da neces-sidade de prosseguir com a estratégia de redução da pobreza. neste âmbito o combate à pobreza e um crescimento mais inclusivo constituem priorida-des do governo de Moçambique no Orçamento de estado de 2013.

> ESTADOS UNIDOScomo se disse acima a economia dos eUA terá tido uma expansão no ano findo de 2,2% e as projeções para 2013 da taxa de expansão da economia norte--americana situam-se, em geral, abaixo dessa fas-quia. neste âmbito assumirá importância relevante o andamento da política orçamental, área em que se admite a possibilidade de cortes automáticos nos pogramas federais a partir de Março, nomeadamen-te nos gastos com a defesa, implicando também dispensa de funcionários.

no setor da construção o outlook para 2013 reali-zado pela AGc of America (The Associated General Contractors of America) é globalmente positivo, ainda que com duas tendências diferenciadas: um otimismo crescente quanto ao desenvolvimento de projetos no setor privado enquanto os construtores se mostram mais reservados quanto à evolução da procura do setor público. Já as perspetivas de em-prego no setor melhoram.

9 Regional economic Outlook: Sub-Saharian Africa – Maintaining Growth in anUncertain World, iFM, oct.12

10 8,0% ao final do 1º Semestre de 2012 segundo declarações proferidaspelo Governador do Banco de Moçambique em discurso oficial do fim do ano económico de 2012

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 15

não obstante o clima menos otimista relativamente ao comportamento previsível da procura do setor público é expetável um gradual aumento das par-cerias-público-privadas, uma tipologia de contratos crescentemente aplicada no desenvolvimento de infraestruturas como forma de ultrapassar os cons-trangimentos de financiamento público.

> ROMÉNIAem 2012 a Roménia terá obtido um crescimento económico real do PiB na ordem de 0,8%, segundo as previsões do eurostat, projetando-se uma maior expansão do produto (+2,2%) no ano de 2013. O setor de construção apresentou em 2012 um certo dinamismo revelando crescimentos de 2,6% e 9,7% nos 1º e 2º trimestres de 2012 comparativa-mente com os trimestre homólogos do ano anterior, mas com um comportamento algo errático a consta-tar-se pela variação negativa (-1,4%) observada no 3º trimestre do ano.

> BRASILdurante o ano de 2012 o PiB da economia brasileira apresentou um crescimento algo dececionante. Os dados do 3º trimestre de 2012 revelaram um cres-cimento de 0,6% na comparação com o segundo trimestre do ano, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. na comparação com igual perío-do de 2011, houve uma expansão do PiB de 0,9%. no acumulado dos quatro trimestres terminados no terceiro trimestre de 2012, o PiB registou um cres-cimento de 0,9% em relação aos quatro trimestres

imediatamente anteriores. Já no resultado acumulado do ano até o mês de setembro, o PiB apresentou au-mento de 0,7% em relação a igual período de 2011. 11

estes dados provocaram uma redução nas expetati-vas de crescimento para 2013 que agora se situam abaixo dos 4%.

> SÃO TOMÉ E PRÍNCIPEA evolução da economia de São Tomé e Príncipe em 2012 deverá ter apresentado uma taxa de cresci-mento real em torno dos 4%. Para 2013 as últimas projeções apontam para um crescimento de 4,5%.

As fragilidades macroeconómicas, estruturais e socioeconómicas de São Tomé e Príncipe são pro-fundas e refletem-se numa estrutura económica expressivamente dependente do exterior, numa ba-lança de pagamentos cronicamente deficitária e num nível de endividamento externo muito elevado.

Os principais destaques da conjuntura em 2012 vão para a queda da inflação acumulada que se situou em 10,4% (11,9% em 2011). este nível de inflação é ainda elevado e reflete a volatilidade de preços internos gerado pela escassez de bens essenciais em certas alturas. Para 2013 o Banco central espera uma inflação abaixo dos 10% objetivo que já perse-gue desde 2011.

com uma taxa de cobertura das importações pelas exportações inferior a 5% o país é extremamente dependente das ajudas externas.

11 contas nacionais Trimestrais, 3º tri/2012 – instituto Brasileiro de Geografiae estatística - iBGe

PRODUÇÃO – ÁREAS DE NEGÓCIO

Portugal

As sociedades integradas na área de negócios de construção pelo método integral com intervenção significativa no mercado doméstico são:

> Sociedade de construções Soares da costa, S.A.;

> clear – instalações electromecânicas, S.A.;

> construções Metálicas Socometal, S.A..

Para além disso, existem em operação vários Agru-pamentos complementares de empresas ou Aces (consolidados pelo método proporcional) em que, nomeadamente, a primeira das sociedades acima enunciadas participa; é ainda de acrescentar, con-solidadas pelo método proporcional, as participadas

3.2

do segmento das obras ferroviárias e marítimas: Somafel e OFM.

O mercado da construção em Portugal encontra--se num estado de profunda depressão. O investi-mento público, desde meados de 2011, reduziu-se de forma abrupta a uma ínfima expressão. Apenas simbolicamente paradigmática deste clima refere-se a suspensão do projeto, com a recusa de visto por parte do Tribunal de contas verificada no início do ano de referência deste relatório, da linha ferroviária de alta velocidade Poceirão-caia.

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 16

Paralelamente, a confiança dos investidores priva-dos tornou-se negativa e o clima de incerteza em que vivemos levou a que também o investimento privado registe níveis historicamente baixos.

Além disso, Portugal entra nesta crise depois de duas décadas de sobreaquecimento do mercado de construção, que conduziu a uma enorme e pouco sustentável capacidade produtiva instalada. esta capacidade produtiva disponível, quando confron-tada com a quebra de investimento e a redução da procura, conduz necessariamente a um aviltamento dos preços e a um excesso de competitividade numa lógica de sobrevivência.

Perante este cenário desfavorável a atividade no mercado nacional da Sociedade de construções Soares da costa, S.A., nela integrando o contributo dos agrupamentos complementares de empresas em que participa, também sofreu, nos últimos anos, uma redução considerável ainda que reveladora de ganhos de quota de mercado.

no respeitante a obras concluídas no ano de 2012 destacam-se as seguintes:

> Reforço de potência da barragem do Alqueva;

> Abertura de vários troços integrados na autoestra-da Transmontana;

> Pontes rodoviárias de Jorjais e Tinhela.

Assumem ainda relevância no volume de produção do mercado nacional no ano de 2012 as obras:

> Acessos rodoviários à plataforma logística de Lisboa norte no sub-lanço Vila Franca de Xira / nó A1 – da autoestrada do norte, para a Brisa;

> construção do alargamento e beneficiação para 2x3 vias do sublanço Maia/Santo Tirso da A3 – autoestrada Porto/Valença, para a Brisa;

> Pousada da Serra da estrela, na covilhã, obra que consiste na requalificação do antigo sanatório de Penhas da Saúde em edifício de hotelaria inserido no programa “Pousadas de Portugal”, atualmente geri-das pelo Grupo Pestana em parceria com a enATUR.

É ainda de referir o recomeço da obra da adutora Moura-Safara, obra que se encontrava suspensa por dificuldades, que foi possível, entretanto, ultrapassar.

Quanto à distribuição geográfica operacional da ati-vidade nacional da Sociedade de construções Soares da costa, S.A., confirmou-se uma grande estagna-ção na Madeira (1% da atividade em 2011, a com-parar com 4% em 2010 e 14% em 2009), e uma grande concentração da atividade no norte do país. deve ser referido que esta percentagem resulta so-bretudo da autoestrada Transmontana, que repre-senta uma importante parcela deste número.

A distribuição geográfica da operação em Portugal assumiu no ano de 2012 um valor muito importante no norte do país (76%), sendo os restantes 24% distribuídos numa percentagem de 3/4 no sul do país e 1/4 no arquipélago da Madeira. este último valor foi conseguido à custa de investimento pri-vado, pois encontram-se suspensas as duas obras públicas já adjudicadas naquela região.

no que diz respeito à segmentação da atividade realizada as obras de engenharia e infraestruturas foram grandemente maioritárias representando 87,0% e a construção civil apenas 13%.

em particular, e dentro deste segmento, as infraes-truturas rodoviárias (estradas e pontes) assumem a maior fatia (76%), sendo de notar também a percentagem muitíssimo baixa de obras relaciona-das com o setor do ambiente (eTA’s e eTAR’s), que quase não tiveram expressão na atividade. neste subsegmento em particular, há diversos concursos aparentemente estagnados por falta de verbas, do estado ou das autarquias, para investir.

norte

76%

Madeira

5%

Sul

19%

atividade em Portugal em 2012 - distriBuição Por área geográfica

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 17

com referência aos agrupamentos complementares de empresas em que a Sociedade participa me-recem referência neste documento pela atividade mais relevante desenvolvida em 2012, para além do cAeT XXi (50%), que tem por objeto a conceção, projeto, construção, aumento do número de vias e reabilitação dos conjuntos vários associados que integram a subconcessão Transmontana, o Hidroal-queva (50%), tendo por objeto a empreitada geral de construção do reforço de potência do escalão de Alqueva, para a edP e os dois Ace’s (28,57%) cons-tituídos para a execução dos projetos de constru-ção das infraestruturas necessárias à execução dos planos de investimento da indáqua Matosinhos e da indáqua Vila do conde. 12

Já em relação ao LGV, Ace (17,25%), constituído para executar a preço global, fixo, não revisível e com data certa, a totalidade dos trabalhos de con-ceção, projeto, expropriações, construção, forneci-mento e montagem de equipamento previstos na

atividade em Portugal em 2012 - engenHaria / infraestruturas comPosição Por suBsegmento

12 entre parentesis a percentagem de participação da Sociedade

estradas

76%

infraestruturas

13%

Ferrovias

0%

Pontes

4%

Ambiente

3%

Barragens

4%

construção das infraestruturas ferroviárias do troço Poceirão-caia do corredor da linha de alta veloci-dade entre Lisboa e Madrid, conforme contrato de empreitada assinado em 8 de maio de 2010 com a eLOS – Ligações de Alta Velocidade, S.A., concessio-nária do referido troço, viu a continuidade das suas operações afetada. com efeito, após aproxima-damente dois anos de pedidos de esclarecimentos vários, reformas do contrato e vários pedidos de prorrogação para análise, tornou-se definitiva em 16 de abril de 2012, a recusa de visto por parte do Tribunal de contas, ao contrato acima mencionado. com esta decisão a atividade do LGV, Ace, em 2012 resumiu-se à negociação para a revogação do con-trato de empreitada com a eLOS.

A CLEAR é outra subsidiária da sociedade com ativi-dade no país e também em Angola neste caso atra-vés da sua subsidiária CLEAR ANGOLA.

em Portugal, registou-se uma significativa redução de atividade, fruto da escassez de obras e do prote-lamento do arranque de alguns projetos adjudicados por parte dos clientes.

Ainda assim a empresa participou em relevantes projetos sendo de destacar os seguintes:

> Pousada da cidadela, em cascais, com envolvi-mento nas instalações hidráulicas, mecânicas e elétricas, inaugurada em março de 2012;

> Resort Quinta do Lord, no caniçal, Madeira, com a execução pela cLeAR das instalações especiais, no-meadamente instalações mecânicas e hidráulicas, cuja empreitada ficou concluída em janeiro de 2013.

> central de Valorização Orgânica do Seixal, anga-riada em 2010 pela Hidráulica. A obra, que con-siste na construção de uma central que permite a transformação da matéria orgânica biodegradável proveniente da recolha de resíduos urbanos num composto orgânico para utilização na agricultura, bem como o aproveitamento do fabrico de biogás para a produção de eletricidade, representou um desafio aliciante para a empresa, pois permitiu a aquisição de know-how e a diversificação do ne-gócio para uma área com potencial de crescimento no futuro. embora o ritmo de obra tenha sofrido uma redução no corrente exercício, prevê-se que em 2013 a central esteja totalmente operacional e, mais uma vez, o contributo da cLeAR tem sido fundamental.

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 18

> A Pousada da Serra da estrela, na covilhã - A cLeAR tem como responsabilidade a execução das instalações especiais (instalações elétricas, Hidráulicas, climatização e Gestão). Trata-se de uma unidade hoteleira com capacidade para 91 quartos, incluindo espaços de restauração, SPA e atividades culturais. À semelhança da Pousada da cidadela de cascais, este tipo de empreendimen-to enquadra-se num tipo de obras para o qual a cLeAR possui vasta experiência e em que o esfor-ço exigido concentra-se não só na edificação, mas também na preservação do património com o con-sequente aumento do grau de dificuldade técnica na execução da obra.

com respeito à SOCOMETAL, a atividade da empre-sa durante o ano não pôde escapar ao ambiente depressivo e situou-se aquém da sua capacidade instalada. Releva-se como intervenções de maior significado na área do ferro a passagem superior 6.2 A, em Vila Real, consistente no fornecimento, fabrico, proteção anticorrosiva e acabamento, transporte e montagem da estrutura metálica de uma passagem superior sobre a A24 em Vila Real e a Ponte sobre o Rio corgo e Viadutos de Acesso, em Vila Real, ambas no âmbito do cAeT XXi; o fornecimento, fabrico, ma-quinagem, pintura e transporte das estruturas de um pórtico de contentores de cais para o Porto de Lei-xões; foi concluído o projeto estrutural, fornecimento e montagem de estruturas metálicas da cobertura de sombreamento do Armazém 08 (Gran cruz Porto, S.A.). Ainda que orientadas para o mercado externo merecem referência o fornecimento e fabrico, incluin-do maquinagens, de peças de ligação, que consti-tuem a estrutura metálica da cobertura do novo es-tádio de nice, para a empresa Fargeot Lamellé collé, subsidiária da Vinci, bem como a intervenção em dois projetos: Viaduc ao PK 28+650 e Viaduc PK 36+600

da “modernisation de la ligne ferroviaire Thenia/Tizi-Ouzu”, para a Teixeira duarte, S.A..

no setor ferroviário, segmento de atividade da par-ticipada SOMAFEL, prosseguiu a deterioração do setor decorrente da severa limitação orçamental das entidades públicas ferroviárias imposta pela tutela governamental. com efeito, o montante global dos procedimentos de concurso para novas obras, no conjunto da rede ferroviária nacional, proporcionado pela ReFeR no ano de 2012 foi de apenas 2,3 mi-lhões de euros para a totalidade dos concursos lan-çados durante todo o ano e apenas correspondentes a pequenas intervenções pontuais de requalificação ou renovação de via. desta forma a atividade da empresa no mercado nacional foi insignificante, tendo-se concentrado no mercado externo onde, nomeadamente nos países da região do Magreb (Reino de Marrocos e República Popular e demo-crática da Argélia) se tem vindo a consolidar, desde 2005 e 2007, respetivamente e para a intensa ati-vidade de índole comercial em mercados de elevado potencial como o Brasil e Moçambique.

na área das obras portuárias, alvo da OFM, regista--se, entre outras obras, a conclusão da empreitada de reabilitação e adaptação da “doca de Pedrouços – Obras Marítimas – Volvo Ocean Race”, que visou a realização desta prova e a posterior concessão da doca; foi igualmente concluída a empreitada de construção da infraestrutura marítima de melhoria das condições de abrigo no setor da pesca da Praia na ilha Graciosa, nos Açores.

Globalmente o volume de negócios consolidado da área de negócios de construção no mercado nacional situou--se nos 173,6 milhões de euros, uma descida de 34,3% face aos 264,2 milhões de euros do ano anterior.

angola

O mercado de Angola, onde a sociedade tem presen-ça ininterrupta há mais de três décadas, continua a assumir-se como estratégico e primacial no desen-volvimento dos negócios da sociedade, tendo esta logrado atingir e consolidar reconhecidos prestígio e reputação, nomeadamente no segmento de cons-trução de edifícios, com a construção de projetos de grande importância e significado nos diversos sub-segmentos: residencial, comercial e de escritórios.

Também o segmento de infraestruturas, é assumido como um vetor importante a desenvolver no sentido da diversificação e de alargamento do portefólio de

negócios, apresentando já a sociedade neste país uma importância operacional significativa e um peso crescente.

entre as obras de maior relevância na produção do ano, no segmento de edifícios, faz-se referência às seguintes:

> Torre do 1º congresso (BeSA);

> Bayview – TTA2 edifício de escritórios (com recep-ção provisória);

> edifício Torres dipanda;

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> ine – novo edifício;

> Luanda Towers Project;

> AAA – new Office Building;

> Museu da ciência e da Tecnologia – GOe;

> Forçauto – Hotel da ilha;

> Museu das Forças Armadas (concluída);

> empreendimento “Shopping Fortaleza”.

na obra Bayview - TTA2 edifício de escritórios da Total há a registar a presença multidisciplinar do Grupo, pois para além da construtora, houve rele-vante participação da cLeAR nas especialidades de eletricidade, AVAc, hidráulica e BMS e também da SOcOMeTAL com a participação da área dos alumí-nios.

no âmbito da diversificação regional é de registar a obra “Private Residential Housing”, a desenvolver no Soyo, província do Zaire. É uma obra de construção de um condomínio para alojar os técnicos da fábrica de gás natural da Angola LnG, numa obra de cerca de 220 milhões de dólares e em que a sociedade se apresenta em consórcio com a MSF.

Regista-se ainda a abertura da frente do Huambo com duas obras importantes para esta cidade. O centro cultural do Huambo e a recuperação do edifí-cio da escola de S.José de cluny.

na área das infraestruturas, à obra de requalifica-ção da marginal (em 2ª fase de execução), para a Sociedade Baía de Luanda, acrescenta-se pela sua grande relevância e amplitude o projeto de “Reabi-litação das encostas de Sambizanga e Boavista” no valor de cerca de 90 milhões de dólares. esta obra faz parte da renovação da malha urbana de Luanda e irá permitir, quando concluída, a utilização de uma vasta área para o crescimento da cidade.

A cLeAR Angola depois de ter obtido invariavelmente crescimentos acentuados da sua atividade nos anos anteriores, obteve em 2012 um volume de negócios de 56,5 milhões de euros, praticamente ao nível de 2011, o que solidifica e consolida o elevado patamar de atividade atingido.

com efeito, em 2012, a cLeAR teve uma participação ativa na maioria dos grandes projetos de habitação e escritórios que estão a ser edificados em Luanda. Para além da intervenção no “edifício Total”, um projeto desenvolvido sob rigorosas normas de se-gurança, qualidade e avançada tecnologia, e que de-monstra a capacidade da empresa em superar desa-fios de grande complexidade, regista-se também a conclusão do edifício Parking Lot para a SOniP, com as valências de AVAc e hidráulica a que se juntaria a empreitada de BMS e do edifício “Sonangol distri-buidora”. A intervenção nos “Hospitais do Futungo cazenga e Sambizanga”, permitiu demonstrar a ver-satilidade e a capacidade da empresa na execução de obras de qualidade numa área exigente como a hospitalar.

no mix de atividades a “eletricidade” passou a re-presentar 58% do output (41% um ano antes), a “hidraúlica” a representar 21% (face a 27% um ano antes) e a climatização a situar-se em 16%. Final-mente a “manutenção” gerou proveitos de 5%, uma percentagem superior à do ano anterior (3%). To-davia, realce-se o crescimento em valor nominal de proveitos de todas as especialidades quando com-parado com o ano anterior.

neste mercado a SOcOMeTAL também tem procura-do intervir crescentemente ainda que, por enquanto, como subempreiteiro da Sociedade de construções Soares da costa, S.A., tendo tido intervenção, como acima já se referiu, no novo edifício de escritórios da TOTAL em Luanda. entretanto, a fusão concretizada já em 2013 abre portas para uma mais generalizada e efetiva internacionalização desta área.

extravasando o âmbito estrito da produção, a defi-nição e aplicação de um quadro de relacionamento e cooperação eficazes com as entidades e com os atores económicos locais, a estrutura de supor-te logístico das atividades, e finalmente, mas não menos importante, o recrutamento, a formação, e sobretudo, a retenção de quadros locais qualificados são alguns dos vetores fundamentais a ter em con-sideração nas especificidades do mercado de Angola e que constituíram (e constituem) vertentes per-manentes de estudo, avaliação e de intervenção das empresas participadas da Sociedade na implemen-tação das soluções tidas por mais adequadas.

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 20

moçamBiQue

Moçambique é, também, um mercado de interven-ção de longa data da Soares da costa. Para além da atividade diretamente desenvolvida pelo estabeleci-mento estável da Sociedade de construções Soares da costa, S.A., a atividade é desenvolvida através da subsidiária de direito moçambicano, Soares da costa Moçambique, S.A.R.L., detida pelo Grupo em 80% através da sociedade a que respeita este relatório, estando a participação remanescente na titularidade do estado de Moçambique.

este mercado vem merecendo nos últimos uma referência cada vez mais importante não só pelo significado do Vn e rentabilidade que passou a re-presentar, mas também pela relevância, qualidade e importância das obras/projetos que tem desenvol-vido ou tem em desenvolvimento.

durante o ano de 2012 a atividade em Moçambi-que desenvolvida diretamente pela Sociedade de construções Soares da costa, S.A., esteve funda-mentalmente concentrada nas importantes obras de reabilitação da estrada n221, entre combomune e chicualaquala e na construção da Ponte sobre o Rio Zambeze, em Tete; ambas as obras evoluíram com normalidade e nos ritmos de execução programados.

Já no que concerne à participada Soares da costa Moçambique, S.A.R.L., teve em 2012 uma atividade intensa, devendo assinalar-se a conclusão das se-guintes obras:

> construção do edifício do Tribunal Administrativo;

> construção das novas instalações do innOQ: insti-tuto de normalização e Qualidade;

> construção dos Postos de Abastecimento da Pe-tromoc no Songo e em Maputo;

> Reabilitação de instalações para a Agência do Mo-zabanco, em Xai-Xai (Tete);

> Reabilitação de instalações para a Agência do Mo-zaBanco da Av. do Trabalho, em Maputo;

> construção do Hospital distrital do Quissico – inhambane;

> construção do centro de Produção da Rádio Mo-çambique em Xai-Xai (Gaza);

> construção do edifício do inSS – Tete;

> demolição de edifícios existentes nos Terrenos da ex-Facim;

> construção do Parque de estacionamento do Hotel Vip inn – Beira.

e iniciadas as obras a seguir enumeradas :

> construção de 15 casas para a HcB - Hidroeléctri-ca de cahora Bassa (Songo);

> Reabilitação do 4º.Pombal e Arranjos exteriores da HcB - Hidroeléctrica de cahora Bassa - 2ª. Fase (Songo);

> Reabilitação Parcial das instalações da ex-Salvador caetano (Toyota) na Matola;

> construção do Terminal Rodoviário do Zimpeto em Maputo;

> Reabilitação e Ampliação da Aerogare de Pemba;

> Obra de implantação da Rede de Gás no Posto da Petromoc Machava;

> construção de Passagens Hidráulicas e drenagens na estrada combumune -chicualacuala (Gaza);

> construção do novo Hospital de Mapai (Gaza);

> construção do novo Terminal de Ferro-crómio do McT : Matola cargo Terminal na Matola;

> construção e Reabilitação da Rede de Águas de Ribaué em nampula;

> construção da 2ª. Fase do iSdB : dom Bosco em Maputo;

> Ampliação do Gate & Reabilitação de Arruamentos internos do Porto de Maputo;

> construção do centro de Saúde da U.e.M. no campus Universitário em Maputo;

> construção de Fábrica de P.V. - Painéis Voltaicos em Beluluane em Maputo;

> Reabilitação e Ampliação da escola Secundária da Ponta Gêa em Beira (Sofala);

> Reabilitação do edifício do Banco de Moçambique na Beira (Sofala).

A participada OFM, com target de intervenção no segmento de obras portuárias e marítimas, iniciou e concluiu em Moçambique a empreitada de “esporão de acesso a cais no porto de Pemba” consistente na construção de um esporão com cem metros de com-primento, destinado a avançar pelo mar tendo em vista atingir as cotas de fundo necessárias à opera-ção portuária. em África, para além de Moçambique esta empresa teve em 2012 intervenções em mer-cados como a Argélia e cabo Verde.

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 21

estados unidos

A Prince assume-se como empresa nuclear no âmbito da atividade da construção do Grupo Soares da costa, nos estados Unidos da América. Adquirida em 2008, esta empresa atua no campo das infraestruturas ro-doviárias nos estados da Florida e Geórgia, sendo um player relevante no mercado de construção do sudeste dos eUA (10º maior empreiteiro geral em volume de negócios segundo o ranking da revista enR).

O foco da atividade da Prince continuou a ser a construção de estradas (novas ou remodelações) e pontes, para diversos clientes públicos, designada-mente os departamentos de Transportes da Florida (FdOT) e Geórgia (GdOT).

As principais obras concluídas em 2012 foram as seguintes:

> SR408 – alargamento de Oxalis drive a Goldenrod Road (Florida): projeto no valor de 21 milhões de dólares, execução do alargamento e construção de vias de acesso, incluindo o alargamento de quatro pontes em betão, na extensão de 1 milha;

> SR50 de Avalon Road a SR 429 (Florida): projeto em conceção-construção (design-build), no valor de 18 milhões de dólares, transformação de uma estrada com 5 faixas contíguas numa via rápida com 2x3 faixas, numa extensão de 3 milhas;

> Alargamento da US27 (SR25) (Florida): projeto em conceção-construção (design-build), no valor de 21 milhões de dólares, transformação de uma

estrada rural de 4 faixas numa via rápida de 2 x 3 faixas, numa extensão de 3,8 milhas;

> SR93 i-275 Hillsborough county north (Florida): projeto no valor de 22 milhões de dólares, reabi-litação de 4 milhas de autoestrada, incluindo 26 pontes;

> Fall Line Freeway entre Augusta e columbus (Geór-gia), no valor de 29 milhões de dólares, constru-ção de 7,5 milhas de estrada com 4 faixas.

A Prince manteve, durante este ano, doze obras ativas. iniciaram-se, ou continuaram em curso, os seguintes projetos mais relevantes:

> i-595 corridor improvement Segments A and B (express Toll Lanes) (Florida) – localizado na zona de Fort Lauderdale, com o valor de 98 milhões de dólares, consiste na remodelação e reconstrução de um troço de autoestrada portajada com 4,3 milhas;

> i-75 Tampa – alargamento entre a SR56 e Fowler Road (Florida), no valor de 95 milhões de dóla-res, consiste na reconstrução e alargamento de 11 milhas da autoestrada interestadual i-75 na zona de Tampa, incluindo a construção de 19 pontes. Tem o prazo de execução de 1.500 dias, prevendo-se que a conclusão seja antecipada cerca de 600 dias;

> i-75 from South of Pierce Ave. to north of Arkw-right dr. (Geórgia), no valor de 59 milhões de dólares, alargamento de 3,65 milhas da i-75 no corredor Atlanta-Macon, incluindo a reconstrução de cinco pontes e a reabilitação de outras duas.

outros mercados internacionais

Para além dos mercados core: Portugal, Angola, Moçambique e estados Unidos da América faz-se de seguida um roteiro sobre os principais aspetos da atuação da empresa durante 2012 noutros mer-cados internacionais em que a sociedade intervém através das suas participadas: Roménia, Brasil, S. Tomé e Príncipe, Sultanato de Omã, Venezuela, costa Rica e israel.

> ROMÉNIAneste país foram concluídas durante 2012 as se-guintes obras:

> Acessos ao parque eólico de casimcea, em Tulcea, para o cliente Sc cAS Regenerible (Verbund – Áus-tria) com o valor do contrato de aproximadamente 6 milhões de ROn (cerca de 1,38 milhões de euros);

> Acessos ao parque eólico Alpha Wind, Tulcea, Roménia, para o cliente Sc Alpha Wind (Verbund – Áustria), uma obra no valor aproximado de 3,3 milhões de ROn (cerca de 770 mil euros).

encontra-se em curso a execução da obra “cons-tructia Variantei de Ocoure Tecuci” no valor de 49 milhões de ROn (11,1 milhões de euros) cuja data de consignação dos trabalhos ocorreu no dia 18 de Junho de 2012, para a autoridade nacional de estra-das da Roménia (cnAdnR - compania nationala de Autostrazi si drumuri national din Romania S.A.).

> BRASILO Brasil, decorrendo do plano estratégico do Grupo, é considerado um dos mercados prioritários no

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 22

âmbito da expansão internacional de atuação da empresa.

no ano de 2012, através da participação em 50% na sociedades de propósito específico Terceira Onda Planejamento e desenvolvimento Ltda, concluíram--se em outubro de 2012, com plena satisfação do cliente, os trabalhos de construção civil para a im-plantação de unidade completa em Rio Branco do Sul (Paraná) – linha de 5.000 ton/dia para a Voto-rantim cimentos.

Por sua vez, há ainda a assinalar a intervenção atra-vés da participada Soares da costa Brasil, Ltda. na sociedade Linha 3 cezarina – construções Ltda., no projeto da linha 3 da Fábrica de cimentos de ceza-rina-GO – linha de 2.000 Ton/dia para a ciMPOR BRASiL, com trabalhos iniciados em abril de 2012 e com data prevista de conclusão em junho de 2013. em finais de 2012, esta sociedade iniciou, também, uma obra relacionada com a ampliação da aerogare do Aeroporto internacional de Viracopos, em campi-nas, São Paulo, para o consórcio construtor Viraco-pos (ccV).

> S. TOMÉ E PRÍNCIPEA subsidiária da sociedade, Soares da costa, STP construções, Ltd. tem em curso o projeto de amplia-ção do edifício sede do Banco internacional de São Tomé e Príncipe numa obra que consiste na constru-ção de um edifício de cinco pisos junto ao vigente e em que o piso térreo é agregado ao existente pela agência bancária que será extendida. Os restantes pisos destinam-se a agregar os vários serviços de back-office do Banco, bem como a Administração e a direção. À adjudicação inicial juntaram-se vários outros trabalhos designadamente a remodelação da agência bancária do edifício antigo que se juntará ao novo e os arranjos exteriores da área envolvente.

em setembro de 2012, em parceria com a Sociedade de construções Soares da costa, S.A., tiveram início as obras de reabilitação da estrada nacional nº 1 – Proteção costeira, que se desenvolverão por um período de dezoito meses.

neste território há ainda a assinalar a formalização, em março de 2012, da sucursal da cLeAR tendo como objetivo imediato a execução da empreitada de instalações especiais do Banco internacional de S. Tomé em Príncipe.

> SULTANATO DE OMÃneste território, em função da bem sucedida inves-tida comercial realizada em anos anteriores, o Grupo através da sucursal da Sociedade de construções

Soares da costa, S.A. participa num consórcio com uma empresa local na execução dos projetos e tra-balhos de construção de infraestruturas rodoviárias e redes de infraestruturas associadas numa zona situada entre o aeroporto internacional de Masqat e a via expresso da mesma cidade; esta obra foi adjudicada no início de 2012 estando os respetivos trabalhos em pleno desenvolvimento.

> VENEZUELAUma nota sobre a execução neste país por parte da OFM da empreitada de “Ampliación y Modernización del Puerto de La Guaira”, a obra de maior enverga-dura levado a cabo por esta participada e cujos tra-balhos entraram em fase de cruzeiro.

> COSTA RICAneste mercado, a atividade de construção é exercida através da subsidiária Sociedade de construciones centro-Americanas, S.A..

com o projeto San José – caldera concluído (tendo--se realizado alguns trabalhos de reabilitação e ga-rantia) e o outro San José-San Ramón por arrancar (pendente do ultimar de detalhes negociais entre o Governo da costa Rica e a concessionária Autopistas del Valle) a atividade em 2012 foi inexpressiva.

> ISRAELem israel, a participação da Soares da costa cons-trução acontece por via da colaboração com a área das concessões do Grupo, no âmbito do projeto do Metro de Telavive. Para além da sucursal da Socie-dade de construções Soares da costa, S.A., esta sociedade possui uma participação de 30% no con-sórcio da construção “israel Metro Builders” (iMB).

este projeto, como já consta de relatórios anteriores, foi interrompido pelo dono da obra ainda em 2010, que pôs termo, unilateralmente, ao contrato de con-cessão estando a decorrer um processo de arbitra-gem internacional que decidirá este conflito.

A sociedade partilha da convicção da sociedade con-cessionária, parte direta do processo, de que não existiram fundamentos para aquela rescisão unila-teral e aguarda a decisão que sobre este litígio vier a ser tomada pelo Tribunal Arbitral. Reconhece-se, contudo, que a realização dos ativos relacionados com este projeto designadamente os que resultam da incorporação proporcional da iMB pode estar de-pendente do sentido desta decisão.

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 23

ÁREA COMERCIAL

Julga-se suficientemente retratado nas seções an-teriores o panorama depressivo do mercado em PORTUGAL. Tal contexto tem expressão, também, na escassez generalizada de concursos, o que conduz inevitavelmente ao aviltamento dos preços, e ainda na reduzida taxa de decisão dos lançados. A ativida-de das empresas de construção nacionais não pode, por conseguinte, basear-se nos próximos anos na produção em Portugal, e é na aposta internacional que se encontrará sustentado o futuro próximo.

no entanto, são de referir pela sua importância, as seguintes adjudicações ocorridas em 2012, em Por-tugal:

> Gasoduto Mangualde-celorico-Guarda (Ren);

> eTAR de Paços de Sousa (Simdouro);

> en 234 – Reabilitação das Pontes do cRiZ (i e ii) e de S. João das Areias (estradas de Portugal).

em ANGOLA destaca-se pela sua relevância e am-plitude a adjudicação da empreitada “projeto e construção das instalações sociais dos quadros da Angola LnG (1ª fase), no Soyo, uma obra com prazo de execução de 36 meses e um valor adjudicado de 252 milhões de dólares. O projeto prevê a constru-ção de 317 habitações de várias tipologias, numa área habitacional de cerca de 10.000 m2, e diversas infraestruturas e equipamentos de apoio (sociais, ambientais e de lazer).

Perto do final do ano, a um consórcio que integra a Sociedade de construções Soares da costa, S.A. (e a edifer Angola, S.A.) foram adjudicadas as obras de infraestruturas básicas do Pólo industrial de Fútila (PiF), na província de cabinda.

neste mercado, salientam-se ainda as seguintes adjudicações ocorridas em 2012:

> Data Center da Talatona, para a Movicel;

> Upgrades of Operacional Bases, no Soyo para a Schlumberger;

> centro cultural do Huambo, para o Governo Provín-cial de Huambo;

> Reabilitação e apetrechamento do complexo escolar de S. José de cluny (fase 1), para o Governo Pro-vincial de Huambo;

> construção de serviços provinciais do ine em Ma-lanje e em Benguela;

> construção do Shopping da Fortaleza, em Luanda.

3.3

As obras referidas são expressão clara e elucidativa da extensão da atividade territorial da empresa o que, por sua vez,requer a concentração e coopera-ção de esforços, nomeadamente de organização e de logística, muito importantes.

MOÇAMBIQUEdurante o ano de 2012 foram ajudicadas as obras de construção das pontes sobre os rios Sangaze, Pompwe, Macuca e chidge na província de Sofala e das pontes sobre os rios Muira, Tsanzabue e nha-gucha na província de Manica. esta empreitada ad-judicada pela Administração nacional de estradas, e no valor de 21,7 milhões de euros, tem por objeto a conceção/construção de nove obras de arte (sendo seis com tabuleiro em betão armado, pré-esforçado de comprimentos variáveis), a correção das estradas de acesso e outros trabalhos relacionados diversos.

no que diz respeito à participada Soares da costa Moçambique S.A.R.L., deve ser referida a excecional atividade comercial em 2012 que levou a um número considerável de adjudicações e excelentes perspeti-vas para 2013.

com efeito, objetivando aumentar o potencial uni-verso de angariação de obras, tem-se vindo a es-tender a ação de trabalho a quase todo o país, pelo que, à data de fim do exercício, marcávamos pre-sença nas províncias de Maputo, Gaza, inhambane, Sofala, Tete e cabo delgado.

Para além disto, e como política geral, tem-se man-tido uma postura de selectividade na oferta, op-tando, sobretudo, por concorrer a obras de clientes certificados que nos ofereçam seguras garantias de pagamento.

Realçam-se como adjudicações mais significativas obtidas em 2012, as seguintes:

> Reabilitação de edifício para instalação da nova filial na Beira, do Banco de Moçambique;

> construção de 15 casas do tipo 3 no distrito de Songo;

> Remodelação e ampliação da aerogare do Pemba, para a Aeroportos de Moçambique, e.P.;

> construção de edifício 8 andares na costa do Sol;

> construção de drenagens pluviais na estrada de Gaza;

> construção do Hospital distrital de Mapai (em con-sórcio).

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Finalmente, importa referir que tem sido política da empresa, através do seu desempenho e profissio-nalismo, cultivar a fidelização dos clientes. O contí-nuo volume de obra adjudicado pela Ane/Fundo de estradas, Petromoc, HcB, Grupo ViP e MozaBanco, entre outros, incidia o bom termo desta postura de mercado.

Aproveitando ainda a capacidade instalada em Mo-çambique, um consórcio em que a Sociedade de construções Soares da costa, S.A. participa em 50% recebeu a intenção de adjudicação de uma obra na Suazilândia, que consiste na construção de uma es-trada, com cerca de 12 Kms de extensão, incluindo duas pontes, no valor global de 17,6 milhões de euros.

A Somafel iniciou em 2012 a cruzada comercial neste importante mercado emergente. na sequência de convite apresentado pela Vale S.A. (companhia do Vale do Rio doce) a sociedade apresentou propostas para a renovação integral da via férrea do corredor do nacala, no trecho existente no norte do país, entre a fronteira com o Malawi e o porto de nacala no Índico (extensão de aproximadamente 580 Km). Trata-se da renovação da infraestrutura existente, com o objectivo de incrementar a capacidade de transporte ferroviário para escoamento do minério de carvão no âmbito do projeto de mineração em curso por aquela multinacional.

Ainda no mercado africano, mais concretamente em S. TOMé E PRíNCIPE, a adicionar à adjudicação da reabilitação da estrada nacional nº 1, obra já inicia-da, releva-se a construção do futuro edifício sede do Banco central de S. Tomé e Príncipe, com quatro pisos e uma área bruta de construção de 4,2 mil m2, no valor de 6,5 milhões de euros.

nos ESTADOS UNIDOS há a destacar como aconte-cimento principal na área comercial, a adjudicação à Prince pelo Florida department of Transporta-tion (FdOT) do projeto de conceção-construção (design-build) dos acessos da i-75 (SR93) ao Aeroporto internacional de Soutwest Florida em Fort Myers, na Florida. este projeto, totalizando 54 mi-lhões de dólares, tem um prazo de execução até se-tembro de 2014 e consiste numa nova ligação direta da i-75 para o Mid Field Terminal do Aeroporto in-ternacional da Southwest Florida. O projeto inclui a construção de cinco viadutos/pontes, aproximada-mente 8 milhas de estradas de acesso à i-75 e uma nova estrada de acesso ao terminal sobre a i-75.

Para além deste projeto também à Prince e pelo FdOT foi adjudicada outra obra na área das infraes-truturas rodoviárias ( i-275 Tampa, Hillsborough county South) no montante de 30 milhões de dóla-res e que consiste na reabilitação de cerca de quatro milhas de estrada e dezasseis pontes. Tem conclu-são prevista para julho de 2014.

O pipeline de projetos previstos, designadamente na Florida, permite perspectivar o futuro com otimismo, em termos de carteira de encomendas e margens de rentabilidade.

no BRASIL, mercado onde a penetração de empre-sas estrangeiras no mercado da construção não se revela fácil, deram-se em 2012, passos significati-vos no âmbito da implementação do grupo, nomea-damente quanto à obtenção do reconhecimento das capacidades e observância dos requisitos técnico--económicos necessários ao cumprimento das exi-gências habilitacionais impostas pelos “editais” para a candidatura a projetos públicos nacionais.

A atividade comercial durante o ano de 2012 foi, porém, dirigida prioritariamente no sentido dos clientes privados, tendo sido apresentadas propos-tas a vários projetos e ainda participado num con-curso público aberto a empresas estrangeiras. Ob-teve-se a contratação formal de duas novas obras, aliás já em execução; uma com o cliente cimpor Brasil - projeto da linha 3 da Fábrica de cimentos de cezarina em Goiás, uma linha de 2.000 ton/dia - e outra com o consórcio construtor Viracopos - contratação de obras de ampliação da aerogare do Aeroporto internacional de Viracopos-campinas em São Paulo com a conector, Holdroom e outros. Ambas são executadas pela sociedade Linha 3 ce-sarina – construções Lda, em que a Soares da costa Brasil – construções Ltda, subsidiária detida pelo grupo a 100%, detém uma participação de 50%.

neste mercado a Somafel que já se muniu das qualificações e credenciais necessárias, em vários estados e em várias valências técnicas, e onde se destaca o arranque da produção industrial, na es-pecialidade de via, com a execução de soldaduras elétricas de carris para a Supervia concessionária tem vindo a realizar intensa atividade comercial no âmbito de obras do segmento ferroviário. com frutos no âmbito da manutenção ferroviária, apesar da sua reduzida expressão, está acordado e em curso de formalização com a Supervia-concessioná-ria da Rede Suburbana do Rio de Janeiro um contrato de prestação de serviços de ataques de manutenção com equipamento pesado no ramal de Belford Roxo, com a extensão de 26 Km de via dupla.

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na ROMéNIA o esforço comercial esteve concen-trado em projetos relacionados com energias reno-váveis (parques eólicos e parques fotovoltaicos), para clientes privados, segmento em que a empresa tem obtido, nos últimos anos, algum sucesso. Foi, porém, no âmbito das infraestruturas rodoviárias que se situa o projeto mais relevante com a adjudi-cação por parte da cnAdnR-compania nationala de Autostrazi si drumuri national din Romania S.A. (au-toridade nacional de estradas na Roménia), da obra: “Constructia Variantei de Ocolire Tecuci”, no valor de 49 milhões de ROn (cerca de 11,1 milhões de euros), cuja consignação dos trabalhos ocorreu em junho de 2012. O período de execução contratual deste projeto é de 18 meses, estendendo-se até ao final de 2013.

não obstante a concentração do esforço comercial nos mercados core de intervenção da empresa realça-se também como corolário do esforço desenvolvido em anos anteriores a adjudicação a um consórcio em

que a empresas participa (conjuntamente com uma sociedade local) de uma obra no SULTANATO DE OMÃ, consistente na execução dos projetos e tra-balhos de construção de infraestruturas rodoviárias, contemplando troços rodoviários, cinco viadutos superiores em nós de ligação rodoviária e redes de infraestruturas associadas, a executar em zona si-tuada entre o aeroporto internacional de Masqat e a via expresso da mesma cidade. esta obra no valor global de 48 milhões de euros tem um prazo de execução de 654 dias e como se disse no capítulo da produção está já em franco desenvolvimento.

O panorama traçado acima permite antever, por-tanto, a manutenção de níveis de atividade susten-táveis no próximo futuro ainda que a redução ainda mais brusca que se sentirá na atividade da empresa no mercado nacional, com a conclusão da autoestra-da Transmontada durante a primeira parte do ano de 2013, implique a manutenção de um esforço con-centrado, eficiente e profícuo da vertente comercial.

carteira de encomendas

Traçada uma panorâmica por mercados e empresas, o quadro seguinte reflete a carteira de encomendas da área de construção e a sua evolução entre finais de 2011 e 2012.

(milhões de euros)

dez.2012 % dez.2011 % Variação

TOTAL 1.047,991 100,0% 1.404,603 100,0% -25,4%

Portugal 210,276 20,1% 482,566 34,4% -56,4%

Angola 414,962 39,6% 467,044 33,3% -11,2%

eUA 149,339 14,3% 201,677 14,4% -26,0%

Moçambique 119,988 11,4% 131,574 9,4% -8,8%

costa Rica 42,519 4,1% 43,357 3,1% -1,9%

Brasil 6,537 0,6% 5,365 0,4% 21,8%

Roménia 11,029 1,1% 0,035 0,0% -

Outros 93,340 8,9% 72,985 5,2% 27,9%

na carteira de encomendas há a salientar o impacto proveniente da retirada do projeto de construção do troço de alta velocidade Poceirão-caia da ligação ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Madrid, que origina uma redução substancial da carteira global com particular incidência no mercado nacio-nal. expurgado este efeito (ou seja eliminando este projeto do valor da carteira em 2011) a descida do backlog situar-se-ia em 12,3%.

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ORGANIZAÇÃO

Uma estrutura empresarial engloba o conjunto de meios e recursos através dos quais se realizam ati-vidades de forma coordenada e controlada, atuando num determinado contexto ou ambiente, com vista a atingir objetivos pré-determinados mediante a afetação eficiente desses recursos. As exigências de mercado e o dinamismo da sociedade globalizante dos nossos dias impõem que as empresas adotem e detenham uma permanente e sistemática capacidade de antecipação e de resposta, através da adequação dos meios (e eventual revisão dos objetivos), às al-terações ocorridas mas também, fundamentalmente, às previstas e não raras vezes apenas antecipadas (com os inerentes riscos de avaliação estratégica), no contexto ou enquadramento externo.

A adequada resposta a estas necessidades das or-ganizações preconiza a existência de ferramentas de controlo e de gestão, optimizando os sistemas e as tecnologias de suporte, o que deve ser comple-mentado com abordagens formativas específicas e transversais ao seu capital humano.

O ano de 2012 afigurou-se, neste âmbito, como bastante exigente para a empresa e para o conjunto das suas participadas, de modo a assegurar as con-dições de sustentabilidade económico-financeira das operações, através da readaptação das estruturas, racionalização de custos e a melhoria das ferramen-tas de gestão, garantindo, no fundo, que a organi-zação empresarial esteja dotada das condições que permitam levar a cabo de modo eficiente e eficaz a sua missão.

neste âmbito, assume especial relevância a fusão ocorrida entre a contacto – Sociedade de constru-ções S.A. e a Sociedade de contruções Soares da costa, S.A., a última enquanto sociedade incorpo-rante, ocorrida a 28 de junho de 2012 e com a sub-sequente integração e adaptação das estruturas e

3.4

3.5

das ferramentas de gestão. na mesma esteira, pre-parada no final do exercício, veio a operar-se já em 2013 a concretização formal da fusão da participada do Grupo da área metalomecânica, ferro e alumínios, Socometal, por incorporação, também, na Sociedade de construções Soares da costa, S.A..

este processo, assegurando a manutenção no inte-rior do Grupo das valências, tecnologias e know-how que importa preservar, permite a redução de custos de estrutura, evitando custos de sobreposição, potencia solidez e robustez económico-financeira, melhorando simultaneamente a flexibilidade da or-ganização.

com impacto neste âmbito, decorreu em 2012 com intensidade o desenvolvimento do processo de ajustamento iniciado em finais de 2011 e que se espera ultimar nos primeiros meses de 2013, relati-vo à readaptação e reafectação dos colaboradores.

Privilegiou-se a mobilização interna seja em termos funcionais seja em termos geográficos mas, como é compreensível, a magnitude das necessidades face, designadamente, à drástica redução da procura no mercado interno, teve de se saldar por um número considerável de rescisões contratuais com colabora-dores (vide adiante Recursos Humanos).

O ano de 2012 traduziu-se, pois, num árduo traba-lho de implementação de medidas de redimensiona-mento, racionalização e ajustamento nas estruturas organizativas, praticamente transversal às diferen-tes áreas da empresa (“back-office”, estaleiros, meios de produção, área comercial, reforço dos re-cursos afetos às sucursais/ estabelecimentos está-veis no estrangeiro, com colaboradores da empresa de perfil adequado, etc.), realizado com a convicção de que esta resulta melhor preparada para enfrentar os desafios do futuro.

RECURSOS HUMANOS

na esfera dos Recursos Humanos, assume especial relevância em 2012 o desenvolvimento do processo de ajustamento das estruturas iniciado em finais do ano anterior. como se referiu no relatório de gestão de 2011, a Sociedade de construções Soares da costa, S.A., foi declarada, por despacho do Secre-tário de estado do emprego de 7 de dezembro de 2011, empresa em reestruturação, nos termos e para os efeitos previstos na alínea d) do nº 2 e nº 4 do

artigo 10º do decreto-Lei nº. 220/2006, de 3 de novembro. este processo foi desenvolvido de modo cuidado e progressivo com respeito pela legislação vigente e, embora sempre doloroso, foi imbuído das preocupações de responsabilidade social que perpas-sa transversalmente o exercício de toda a atividade da empresa. Ainda que com menor impacto este pro-cesso de reestruturação dos meios humanos afetou igualmente outras empresas da área da construção.

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 27

recrutamento e seleção de Pessoal

Apostados em alinhar o capital humano com a es-tratégia de desenvolvimento organizacional, a nossa visão de recrutamento e seleção assentou, no ano de 2012, numa estratégia de mobilização de colabo-radores para outras geografias nas quais a atividade do Grupo se destaca pelo crescente volume de ne-gócios.

O recrutamento interno foi em 2012 uma aborda-gem preferencial no preenchimento de vagas, o que tende a potenciar a gestão de carreiras, com os con-sequentes ganhos de motivação dos colaboradores, assim como permitiu reduzir custos com processos de recrutamento externo e integração de novos co-laboradores.

contudo, quando a necessidade identificada apontou para perfis não existentes no âmbito das diversas em-presas do Grupo, foram desenvolvidos processos de Recrutamento externo, passando a incorporar novos colaboradores com um perfil profissional alinhado com a natureza e exigências do portfólio de negócios do Grupo Soares da costa, nomeadamente no que respei-ta à predisposição para uma carreira internacional.

neste sentido, foram identificadas nove necessida-des, cujos perfis de competências não foram encon-trados internamente, pelo que foram realizadas novas admissões para algumas das empresas participadas, com prevalência da cLeAR Angola. estes processos tiveram como principal objetivo a substituição de co-laboradores e reforço de algumas equipas.

formação

Foram realizadas no âmbito das empresas participadas 8.086 horas de formação, que implicaram um total de 23.574 euros de custos com inscrições. este volume contemplou um total de 2.326 formandos.

A análise da distribuição das horas pelas categorias profissionais, revela que o maior número de horas de formação frequentada continua a concentrar-se nos profissionais qualificados e quadros superiores.

Por Categoria Profissional (horas) 2012dirigentes 10Quadros superiores 3.079Quadros médios 651Quadros intermédios 490Profissionais qualificados 3.680Profissionais semiqualificados 13Profissionais não qualificados 141Praticantes/aprendizes 22

TOTAL 8.086

O grupo temático “Qualidade, Ambiente e Seguran-ça” foi o que concentrou maior número de horas de formação em 2012 – 2.093 horas, seguida da área de “construção civil e engenharia civil” 1.385,5 horas e em terceiro lugar a área de “Gestão e Admi-nistração” com 1.580,5 horas.

Por Temas (horas) 2012ciências Sociais - Formação contínua 312construção civil e engenharia civil 1.385direito 5electricidade e energia 14engenharia e Afins 175Gestão e Administração 1.580informática na Óptica do Utilizador 1.749Línguas e literaturas estrangeiras 570Protecção Ambiente 25Qualidade, Ambiente e Segurança 2.093Saúde 116não especificado 62

TOTAL 8.086

no âmbito da implementação do plano de formação do Grupo 2012, foram realizadas diversas ações de formação, das quais se destacam:

> Programa inicial de Gestão de Projetos: ação que integra 3 módulos (Gestão de Projetos para Pro-fissionais - Técnicas, Ferramentas e Metodologias, MS Project no suporte à gestão de obras, e Análise e Avaliação de Projetos de investimento) destina--se a jovens quadros do Grupo. Foi realizada com a mobilização de recursos internos, para a conceção e implementação de dois módulos, e com recursos a uma parceria com entidade formadora externa, para ser ministrado o módulo “Gestão de Projetos para Profissionais - Técnicas, Ferramentas e Metodolo-gias”. esta é uma ação que integra o portfólio da Academia do conhecimento, e pode ser reproduzida em anos subsequentes.

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 28

> Gestão Financeira de Obras: programa formativo con-cebido pela católica Porto Business School e costumi-zado à realidade do Grupo Sdc, com a colaboração de especialistas internos da área financeira. esta ação foi realizada nas instalações da sede para 18 quadros su-periores de empresas do Grupo (Sociedade de cons-truções Soares da costa, cLeAR e SOcOMeTAL).

> Liderança e condução de equipas de Trabalho: tendo como objectivo o desenvolvimento de competên-cias para a gestão de equipas, esta ação teve como público-alvo encarregados das empresas do Grupo (Sociedade de construções Soares da costa, cLeAR e SOcOMeTAL), grupo profissional com impacto

significativo na qualidade do produto e concretiza-ção de objectivos.

> inglês: no sentido de habilitar os colaboradores para o processo de internacionalização do Grupo, foram rea-lizadas duas ações de formação de inglês, destinadas a níveis de conhecimento distintos. Uma das acções, “english-civil engineering & internationalization”, foi resultado de uma parceria com o Wall Street institu-te, e constitui um programa adaptado à realidade do negócio do grupo, tendo como objectivo primordial o desenvolvimento de competências de expressão oral em língua inglesa. este programa integra também o portfólio da Academia do conhecimento.

estágios

implementando a política de responsabilidade social do Grupo, registamos o desenvolvimento de um es-tágio profissional, e o acolhimento de diversos está-gios curriculares. O estágio profissional proporciona-do pela Sociedade de construções Soares da costa, decorre da iniciativa Prémio Talento 2011/ 2012. durante seis meses, a vencedora deste Prémio, Va-nessa Fernandes Silva, tem a oportunidade de de-senvolver em contexto de trabalho o tema “Análise de Risco – Parametrização e Medidas Mitigadoras”.

na área de negócio construção foram também aco-lhidos 12 estágios curriculares ao longo do ano de 2012. Foram proporcionados 9 estágios na direção

Técnica, 2 na direção Técnico-comercial, e 1 na di-reção de Produção. Através destes estágios curricu-lares, os jovens estudantes tiveram a possibilidade de aprender em contexto de trabalho, e desenvolver conhecimentos com profissionais altamente qua-lificados. entre as entidades promotoras destes estágios curriculares destacam-se o ciccOPn, a escola Profissional do Fundão, a escola Superior de Tecnologia e Gestão do instituto Politécnico de Beja, instituto Superior de Viana do castelo, instituto Po-litécnico da Guarda, escola Profissional de Sernan-celhe, e APROdAZ- Associação para a Promoção e desenvolvimento dos Açores.

avaliação de Potencial

A avaliação de potencial e gestão do talento teve como objetivo recolher de forma sistematizada, cri-teriosa e fidedigna um conjunto de informações que permitiu identificar quadros de elevado potencial e, a partir desses dados, gerir, potenciar e reter, com visão estratégica, o talento que encontramos no nosso capital humano.

neste contexto, foram identificados e avaliados, du-rante o ano de 2012, dezoito colaboradores de nível funcional oito e emitidos os respetivos relatórios de avaliação, no sentido de alargar o conhecimento sobre as competências, interesses, disponibilidade e projeto de carreira dos colaboradores.

número de traBalHadores

no ano de 2012 o número médio de trabalhadores ao serviço das empresas consolidadas pelo método integral foi de 4.621 (face ao número de 5.318 trabalhadores um ano antes). A sociedade indivi-dualmente dispõe de três efetivos (cinco no ano anterior).

em termos consolidados os custos com Pessoal assumiram o valor de 132,7 milhões de euros, um número idêntico ao do ano anterior (132,8 milhões de euros) pesando o valor das rescisões 10,0 mi-lhões de euros (1,3 milhões de euros em 2011).

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contas individuais

no que respeita ao portfolio de participações há a registar como factos mais salientes no exercício a fusão por incorporação da contacto na Sociedade de construções Soares da costa, S.A. e a alienação da SOcOMeTAL igualmente à “Sociedade de constru-ções Soares da costa, S.A.”, também subsidiária da Sociedade, preparatória e conducente ao processo de fusão que viria a concretizar-se formalmente em termos definitivos a 1 de março de 2013.

O valor da participação que a Soares da costa cons-trução, S.G.P.S., S.A. detinha na contacto ficou, assim, agora refletido na Sociedade de construção Soares da costa, não decorrendo daqui qualquer al-teração no valor (conjunto) das partes de capital.

A demonstração de resultados revela a prevalência dos resultados financeiros que se cifraram em -7,8 milhões de euros (face a +3,0 milhões de euros em 2011), com os efeitos principais, aliás antagónicos, a provirem de:

> o reconhecimento de rendimentos de participações de capital no valor de 19,0 milhões de euros, refe-rente a dividendos da seguinte proveniência:

Participada (milhares de Euros) 2012 2011Soc. de construções Soares da costa 9.600 6.500clear 6.220 -contacto-Sociedade de construções 2.950 3.000Soares da costa Moçambique 228 137Vortal - 121TOTAL 18.998 9.758

> o registo de imparidades relacionados com o inves-timento na Soares da costa America inc., que se cifrou numa influência de -20,2 milhões de euros.

> o custo líquido de financiamento situou-se em -6,2 milhões de euros, não muito distante do valor de -6,7 milhões de euros registado em 2011.

SiTUAÇÃO ecOnÓMicO-FinAnceiRA.44.1

Os resultados operacionais foram menos negativos (-0,4 milhões de euros) do que um ano antes (-0,9 milhões de euros) em resultado de uma diminuição nos Gastos com o Pessoal e nos Fornecimentos e Serviços externos.

O resultado do exercício após a função de imposto atingiu o valor de -8,6 milhões de euros (+4,1 mi-lhões de euros em 2011).

A demonstração individual da posição financeira em 31 de dezembro de 2012 difere mais substancialmen-te da verificada um ano antes pelo aumento ocorrido nas dívidas das empresas do grupo, associadas e participadas, que no ativo corrente passou de 7,3 milhões de euros para 34,2 milhões de euros e con-comitante financiamento no lado do passivo corrente na rubrica similar “dívidas a Terceiros – empresas do grupo, associadas e participadas” que também cres-ceu, de 141,6 para 166,1 milhões de euros.

Os investimentos financeiros – com a influência determinante do registo de desvalorização já acima assinalado com referência à participada dos estados Unidos – reduzem-se de 290,8 milhões de euros para 274,4 milhões de euros.

Os capitais próprios no final do exercício de 2012 vêm diminuídos pelo contributo do resultado líquido do período de -8,6 milhões de euros e pela dis-tribuição de dividendos ao Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A., único acionista, em aplicação dos resultados do ano anterior, no valor de 3,3 milhões de euros. Atingem ainda o valor robusto de 142,0 milhões de euros, representativos de um rácio de solvabilidade de 45,8%.

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4.2 contas consolidadas

embora não esteja legalmente obrigada a apresen-tar contas consolidadas, uma vez que, sendo detida pela sociedade Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A., entidade cotada e líder do Grupo, é a esta que compete a sua elaboração e apresentação, as contas consolidadas dão informação pertinente e

muito relevante sobre a evolução da sociedade e das suas participadas. É, pois, com referência a estas contas consolidadas da Soares da costa construção, S.G.P.S, S.A., elaboradas, segundo o “padrão” iAS/iFRS, que passamos a transmitir as informações e análise seguintes:

volume de negócios

O quadro que segue apresenta a estratificação do volume de negócios consolidado da área construção por mercados geográficos.

volume de negócios Por mercado geográfico

Mercado (milhares de Euros) 2012 % 2011 % VariaçãoPortugal 173.608 24,4% 264.201 33,2% -34,3%Angola 336.507 47,2% 327.633 41,1% 2,7%estados Unidos 125.883 17,7% 114.198 14,3% 10,2%Moçambique 55.928 7,8% 72.104 9,1% -22,4%Brasil 10.248 1,4% 4.161 0,5% 146,3%Roménia 305 0,0% 6.630 0,8% -95,4%Outros 10.060 1,4% 7.280 0,9% 38,2%TOTAL 712.539 100,0% 796.208 100,0% -10,5%

O volume de negócios da área da construção atingiu no exercício de 2012 o valor de 712,5 milhões de euros, o que representa um decréscimo relativamen-te ao ano anterior de 10,5%, explicado pela pronun-ciada redução no mercado doméstico (-34,3%).

com efeito, a redução do Vn nacional de 90,6 mi-lhões de euros ultrapassou a redução global veri-ficada (-83,7 milhões de euros), com a área inter-nacional em conjunto a crescer 1,3% para 538,9 milhões de euros (de 532,0 em 2011) e passando a representar mais de 75% da atividade.

O nível de atividade em Angola aferido pelo Vn su-perou em 2,7% o valor do ano anterior, enquanto que o mercado de Moçambique, representando um

volume de atividade significativo, ficou aquém do extraordinário patamar atingido no ano anterior.

O Vn dos estados Unidos, sobre o valor de 2011 que já constituíra um máximo, voltou a revelar um cres-cimento superior a 10%, com intervenção funda-mental dos projetos de infraestruturas rodoviárias.

neste âmbito, merece ainda uma referência o Brasil com um Vn já superior a 10 milhões e em que o Grupo aposta numa intervenção crescente e as outras geografias abrangem particularmente Omã, Venezuela e outros países africanos (S. Tomé e Prín-cipe e países do Magreb).

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 31

Designação (milhares de Euros) 2012 % PO 2011 % PO Variação volume de negócios 712.539 101,4% 796.208 99,7% -10,5% Variação da Produção -17.928 -2,6% -21.902 -2,7% -18,1% Outros Ganhos Operacionais 8.338 1,2% 24.529 3,1% -66,0%Proveitos operacionais (Po) 702.949 100,0% 798.834 100,0% -12,0% custo Mercadorias Vendidas e Materiais consumidos (cMVc) 145.849 20,7% 182.158 22,8% -19,9% Fornecimentos e Serviços externos (FSe) 368.296 52,4% 416.646 52,2% -11,6% Gastos com Pessoal 132.683 18,9% 132.768 16,6% -0,1% Outros custos Operacionais 27.120 3,8% 19.541 2,5% 38,8%eBitda 29.001 4,1% 47.722 6,0% -39,2% Amortizações, Provisões e Ajustamentos (líquidos de reversões)

36.998 5,3% 18.291 2,3% 102,3%

resultado operacionais (eBit) -7.997 -1,1% 29.431 3,7% - Resultado Financeiro -41.851 -6,0% -16.877 -2,1% -resultado antes impostos -49.847 -7,1% 12.554 1,6% - imposto sobre o Rendimento 12.812 1,8% -4.476 -0,6% -resultado consolidado do exercício -37.036 - 8.078 1,0% -resultado atribuível ao grupo -37.763 - 7.405 0,9% -

Se o Vn se reduziu em 10,5%, o somatório das ru-bricas cMVc e FSe baixou de modo mais do que proporcional (14,1%); no entanto, este efeito foi neutralizado pelo comportamento dos Gastos com Pessoal que, afetado pelas indemnizações com as rescisões de colaboradores (valor que ascendeu em 2012 a 10,0 milhões de euros, face ao valor de 1,3 milhões de euros no ano anterior), não puderam ainda evidenciar redução com significado.

A margem eBiTdA em relação ao total dos provei-tos operacionais sofreu uma quebra de 6,0% para 4,1% mas, reformulada, expurgando-se o efeito das indemnizações e da influência de uma dívida incobrável de uma subsidiária nos eUA, que fez au-mentar expressivamente os Outros custos Opera-cionais, ter-se-ia situado em 7,1%, superior ao ano de 2011.

O registo de imparidades nomeadamente em cré-ditos sobre terceiros - consequência do panorama geral adverso da economia e que vem conduzindo à degradação das condições de solvabilidade e liqui-dez de muitas empresas e, por isso, à deterioração das condições de cobrança e ao incremento da liti-giosidade - e numa parte do goodwill da aquisição da contacto, afetou também de modo expressivo a performance do exercício ao colocar a rubrica de Amortizações, Provisões e Ajustamentos (líquidos de reversões) num valor (37,0 milhões de euros) superior ao dobro do verificado um ano antes (18,3 milhões de euros).

em função do exposto o resultado operacional cifrou-se por um valor negativo de 8,0 milhões de euros, o que compara desfavoravelmente com o re-sultado positivo de 29,4 milhões de euros registado em 2011.

Os resultados financeiros também se agravaram significativamente penalizados pelo aumento do custo líquido de financiamento com o saldo entre os juros obtidos e suportados a ficar em 2012 por -25,1 milhões de euros em confronto com -12,5 milhões no ano anterior. O impacto líquido das dife-renças cambiais foi contido cifrando-se no valor de -1,4 milhões de euros, mas distante do valor favo-rável que assumira no ano de 2011 de 6,4 milhões de euros, o que contribui, também, para o agrava-mento dos resultados financeiros.

A conjugação das componentes anteriormente re-feridas teve por consequência a obtenção de um resultado antes de impostos de -49,8 milhões de euros, um valor anormal no historial da companhia, traduzindo um ano bastante difícil e com condicio-nantes específicas mas que traduz o percurso de um trajeto inexorável para colocar a empresa em situa-ção de poder encarar e ultrapassar, com moderado otimismo, os desafios que se lhe deparam.

considerando a função de impostos, o resultado consolidado atribuível ao Grupo situou-se no valor de -37,8 milhões de euros face ao valor positivo de 7,4 milhões de euros em 2011.

resultados

Para melhor análise apresenta-se de seguida, agre-gadas de modo conveniente, as seguintes compo-

nentes de formação dos resultados para o exercício findo e para o exercício imediatamente anterior:

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 32

Balanço: evolução dos ativos

Ao nível da estrutura patrimonial evidenciada pela demonstração da posição financeira consolidada regista-se fundamentalmente a redução verificada no ativo corrente (de 861,3 para 712,2 milhões de euros) enquanto o ativo não corrente mantém um nível de grandeza semelhante ao ano anterior (de 295,7 para 291,0 milhões de euros), sem alterações a justificarem especial realce.

A redução no ativo corrente justifica-se pela evo-lução no mesmo sentido dos inventários, clientes e

outras dívidas de terceiros; neste último caso res-peitando a créditos sobre empresas relacionadas do Grupo, mas fora do perímetro de consolidação da área de negócio construção.

Os outros ativos correntes, relacionados fundamen-talmente com o grau de acabamento das obras plu-rianuais, pelo contrário, aumentaram 22,6 milhões de euros com a influência decisiva nesta evolução da Sociedade de construções Soares da costa, S.A. (+21,7 milhões de euros).

caPitais PróPrios

Os capitais próprios em 31 de dezembro de 2012 mantêm um valor robusto (139,7 milhões de euros) e acima do capital social (131,1 milhões de euros) mas sofrem o efeito negativo do resultado líquido do ano (-37,8 milhões de euros). Para além deste valor a demonstração das alterações no capital pró-

prio evidencia a distribuição de 3,3 milhões de euros ao único acionista (Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A.) referente à aplicação do resultado de 2011 e outras variações nomeadamente de reserva de con-versão cambial que impactaram os capitais próprios em -0,8 milhões de euros.

Passivo

correlativamente à redução verificada no ativo (153,9 milhões de euros), embora em menor di-mensão, também a expressão do passivo na análise inter-balanços 2011-2012 teve uma redução pas-sando de 975,4 milhões de euros para 863,4 mi-lhões de euros (-111,9 milhões de euros).

esta redução foi bastante significativa ao nível do passivo corrente (-174,5 milhões de euros) - com uma redução substancial dos outros passivos cor-rentes e de outras dívidas a terceiros - enquanto o passivo não corrente aumentou (+62,5 milhões de euros).

com influência na estrutura do passivo há a assi-nalar a celebração, em finais de novembro de 2012, pela sociedade (e outras sociedades do Grupo) com seis instituições financeiras, do acordo quadro para a reprogramação dos respetivos endividamentos bancários com recurso, num total de cerca de 275 milhões de euros. esta operação é caracterizada por um prazo de reembolso alargado (maturidade de 9 anos, com um período de carência de capital de 3 anos) e remuneração a uma taxa moderada.

O endividamento líquido consolidado da área da construção (net debt) situa-se no final do exercício sob análise em 342,2 milhões de euros.

desemPenHo individual das ParticiPadas

Já acima neste Relatório deu-se conta da estrutura de participações da sociedade, da sua evolução no ano findo bem como da evolução do comportamen-to dos principais mercados geográficos. na secção anterior fez-se a análise dos principais indicadores consolidados.

O quadro da página seguinte traduz uma síntese do contributo das diferentes empresas consolidadas para: volume de negócios, eBiTdA, eBiT, resultados financeiros e resultados líquidos, o que exterioriza analiticamente a formação destes níveis de resulta-dos consolidados por participada de origem.

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 33

Quadro resumo dos PrinciPais indicadores das ParticiPadas daárea de negócio construção em 2012

Empresa Participada (Euros) Vol.Negócios EBITDA EBIT R. Financ. R. Líquido

soc. construções soares da costa, s.a. (*) 520.046.624 26.274.469 -2.216.099 -28.134.111 -24.335.741

Soares da costa América, inc. 287.666 -872.147 -872.147 -2.898.059 3.545.168

Prince contracting, LLc 125.074.380 -584.378 -2.929.867 -318.757 -3.248.626

Soares da costa construction Services, LLc 700.695 -12.868.136 -11.168.467 -1.063.889 -12.232.357

Soares da costa contractor, inc 433.775 -94.627 -96.415 -9.439 -105.854

Porto construction Group, LLc 0 -14.171 -18.082 0 -18.081

eliminações de consolidação eUA -673.017 0 0 0 7.233

estados unidos 125.823.499 -14.433.459 -15.084.978 -4.290.144 -12.052.517

cLeAR - instalações electromecânicas, S.A. 14.511.633 -106.649 -1.000.847 7.290.069 3.960.183

cLeAR AnGOLA, S.A. 56.462.387 17.398.039 16.869.744 -1.813.914 15.055.830

eliminações de consolidação entre clear e clear Angola -6.242.732 516.943 516.943 -8.702.917 -8.933.141

clear + clear angola 64.731.288 17.808.333 16.385.840 -3.226.762 10.082.872

Soares da costa Moçambique, S.A.R.L. 20.186.904 1.608.254 1.218.195 -119.913 683.962

carta - Restauração e Serviços, Lda. 8.554.731 124.106 -486.713 -119.793 -578.506

OFM - Obras Públicas, Ferroviárias e Marítimas, S.A. 7.856.586 577.077 256.073 -127.063 -4.832

Linha 3 cezarina - construções, LTdA. 5.153.278 768.569 767.256 34.538 550.002

SOMAFeL - engenharia e Obras Ferroviárias, S.A. 4.773.759 -1.333.215 -2.381.239 58.640 -1.791.948

Terceira Onda Planejamento e desenvolvimento, Ltda. 4.547.363 534.784 534.477 -101.237 289.617

construções Metálicas SOcOMeTAL, S.A. 4.504.511 -1.851.319 -2.230.288 -172.000 -1.841.179

Soares da costa S. Tomé e Principe - construções, Lda. 1.181.136 82.560 19.711 -18.132 1.579

Soares da costa Brasil - construções, Ltda. 640.858 -169.054 -170.001 622.293 452.294

israel Metro Builders – a Registered Partnership 233.754 166.962 166.954 -166.954 0

Sdc construções, S.G.P.S., S.A. 228.000 -371.162 -371.242 -7.844.825 -8.600.644

Somafel - Obras Ferroviárias e Marítimas, Ltda. 117.393 -125.974 -127.539 418 -127.123

Soares da costa construcciones centro Americanas, S.A. 22.438 -492.974 -514.029 444.185 114.633

Outras empresas participadas 0 -167.256 -167.256 17.954 -141.807

eliminações de consolidação -56.063.559 -3 -3.596.051 1.292.227 -463.485

total geral construção 712.538.563 29.000.698 -7.996.929 -41.850.679 -37.762.823

(*) engloba, na proporção dos interesses da Sociedade, a participação nos Agrupamentos complementares de empresas.

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 34

Discriminação dos Agrupamentos Complementaresde Empresas (Euros)

Vol.Negócios EBITDA EBIT R. Financ. R. Líquido

cAeT XXi - construções, Ace 84.035.604 -6.518.540 -7.248.233 159.433 -7.107.577

HidroAlqueva, Ace 11.377.734 305.979 38.914 -38.915 -5.838

LGV, engenharia e const.de Linhas de Alta Veloc., Ace 9.689.977 8.662.077 484.995 -50.461 433.919

Mota-engil, Sdc, MonteAdriano - Matosinhos, Ace 2.642.704 -8.737 -9.990 9.990 0

GcVc, Ace 2.242.686 -6.830 -6.830 6.830 0

GAce - Gondomar, Ace 2.028.906 3.122 3.122 -3.122 0

Soares da costa/contacto - Modernização de escolas, Ace 583.579 5.169 5.169 -5.170 0

Remodelação Teatro circo - S.c., A.B.B., d.S.T., Ace 225.021 1 1 0 0

TRAnSMeTRO - construção do Metropolitano do Porto, Ace 179.242 -48.993 -48.993 9.101 -39.891

GcF - Grupo construtor da Feira, Ace 68.990 0 0 0 0

nova estação, Ace 35.604 4.343 2.558 -2.559 0

Soares da costa e Lena, Ace 21.027 6.921 6.921 -3 6.918

normetro - Agrupamento do Metropolitano do Porto, Ace 5.090 -12.135 -12.135 12.135 0

LGc - Linha de Gondomar, construtores, Ace 1.703 -111.511 -62.608 357.156 294.549

Outros Ace’s 176 -19.079 88.645 194 88.838

total ace’s 113.138.043 2.261.787 -6.758.464 454.609 -6.329.082

A Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A., en-quanto entidade responsável pela gestão e desen-volvimento da área de negócios da construção, uma das áreas estratégicas de negócios do Grupo, exerce a sua atividade enquadrando as participações nas várias empresas dedicadas à execução de obras de construção civil, engenharia e infraestruturas.

As empresas que integram a estrutura de parti-cipações sociais da Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A., conforme as peças que fazem parte deste Relatório e contas evidenciam, exercem a sua atividade em vários espaços geográficos.

neste âmbito a sociedade e as suas participadas estão expostas a diversos riscos que podem ser classificados em:

> Riscos de Negócio> Riscos operacionais: os que podem afetar a efi-

cácia e a eficiência dos processos operativos e prestação dos serviços do grupo, a satisfação dos clientes e a reputação das empresas;

> Riscos de integridade: os relacionados com frau-des internas e externas a que possam estar su-jeitas as empresas do grupo;

> Riscos de direção e recursos humanos: riscos vin-culados entre outros à gestão, direção, liderança,

GeSTÃO de RiScOS .5limites de autoridade, deslocalização, inserção local, etc.;

> Riscos financeiros: designadamente riscos de taxa de câmbio, riscos de taxa de juro, riscos de liqui-dez e risco de crédito;

> Riscos de Informação> informação operativa, financeira e de avaliação

estratégica;

> Riscos do Meio> concorrência;> Meio político, económico, legal e fiscal;> Regulação e mudanças no setor.

do ponto de vista organizativo, funciona, no âmbito do centro corporativo do Grupo, do qual a subhol-ding da construção faz parte, e, por isso, com com-petência transversal a todo o Grupo, uma unidade de análise e gestão do risco com o objetivo de assegu-rar a eficiência e a eficácia das operações do Grupo, a salvaguarda dos ativos, a fiabilidade da informa-ção financeira e o cumprimento das leis e normas.

A análise do risco é assegurada pelas diversas uni-dades corporativas do Grupo. É desenvolvido um trabalho de identificação e priorização prévia dos riscos classificados como sendo mais críticos (de-

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 35

terminados através da combinação da probabilida-de de ocorrência e potencial impacto e expressos numa matriz de riscos), e são definidas estratégias de Gestão do Risco com vista à implementação de procedimentos de controlo que o diminuam para um nível aceitável. neste sentido o Grupo tem vindo a proceder à implementação de atividades de controlo que permitem mitigar os riscos. O objetivo é maxi-mizar o trade-off entre os riscos e as margens de negócio de modo a atingir, de forma sustentada, os objetivos estratégicos do Grupo.

essa matriz parte das linhas gerais do plano estra-tégico em vigor, das metas que pretende alcançar, do tipo de atividade que prossegue e dos países que constituem os locais preferenciais de inter-venção estável. depois, e em obediência a essas linhas gerais, define um conjunto de parâmetros que orientam os objetivos estratégicos de assunção de riscos e toda a sua monitorização para conferir a conformidade dos riscos efetivamente incorridos com aqueles objetivos.

Para se poder efetuar a apreciação e ulterior mo-nitorização, através da sua organização interna, as diferentes áreas de gestão do Grupo (desenvolvi-mento de negócios, direção de Finanças, controlo de Gestão, Recursos Humanos, Serviços Jurídicos, etc.) identificam e avaliam os riscos que as suas decisões, nas respetivas áreas de intervenção e competência, envolvem e elencam as medidas que os possam prevenir ou minimizar. em função desse levantamento, acompanhado criticamente pela uni-dade central, são tomadas as decisões relativas ao negócio, país ou projeto em causa, designadamente a decisão de contratar ou não contratar ou das con-dições para a contratação.

O sistema de análise e gestão do risco é um pro-cesso interativo, que percorre todas as fases de um projeto, desde o seu levantamento potencial, em momento de pura prospeção, e até ao seu epílogo, em que todas as responsabilidades com ele rela-cionadas se mostram extintas. naturalmente que, na sua evolução, são erigidos alguns marcos es-senciais de tomada de decisão mais alargada, quer para avaliar se os potenciais riscos e a forma de os abordar se encaixam no perfil estratégico definido, quer para averiguar se os mecanismos e procedi-mentos de controlo estão a ser observados e se se mostram adequados. Para a sua cabal gestão, são criados procedimento de informação detalhada, com conteúdo adequado a cada fase, que permitirão fazer o acompanhamento atempado das diversas vicissitudes e agir em cima das ocorrências. Todo o processo está aberto aos contributos de revisão e aperfeiçoamento que qualquer estrutura entenda propor e é objeto de reflexão e avaliação periódica envolvendo quer os serviços de apoio, quer as áreas operacionais.

complementarmente, pela Unidade de Auditoria interna, unidade que funciona no âmbito do centro corporativo do Grupo, são periodicamente realizadas ações de auditoria interna às principais atividades operacionais das diversas empresas do Grupo, com vista à melhoria da eficiência dos meios de controlo interno e dos respetivos processos de negócio. Pre-tende-se desta forma assegurar a monitorização do risco em cada uma das operações, a implementação de medidas adequadas para mitigação dos riscos detetados e o acompanhamento da sua evolução.

considerando o enquadramento da atividade, as carteiras de encomendas e os riscos e incerte-zas nomeadamente de conjuntura económica que foram sendo enunciados ao longo deste Relatório de Gestão, mas confiantes na capacidade de ultra-passar as dificuldades e no rumo que a Sociedade tem traçado são positivas ainda que exigentes as expetativas orçamentais com referência aos indica-dores consolidados para o ano de 2013 da Soares da costa construção, S.G.P.S, S.A..

PeRSPecTiVAS PARA 2013.6durante os primeiros meses do ano espera-se concluir o processo de ajustamento dos recursos humanos iniciado em finais de 2011 e profunda-mente desenvolvido no ano de 2012 nas principais participadas de direito português, estabilizando-se a estrutura adequada à dimensão atual e expectável futura dos mercados.

em termos de Vn é esperada em 2013 uma nova re-dução da atividade no mercado nacional onde, face ao avanço verificado na construção da autoestrada

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 36

Transmontana, com conclusão prevista durante o Verão, o decréscimo se antevê significativo.

Por outro lado, espera-se um incremento impor-tante nos níveis de atividade realizados nos países africanos de expressão lusófona nomeadamente em Angola e Moçambique. nos estados Unidos atingiu--se em 2012 um volume de atividade máximo histó-rico constituindo meta ambiciosa a manutenção em níveis próximos com a melhoria da rentabilidade.

deste aumento da atividade em África a que se adi-cionam os contributos do Vn de outros mercados (designadamente Omã) decorre o estabelecimento de um objetivo ambicioso de atingir em 2013 um Vn global próximo do verificado neste ano.

A maior quota da atividade internacional e o peso significativo dos custos não recorrentes que se fize-ram sentir em 2012, permitem assumir um objetivo de melhoria da margem eBiTdA em relação ao Vn, apesar dos contextos de competitividade concorren-cial agressiva que se verificam.

Ocorreu em 1 de março de 2013 o registo definitivo da fusão por incorporação na Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. (sociedade incorpo-rante) da construções Metálicas SOcOMeTAL, S.A. (sociedade incorporada), com efeitos contabilísticos reportados a 1 de janeiro de 2013. esta operação, justificada pelo significativo abrandamento da ativi-dade de construção em Portugal, tem por objetivos

FATOS ReLeVAnTeS OcORRidOS APÓS O TeRMO dO eXeRcÍciO

.7

a racionalização operacional e de custos e, por outro lado, facilitar a internacionalização das atividades de-senvolvidas pela SOcOMeTAL no âmbito da diversidade geográfica operacional da Sociedade de construções Soares da costa, S.A.. Uma vez que ambas as socie-dade já pertenciam ao perímetro de consolidação da Sociedade, não deriva desta operação efeitos nas demonstrações financeiras consolidadas.

dívidas ao estado e à segurança social

À data do encerramento do balanço a empresa não tem dívidas em mora ao estado, resultantes de li-quidação de impostos, nem de contribuições para a Segurança Social.

negócios com a sociedade

durante o exercício não se registaram negócios entre a sociedade e os seus administradores, que justifiquem referência.

OUTRAS inFORMAÇÕeS LeGAiS .8

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 37

Os nossos agradecimentos a todos aqueles que contribuíram para que a Sociedade tivesse o desem-penho descrito neste Relatório.

RecOnHeciMenTO

PROPOSTA de APLicAÇÃO de ReSULTAdOS

.9

.10

Aos membros dos outros órgãos sociais da Socieda-de, bem como aos nossos auditores, manifestamos também o nosso reconhecimento pela forma como exerceram as suas funções.

O conselho de Administração da Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A., tendo presentes as de-monstrações Financeiras, propõe nos termos do disposto na alínea f) do artigo 66º do código das Sociedades comerciais, e no respeito pela legisla-ção aplicável quanto à distribuição de bens sociais,

Porto, 25 de março de 2013

O Conselho de Administração,

António Manuel Pereira caldas de castro Henriques

Jorge domingues Grade Mendes

Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves

daniel Hehn Pinto da Silva

Fernando Jorge Sales nogueira

nomeadamente os artigos 32º e 33º do mesmo diploma, que o resultado líquido individual de -8.600.644 euros obtido pela sociedade no exercí-cio que terminou em 31 de dezembro de 2012, seja transferido para Resultados Transitados.

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 38

(Artºs 448-4º e 447-5º do c.S.c.)

ACIONISTAS COM PARTICIPAÇõES SUPERIORES A 10%A Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A. detém 26.216.068 ações ou 100,00% do capital social.

MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃOOs membros dos órgãos de administração e de fiscalização não detêm ações desta empresa.

AneXO AO ReLATÓRiO dO cOnSeLHO de AdMiniSTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 39

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

Vila Olímpica Moçambique // Olympic Village Mozambique

portfolio completo disponível em //complete portfolio available in: www.portfolio.soaresdacosta.pt

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 40

demonstração individual da Posição financeiraem 31 de dezemBro de 2012 e de 2011

(euro)

ATIVO Notas 31.12.2012 31.12.2011

NÃO CORRENTE

ativos fixos tangíveis:

equipamento administrativo 5 240 321

240 321

investimentos financeiros:

Participações de capital em subsidiárias 6 e 17 212.798.628 213.171.864

empréstimos concedidos a subsidiárias 6 e 17 34.346.697 50.238.393

Participações de capital em associadas 6 24.191.790 24.191.790

empréstimos concedidos a associadas 6 29.187 29.187

outros investimentos financeiros 6 3.014.810 3.135.372

274.381.112 290.766.606

ativos por impostos diferidos 0 1.974.777

TOTAL DO ATIVO NÃO CORRENTE 274.381.352 292.741.703

CORRENTE

dívidas de terceiros:

clientes 9 76.760 147.632

empresas do grupo, associadas e Participadas 9 34.233.068 7.338.646

outras dívidas de terceiros 9 969.575 642.640

35.279.403 8.128.918

outros ativos correntes 10 496 1.069

caixa e seus equivalentes 11 51.496 6.156

TOTAL DO ATIVO CORRENTE 35.331.395 8.136.143

TOTAL DO ATIVO 309.712.747 300.877.846

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 41

demonstração individual da Posição financeiraem 31 de dezemBro de 2012 e de 2011

(euro)

Capital Próprio e Passivo Notas 31.12.2012 31.12.2011

CAPITAL PRÓPRIO

capital realizado 12 131.080.340 131.080.340

reservas e resultados transitados:

Prémios de emissão 12.926.618 12.926.618

reservas legais 2.729.271 2.522.794

resultados transitados 3.840.132 3.217.065

resultado líquido do período (8.600.644) 4.129.545

TOTAL DO CAPITAL PRóPRIO 141.975.718 153.876.362

PASSIVO

CORRENTE

financiamentos obtidos:

empréstimos bancários 14 75.925 2.774.008

75.925 2.774.008

dívidas a terceiros:

fornecedores 90.113 197.990

estado e outros entes públicos 15 30.967 73.681

empresas do grupo, associadas e Participadas 15 166.132.164 141.620.832

outros dívidas a terceiros 15 1.374.835 2.243.472

167.628.079 144.135.975

outros passivos correntes 16 33.026 91.501

TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 167.737.030 147.001.484

TOTAL DO PASSIVO 167.737.030 147.001.484

TOTAL DO CAPITAL PRóPRIO E PASSIVO 309.712.747 300.877.846

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 42

demonstração individual dos resultados Para os Períodos findosem 31 de dezemBro de 2012 e de 2011

(euro)

Demonstração dos Resultados Notas 2012 2011

vendas e prestação de serviços (volume de negócios) 18 228.000 360.000

outros rendimentos e ganhos 19 149.639 41

Rendimentos e ganhos operacionais 377.639 360.041

fornecimentos e serviços externos 21 (130.462) (354.290)

gastos com o pessoal 20 (536.954) (935.852)

gastos de depreciação e de amortização e perdas de imparidade (80) (80)

outros gastos e perdas operacionais:

impostos (14.305) (6.540)

outros gastos e perdas 19 (67.081) (50)

Gastos e perdas operacionais (748.882) (1.296.812)

resultado operacional das atividades continuadas (371.243) (936.771)

custo líquido do financiamento:

Juros obtidos 22 7.762.004 1.540.189

Juros suportados 22 (13.998.795) (8.273.591)

(6.236.790) (6.733.403)

outros ganhos e perdas financeiras:

outros ganhos financeiros 22 658.574 1.136.713

rendimentos de participações de capital 22 18.998.413 9.757.782

outras perdas financeiras 22 (21.265.021) (1.181.186)

(1.608.034) 9.713.309

resultado financeiro 22 (7.844.824) 2.979.907

Resultado antes de impostos (8.216.068) 2.043.136

imposto sobre o rendimento do período 23 (384.577) 2.086.409

Resultado líquido do período (8.600.644) 4.129.545

resultado por ação das atividades continuadas: 24

Básico (0,328) 0,158

diluído (0,328) 0,158

resultado por ação:

Básico (0,328) 0,158

diluído (0,328) 0,158

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 43

demonstração individual do rendimento integral Para os Períodosfindos em 31 de dezemBro de 2012 e 2011

(euro)

31.12.2012 31.12.2011

resultado líquido do período (8.600.644) 4.129.545

Outros rendimentos integrais

diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira

- -

variação no justo valor de instrumentos financeiros derivados - -

variação nos impostos diferidos de instrumentos financeiros derivados - -

outras variações - -

TOTAL RENDIMENTO INTEGRAL (8.600.644) 4.129.545

demonstração individual das alterações no caPital PróPrioPara os Períodos findos em 31 de dezemBro de 2012 e 2011

(euro)

Rubrica NotasCapital

realizado

Reservas e resultados

transitados

Derivados de cobertura

Prémios de emissão

OutrosTotal dos

capitais próprios

saldo a 1/Jan/2012 12 131.080.340 22.796.022 - - - 153.876.362

dividendos 13 - (3.300.000) - - - (3.300.000)

ações próprias - - - - - -

outros - - - - - -

rendimento integral - (8.600.644) - - - (8.600.644)

saldo a 31/dez/2012 131.080.340 10.895.378 - - - 141.975.718

RubricaCapital

realizado

Reservas e resultados

transitados

Derivados de cobertura

Prémios de emissão

OutrosTotal dos

capitais próprios

saldo a 1/Jan/2011 90.000.000 15.328.711 - - - 105.328.711

dividendos - - - - - -

ações próprias - - - - - -

outros 41.080.340 3.337.766 - - - 44.418.106

rendimento integral - 4.129.545 - - - 4.129.545

saldo a 31/dez/2012 131.080.340 22.796.022 - - - 153.876.362

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 44

demonstração dos fluxos de caixa individuais Para os Períodos findosem 31 de dezemBro de 2012 e 2011

(euro)

2012 2011

atividades operacionais:

recebimentos de clientes 381.280 219.600

Pagamentos a fornecedores (106.816) (449.040)

Pagamentos ao pessoal (421.808) (147.344) (593.278) (822.719)

Pagamento/recebimento do imposto s/o rendimento 1.814.613 1.144.434

outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional

(5.110.470) (740.138)

(3.295.857) 404.296

Fluxos das atividades operacionais (3.443.201) (418.422)

atividades de investimento:

recebimentos provenientes de:

investimentos financeiros 21.043.959 85.549.881

dividendos 18.770.000 39.813.959 9.695.602 95.245.483

Pagamentos respeitantes a:

investimentos financeiros 127.766.978 41.176.688

ativos fixos tangíveis 0 127.766.978 0 41.176.688

Fluxos das atividades de investimento (87.953.019) 54.068.796

atividades de financiamento:

recebimentos provenientes de:

empréstimos obtidos 207.760.659 87.313.321

Juros obtidos 12.584 207.773.243 1.535.842 88.849.163

Pagamentos respeitantes a:

empréstimos obtidos 110.917.091 130.897.030

dividendos 3.300.000 3.659.000

Juros e gastos similares 2.114.690 116.331.781 7.955.180 142.511.210

Fluxos das atividades de financiamento 91.441.462 (53.662.047)

variação de caixa e seus equivalentes 45.242 (11.674)

efeito das diferenças de câmbio 99 (11.412)

caixa e seus equivalentes no início do período 6.155 29.242

caixa e seus equivalentes no fim do período 51.496 6.155

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 45

POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E NOTAS EXPLICATIVAS DAS CONTAS INDIVIDUAISEM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

Autoestrada Transmontana // Transmontana Motorway Portugal

portfolio completo disponível em //complete portfolio available in: www.portfolio.soaresdacosta.pt

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 46

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nOTA inTROdUTÓRiA

PRinciPAiS POLÍTicAS cOnTABiLÍSTicAS

ReFeRenciAL cOnTABiLÍSTicO de PRePARAÇÃO dAS deMOnSTRAÇÕeS FinAnceiRAS

ELEMENTOS IDENTIFICATIVOS

> DENOMINAÇÃO SOCIAL: Soares da costa construção,S.G.P.S., S.A.

> NúMERO DE MATRíCULA NA CONSERVATÓRIADO REGISTO COMERCIAL DO PORTO E DE PESSOA COLETIVA: 505 906 490

> SEDE SOCIAL: Rua de Santos Pousada, 2204000 – 478 Porto

> OBjETO SOCIAL: Gestão de participações sociaisnoutras sociedades como forma indireta de exercício de atividades económicas.

> DESIGNAÇÃO DA EMPRESA-MÃE: Grupo Soares dacosta, S.G.P.S., S.A.

> SEDE DA EMPRESA-MÃE: Rua de Santos Pousada,220, 4000−478 Porto

Os valores monetários referidos nas notas são apresentados em unidades de euro.

A empresa faz parte integrante do grupo de con-solidação cuja empresa-mãe, Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A., elabora contas consolidadas desde 2004 em conformidade com as normas internacionais de Relato Financeiro (iAS/iFRS) tal como adotadas na União europeia.

Assim, ao abrigo do nº 1 do artº 4º do dL 158/2009, de 13 de Julho, optou pela elaboração das demonstrações financeiras individuais em con-formidade com estas normas internacionais.

As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras são as seguintes:

Bases de aPresentação

As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a par-tir dos livros e registos contabilísticos da empresa, os quais estão em conformidade com as normas internacionais de Relato Financeiro tal como adota-das na União europeia.

3.1na preparação das demonstrações financeiras ane-xas foram utilizadas estimativas que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. Todas as es-timativas e assunções efetuadas pelo conselho de

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 47

Administração foram efetuadas com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transa-ções em curso.

O conselho de Administração da empresa entende que as demonstrações financeiras anexas e as no-tas que se seguem asseguram uma adequada apre-sentação da informação financeira.

ativos fixos tangíveis

Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou custo de aquisição reava-liado, deduzido de depreciações acumuladas e per-das de imparidade.

As depreciações são calculadas pelo método das quotas constantes, por duodécimos, de acordo com as seguintes períodos de vida útil estimada:

Vida Útil

equipamento Administrativo 4 - 8

3.2

3.3

Os ativos fixos tangíveis em curso encontram-se registados ao custo de aquisição ou produção, de-duzido de eventuais perdas de imparidade.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do ativo fixo tangível são determinadas pela diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração dos resultados, como “outros rendimentos e ganhos” ou “outros gastos e perdas”.

ativos e Passivos financeiros

a) Investimentos FinanceirosOs investimentos financeiros são reconhecidos na data em que são transferidos substancialmente os riscos e vantagens inerentes aos mesmos. São ini-cialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago incluindo despe-sas de transação.

É feita uma avaliação dos investimentos quando existem indícios de que o Ativo possa estar em im-paridade, sendo registado como custo na demons-tração de resultados as perdas de imparidade que se demonstrem existir.

Os investimentos financeiros classificam-se em in-vestimentos detidos até à maturidade e investimen-tos mensurados ao justo valor através de resultados.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são mensurados pelo seu justo valor sem qualquer dedução de custos da transação em que se possa incorrer na venda. Os investimentos em instrumen-tos de capital próprio não admitidos à cotação em mercados regulamentados, e para os quais não é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao seu custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade.

Os investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas, encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido quando aplicável, de perdas de imparidade.

b) Dívidas de terceirosAs dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparida-de, reconhecidas na rubrica de perdas de imparidade em contas a receber, para que as mesmas reflitam o seu valor realizável líquido.

c) EmpréstimosOs empréstimos são registados no passivo e men-surados ao custo amortizado (utilizando o método da taxa de juro efetiva). As despesas com a emissão desses empréstimos são registadas como uma de-dução à dívida e reconhecidas ao longo do período de vida do empréstimo, de acordo com o método da taxa de juro efetiva.

Os encargos financeiros com juros bancários e des-pesas similares (nomeadamente imposto de Selo), são registados na demonstração dos resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercí-cios, encontrando-se os montantes vencidos e não liquidados, à data do balanço, classificados na rubri-ca “Outros passivos correntes”.

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 48

d) Dívidas a terceirosAs dívidas a terceiros encontram-se registadas pelo seu valor nominal. Usualmente estas dívidas a ter-ceiros não vencem juros.

3.4

3.5

3.6

3.7

e) Caixa e seus equivalentesOs montantes incluídos na rubrica “caixa e seus equivalentes” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria de curto prazo.

encargos financeiros com emPréstimos oBtidos

Os encargos financeiros relacionados com emprés-timos obtidos são geralmente reconhecidos como gasto de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

imPosto soBre o rendimento

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis de acordo com as regras fiscais em vigor.

Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passi-vos para efeitos de reporte contabilístico e os res-petivos montantes para efeitos de tributação.

Os ativos e passivos por impostos diferidos são cal-culados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se esperam estar em vigor à data da reversão das diferenças temporárias.

Os ativos por impostos diferidos são registados uni-camente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. na data de cada balanço é efetuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos ativos por impostos diferidos no sentido de reconhecer ativos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o seu montante, em fun-ção da expectativa atual da sua recuperação futura.

Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, exceto se resultarem de montantes registados diretamente em capital pró-prio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

aPresentação de Balanço

Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data do balanço são apresentados, respetivamente, como ativos e passivos não correntes.

reconHecimento de gastos e rendimentos

Os rendimentos financeiros relacionados com a mora no pagamento por parte dos clientes são re-conhecidos quando há significativa evidência da sua cobrabilidade.

Os dividendos são reconhecidos como rendimentos no exercício em que são atribuídos.

A empresa regista os seus rendimentos e gastos de acordo com o princípio da especialização dos exer-

cícios pelo qual as receitas e despesas são reconhe-cidas à medida que são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas “Outros ativos correntes” ou “Outros passivos correntes”, consoante a natureza da diferença.

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 49

saldos e transações exPressos em moeda estrangeira

As transações em outras divisas que não euro, são registadas às taxas em vigor na data da transação.

em cada data de balanço, os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euro utilizando as taxas de câmbio vigentes naquela data.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis,

3.8

3.9

3.10

3.11

3.12

originadas pelas diferenças entre as taxas de câm-bio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como “Outros ganhos e perdas financeiros” na demonstração dos resulta-dos do exercício.

As principais cotações utilizadas das rubricas incluí-das no Balanço foram as seguintes:

Câmbio médio de compra e venda em: 31.dez.2012 31.dez.2011

dólar Americano eUR/USd 1,3194 1,2939

Libra Reino Unido eUR/GBP 0,9161 0,8353

dobra de S. Tomé e Príncipe eUR/STd 24.500,00 24.500,00

Kwanza de Angola eUR/AOA 126,37 122,55

imParidade de ativos

É efetuada uma avaliação de imparidade à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual o ativo se encontra regis-tado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o ativo se encon-tra registado é superior à sua quantia recuperável, é

reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resultados.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade reconheci-das já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstra-ção de resultados como resultados operacionais.

ativos e Passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados no ane-xo às demonstrações financeiras exceto se a possibi-lidade de existir um exfluxo de recursos for remota.

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados nas notas explicativas quando é provável a existência de um influxo económico futuro.

eventos suBseQuentes

Os eventos após a data do balanço que proporcio-nem informação adicional sobre condições que exis-tiam à data do balanço são refletidos nas demons-trações financeiras. Os eventos após a data do ba-

lanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço, se materiais, são divulgados nas demonstrações financeiras.

informação Por segmentos

em cada exercício são identificados os segmentos geográficos aplicáveis à empresa. informação deta-lhada é incluída na nota 18.

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 50

gestão de risco

no desenvolvimento da sua atividade a empresa en-contra-se exposta a uma variedade de riscos: Risco de mercado (incluindo risco de taxa câmbio, de taxa de juro e risco de preço), risco de crédito e risco de liquidez. O programa de gestão de risco global é fo-cado na imprevisibilidade dos mercados financeiros e procura minimizar os efeitos adversos que daí ad-vêm para o seu desempenho financeiro.

no âmbito de gestão do risco da taxa de câm-bio, a empresa contratou instrumentos financeiros de cobertura de taxa de câmbio, descritos na nota “instrumentos financeiros derivados”.

A exposição ao risco de crédito decorre das contas a receber resultantes da normal atividade comercial, sendo a exposição máxima ao risco de crédito o va-lor nominal das contas a receber.

.4 PARTeS ReLAciOnAdAS

Os termos ou condições praticadas entre empresas do grupo e associadas são substancialmente idênticos aos termos que normalmente seriam contratados entre entidades independentes em operações comparáveis.

Os saldos e transações com empresas do grupo e associadas encontram-se discriminados nos qua-dros seguintes:

Saldos a 31.12.2012Clientes

conta corrente

Empréstimos a empresas do Grupo e

Associadas

FornecedoresOutros

devedores e credores

Emprestimos de empresas

do Grupo e Associadas

Regime especial de tributação

sociedades

clear - instalações electromecânicas, s.a. (8.862.229) -

construções metálicas socometal, s.a. - 18.579 - - - -

coordenação & soares da costa, s.g.P.s., lda. - - - - (345.073) -

grupo soares da costa, s.g.P.s., s.a. 30.000 27.496.420 - (537.414) - 1.590.201

soares da costa américa, inc. - 5.018.095 - 867.546 - -

sdc emirates construction, l.l.c. - - - 101.624 - -

soares da costa serviços Partilhados, s.a. - - 24.121 (40.937) - -

soares da costa Brasil - construções, ltda. - 25.000 - (57.589) - -

soares da costa construc.centro americanas, s.a. - 73.021 - - - -

soares da costa moçambique, s.a.r.l. - 11.753 - - - -

soc. construções soares da costa, s.a. - - 40.394 (738.635) (156.924.861) -

somafel - engenharia e obras ferroviárias, s.a. 46.760 - - - - -

TOTAL 76.760 32.642.867 64.515 (405.405) (166.132.164) 1.590.201

3.13

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 51

Transações em 2012Fornecimentos

e serviços externos

Vendas e prestação de

serviços

Outros ganhos e perdas

operacionais

Custo líquido do financiamento

Outros Ganhos e Perdas

Financeiros

carta - restauração e serviços, lda. - - - 9.182 -

clear - instalações electromecânicas, s.a. - - - (454.495) 6.220.000

clear angola, s.a. - - - - -

construções metálicas socometal, s.a. - - - (202.706) -

coordenação & soares da costa, s.g.P.s., lda. - - - (13.666) -

grupo soares da costa, s.g.P.s., s.a. - - - 1.940.386 -

HaBitoP - sociedade imobiliária, s.a. 4.666 - - - -

sdc américa, inc. - - - 479.338 -

soares da costa serviços Partilhados, s.a. 39.480 - - - -

soares da costa construc.centro americanas, s.a. - - - 45.564 41

soares da costa moçambique, s.a.r.l. - - - - 228.413

soc. construções soares da costa, s.a. 1.930 - - (8.016.910) 12.550.000

somafel, s.a. - 228.000 - - -

TOTAL 46.076 228.000 0 (6.213.306) 18.998.453

a) Ativo BrutoO movimento ocorrido no valor bruto dos ativos fi-xos tangíveis é como segue:

Ativos fixos tangíveisSaldo Inicial

Variação no perímetro

Aumentos AlienaçõesEfeito de

conv cambial Transfer. e

AbatesSaldoFinal

equipamento administrativo 641 - - - - - 641

641 - - - - - 641

b) Depreciações AcumuladasO movimento ocorrido no valor das depreciações acumuladas dos ativos fixos tangíveis é como segue:

Ativos fixos tangíveis Saldo InicialVariação no

perímetroReforço

Anulação Reversão

Efeito de conv. cambial

Saldo Final

equipamento administrativo 321 - 80 - - 401

321 - 80 - - 401

.5 diScRiMinAÇÃO dO MOViMenTO nO PeRÍOdOdO ATiVO TAnGÍVeL

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 52

O movimento ocorrido no valor dos investimentos financeiros é como segue:

Ativos fixos tangíveisSaldo Inicial

Variação no perímetro

Ajustamentos de Valor

Aumentos Alienações Transfer. e Abates

SaldoFinal

investimentos financeiros:

Participações de capital em subsidiárias 217.950.021 - (430.825) 57.589 (4.778.158) 0 212.798.628

empréstimos concedidos a subsidiárias 53.359.344 - (19.795.175) 4.380.965 (3.598.437) 0 34.346.697

Participações de capital em associadas 24.191.790 - - - 0 0 24.191.790

emprést. concedidos associadas 29.187 - - - 0 0 29.187

outros investimentos financeiros 3.135.372 - - - 0 (120.562) 3.014.810

TOTAL 298.665.714 - (20.226.000) 4.438.554 (8.376.595) (120.562) 274.381.112

Foram efetuados suprimentos à empresa Soares da costa América, inc. no montante de 4.380.965 euros e participação no aumento de capital da Soares da costa Brasil no montante de 57.589 euros.

no presente exercício foi alienada a participação na construções Metálicas Socometal, S.A. à Sociedade de construções Soares da costa, S.A. pelo montante de 1 euro. esta alienação originou a reversão das imparidades constituídas em anos anteriores para a totalidade das partes de capital (4.778.158 euros) e parte das prestações acessórias (3.120.951 euros do total de 3.598.437 euros), para as quais tinham igualmente sido registadas imparidades.

A empresa Vortal, S.G.P.S., S.A. procedeu à amorti-zação de acções com redução do capital cabendo à Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A. o mon-tante de 120.562 euros, mantendo a sua percenta-gem de capital detido na empresa.

em 28 de junho 2012 foi registada definitivamente a fusão por incorporação da participada “contacto – Soc. de construções, S.A.” com transferência in-tegral do seu património na também participada da sociedade “Sociedade de construções Soares da costa, S.A.”, com efeitos contabilísticos reportados a 1 de janeiro de 2012. A participação que a Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A. detinha em am-bas as empresas ficou agora reflectida na Sociedade de construção Soares da costa cuja participação passou a ser de 170.893.174 euros.

.6 diScRiMinAÇÃO dO MOViMenTO nO PeRÍOdOeM inVeSTiMenTOS FinAnceiROS

com referência ao valor do investimento realizado na Sdc América, inc. (partes de capital e prestações acessórias) foi efectuado um exercício de aproxi-mação ao valor realizável liquido desta entidade to-mando por referência as contas consolidadas desta sociedade, e um estudo de avaliação da “Prince”, participada mais representativa daquela sociedade, tendo-se concluído pela necessidade de registar uma imparidade no valor de 20.226 milhares de euros, valor constantes da coluna “Ajustamentos de valor” do quadro supra.

com referência a 31 de dezembro de 2012 foi realizado um estudo de avaliação interno pe-la metodologia dos fluxos de caixa actualizados (dcF – “discounted cash Flows”) tomando por base as projecções da actividade da Sociedade de construções Soares da costa, S.A. constantes do seu Business Plan, tendo-se concluído que o inves-timento nesta sociedade não está em imparidade. O período de projecção explícito foi de dez anos, ou seja, de 2013 a 2022. Foi considerado um valor residual que corresponde ao valor global em que se considera a estabilização da sua rentabilidade, va-lor esse determinado como sendo o valor actual de uma renda perpétua, tendo sido assumida uma taxa de crescimento de longo prazo específica para cada uma das unidades geradoras de caixa da empresa.

Os métodos e pressupostos utilizados para aferição da existência, ou não, de imparidade nos investi-mentos financeiros foram os seguintes:

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 53

Presuposto Portugal Angola Outras geografias

método utilizado dcf dcf dcf

Base utilizadaBusiness Plan e

orçamentosBusiness Plan e

orçamentosBusiness Plan e

orçamentos

Período 10 anos 10 anos 10 anos

custo dos capitais alheios 7,5% 16,0% 16,0%

irc sobre o eBt 26,5% 26,5% 26,5%

taxa de juro sem risco* 5,3% 5,3% 5,3%

Prémio de risco de mercado 5,0% 7,0% 7,0%

Beta não alavancado** 1,01 1,01 1,01

estrutura de capital alvo 65% 65% 65%

taxa de crescimento dos cash-flows na perpetuidade 2,0% 3,5% 2,0%

Wacc 9,6% 15,3% 15,3%

* Yield médio das obrigações do tesouro portuguesas a 10 anos até ao pedido de ajuda financeira do estado português

** O Beta alavancado foi obtido através da fórmula de Hamada

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 54

em 31 de dezembro de 2012, as empresas do grupo e associadas em que a sociedade participa direta-mente eram as seguintes:

Denominação Social Sede SocialValor de

Balanço em 31.12.2012

% capital detido

Capitais Próprios

Resultado 2012

Partes de Capital em Empresas do Grupo

soares da costa américa, inc.7270 n.W. 12 tH street, suite PH 333126 - fl miami

0 100,00% 49.788.445 3.545.168

soares da costa moçambique, s.a.r.l.avenida Hochimin, 1178 3º andar1667 - maputo

868.470 80,00% 2.592.151 683.962

sdc s. tomé e Príncipe, construções, lda.cidade de são tomésão tomé e Príncipe

9.900 99,00% 712.243 1.579

sdc construcciones centroamericanas, s.a.cantón cero uno (san José)1009 - san José

853.555 100,00% 4.174.154 114.633

carta - cantinas e restauração, lda.rua de santos Pousada, 2204000 - 478 - Porto

904.969 100,00% 179.217 (21.273)

soc. construções soares da costa, s.a.rua de santos Pousada, 2204000 - 478 - Porto

170.893.174 100,00% 137.841.786 (18.193.009)

coordenação & soares da costa, s.g.P.s., s.a.rua Julieta ferrão, 12 - 13º1600-131 lisboa

250.001 100,00% (1.221.407) (108.526)

clear - instalações electromecânicas, s.a.rua de santos Pousada, 2204000 - 478 - Porto

38.653.246 100,00% 9.647.405 3.960.183

soares da costa Brasil - construção, ltda.rua Bandeira Paulista, 600 - 1ºcidade são Paulo

365.313 58,88% 728.471 452.294

Partes de Capital em Empresas Associadas

grupul Portughez de constructii, s.r.l.roménia010873 - Bucharest

500.000 50,00% (576.159) (34.062)

sdc emirates construction, l.l.c.abu dhabiemirados árabes unidos

94.376 49,00% a) a)

gec-guinea ecuatorial construcciones, s.a.urbanizacionvilla orquidea, 4 - malaboguiné equatorial

7.775 51,00% 15.263 -

cerenna-ceramica nacional de angola, s.a.rua cónego manuel das neves, 19luanda - angola

8.253 51,00% 15.827 (793)

somafel - engª e obras ferroviárias, s.a. lagoas Park - edifício 1 Piso 2 23.581.386 40,00% 26.975.116 (4.108.154)

Partes de Capital em Outras Empresas

vsl - sistemas Portugal, s.a.estrada outeiro Polima, lote c - Piso 12785 - 518 - são domingos de rana

1.012.500 11,25% a) a)

vortal - s.g.P.s., s.a.rua Prof. fernando da fonseca, 3ºlisboa

2.002.310 7,24% 29.309.043 2.684.406

a) contas não disponíveis à data da elaboração das demonstrações financeiras

.7 inVeSTiMenTOS eM eMPReSAS SUBSidiÁRiAS e ASSOciAdAS

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 55

LOCAÇÃO OPERACIONAL

durante o exercício de 2012 foram reconhecidos gastos de 57.225 euros relativos a rendas de con-tratos de locação operacional.

As rendas de contratos de locação operacional (ren-das fixas) mantidos pela empresa em 31 de dezem-bro de 2012, essencialmente relativas a contratos de locação operacional de viaturas, apresentam os seguintes vencimentos:

.8

.9

.10

inFORMAÇÃO SOBRe OS BenS eM ReGiMe de LOcAÇÃO FinAnceiRA e OPeRAciOnAL

diScRiMinAÇÃO dAS dÍVidAS de TeRceiROS

diScRiMinAÇÃO de OUTROS ATiVOS cORRenTeS

Vencimentos

Pagamentos mínimos da locação operacional:

2013 27.275

2014 4.985

TOTAL 32.260

em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 o detalhe era o seguinte:

Dívidas de terceiros correntes 31.12.2012 31.12.2012

clientes c/c 76.760 147.632

Clientes 76.760 147.632

empresas do grupo 32.642.867 5.459.109

regime especial de tributação dos grupos de empresas 1.590.201 1.879.537

Empresas do Grupo, Associadas e Participadas 34.233.068 7.338.646

outros devedores 969.575 642.640

Outras dívidas de terceiros 969.575 642.640

Outros ativos correntes 31.12.2012 31.12.2012

gastos a reconhecer 496 1.069

TOTAL 496 1.069

em dezembro de 2012 estas rubricas têm a seguinte decomposição:

Gastos a reconhecer 31.12.2012 31.12.2012

seguros 496 1.069

TOTAL 496 1.069

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 56

em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o seguinte:

31.12.2012 31.12.2012

numerário 314 162

depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 51.182 5.993

caixa e seus equivalentes 51.496 6.156

titulos negociáveis - -

disponibilidades constantes do balanço 51.496 6.156

.11

.12

.13

cAiXA e SeUS eQUiVALenTeS

cOMPOSiÇÃO dO cAPiTAL SOciAL e ReSeRVAS

diVidendOS

O capital social da empresa tem o valor nominal de 131.080.340 de euros.

O capital da sociedade é representado por 26.216.068 de ações ordinárias com o valor nomi-nal de 5 euros cada uma.

O capital social é detido a 100% pela Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A..

A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da “Reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras re-servas, e para incorporação no capital.

As reservas de reavaliação não podem ser distribu-ídas aos acionistas, exceto se encontrarem total-mente amortizadas ou se os respetivos bens objeto de reavaliação tiverem sido alienados.

O Resultado Líquido do exercício de 2011, no mon-tante de 4.129.545 euros, foi aplicado do modo seguinte, conforme acta nº 19 de 20.03.2012, da assembleia geral:

Aplicação do Resultado Líquido de 2011

reserva legal 206.477

resultados transitados 623.067

Para distribuição de dividendos 3.300.000

TOTAL 4.129.545

Os dividendos referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011, atribuídos ao acionista, de acordo com a deliberação da assembleia geral

datada de 20 de março de 2012, ascenderam a 3.300.000 euros. O seu pagamento ocorreu em 20 de abril de 2012.

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 57

.14

.15

eMPRÉSTiMOS BAncÁRiOS

diScRiMinAÇÃO de OUTRAS dÍVidAS A TeRceiROS

em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 o detalhe dos empréstimos bancários é o seguinte:

31.12.2012 31.12.2012

Passivos correntes

empréstimos bancários 0 360.000

descobertos bancários 75.925 2.414.008

TOTAL 75.925 2.774.008

O valor dos empréstimos registados no balanço à data de 31 de dezembro de 2012 tem as seguintes maturidades:

Maturidades Empréstimos FornecedoresFornecedores

de Investimento

Credores por locações

financeiras

Adiantamentos de clientes

Outros credores

Outros passivos e

instrumentos financeiros

derivados

Total

2013 75.925 90.113 - - - 1.405.802 166.165.190 167.737.030

TOTAL 75.925 90.113 0 0 0 1.405.802 166.165.190 167.737.030

em 31 de dezembro de 2012 a rubrica “dívidas a terceiros” tem a seguinte decomposição:

Dívidas a Terceiros 31.12.2012 31.12.2012

empresas do grupo 166.132.164 141.620.832

Empresas do Grupo, Associadas e Participadas - corrente 166.132.164 141.620.832

outros credores 1.374.835 2.243.472

Outras divídas a terceiros - corrente 1.374.835 2.243.472

O detalhe da rubrica “estado e outros entes públi-cos” acima evidenciada à data de 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 é como segue:

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 58

Estados e Entes Públicos 31.12.2012 31.12.2012

imposto sobre o valor acrescentado 8.939 20.700

contribuições para a segurança social 10.681 26.198

outros 11.348 26.783

TOTAL 30.967 73.681

Outros passivos correntes 31.12.2012 31.12.2012

acréscimos de gastos 33.026 91.501

TOTAL 33.026 91.501

em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 estas rubricas tinham a seguinte decomposição:

Acréscimos de Gastos 31.12.2012 31.12.2012

remunerações a liquidar 33.026 83.207

Juros a liquidar - 4.684

outros acréscimos de gastos - 3.610

TOTAL 33.026 91.501

.16

.17

diScRiMinAÇÃO de OUTROS PASSiVOS cORRenTeS

diScRiMinAÇÃO dO MOViMenTO nO PeRÍOdO dOS AJUSTAMenTOS de VALOR e dAS PROViSÕeS

O movimento ocorrido nos ajustamentos de valor é como segue:

Ajustamentos de valor Saldo Inicial Alterações

no perímetroAumento Redução Saldo Final

Participações de capital em subsidiárias 4.778.158 0 430.825 -4.778.158 430.825

empréstimos concedidos a subsidiárias 3.120.951 0 19.795.175 -3.120.951 19.795.175

Investimentos financeiros 7.899.109 0 0 -7.899.109 20.226.000

Total de ajustamentos de valor 7.899.109 0 0 -7.899.109 20.226.000

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 59

A reversão das imparidades resulta da venda da construções Metálicas Socometal à Sociedade de construções Soares da costa, S.A. referida na nota 6.

com referência ao valor do investimento realizado na Sdc América, inc (partes de capital e prestações acessórias) foi efectuado um exercício de aproxi-mação ao valor realizável liquido desta entidade to-

mando por referência as contas consolidadas desta sociedade, e um estudo de avaliação da “Prince”, participada mais representativa daquela sociedade, tendo-se concluído pela necessidade de registar uma imparidade no valor de 20.226 milhares de euros, valor constantes da coluna “Aumento” do quadro supra.

As vendas e prestações de serviços por mercados geográficos, distribuem-se da seguinte forma:

Réditos de vendas por mercados geográficos 2012 % 2011 %

Portugal 228.000 100,00% 360.000 100,00%

TOTAL 228.000 100,00% 360.000 100,00%

A decomposição desta rubrica à data de 31 de dezem-bro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 é a seguinte:

Vendas e Prestações de Serviços 31.12.2012 31.12.2012

rendimentos suplementares 228.000 360.000

TOTAL 228.000 360.000

estes rendimentos suplementares referem-se à ce-dência de mão-de-obra.

Os ativos líquidos e investimentos em ativos tangíveis distribuem-se por mercados geográficos como segue:

Ativos Líquidos Portugal Angola E.U.A. Moçambique Outros Total

ativos fixos tangíveis 240 - - - - 240

investimentos financeiros 243.844.340 37.441 28.653.497 - 1.845.834 274.381.112

dívidas de terceiros 29.182.365 - 5.958.661 11.753 126.624 35.279.403

disponibilidades 51.456 - 40 - - 51.496

outros ativos 496 - - - - 496

TOTAL 273.078.897 37.441 34.612.199 11.753 1.972.458 309.712.747

.18 inFORMAÇÃO POR SeGMenTOS

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 60

Os outros ganhos operacionais são como segue:

Outros rendimentos e ganhos 31.12.2012 31.12.2012

restituição de impostos - 20

outros rendimentos e ganhos operacionais 149.639 21

TOTAL 149.639 41

As outras perdas operacionais são como segue:

Outros gastos e perdas 31.12.2012 31.12.2012

multas 2.107 50

outros gastos e perdas operacionais 64.973 -

TOTAL 67.081 50

.19

.20

OUTROS GAnHOS e PeRdAS OPeRAciOnAiS

PeSSOAL

O número médio de pessoal ao serviço na empresa durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2012 e 2011, num total de 3 e 5, respetivamente, é como segue:

DireçãoQuadros

SuperioresQuadros Médios

Encarr, Mestres e

Chefes

Profissionais alta qualific.

Qualificados e semi-qualif.

Não Qualificados

Praticantes e aprendizes

2 1 - - - - - -

DireçãoQuadros

SuperioresQuadros Médios

Encarr, Mestres e

Chefes

Profissionais alta qualific.

Qualificados e semi-qualif.

Não Qualificados

Praticantes e aprendizes

4 1 - - - - - -

As remunerações atribuídas aos membros dos ór-gãos sociais no exercício findo em 31 de dezembro de 2012 e 2011 foram as seguintes:

Orgãos Sociais 2012 2012

administração 320.309 673.857

conselho fiscal - 6.253

fiscal único 1.310 4.000

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 61

Os gastos com o pessoal durante os exercícios de 2012 e 2011, apresentam a seguinte decomposição:

Gastos com Pessoal 2012 2012

remunerações 444.471 801.712

encargos sociais 92.483 134.140

TOTAL 536.954 935.852

Os gastos com fornecimentos e serviços externos no exercício de 2012 e 2011, apresentam a seguinte decomposição:

Fornecimentos e serviços externos 2012 2012

trabalhos especializados 40.450 141.184

deslocações e estadas 24.264 104.544

rendas de edifícios 3.420 5.696

alugueres de viaturas ligeiras 51.123 72.323

outros 11.206 30.543

TOTAL 130.462 354.290

.21 decOMPOSiÇÃO dOS GASTOS cOM FORneciMenTOS e SeRViÇOS eXTeRnOS

Os resultados financeiros dos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 apresentam a se-guinte decomposição:

Gastos e Perdas 2012 2012

Juros suportados 13.998.795 8.273.591

diferenças de câmbio desfavoráveis 35.409 32.732

imparidade em investimentos financeiras 20.226.000 827.486

menos valias na alienação de investimentos financeiros 477.485 -

outros gastos e perdas financeiros 526.127 320.968

(1) 35.263.815 9.454.777

.22 deMOnSTRAÇÃO dOS ReSULTAdOS FinAnceiROS

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Rendimentos e Ganhos 2012 2012

Juros obtidos 7.762.004 1.540.189

diferenças de câmbio favoráveis 131.101 39.535

mais valias na alienação de investimentos financeiros - 752.051

rendimentos de participação de capital 18.998.413 9.757.782

outros rendimentos e ganhos financeiros 527.473 345.127

(2) 27.418.991 12.434.684

Resultados financeiros (2) - (1) (7.844.824) 2.979.907

A rubrica ”Outras perdas financeiras” inclui, essen-cialmente, custos com garantias bancárias e custos com serviços debitados por instituições bancárias.

O valor da imparidade registado no exercício no montante de 20.226 milhares de euros referente ao ajustamento de valor no investimento financeiro na Sdc América, inc, encontra-se descrito na nota 17.

A empresa é tributada em iRc, segundo o Regime especial de Tributação dos Grupos de Sociedades. A empresa, sendo dominada, regista nas contas de “empresas do grupo, associadas e participadas” o crédito/débito referente ao seu contributo de im-posto. A empresa dominante é a sociedade “Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A..

de acordo com a legislação fiscal, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de qua-

.23 iMPOSTO SOBRe O RendiMenTO e iMPOSTOS diFeRidOS

tro anos (cinco anos para a segurança social). deste modo, as declarações fiscais da empresa referentes aos anos de 2009 e seguintes podem vir ainda ser sujeitas a revisão. O conselho de Administração da empresa entende que eventuais correções a existir não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras.

O imposto sobre o rendimento registado nos pe-ríodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 decompõe-se do seguinte modo:

Imposto sobre o rendimento 2012 2012

imposto corrente (1.590.201) (1.879.537)

imposto diferido 1.974.777 (206.872)

TOTAL 384.577 (2.086.409)

A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do período é como segue:

Taxa Base Fiscal Imposto

taxa e imposto nominal sobre o rendimento (em vigor em Portugal) 25,00% (8.216.068) (2.054.017)

derrama estadual

tributação autónoma 73.795 19.834

ajustamentos geradores de impostos diferidos 7.899.109 1.974.777

outros ajustamentos

Taxa e imposto efetivo sobre o rendimento -4,68% 384.577

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 63

Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos apresentados no balanço têm as seguintes naturezas das situações que lhes dão origem:

Ativos por impostos diferidos 31.12.2012 31.12.2012

outros - 1.974.777

TOTAL - 1.974.777

imparidade socometal - partes capital 4.778.158

imparidade socometal - prestações acessórias 3.120.951

total imparidade (ver nota 6) 7.899.109

25% 1.974.777

A alienação da Socometal originou a reversão dos activos para impostos diferidos constituídos em anos anteriores (ver nota 6).

em 31 de dezembro de 2012 e 2011, os resultados básicos por ação correspondem ao resultado liquido dividido pelo número de ações ordinárias da em-presa durante o período, tendo sido calculado como segue:

Resultados por ação 2012 2011

resultado das operações continuadas (8.600.644) 4.129.545

Resultado líquido (8.600.644) 4.129.545

número total de ações ordinárias 26.216.068 26.216.068

Resultado por ação das operações continuadas

Básico (0,328) 0,158

diluído (0,328) 0,158

Resultado por ação

Básico (0,328) 0,158

diluído (0,328) 0,158

.24 ReSULTAdOS POR AÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 64

O valor das garantias bancárias prestadas pela empresa a terceiros à data de 31 de dezembro de 2012, é como segue:

EuroDólar

AmericanoKuanza de

AngolaTotal Outras Total

garantias Bancárias prestadas a terceiros 0 14.500.000 0 14.500.000 0 29.000.000

.25

.26

GARAnTiAS PReSTAdAS

RiScOS FinAnceiROS

RISCO CAMBIALeste risco advém principalmente da presença in-ternacional da empresa que a expõe aos efeitos derivados de alterações na paridade das moedas re-lativamente ao euro. A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pela empresa tem como ob-

jetivo diminuir ao máximo a sensibilidade dos resul-tados da empresa a flutuações cambiais. A empresa procura, tanto quanto possível, equilibrar os ativos com responsabilidades na mesma divisa.

Ativos EUR USD AOK MZM Outras Total

Propriedades de investimento

investimentos financeiros 243.844.340 28.653.497 37.441 - 1.845.834 274.381.112

clientes 76.760 - - - - 76.760

empresas do grupo 28.136.030 5.958.661 - 11.753 126.624 34.233.068

outros devedores 969.575 - - - - 969.575

depósitos bancários 51.142 40 - - - 51.182

caixa 314 - - - - 314

acréscimos e diferimentos 496 - - - - 496

Passivos EUR USD AOK MZM Outras Total

empréstimos bancários 75.925 - - - - 75.925

empresas do grupo 166.132.164 - - - - 166.132.164

fornecedores 90.113 - - - - 90.113

estado e outros entes Públicos 30.967 - - - - 30.967

outros credores 1.374.835 - - - - 1.374.835

acréscimos e diferimentos 33.026 - - - - 33.026

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 65

RISCO DE CRÉDITOeste risco está associado às contas a receber decor-rentes do normal desenvolvimento das atividades da empresa. em função da antiguidade de crédito, perfil de risco do cliente, experiência recolhida e demais circunstâncias é aferida a necessidade de registo de imparidades.

em 31 de dezembro de 2012 as contas a receber para as quais não foram registados ajustamentos por se considerar que as mesmas são realizáveis, são as seguintes:

Clientes C/C Clientes Títulos a receber 31.12.2012 31.12.2011

não vencido 23.370 - 23.370 18.450

0 a 180 dias 53.390 - 53.390 129.182

TOTAL 76.760 0 76.760 147.632

em 31 de dezembro de 2012 é convicção do conselho de Administração que os ajustamentos de contas a receber estimados se encontram adequa-damente relevados nas demonstrações financeiras.

RISCO DE LIQUIDEZA política de gestão do risco de liquidez visa asse-gurar, a cada momento, que o perfil de vencimentos da dívida se adequa à capacidade da empresa de gerar fluxos de caixa para o seu pagamento. A ges-tão do risco de liquidez passa, portanto, por gerir os desajustamentos entre as necessidades de fundos (por gastos operativos e financeiros, investimentos e vencimento de dívidas), com as fontes de receita (recebimentos de clientes, desinvestimentos, com-promissos de financiamento por entidades financei-ras). em paralelo, a empresa toma medidas de ges-tão que previnem a ocorrência desse risco mediante

uma adequada e atempada gestão de tesouraria. Para gerir o risco de liquidez a empresa mantém um equilíbrio entre o prazo e a flexibilidade do endivida-mento contratado através do uso de financiamentos escalonados que encaixem com as necessidades de fundos. Para além disso, a empresa tem contratos de apoio à tesouraria que permitem evitar a existên-cia de roturas (temporárias) de tesouraria.

A maturidade dos passivos financeiros em 31 de dezembro de 2012 é como segue:

MaturidadesEmpréstimos

bancáriosEmprest. por

obrigações

Outros emprést.

obtidos

Descobertos bancários

O. Emprést. Obtidos

(Factoring)Total

2013 - - - 75.925 - 75.925

TOTAL - - - 75.925 - 75.925

não existem factos relevantes a assinalar.

.27 AcOnTeciMenTOS SUBSeQUenTeS

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 66

decreto-Lei nº 318/94 art 5º nº4

durante o período findo em 31 de dezembro de 2012 foram celebrados contratos de suprimentos com as seguintes empresas:

> Soares da costa America, inc.

durante o período findo em 31 de dezembro de 2012 foram celebrados contratos de operações fi-nanceiras com as seguintes empresas:

> Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A.

> Soares da costa América, inc.

> Sdc construcciones centro Americanas, S.A.

.28 cUMPRiMenTO de diSPOSiÇÕeS LeGAiS

> Sociedade de construções Soares da costa, S.A.

> Soares da costa Brasil, SRL

> clear – instalações electromecânicas, S.A.

> construções Metálicas Socometal, S.A.

> Soares da costa Moçambique, S.A.R.L.

> Soares da costa Brasil, construção, Ltda.

> coordenação & Soares da costa S.G.P.S., S.A.

As respectivas posições devedoras e credoras a 31 de dezembro de 2012 e 2011 são as seguintes:

Empresa 31.12.2012 31.12.2011

Suprimentos / Prestações Acessórias

soares da costa america, inc. 27.799.943 43.214.152

clear - instalações electromecânicas, s.a. 6.346.754 6.346.754

construções metálicas socometal, s.a. 0 477.486

coordenação & soares da costa, s.g.P.s., s.a. 200.000 200.000

TOTAL 34.346.697 50.238.393

Empréstimos concedidos

soares da costa moçambique, s.a.r.l. 11.753 10.513

soares da costa america, inc. 5.018.095 4.278.707

sdc construcciones centro americanas 73.027 441.782

grupo soares da costa, s.g.P.s., s.a. 27.496.420 0

soares da costa Brasil, construções, ltda 25.000 0

carta - cantinas e restauração, lda. 0 557.902

construções metálicas socometal, s.a. 18.579 0

cerenna-ceramica nacional de angola, s.a. 0 29.187

TOTAL 32.642.873 5.318.091

Empréstimos obtidos

grupo soares da costa, s.g.P.s., s.a. 0 136.166.481

coordenação & soares da costa, s.g.P.s., s.a. 345.073 331.495

construções metálicas socometal, s.a. 0 5.122.856

sociedade de construções soares da costa, s.a. 156.924.861 0

clear - instalações electromecânicas, s.a. 8.862.229 0

TOTAL 166.132.164 141.620.832

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 67

em reunião de 25 de março de 2012 o conselho de Administração aprovou emitir as presentes demons-trações financeiras.

.29

.30

APROVAÇÃO de cOnTAS PARA eMiSSÃO

ALTeRAÇÕeS de POLÍTicAS, eSTiMATiVAS e eRROS

durante o exercício de 2012 não ocorreram altera-ções de políticas contabilísticas, face às considera-das na preparação da informação financeira relativa ao exercício de 2011 nem foram registados erros materiais relativos a exercícios anteriores.

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 68

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Edifício Sede do BESA Luanda Angola // BESA Luanda Headquarters

portfolio completo disponível em //complete portfolio available in: www.portfolio.soaresdacosta.pt

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 69

demonstração consolidada da Posição financeiraem 31 de dezemBro de 2012 e de 2011

(euro)

ATIVO 31.12.2012 31.12.2011

NÃO CORRENTE

ativos intangíveis

goodwill 79.844.595 82.715.787

ativos intangíveis 10.543 20.551

79.855.138 82.736.339

ativos fixos tangíveis:

terrenos e edifícios 75.257.300 79.882.582

equipamento básico 56.182.984 64.668.012

outros ativos fixos tangíveis 12.015.468 14.040.232

ativos fixos tangíveis em curso 7.416.146 5.256.388

150.871.898 163.847.214

Propriedades de investimento 32.520 37.649

investimentos financeiros:

investimentos financeiros em equivalência patrimonial 3.569.213 3.043.498

empréstimos a empresas associadas 5.548.425 3.015.019

outros investimentos financeiros 3.033.677 3.154.239

12.151.315 9.212.756

ativos por impostos diferidos 19.074.574 11.779.304

dívidas de terceiros 28.459.271 28.129.118

outros ativos não correntes 570.000 -

TOTAL DO ATIVO NÃO CORRENTE 291.014.716 295.742.380

CORRENTE

inventários: 52.216.186 74.338.595

dívidas de terceiros:

clientes 392.412.415 453.000.549

imposto sobre o rendimento do exercício 105.285 416.294

outras dívidas de terceiros 98.136.545 199.550.880

490.654.245 652.967.723

outros ativos correntes 99.749.433 77.134.170

caixa e seus equivalentes 69.561.275 56.898.903

TOTAL DO ATIVO CORRENTE 712.181.138 861.339.391

TOTAL DO ATIVO 1.003.195.854 1.157.081.771

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 70

demonstração consolidada da Posição financeiraem 31 de dezemBro de 2012 e de 2011

(euro)

Capital Próprio e Passivo 31.12.2012 31.12.2011

CAPITAL PRÓPRIO

capital social 131.080.340 131.080.340

reservas e resultados transitados 44.595.056 40.841.769

resultado líquido do período (37.762.825) 7.404.717

CAPITAL PRóPRIO ATRIBUÍVEL AO GRUPO 137.912.570 179.326.826

interesses não controlados pelo grupo 1.817.057 2.315.209

TOTAL DO CAPITAL PRóPRIO 139.729.628 181.642.034

PASSIVO

NÃO CORRENTE

Provisões 800.589 828.366

empréstimos:

empréstimos bancários 259.325.525 77.708.462

259.325.525 77.708.462

dívidas a terceiros 28.892.203 146.206.034

Passivos por impostos diferidos 14.796.427 16.524.445

TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE 303.814.744 241.267.307

CORRENTE

empréstimos:

empréstimos bancários 149.921.058 170.007.341

outros empréstimos obtidos 891.901 37.850.092

150.812.959 207.857.433

dívidas a terceiros:

fornecedores 182.332.560 210.506.114

fornecedores de investimento 1.456.106 2.855.346

adiantamentos de clientes 70.407.063 78.389.260

imposto sobre o rendimento do exercício 265.227 579.322

outras dívidas a terceiros 56.387.846 85.434.127

310.848.803 377.764.168

instrumentos financeiros derivados - 1.190.357

outros passivos correntes 97.989.721 147.360.472

TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 559.651.483 734.172.430

TOTAL DO PASSIVO 863.466.227 975.439.737

TOTAL DO CAPITAL PRóPRIO E PASSIVO 1.003.195.854 1.157.081.771

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 71

demonstração consolidada dos resultadosPara os Períodos findos em 31 de dezemBro de 2012 e de 2011

(euro)

Demonstração dos Resultados 2012 2011

vendas e prestação de serviços (volume de negócios) 712.538.562 796.207.878

variação nos inventários da produção (17.928.006) (21.902.192)

outros rendimentos e ganhos operacionais: 10.942.450 25.052.019

Rendimentos e ganhos operacionais 705.553.006 799.357.705

custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas (145.849.337) (182.157.921)

fornecimentos e serviços externos (368.296.046) (416.646.332)

gastos com o pessoal (132.682.643) (132.767.864)

gastos de depreciação e de amortização e perdas de imparidade (21.282.089) (17.258.738)

Provisões e ajustamentos de justo valor (18.319.702) (1.555.338)

outras perdas operacionais: (27.120.118) (19.540.514)

Gastos e perdas operacionais (713.549.935) (769.926.707)

Resultado operacional das atividades continuadas (7.996.929) 29.430.998

Juros obtidos 15.031.929 12.798.760

Juros suportados (40.105.621) (25.342.628)

Custo líquido do financiamento (25.073.692) (12.543.867)

ganhos relativos a empresas do grupo e associadas 660.065 427.443

Perdas em investimentos financeiros em associadas (100.648) (72.426)

Ganhos e perdas em empresas associadas 559.417 355.017

outros ganhos financeiros 8.980.043 35.230.912

outras perdas financeiras (26.316.446) (39.918.683)

Outros ganhos e perdas financeiros (17.336.403) (4.687.770)

Resultado financeiro (41.850.678) (16.876.621)

Resultado antes de impostos (49.847.607) 12.554.378

impostos sobre o rendimento 12.811.630 (4.475.955)

Resultado Consolidado do período (37.035.977) 8.078.422

atribuível ao grupo (37.762.825) 7.404.717

atribuível a interesses não controlados pelo grupo 726.848 673.706

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 72

demonstração consolidada do rendimento integralPara os Períodos findos em 31 de dezemBro de 2012 e 2011

(euro)

2012 2011

Resultado consolidado líquido do período (37.035.977) 8.078.422

Outros rendimentos integrais

diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira

(2.406.334) 13.930

variação no justo valor de instrumentos financeiros derivados 1.190.357 147.636

variação nos impostos diferidos de instrumentos financeiros derivados (345.204) (42.814)

ajustamentos de investimentos financeiros em equivalência patrimonial (3.360) (1.570)

outras variações - -

Total Rendimento Consolidado Integral (38.600.517) 8.195.604

Atribuível:

a interesses não controlados pelo grupo (498.152) 669.183

ao grupo (38.102.366) 7.526.422

demonstração consolidada das alterações no caPital PróPrioPara os Períodos findos em 31 de dezemBro de 2012 e 2011

(euro)

Rubrica Capital socialReservas e resultados

transitados

Reserva de conversão

cambial

Derivados de

coberturaOutros

Capital próprio atribuível aos accionistas da empresa mãe

Interesses não

controlados pelo Grupo

Total dos capitais próprios

saldo a 1/Jan/2012 131.080.340 50.103.117 (1.146.688) (845.154) 135.212 179.326.826 2.315.209 181.642.035

dividendos - (3.300.000) - - - (3.300.000) - (3.300.000)

ações próprias - - - - - - - -

outros - (11.890) - - - (11.890) - (11.890)

rendimento consolidado integral - (37.762.825) (1.181.334) 845.154 (3.360) (38.102.365) (498.152) (38.600.516)

Saldo a 31/Dez/2012 131.080.340 9.028.402 (2.328.022) - 131.852 137.912.571 1.817.057 139.729.628

saldo a 1/Jan/2011 90.000.000 51.402.095 (799.122) (949.976) 136.782 139.789.779 1.646.026 141.435.805

fusão an indústria 41.080.340 (5.233.984) 35.846.356 35.846.356

dividendos - (3.659.000) - - - (3.659.000) - (3.659.000)

ações próprias - - - - - - - -

outros - 189.289 (366.020) - - (176.730) - (176.730)

rendimento consolidado integral - 7.404.717 18.453 104.822 (1.570) 7.526.422 669.183 8.195.604

Saldo a 31/Dez/2011 131.080.340 50.103.117 (1.146.688) (845.154) 135.212 179.326.826 2.315.209 181.642.035

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 73

demonstração consolidada dos fluxos de caixaPara os Períodos findos em 31 de dezemBro de 2012 e 2011

(euro)

31.12.2012 31.12.2011

atividades oPeracionais

recebimentos de clientes 650.368.142 788.560.644

Pagamentos a fornecedores (542.913.288) (592.479.393)

Pagamentos ao pessoal (121.534.323) (14.079.470) (121.224.325) 74.856.926

Pagamento/recebimento do imposto s/o rendimento (10.346.748) (7.127.358)

outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional (12.382.472) (22.729.220) (17.436.093) (24.563.451)

Fluxos das atividades operacionais (36.808.690) 50.293.475

atividades de investimento

recebimentos provenientes de:

investimentos financeiros 223.146.386 257.155.505

ativos fixos tangíveis 4.302.852 2.398.866

Juros e ganhos similares 180.088 516.342

dividendos 66.662 227.695.989 213.993 260.284.706

Pagamentos respeitantes a:

investimentos financeiros 221.468.172 331.889.468

ativos fixos tangíveis 4.519.832 7.673.912

ativos intangíveis - 225.988.003 2.149 339.565.529

Fluxos das atividades de investimento 1.707.985 (79.280.823)

atividades de financiamento

recebimentos provenientes de:

empréstimos obtidos 850.983.297 302.162.720

aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão 3.815 -

Juros obtidos 3.256.989 854.244.101 4.214.251 306.376.971

Pagamentos respeitantes a:

empréstimos obtidos 767.171.205 236.027.154

amortização de contratos de locação financeira 3.720.189 8.647.875

Juros e gastos similares 30.388.060 23.315.918

dividendos 3.858.083 3.948.525

aquisições de ações (quotas) próprias - 805.137.537 - 271.939.472

Fluxos das atividades de financiamento 49.106.564 34.437.499

variação de caixa e seus equivalentes 14.005.860 5.450.151

efeito das diferenças de câmbio (1.343.489) (1.239.412)

efeito das alterações de participação - 1.036.602

caixa e seus equivalentes no início do período 56.898.903 51.651.563

caixa e seus equivalentes no fim do período 69.561.275 56.898.903

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 74

PARECERES E CERTIFICAÇÕES

Edifício Sede da TOTAL // TOTAL Headquarters Angola

portfolio completo disponível em //complete portfolio available in: www.portfolio.soaresdacosta.pt

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 75

ReLATÓRiO e PAReceR dO FiScAL ÚnicO

Ao Acionista Único daSoares da costa construção, S.G.P.S., S.A.

em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi confiado, vimos subme-ter à Vossa apreciação o nosso Relatório e Parecer que abrange a atividade por nós desenvolvida e os documentos de prestação de contas da Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A., relativos ao exercí-cio findo em 31 de dezembro de 2012, os quais são da responsabilidade do conselho de Administração.

Acompanhámos, com a periodicidade e a extensão que consideramos adequada, a evolução da ativi-dade da empresa, a regularidade dos seus atributos contabilísticos e o cumprimento do normativo legal e estatutário em vigor tendo recebido do conselho de Administração e dos diversos serviços da empresa as informações e os esclarecimentos solicitados.

no âmbito das nossas funções, examinámos a de-monstração individual da posição financeira em 31 de dezembro de 2012, a demonstração individual dos resultados separada, a demonstração individu-al do rendimento integral, a demonstração individu-al das alterações no capital próprio, a demonstração

individual dos fluxos de caixa para o exercício fin-do naquela data e as políticas contabilísticas e no-tas explicativas. Adicionalmente, procedemos a uma análise do Relatório de Gestão do exercício de 2012 preparado pelo conselho de Administração e da pro-posta de aplicação de resultados nele incluída. como consequência do trabalho de revisão legal efetuado, emitimos nesta data a certificação Legal das contas, que inclui no seu parágrafo 9 duas ênfases.

Face ao exposto, somos de parecer que, apesar do descrito no parágrafo 9 da certificação Legal das contas, as demonstrações financeiras supra referi-das e o Relatório de Gestão, bem como a proposta de aplicação de resultados nele expressa, estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatuárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprova-dos em Assembleia Geral de Acionistas.

desejamos ainda manifestar ao conselho de Administração e aos serviços da empresa o nosso apreço pela colaboração prestada.

Porto, 25 de março de 2013

Grant Thornton & Associados- SROc. Lda. Representada por Joaquim Filipe Martins de Moura Areosa (ROc nº 1027)

Grant Thornton & Associados, SROc, LdaAvenida da Boavista, 1361 – 5º4100 – 130Porto – PortugalT. +351 22 099 60 83F. +351 22 099 76 96www.gthornton.pt

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 76

ceRTiFicAÇÃO LeGAL dAS cOnTAS

introduÇÃo

1. examinámos as demonstrações financeiras da Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A., as quais compreendem a demonstração individual da posição financeira em 31 de dezembro de 2012, (que eviden-cia um total de ativos de 309.712.747 euros e um to-tal de capital próprio de 141. 975.718 euros, incluin-do um resultado líquido negativo de 8.600.644 eu-ros), a demonstração individual dos resultados se-parada, a demonstração individual do rendimento in-tegral, a demonstração individual das alterações no capital próprio, a demonstração individual dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e as políti-cas contabilísticas e notas explicativas.

ReSPOnSABiLidAdeS

2. É da responsabilidade do conselho de Adminis-tração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da empresa, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos ade-quados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

ÂMBiTO

4. O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as normas Técnicas e as diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de contas, as quais exigem que o mesmo seja pla-neado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmen-te relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:

> a verificação, numa base de amostragem, do su-porte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das esti-mativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

> a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

> a verificação da aplicabilidade do princípio da con-tinuidade; e

> a apreciação sobre se é adequada, em termos glo-bais, a apresentação das demonstrações financeiras.

5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras.

6. entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

OPiniÃO

7. em nossa opinião, as demonstrações financei-ras referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, a posição financeira da Soares da costa construção, S.G.P.S.., S.A., em 31 de dezembro de 2012, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as normas internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas na União europeia.

ReLATO SOBRe OUTROS ReQUiSiTOS LeGAiS

8. É também nossa opinião que a informação cons-tante do relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício.

Grant Thornton & Associados, SROc, LdaAvenida da Boavista, 1361 – 5º4100 – 130Porto – PortugalT. +351 22 099 60 83F. +351 22 099 76 96www.gthornton.pt

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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA 77

ÊnFASeS

9. Sem afetar a opinião expressa no parágrafo 7, chamamos a atenção para as situações seguintes:

9.1. A empresa detém uma participação financeirana Sociedade de construções Soares da costa, S.A., cujo valor contabilístico ascende a cerca de 171.000.000 euros. As demonstrações fi-nanceiras desta subsidiária incluem dívidas vencidas em nome de uma sociedade de direi-to angolano e de partes relacionadas corres-pondentes que totalizam cerca de 75.000.000 euros, cuja cobrança se encontra dependen-te de um processo negocial com a Administra-ção dessa sociedade. em função da experiência da Administração da empresa subsidiária nesse mercado, os valores em causa serão cobráveis, não sendo expetável qualquer perda nas referi-das contas a receber e, consequentemente, no investimento financeiro da empresa na referi-da subsidiária.

9.2. durante o exercício findo em 31 de dezembrode 2008, a empresa adquiriu uma participação financeira na sociedade contacto - Socieda-de de construções, S.A., incorporada por fusão, com efeitos a 1 de janeiro de 2012, à Socie-dade de construções Soares da costa, S.A.. O contrato de compra inicial previa uma va-riação de preço, positiva ou negativa, de até 4.900.000 euros (mesmo valor em 2011), pelo período de cinco anos. no decorrer do presente exercício foi celebrado um aditamen-to ao contrato inicial, tendo aquele prazo sido prorrogado até 30 de junho de 2015.

Porto, 25 de março de 2013

Grant Thornton & Associados- SROc. Lda. Representada por Joaquim Filipe Martins de Moura Areosa (ROc nº 1027)