carranca 1 2016 · orgÃo informativo da comissÃo mineira de folclore – cmfl – 01-2016–...

28
ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro- Março -2016 CARRANCA 16 de novembro: audiência da CMFL com o secretário adjunto de Cultura, Bernardo Mata Machado 05 de novembro:Assembleia Legislativa de Minas Gerais, mesa final de discussão do PPAG - Cultura 21 de novembro: equipe de apoiadores da CMFL na Lagoa do Nado. 21 de novembro: 1 Encontro das Guardas de Congado estabelecidas na RMBH 16 de dezembro: Secretário Ângelo Oswaldo e novo secretário adjunto acompanham a 8ª reunião preparatório para o Fórum Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais 13 de dezembro: A cúpula da Capoeira no Museu Itinerante: “Balaio da Capoeira” 13 de dezembro: Presidente da FMC, Leônidas Oliveira na premiação dos Mestres da Cultura Popular - Lagoa do Nado

Upload: others

Post on 21-Jul-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-

Março -2016

CARRANCA

16 de novembro: audiência da CMFL com o secretário adjunto deCultura, Bernardo Mata Machado 05 de novembro:Assembleia Legislativa de Minas Gerais, mesa

final de discussão do PPAG - Cultura

21 de novembro: equipe de apoiadores da CMFL na Lagoa doNado.

21 de novembro: 1 Encontro das Guardas de Congadoestabelecidas na RMBH

16 de dezembro: Secretário Ângelo Oswaldo e novo secretárioadjunto acompanham a 8ª reunião preparatório para o Fórum

Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais

13 de dezembro: A cúpula daCapoeira no Museu Itinerante:

“Balaio da Capoeira”

13 de dezembro:Presidente da FMC,Leônidas Oliveirana premiação dos

Mestres da CulturaPopular -

Lagoa do Nado

Page 2: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

CARRANCA PÁGINA 2

Notícias & Comentários

Encontros Preparatórios para o Fórum Ténico

Plano Mineiro de Cultura: “Devido a problemas

de adequação de agenda, foi necessário alterar a

data da 9ª reunião preparatória da Comissão

Organizadora, do Fórum Técnico. A reunião será

realizada no próximo dia 18 de fevereiro, quinta-

feira, às 9h30min, na Sala de Reuniões 1 da

Gerência-Geral de Projetos Institucionais – GPI

–, no 4º andar do Edifício Tiradentes (Rua

Rodrigues Caldas, 79).

Contamos com a participação de V. Sa., ou de

representante de sua entidade, para a construção

coletiva e democrática do fórum técnico. Para

quaisquer esclarecimentos, encontramo-nos à

disposição.”

7 de julho: A senhora Ione Amaral da Secretaria

de Cultura de Vespasiano, reuniu-se com a

direção do Centro de Referência da Cultura

Popular e Tradicional Lagoa do Nado e a

Comissão Mineira de Folclore para visitar a

Exposição “Tradição e Resistência” localizada

naquele espaço e conversar sobre a presença de

peças do Museu de Folclore “Saul Martins” da

Comissão Mineira de Folclore, de cuja guarda é

responsável a Prefeitura de Vespasiano por foca

de convênio. Dia 7 de julho.

Parabéns pelos festejados 68 anos da CMF. Nós

da Comissão Alagoana externamos os sinceros

votos de felicitações a todos que fazem esta

briosa CMF, e desejamos exitosas conquistas.

Forte abraço. Olegário

Obrigada recebimento Carranca, julho/

setembro 2015. Tenho recebido continuamente a

Carranca sempre cheia de ótimos trabalhos,

aproveitando para maior conhecimento do

nosso folclore. Abraços Marita Monteiro,

presidente Comissão Amazonense de Folclore.

16 de novembro: Audiência com Bernardo

Mata Machado, secretário adjunto de

Cultura. No dia 16 de novembro, o secretário

adjunto de Cultura, recebeu em seu gabinete a

Comissão Mineira de Folclore, juntamente

com o presidente do CETRO – Centro de

Tradições do Rosário – e Marco Llobus,

assessor da Fundação Municipal de Cultura de

Belo Horizonte. Essa audiência se deu por

iniciativa do secretário cujo objetivo foi

consolidar instalações adequadas à Comissão

Mineira de Folclore em espaço anunciado pelo

secretário Ângelo Oswaldo. Bernardo cuidou

de ouvir a demanda por espaço das

Associações do Rosário, representadas pelo

CETRO, e da Comissão Mineira de Folclore a

respeito da desativação do Centro de

Tradições Mineiras. Dessa audiência resultou

reunião de trabalho com a senhora presidente

do IEPHA, acontecida em dezembro.

No dia 21 de novembro, a Comissão Mineira

de Folclore participou do 1º Encontro das

Guardas de Congo estabelecidas na Região

Metropolitana de Belo Horizonte. As guardas

ocuparam o espaço do Centro de Cultura Popular

e Tradicional “Lagoa do Nado” e ao longo do

dia, promoveram rodas de conversas e

celebração dos santos de sua devoção.

13 de dezembro: Celebração do aniversário

de Belo Horizonte e do primeiro aniversário de

Page 3: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

CARRANCA PÁGINA 3

abertura da exposição “Tradição e Resistência”

no Centro de Referência da Cultura Popular e

Tradicional Lagoa do Nado. Nessa oportunidade,

estiveram presentes ternos de Congo, Maracatu,

Moçambique, juntamente com a exposição

itinerante “Balaio da Capoeira”. Foram

homenageados como Mestres da Cultura Popular

e Tradicional: ... pelo congado, .... pelo saber

benzer Toninho Cavalieri e pelo pioneirismo da

introdução da Capoeira em Minas Gerais. Leônidas

Oliveira, presidente da Fundação Municipal de

Cultura de Belo Horizonte, Mestre Linguinha,

diretor gerente do Centro de Referência da Cultura

Popular e Tradicional, Lagoa do Nado, fizeram a

honra da casa. Abrilhantou a cerimônia a Banda

de Música Cosme Ramos. Nessa oportunidade, a

Comissão Mineira de Folclore lançou o Boletim

Carranca, edição 4-2015. 13 de dezembro.

16 de dezembro. Encerraram-se as reuniões do

ano preparatórias ao Fórum Técnico do Plano

Mineiro de Cultura. A Comissão Mineira de

Folclore participou assiduamente da série de oito

encontros. Novas reuniões foram previstas para a

primeira semana de 2016. A reunião contou com

a presença do Senhor Secretário de Estado de

Cultura, Ângelo Oswaldo e do novo secretário

adjunto de cultura, o qual substituiu o professor

Bernardo Mata Machado.

01/02/16: ADEBAL DE ANDRADE

JÚNIOR:gostaria de entregar um exemplar do

livro “A voz dos tambores: uma história dos

Ciriacos - Contagem/MG” para a Comissão

Mineira de Folclore. A sede da Comissão já está

funcionando no prédio do IEPHA? Caso ainda

não esteja, onde posso entregar o livro?

A voz dos tambores será apresentada no dia

19 de fevereiro na cerimônia de celebração

dos 68 anos de fundação da Comissão Mineira

de Folclore.

Reinado e Poder no Sul de Minas de Maria

José de Sousa – Tita : lançamento no dia 19 de

fevereiro.

Comentários: À Comissão Mineira de Folclore

cabe sob medida o lema: “Minas trabalha em

silêncio!”. Na 49ª Semana Mineira de Folclore,

foram apresentadas obras de membros da CMFL

e de pessoas que a têm como referência, sem

nenhuma “busca ativa”. São doações

espontâneas pela compreensão de nosso

compromisso: “Atenção ao, e estudo do Saber

Viver em Minas Gerais”.

Acabo de receber mensagem de nossa companheirade Poços de Caldas, Maria José de Sousa, conhecidacomo Tita. No dia 19 estará em Belo Horizonte, prontapara o lançamento de obra de sua autoria: REINADO EPODER NO SUL DE MINAS.O título já anuncia a abrangência desse estudo. A autorapercorre a região de Alpinópolis, Cássia, Pratápolis,Passos, São Sebastião do Paraíso e Machado paraconvocar os leitores para o exame das coações do podersobre o Reinado. É uma boa contradição. Somosconvidados a conversar sobre o aprisionamento doReinado pelo Poder e pensar todas as lutas daComissão Mineira de Folclore enquanto Reinado enossos momentos de submissão aos poderesenfeixados no Poder maior do Leviatã.A Revista Comissão Mineira de Folclore nº 28 que serálançada nessa mesma data, acrescentará muita lenhaa essa fogueira.

Tita doou à Comissão Mineira 50 exemplares que

poderão ser adquiridos no dia 19 com direito a

autógrafo.

Notícias & Comentários

Page 4: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

CARRANCA PÁGINA 4

Relatório de Atividades

Relatório Atividades 2015Introdução: Prestidigitação ou Magia?No ano de 1951, chegou-me às mãos uma obrapublicada há quase cem anos, Terceiras leituras deautoria do jornalista, crítico e político do Império,Francisco Otaviano [de Almeida Rosa]. Eu cursava oterceiro ano do Grupo Escolar “Aurélio Pires”, emGouveia.Algumas páginas me ficaram na memória:- Photographo sem machina;- Nó Vital (poesia)- O Prestidigitador Desastrado. Do Nó Vital guardo o conceito e alguns versinhos:

Certa menina vadia,Dessas que arranham no estudo,Julgando que já sabia,Das ciências quase tudo,

Quis num famoso colégioPrestar exame geral,Para mostrar seu egrégioPreparo descomunal.

[Lá se foi ela e lhe foi formulada a seguintepergunta:]

Qual a parte do vegetalQue o caule da raiz separa?Ao que ela pronta respondeu:Nove e tal...

Do “Prestidigitador Desastrado”, não guardo quasenada. Apenas um verso me ficou na memória:

Bambalalão, senhor capitãoEspada na cintaE sinete na mão.

Mas é ao Prestidigitador que presto homenagem aoiniciar este relatório anual da Comissão Mineira deFolclore.A obra didática de Francisco Otaviano foi esquecidapelos historiadores da Literatura. Deveria, então, serlembrada pelos historiadores da Educação ou dasIdeias, juntamente com as de Olavo Bilac, Coelho Netoe Manuel Bonfim. Todos esquecidos em suascontribuições para tornar popular a literatura.Prestidigitador é nome tão erudito que raramenteretorna à linguagem popular. Escaneio: presto +digitador; aquele que usa os dedos com rapidez. Aqueleque domina a arte de digitar com mestria.Como assim? Digitar, em pleno século XIX, quando nemmesmo a máquina de datilografia ainda não havia sido

inventada? Sim, mas lembremo-nos dos músicos e damúsica, a lira, o cravo, a viola, o violino, a violeta, ovioloncelo, a flauta, a clarineta – j’ai cassé le do dansma clarinete -. Nesse contexto, o prestidigitador é ocara que domina tão bem a arte do uso das mãos que oespectador não percebe a destreza com que cria emaneja ilusões, o poder de encantar pela arte doemprego das mãos.Em dado momento o prestidigitador recebeu a alcunhade mágico ou a desmistificação da arte mágica em meioà onda do positivismo científico deu ao mágico o nomede prestidigitador. Não valeu muito porque, como mágicoou prestidigitador, o artista do uso das mãos assumiulugar privilegiado nas companhias circenses percorrendoo mundo para encantar o público com suas ilusões. Aarte de iludir criou circos especializados em mágica.Pois bem, em dado momento de nossa história, a RedeGlobo de Televisão criou uma série para encantar seupúblico fiel dos finais de domingo no programa“Phantastico” cujo objetivo era mostrar um mágico queresolveu revelar todos os segredos dos truques. Coisaestranha, privilegiar traidor da classe. Mais estranhoainda, desencantar o público do prazer de ser iludido!Nessa época o Circo Mágico Tihany resolveu dar aresposta e inseriu uma cena em que o público eraconvocado a assistir e acompanhar didaticamente anarrativa e desmistificação desses “truquesilusionistas”. Passo a passo, a assistência via e ouvia atrivialidade da prestidigitação para, encantado,descobrir que, enquanto o mágico revelava os truquesde uma mágica, ele, de fato, fazia outra mágica. Dessemodo, o público se concentrava na descoberta de umtruque e perdia de vista a trama da ilusão.Esta rápida introdução tem como objetivo mostrar queNossa Comissão Mineira de Folclore, ao contrário doscircos mágicos, mesmo quando pensa poder fazeralguma mágica, vive plenamente a realidade a que estásubmetida. São 68 anos de realidade vivida. À alegoriada mágica se contrapõe para nós esses versoscáusticos de Mansur Guérios declamados pelas criançasobrigadas às lições de Língua Portuguesa no ginásio:

Burro atrevido que te sais em voo decolibri,Crês que pata é asa e cais,Cais de quatro,Cais em ti!

Os versos de Mansur Guérios opõem o princípio darealidade – burro deve conhecer a condição de ser burro–, ao princípio dos sonhos, dos desejos, e da vida desegundo andar – reconhecer que ficção é apenas

Page 5: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

CARRANCA PÁGINA 5

Relatório de Atividades

fingimento de outra condição à qual quem sonha oudeseja não tem acesso.Burro é burro e como burro faz proezas inacessíveis aoscolibris.Nosso companheiro de Comissão Mineira de Folclore,Frei Francisco van der Poel, exibe com orgulho seudiploma do Clube Mundial dos Jumentos cujo primeiroMandamento preceitua: Reconhecer a própria burrice.É preceito de atenção à própria condição. “Asinusasinum fricat” é o lema dos burros. Tradução: um burrocoça o outro.Aparentemente, reconhecer a condição preceitua aimobilidade. Sou burro e não posso ir além disso. Masisso pode ser interpretado como prática libertadora.Burro não se conhece como burro, ele se reconhece!Afinal, o que é condição?Como bons burros, podemos reconhecer a condiçãoantes de agir ou no processo da ação. Aceita a condiçãocomo limite antecipado da ação, permanecemosobedientes aos limites impostos ao estábulo,recebemos a ração diária, e nos submetemos à cangae à carga. Alegramo-nos quando ouvimos: “Eta burrinhobom este!” A descoberta da condição no processo torna-nos “burrinhos teimosos” – aquele burrinho de Joãozinhodo “Livro de Lili”.É no interior dessa condição de descobrir nossa burriceque a Comissão Mineira de Folclore está desvendandoos limites para realizar o XVII Congresso Brasileiro deFolclore

Plano:O ano de 2015 se iniciou com o prosseguimento dasatividades preparatórias ao XVII Congresso Brasileirode Folclore de cuja coordenação executiva ficouencarregada a Comissão Mineira de Folclore, conformedeliberado na quarta reunião ordinária da AssembleiaGeral realizada no ano de 2013 e confirmada na primeirareunião da Assembleia Geral ordinária de 2014. A partirdo mês de março de 2014, a Comissão de Preparaçãodo Congresso passou a se reunir semanalmente, nasdependências da Fundação Municipal de Cultura de BeloHorizonte com o objetivo de fixar as diretrizes do projetoe o cronograma de atividades. Em final de 2014, aprogramação já se encontrava satisfatoriamentedeterminada, cabendo apenas determinar local derealização, apoio local dos parceiros e locais pararealização das atividades.Iniciado o ano de 2015 foram concretizadas providênciasconforme relatado a seguir:

No dia 12 de janeiro: Endereçou-se ofício paraconfirmar reserva do CAD UFMG para realização doCongresso.Ao longo de todo o mês de fevereiro foram feitoscontatos com a presidência da Comissão Nacional deFolclore e com os presidentes das Comissões estaduaisde Folclore com o objetivo de obter anuência formalde todos na participação do XVII Congresso. Foramconfirmadas 23 delegações estaduais.Nos meses de janeiro de fevereiro foram retomadoscontatos com os senhores presidentes da Belotur,Mauro Werkema, e da Fundação Municipal de Culturade Belo Horizonte, visando consolidar a parceria e apoiodesses órgãos à realização do Congresso. Nessamesma oportunidade estabeleceu-se contato com aSecretaria de Estado de Cultura, cujo secretário recémempossado agendou reunião com a diretoria daComissão Mineira de Folclore e garantiu o apoio dessainstituição. Nessa mesma oportunidade, o senhorSecretário, Ângelo Oswaldo reservou as instalações doTeatro José Aparecido de Oliveira para cerimônia decelebração do aniversário da Comissão Mineira deFolclore e apresentação do programa do XVII CongressoBrasileiro de Folclore.Em 26 de fevereiro de 2015 - Confirmou-se com osenhor Chefe to Departamento de Educação Física,professor Doutor Gustavo Pereira Cortes, membroefetivo da CMFL, para organizar reuniões comdepartamentos de diferente unidades da UFMG tendoem vista o Congresso.Obtidas todas as anuências, e preenchidos todos osformulários exigidos, a Comissão Mineira de Folclore02-03-2015 – encaminhou, no dia 02 de março aproposta que recebeu número de protocolo 190024 –XVII Congresso Brasileiro de Folclore – Ações daComissão Mineira de Folclore. O projeto encaminhadovisava à realização do Congresso, bem como apoio àsustentabilidade de todas as Comissões estaduais,tento em vista as dificuldades recorrentes que as temcaracterizado. As avaliações dessa propostaretornaram no dia 3 e 5 de março com recomendaçõesespecíficas sobre preenchimento de formulários online.O projeto já contava com recomendação de apoio doColegiado Setorial de Culturas Populares do ConselhoNacional de Política Cultural datada em 10 de setembrode 2014

Page 6: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

CARRANCA PÁGINA 6

Relatório de Atividades

Ao protocolar o Projeto para obter anuência para cap-tação de recursos, a Comissão Mineira de Folcloreentendeu enquadrá-lo no artigo 18 que implica emrenúncia fiscal plena. Contudo, em 13 de março de2015, o sistema informou: Protocolo do projeto: Nº151138 – Processo 01400.014810/201598 –Enquadramento artigo 26 – Encaminhado para análi-se técnica em 13 de março de 2015 - SEFIC/GEAAP/SUAPI/DIAAPI. O prazo de resposta seria de 90 dias, oque implicaria que a partir de 13 de junho teríamosque buscar patrocinadores dispostos a financiar comrecursos próprios, segundo a Lei Rouanet, algo como30% do que seria autorizado captar.Moral dessa história: mesmo que a autorização nosviesse até a data prevista, não haveria prazo suficien-te para captar os recursos e realizar o congresso nas

datas previstas – 26 a 31 de outubro. Apesar disso, fo-ram tomadas inúmeras providências que antecipavama preparação do Congresso. Contatos nacionais e inter-nacionais para garantir a presença de participantes,contatos para garantir instalações adequadas, convitea autoridades, etc.Nos dias 28 a 31 de julho, reuniram-se na cidade deAracaju membros de 12 comissões de Folclore para rea-lizar a VII Jornada Nacional Integrada de Ações de Fol-clore. Essas Jornadas precedem à realização dos con-gressos e são ensaios preparatórios para os mesmos.Até essa data não obtivemos nenhuma resposta. Poriniciativa do senhor presidente da Comissão Nacionalde Folclore, formou-se uma comissão especial paraacompanhar o andamento do processo. Obteve-se a

Page 7: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

CARRANCA PÁGINA 7

Relatório de Atividadesseguinte informação: 1. O projeto havia caminhado deum lado para o outro e cada departamento consultadoinformava não ser de sua competência avaliá-lo. 2. Tãologo se reuniu-se o Conselho, o projeto receberia chan-cela de “Não Aprovação”. Em face a isto, o senhor pre-sidente, Severino Vicente recomendou encaminharcorrespondência solicitando “Arquivamento do Proje-to”. Isto foi feito em ofício encaminhado ao Pronac nodia 4 de agosto. Para nossa surpresa, porém, no dia 6de agosto, fomos informados de que o projeto haviarecebido aprovação no seguinte teor:

Dados da aprovação do projetoht tp ://s i s temas .cu l tura .gov.br/Sa l i c /conAprovacao/conAprovacao.php 1/3Dados da aprovação do projetoIdentificação Nr Projeto 151138Projeto XVII Congresso Brasileiro de FolcloreAções da Comissão Mineira do Folclore para2015Portaria / DatasTipo Aprovação Dt.Aprovação 06/08/2015Portaria Dt.Portaria Dt.Publicação Período deCaptação Dt.Início Dt.FimSíntese da AprovaçãoPARECER TÉCNICO (Parecerista)Proponente Comissão Mineira do Folclore, en-tidade sem fins lucrativos, com sede em BeloHorizonte, apresenta para análise projeto derealização do XVII CONGRESSO BRASILEIRO DEFOLCLORE, produto principal, que terá lugar nacapital mineira entre os dias 19 a 31 de outu-bro de 2015, sobre a temática A CULTURA DOPOVO E O POVO DA CULTURA: DIVERSIDADE,SABER VIVER E SUAS CONDIÇÕES.As ações do XVII Congresso Brasileiro de Folclo-re e da Conferência Nacional de Cultura Popu-lar serão realizadas em espaços públicos comoo Centro Atividades Didáticas da UFMG e Cen-tros culturais municipais da cidade. Propostatem seis outros produtos secundários, comocatálogo e seminário, agregados à realizaçãodo Congresso, e demais quatro, destinados asatividades regulares da instituição enfeixadosno subtítulo da proposta como AÇÕES DA CO-MISSÃO MINEIRA DO FOLCLORE PARA 2015,compreendendo recursos para a manutenção,compra de equipamentos, banco de dados epesquisa e a criação de um site. Todos os pro-dutos vão perfazer o valor de R$ 1.773.819,46em recursos federais incentivados. Projeto foiclassificado pela SEFIC naárea Artes Visuais, segmento de fomento à ca-deia produtiva arte visual, artigo 26. Inicialmen-

te o PRONAC FUNARTE foi incumbido para aná-lise. Mas em razão do conteúdo da proposta es-tar vinculada ao tema do folclore e da culturapopular o PRONAC FUNARTE encaminhou aoPRONAC do IPHAN por ser pertinente ao segmen-to patrimônio cultural, especificamente à áreaem que atua o Centro Nacional de Folclore eCultura Popular do IPHAN. Em de abril de 2015,projeto foi devolvido pelo IPHAN, com o seguin-te despacho: Encaminho o presente projeto pornão se aderir à política nacional de patrimônioImaterial, portanto não se tratar de temática doIPHAN. Entendemos ser de pertinência a análi-se da Funarte (sic). Tendo em vista uma análisedo inteiro teor do projeto e dos produtos cultu-rais dele resultantes vamos sugerir s.m.j. da CNICe SEFIC, a classificação no Artigo 3º, Inciso V,Alínea C, ações não previstas, mas consideradasrelevantes no âmbito da Lei 8.313/9~ no Artigo26 da mesma Lei. Os Congressos Brasileiros deFolclore tiveram início no ano de 1951, quandose elaborou a Primeira Carta do Folclore Brasi-leiro, na cidade do Rio de Janeiro e sua sérieprosseguiu em diferentes capitais dos estados,com alguma interrupção após 1964, tendo sidoretomados após a abertura política a partir de1995. É característica desses congressos a reu-nião dos estudiosos de todos os estados da fe-deração e a elaboração de uma Carta de pro-postas para as políticas públicas focadas nasculturas populares. A Carta de Folclore elabora-da no Congresso de Salvador encontrase incluí-da no Plano Nacional de Cultura A reunião dasComissões Estaduais de Folclore sob a coorde-nação da Comissão Nacional de Folclore se en-cerra com uma Assembleia Geral de cunhodeliberativo para as atividades nos diferentesestados e propositivo para as políticas nacionaise estaduais de cultura. A Coordenação Geral doevento está a cargo de Jose Moreira de Souza,pesquisador Pleno da Fundação João Pinheiro,aposentado, e atual presidente da ComissãoMineira de Folclore. Toda a programação doCONGRESSO será gratuita, abrangendo seminá-rio, oficinas e palestras. De igual forma, a distri-buição gratuita de catálogos com estudos e te-mas relativos ao folclore e à cultura popular aosparticipantes, durante e posterior à realizaçãodo evento. A proposta atende ao Art. 40 da INNº 1/2013 nos seguintes quesitos:I: proponente pessoa jurídica sem fins lucrativosdemonstra capacidade técnica para a execução

Page 8: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

CARRANCA PÁGINA 8

Relatório de Atividadesdo projeto em questão, visto currículo da equi-pe técnica e de realizações da entidade~II: as informações prestadas para o cumprimen-to do objeto são pertinentes e suficientes para aexecução do objeto~III: atende ao Art. 3º da Lei 8.313/91 e Art. 1º eseus Incisos, e ao Decreto nº 5.761/06~IV: Enquadramento s.m.j. da CNIC e SEFIC: Arti-go 3º, Inciso V, Alínea C, ações não previstas,mas consideradas relevantes no âmbito da Lei8.313/9~ no Artigo 26 da mesma Lei~ e ao Arti-go 27 do Decreto nº 5.761/2006, Incisos I, II, III eIV. A realização de congressos não encontraamparo nas alíneas A a G do Artigo 18. Reite-rando o enquadramento no Art. 26 com base noParágrafoÚnico do Art. 2º da Portaria 116/2011, assimposto: aplicamse as alíquotas do art. 26 da Leinº 8.313, de 1991, às doações e patrocínios emfavor dos projetos enquadrados nos demais seg-mentos do art. 1º da referida Portaria~V: objeto proposto está adequado ao produtoresultante tendo como indicadores para avalia-ção final do projeto, a fidelidade das informa-ções prestadas pelo proponente conforme exi-gências da Instrução Normativa Nº 01/2013~VI: os prazos e custos previstos para a realizaçãodo objeto são suficientes e necessários para arealização do mesmo~VII: sobre medidas de acessibilidade assegura aproponente: as ações do XVII Congresso Brasi-leiro de Folclore e da Conferência Nacional deCultura Popular serão realizadas em espaçospúblicos da UFMG/ CAD, Centro Atividades Di-dáticas e Centros culturais municipais, confor-me cartas de anuência em anexo. Esses equipa-mentos estão aptos a receber portadores de ne-cessidades especiais. Haverá transcrição daspalestras e suporte para ações dos GT’s (Gruposde Trabalho) da linguagem em libras para defi-cientes auditivos e jawls para deficientes visu-ais. (sic). No entanto, para garantir o fruir esté-tico das pessoas com deficiência, proponentedeverá incluir entre os membros da equipe demediação da exposição, monitores aptos emtecnologias assistiva para atender pessoas combaixa visão ou cegas, surdas, mobilidade redu-zida, deficiência intelectual, em acordo IN Nº1/2013 Artigos nº 3, Inciso XI e Artigo 40, IncisoVII, que trata sobre a adequação do projeto amedidas de acessibilidade~

VIII: projeto adere à Lei 8.313/91 e no que tan-ge à democratização com todas as atividadesaberta ao público, sem cobrança de ingressos~IX: projeto tem repercussão regional e nacionaldos temas que serão postos à discussão~XI: projeto apresenta várias contribuições nocampo dos estudos acadêmicos, da conserva-ção e preservação da cultura popular brasilei-ra~XII: as etapas previstas são necessárias e sufici-entes à sua realização e são compatíveis comos prazos e custos previstos, e estão de acordocom os valores de mercado, conforme reza oDecreto 5761/06, § 3º, Art. 6º~XIV: atende aos critérios e limites de custos es-tabelecidos pelo MinC~XV: não se aplica.Destacamos que análise técnica detevese noselementos disponibilizados no projeto, nos or-çamentos apresentados, sendo os mesmos deinteira responsabilidade da entidade proponen-te.Obs. Observar que em acordo com IN Nº 1/2013,Art. 32, é vedada a previsão de despesas IncisoII – em benefício de servidor ou empregadopúblico, integrante de quadro de pessoal de ór-gão ou entidade pública da administração dire-ta ou indireta de qualquer esfera governamen-tal, por serviços de consultoria ou assistênciatécnica, salvo nas hipóteses previstas em leisespecíficas e na Lei de Diretrizes Orçamentári-as.PARECER DO COMPONENTE DA COMISSÃOO projeto atende à legislação vigente se enqua-drando nas finalidades do art.1º da lei 8.313/91e o proponente apresenta capacidade técnicapara sua execução. A realização do projeto re-sulta em impactos culturais positivos à socie-dade e contribui para o desenvolvimento da áreaartística à qual dirige seus objetivos. Os custosprevistos na planilha orçamentária em sua mai-oria são compatíveis com os valores praticadosno mercado, porte e características do projetoe aos critérios e limites de despesas estabeleci-dos pelo MinC e pela IN 01. A relação custo/benefício do projeto é positiva.Estou de acordo com o enquadramento exaradono parecer técnico e com os cortes orçamentá-rios efetuados. Projeto aprovado acompanhadoo parecer técnico e com as considerações aci-ma referidas.Mecenato

Page 9: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

CARRANCA PÁGINA 9

Relatório de Atividades

Page 10: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

CARRANCA PÁGINA 10

Relatório de AtividadesVl.Aprovado R$ 1.666.067,67

Desse parecer merece atenção:Projeto foi classificado pela SEFIC na área Ar-tes Visuais, segmento de fomento à cadeia pro-dutiva arte visual, artigo 26. Inicialmente oPRONAC FUNARTE foi incumbido para análise.Mas em razão do conteúdo da proposta estarvinculada ao tema do folclore e da cultura po-pular o PRONAC FUNARTE encaminhou aoPRONAC do IPHAN por ser pertinente ao seg-mento patrimônio cultural, especificamente àárea em que atua o Centro Nacional de Folclo-re e Cultura Popular do IPHAN. Em de abril de2015, projeto foi devolvido pelo IPHAN, com oseguinte despacho: Encaminho o presente pro-jeto por não se aderir à política nacional depatrimônio Imaterial, portanto não se tratarde temática do IPHAN. Entendemos ser depertinência a análise da Funarte (sic).

Parece, portanto, que no interior do Ministério aindanão se assimilou o que foi discutido na Carta Nacionaldas Culturas Populares, nem na inclusão da Carta Bra-sileira do Folclore no Sistema Nacional de Cultura. Ape-nas um ato de boa vontade do parecerista acolheu po-sição favorável à pretensão do Congresso.De posse desse parecer favorável para iniciar a capta-ção, a Comissão Mineira de Folclore agilizou corres-pondência solicitando “o não arquivamento do proces-so” tal como se pediu em correspondência encaminha-da dois dias atrás.Eis a cópia do que se encaminhou no dia 7 de agosto, éclaro que após obter instruções junto aos canais com-petentes:Nessa mesma oportunidade, tendo em vista prazosestipulados para impor recurso, foi encaminhado re-curso para alteração da captação pelo artigo 26, o qualcomo se vê no parecer resultou das interpretações equi-vocadas, para o artigo 18. O recurso foi acompanhadode três anexos: Argumentação técnica elaborada pelaequipe que elaborou o projeto; Justificativa do Conse-lho Fiscal da Comissão Mineira de Folclore; e Parecercom justificativa da Consultoria Jurídica da ComissãoMineira de Folclore – de autoria do nosso sempre doa-dor advogado Manoel Luiz Ferreira de Miranda.

11 de 08 – Recurso de enquadramento:Introdução ao RecursoLê-se no parecer que resultou na Aprovação do pro-jeto:Inicialmente o PRONAC FUNARTE foi incumbido paraanálise. Mas em razão do conteúdo da proposta estarvinculada ao tema do folclore e da cultura popular o

PRONAC FUNARTE encaminhou ao PRONAC do IPHANpor ser pertinente ao segmento patrimônio cultural,especificamente à área em que atua o Centro Nacionalde Folclore e Cultura Popular do IPHAN. Em de abril de2015, projeto foi devolvido pelo IPHAN, com o seguintedespacho: Encaminho o presente projeto por não seaderir à política nacional de patrimônio Imaterial, por-tanto não se tratar de temática do IPHAN. Entendemosser de pertinência a análise da Funarte (sic).Esse relato do percurso do Projeto permite interpretara indecisão sobre o encaminhamento do projeto no in-terior da malha que determina as normas de tramitaçãono interior do Ministério de Cultura.A dificuldade se inicia já no dia em que o projeto foiprotocolado. No dia 3 de março, a Coordenação deAdmissibilidade de Propostas enumerou recomenda-ções necessárias para completar informações ao pro-jeto já protocolado. Nessas recomendações a maisimportante e que veio a gerar indecisões, preceituava:Modificar a área e Segmento do Seminário e da PES-QUISA, para Área/Artesvisuais/Segmento: projeto de fomento à cadeia produ-tiva artes visuais ou para Formação técnicas de profis-sionais, no Plano de distribuição.Interpretamos estar aí a origem da tramitação e dasindecisões que resultaram na alteração de um pedidode captação de recursos pelo artigo 18 o qual foi alte-rado para o artigo 26. A captação pelo artigo 26 seriacompreensível se o PRONAC FUNARTE aderisse à pro-posta, porém, uma vez que houve a informação de nãoprocedência nessa área, a inserção para parecer noPRONAC IPHAN não justificava mais a inclusão da cap-tação no artigo 26.Contudo, ao cair em vazio das normas institucionais,competentemente o pareceiristaencontra abrigo em “ações não previstas, mas consi-deradas relevantes no âmbito da Lei 8.313/9”~ valen-do destacar a contribuição das ações dos Congressosde Folclore reconhecidas pela inclusão da Carta de Sal-vador no “Plano Nacional de Cultura”.A este reconhecimento vale acrescentar que as Comis-sões de Folclore desde o I Congresso Brasileiro de Fol-clore realizado em 1951 são a primeira frente de lutapelo reconhecimento do folclore como PatrimônioImaterial. Verbis: O Congresso Brasileiro de Folclore (...)aconselha o estudo da vida popular em toda a sua ple-nitude, quer no aspecto material, quer no aspecto espi-ritual.Disso decorre a presença constante em todos os con-gressos de Folclore da atenção para o saber fazer, sa-ber interpretar, saber identificar e saber representar,que se entendem atualmente como patrimônioimaterial. Nesse mesmo I Congresso, tanto o Regula-

Page 11: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

CARRANCA PÁGINA 11

Relatório de Atividades s

mento, quanto o Regimento destacam as categoriasprincipais. O Regimento ao explicitar o Temário comocomponentes da “Parte Técnica Geral”: 1. Nomencla-tura, 2. Pesquisa e Registro, 3. Classificação e 4. Di-vulgação e intercâmbio.Defesas do RecursoConforme parecer resultado de aprovação:Texto do Parecer, projeto aprovado - “Projeto foi clas-sificado pela SEFIC na áreaArtes Visuais, segmento de fomento à cadeia produti-va arte visual, artigo 26.” Informamos:A determinação de mudança de classificação e de seg-mento, foi oriunda do próprio Ministério da Cultura;sistema salic web - conforme emails de solicitaçõesdatados nos dias 03/03/2015 e 11/03/2015 (ANEXO I)encaminhados pela Coordenação de Admissibilidadede Propostas e identificada como de responsabilidadedo Téc:. MNeves.A saber o texto original - prioritariamente enviado paraanalise, e encaminhado aosistema salicweb foi constituído com a seguinte clas-sificação e segmento, produtos:Ï% Produto: Catálogo. Área: Patrimônio Cultural. Seg-mento: Preservação de Patrimônioimaterial.Ï% Produto: Seminário / Simpósio / Encontro / Congres-so / Palestra. Área: PatrimônioCultural. Segmento: Preservação de Patrimônioimaterial.Ï% Produto: Pesquisa. Área: Patrimônio Cultural. Seg-mento: Preservação de Patrimônioimaterial.Ï% Produto: Sítio de Internet Área: Patrimônio Cultural.Segmento: Preservação dePatrimônio imaterial.Ï% Produto: Banco de Dados. Área: Patrimônio Cultu-ral. Segmento: Preservação dePatrimônio imaterial.Tais substituições, conforme projeto aprovado, acon-teceu por orientação do Ministério da Cultura.Acreditamos que devido a alteração de classificaçãode - Patrimônio Cultural paraArtes Visuais - gerou um efeito cascata, provocandoincompreensão sobre a vinculação intrínseca de todasações deste projeto e, sua culminância dentrouniversalização do patrimônio cultural Imaterial.Cumpre lembrar o reconhecimento e relevância do pro-jeto pelo Senhor Ministro de Estado da Cultura, con-forme descrição dentro do referido parecer:… a classificação no artigo 3º, Inciso V, Alínea C c)ações não previstas nos incisos anteriores e conside-

radas relevantes pelo Ministro de Estado da Cultura,consultada a Comissão Nacional de Apoio à Cultura.*** ***Reinteramos, conforme o apontamento acima - toda asações (produtos) deste projeto culminam no universodo patrimônio cultural Imaterial e Material. Por estemotivo reafirmamos nosso enquadramento ainda den-tro das preposições das alínea E e G do Artigo 18.Sobre alínea “E”, apresentamos no projeto o produtoBanco de Dados, descrição abaixo conforme anexo en-viado para apreciação e parte integrante do projetoaprovado:Anexo III - Canal de Comunicação - Banco de Dados;Parte Organização:Estudos e Programas Levantamento dos paradigmasconcorrentes incorporados em teses, monografias, obrasacadêmicas e editais de financiamento de pesquisa, deestudos e de programas de Leis de Incentivo, fundo decultura e fontes de financiamento.Comunidade Comissão Mineira de Folclore – Integraçãoe conflitos. Exame da forma de organização e condi-ções de atendimento às metas de estudo e dissemi-nação do estudo do saber popular . Suficiência e de-pendência.Programas e Projetos – Priorização e estudo das condi-ções de curto, médio e longo prazos.Base material Recursos disponíveis, equipamento,instalações e pessoas alocadas para garantir estudose programas, nível desejável de autossuficiência edesenvolver projetos.O detalhamento de cada um dos subsistemas concreti-zado em Projetos vai possibilitar a construção de umaagenda de atividades que definirá uma forma de açãoorientada pela sustentabilidade. Aqui apresentamos omodo de ação focado nos saberes populares econsequentemente patrimônios imateriais.Em seguida salientamos sobre o acervos que deverãocompor esse Banco de Dados, faz saber:Organização das informações ( de que modo se en-contram nas fontes papel,arquivos digitais, etc)1.1. Acervo da Comissão Mineira de FolcloreLivros, revistas, jornais, boletins, artigos, cds, dvds,pastas, fichas, livros de atas.1.1. acervo particulares vinculados a CMFLApresentado em tal proposição identificamos, alinea “E”- artigo 18:e) doações de acervos para bibliotecas públicas, museus,arquivos públicos ecinematecas, bem como treinamento de pessoal eaquisição de equipamentos para amanutenção desses acervos~

Page 12: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

Relatório de Atividades

CARRANCA PÁGINA 12

A caracterização deste Canal de Comunicação com Ban-co de Dados, tendo em vista os acervo e sua função,podemos determiná-lo como uma Biblioteca virtual, deacesso gratuito e público, acesso esse reconhecido emparecer.Ainda, na parte de justificativa das planilhas eletrônicas- Banco de Dados e aquisição de EquipamentosAudiovisual -; apresentamos o custeio de técnicos reco-nhecidos em parecer, para trato e digitalização de talacervo além da aquisição de equipamentos e estruturapara tal ação.*** ***Sobre alínea “G”, salientamos que as nossas ações sãofocadas no entendimento e preservação do que é o “sa-ber popular”, sendo este, o marco para criação e funçãodas Comissões e, diretriz primaria para a concepção dosconceitos que norteiam e compreendem a denominaçãoconhecida como Patrimônio Imaterial.Apresentando tal proposição identificamo-nos, na alinea“G” - artigo 18:g) preservação do patrimônio cultural material eimaterial .Ainda, em referência ao Patrimônio Material, faz se lem-brar, a relação descrita acima, no que tange ao Bancode Dados e acervos. Estes constituídos de objetos (arte-sanatos) e suportes - compostos por transcrições, estu-dos, publicações, audiovisual, fonografia o e outros.Devemos ainda, informar a compreensão que temos so-bre as publicações a serem gerados por este projeto,faz saber conforme apresentado em projeto aprovado:Sinopse das obrasPublicação 05 catálogos.Publicação 1 Catálogo do Congresso.Apresenta a Programação geral do Congresso, dos gru-pos de trabalho, mesasredondas e palestras com resumo dos temas de cadaatividade. Índice dos grupos e doscomponentes de cada grupo.Publicação 2 Anais do Congresso.Apresenta os textos das palestras, dos grupos de traba-lho e das mesas redondas ,conclusões e recomendações dos participantes com di-retrizes para ações dasComissões Estaduais de Folclore e propostas para Polí-ticas Nacionais e Regionais deCultura relacionadas ao Folclore.Publicação 3 Catálogo Comissão Mineira do Folclore,edição especial.Apresenta resumo com comentário das obras publicadaspelos membros efetivos ecolaboradores da Comissão Mineira de Folclore ao lon-go de sua existência.

Publicação 4 Catálogo do Centro de InformaçõesFolclóricas.Apresenta índice por assuntos de temas de interessepara estudos e pesquisas deFolclore em Minas Gerais, indicando o acervo em quepodem ser recuperados.Publicação 5 Catálogo de obras das Comissões Esta-duais.Apresenta índice por assuntos de temas de interessepara estudos e pesquisas deFolclore em cada Estado, indicando o acervo em quepodem ser recuperados.Os referidos assuntos compreendem também, alínea“B” do artigo 18:b) livros de valor artístico, literário ou humanístico~Faz se lembrar, reforçando o apontamentos acima,conforme parecer do projeto aprovado:A proposta atende ao Art. 40 da IN Nº 1/2013 nos se-guintes quesitos:XI: projeto apresenta várias contribuições no campodos estudos acadêmicos, daconservação e preservação da cultura popular brasi-leira~Finalização do RecursoO compromisso com a salvaguarda do PatrimônioImaterial Popular antecede à própriacriação da Comissão e se explicita tanto na Carta doFolclore Brasileiro de 1951, quanto é reforçado noConvênio Assinado no dia 13 de fevereiro de 1954 pelo,então Governador Juscelino Kubitschek de Oliveiracom o IBECC no qual “o Governo do Estado de MinasGerais e o IBECC asseguram o seu apoio e empresta-rão a sua colaboração a todas as iniciativas da Co-missão Nacional de Folclore ou, em particular, da Co-missão Mineira de Folclore que visem ao desenvolvi-mento da pesquisa e do estudo do folclore brasileiro,em particular quanto:a. à realização periódica de Congressos Brasileirosde Folclore (...)b. à elaboração e realização no Estado do Plano Naci-onal de Pesquisa Folclórica (...)O Programa Nacional de Patrimônio Imaterial éconcretização desse precedente, o quejustifica a apreciação de projetos como o atualmenteencaminhado para receber parecer nessa área.Acrescente-se ainda que as Comissões de Folclore aose tornarem organização da Sociedade Civil sui generistornam-se herdeiras dessa tradição de defesa doPatrimônio Imaterial distinguindo-se das áreas de fo-mento à cultura enquadradas como “Artes Visuais” eassemelhadas. Este Plano registra: “É um programade apoio e fomento que busca estabelecer parceriascom instituições dos governos federal, estaduais e

Page 13: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

CARRANCA PÁGINA 13

Relatório de Atividadesmunicipais, universidades, organizações não governa-mentais, agências de desenvolvimento e organizaçõesprivadas ligadas à cultura e à pesquisa.”As Comissões de Folclore, ao se enquadrarem comotais, devem necessariamente, em razão de sua histó-ria, ser “parceiras institucionais” desse programa. Nocaso das Comissões de Folclore como componente da“sociedade civil organizada” - ONG - ressalte-se que o“sem fins lucrativos” e o “interesse público” são amarca principal que as determinam como movimentosocial, com todas as decorrências dessas característi-cas.Essas características tornam praticamente inviávelqualquer captação de recursos peloartigo 26 devido às empresas não visualizarem qual-quer valor adicionado no patrocíniodesses encontros como se tem comprovado em con-gressos anteriores, a que se deveacrescentar o longo percurso para captação o qual todaimprevisível a definição de umcalendário para o evento programado. Há que acres-centar a tudo isto ser o Estado oprincipal interessado nos efeitos dos Congressos deFolclore em razão da ênfase aos saberes populares, apromoção da cidadania e à compreensão do saber vi-ver e suas condições e, principalmente à vidaassociativa.Vale concluir: As Comissões de Folclore comoincorporadoras de um movimento dasociedade civil organizada que remonta ao distanteséculo XIX são muito mais Mecenas do que favorecidaspor recursos que viabilizem um programa de ação comperiodicidade definida, como são os Congressos deFolclore.

Conselho Fiscal

Parecer

Examinando o projeto do XVII Congresso Brasi-leiro de Folclore, a ser realizado em BH, em 2016, veri-fica-se que sua elaboração foi muito criteriosa e opor-tuna. Atesta isso, o parecer técnico do Ministério daCultura, aprovando o valor a ser captado, tal qual foiorçado, embora as condições de execução do montan-te dos recursos sejam desfavoráveis à Comissão Mi-neira de Folclore.

É necessário esclarecer que as artes visuais sãoapenas uma das faces e áreas próprias do termo fol-clore. O termo “artes visuais” tem servido para desig-nar artes plásticas. É claro que as manifestações fol-clóricas vão além das coisas visíveis. Folclore épolivalente e não pode estar limitado a apenas uma

forma de saber. Na verdade, a classificação de Folcloreem uma ou outra área não é importante. O que é alta-mente significativo é o produto do Congresso: o escla-recimento. Um congresso dessa magnitude não produzefeitos somente durante os seis dias de sua realiza-ção. A exposição de conhecimento perdura por um lon-go período de tempo. Nos 65 anos passados, a memó-ria do Congresso de 1951 ainda não foi apagada.

Os saberes e os esclarecimentos a serem leva-dos no XVII Congresso Brasileiro de Folclore são ex-tremamente necessários em nossos dias, porque associedades regionais em todo o planeta assistem astransformações inquietadoras. A cultura contemporâ-nea exige estudos que nos tirem da condição de es-panto em que nos encontramos.

O que justifica a realização do XVII CongressoBrasileiro de Folclore não são os encontrosinterpessoais, mas o duradouro e futuro esclarecimen-to.

Belo Horizonte, 15 de agosto de 2015.

Antônio de Paiva MouraMembro do Conselho Fiscal da CMFl.

Protocolado o recurso, cuja resposta seria dada após60 dias, já são decorridos 120 dias sem resposta.Em face a essa situação, a Diretoria da Comissão Mi-neira de Folclore deliberou:

1. Somente após obter todos os recursos necessáriosserá elaborado cronograma de preparação e rea-lização do Congresso em Minas Gerais.

2. O Congresso não pode onerar as Comissões Estadu-ais posto que todas elas vivem de doações volun-tárias à atenção e estudo do saber viver.

O boletim Carranca em sua edição 4_2015 divulgou essadeliberação.O assunto do Congresso, além de ocupar a Comissãoespecífica de programação esteve presente nas pau-tas de todas as reuniões da Diretoria e da Assembleiageral da Comissão Mineira de Folclore conforme enu-merado abaixo:

Reuniões Ordinárias

1. Primeira reunião ordinária - 17 de março 2015: Ses-são solene da Assembleia Geral da Comissão Mi-neira de Folclore: 1- prestação de contas, confor-me pauta. 2. Apresentação - ações da ComissãoMineira do Folclore / XVII Congresso Brasileiro deFolclore - Projeto.

Page 14: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

CARRANCA PÁGINA 14

2. Segunda reunião ordinária – 06 de junho

3. Terceira reunião ordinária – 26 agosto

4. Quarta Reunião ordinária – 14 de novembro

Reuniões extraordinárias:

1. Data – 20 de junho

2. Segunda reunião extraordinária – 25 de julho

Além dessas atividades, a Comissão Mineira de Fol-clore encaminhou projeto para obtenção de recursojunto o Fundo Estadual de Cultura, o qual poderia su-prir em pequena parte ao que foi solicitado ao Ministé-rio. O projeto não foi incluído na lista dos aprovados.Isto foi objeto de conversa em reunião com o senhorsecretário adjunto, mas sem prazo para impor recurso.Outro projeto foi enviado para a Fundação Municipalde Cultura, tendo obtido o mesmo êxito, ou seja, nãoconstou nas ações prioritárias.Finalmente, novo projeto encaminhado à FundaçãoMunicipal de Cultura obteve aprovação em dezembrode 2015 e encarou a primeira dificuldade para sua exe-cução. Um dos requisitos é comprovar a existência desede com endereço da Comissão Mineira de Folclore.Acontece que, com a desativação do Centro de Tradi-ções Mineiras, cujo convênio determina este local comosede, a CMFL se tornou uma instituição “sem casa”.Embora, a Prefeitura de Belo Horizonte tenha determi-nado a acolhida da Comissão Mineira pela FundaçãoMunicipal de Cultura e a CMFL tenha abrigo no ende-reço Rua Nova Ponte 22, Centro Cultural Salgado Filho,a gerência daquele centro não elaborou renovação dotermo de Cessão de Uso no ano de 2015. Esta provi-dência foi tomada neste ano de 2016, cujo termo pro-visório nos garante confirmar endereço até o mês dejunho do presente ano.Neste ano de 2016, já foram elaborados e encaminha-dos três novos projetos para captação de recursos. Oprimeiro deles, encaminhado ao MINC para concorrerao “Prêmio Boas Práticas de Salvaguarda”. Na justifi-cativa à pretensão ao Prêmio, a CMFL relata três anos– 2013, 2014, 2015 – de apoio às principais manifesta-ções da Cultura Popular no Município de Belo Horizon-te, Vespasiano, Contagem, Santa Luzia, entre outros.O segundo projeto, foi encaminhado à prefeitura mu-nicipal de Belo Horizonte – Fundação Municipal de Cul-tura – com o objetivo de apoiar ações nesse municípiojunto aos Centros Culturais. Trata-se de vincular ao

portal folcloreminas.com.br um sítio com informaçõesespecíficas sobre atividades culturais em Belo Horizon-te.Finalmente, o terceiro projeto tem como objetivo cap-tar recursos para a realização da 50ª Semana Mineirade Folclore. São cinquenta anos seguidos de reunirestudiosos e manifestações da cultura popular em todaMinas Gerais.Juntamente com isto, a Comissão comparece comoapoiadora do “Encontro dos Povos do Espinhaço”, oqual se realizará na cidade de Conceição do Mato Den-tro neste ano de 2016.Apoiadora do Museu Balaio da Capoeira, do Cetro –Centro de Tradições do Rosário e da Associação doReinado de Nossa Senhora do Rosário.Ao longo deste ano, a Comissão esteve presente nasinstalações do Museu de Folclore Saul Martins emVespasiano, tendo contribuído para duas programaçõesnaquele espaço e no “Palácio das Artes Nair FonsecaLisboa”.Outra atividade importante foi a coordenação para edi-ção da cartilha concebida pela SESC MG “(A)gosto deFolclore, conversar pode dar certo”. Estava previsto olançamento dessa cartilha no dia 22 de agosto no SESCTupinambás. Alguma razão de ordem não reveladaadiou o lançamento para o mês de outubro. Nessa opor-tunidade, na última semana de outubro e no mês denovembro, os membros da CMFL autores de capítulosda cartilha participaram de mesas de conversa e distri-buição da edição em Belo Horizonte, Sete Lagoas, OuroPreto, Juiz de Fora, Almenara, Januária e Poços de Cal-das. Esses eventos exigem que se registre o nome deMaria das Graças Diniz – Dadá.A Comissão esteve presente nos Encontros de Culturapromovidos nas instalações da Casa do Jornalista, nofórum de Cultura realizado no Teatro Francisco Nunescom a presença do Senhor Ministro da Cultura, JucaFerreira, oportunidade em que lhe foi entregue convitepara abertura do XVII Congresso Brasileiro de Folclore.

Capoeira Moçambique – 22-março

O reconhecimento da Capoeira como Patrimônio Cul-tural Imaterial da Humanidade acontecido em 24 denovembro de 2014 ensejou um estreitamento maior daComissão Mineira de Folclore com o Conselho da Ca-poeira e os diferentes grupos que promovem rodas decapoeira. Esse reconhecimento antecipa o projeto emnível estadual de reconhecer como tal o “Congado”nessa mesma categoria.No Encontro de Rodas de Capoeira realizado nas futu-ras instalações do Consulado de Moçambique emVespasiano.

Relatório de Atividades

Page 15: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

CARRANCA PÁGINA 15

Além das audiências já citadas, a Comissão Mineirade Folclore se fez presente na Funarte, Encontro com oConselho de Capoeira; na representação do MINC emMinas Gerais, na abertura do Festivale, e em audiên-cia com a senhora presidente do IEPHA, por encami-nhamento do secretário adjunto Bernardo Mata Ma-chado.A partir de Setembro a Comissão Mineira participou dedois programas da Assembleia Legislativa de MinasGerais: 1. Audiência pública para discussão do PlanoPlurianual de Orçamento setor Cultura; 2. Reuniõesquinzenais para encaminhamento do Fórum TécnicoPlano Estadual de Cultura.A participação nos encontros preparatórios ao FórumTécnico merecerá artigo à parte neste relatório.Por iniciativa de nosso companheiro, tesoureiro daCMFL, professor doutor Raimundo Nonato de MirandaChaves, a Comissão Mineira de Folclore passou a con-tar com o sítio WWW.folcloreminas.com.br, concebidoinicialmente por Dáfnis Raies Moreira de Souza, ao qualse acrescenta o endereço de email:[email protected]. Vale recordar queo sitio da Comissão Mineira de FolcloreWWW.folcloreart.br foi desativado após o falecimentodo presidente Lázaro Francisco da Silva, fato responsá-vel por inúmeros prejuízos ao desenvolvimento de nos-sas atividades. A iniciativa do doutor Raimundo dá novaforça ao Centro de Informações Folclóricas e permitevisualizar a abrangência de nossas atividades.Obediente a nossos compromissos, o Informativo Car-ranca circulou conforme agenda de quatro edições anu-ais e a Revista Comissão Mineira de Folclore teve suaedição nº 28 com a data de dezembro de 2015, com onúmero recorde de páginas de 342.Para finalizar, lembramos que nosso livro de Atas ne-cessita urgentemente de atualização e antes que oConselho Fiscal recomende, solicitamos à secretáriaeleita para este mandato que providencie o registrodas atas nos locais devidos.

Recursos e manutenção

Penso que a Comissão Mineira de Folclore está aptapara entoar em coro polifônico a peça do Messias deHaendel: His yohe is easy, his burthen is light e prosse-guir com a criação de Lobo de Mesquita: Difusa estgratia in labiis tuis! Com efeito, não somos Messias,mas nosso “peso é suave e a carga que carregamos éleve”, por isso a “alegria é brincadeira constante emnossos lábios”.Alcançar 68 anos com a alegria – gratia – e sem pesara ninguém caracteriza a marca do lúdico que acompa-

nha e resulta de nossa atenção ao Saber Viver em Mi-nas Gerais.No presente ano continuamos a merecer atenção gra-tuita – com muita graça – do Escritório de Contabilida-de Miranda de Manoel Miranda, diretor da Afago; daFundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte a qualnos disponibiliza espaço para reuniões e também nosassegura ampla sala para guarda de nosso acervo noCentro Cultural Salgado Filho, e do Centro de Referên-cia da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado.Conseguimos manter as edições trimestrais do Bole-tim Informativo Carranca sem onerar o fundo de reser-va precário da CMFL; mantivemos a edição regular daRevista Comissão Mineira de Folclore com recursosdoados por membros da Comissão.Neste ano alcançamos condição inédita. Pela primeiravez nas últimas gestões membros da CMFL fizeramdoação de importâncias que foram debitadas em suascontas por serviços prestados e transferidas para aconta da Comissão Mineira de Folclore.Dois nomes merecem ser lembrados: o de Maria Joséde Sousa – Tita de Poços de Caldas – e Domingos Diniz.Tita abriu mão de remuneração por serviços prestadosao SESC e transferiu para Domingos Diniz todo o valorque lhe seria devido. Domingos, por sua vez, transferiua importância para a Comissão Mineira de Folclore.Outro feito merecedor de registro foi a doação da par-te de Frei Chico de quatro exemplares do Dicionário daReligiosidade Popular para ser vendido com desconto,devendo a Comissão remunerar apenas o custo míni-mo determinado pela editora.A CMFL recebeu da família de Manoel Ambrósio comodoação 25 cartelas do selo Manoel Ambrósio, lançadooficialmente no dia 16 de dezembro na Biblioteca Pú-blica, no valor de R$675,00. Esses selos têm servidopara remessa pelo correio de nossas publicações.Tita merece nova menção pela doação de 50 exempla-res da obra Reinado e Poder no Sul de Minas a qualserá lançada no dia 19 de fevereiro.Além disso, alguns membros – poucos - têm se lem-brado de cumprir o compromisso de contribuir anual-mente com a anuidade determinada pela Diretoria eaprovada pela Assembleia Geral. Esta diretoria temcomo objetivo determinar um dia em futuro próximo noqual cada membro, ao invés de depositar dinheiro naconta da Comissão Mineira de Folclore, possa assinarno início de cada ano uma Nota Promissória com osseguintes dizeres:

Relatório de Atividades

Page 16: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

Relatório de Atividades

CARRANCA PÁGINA 16

Informações Adicionais

12 de fevereiro Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicio-nal “Lagoa do Nado”.Mesa de conversa referente à visita do terno deMoçambique de Justinópolis à cidade de Maputo [exLourenço Marques] e adjacências em Moçambique –África.Coordenou a mesa Juliana Aparecida Correa Garcia,secretária da Comissão Mineira de Folclore.

11 de abril – Belo Vale, a vez de conhecer Médio Paraopeba e seusaber viver

Antônio de Paiva Moura, lançou solenemente na cida-de de Belo Vale, no dia 11 de abril seu livro MédioParaopeba e seu saber viver, por iniciativa da Secreta-ria Municipal de Cultura de Belo Vale.

24 abril :Guardas de Congo - Venda Nova –A Comissão Mineira de Folclore reuniu-se no dia 24 deabril nas dependências do Centro de Referência daCultura Popular e Tradicional “Lagoa do Nado”, com osmestres dos ternos de Congo da Regional de Venda

Nova. Nessa oportunidade estreitou-se o diálogo comcapitães das guardas e conversou-se sobre a relaçãodos reinados com as políticas culturais vigentes.

27 de abrilDêniston Diamantino, lançou, no dia 27 de março noauditório do CREA o primeiro de uma série de trêsdocumentários sobre os “Navegantes do Velho Chico”.A série de abre com “Remeiros do Rio São Francisco” eprossegue com “O tempo dos Vapores” para encerrarcom os “Barranqueiros” – o saber viver da populaçãoribeirinha.

29 de abrilCanto & Viola –Nossos companheiros Luiz Trópia e Tadeu Martins ini-ciaram em grande estilo o programa Canto & Viola naversão 2015.

30 anos do CPCDO Centro popular de Cultura e Desenvolvimento – CPCD– criação e direção de nosso companheiro Tião Rocha– celebra neste ano de 2015, 30 anos de presença noMundo Criatividade na Educação” - no Maranhão -“Caminho das Pérolas”, “Cuidando do Futuro” - , emAraçuaí.

Page 17: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

Relatório de Atividades

CARRANCA PÁGINA 17

11 de maio Falecimento de Waldemiro Gomes de AlmeidaNosso companheiro,Waldemiro, faleceu na madruga-da do dia 11 de maio e foi sepultado na cidade de SeteLagoas, onde recebeu as honras de Rei Congo.

18 a 24 de maioSemana de Museus em VespasianoA Comissão Mineira de Folclore participou da Semanade Museus na cidade de Vespasiano em duas oportu-nidades. Na primeira, no dia 18 de maio, houve encon-tro com alunos voluntários das escolas superiores lo-cais para favorecer a compreensão do Museu de Fol-clore “Saul Alves Martins”. Na oportunidade de encon-tro com os alunos foi distribuído o catálogo das obrase examinado o sentido do acervo.Na segunda, dia 22 de maio, dentro da programação“Seminários e Palestras”, José Moreira de Souza con-versou com os presentes a respeito do saber viver esuas condições centradas em Vespasiano.Em seguida, Ramon Vieira, do IEPHA discorreu sobre“Museu e Patrimônio na Sociedade Contemporânea”oportunidade em que destacou a ampliação do concei-to tradicional de Museu a qual faz coincidir com benstombados ou dignos de preservação.Por último, na agenda de palestras, nosso companhei-ro de Comissão Mineira, Daniel de Lima Magalhães,discorreu sobre seus estudos e vivências sobre as “flau-tas tradicionais”. Daniel animou sua conversa com suaexperiência de domínio dessas flautas, mostrando suapresença da antiguidade aos nossos dias. A noite seencerrou com uma bela apresentação de Folias de Reise manifestações musicais dos moradores locais, osguardiões da tradição e conversas sobre os desafiosde permanência dessas tradições.27 de maioConversa com os servidores do no Centro de Refe-rência da Cultura Popular e Tradicional “Lagoa doNado”.Visita à exposição “Cultura Popular e Resistência” deque a Comissão Mineira é curadora.Nesse dia a Comissão Mineira de Folclore foi convida-da pelo gerente do Centro de Referência da CulturaPopular e Tradicional “Lagoa do Nado” para uma con-versa com toda a equipe a respeito da parceriaestabelecida e informal com a Comissão Mineira deFolclore. Mais uma vez chamou-se atenção para o sa-ber viver e suas condições, a centralidade a ser confir-mada pela instituição, sua relação com os centros cul-turais de Belo Horizonte e a contribuição oferecida pelaComissão Mineira de Folclore.Em seguida, os presentes puderam conversar sobre aestrutura narrativa da Exposição que inaugurou o Cen-

tro de Referência, em que se destacou a intenção desolicitar dos visitantes o esforço de compreender o queé saber viver em Belo Horizonte como cidade síntesede “Minas Gerais”

2 de junhoFalecimento Dona Izabel Cassimiro Gasparini

Faleceu no dia 2 de junho a senhora Dona IzabelCassimiro Gasparini, rainha conga de Minas Gerais.Dona Izabel fora homenageada em dezembro com oPrêmio Mestres da Cultura Popular de Belo Horizonte eesteve presente dias antes ao sepultamento deWaldemiro Gomes de Almeida, na cidade de Sete La-goas.

9 de junhoDrama do Campesinato Negro: Romeu Sabará –Foi lançado no dia 9 de junho a obra O Drama de umCampesinato Negro no Brasil. Romeu Sabará da Silva.naCasa do Jornalista. Estiveram presentes os membros,Carlos Felipe Melo Marques Horta, Frei Leonardo LucasPereira, Luiz Fernando Vieira Trópia e José Moreira deSouza.

17 de junho Lançamento Fundo Estadual de CulturaO senhor Secretário de Estado de Cultura de MinasGerais, Ângelo Oswaldo, anunciou em reunião realiza-da no Palácio das Artes da Fundação Clóvis Salgado oEdital do Fundo Estadual de Cultura. Esclareceu aindacomo se dá o encaminhamento para fixar uma políticade Cultura no Estado e o cuidado para fazê-la mais jus-ta e acessível aos promotores culturais.

26 de junhoLançamento FestiVale -

A noite do dia 26 de junho foi altamente festiva com apresença do senhor Secretário Estado de Cultura deMinas Gerais, Ângelo Oswaldo, o senhor prefeito deSalto da Divisa e animadas lideranças do Vale doJequitinhonha para lançamento em Belo Horizonte doFestivale que acontecerá na cidade de Salto da Divisana última semana do mês de julho.

28 Junho De bem com a vida –A Comissão Mineira de Folclore teve a satisfação deapoiar o projeto e comparecer pela primeira vez no es-paço da Praça da Liberdade no dia 28 de junho para

Page 18: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

Relatório de Atividades

CARRANCA PÁGINA 18

participar de uma roda de conversa sobre o tema deBem com a Vida.

28 de junho a 12 de julho -São Pedro & Rosário – José Francisco e Dona OdeteAconteceu no bairro Cabana do Pai Tomás. No presen-te ano compareceram guardas de Congo e deMoçambique das cidades de Divinópolis, de Ibirité, edos bairros vizinhos – Nova Cintra, Altos dos Pinheiros,Nova Gameleira, entre outros. Diferentemente dascentralidades itinerantes das feiras, olimpíadas e co-pas de futebol, essa centralidade celebra a paz urbanasem encenar disputas de quem é o melhor.

23 de julhoAbertura da Exposição de Lira Marques no CAPCom a presença do senhor secretário de Estado deCultura, Ângelo Oswaldo, do senhor secretário adjuntode Cultura, Bernardo Mata Machado, do senhor diretordo Centro de Artes Populares CEMIG e de demais auto-ridades, foi inaugurada a exposição de pinturas da ar-tista e membro da Comissão Mineira de Folclore, LiraMarques, uma menina de Araçuaí.

25 de julhoAssembleia Geral ExtraordináriaO objetivo da Assembleia Extraordinária foi prepararpara a VII Jornada Nacional Integrada de ações de Fol-clore que se realizou a partir do dia 28 de julho na cida-de de Aracaju, Sergipe.

30 julhoDaniel e a oficina de Flautas no 32º FestivaleNosso companheiro Daniel de Lima Magalhães animouas salas, ruas e praças da cidade de Salto da Divisa naoportunidade de Celebração do Trigésimo SegundoFestivale.

O Festivale se desenvolveu dos dias 26 de julho a 2 deagosto e contou com a presença do Senhor Ministro daCultura, Juca Silveira e do senhor Secretário Adjunto,Bernardo Mata Machado além de prefeitos de toda aregião.20 a 22 de julho

Fórum Antropologia e Estudos do Folclore: Resso-nâncias e Dissonâncias – Maceió

Organizado por Oswaldo Giovanini, membro da Comis-são Mineira de Folclore, e Wagner Chaves . Participa-ção de Joanna Ortigão Correa, convidada para ingres-sar na CMFL.

28 a 31 de julhoVII Jornada Nacional Integrada de Ações de FolcloreAracaju: Cores Cantos e Mitos – SergipeReuniram-se na cidade de Aracaju com programaçãopatrocinada pela Prefeitura Municipal a VII JornadaNacional Integrada de Ações de Folclore. A senhorapresidenta da Comissão Sergipana de Folclore, Aglaéd’Ávila Fontes, preparou uma recepção de alto nível atodos os visitantes que representaram 13 das Comis-sões Estaduais de Folclore, sob coordenação do senhorPresidente, Severino Vicente.

21 de agosto

XVI Colóquio de Geografia - Brasília UNB –

Romeu Sabará esteve na Conferência no XVI Coló-quio de Geografia para conversar sobre DeComunidades negras rurais, quilombolas eguetos negros” Local - Auditório da reito-ria da UnB r promover o Lançamento dolivro “ O Drama de um Campesinato Negrono Brasil: A comunidade negra dos Arturos”Local: Restaurante Carpe Diem, 104 sul

19 agostoConversa com a Irmandade de Nossa Senhora doRosário de Justinópolis.A Comissão Mineira de Folclore se reuniu com o capi-tão Dirceu da Irmandade de Nossa Senhora do Rosárioe presidente do Cetro – Centro de Tradições do Rosário/ Federação dos Congados de Nossa Senhora do Rosá-rio – na sede dessa irmandade no bairro Labanca, dis-trito de Justinópolis, Ribeirão das Neves.A conversa teve como foco compreender as atividadesdas Irmandades e a parceria com a Comissão Mineirade Folclore, bem como a situação do Cetro enquantoinstituição que articula as diferentes irmandades noterritório mineiro.49ª Semana Mineira de Folclore – 20 a 27 de agosto

Page 19: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

Relatório de Atividades

CARRANCA PÁGINA 19

7 de setembroLançamento de A voz dos tambores: uma história dosCiriacos – Contagem/MGA Voz dos Tambores: uma história dos Ciriacos – Con-tagem/MG, livro patrocinado pelo Fundo Estadual deCultura de Minas Gerais, conta a trajetória da Irman-dade do Rosário - Os Ciriacos, uma história de sessen-ta anos de fé, resistência e luta. História que começoucom Ciriaco Celestino Muniz e teve continuidade comseu filho Antonio Jorge Muniz, capitão-mor da irman-dade, que junto com mais de cem integrantes, irmãosdo rosário, mantém viva a tradição do Reinado.

16 de setembroPlano Estadual de CulturaA partir do dia 16 de setembro, a Comissão Mineira deFolclore participa sistematicamente dos encontros doFórum Técnico “Plano Estadual de Cultura” preparató-rios para a elaboração da pauta dos Encontros Regio-nais que acontecerão a partir de fevereiro de 2016 cujoápice se dará no mês de junho do próximo ano.O objetivo desses encontros quinzenais é promover umaampla discussão do Projeto de Lei2.805/2015 o qual foiencaminhado à Assembleia Legislativa de Minas Ge-rais para discussão a aprovação. O Plano Estadual deCultura foi elaborado sob responsabilidade do Conse-lho Estadual de Cultura no governo anterior e como talfoi encaminhado à Assembleia Legislativa pela Secre-taria de Estado de Cultura de Minas Gerais.O último encontro do ano de 2015 acontece no dia 16de dezembro e deve ter continuidade no dia 18 de fe-vereiro de 2016.21 de setembroFolclore, Cultura Popular e Patrimônio: outros olha-resA Comissão Mineira de Folclore tomou conhecimentoda oferta de um curso com o título de “Folclore, Cultu-ra Popular e Patrimônio: outros olhares” programadopara ser oferecido dos dias 21 a 26 de setembro noCentro Cultural “São Geraldo”. No dia 21 de setembroa CMFL se fez participar da conferência de aberturaproferida pelo professor José Marcio de Barros.08 de outubroMedalha Domingos Diniz é condecorado com Me-dalha “Saul MartinsDomingos Diniz, presidente de honra da Comissão Mi-neira de Folclore foi agraciado com a Medalha SaulMartins pela Academia de Letras João Guimarães Rosada Polícia Militar de Minas Gerais.A Medalha “Saul Martins” foi criada no ano de 2010para manter viva a memória de um dos fundadores daComissão Mineira de Folclore. No ano de 2014, o ho-

menageado foi nosso companheiro Antônio de PaivaMoura.

4 a 12 de outubro– Festa Rosário PinhõesA Festa de Nossa Senhora do Rosário de Pinhões vemsendo acompanhada sistematicamente, por membrosda Comissão Mineira de Folclore, desde o ano de 1980,quando Romeu Sabará e José Moreira de Souza inicia-ram estudo sobre esse povoado.16 dezembro 19:00 horas Biblioteca Pública Lança-mento do Selo “Manoel Ambrósio”Nessa data, às 20 horas, foi lançado solenemente nosalão da Biblioteca Pública “Professor Luiz de Bessa”o selo comemorativo dos 150 anos de nascimento doprofessor Manoel Ambrósio. Foi uma noite apoteóticade reunião de família com a marca de Januária, do Bre-jo do Salgado, do São Francisco, e do Folclore.A Comissão Mineira foi brindada com a oferta de 25cartelas de selos, os quais têm sido enviados nas cor-respondências do Carranca e de Convocação.02 de janeiroVisita de Marcus Vinícius e compromisso de WallaceGomesFoi agradável surpresa receber a visita de MarcusVinícius Martins Costa nessa data. Proveniente dosEstados Unidos para passar o Natal com a família,Marcus procurou atualizar-se sobre os feitos da Comis-são Mineira de Folclore e, mesmo à distância e com otempo consumido pelas lides universitárias – Marcuscursa o mestrado – nosso visitante ofereceu seus prés-timos para prosseguir apoiando as atividades da Co-missão.São iniciativas como essas que garantem a certeza delongevidade à nossa CMFL. Ao exemplo de Marcus, jun-ta-se o de Wallace Gomes. Esse jovem acaba deretornar do Estados Unidos, reside em Viçosa ondecursa Engenharia e já se comprometeu a comparecer àsolenidade do 68 aniversário da Comissão Mineira deFolclore.Ambos são jovens na casa dos vinte!

Page 20: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

Artigos

CARRANCA PÁGINA 20

Plano Estadual de CulturaInicia-se no próximo dia 22 de fevereiro, na cidade de OuroPreto, de acordo com a programação de realização do“Fórum Técnico Plano Estadual de Cultura” o primeiro en-contro regional. O segundo encontro acontecerá na cidadede Araxá, no dia 29 de fevereiro e o terceiro no dia 8 demarço, em Paracatu.Os demais encontros deverão ser discutidos e programa-dos na última reunião preparatória já definida para aconte-cer no dia 18 de fevereiro.

Nos encontros preparatórios, em número de 8 até o momen-to, participaram 12 entidades representantes da SociedadeCivil e 10 das instâncias federais, estaduais e municipais.Como já se comentou na edição 4-2015 deste informativoCarranca, o Plano Estadual de Cultura deve resultar na apro-vação do Projeto de Lei nº 2.805 de 2015 a ser discutido emregiões que compõem o estado de Minas Gerais. Como tam-bém já informamos, o Plano Estadual de Cultura foi elabora-do no governo anterior e foi encaminhado à AssembleiaLegislativa do Estado de Minas Gerais para obedecer aostrâmites estabelecidos.Cumpre lembrar que, embora os recursos que compreen-dem a rubrica orçamentária “Cultura” sejam os mais escas-sos em todas as esferas de governo, diretrizes, metas e es-tratégias nessa área evidenciam o tipo de ação de governosque se pretendem entender como legítimos. Há que compre-ender também que a Lei que estabelece o Plano, uma vezaprovada em nome do “Povo de Minas Gerais”, terá vigên-cia por dez anos. Uma vez sancionada, como nos lembrouUlisses Guimarães no dia em que foi promulgada a Consti-

tuição da República: “Discordar pode, mas obedecer sem-pre.”O hábito de “leis que pegam e de leis que não pegam” mere-ce sempre ser lembrado para que todos que venham a parti-cipar ativamente da discussão do Projeto de Lei 2.805 pos-sam trazer contribuições comprometidos com obedecer efazer obedecer o que se preceitua na lei sancionada peloGoverno de Minas como diretriz para ações do Estado.Cumpre fixar três coisas: a primeira é que, nos EncontrosRegionais, serão discutidos e encaminhados temas agrupa-dos na seguinte ordem: 1. Garantias de direitos culturais; 2.Sistema Estadual de Cultura; e 3. Sistema de financiamentoà cultura. Isto traz como consequência que se apresentamcom possibilidade de alteração ou supressão os preceitoscontidos no ANEXO único o qual contempla “estratégias,ações e metas contidas no Plano”. Nas reuniões preparató-rias, esse assunto foi colocado, mas fixou-se que a AssembleiaLegislativa tinha pessoas competentes para dar redação ade-quada aos 9 artigos contidos no corpo de Lei.A segunda coisa a se prestar atenção é que o Plano nãoexibe em seu corpo – que seria o Anexo 0 – uma parte queexplicite sobre qual aspecto são determinadas “estratégias,ações e metas”. Ou seja, o Plano não apresenta Diagnósticoda Cultura em Minas Gerais.Um terceiro alerta tem a ver exatamente com a ótima inten-ção de promover ampla discussão a respeito das “diretrizes,metas e estratégias”. O Princípio de que “Nenhum cidadãopode alegar como justificativa de suas ações desconhecer alei”, exige que cada Encontro Regional tenha o compromissode firmar a Tradição de compreensão da Lei. Há que per-guntar: isto está na contramão de nossa “cultura”? Para quetodos conheçam a Lei é necessário que a linguagem quedetermina preceitos possa ser compreendida por todos osque se dizem cidadãos ou assim são chamados.Nos oito encontros preparatórios, visualizaram-se algumasdificuldades para formar os grupos segundo as afinidadestemáticas. Sublinhou-se a possibilidade de a maioria dos pre-sentes se interessar pelo “Grupo 3. Sistema de Financiamen-to à Cultura” e desprezar os deveres do Estado de “Garantiros direitos” ou de consolidar o “Sistema Estadual de Cultu-ra”.É tendo em consideração este preâmbulo que a ComissãoMineira de Folclore examina neste relatório de participaçãoo que considera importante para atenção de seus membrosefetivos ou colaboradores levarem para discussão nessesencontros.

O escopo da LeiPeço ao leitor para acessar no Portal da AssembleiaLegislativa o referido Projeto de Lei e examinar atentamen-te os 9 artigos que conformam o Projeto.O Artigo 2º preceitua: “O Plano Estadual de Cultura é umdocumento transversal e multissetorial, baseado no entendi-mento de cultura como expressão simbólica, cidadã e econô-mica e contemplando a diversidade cultural e regional doEstado”.

Page 21: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

Artigos

CARRANCA PÁGINA 21

Peço ao leitor para não se preocupar com os termos “trans-versal e multissetorial”, “expressão simbólica” porque ocorpo técnico da Assembleia Legislativa de Minas Gerais jáse comprometeu a criar um “Glossário”=Dicionário=vocabulário dos termos mais difíceis para favo-recer a interpretação de todos. Chamo a atenção para o“entendimento de cultura”. Aparentemente parece que Cul-tura é tudo. Porém a leitura do Anexo Único leva a concluirque “Cultura para efeito deste Plano se caracteriza pelasatividades de Diversão, Lazer, Ócio e de Informação exter-na aos aparatos formais de fornecimento dessas informa-ções.” Serão exatamente essas que concentrarão todas asatenções para o”Sistema de Financiamento à Cultura” e queexigirão a consolidação de um Sistema de Informação parasubsidiar o “Sistema Estadual de Cultura”.O Artigo 5º da Lei tem a seguinte redação: “Foram conside-rados os seguintes princípios para a elaboração do PlanoEstadual de Cultura de Minas Gerais, em obediência à legis-lação;”. Em seguida são enumerados dez quesitos. Mas nãoé isto que interessa. Em primeiro lugar, para se manter oartigo na Lei sua redação deverá ser totalmente revista, pos-to que ele trai informações de um Diagnóstico de Culturaque não é apresentado em anexo. Em segundo, porque fazreferência à “obediência à legislação” sem explicitar de quallegislação se trata. Ora, como nenhum cidadão pode alegardesconhecer a lei, o artigo cria um álibi perigoso além deprovocar sofrimento ao servidor público na execução dosprincípios legais. Para completar a confusão, a enumeraçãodos quesitos segue ordem sui generis.Do mesmo modo, os artigos 6º e 7º são típicos de pertence-rem ao Diagnóstico não apresentado. Destaco dois pontosapenas. O artigo 6º informa como devem ser analisados osdesafios, objetivos e estratégias da sociedade civil. O artigo7º “São desafios do Plano Estadual de Cultura” Em todos osartigos que encobrem diagnóstico, empregam-se alguns ter-mos típicos de grupos de pressão e, como tais, restritivos. Éo caso de “uma política para as artes, cultura popular, culturaafro brasileira, indígena, circense”. A substituição do termo“Artes” por “Atividades criativas e interpretativas segundosua forma de organização” dispensa que a Lei se restrinjaaos que se autodefinem como artistas. A referência à “cul-tura” é ainda mais problemática, porque ela é imprecisa erestritiva. Um exemplo bem no limite, “a cultura circense”abrange a criançada que pratica malabarismo nos cruzamen-tos? Da mesma forma que se pleiteia a existência de uma“cultura afro brasileira” “ou indígena” pode-se pleitear aexistência de uma “Cultura da Pobreza”? Tudo isto são ques-tões que tem origem em diagnósticos.Insisto em Diagnóstico. Nos encontros preparatórios fomosinformados de que o Plano teve como fundamento os estu-dos dos relatórios das Conferências Estaduais de Cultura.Sem dúvida é uma ótima base para diagnóstico, mas incom-pleta. Porém, por se tratar de “Direito à Cultura”, há que seperguntar qual o perfil dos participantes em conferências deCultura? Qual “cultura” é defendida pelos que participam?Desse modo, um Diagnóstico de Cultura dever ser maisabrangente. E não é novidade.

Como se pode ler na edição da Revista Comissão Mineirade Folclore, edição 28 que será lançada no próximo dia 19 eque estará também acessível no endereçoWWW.folcloreminas.com.br, a Comissão Mineira de Folclorese propôs a desenvolver um registro focado na cultura popu-lar no ano de 1982, e foi questionada em uma das reuniõespara não duplicar os registros antes de estudar as informa-ções produzidas pelo Mobral.Há informações mais recentes. No ano de 1993, na gestãoda secretária de estado de Cultura, professora doutora CelinaAlbano, iniciou-se um Censo Cultural de Minas Gerais, o qualfoi finalizado nas gestões seguintes. Esse Censo gerou al-guns Guias Culturais de que é exemplo o 1º Guia Culturalde Belo Horizonte publicado no ano 1997 pela FundaçãoJoão Pinheiro. O plano de apresentação do Guia Cultural ébom modelo para estabelecer os itens necessários a um Di-agnóstico. Sinteticamente merece destacar: o aparato doEstado, as instituições, os agentes e os espaços. Mais recen-temente, nosso companheiro Antônio de Paiva Moura pro-duziu CDs e sites que retratam a cultura em Minas Geraispor municípios e regiões, informações recuperáveis no en-dereço WWW.tratosculturais.com.br.No caso do presente Plano, a Comissão Mineira de Folclorerecomenda que seus participantes nos Encontros regionaisestejam atentos para os seguintes aspectos que se encerramnos preceitos dispostos no Anexo que será distribuído dividi-do em três grupos:

1.Diretrizes e ações do Estado:O que o Plano determina quanto à promoção do próprio apa-relho

1. Legislação2. Orçamento3. Recursos Humanos

O que o Plano determina quanto às promoções da SociedadeCivil

1. Reconhecimento1.1. Cadastramento: identificação1.2. Regularização: registro

2. Apoio2.1. Acompanhamento2.2. Divulgação2.3. Aportes de recursos humanos2.4. Aporte de recursos materiais

3. Incentivo3.1. Recuperação3.2. Orientação3.3. Parceria3.4. Destinação de recursos humanos3.5. Destinação de recursos orçamentários

4. Parceria4.1. Fixa de recursos materiais e humanos4.2. Fixa de recursos orçamentários4.3. Esporádica de recursos materiais e humanos4.4. Esporádica de recursos orçamentários

5. Repressão5.1. Cadastramento de instituições, agentes e ações

em conflito com a Lei

Page 22: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

Artigos

CARRANCA PÁGINA 22

5.2. Registro de descumprimento de apoio, incenti-vos ou parcerias por parte dos agentes promo-tores da Sociedade Civil.

2.DiagnósticoComo interpretar os preceitos tendo presentes:Do Aparelho de Estado

1. Recursos Normativos – Leis, Decretos, Estatutos, re-gimentos, regulamentos, instruções normativas

2. Recursos materiais3. Recursos humanos4. Recursos orçamentários

Da estrutura eco-socio-cultural1.Do Patrimônio Material

1.1. Dos bens tombados

1.1.1. Estrutura e Usos1.1.1.1.Diretrizes1.1.1.2. Competência1.1.1.3. Ações1.1.1.4. Metas

1.1.2. Alocação de Recursos de manutenção/conservação1.1.2.1. Orçamentários de investimento1.1.2.2. Orçamentários de custeio

1.2. Dos bens não tombados1.2.1. Estrutura e usos

1.2.1.1.Diretrizes1.2.1.2. Competência1.2.1.3. Ações1.2.1.4. Metas

1.2.2. Alocação de Recursos de manutenção/conservação

1. 2.2.1 Próprios de interesse privado1.2.2.2. Próprio de interesse público

1.2.3. Orçamentários de investimento1. 2.3.1 Próprios de interesse privado1.2.3.2. Próprio de interesse público

1.2.4. Orçamentários de custeio1. 2.4.1 Próprios de interesse privado1.2.4.2. Próprio de interesse público

2.Do Patrimônio Imaterial2.1. Reconhecido – com registro de

Salvaguarda2.2. Atividades/Produtos2.3. Impacto sobre o uso do espaço

2.2.1. tombado2.2.2. não tombado

2.2. Reconhecido – sem registro deSalvaguarda2.2.1 Atividades/Produtos2.2.2. Impacto sobre o uso do es-

paço2.2.2.1. Uso no Espaço tombado

2.2.2.2 Uso no espaço não tom-bado

2.3. Não Reconhecido2.3.1. Atividades/produtos2.3.2. Impactos sobre o uso do espaço

2.3.2.1. Espaço tombado2.3.2.2. Espaço não tombado

2.4. Competências, Diretrizes, Ações e Metas do Plano parao Patrimônio Imaterial2.5. Diretrizes de Alocação de recursos para o PatrimônioImaterial – Investimento e Custeio3. Estrutura Eco-sócio-cultural3.1. Configuração de microrregiões polarizadas – igual, mai-or ou menor que o território municipal.3.2. Configuração de mesorregiões – igual ou maior que oterritório municipal.3.3. Configuração de macrorregiões –Menor, igual ou maiorque o território do estado de Minas Gerais.3.4. Configuração da macrotensões regionais3.5. Configuração das manifestações segundo forma de cir-culação de saberes – mapas temáticos por frequência e al-cance das mensagens.A Comissão Mineira de Folclore se sente totalmente à von-tade para propor e comentar o presente Plano tendo em vis-ta não se configurar como defesa de nenhum grupo de inte-resse. Nosso objetivo e missão se resume em: Atenção ao eestudo do Saber Viver em Minas Gerais.Essa atenção e esse estudo tem em vista compreender van-tagens e coações impostas pelos limites territoriais e o zeloque os governos empregam para favorecer ou reprimir esseviver com base nos limites espaciais. A Comissão Mineirade Folclore defende ainda a importância de promoção daconsciência histórica que determina nosso saber viver.Há que reconhecer a presença de uma Minas Pernambucana,uma Minas baiana, uma Minas Paulista, uma Minasfluminense, e até mesmo uma Minas Gaúcha. Do mesmomodo que podemos reconhecer um Goiás ou Mato Grossomineiro, um Espírito Santo mineiro. Para finalizar essaconversa, cantemos Oh Minas Gerais e nos deparamos comuma Minas italiana.No caso específico do Plano, os focos da atenção se prendema:

1.A Ordem Normativa e o Estado como gestor.2.O Patrimônio Material compreendido como

ordem e desordem espacial3.O Patrimônio Imaterial compreendido como

pessoas, relações e saberes configurados emprocessos.

Page 23: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

Artigos

CARRANCA PÁGINA 23

Mandonismo mágico do sertão

SANTIAGO, Luis. O mandonismo mágico do sertão:corpo fechado e violência política nos sertões daBahia e Minas Gerais. (1856-1931). Pedra Azul: Ediçãodo Autor, 2015.

Biografia do autorLuis Carlos Mendes Santiago nasceu em Belo Hori-

zonte, no dia 31 de julho de 1961, no seio de uma família deintelectuais: seu pai Haroldo Santiago, possui mestrado emFilosofia e sua mãe, professora de Português e revisora detextos acadêmicos e literários. É sobrinho do escritor SilvianoSantiago e do médico Alcebíades Mendes de Oliveira, quedeixou inéditas traduções bíblicas. Alcebíades era cientistadento deixado alguns ensaios sobre energia suas ações.

Luis Santiago escreveu regularmente desde os dozeanos de idade. Seu primeiro livro foi de poesia, Poética, Umaestética, publicado em 1982, quando contava com 21 anos.Aos 30 aos publicou outro livro de poemas Arquétipos. Nes-sa época já se despontava como muita erudição, o que sepercebe dos títulos dos seus trabalhos. Residindo em PedraAzul no Vale do Jequitinhonha, publicou, em 1996, um livrosobre a cidade, em parceria com Maria das Graças Cordeirode Souza, intitulado Pedra Azul: cinco visões de uma cida-de. Foi a partir desse trabalho que começou a dedicar-se àpesquisa sobre a história da região. Lançou, então, o primei-ro volume de O Vale dos Boqueirões, uma biografia dopecuarista Darwin Cordeiro e um opúsculo sobre a históriade Almenara, onde residiu por sete anos, antes de ir paraPedra Azul.

Luis Santiago foi colaborador de diversos jornais doVale do Jequitinhonha, entre os quais, “Notícias doJequitinhonha”, da cidade de Almenara. Suas atividades emperiódicos tem fundamento, pois ele conhece palmo a palmode seu território da região e com profundidade sua gente esua história. Além dos livros de poesia ele participa de even-tos literários e oficinas em festivais. Teve duas companhei-ras e dois filhos: Saulo e Carlos Henrique.

Mestre em História Social pela Universidade Estadu-al de Montes Claros (2013), possui graduação em Históriatambém pela Unimontes (2007). Escritor com títulos publi-cados sob o nome de Luís Santiago, com destaque para asérie O Vale dos Boqueirões, sobre a história do vale doJequitinhonha, da qual quatro volumes já foram publicados, epara a dissertação O mandonismo mágico do sertão, agraci-ada com a primeira colocação do Prêmio Sílvio Romero 2014(do CNFCP/IPHAN) e publicada em 2015.

A obraA disposição da matéria ao longo do livro obedece a

uma seqüência lógica de fatos interagindo uns com os ou-tros. No primeiro capítulo, o autor procura conceituar “corpofechado” e seus significados sociais, políticos e antropológi-cos. Muito interessante a forma como busca similitudes deinvulnerabilidade em personagens históricos e mitológicos.No segundo capítulo, intitulado “A colonização do sertão”, o

autor fala dos currais de gado nas margens do São Francis-co, assentando negros e brancos e escorraçando indígenas.A atividade curraleira precedeu à mineração. Manoel NunesViana, um poderoso senhor de corpo fechado, entra em con-flito com os primeiros ocupantes da região das Minas. Oterceiro capítulo cuida das instituições da guerra política dossertões. A guarda nacional e o fenômeno corone4lismo, mui-tas vezes, bandidos travestidos de patentes militares. O quartocapítulo versa sobre os granes conflitos armados, tendo comomóvel, a paixão política, busca de posições e papéis e fato-res econômicos. No quinto capítulo, o autor descreve e ana-lisa a teoria das três legitimidades de poder de Max Weber,como características dos contendores do sertão: Acarismática, a tradicional e a racional. Nenhuma dessas for-mas de exercício do poder anda sozinha no sujeito mandão.

Nas considerações que Santiago chama de finais, masna verdade, não são tão finalizadoras, em face de sua exten-são e profundidade, ele reforça a orientação metodológicada obra. Faz uma anatomia de “Grande Sertão: veredas”, deGuimarães Rosa, buscando a visão de parte por parte daobra, convertendo-a em documento histórico. Nessa anato-mia, Santiago consegue identificar os personagens reais desua história como as personagens fictícias de Grande Ser-tão. Nas obras de Rosa e de Santiago os personagens sãobelicosos e muitas vezes cruéis, ao contrário dos persona-gens reais de Gilberto Freyre, em “Casa Grande & Senzala”(1933), em que os senhores da casa grande são bonzinhos,enquanto escravos e agregados são submissos e passivos.

O positivismo, com sua ampla influência engessou anarrativa história. Pretendia uma terminologia específica apretexto de uma maior cientificidade. Com isso a históriaperdeu de vista suas origens na imaginação literária. Parahistoriadores modernos o valor da literatura reside em suaspredisposições a explorar o movimento da linguagem e dasignificância social, política e pessoal. A literatura é docu-mento histórico, pois corre em sintonia com os momentoshistóricos. Ficher esclarece a ligação entre a história e aliteratura, dizendo que o escritor revela o mundo em que elevive. O que é histórico e o que é social não podem estarausentes da obra de arte. Nesse sentido, vale lembrar “Cemanos de solidão” de Gabriel Garcia Marques, que com nar-rativa ficcional, redunda em excelente documentário históri-co.

Kant achava que tanto os sentidos quanto a razão erammuito importantes para a nossa experiência de mundo. Osracionalistas atribuíam uma importância exagerada à razão.Nunca seremos capazes de saber com toda a certeza, comoas coisas são em si. Só podemos saber como elas semostram a nós e como são percebidas pela razão. Ostratados teóricos e pesquisas nas ciências sociais tendem àredução do social ao objetivo. O conhecimento produzido pelaliteratura parte da subjetividade para entender o mundo pelasensibilidade.

No conto “A terceira margem do rio”, da obra “Pri-meiras estórias”, Guimarães Rosa, tudo é incógnita para onarrador solitário: a dificuldade para se compreender a vida;a terceira margem intocável, invisível, desconhecida. É bom

Page 24: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

lembrar que houve em Minas um surto migratório ao longodo século vinte, que provocou a desintegração das famílias,razão pela qual o narrador acaba vivendo sozinho, no mesmolugar que havia nascido. O inconsciente coletivo expressa, aseu modo, o medo, a incerteza, o sofrimento mental dos ser-tanejos. Guimarães Rosa conseguiu passar ao leitor essedrama social através da fala de seu personagem fictício eanônimo.

Em 1992, a antropóloga mineira Núbia Pereira deMagalhães Gomes, da Universidade Federal de Juiz de Fora,publicou um trabalho intitulado “Mundo encaixado”, no qualobjetivava a significação da cultura popular tradicional. Paratal passou longo tempo na comunidade Mata do Tição, muni-cípio de Jaboticatubas MG, ouvindo as histórias dos morado-res e seus modos de vida. Essa obra, de alta qualidade cien-tífica, além de ter sido pouco lida, muito sedo caiu no esque-cimento dos estudiosos.

Já Guimarães Rosa mostrou que a leitura de seus con-tos é também outra maneira de compreender seu tempo e oque realmente se passa, porque a literatura lida com a histó-ria por meio da memória e da experiência, com sensibilidadee razão, chegando onde a ciência não consegue chegar.

Antes que na massa bibliográfica e documental escri-ta, Luis Santiago buscou na filmografia e na literatura osingredientes para a realização de “Mandonismo Mágico doSertão”. Por isso a leitura dessa obra é agradável: tem sa-bor, tem cor, tem trama em cada história; é enriquecedora,tanto do ponto de vista científico quanto cultural.

Belo Horizonte, 11 de dezembro de 2015.

Antônio de Paiva MouraReinado e poder no Sul da Minas Gerais

Maria José de Souza – Tita“Reinado e poder no Sul das Minas Gerais” é re-

sultado não só de pesquisa, mas, também, de uma vida in-teira de cidadã nascida em Poços de Caldas e aculturadana riqueza da produção da Festa de São Benedito, a maisantiga e expressiva Festa da cidade, na qual toda a popula-ção já foi participante.

A pesquisa começou a ser elaborada a partir deproposta do Chico Rei Clube em recuperar os grupos cul-turais da Festa que estavam se acabando e, mais, a vonta-de de acrescentar o incentivo às festas populares no proje-to de trabalho do Clube. O trabalho desenvolvido, com aFesta em Poços de Caldas, chegou a receber a MençãoHonrosa do Concurso Nacional de Folclore – Prêmio Síl-vio Romero – promovido pelo Instituto Nacional de Fol-clore, no ano de 1976, inclusive com recomendação parapublicação.

O texto trata do processo colonizatório da regiãodo Sul das Minas Gerais em que se acrescentaram as cida-des de Alpinópolis, Cássia, Pratápolis, Passos, São Sebas-tião do Paraíso e Machado, cuja pesquisa de campo foifinanciada pela Funarte no ano de 1977. Nessa localidadese trabalhou com a entrada e fazeres dos negros escraviza-dos que foram introduzidos por seus proprietários invaso-res da terra e exploradores dos homens. A fundamentaçãoteórica e análise foram elaboradas a partir do ano de 2004.

Uma extensa leitura crítica foi realizada a partir deVila Rica do Ouro Preto, rebeliões em que o negro se viu

envolvido e a rica produção cultural construída sobre a de-voção de Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e San-ta Efigênia.

O destaque e análise foram construídos sobre oReinado, expressão maior da representação demonçambiqueiros e congadeiros, mas não se deixou de in-cluir a dança dos Caiapós – o natural da terra – elementonecessário para que fosse construída a história não só dasMinas, mas do país.

Distribuição da população e ocupação da terra, masprincipalmente a relação de cumplicidade e solidariedadeentre o gentio e o negro aquilombado, foram fundamentaispara que a expansão fosse concluída.

Questões econômicas, sociais, políticas, religiosasem relação de sustentação ou de desmobilização dos ali-cerces culturais, tendo a religiosidade do dominador comobase da continuidade ou da descontinuidade – conflitos ouenfraquecimento foram fartamente analisados.

Memória de ancestralidade, rebeliões, lutas pelopoder, subalternidade e consciência, alegria, devoção e festaforam analisados e colocados de forma clara a partir daexpressividade e riqueza do depoimento – fala, dos entre-vistados – o verdadeiro produtor de cultura e da autoria daobra.

Artigos

CARRANCA PÁGINA 24

Page 25: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

Macaúbas:tricentenário de um mosteiromineiro, com influência alagoana.

*Dr. Olegário Venceslau da Silva

Os polidos e contumazes ventos remontam às antigas vie-las duma antiquíssima Penedo, que se banha amiúde no fres-cor das mansas águas do Velho Chico, com suas manias decurvas. Sob o orago perpétuo de santos católicos e olharescontemplativos das desbotadas e seculares torres das igre-jas locais, feito sentinela permanente a guardar seus filhos,que transitam sobre íngremes ruas de pedras sobrepostas,e descansam suas fadigas à sombra dos casarios barrocosquando dos dias quentes e ofegantes da bucólica cidadeinteriorana, com traços aristocráticos e opulência imperial,que fazem jus àquela comuna nativista. As sapientes pala-vras do poeta Castro Alves, num linguajar sonetista tradu-zia com perfeição e síntese o tempo, em suas mais diversasformas – “o século é grande no espaço” – e a grandezado amontoado dos anos escrevia com fulgurante pena ahistória e destino dum camponês ribeirinho, cuja missão quiçáprofética, levou-o à caminhos e paragens desconhecidas enão menos inimaginável. Nos longínquos idos de 1708, aindasob os auspícios de um Brasil colonial e campesino, arrai-gado aos costumes medievos na então capitania dePernambuco – hoje Alagoas – o conhecidíssimo clã dosSoares da Costa, liderado pelo Capitão Manoel e seu ir-mão Félix abandonam o regaço materno após o desapare-cimento de seu genitor, e num misto de êxtase e olhar visio-nário ambos rumam às plagas mineiras, pelos caudalososcaminhos do Rio São Francisco margeando povoados evilarejos do baixo sertão nordestino, imersos pela ausênciade mantimentos, inclemência de uma terra ressequida e pau-pérrima, mas sobretudo pelo apogeu da fé de seu povo,cujo percurso configurou-se em uma verdadeira peregrina-ção, que lhes tomaram três longos anos de viagem. Quais andarilhos guiados diuturnamente por constantesdevaneios, finalmente arriam seus pertences - feito nau er-rante ao atracar no cais – no então sítio Macaúbas, em1711. De profunda devoção mariana, estritamente ligada àImaculada Conceição, o sertanejo das quebradas daalagoana Penedo Félix da Costa Soares, é tomado por re-luzente miragem quando de sua travessia as margens doRio das Velhas, cujo sinal metafísico remetia a figura eremi-ta de um homem, vestido no hábito branco, tendo por so-bre si um escapulário e revestido num finíssimo mantoazulado, trazendo sobre a fronte um pequeno chapéu caídonas costas. Num transe quase que involuntário, o beato Félixentendia doravante a missão lhe outorgada. No ano seguin-te, após um período de contemplação e clausura, imersoem orações e fervorosas súplicas resolve seguir caminho

em direção ao Rio de Janeiro, no intuito de ser atendido emaudiência por Dom Francisco de São Jerônimo, então bis-po daquela prelazia. Entre narrativas e petições auricularessobre o pretérito episódio, Félix da Costa recebe autoriza-ção eclesiástica para a construção de uma ermida sob ainvocação de Nossa Senhora e posteriormente transfor-mado em recolhimento, bem como o uso perene do hábitoda Ordem da Imaculada Conceição, cujo sonho materiali-zou-se devido as esmolas colhidas e guardadas num singe-lo cofre que trazia junto de si, pendurado no peito. Durantedécadas a fio, a obra que fora erigida nas vastas campinasdas Minas Gerais, serviu de recolhimento para irmãs religi-osas e se tornou no século XIX o primeiro colégio parameninas e moças daquela capitania do sudoeste brasileiro,cuja função precípua era a educação, o preparo das jovenspara o casamento, proteger órfãos e viúvas desamparadas.Nele se instalam diversas noviças, recebendo em seus átri-os as nove filhas da ex-escrava e senhora do Arraial doTijuco Chica da Silva, entregue aos cuidados das religiosasda Ordem de Nossa Senhora da Conceição.Passados três séculos desde sua fundação [1712 -2015]cada espessa coluna daquele monumento arquitetônico dãoum testemunho eloqüente, dos incontáveis dias de glória eárduas conquistas à suor e lágrimas, conservando no seuinterior histórias de um homem – Félix da Costa Soares -nascido nos recônditos boqueirões de uma Alagoas ribeiri-nha e bucólica, cujo destemor e intrépida fé fizeram-no cra-var em solo estrangeiro o estandarte multicolorido da religi-osidade popular e educação feminina, perenizando destaforma um sonho que sobreviveu às agruras e intempériesda vida, erguendo em Macaúbas um mosteiro genuinamen-te mineiro, com forte e inconteste influência alagoana.

*Escritor, advogado, membro da Academia Maceioensede Letras, Academia Alagoana de Cultura, ComissãoAlagoana de Folclore e sócio do Instituto Histórico eGeográfico do Rio Grande do Norte e Paraná.

Artigos

CARRANCA PÁGINA 25

Page 26: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

ArtigosI – QUADRADO MÁGICO LATINO

Este quadrado mágico foi descoberto nas ruínas de

Pompeia, cidade italiana nos arredores de Nápoles e

construída, pelos oscos, um povo antigo que descera

do norte da Itália em direção ao sul e se fixara no sopé

do Monte Vesúvio, onde ergueram aquela cidade, que

fora soterrada por uma erupção do Vesúvio, em agosto

de 79 depois de Cristo, sob uma chuva de cinzas e de

pedras. Nas escavações, no séc. XVIII, foi descoberto

este sinal cabalístico, no qual, lido horizontal ou

verticalmente, no sentido descendente ou ascendente,

progressiva ou regressivamente, aparecerá sempre no

centro a palavra latina “TENET” formando uma cruz.

As palavras latinas são misteriosas: “SATOR AREPO

TENET OPERA ROTAS”, mas não interessa o seu

significado, que é bem simples e sujeito a múltiplas

interpretações: “a) O semeador Arepo mantém o rumo

com atenção; b) O agricultor se ocupa com o seu

trabalho, e eu ando de carro – (uma metáfora do

trabalho e da ociosidade); c) O Salvador, princípio e

fim, rei e pontífice, proteja as obras e os instrumentos

agrícolas; d) É suficiente orar sempre, ficando assim o

trabalho diário no caminho certo. Essas duas últimas

traduções são bem livres, com interpretação através

de composições e decomposições, justificadas por se

tratar de um quadrado mágico. A tradução, pois, não

interessa: o que vale é a força das palavras que

deveriam ser escritas num pedaço de papel, enrolado

como pílula e tomado pela vítima, homem ou animal,

ofendido por picada de serpente.

II – QUADRADO MÁGICO MATEMÁTICO

É um conjunto de números dispostos em forma de

quadrado e de tal maneira que a soma dos números

para cada linha horizontal ou vertical, de cima para

baixo ou de baixo para cima, da direita para a esquerda

ou da esquerda para a direita e, ainda diagonalmente

(aqui os números levam vantagem sobre as letras), a

soma será sempre a mesma (no exemplo apresentado

será sempre o nº 70). Tal quadrado mágico talvez seja

atribuído a Pitágoras, notável filósofo e matemático

grego, que viveu no séc. VI antes de Cristo. Ficou

famoso por suas teorias sobre números.

E aqui fica a famosa pergunta: Quem nasceu primeiro:

o ovo ou a galinha? Qual quadrado mágico se inspirou

no outro? Curiosamente datam da mesma época. Penso

que o matemático inspirou o latino, pois que “os

números governam o mundo”, segundo Platão.

Antônio Henrique Weitzel

CARRANCA PÁGINA 26

Quer contribuir?Conta da Comissão Mineira

de Folclore.Banco Itau.

Agência:3038Conta: 01006-6

Page 27: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

Editorial

Sessenta e oito anosNoite especialHá coisas que me surpreendem a cada dia. No anode 1967, cursei Psicologia Social sob coordenaçãodo professor Célio Garcia. Nessa oportunidade, elenos apresentou um modelo de interação elaboradodo Robert Bales, um dos membros da equipe deTalcott Parsons. Era um modelo apresentado naobra Interaction Process Analysis.Nesse modelo as relações entre pequenos gruposeram examinadas sob três aspectos do efeito sobreas emoções dos participantes: 1. Área de tarefaneutra; 2. Área social emocional positiva; e 3. Áreasocial emocional negativa.Ao participar da preparação do programa decelebração dos 68 anos de fundação da ComissãoMineira de Folclore, esse assunto retorna à minhamemória insistentemente. Em primeiro lugar peloprivilégio que tive ao desenvolver atividades paraeditar a Revista Comissão Mineira de Folclorenº 28, em seguida pelas manifestações espontâneasde apoio a nossas atividades da parte de pessoas,estudiosos empenhados em contribuir peladisseminação de nossas atividades.Isto vem se multiplicando de tal maneira que eu mesurpreendo ao perceber que a Comissão Mineirade Folclore ingressou na era do voo orientado porpiloto automático. Esse fenômeno se torna cada vezmais frequente. Na 49ª Semana Mineira de Folclore,todos os eventos surgiram do “acaso”. Surgem obrasinéditas para serem lançadas, autores se apresentamávidos para terem gente em sua roda de conversa.Na celebração dos 68 anos a coisa se repete e aspessoas já começam a pensar e desenvolveresforços para a celebração solene dos 50 anos depromoção das Semanas Mineiras de Folclore. Oque há de mais interessante em tudo isto, é que nadaimplica em ônus financeiro. Tudo feitograciosamente. Pura doação.Peço aos leitores para se dedicarem à Revista nº28. São 342 páginas que mostram o percurso de12 membros efetivos da Comissão Mineira de

Folclore. Fiquei emocionado ao preparar o materialdisponível para impressão. Chegou-me às mãostexto de uma conferência proferida no ano de 1972na Semana Mineira de Folclore pelo doutor Hermesde Paula, um médico seresteiro e professoruniversitário da cidade de Montes Claros. Emseguida, outro texto de nosso companheiro e baluarteda CMFL, Antônio de Paiva Moura, em seguidaoutro texto do professor doutor Raimundo Nonatode Miranda Chaves, de Luís Santiago – a maisrecente e feliz aquisição da Comissão Mineira deFolclore -, outro texto de Antônio Henrique Weitzel,da Universidade Federal de Juiz de Fora. Enfim, aRevista sintetiza os esforços de estudiosos presentesem todas as regiões de Minas Gerais. Mostra FreiChico do Jequitinhonha, Antônio de Oliveira Mello,de Paracatu, Domingos Diniz, de Pirapora, MoacyrCosta Ferreira de Guaxupé, Carlos Felipe, de SantaCruz das Areias, Tião Rocha, um homem peregrino.Omito os demais para acirrar a curiosidade.Neste momento, como editor, obrigo-me a pedirdesculpas quanto à revisão. Principalmente doprecioso artigo do doutor Hermes de Paula. Osoriginais foram datilografados em 1972; a conversãodo papel para torná-lo editável exigiu uso desoftware de conversão. Mesmo, após inúmerasrevisões ainda permaneceram erros, como o=c, Oletra =0 algarismo, e aspas onde não existem,confusão com acentos e til. O leitor percebe oserros, mas cobra do revisor maior atenção.Peço magnanimidade ao leitor para acessar todosos artigos devidamente revistos no endereçoWWW.folcloreminas.com.br.

José Moreira de Souza

CARRANCA PÁGINA 27

Page 28: Carranca 1 2016 · ORGÃO INFORMATIVO DA COMISSÃO MINEIRA DE FOLCLORE – CMFL – 01-2016– Janeiro-Março -2016 ... Técnico do Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais ... Comissão

NORMAS PARA PUBLICAÇÃOCarranca aceita artigos, notas, comentários, informes em geralde interesse dos estudiosos de Folclore e da Cultura Popular,desde que encaminhados em meio digital.Formato em Word, fonte arial ou times new roman, corpo 12,espaço 1,5. Identificação do autor.As fotos devem ser encaminhadas já escaneadas em formatojpg.

Artigos assinados são de responsabilidade dos autores.

CARRANCA

Órgão Informativo da Comissão Mineira de Folclore – CMFLNúmero 01-16– Janeiro - Março 2016.Acessível em www.afagouveia.org.br/ComissaoMineiraFolclore.htm ou www.folcloreminas.com.br

Diretor Responsável – José Moreira de SouzaFotos: José Moreira de Souza, Antônio de Paiva Moura

Editoração Gráfica: José Moreira de Souza

Diretoria da CMFL - 2014 - 2017Presidente de Honra: Domingos DinizPresidente: José Moreira de SouzaVice-presidente: Míriam Stella BlonskiSecretária: Juliana Correa de Carvalho GarciaTesoureiro: Raimundo Nonato de Miranda ChavesConselho Fiscal da CMFLAntônio de Paiva MouraEdméia da Conceição de Faria OliveiraLuiz Fernando Vieira Trópia

IMPRESSORemetenteComissão Mineira de FolcloreRua Pires da Mota - 202Bairro Madre Gertrudes

CEP – 30512-760Belo Horizonte - MGE-mail: [email protected]

Agradecimentos:Prefeitura Municipal de Belo Horizonte -

Fundação Municipal de Cultura