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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ATUARIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS CAROLINA VELOSO MACIEL Disclosure Ambiental: Um panorama evolutivo dos níveis de evidenciação de uma empresa do Setor Elétrico RECIFE 2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ATUARIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CAROLINA VELOSO MACIEL

Disclosure Ambiental: Um panorama evolutivo dos níveis de evidenciação de uma empresa do Setor Elétrico

RECIFE

2012

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CAROLINA VELOSO MACIEL

Disclosure Ambiental: Um panorama evolutivo dos níveis de evidenciação de uma empresa do setor Elétrico

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Acadêmico em Ciências Contábeis do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Ciências Contábeis.

Orientador: Profª. Drª. Umbelina Lagioia

Recife 2012

 

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Catalogação na Fonte Bibliotecária Ângela de Fátima Correia Simões, CRB4-773

M152d Maciel, Carolina Veloso Disclosure ambiental : um panorama evolutivo dos níveis de

evidenciação de uma empresa do setor elétrico / Carolina Veloso Maciel. - Recife : O Autor, 2012. 105 folhas : il. 30 cm.

Orientador: Profª. Dra. Umbelina Lagioia. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CCSA.

Ciências Contábeis, 2012. Inclui bibliografia. 1. Sustentabilidade. 2. Contabilidade ambiental. 3. Disclosure

ambiental. I. Lagioia, Umbelina (Orientadora). II. Título. 657 CDD (22.ed.) UFPE (CSA 2012 – 112)

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CAROLINA VELOSO MACIEL

DISCLOSURE AMBIENTAL: UM PANORAMA EVOLUTIVO DOS NÍVEIS DE EVIDENCIAÇÃO DE UMA EMPRESA DO SETOR ELÉTRICO

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Acadêmico em Ciências Contábeis do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências Contábeis. Sob a orientação do Professor Drª. Umbelina Cravo Teixeira Lagioia

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________ Professora Drª. Umbelina Cravo Lagioia

Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal de Pernambuco (PPGCC/UFPE) - Orientador

______________________________________________________________ Professor Dr. Adilson Celestino de Lima

Programa de Pós-Graduação(URFPE)- Examinador Externo

______________________________________________________________ Professor Dr. Jeronymo José Libonati

Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal de Pernambuco (PPGCC/UFPE) - Examinador Interno

______________________________________________________________ Professor Luiz Carlos Miranda, Ph.D.

Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal de Pernambuco (PPGCC/UFPE ) - Examinador Interno

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A Deus pela força, aos meus pais pelo incentivo, e em especial ao meu filho, a razão de tudo na minha vida, dedico este trabalho com todo meu amor e carinho.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, por ter me dado força e coragem para iniciar e chegar ao final dessa turbulenta caminhada. Agradeço de maneira especial, aos meus “amigos e amigas” espirituais que estiveram sempre ao meu lado e não me deixaram desviar do meu caminho. Agradeço a Luziára, Paulina e a Vó, pelos ensinamentos e orientações espirituais.

Agradeço a Deus acima de tudo por ter me dado dentro dessa caminhada uma nova razão para a minha vida, Guilherme. Anjo da minha vida, amor prometido que me trouxe luz e me mostrou o significado do verdadeiro amor. Me desculpo pelos momentos de ausência, mas foi tudo por você. E por você vale tudo.

Agradeço a minha família, em especial aos meus pais. A meu pai Guilherme e a minha mãe Alba que sempre me apoiaram e torceram por mim; muitas vezes foram meu prumo em meio as tempestades e comemoraram comigo a cada vitória. Agradeço ao meu pai por não ter me virado as costas quando mais precisei e a minha mãe por muitas vezes ter sido o equilíbrio da família e de maneira especial por cuidar de Gui como se fosse seu filho. Agradeço a Deus pela nossa união. Espero ser sempre motivo de orgulho para vocês.

Aos meus irmãos, Taciana e Marcelo, agradeço a paciência nos momentos de “abuso” e me desculpo pela ausência nos momentos de lazer. Amo vocês, agradeço a Deus pela nossa união e nosso relacionamento equilibrado e feliz.

Agradeço ao meu primo Fredy, meu irmão de coração, por ter me dado força e aguentado as minhas lamúrias durante a jornada e pelo apoio incondicional no momento que mais precisei de ajuda na minha vida. Amo você por isso.

Ao meu carinhoso companheiro, meu amor Deco (André). Agradeço por você ter me dado o nosso tesouro, anjo de luz na minha vida. Agradeço a você por ter me ensinado que existe muito mais entre o céu e a terra, e que muitos outros sentimentos unem o relacionamento entre um homem e uma mulher. Obrigada por todo o apoio emocional dado durante esta jornada, por ter aguentando meus choros e lamúrias, me cobrindo de amor e carinho. Você é um pai e um companheiro maravilhoso, só me enche de força para lutar, por nós e pela nossa família.

Agradeço a Suênia, que como a gente mesmo diz, “é minha irmã de alma”. Nossa amizade e nosso amor vem de outras vidas. Agradeço pelo companheirismo e pelo sincero apoio em todos os momentos e no momento que mais precisei. Amiga fiel e leal, e que em meio a todos os encontros e desencontro, vivemos lindos momentos e sei que com você posso contar. Maior prova do meu amor é te confiar o papel de “dinda” do meu anjo. Amo Mari como se assim o fosse também.

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Agradeço também as Dona Leo pelo apoio e pelas palavras de carinho quando mais precisei de apoio. Serei eternamente grata por ter me ajudado e principalmente por ter cuidado de Gui para que eu conclui-se me trabalho.

Agradeço a “Tônha” pelo carinho e ombro amigo, quando mais precisei. Serei eternamente grata a Célia pelas palavras sempre iluminadas e espiritualizadas.

Agradeço a todos que compõem a turma 2010,dito amorosamente como “os sobreviventes”, Anderson, Socorro, Silvana, Isidio, Iane, Ana Maria, Darlan, Danilo, Valter, Hélio e Gleice. Fiz muitos amigos e vou levá-los para sempre no meu coração. Como diria Suênia, “tenho certeza que saímos mais fortes desta experiência.”.

Queria agradecer em especial a Sheilinha, pelos abraços carinhosos da nossa “terapia do abraço”, abraços que acalentavam nos momentos em que eu mais queria era ir embora. Obrigada pelas palavras de força.

Um obrigada especial à minha querida orientadora Profª Drª Umbelina Lagioia. Agradeço a paciência e o apoio. Sou grata pelos ensinamentos, dedicação, incentivo na minha vida. Sou grata a Deus e aos nossos “amigos espirituais” por ter conduzido nossa relação.

Agradeço ao corpo docente do Mestrado em Ciências Contábeis, pelos ensinamentos acadêmicos e ensinamentos de vida. Não poderia deixar de agradecer ao querido Profº Luiz Carlos Miranda, pela paciência e lições nessa minha jornada, sendo firme como pai .

Sou grata à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo financiamento dos meus estudos durante o mestrado. Agradeço especialmente a Luciano, por sempre estar a postos para ajudar a todos nós.

Peço desculpa aos que não citei, mas agradeço a todos que me ajudaram a cumprir essa jornada que se completa na minha vida, vocês foram especiais e essenciais e os tenho todos em meu coração.

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“Se caíste, ergue-te e anda. Caminha para frente.

Regressa aos teus deveres e esforça-te a cumpri-los. Ora, pedindo a Deus mais força para a marcha.

Muitas vezes a queda é uma lição de vida. Quem cai sente do valor do perdão aos caídos. O futuro te espera... Segue e confia em Deus.”

Emmanuel

"Pensa em Deus, refugia-te em Deus, espera por Deus e confia em Deus, porquanto, ainda mesmo quando te suponhas a sós, em meio de tribulações incontáveis, Deus está conosco e

com Deus venceremos” Emmanuel

“(...) Tudo passa, tudo passará...

E nossa história não estará pelo avesso Assim, sem final feliz.

Teremos coisas bonitas pra contar. E até lá, vamos viver

Temos muito ainda por fazer Não olhe pra trás

Apenas começamos. O mundo começa agora

Apenas começamos.”

Metal Contra as Nuvens (Renato Russo)

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RESUMO

O presente estudo teve como objetivo precípuo o delineamento de um panorama evolutivo dos níveis evidenciação das informações de caráter ambiental nas demonstrações financeiras padronizadas(DFP’s), de uma empresa de capital aberto do setor elétrico de representatividade econômica e social na região, a Companhia de Energia Elétrica do Estado de Pernambuco (CELPE), do grupo Neoenergia. Para execução dessa pesquisa, utilizou-se a análise de conteúdo em 11 anos de demonstrativos, referentes aos anos de 2001 a 2011; sendo assim, trata-se de uma pesquisa documental direta, desenvolvimentista e longitudinal com natureza qualitativa. Para realização desta análise foi necessário a utilização de um arcabouço desenvolvido para a classificação das sentenças em diferentes categorias: a)Políticas Ambientais; b)Sistemas de Gerenciamento Ambiental; c)Impactos dos Produtos e Processos; d)Políticas de Energia; e)Educação, Pesquisa e Treinamento; f)Mercado de Créditos de Carbono; g)Informações Financeiras Ambientais; h)Outras Informações Ambientais)Foram identificadas 407 sentenças que, após a categorização, foram classificadas quanto à forma de evidenciação (unidade de registro) e aos tipos de informações (quanto à geração de crédito para a imagem de empresa.). As categorias com maiores percentuais de evidenciação foram as “Políticas Ambientais” e “Informações Financeiras Ambientais”. Quanto à forma de evidenciação, predominou informações “Declarativas”, ou seja, são em sua maioria descritivas e qualitativas. A maioria das sentenças ao serem classificadas quanto ao tipo, tentam passar uma imagem “boa” da empresa. Diante dos achados evidencia-se que, de fato, houve um aumento no nível de evidenciação de informações com caráter ambiental nos 11 anos estudados.

Palavras-chave: Sustentabilidade; Contabilidade Ambiental; Disclosure Ambiental.

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ABSTRACT

The present study had as its goal the eventual delineation of an evolutionary panorama of information disclosure levels of environmental character in standardized financial statements (DFP 's), a publicly traded company of electricity sector in social and economic standing, the electric power Company in the State of Pernambuco (CELPE), Neoenergia group. To run this search, we used the content analysis of demonstratives, 11 years for the years 2001 to 2011; Therefore, it is a documentary research and development, direct with longitudinal qualitative nature. To which the analysis was necessary to use a framework developed for the classification of sentences into different categories: a) environmental policies; (b) Environmental Management systems); c) impacts of products and processes; d) Energy policies; e) education, research and training; f) market of carbon credits; g) Environmental financial information; h) Other Environmental Information) have been identified after sentences 407 categorization, were classified as to the form of evidence (record unit) and the types of information (regarding the generation of credit for the image of the company.). The categories with the largest percentages of disclosure were the "Environmental Policy" and "Environmental financial information." As to the form of disclosure, predominated information "Declarative", i.e. are mostly descriptive and qualitative. Most of the sentences to be classified as to type, try to pass a image "good" of the company. Before the findings shows that, indeed, there was an increase in the level of disclosure of information with environmental character 11 years studied.

Keywords: Sustainability; Environmental Accounting; Environmental Disclosure.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Perguntas as quais a informação ambiental devem responder ....................................35

Quadro 2- Pesquisas que tratam do tema divulgação de Informações Ambientais ......................36

Quadro 3 - Motivos para escolha do setor elétrico ...........................................................................40

Quadro 4 - Classificações das Categorias da Informação Ambiental ............................................42

Quadro 5 - Classificação das Evidências Ambientais ......................................................................43

Quadro 6 - Classificação das Informações Ambientais ..................................................................44

Quadro 7 - Principais regras de Classificação das Informações Ambientais ...............................44

Quadro 8 - Exemplo de sentenças classificadas como “Políticas Ambientais”. ............................47

Quadro 9- Exemplo de sentenças classificadas como “ Sistemas de Gerenciamento Ambiental” .............................................................................................................................................................50

Quadro 10-Exemplo de sentenças classificadas como “Impactos e Processos Ambientais” ........54

Quadro 11- Exemplo de sentenças classificadas como “Políticas de Energia” ..............................57

Quadro 12 - Exemplo de sentenças classificadas como “Educação e Pesquisa” ...........................60

Quadro 13 - Exemplo de sentenças classificadas como “Crédito de Carbono”. ...........................63

Quadro 14 - Exemplo de sentenças classificadas como “Informações financeiras ambientais” ..66

Quadro 15- Exemplo de sentenças classificadas como “Outras Informações Ambientais” .........70

 

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LISTA DE TABELAS

Tabela1 - Tabela comparativa das sentenças classificadas como “Políticas Ambientais”/Ano ...48

Tabela 2 - Evidenciação das Subcategorias das “Políticas Ambientais”/Ano ...............................48

Tabela 3 - Classificação das “Políticas Ambientais”/Evidências ....................................................49

Tabela 4 - Classificação das “Políticas Ambientais”/Tipos das informações ................................50

Tabela 5 - Tabela comparativa das sentenças classificadas como “Sistemas de Gerenciamento Ambiental”/Ano .................................................................................................................................51

Tabela 6 - Evidenciação das “Subcategorias de Sistemas de Gerenciamento Ambiental” /Ano 52

Tabela 7-Evidenciação das Subcategorias de Sistemas de Gerenciamento Ambiental/Evidências .............................................................................................................................................................52

Tabela 8 - Evidenciação das Subcategorias de Sistemas de Gerenciamento Ambiental/Tipo de Informações ........................................................................................................................................53

Tabela 9 - Tabela comparativa das sentenças classificadas como “Impactos e Processos Ambientais” /Ano ..............................................................................................................................54

Tabela 10: Evidenciação das Subcategorias “Impactos e Processos Ambientais”/Ano ...............56

Tabela 11- Evidenciação das “Subcategorias Impactos e Processos Ambientais”/Evidências ....56

Tabela 12 - Classificação dos “Impactos e Processos Ambientais”/Tipos das Informações ........57

Tabela 13- Tabela comparativa das sentenças classificadas como “Políticas de Energia”/Ano ..58

Tabela 14 - Evidenciação das Subcategorias de “Políticas de Energia”/Ano ................................59

Tabela 15 - Classificação das “Políticas de Energia”/Evidências ...................................................59

Tabela 16- Tabela comparativa das sentenças classificadas como “ Educação e Pesquisa” /Ano .............................................................................................................................................................61

Tabela 17- Evidenciação das Subcategorias de “Educação e Pesquisa”/Ano ...............................62

Tabela 18 - Classificação de “Educação e Pesquisa”/Evidências ...................................................62

Tabela 19 - Evidenciação das Subcategorias de Sistemas de Gerenciamento ..............................63

Tabela 20 - Tabela comparativa das sentenças classificadas como “Crédito de Carbono”/Ano 64

Tabela 21- Evidenciação das Subcategorias de “Crédito de Carbono”/Ano ..............................65

Tabela 22- Emissão de gases do efeito estufa (GEE) .......................................................................65

Tabela 23 - Evidenciação das Subcategorias de Sistemas de Gerenciamento .............................66

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12 

 

Tabela 24- Tabela comparativa das sentenças classificadas como “Informações Financeiras Ambientais”/Ano ...............................................................................................................................67

Tabela 25- Informações Financeiras Ambientais ............................................................................68

Tabela 26- Classificação das “Informações Financeiras Ambientais”/Evidências .......................69

Tabela 27- Classificação das “Informações Financeiras Ambientais”/Tipos das informações ..69

Tabela 28 - Tabela comparativa das sentenças classificadas como” Outras Informações Ambientais”/Ano ...............................................................................................................................70

Tabela 29: Evidenciação Das Subcategorias das “Outras Informações Ambientais “ .................71

Tabela 30 - Classificação das “Informações Financeiras Ambientais”/Evidências ......................72

Tabela 31- Classificação das “Informações Financeiras Ambientais” ..........................................73

Tabela 32- Tabela comparativa das sentenças classificadas por Categorias/ Ano .......................74

Tabela 33- Tabela comparativa das sentenças classificadas por evidências / Ano .......................75

Tabela 34 - Tabela comparativa das sentenças classificadas por Categorias x Evidências Declarativas/ Ano ...............................................................................................................................76

Tabela 35 - Tabela comparativa das sentenças classificadas por Categorias x Evidências Monetárias/ Ano ................................................................................................................................78

Tabela 36- Tabela comparativa das sentenças classificadas por Categorias x Evidências “Monetária/Não Monetárias” / Ano .................................................................................................82

Tabela 37- Tabela comparativa das sentenças classificadas por Tipos de Informações/ Ano .....83

Tabela 38 - Tabela comparativa das sentenças classificadas por Categorias x Informações “Boas” / Ano .......................................................................................................................................85

Tabela 39 - Tabela comparativa das sentenças classificadas por Categorias x Informações “Neutras”/ Ano ..................................................................................................................................87

Tabela 40 - Tabela comparativa das sentenças classificadas por Categorias x Informações Ruins/ Ano ..........................................................................................................................................89

Tabela 41 - Tabela comparativa do total de Sentenças Identificadas/ Ano ..................................90

 

 

 

 

 

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13 

 

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1- Total de sentenças identificadas da categoria das “Políticas Ambientais” /Ano ........48

Gráfico 2 - Total de sentenças identificadas da Categoria de dos “Sistemas de Gerenciamento Ambiental” /Ano ................................................................................................................................51

Gráfico 3 - Total de sentenças identificadas da Categoria de “Impactos e Processos Ambientais” /Ano .............................................................................................................................55

Gráfico 4 - Total de sentenças identificadas da Categoria de “Políticas de Energia”/Ano .........58

Gráfico 5 - Total de sentenças identificadas da Categoria de “ Educação e Pesquisa”/Ano .......61

Gráfico 6 - Total de sentenças identificadas da Categoria de “Crédito de Carbono”/Ano .........64

Gráfico 7 - Total de sentenças identificadas da Categoria de “Informações Financeiras Ambientais”/Ano ...............................................................................................................................67

Gráfico 8 - Total de sentenças identificadas da Categoria de “Outras Informações Ambientais”/Ano ...............................................................................................................................71

Gráfico 9 - Total de sentenças identificadas por Categoria/Ano ....................................................74

Gráfico 10 - Total de sentenças identificadas da Categoria de “Outras Informações Ambientais”/Ano ...............................................................................................................................76

Gráfico 11 - Total de sentenças identificadas como “Declarativas”/Ano ......................................77

Gráfico 12 - Total de sentenças identificadas como “Declarativas”/Categoria ............................77

Gráfico 13 - Total de sentenças identificadas como “Monetárias”/Ano ........................................79

Gráfico 14 - Total de sentenças identificadas como “Monetárias”/Categoria ..............................79

Gráfico 15 - Total de sentenças identificadas como “Não Monetárias”/Ano ................................81

Gráfico 16 - Total de sentenças identificadas como “Não Monetárias”/Categoria ......................81

Gráfico 17 - Total de sentenças identificadas como “Monetárias/Não Monetárias”/Ano ............82

Gráfico 18 - Total de sentenças identificadas como “Monetárias/Não Monetárias”/Categoria ..83

Gráfico 19 - Total de sentenças identificadas x Tipos de Informações/Ano ..................................84

Gráfico 20 - Total de sentenças identificadas como “Boa”/Ano .....................................................85

Gráfico 21 - Total de sentenças identificadas como “Boa”/Categoria ...........................................86

Gráfico 22 - Total de sentenças identificadas como “Neutra”/Ano ................................................87

Gráfico 23 - Total de sentenças identificadas como “Neutra”/Categoria ......................................88

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14 

 

Gráfico 24 - Total de sentenças identificadas como “Ruins”/Ano..................................................89

Gráfico 25 - Total de sentenças identificadas como “Ruins”/Categoria ........................................90

Gráfico 26 - Total de sentenças identificadas/Ano ...........................................................................91

Gráfico 27 - Total de sentenças identificadas%/Ano .......................................................................91

Gráfico 28 - Média de evidenciação/Ano ..........................................................................................92

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15 

 

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

TBL Triple Botton Line,

ISR Investimentos Socialmente Responsáveis

DJSGI Dow Jones Sustainability Group Index

RSC Responsabilidade Social Corporativa

DFP’s Demonstrações Financeiras Padronizadas

CELPE Companhia de Energia Elétrica do Estado de Pernambuco

CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente

CVM Comissão de Valores Mobiliários

IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil

CFC Conselho Federal de Contabilidade

BOVESPA Bolsa de Valores de São Paulo

ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial

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16 

 

SUMÁRIO

1.  INTRODUÇÃO ........................................................................................................................18 

1.1 Caracterização do Problema ........................................................................................................ 20 

1.2 Justificativa ................................................................................................................................. 21 

1.3 Objetivos ..................................................................................................................................... 22 

1.3.1 Objetivo Geral ......................................................................................................................... 22 

1.3.2 Objetivos Específicos .............................................................................................................. 22 

2. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................................24 

2.1 Responsabilidade Social Corporativa .......................................................................................... 24 

2.2 Mudanças Socioambientais ......................................................................................................... 25 

2.3 Sustentabilidade .......................................................................................................................... 26 

2.4 Os reflexos na postura empresarial ............................................................................................. 28 

2.5 Contabilidade Ambiental ............................................................................................................. 32 

2.6 Disclosure ambiental ................................................................................................................... 33 

3.  METODOLOGIA ....................................................................................................................38 

3.1 Procedimentos Técnicos de Coleta de Dados ............................................................................ 38 

3.2 Coleta de Dados ......................................................................................................................... 39 

3.3 Amostra ....................................................................................................................................... 39 

3.4 Tratamento dos Dados Coletados ................................................................................................ 40 

3.5 Instrumentos de Análise .............................................................................................................. 41 

3.5.1 Categorias e Subcategorias ..................................................................................................... 42 

3.5.2 Tipos de Evidências ................................................................................................................ 43 

3.5.3 Tipos de Informação ............................................................................................................... 43 

3.6 Regras de decisão de análise ....................................................................................................... 44 

3.7 Delimitações do Estudo ............................................................................................................... 45 

4 ANÁLISE DOS DADOS: RESULTADOS E DISCUSSÕES .....................................................46 

4.1 Considerações iniciais ................................................................................................................. 46 

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17 

 

4.2. Análise dos Dados por Categorias.............................................................................................. 46 

4.2.1 Políticas ambientais ................................................................................................................. 46 

4.2.3 Sistemas de gerenciamento ambiental .................................................................................... 50 

4.2.4 Impactos e Processos Ambientais ........................................................................................... 53 

4.2.5 Políticas de Energia ................................................................................................................. 57 

4.2.6 Educação e Pesquisa ............................................................................................................... 60 

4.2.7Crédito de Carbono .................................................................................................................. 63 

4.2.8 Informações financeiras ambientais ........................................................................................ 66 

4.2.9 Outras Informações Ambientais .............................................................................................. 69 

4.3 Análises Comparativas das Categorias ........................................................................................ 73 

4.4 Análise Comparativa por Tipos de Evidenciações ...................................................................... 75 

4.4.1 Informações Declarativas ........................................................................................................ 76 

4.4.2 Informações Monetárias .......................................................................................................... 78 

4.4.3 Informações Não Monetárias .................................................................................................. 79 

4.4.4 Informações Monetárias/Não Monetárias ............................................................................... 81 

4.5 Análise Comparativa por Tipos de Informações ......................................................................... 83 

4.5.1 Informações Boas .................................................................................................................... 84 

4.5.2 Informações Neutras ............................................................................................................... 86 

4.5.3 Informações Ruins .................................................................................................................. 88 

4.6  Panorama Evolutivo do nível de evidenciação ...................................................................... 90 

5.CONCLUSÃO .................................................................................................................................93 

5.1 Limitações do EstudoB ............................................................................................................... 94 

5.2 Sugestões para Trabalhos Futuros ............................................................................................... 94 

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................95 

 

  

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18 

 

1. INTRODUÇÃO

Com a publicação do relatório da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o

Desenvolvimento das Organizações das Nações Unidas em 1987, o qual enfatizou o

desenvolvimento sustentável de maneira a atender as necessidades das gerações atuais sem

comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades

(DIAS, 2007), o meio acadêmico tem discutido o papel social das organizações através de

duas perspectivas distintas.

De um lado a economia clássica defende que as organizações existem para maximizar

valor para o acionista - expectativa dos shareholders. (FRIEDMAN,1970) Por outro lado, a

teoria dos stakeholders (FREEMAN, 1984) defende que as organizações existem para atender

as demandas de um grupo maior e mais abrangente de atores sociais, entre eles, os acionistas,

o corpo diretivo, o corpo funcional, o conjunto de fornecedores e clientes, os governos, entre

outros.

Diante deste cenário de mudanças, as organizações estão sendo desafiadas a participar

de debates e implantar uma nova forma de comportamento que entre em, convergência com as

dimensões econômica, social e ambiental no planejamento estratégico das empresas. Essa

nova postura denominada triple botton line (TBL), surge com um instrumento que tem seus

aspectos alinhados com a teoria dos stakeholders e aproveita os recursos do setor privado nos

imperativos sociais e econômicos sem comprometer o meio ambiente, aumentando o

rendimento econômico e criando valor para a empresa (ABREU et al, 2008).

Em consonância com essas mudanças, ao longo dos últimos anos, tem havido um

crescente interesse na área de Investimentos Socialmente Responsáveis (ISR) (VYVYAN, et

al. 2007). Alinhados a esse pensamento, diversos mecanismos de avaliação de investimentos

com essas características foram criados em escala mundial. Esses mecanismos, traduzidos na

forma de índices, têm em comum a avaliação de retornos financeiros, dos impactos sociais e

dos impactos ambientais causados pelas atividades da empresa (DIAS, 2007).

O primeiro índice criado nessa vertente foi o PAX World Fund, no ano de 1971, o qual

se caracterizava por evitar investimentos em empresas que tivessem alguma relação com

ações militares (PAX WORLD FUNDS, 2004; FOWLER e HOPE, 2007). Quase duas

décadas depois do PAX World Fund ter sido lançado, o Domini 400 Social Index, criado em

Maio de 1990 por Kinder, Lydenberg e Domini, tornou-se o primeiro índice de

sustentabilidade com perfil internacional (GUERARD, 1997a, b). No ano de 1999 foi criado o

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19 

 

Dow Jones Sustainability Group Index – DJSGI, o qual vem se tornando uma referência na

elaboração de outros índices no mundo (DIAS, 2007).

No Brasil, em 2005, foi criado o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) que

consiste em um índice nos moldes do DJSGI e tem como objetivo propiciar um ambiente de

investimento compatível com as demandas de desenvolvimento sustentável da sociedade

contemporânea e estimular a responsabilidade social corporativa, considerando aspectos de

governança corporativa e sustentabilidade empresarial (eficiência econômica, equilíbrio

ambiental e justiça social) (BOVESPA, 2005).

Diante deste novo cenário competitivo, a questão da boa imagem ambiental para as

grandes organizações, tem se tornado cada vez mais importante, indo inclusive além da

contribuição para a redução de custos (SHANKMAN et al 1999; MILES e COVIN, 2000;

TOMS, 2001). Essa boa imagem se tornou uma vantagem competitiva e é reconhecida por

muitos estudiosos (PORTER, 1980; TACHIZAWA, 2002) como importante no planejamento

estratégico das empresas.

De acordo com Abreu et al (2008), está cada vez mais evidente que dentre os agentes

envolvidos com as entidades, os acionistas estão cada vez mais interessados nas informações

que evidenciam a conduta ambiental da entidade. Dentro dessa realidade, inúmeros estudos

internacionais corroboram com o interesse que esses agentes têm com os investimentos

ambientais realizados pelas organizações (FEKRAT e PETRONI, 1996 ).

Sendo assim, a contabilidade surge e utiliza-se de sua função social no que diz respeito

às informações relativas aos impactos sociais e ambientais causados pelas entidades e é cada

vez mais frequente a busca dos usuários por informações socioambientais junto às empresas,

exigindo destas uma responsabilidade não só interna como também externa

(ALBUQUERQUE et al, 2007).

Contudo, no que concerne às informações de caráter ambiental, Nossa (2002, p. 86)

ressalta que “o disclosure ambiental pode ser feito de maneira obrigatória, quando exigido por

leis e regulamentos, ou voluntariamente, quando a evidenciação de informações é feita por

espontaneidade da empresa, mesmo que seja com base em diretrizes e orientações”.

No Brasil, a evidenciação ambiental não é obrigatória, mas existem algumas

recomendações para a sua divulgação, tais como o Parecer de Orientação n.º 15/87 da

Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o qual sugere uma nota no Relatório da

Administração quanto aos investimentos efetuados a favor do meio ambiente, a Norma de

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20 

 

Auditoria n.º 11, do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) e a

Resolução n.º 1.003/04 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) que aprova a NBC-T

15(GUBIANI, SANTOS E BUEREN, 2010.)

Por fim, a Lei de n° 6.404/76 não indica de forma explícita, mas recomenda que os

conteúdos do Relatório de Administração, notas explicativas e quadros suplementares

evidenciem informações ambientais (ABREU et al, 2008).

Considerando um cenário competitivo e de fortes pressões ambientais, cabe à empresa

adotar uma postura pró-ativa, de ações preventivas referentes à preservação do meio

ambiente, e não meramente de reação às imposições legais.

No Brasil, embora não haja essa obrigação, estudos mostram que já existem focos de

divulgação voluntária desse tipo de informação, conforme verificado pelas pesquisas: NOSSA

(2002), CALIXTO (2006) e ROVER et al. (2008).

As preocupações com a evidenciação das informações relacionadas às práticas

voltadas para o meio ambiente abrangem todos os segmentos econômicos. Em particular, esse

estudo volta-se para setor elétrico o qual se apresenta em situação estratégica para o

desenvolvimento nacional.

Neste sentido, de acordo com Rosa, Elssin e Santos (2011), promover o

desenvolvimento sustentável no setor elétrico significa atender as necessidade de dispor de

energia elétrica de acordo com o consumo em crescente expansão e ao mesmo tempo

desenvolver práticas responsáveis com o meio ambiente.

Para os mesmos autores isso significa dizer que alguns aspectos vitais estão atrelados a

essa expansão, tais como: crescimento econômico, qualidade de vida e impactos gerados no

meio ambiente. Por este motivo, práticas ambientais responsáveis para o setor de energia

elétrica são aquelas que possibilitem garantir a eficiência energética e minimizar ou eliminar

impactos ambientais provenientes da geração, transmissão e distribuição de energia.

1.1 Caracterização do Problema

A necessidade de conciliar o sistema econômico e ecológico é de fundamental

importância, pois os dois necessariamente interagem de forma constante (Ribeiro,2005). A

autora afirma ainda que a convivência pacífica entre esses sistemas é essencial, visto que

ambos são vitais para a sobrevivência da humanidade. Esses argumentos têm por base o

conceito de desenvolvimento sustentável, que segundo a Comissão Mundial sobre Meio

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21 

 

Ambiente e Desenvolvimento (1991) é “aquele que atende às necessidades do presente sem

comprometer a possibilidade das gerações futuras de atenderem as suas próprias

necessidades”.

Sendo assim, o conceito de “desenvolvimento sustentável” coloca o setor produtivo

em foco, como ator essencial para seu alcance e impõe aos formuladores de políticas públicas

a tarefa de adotar medidas que induzam o setor produtivo a estabelecer metas que estejam

inseridas neste novo conceito de desenvolvimento, no qual se busca o incremento e/ou a

manutenção da produtividade, acompanhada de indicadores de justiça social e de qualidade do

processo produtivo, do produto e das condições ambientais (BARATA, 1995).

Segundo Monteiro (2008), ao longo das últimas décadas a comunicação de caráter

ambiental tem despertado o interesse não só dos diferentes usuários da informação

(stakeholders), que cada vez mais exigem informação desta natureza para a tomada de

decisão, mas também dos investidores na área de Contabilidade Social e Ambiental, em

particular na linha de investigação de “Environmental disclosure”.

E diante da necessidade das empresas em manter sua legitimidade e eficiência, bem

como atrair novos recursos, as empresas devem satisfazer não apenas seus shareholders, mas

também os stakeholders que compõem seu ambiente social (FREEMAN,1984).

Ante o presente cenário, surge o setor elétrico que exerce um papel fundamental no

desenvolvimento de um país, e o Brasil apresenta diversidade geográfica favorável a muitas

formas de geração, sendo a hidráulica a mais explorada (ANEEL, 2007).

Diante da importância da temática e da relevância do setor a ser estudado, emerge o

seguinte questionamento: Houve uma evolução no nível de evidenciação das informações

de caráter ambiental da Celpe nos últimos 11 anos?

1.2 Justificativa

Com o crescimento da importância dada, mundialmente, às questões socioambientais,

destaca-se, cada vez mais, a necessidade das organizações comunicarem de forma consistente

e confiável, aos diversos stakeholders, o seu envolvimento neste campo (Castro, Siqueira e

Campos, 2009).

Em conformidade com esse assunto, Lins e Silva (2007) afirmam que o disclosure

representa um importante meio de comunicação sobre o desempenho de uma empresa aos

seus interessados: acionistas, credores, órgãos de supervisão e controle, governo, empregados.

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22 

 

De acordo com Rosa, Elssin e Elssin (2010) é por esse motivo que o disclosure possui papel

essencial na redução da assimetria de informação entre os gestores e aqueles que possuem

interesses na empresa, especialmente investidores.

Em resposta a esse movimento, houve o crescimento da demanda por avaliações das

posturas sociais e ambientais das empresas, o que resultou no aumento de índices que avaliam

a responsabilidade social corporativa, destinados tanto aos investidores quanto aos

consumidores. Essas avaliações ganharam tanta importância, que muitas companhias

designam especialistas para monitorar e comunicar seu desempenho social (MÁRQUEZ,

2005).

Diante do novo discurso disseminado na sociedade e impulsionado principalmente por

mudanças na lei de crimes ambientais brasileira, diversos autores da área contábil iniciaram

estudos sobre a busca de conceitos e participação dessa ciência na temática (CALIXTO,

BARBOSA e LIMA; 2007).

Esses estudos tiveram como cenário uma mudança na postura das empresas perante a

sociedade e a implementação de um conjunto de transformações que podem ser percebidas

com o intuito de atender aos desejos de clientes e, também nas ações de responsabilidade

socioambiental os quais, juntos, compõem uma matriz determinante do diferencial

competitivo (SANTANA, PÉRICO e REBELATTO, 2006).

Perante o exposto e diante das novas necessidades de evidenciação, este estudo torna-

se relevante por buscar traçar um panorama evolutivo do disclosure ambiental de uma

empresa do setor elétrico do nordeste ao passar de 11 anos.

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

No intuito de solucionar a questão-problema da presente pesquisa, parametrizou-se,

como objetivo precípuo, delinear um panorama evolutivo dos níveis de evidenciação das

informações de caráter ambiental nas demonstrações financeiras padronizadas(DFP’s) de uma

empresa de capital aberto do setor elétrico de representatividade econômica e social na região,

a Companhia de Energia Elétrica do Estado de Pernambuco (CELPE), do grupo Neoenergia.

1.3.2 Objetivos Específicos

Para subsidiar a consecução do objetivo geral da pesquisa, foi necessário estabelecer

os seguintes objetivos específicos:

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23 

 

• Analisar as informações ambientais divulgadas na DFPs da Celpe;

• Classificar as informações ambientais divulgadas DFPs em categorias;

• Classificar as informações das categorias em critério de evidências;

• Classificar as evidências de acordo com a tipologia informacional;

• Identificar quais tipos de informações ambientais foram mais divulgadas pelas DFPs.

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24 

 

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Responsabilidade Social Corporativa

A Responsabilidade Social possui um conceito amplo, no qual a empresa, preservando

seus compromissos de negócio, cria métodos, planos e incentivos, para que, interna e

externamente, consiga colaborar com as expectativas de equilíbrio e justiça da sociedade,

excedendo as funções que estão estabelecidas em lei e os próprios interesses inerentes aos

seus negócios (FISCHER, 2002).

A expressão Responsabilidade Social Corporativa (RSC) começou a ser discutida nos

anos 50, quando pela primeira vez foi questionado quais responsabilidades perante a

sociedade se deve esperar dos homens de negócios (BOWEN, 1953). Foi na década de 1960,

que a definição de Davis (1960) sobre RSC expandiu-se e assumiu contornos mais claros.

Nela, a Responsabilidade Social refere-se às decisões e ações, tomadas pelos homens de

negócios, por razões que vão além dos interesses econômicos e técnicos diretos. Nessa mesma

linha, McGuire (1963) afirmou que a utilização da Responsabilidade Social supõe que as

empresas não possuem apenas obrigações econômicas e legais, mas também

responsabilidades para com a sociedade.

Nos últimos anos essa discussão vem tomando força adquirindo variadas definições.

Para Wood (1991, p. 695) “a ideia básica de responsabilidade social corporativa é que o

negócio e a sociedade estão entrelaçados, ao invés de entidades distintas; a sociedade tem

certas expectativas para um comportamento empresarial apropriado e com resultados”. Nesse

sentindo são discutidas as ações de responsabilidade social corporativa (RSC) realizada pelas

empresas, as quais segundo Carrol (1979) “a RSC são as expectativas econômicas, legais,

éticas e discricionárias que a sociedade possui em relação às empresas em determinado

período de tempo.”

Recentemente, observa-se uma transformação no próprio conceito (MACEDO et al,

2007) anteriormente baseado na caridade e no altruísmo, e atualmente gerando uma

associação entre responsabilidade social e estratégia empresarial (SMITH, 1994).

Nesse sentido, Ashley et al. (2003) completam afirmando que a responsabilidade

social engloba toda e qualquer ação da empresa que possa contribuir para a melhoria da

qualidade de vida da sociedade.

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25 

 

Apesar da farta literatura existente, com indiscutível predominância de autores

estrangeiros, não houve uma consolidação sobre o conceito de RSC, mas há aspectos

genéricos que delineiam o seu significado (FILHO, 2002).

O conceito de responsabilidade social está se ampliando, passando da filantropia, que

é a relação socialmente compromissada da empresa com a comunidade, para abranger todas

as relações da empresa: com seus funcionários, clientes, fornecedores, acionistas,

concorrentes, meio ambiente e organizações públicas e estatais. (GRAJEW, 2000 apud

MELO; FROES, 2002).

A responsabilidade social, de acordo com D´Ambrósio (1998 apud MELO; FROES,

2002, p. 78), vem a ser a “decisão de participar mais diretamente das ações comunitárias na

região em que está presente e minorar possíveis danos ambientais decorrente do tipo de

atividade que exerce”.

A responsabilidade social está diretamente ligada aos seguintes fatores: consumo, pela

empresa, dos recursos naturais de propriedade da humanidade; e consumo dos capitais

financeiros e tecnológicos, utilizando a capacidade de trabalho que pertence a pessoas físicas,

integrantes daquela sociedade, e o apoio que recebe da organização do Estado, fruto da

mobilização da sociedade (MELO; FROES, 2001).

2.2 Mudanças Socioambientais

A necessidade de geração de uma maneira para lidar com os problemas causados pela

ação descontrolada das empresas em busca de riquezas sem se preocupar com a deterioração

da ecologia global causada, principalmente, pelo avanço do desenvolvimento econômico.

Surge assim o tema sustentabilidade (DIAS, 2007).

O agravamento dos problemas ambientais à escala mundial levou a uma crescente

conscientização da necessidade de conciliar desenvolvimento econômico e preservação

ambiental, duas questões que antes eram tratadas separadamente e que hoje se encontram

unidas numa só designação: desenvolvimento sustentável (ROQUE E CORTEZ, 2006).

A conscientização de que o desenvolvimento sem limites, em pouco tempo, poderia

gerar a degradação dos recursos naturais, além de produzir efeitos nefastos à biosfera,

somente começou a despertar efetivamente depois de alguns desastres ambientais ocorridos a

partir de 1930, como é o caso do acidente do Vale do Meuse, na Bélgica.

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26 

 

Com a publicação do livro Primavera Silenciosa, em 1962, que denunciava o

desaparecimento de pássaros em decorrência da poluição do ar, nos Estados Unidos, marcou-

se o início da conscientização social e política sobre as questões ambientais, colocando-se em

xeque o modelo de desenvolvimento até então existente (SANTOS,2007).

Ainda na década de 80 emerge uma necessidade de conscientização que os países

precisavam descobrir maneiras de promover o crescimento de suas economias sem destruir o

meio ambiente ou sacrificar o bem-estar das futuras gerações (SAVITZ& WEBER, 2007).

Por volta dos anos 80, a difusão dos conceitos de proteção ambiental começou a se

propagar no mundo inteiro. Foi o relatório da comissão Brundtland (1980) que pôs em

circulação a expressão desenvolvimento sustentável, após sucessivas denúncias de tragédias

ambientais no mundo (ALMEIDA, 2002).

A preservação do meio ambiente converteu-se em um dos fatores de maior influência

da década de 90 e com grande rapidez de penetração de mercado. Assim, as empresas

começam a apresentar soluções para alcançar o desenvolvimento sustentável e ao mesmo

tempo aumentar a lucratividade de seus negócios (ANDRADE; TACHIZAWA;

CARVALHO, 2002).

No Brasil, em 1986, houve a publicação da 1ª Resolução do Conama (Conselho

Nacional de Meio Ambiente). Já os anos 90, foram marcados pela Conferência Mundial de

Meio Ambiente ocorrida no Rio de Janeiro em 1992, e pela edição da série ISO “International

Organization for Standardization” - (Organização Internacional para Normatização), a qual

impulsionou alterações expressivas tanto no mercado produtor quanto no consumidor no que

tange a conscientização da preservação ambiental (KRISGNER, 2002).

Uma conferência realizada em 1999 (The Eighth Annual Greening of Industry

Conference, Sustainability: Ways of Knowing / Ways of Acting), nos Estados Unidos,

salientou que o conceito de Desenvolvimento sustentável está se expandindo a partir da

inclusão de questões sociais às discussões sobre o tema (Rossi et al., 2000).

2.3 Sustentabilidade

O conceito de sustentabilidade refere-se à utilização de recursos para atender às

necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em atender às

suas próprias necessidades (CMMAD, 1988).

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27 

 

Para Leroy et al. (2002), a sustentabilidade pode ser entendida como o processo pelo

qual as sociedades administram suas condições materiais, redefinindo os princípios éticos e

sociopolíticos que orientam a distribuição de recursos naturais.

Segundo Fujihara (2003), sustentabilidade não é algo meramente acessório, mas sim

fundamental para a estratégia dos negócios de uma empresa. Não é apenas um conjunto de

políticas e procedimentos, é uma cultura, uma atitude; é fator estratégico e criação de valor a

longo prazo; é a ligação entre diversos fatores e, principalmente, é o deslocamento do

princípio de geração de lucro ao acionista à geração de valor para a sociedade como um todo,

é transparência dos seus valores intangíveis.

Com base nestes conceitos, foi criada pela SustainAbility a teoria dos três pilares do

desenvolvimento sustentável: ambiental, econômico e social denominado “Triple Bottom

Line”, o qual de acordo com Crawford (2002), também é conhecido como o modelo de gestão

dos três P’s: People, Planet e Profit, sendo:

a) People – pessoas direta e indiretamente envolvidas;

b) Planet – meio ambiente e impactos; e

c) Profit – retorno financeiro.

Os ideais do desenvolvimento sustentável envolvem mais valores que as preocupações

específicas, como a racionalização do uso da energia ou o desenvolvimento de técnicas

alternativas ou substitutivas do uso de recursos não-renováveis ou, ainda, o adequado manejo

de resíduos (OLIVEIRA,2004).

Para Abreu, Assata e Ribeiro (2009), é o reconhecimento de que a pobreza, a

deterioração do meio ambiente e o crescimento populacional são indissociáveis, e que

nenhum destes problemas pode ser resolvido de forma isolada, na busca de parâmetros

aceitáveis e onde a convivência do ser humano com o meio ambiente seja mais justa e

equilibrada.

As preocupações relativas ao meio ambiente que vêm sendo discutidas no mundo

inteiro decorrem da evidência de que atividades humanas de modo geral, empresas, governos

e indivíduos, não se preocupam com a preservação ambiental e essa preocupação é crucial

para existência das futuras gerações. (Maciel et al, 2009)

O conceito mais amplo de desenvolvimento sustentável apoia-se na integração de

questões sociais, ambientais e econômicas, constituindo o tripé conhecido como triple-bottom

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28 

 

line. Embora as organizações em um sistema capitalista sejam as responsáveis finais pela

questão do desenvolvimento sustentável, estas só terão sucesso em suas estratégias se

discutirem seus impactos com os stakeholders (ALMEIDA, 2002). Sem a ênfase no

crescimento e desenvolvimento sustentável, as organizações e países não conseguirão se

manter ao longo do tempo (ROSSI et al., 2000).

Conforme Dias (2006, p. 69), “o agravamento das condições ambientais provocou ao

mesmo tempo aumento da consciência dos cidadãos sobre a importância do meio ambiente

natural”. Além disso, relata que as empresas são responsáveis indiretas pelo crescimento do

interesse pelo meio ambiente, devido ao fato de serem as causadoras dos principais impactos

ambientais que despertaram a conscientização da sociedade quanto a esses problemas.

2.4 Os reflexos na postura empresarial

A sustentabilidade obrigou que as empresas no ambiente de negócio passassem a ter

uma gestão comprometida em promover o crescimento e gerar lucro com melhor e maior

inclusão social, sem causar danos aos seres vivos e sem destruir o meio ambiente

(BASSETTO,2007, p. 31)

Para Barszcz (2007, p. 16) “uma vez que as ações voltadas ao desenvolvimento

sustentável condicionam a sustentabilidade empresarial, passaram a ser pauta da gestão

estratégica das empresas, norteando o desenvolvimento de objetivos, políticas e missões

empresariais”. Diante das novas preocupações, as empresas que buscam a sustentabilidade

empresarial, passaram a focar não somente os objetivos econômicos, mas também ambientais

e sociais, visando às necessidades das gerações e as suas próprias.

Seguindo uma tendência mundial, observa- se a preocupação das empresas nacionais

na divulgação de informações relacionadas com o meio ambiente e o bem estar da sociedade

(ELIAS, 2008).

Diante disso, as companhias passaram a incorporar a sustentabilidade em seu plano

estratégico, evidenciando em seus relatórios as questões ambientais, adotando sistemas de

gestão ambiental e investindo em procedimentos que reduzam os impactos que sua atividade

causa ao meio ambiente (ROVER, BORBA & BORGERT, 2008).

Alertando a necessidade da importância da questão ambiental para as empresas,

Ribeiro (2006, p. 155) comenta que “tornou-se importante pela sua magnitude dos efeitos

danosos ao meio ambiente e à sociedade pelas empresas [...]. Assim sendo, tornou-se

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29 

 

elemento indispensável na gestão estratégica de empresas consideradas potencialmente

poluidoras” (COSTA, VOESE E ROSA, 2009).

Seguindo este mesmo pensamento a respeito da perspectiva para uma melhor

sociedade, Rovere, Andrade e Barata (2006, p. 05) comentam: É ao cenário da

Sustentabilidade que desejamos chegar, mas estamos vivendo no mundo de referência,

semelhante ao mundo convencional, o qual é controlado pelas forças de mercado e pelas

forças políticas. É neste contexto que os profissionais de contabilidade podem ser

considerados agentes de mudança para ajudar a conduzir essas forças e construir um mundo

melhor. Seu apoio seria fundamental para estimular as iniciativas de adoção da eco eficiência

e a aplicação das normas ambientais nas atividades empresariais

Atualmente, a visão ambientalista da sustentabilidade, não por acaso, também emergiu

com o passar dos anos, da consciência sobre as novas fontes de geração de riquezas – todas

elas relacionadas com o capital social e o capital humano de um povo. Informação e

conhecimento são condições básicas para o ciclo de prosperidade que o século vigente

prenuncia. Nesse sentido, o desenvolvimento sustentável nada mais é do que a política de

defesa e acumulação desse capital que constitui a nova riqueza das nações (ANDRADE,

2003).

Donaire (1995, p.21), corrobora afirmando que a responsabilidade social é

fundamentalmente um conceito ético que envolve mudanças nas condições de bem-estar e

está ligada às dimensões sociais das atividades produtivas.

Entretanto, enquanto não se atingir uma adequada consciência ambiental, serão

necessárias exigências ambientais mais rígidas tanto por parte dos órgãos internacionais,

quanto pelos governos locais, sob pena de tais avanços restarem sufocados por interesses

estritamente financeiros (ALVIM, 2007).

As tecnologias ambientais contribuem para a inovação tecnológica, criando, inclusive,

novos empregos mais qualificados (UE, 2007), ou seja, novos padrões tecnológicos tendem

não somente a impedir danos ao meio ambiente, mas também, colaborar para uma qualidade

de vida nos moldes da sustentabilidade como é o caso do uso da biotecnologia na produção de

alimentos mais seguros para o homem e com menor agressão ao meio ambiente.

As lições de Thomas Kuhn, apud Filho (2002), as revoluções políticas iniciam-se com

um sentimento crescente, com frequência restrita a um segmento da comunidade política de

que as instituições deixaram de responder adequadamente aos problemas postos por um meio

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30 

 

que ajudaram em parte a criar. Para o mesmo autor, as revoluções ocorrem justamente quando

certos paradigmas deixam de oferecer soluções plausíveis para os problemas que até então

eram por eles resolvidos. É nesse passo que, com otimismo, lentamente se caminha.

Um marco na normalização ambiental foi à criação da norma britânica BS 7750,

publicada em 1992. A partir dela diversas outras normas foram elaboradas em outros países.

No âmbito da International Standardization Organization - ISO foi criado um grupo de

assessoria para estudar as questões decorrentes da proliferação de normas ambientais e seus

impactos sobre o comércio internacional. Esse grupo recomendou a criação de um comitê

específico para a elaboração de normas sobre gestão ambiental.

A certificação de gestão ambiental (ISO 14001) certifica os produtos pelo impacto

ambiental com base na avaliação do ciclo de vida (ACV), e as demais normas da série ISO

14000, que abordam a problemática ambiental de forma integrada, exigem o atendimento a

requisitos ambientais, preveem o aprimoramento contínuo das soluções, colocam diretrizes

tanto para o gerenciamento da organização como para a avaliação de seus produtos,

reconhecem como partes interessadas funcionários, acionistas, seguradoras, clientes,

consumidores, ambientalistas e públicos em geral, e fornecem base normalizada à certificação

na qual estão embutidos tanto os aspectos comerciais como os de qualidade ambiental.

(FILHO, 2002)

A norma ISO 14001 foi publicada em setembro de 1996, compreendendo

especificações normativas acordadas internacionalmente e estabelecendo critérios de gestão

ambiental compatíveis com um sistema de gerenciamento voltado à viabilidade da produção

ecologicamente correta e à indução de uma cultura participativa baseada na aprendizagem

organizacional, na disseminação de valores ambientais e na sustentabilidade dos recursos

naturais (MAIMON, 1999; VALLE, 1996; D’AVIGNON, 1996; E SCHERER, 1998).

Para Donaire (1999, p.108), os programas de gestão ambiental “estabelecem

atividades a ser desenvolvida, a sequência entre elas, bem como quem são os responsáveis

pela sua execução”. A partir dessa acepção, pode-se inferir que a gestão ambiental tem se

apresentado como uma das mais importantes atividades relacionadas com qualquer

empreendimento. Valle (1996), conclui afirmando que a gestão ambiental é um conjunto de

ações e procedimentos bem delineados e adequadamente aplicados, a qual visa à redução e o

controle dos impactos gerados por um empreendimento no meio ambiente.

No que tange às vantagens da empresa, Maimon (1999, p.72) afirma que “em termos

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31 

 

organizacionais, os parâmetros relacionados ao meio ambiente passam a ser levados em conta

no planejamento estratégico, no processo produtivo, na distribuição e disposição final do

produto”. O mesmo autor descreve as cinco etapas sucessivas e contínuas para a implantação

do Sistema de Gestão Ambiental, que são: Política Ambiental da Organização; Planejamento;

Implantação e Operação; Monitoramento e Ações Corretivas; e Revisões no Gerenciamento.

Assim, atualmente, o exercício da responsabilidade social corporativa está associado à

noção de sustentabilidade, na medida em que visa conciliar as esferas econômica, ambiental e

social na geração de um cenário compatível à continuidade e à expansão das atividades das

empresas, no presente e no futuro (UTTING, 2000).

Expressa a adoção e a difusão de valores, condutas e procedimentos que induzam e

estimulem o contínuo aperfeiçoamento dos processos empresariais, para que também resultem

em preservação e melhoria da qualidade de vida das sociedades, do ponto de vista ético, social

e ambiental. Empresas socialmente responsáveis estão melhor preparadas para assegurar a

sustentabilidade a longo prazo dos negócios, por estarem sincronizadas com as novas

dinâmicas que afetam a sociedade e o mundo empresarial(SENHORAS, 2006).

Conforme a definição do World Business Council for Sustainable Development, a

“responsabilidade social empresarial é o compromisso das empresas no sentido de contribuir

para o desenvolvimento econômico sustentável, trabalhando com os empregados, suas

famílias, a comunidade local e a sociedade como um todo, para melhorar sua qualidade de

vida.” (WBCSD, 2000).

O valor e a reputação da marca somada ao perfil de risco e a atratividade para os

clientes impulsiona o valor da empresa para os acionistas (HOLLIDAY, SCHMIDHEINY e

WATTS, 2002). Conforme estudo apresentado pelos autores, nos mercados financeiros,

empresas com índice de sustentabilidade apresentaram desempenho superior ao índice global

da Dow Jones, reforçando a percepção de que a integração de fatores críticos de sucesso de

natureza econômica, ambiental e social na estratégia de negócios pode resultar em vantagem

competitiva.

Reputação se constrói sobre intangíveis, como confiança, qualidade, consistência,

credibilidade, relacionamentos e transparência, assim como se constrói com investimentos em

pessoas, na diversidade, no meio ambiente (SustainAbility et al., 2001, apud HOLLIDAY,

SCHMIDHEINY e WATTS, 2002, p.213).

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32 

 

2.5 Contabilidade Ambiental

A relação entre meio ambiente e contabilidade surgiu quando as empresas passaram a

se preocupar com a imagem negativa gerada pelo uso dos recursos naturais, oriundos das suas

atividades operacionais, sem a respectiva reposição dos mesmos (BEUREN,CUNHA e

SOUZA 2006).

Nas empresas busca-se a maximização dos resultados e a minimização dos custos,

todavia, em algumas delas, também há a preocupação de atender as novas necessidades do

mercado competitivo exigindo dos empresários uma gestão socialmente responsável com o

objetivo final de valorizar suas empresas no mercado (ALBERTON, CARVALHO E

CRISPIM, 2004.)

Diante desse contexto, a contabilidade emerge e se utiliza da definição de poder ser

considerada como um sistema, cujo principal objetivo é fornecer informações úteis a seus

usuários, de forma a apoiá-los na avaliação e na tomada de decisão econômica e financeira.

Para tanto, trata de identificar, medir, registrar e comunicar os eventos econômicos de uma

empresa, sendo considerada uma linguagem de negócios. (FRANCO, 1997).

Sendo assim, a informação contábil desempenha um papel fundamental na

administração do conflito de interesses e na redução da assimetria informacional existente

entre gestores e investidores (CUNHA e RIBEIRO, 2008).

Dessa forma, a importância da contabilidade ambiental começa a vigorar quando os

problemas ambientais passam a preocupar os gestores e a sociedade, devido à necessidade de

mais informações objetivas sobre o meio ambiente. Mas, inicialmente, os contadores não

eram bem preparados para esse assunto. (ALBERTON,CARVALHO E CRISPIM, 2004)

Segundo Paiva (2003, p. 17) “A Contabilidade Ambiental pode ser entendida como a

atividade de identificação de dados e registro de eventos ambientais, processamento e geração

de informações que subsidiem o usuário servindo como parâmetro em suas tomadas de

decisões”.

Destaca-se ainda que a divulgação é de cunho essencial para avaliar as oportunidades

de investimentos auxiliando os investidores a alocarem seus recursos da forma mais eficiente

dentre as diversas opções que o mercado oferece (BUSHMAN e SMITH ,2003).

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33 

 

Diante disso, de acordo com Cunha e Riberio (2008), a divulgação constitui uma

ferramenta importante para que uma empresa se diferencie das demais na forma de apresentar

seu desempenho, suas estratégias e diferenciais competitivos.

E é diante desta afirmação que a contabilidade contribui por ser um elo de ligação

entre a empresa e a sociedade, devendo evidenciar as medidas adotadas e os resultados

alcançados pela empresa no processo de proteção, preservação e recuperação do meio

ambiente (BEUREN,CUNHA e SOUZA, 2006).

O principal grupo ao qual se destinam as informações contábeis são os acionistas,

investidores e credores. Esses dados podem ser divulgados através das demonstrações

financeiras, e dados complementares como as notas explicativas, entre outros (CALIXTO,

BORBA e LIMA, 2007).

Porém Hendriksen e Breda (1999) lembram que, além dos acionistas, investidores e

credores, existem outros interessados nas informações da empresa. Entre eles estão,

funcionários, clientes, fornecedores, governo, e a sociedade em geral.

É valido ressaltar que ao prestar contas de suas ações, as empresas visavam

principalmente melhorar sua imagem perante consumidores e investidores, fato que as levou a

concluir que apenas produzirem a preço justo e qualidade adequada não seria mais a única

justificativa de sua existência perante a opinião pública (CUNHA E RIBEIRO,2008).

2.6 Disclosure ambiental

Atualmente vivemos na sociedade do conhecimento, em que as informações são

recursos valiosos, e o ambiente apresenta-se de maneira dinâmica, fazendo com que “o

contexto econômico-social atual reflita um ambiente onde se processam mutações periódicas

na organização empresarial” (WINCKLER, 2005, p. 15).

Esse ambiente mutável, principalmente no contexto organizacional, ocorre “devido à

volatilidade e dinamismo do mercado de capitais em todo o mundo, o processo de divulgação

das informações sobre a gestão, os usuários externos, é fator preponderante para a

sobrevivência das empresas” (GALLON, 2006, p. 18).

Eis que surge o papel da contabilidade, e este está relacionado aos objetivos

qualitativos da informação contábil, objetivos tais como compreensibilidade,

relevância/materialidade, confiabilidade e comparabilidade, permeando todo o sistema da

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34 

 

contabilidade e confundindo-se com os próprios objetivos da ciência contábil (QUINTEIRO e

MEDEIROS, 2005, p. 2).

No entendimento de Paiva (2003, p. 17), A contabilidade ambiental pode ser entendida

como a atividade de identificação de dados e registro de eventos ambientais, processamento e

geração de informações que subsidiem o usuário servindo como parâmetro em suas tomadas

de decisões.

Para Winckler(2005, p. 15) a evidenciação de informações dessa natureza proporciona

maior e melhor visibilidade das empresas quanto a suas ações não contempladas em

demonstrações legalmente exigidas. Aquino e Santana (1992, p. 1) asseguram ainda que para

que haja a evidenciação é necessário uma divulgação com clareza, onde se compreende de

imediato o que está sendo comunicado.

Para Iudícibus (2000) o padrão de divulgação pode ser subdividido em três níveis: (a)

divulgação adequada; (b) divulgação justa; (c) divulgação completa, contudo toda e qualquer

informação divulgada deve ser adequada, justa e plena, ao menos em relação ao detalhe que

está sendo evidenciado.

O sentido da evidenciação é que a informação que não for relevante deve ser omitida,

a fim de tornar os demonstrativos contábeis significativos e passíveis de pleno

entendimento(NASCIMENTO et al ,2009)

Dantas, Zendersky e Niyama (2004) ressaltam que a empresa, para alcançar o maior

nível de transparência pleiteada com o disclosure, deve divulgar informações qualitativas e

quantitativas que possibilitem aos usuários formarem uma compreensão das atividades

desenvolvidas e dos seus riscos, cumprindo aspectos de tempestividade, detalhamento e

relevância indispensáveis.

Quanto à evidenciação de informações ambientais nos relatórios contábeis, de um

modo geral, as empresas brasileiras utilizaram o relatório da administração e a maior parte das

informações divulgadas são de natureza qualitativa, sem muita clareza, padrão e consistência,

como verificaram diversos autores (SANTOS et al. 2001; NOSSA, 2002; PAIVA, 2003;

CALIXTO, 2004.

No Quadro 1, está descrito quais as informações a evidenciação ambiental implica em

responder:

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35 

 

Quadro 1- Perguntas as quais a informação ambiental devem responder

Perguntas as quais a informação ambiental deve responder

O quê todas as informações relativas aos eventos e às transações envolvidos com a questão ambiental;

Como com o grau de detalhamento exigido pela relevância dos valores e da natureza dos gastos, relativos à interação da empresa com o meio ambiente;

Quando o registro contábil deverá ser feito no momento em que o fato gerador ocorrer, ou no momento em que houver informações adicionais e complementares;

Onde As demonstrações contábeis e nas notas explicativas, dependendo da extensão e da natureza das informações a serem prestadas.

Fonte: Adaptado de Ribeiro (2005, p. 108),

Ainda segundo Ferreira (2003, p.108), “as notas explicativas podem ser o meio ideal

para explicitar como esses cálculos foram feitos e também para esclarecer os investimentos

em prevenção, recuperação e reciclagem de material”.

Por fim, Salotti (2005, p.70) discorre sobre a possível relação positiva entre o nível de

divulgação de informações voluntárias e o nível passado de divulgação, principalmente

devido a dois motivos:

��redução nos custos de divulgação pela divulgação anterior;

��uma força imposta pelo mercado às empresas que divulgaram informações

voluntárias em períodos anteriores (se quem já divulgou não o fizer novamente, essa

informação pode ser entendida pelo mercado como adversa), que reavalia suas expectativas e

os preços das ações.

2.7 Pesquisas Empíricas sobre Disclosure Ambiental

Com base nesse cenário que pouco estimula, incentiva e conduz a pesquisa empírica

em contabilidade ambiental, outros autores da literatura contábil criticam a falta de

padronização na evidenciação contábil da variável ambiental, além da necessidade de

auditoria contábil dessas informações, e que ela seja feita por empresa de auditoria

independente. (BERGAMINI JUNIOR, 2000; NOSSA, 2002 e PAIVA, 2003).

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36 

 

Pode-se dizer, desta forma, que uma empresa socialmente responsável é aquela que

valoriza o relacionamento com todos os stakeholders associados direta ou indiretamente ao

negócio da empresa, incorporando os interesses destes no planejamento de suas atividades.

A relação entre a performance ambiental e financeira das empresas tem sido, nos

últimos anos, e continua a ser, tema de intenso debate. Alguns autores consideram que as boas

praticas de gestão ambiental e os investimentos conducentes a uma melhor performance

ambiental são benéficos para a empresa assim como para a sociedade(Roque e Cortez , 2006)

Para Rover, Alves e Borba (2005) afirmam baseados em autores internacionais, ficar

claro que a evidenciação ambiental expõe que os direitos e obrigações da empresa estão sendo

administrados para realçar o atendimento dos direitos da sociedade (CASTELO; ERESA

2008; RAHAMA, LAWRENCE, ROPER, 2004; HASSELDINE; SALAMA; et AL, 2005;

CORMIER; GORDON; MAGMAN, 2004; de VILLIERS; STADEN, 2006).

Ao que concerne no que evidenciar sobre o quesito ambiental em relatórios

financeiros, Grossman e Milgron (apud FEKRAT e PETRONI, 1996) defendem a total

evidenciação das informações. Porém os mesmos afirmam que, na ausência ou falta de

transparência de informações, os investidores depreciam o valor da firma. Os autores vão

mais longe e declaram que, em um ambiente competitivo, as empresas tenderiam a concorrer

entre si quanto à evidenciação, evitando ser alvo de conseqüências associadas à omissão de

informações. Contudo, Abreu et al(2008) afirmam que essa lógica traz custo para as empresas

e ao mesmo tempo incentiva o disclosure.

Para Rover et al(2008) o cenário nacional de pesquisas ainda é embrionário, porém já

existem estudos realizados com achados relevantes.

Destacou algumas pesquisas que tratam do tema divulgação de informações

ambientais como achados interessantes, assim como descritos no Quadro 2 logo abaixo.

Quadro 2- Pesquisas que tratam do tema divulgação de Informações Ambientais

REFERÊNCIA PROBLEMA DE PESQUISA RESULTADOS

(CALIXTO; LIMA; BARBOSA, 2007)

Divulgação de informações ambientais por meio de relatórios financeiros vs na internet e por setor

Internet ganha de documentos financeiros

Siderurgia e Saneamento são os setores que

mais evidenciam

(ROVER; ALVES; BORBA, 2008)

Divulgação de informações ambientais por meio de relatórios no padrão CVM vs SEC.

Os achados foram Inconsistência.

(MURCIA; ROVER; Quais fatores explicam o disclosure ambiental das empresas brasileiras pertencentes a

Os fatores, tamanho, empresa de auditoria e participação no ISE são

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37 

 

FÁVERO; LIMA, 2008) setores de alto impacto ambiental? significantes.

FIÓRIO; NOSSA; COSTA;PEREIRA; NOSSA, 2008)

Quais foram os tipos de informes utilizados pelas empresas de telecomunicações do Brasil para evidenciação das práticas de responsabilidade social em 2004?

Não há uniformidade e utilizam as notas explicativas, relatório da administração, balanço social padrão e/ou relatório próprios.

(CUNHA; RIBEIRO, 2006)(CUNHA; RIBEIRO, 2008)

Que motivos levariam as companhias negociadas no mercado de capitais brasileiro a divulgar voluntariamente informações de natureza social?

Associação positiva entre divulgação voluntária e nível de governança corporativa, desempenho e tamanho.

Fonte: Vellani(2009)

No que toca a evidencia empírica, haja uma variedade de estudos desenvolvidos com o

intuito de averiguar a natureza da relação entre a performance ambiental e financeira das

empresas. Contudo, existe alguma disparidade entre os mesmos no que respeita: (1) a

metodologia usada para averiguar a existência de tal relação; (2) as medidas utilizadas para

avaliar a performance ambiental; (3) as medidas utilizadas para avaliar a performance

financeira; (4) ao tipo de evidencia encontrada.(ROQUE E CORTEZ,2006).

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38 

 

3. METODOLOGIA

O conhecimento humano caracteriza-se pela relação estabelecida entre o sujeito e o

objeto, podendo-se dizer que essa é uma relação de apropriação. Sendo assim, a metodologia

resulta de um conjunto de procedimentos a serem utilizados pelo indivíduo na obtenção do

conhecimento (Ponte el al, 2007).

De acordo com os autores anteriormente citados, a pesquisa científica desenvolve-se

mediante utilização dos conhecimentos disponíveis, métodos, técnicas e outros procedimentos

científicos, que vão desde a adequada formulação do problema até a satisfatória apresentação

dos resultados.

Visto através dos objetivos, o presente trabalho pode ser classificado como descritivo,

pois procura determinar status, opiniões ou projeções futuras nas respostas obtidas.

Este estudo classifica-se como uma pesquisa documental direta que de acordo com Gil

(2008), guarda estreitas semelhanças com a pesquisa bibliográfica. A principal diferença entre

as duas é a natureza das fontes: na pesquisa bibliográfica os assuntos abordados recebem

contribuições de diversos autores, na pesquisa documental os materiais utilizados geralmente

não receberam ainda um tratamento analítico.

Diante das diversas dimensões de classificação metodológica de um estudo, esta

pesquisa pode ser classificada quanto a sua natureza como qualitativa.

Contudo, os resultados da pesquisa foram analisados através de gráficos, tabelas e

quadros, pois de acordo com Martins e Theóphilo (2007) é descabido o entendimento que

possa haver pesquisa exclusivamente qualitativa ou quantitativa, visto que a investigação

científica contempla ambas.

3.1 Procedimentos Técnicos de Coleta de Dados

As técnicas utilizadas para a obtenção de informações são bastante diversas, contudo,

este estudo utilizou-se da Desenvolvimentista, que é o tipo de pesquisa que procura

investigar as mudanças de comportamento que ocorrem através dos anos (SILVA E

MENEZES, 2001).

De acordo com os mesmos autores, ainda se pode ter abordagens distintas, podendo

ser de caráter longitudinal ou transversal, pois a pesquisa desenvolvimentista busca obter

informações sobre a interação entre crescimento e maturação e de variáveis de aprendizagem

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39 

 

e desempenho. Diante dessa classificação este estudo tem caráter longitudinal, pois os

mesmos sujeitos são estudados sobre um período determinado de anos.

3.2 Coleta de Dados

O presente trabalho analisou as Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFP’s), que

compreendem o Relatório da Administração, as Demonstrações Contábeis, as Notas

Explicativas e parecer dos auditores independentes, mesmo não sendo as mesmas os únicos

meios de divulgação desse tipo de informação.

Para Ponte e Oliveira (2004) as informações divulgadas nas demonstrações contábeis

tradicionais parecem não mais atender às necessidades dos usuários, tornando-se

indispensável à evidenciação de informações suplementares através das Notas Explicativas e

do Relatório da Administração.

O Relatório da Administração apresenta linguagem menos técnica e “representa um

necessário e importante complemento às demonstrações contábeis publicadas por uma

empresa, em termos de permitir o fornecimento de dados e informações adicionais que sejam

úteis aos usuários em seu julgamento e processo de tomada de decisões” (FIPECAFI,2000, p.

398).

Neste sentido, tal como Rover et al (2008) justifica-se a escolha das DFP’s por duas

premissas fundamentais: relevância e comparabilidade. De acordo com esses autores, a

relevância resulta da importância das Demonstrações Financeiras no processo de

comunicação entre a empresa e seus stakeholders e, também, na formação de contratos. A

comparabilidade emerge da obrigatoriedade de todas as empresas enviarem as DFP’s à

Comissão de Valores Mobiliários (CVM), enquanto que apenas algumas empresas divulgam

relatórios específicos.

Esta pesquisa utilizou-se de um estudo documental direto e teve como objeto de

análise as DFP’s de uma empresa do setor elétrico da região nordeste do Brasil disponíveis no

sítio eletrônico da empresa, sendo as mesmas dos anos 2001 até 2011

3.3 Amostra

Assim como Nossa(2002) e Salomone & Galluccio (2001), este estudo optou pela

escolha de um setor de atividade para fazer sua análise, porém focou-se na análise numa série

temporal relevante de uma única empresa, devido à falta de uniformidade nos elementos da

amostra.

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40 

 

Sendo assim, para o desenvolvimento deste estudo, utilizou-se intencionalmente, como

amostra, uma empresa do setor elétrico do nordeste, a qual tem suas ações negociadas em

bolsa de valores, uma empresa de capital aberto do setor elétrico de representatividade

econômica e social na região nordeste, a Companhia de Energia Elétrica do Estado de

Pernambuco (CELPE), do grupo Neoenergia.

Para Rosa, ELssin e Elssin(2010) justifica-se utilizar empresas do setor elétrico como

amostra por pelo menos três motivos:

Quadro 3 - Motivos para escolha do setor elétrico

MOTIVOS DESCRIÇÃO

LEGAL O setor elétrico é um dos que possui maior controle legal de evidenciação ambiental, justificando assim, sua relevância.

ECONÔMICA E SOCIAL Importância do setor elétrico para o desenvolvimento econômico e social do país.

AMBIENTAL O setor gera impactos ambientais (Conforme Lei n◦ 10.165, de 27 de dezembro de 2000).

Fonte: Adpatado de Rosa, ELssin e Elssin(2010)

Castro, Siqueira e Macedo(2009), também listam em seu trabalho outras justificativas

que alicerçam a escolha por empresas do setor elétrico a serem estudadas, sendo as mesmas

embasadas no estudo de (LINS e OUCHI, 2007). Dentre as justificativas destacam-se:

(a) a grande interferência de suas empresas no meio ambiente;

(b) os impactos de suas atividades sobre o bem estar da sociedade;

(c) sua relevância econômica para os países;

(d) o seu envolvimento no tema da responsabilidade socioambiental.

3.4 Tratamento dos Dados Coletados

De acordo com Nossa(2002), ao contrário do que acontece em uma pesquisa

quantitativa, a análise das respostas foi feita no decorrer da execução da análise de conteúdo e

principalmente na redefinição de algumas categorias.

Para a consecução da análise, foi utilizada a análise de conteúdo dos demonstrativos

financeiros padronizados a fim de identificar as informações de caráter ambiental e classificá-

las, que de acordo com Berelson (1952) e Bardin (1977), esta é uma técnica de pesquisa para

uma descrição objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto de uma

comunicação, a qual visa obter através de procedimentos sistemáticos e objetivos a descrição

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41 

 

do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam inferir

conhecimentos relativos às condições de produção e recepção dessas mensagens.

Bauer & Gaskell (2002) afirmam ainda que a análise de conteúdo é apenas um dentre

os vários tipos de análise de texto desenvolvido dentro das ciências sociais. Embora as

maiores partes das análises clássicas de conteúdo terminem em descrições numéricas

(contagem) de algumas características encontradas nos textos, deve-se dispensar considerável

atenção aos “tipos” e “qualidades” daquilo que é encontrado, antes que qualquer quantificação

seja feita.

Porém, a análise de conteúdo ainda é pouco utilizada nas pesquisas contábeis de

maneira geral, mas é facilmente encontrada na literatura de contabilidade ambiental pesquisas

que buscaram examinar e medir o disclosure ambiental e social, as quais se utilizaram dessa

técnica (Nossa, 2002).

Após a coleta, foi feita uma tabulação dos dados em uma grade de análise com auxílio

do software Excel 2010, e em um segundo momento foi feita uma apreciação dos dados

obtidos na pesquisa.

Sendo assim, como proposto pelo mesmo autor, os dados foram apresentados de

maneira descritiva, utilizando-se da quantificação.

3.5 Instrumentos de Análise

Assim como descrito por Nossa(2002), para a utilização da técnica de análise de

conteúdo, necessita-se, no entanto, de um planejamento e de uma estruturação prévia. Pois de

acordo com Milne & Adler (1999, p.253) apud Nossa(2002), não existem regras ou padrões

mínimos universais que possam ser adotados para a confiabilidade da análise de conteúdo de

disclosure ambiental e social. Porém, o pesquisador necessita entender as ferramentas que ele

está usando.

Segundo os mesmos autores anteriormente citados, quanto maior o refinamento na

avaliação do disclosure ambiental, maior a confiabilidade dos resultados.

Nos casos em que apenas é verificada a existência ou não de evidenciação em

determinada categoria, o estudo reflete apenas a taxa de incidência no relatório,

empobrecendo o resultado da avaliação(NOSSA, 2002).

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42 

 

3.5.1 Categorias e Subcategorias

Para que haja a classificação das informações quantitativas e qualitativas divulgadas,

fez-se necessário adotar uma classificação. Para isso o presente estudo utilizou-se do

arcabouço desenvolvido e aplicado por Rover et al (2008) em empresas brasileiras

pertencentes a setores de alto impacto ambiental.

Essa classificação foi criada baseada em estudos realizados por Gray, Kouhy e Lavers

(1995), Hackston e Milne (1996), Nossa (2002), Lima (2007) e Yusoff, Lehman e Nasir

(2006), Rover et al. (2008).

E de acordo com Freitas e Janissek (2000, p. 46), as categorias são o coração da

análise de conteúdo e podem ser definidas como “rubricas significativas em função das quais

o conteúdo será classificado e eventualmente quantificado”.

Sendo assim, logo abaixo se encontra no Quadro 4 o modelo conceitual para a

categorização dos dados.

Quadro 4 - Classificações das Categorias da Informação Ambiental

Categorias Evidenciação das subcategorias ambientais

Políticas Ambientais Declaração das políticas, práticas, ações atuais e futuras; estabelecimento de metas; obediência normas e leis; premiações; participações em índices ambientais (sustentabilidade).

Sistemas de Gerenciamento Ambiental

Certificação ambiental (ISOs 9000 e/ou 14.000, EMA etc.); auditoria ambiental, descrição das práticas de gestão ambiental.

Impactos dos Produtos e Processos

Desperdícios; resíduos; processo de acondicionamento; reciclagem; desenvolvimento de produtos ecológicos; impacto na área de terra utilizada; odor; reutilização da água; vazamentos e derramamentos; reparo a danos ambientais.

Energia Conservação e/ou utilização mais eficiente nas operações; utilização de materiais desperdiçados; aumento da eficiência energética; preocupação com falta de energia; desenvolvimento de novas fontes.

Informações Financeiras Ambientais

Investimentos; custos; despesas; passivos; provisões; ativos; seguros; práticas contábeis de itens ambientais.

Educação, Pesquisa e Treinamento.

Educação e treinamento ambiental (internamente e/ou comunidade); pesquisas.

Mercado de Créditos de Carbono

Projetos de mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL); créditos de carbono; emissão de gases do efeito estufa (GEE); certificados de emissões reduzidas (CER).

Outras Informações Ambientais

Menções sobre sustentabilidade; gerenciamento de florestas; conservação da biodiversidade; relacionamento com stakeholders.

Fonte: Adaptado de Rover et al (2008)

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43 

 

3.5.2 Tipos de Evidências

O tipo de disclosure pode ser definido como a maneira pela qual a informação é

apresentada nos relatórios (Nossa, 2002).

Assim como Rover et al (2008), após a categorização são necessários critérios para

analisar os tipos de evidenciação das informações ambientais. Os referidos autores

embasaram sua classificação em um arcabouço internaciona elaborado por Gray, Kouhy e

Lavers (1995a), que dividem a análise das informações em dois grandes grupos: evidência

(evidence) e notícia (news), sendo assim, como forma de alicerçar o presente estudo em

procedimentos metodológicos robustos, o mesmo será realizado nesta pesquisa.

Neste sentido de acordo com Hackston e Milne, 1996; Salomone e Galuccio, 2001;

Nossa, 2002; Gray; Kouhy e Lavers, 1995a; Rover et al 2008, as evidências acerca da

informação ambiental podem ser classificadas em quatro unidades de registro dinstintas:

Quadro 5 - Classificação das Evidências Ambientais

Tipos das Evidências Evidências

Declarativa Informação qualitativa expressa em termos descritivos;

Quantitativa não monetária

Informação quantitativa expressa em números de natureza não-financeira;

Quantitativa monetária: Informação quantitativa expressa em números de natureza financeira;

Quantitativa monetária e não monetária

Informação quantitativa expressa em números de natureza financeira e não-financeira;

Fonte: Adaptado de Rover et al(2008)

3.5.3 Tipos de Informação

De acordo com Nossa (2002), muitos dos trabalhos que analisaram o conteúdo dos

relatórios financeiros e ambientais, procederam a uma classificação da qualidade da

informação evidenciada, a qual foi denominada de caracterização da informação.

Por fim, no que concerne aos tipos de informações, Rover et al(2208) embasados em

Gray, Kouhy e Lavers (1995a) recomendam a utilização de três características distintas:

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44 

 

Quadro 6 - Classificação das Informações Ambientais

Caracterização da Informação Ambiental

Informações

Informação boa declarações que reflitam crédito para a companhia

Informação ruim declarações que reflitam descrédito para a companhia

Informação neutra declarações cujo crédito/descrédito para a companhia não é obvio

Fonte: Adaptado de Rover et al(2008)

3.6 Regras de decisão de análise

Assim como exposto por Nossa (2002) em sua tese, o referido autor utilizou-se da

aplicação da técnica de análise de conteúdo, na qual a mesma permite a interpretação dos

diversos conteúdos manifestos nas comunicações.

Seguindo a mesma metodologia, o autor traz em seu estudo algumas regras que devem

ser seguidas durante o processo de análise e quantificação.

A aplicação da técnica de análise de conteúdo permite a interpretação dos diversos

conteúdos manifestos nas comunicações, Bardin (1977), contudo algumas regras devem ser

seguidas durante o processo de análise e quantificação.

Assim, o mesmo autor adverte que, embora muitos pesquisadores raramente as

apliquem, as principais regras para compor as categorias a serem seguidas são:

Quadro 7 - Principais regras de Classificação das Informações Ambientais

Classificação

Homogêneas Exaustivas Exclusivas

Adequadas ou pertinentes Fonte: Adaptado de Nossa (2002) baseado em Bardin (1977)

Assim como no embasamento metodológico de Nossa (2002), outras regras

também foram utilizadas baseadas em Hackston & Milne (1996) e serão utilizadas para a

realização deste estudo:

• Se alguma sentença tem mais que uma classificação possível, ela deveria ser

classificada para a categoria mais enfatizada na sentença;

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45 

 

• Tabelas e gráficos (monetários e não-monetários) que fornecem informações

classificadas em alguma categoria deveriam ser interpretados como uma linha igual a

uma sentença e classificada como esta.

3.7 Delimitações do Estudo

Para fins de delimitação, a pesquisa trata somente de informações relacionadas com o

meio ambiente, buscando identificar possíveis evoluções nos níveis de evidenciação de

informações de caráter ambiental com um intervalo temporal de 11 anos dos demonstrativos

estudados.

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46 

 

4 ANÁLISE DOS DADOS: RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Considerações iniciais

Os resultados da pesquisa estão divididos em 5 partes:

1. A primeira parte consiste na análise pontual das oito categorias que compõem a

estrutura conceitual. Esta versa na categorização e a alocação das informações nos subgrupos

evidenciadas nos DFP’s. Para isso as sentenças foram classificadas de acordo com os tipos de

evidências e a intenção às quais as informações foram divulgadas.

2. No segundo momento da análise, foi realizado um comparativo das categorias

classificadas no decorrer dos anos estudados.

3. No terceiro momento foi feita uma análise comparativa das categorias quanto à

forma pela qual as sentenças foram classificadas, observando-se sua forma de evidenciação,

ou seja, as unidades de registro que foram utilizadas no momento da divulgação.

4. No quarto momento, foi realizada uma análise comparativa das intenções pelas

quais a entidade passou ao divulgar as informações, ou seja, os tipos das informações.

5. E por fim, foi feito um delineamento do panorama evolutivo do nível de

evidenciação do total de informações com características ambientais nos 11 anos estudados.

4.2. Análise dos Dados por Categorias

Para a realização dessa análise foi necessário desfragmentar as 8 categorias em seus

respectivos subgrupos. Com isso, os achados do presente estudo não se tornam genéricos,

assim foi possível identificar quais informações de fato foram descritas nas DFP’s no

intervalo de 11 anos de divulgação estudados.

4.2.1 Políticas ambientais

A fim de identificar as informações evidenciadas que tenham características das

“Políticas Ambientais”, fez-se necessário classificar as sentenças em 5 subcategorias com as

seguintes características:

a) Declaração das políticas, práticas, ações atuais e futuras;

b) Estabelecimento de metas;

c) Obediência de normas e leis;

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47 

 

d) Parcerias Ambientais;

e) Prêmios e Participações em índices ambientais (sustentabilidade).

O Quadro 8 traz em seu conteúdo algumas das sentenças classificadas com as características descritas nas subcategorias acima, são exemplos de sentenças extraídas das DFP’s:

Quadro 8 - Exemplo de sentenças classificadas como “Políticas Ambientais”.

SUBCATEGORIA ANO DA DIVULGAÇÃO EXEMPLO

Declaração das políticas, práticas, ações atuais e futuras.

2004 “A Celpe possui uma Política Ambiental alinhada às estratégias corporativas, com foco na minimização dos impactos dos serviços de distribuição de energia elétrica sobre o meio ambiente.”

Estabelecimento de metas 2003 “Quanto ao estabelecimento de metas anuais para minimizar resíduos, o consumo, em geral, na produção/operação a aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa: (X) cumpre 76% a 100% das metas.”

Obediência de normas e leis 2009 “O acompanhamento das licenças ambientais é realizado sistematicamente, garantindo o cumprimento dos instrumentos legais, seguindo a norma vigente.”

Parcerias Ambientais 2008 “Em 2008 a CELPE fechou parceria com o Banco do Brasil para a venda subsidiada de geladeiras novas com Selo Procel de economia, para clientes de baixo poder aquisitivo, moradores de bairros populares, 60% pagos pela CELPE e os 40% parcelados em até 24 meses.”

Participações em índices ambientais (sustentabilidade)

2011

“Prêmio Socioambiental Chico Mendes. A Empresa conquistou a premiação com o Projeto Energia Verde, iniciativa que integra o Programa de Eficiência Energética do Grupo Neoenergia. Concedido pelo Instituto Internacional dePesquisa e Responsabilidade Socioambiental Chico Mendes – INPRA, o prêmio tem como objetivo valorizar projetos no âmbito social e ambiental, que se destacam pela importância, criatividade e contemporaneidade.”

Fonte: Dados da Pesquisa

Ao serem analisados os 11 anos das DFP’s, foram identificados 105 sentenças na

categoria de “Políticas Ambientais”.

Na tabela 1 é possível analisar, de maneira comparativa, o total dos dados compilados

no decorrer dos 11 anos estudados referentes a esta categoria. Pode-se observar a evolução

percentual do nível de evidenciação e informações com esse tipo de característica nos últimos

6 anos, chegando a aproximadamente 25% em 2011. Contudo, nos anos 2001 e 2007 não

houve uma uniformidade significativa na evolução percentual nesse tipo de informação.

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48 

 

Tabela1 - Tabela comparativa das sentenças classificadas como “Políticas

Ambientais”/Ano

Evidenciação acerca das Políticas Ambientais 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

6 2 3 5 8 4 5 10 13 23 26 105

5,7% 1,9% 2,9% 4,8% 7,6% 3,8% 4,8% 9,5% 12,4% 21,9% 24,8% 100,0% Fonte: Dados da Pesquisa

É possível visualizar a evolução da categoria das “Políticas Ambientais”, descritas

acima, no Gráfico 1, logo abaixo:

Gráfico 1- Total de sentenças identificadas da categoria das “Políticas Ambientais” /Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

Na Tabela 2 logo abaixo descrita, evidencia-se de maneira comparativa que, ao

decorrer dos anos, as informações com características de “Políticas Ambientais” divulgadas

pela empresa em suas DFP’s foram classificadas a partir das subcategorias.

Tabela 2 - Evidenciação das Subcategorias das “Políticas Ambientais”/Ano

EVIDENCIAÇÃO DAS SUBCATEGORIAS DE POLÍTICAS AMBIENTAIS X ANOS

Declaração das políticas/práticas atuais e futuras 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

4 0 1 1 6 0 4 5 6 4 10 41 39% Estabelecimento de metas e objetivos ambientais

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total % 0 1 1 2 2 1 0 0 3 2 0 12 11%

Declarações de que a empresa está em obediência com as leis, licenças e órgãos ambientais. 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

2 0 0 1 0 1 0 4 2 11 9 30 29% Parcerias ambientais

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total % 0 1 1 1 0 2 1 1 2 6 5 20 19%

Prêmios e participações em índices ambientais 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2% Fonte: Dados da Pesquisa

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49 

 

Observa-se que as subcategorias com maiores relevâncias são de “Declaração das

políticas/práticas atuais e futuras” e “Declarações de que a empresa está em obediência com

as leis, licenças e órgãos ambientais” com 39% e 29% respectivamente. A subcategoria de

“Prêmios e participações em índices ambientais“ foi a que teve menor expressão, com apenas

2% do total das informações evidenciadas.

É possível observar na Tabela 3 a maneira pela qual as sentenças foram classificadas na categoria das “Políticas Ambientais”, sob a ótica das unidades de registro.

Tabela 3 - Classificação das “Políticas Ambientais”/Evidências

Evidenciação acerca das Políticas Ambientais Uni. de Registro 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

Declarativa 5 1 2 4 8 4 4 8 12 21 22 91 87% Monetária 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1% Não Monetária 1 1 1 1 0 0 0 1 1 2 4 12 11%

Monetária/ Não Monetária

0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1%

TOTAIS 6 2 3 5 8 4 5 10 13 23 26 105 100%Fonte: Dados da Pesquisa

Por se tratar de uma categoria que tem natureza descritiva, foi evidenciado, de maneira expressiva, que 87% das sentenças tinham a característica de serem “declarativas”; em contra partida com as “Monetárias” e “Monetárias/ Não Monetárias”, com apenas 1% cada.

Na Tabela 4 pode-se observar a classificação feita a fim de identificar qual o intuito da

entidade ao evidenciar a informação em seus DFP’s.

De maneira expressiva, com 82 sentenças, as quais correspondem a 78% do total dessa

categoria, a empresa buscou passar uma imagem “boa”, ou seja, que gera um crédito para a

entidade. Algumas informações não tinham seu intuito óbvio ou não claro, totalizando 18%,

sendo classificado como “neutro”.

Por fim, com apenas 4% das sentenças, a entidade divulgou informações que geraram

um descrédito para a empresa, as quais passam uma imagem “ruim” da ação evidenciada pela

entidade.

 

 

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50 

 

Tabela 4 - Classificação das “Políticas Ambientais”/Tipos das informações

Evidenciação acerca das Políticas Ambientais

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

Boa 5 2 3 3 7 4 5 8 10 17 18 82 78%

Ruim 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 4 4%

Neutra 1 0 0 2 1 0 0 2 3 2 8 19 18%

TOTAIS 6 2 3 5 8 4 5 10 13 23 26 105 100%

Fonte: Dados da Pesquisa

4.2.3 Sistemas de gerenciamento ambiental

A fim de identificar as informações evidenciadas que tenham características dos

“Sistemas de gerenciamento ambiental”, buscou-se classificar as sentenças em 3

subcategorias, são estas:

a) Certificação ambiental (ISOs 9000 e/ou 14.000, EMA etc.);

b) Auditoria ambiental;

c) Descrição das práticas de gestão ambiental.

O Quadro 9 traz em seu conteúdo algumas das informações classificadas com as

características descritas acima, estas são exemplos de sentenças extraídas das DFP’s:

Quadro 9- Exemplo de sentenças classificadas como “ Sistemas de Gerenciamento

Ambiental”

Subcategoria Ano da Evidenciação Exemplo

Certificação ambiental 2004 “Um dos desafios de 2005 foi a otimização e adequação dos procedimentos do Sistema de Gestão Ambiental para a migração das certificações para a versão 14001:2004.”

Auditoria ambiental 2011 “Informação não examinada por auditores independentes.”

Descrição das práticas de gestão ambiental

2011 “A CELPE adota um Sistema de Gestão Ambiental que leva em consideração a sustentabilidade, através da combinação do desenvolvimento econômico com atividades que promovem a melhoria da qualidade de vida e a preservação das riquezas naturais e culturais.”

Fonte: Dados da Pesquisa

Ao serem analisados os 11 anos das DFP’s, foram identificadas 27 sentenças na

categoria de “Sistemas de Gerenciamento”. Na tabela 5 é possível analisar de maneira

comparativa o total dos dados compilados no decorrer dos 11 anos estudados.

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51 

 

Tabela 5 - Tabela comparativa das sentenças classificadas como “Sistemas de

Gerenciamento Ambiental”/Ano

Evidenciação acerca dos Sistemas de Gerenciamento Ambiental

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

0 0 2 0 1 1 1 4 5 7 6 27

0,0% 0,0% 7,0% 0,0% 4,0% 4,0% 4,0% 15,0% 19,0% 26,0% 22,0% 100,0%Fonte: Dados da Pesquisa

É possível visualizar a evolução da categoria dos “Sistemas de Gerenciamento

Ambiental”, descritas acima, no gráfico 2, logo abaixo:

Gráfico 2 - Total de sentenças identificadas da Categoria de dos “Sistemas de

Gerenciamento Ambiental” /Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

Observa-se na Tabela 6 logo abaixo descrita, que houve um equilíbrio entre a

divulgação das subcategorias “ISOs 9000 e/ou 14.000”, correspondente a 52% das sentenças

divulgadas na categoria e “Gestão Ambiental” com 44%.

É válido ressaltar que na subcategoria “Auditoria Ambiental” só veio haver uma

sentença em 2011, não sendo abordada em nenhum ano anterior, sendo assim, ela

corresponde apenas a 4% do percentual total de evidenciação desta categoria.

É possível identificar também um aumento percentual nos últimos 4 anos no nível de

evidenciação, contudo, esse aumento não foi constante no último ano.

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52 

 

Tabela 6 - Evidenciação das “Subcategorias de Sistemas de Gerenciamento Ambiental”

/Ano

Sistemas de Gerenciamento Ambiental

ISOs 9000 e/ou 14.000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

0 0 2 0 1 1 1 2 2 3 2 14 52%

Gestão Ambiental

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

0 0 0 0 0 0 2 3 4 3 12 44%

Auditoria Ambiental

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 4%

Fonte: Dados da Pesquisa

É possível observar na Tabela 7 a maneira pela qual a sentença foi classificada na

categoria de “Sistemas de Gerenciamento Ambiental”, sob a ótica das unidades de registro

às quais as informações foram divulgadas.

Tabela 7-Evidenciação das Subcategorias de Sistemas de Gerenciamento

Ambiental/Evidências

Evidenciação acerca dos Sistemas de Gerenciamento Ambiental

Unid. de Registro

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

Declarativa 0 0 2 0 1 1 1 4 5 7 6 27 100%

Monetária 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0%

Não Monetária 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0%

Monetária/ Não Monetária

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0%

TOTAIS 0 0 2 0 1 1 1 4 5 7 6 27 100%

Fonte: Dados da Pesquisa

Assim como as “Políticas Ambientais”, a categoria dos “Sistemas de

Gerenciamentos Ambiental” tem em sua natureza a característica de ser totalmente

descritiva, sendo assim, ficou evidente na tabela 7, na qual 100% das sentenças da categoria

foram “declarativas”.

Na Tabela 8, pode-se observar a classificação feita com o objetivo de identificar qual o

intuito da entidade ao evidenciar a informação em seus DFP’s.

De maneira equilibrada, com 56% e 41%, as informações tiveram o intuito de gerar

um crédito para a entidade (uma “boa” imagem da empresa), ou não ficou claro o verdadeiro

intuito de gerar essa boa imagem, respectivamente. Por fim, apenas uma sentença teve o

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53 

 

intuito de gerar descrédito, o que correspondeu a 4% do total de sentenças classificadas nesta

categoria.

Tabela 8: Evidenciação das Subcategorias de Sistemas de Gerenciamento

Ambiental/Tipo de Informações

Evidenciação acerca dos Sistemas de Gerenciamento Ambiental

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

Boa 0 0 2 0 1 1 1 2 3 4 1 15 56%

Ruim 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 4%

Neutra 0 0 0 0 0 0 0 2 2 3 4 11 41%

TOTAIS 0 0 2 0 1 1 1 4 5 7 6 27 100%

Fonte: Dados da Pesquisa

4.2.4 Impactos e Processos Ambientais

A fim de identificar as informações evidenciadas que tenham características dos

“Impactos e Processos Ambientais”, buscou-se classificar as sentenças em 6 subcategorias,

são estas:

a) Desperdícios/Resíduos;

b) Reciclagem;

c) Reparo a danos ambientais;

d) Processo de acondicionamento;

e) Impacto na área de terra utilizada;

f) Vazamentos e derramamentos.

O Quadro 10 traz em seu conteúdo algumas das informações classificadas com as

características descritas acima, são exemplos de sentenças extraídas das DFP’s :

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54 

 

Quadro 10-Exemplo de sentenças classificadas como “Impactos e Processos Ambientais”

SUBCATEGORIA ANO DA EVIDENCIAÇÃO EXEMPLO

Desperdícios/Resíduos 2010 “Entre os tratamentos dos resíduos da empresa, podem-se citar o recondicionamento de todo o óleo mineral isolante dos transformadores e refino do óleo lubrificante proveniente da Geração de Energia em Fernando de Noronha.”

Reciclagem

2008 “Juntamente com projetos como o Eco Celpe, o qual incentiva a troca de lixo reciclável por bônus na conta de energia e outros avanços no campo ambiental, a CELPE teve representativa atuação socioambiental neste ano de 2008.”

Reparo a danos ambientais

2010 “Uma das ações de grande importância na preservação ambiental é a utilização de redes protegidas. Os cabos elétricos protegidos evitam os acidentes por contato com árvores, reduzindo a necessidade de poda da arborização e melhorando o desempenho do sistema elétrico.”

Fonte: Dados da Pesquisa

Ao serem analisados os 11 anos das DFP’s, foram identificadas 17 sentenças na

categoria de “Impactos e Processos Ambientais”. Na tabela 9 é possível analisar, de maneira

comparativa, o total dos dados compilados no decorrer dos 11 anos estudados.

É possível identificar também um aumento discreto no percentual de divulgação,

demonstrando uma pequena evolução no nível de evidenciação dessa categoria ao passar dos

anos, esse aumento fica mais evidente nos últimos 4 anos.

Tabela 9 - Tabela comparativa das sentenças classificadas como “Impactos e Processos

Ambientais” /Ano

Impactos e Processos Ambientais 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

0 2 1 0 0 1 0 1 3 4 5 17

0,0% 11,8% 5,9% 0,0% 0,0% 5,9% 0,0% 5,9% 17,6% 23,5% 29,4% 100,0%Fonte: Dados da Pesquisa

É possível visualizar a evolução da categoria de “Impactos e Processos Ambientais”,

descritas acima, no gráfico 3:

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55 

 

Gráfico 3 - Total de sentenças identificadas da Categoria de “Impactos e Processos

Ambientais” /Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

Pode-se observar também que em nenhum momento, nesses 11 anos de DFP’s

analisados, foi feita qualquer menção às seguintes subcategorias. “Processo de

Acondicionamento (Embalagem)”; “Impacto na Área de Terra Utilizada”;

“Vazamentos / Derramamentos”.

Na Tabela 10 logo abaixo descrita, evidencia-se a divulgação das informações

ambientais de maneira comparativa e quais as evoluções ocorreram ao decorrer dos anos com

estas informações com as características da categoria de “Impactos e Processos Ambientais”

divulgadas pela Celpe em suas DFP’s e classificadas a partir das subcategorias.

Observa-se que dentre as subcategorias analisadas a que teve uma maior quantidade de

sentenças identificadas que foram as que faziam menção a “Reparos a Danos Ambientais”

com aproximadamente 41% do total de sentenças classificadas nesta categoria. Identifica-se

também que houve um equilíbrio entre a divulgação das subcategorias “Desperdícios /

Resíduos” e de “Reciclagem”, com 30% aproximadamente, cada uma delas.

 

 

 

 

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56 

 

Tabela 10: Evidenciação das Subcategorias “Impactos e Processos Ambientais”/Ano

Impactos e Processos Ambientais

Desperdícios / Resíduos 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

0 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 5 29,41%Reciclagem

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 2 5 29,41%

Reparos a Danos Ambientais

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

0 0 0 0 0 1 0 0 1 3 2 7 41,18%

Processo de Acondicionamento (Embalagem) Impacto na Área de Terra Utilizada

Vazamentos / Derramamentos Fonte: Dados da Pesquisa

Assim como as “Políticas Ambientais” e “Sistemas de Gerenciamentos

Ambientais”, a categoria dos “Impactos e Processos Ambientais” também tem sua natureza

descritiva, diante disso, 94% do total das sentenças classificada são “declarativas” e apenas

uma sentença foi classificada como “não monetária”.

Tabela 11- Evidenciação das “Subcategorias Impactos e Processos

Ambientais”/Evidências

Evidenciação acerca dos Impactos e Processos Ambientais Unid. De Registro 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

Declarativa 0 1 1 0 0 1 0 1 3 4 5 16 94%

Monetária 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0%

Não Monetária 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 6%

Monetária/ Não Monetária

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0%

TOTAIS 0 2 1 0 0 1 0 1 3 4 5 17 100%

Fonte: Dados da Pesquisa

Na Tabela 12 pode-se observar a classificação feita a fim de identificar qual o intuito

da entidade ao evidenciar a informação em suas DFP’s.

De maneira equilibrada, com 53% e 47%, as informações tiveram o intuito de gerar

um crédito para a entidade (uma “boa” imagem da empresa), ou não ficou claro o intuito de

gerar essa boa imagem, respectivamente. Por fim, nenhuma sentença teve o intuito de gerar

descrédito.

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57 

 

Tabela 12 - Classificação dos “Impactos e Processos Ambientais”/Tipos das Informações

Evidenciação acerca dos Impactos e Processos Ambientais

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total % Boa 0 2 1 0 0 1 0 0 1 3 1 9 53%

Ruim 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0%

Neutra 0 0 0 0 0 0 0 1 2 1 4 8 47%

TOTAIS 0 2 1 0 0 1 0 1 3 4 5 17 100%

Fonte: Dados da Pesquisa

4.2.5 Políticas de Energia

A fim de identificar as informações evidenciadas que tenham características de

“Políticas de Energia”, buscou-se classificar as sentenças em 4 subcategorias, são estas:

a) Conservação e/ou utilização mais eficiente nas operações;

b) Utilização de materiais desperdiçados;

c) Aumento da eficiência energética,

d) Preocupação com falta de energia; desenvolvimento de novas fontes.

O Quadro 11 traz em seu conteúdo algumas das informações classificadas com as características descritas acima, estas são exemplos de sentenças extraídas das DFP’s:

Quadro 11- Exemplo de sentenças classificadas como “Políticas de Energia”

SUBCATEGORIA ANO DA EVIDENCIAÇÃO EXEMPLO

Conservação e/ou utilização mais eficiente nas operações

2001 “No Programa de Conservação de Energia desenvolvido em 2001, foram investidos R$ 3,2 milhões em ações de combate ao desperdício e o uso eficiente da energia, procurando manter o conforto, a qualidade, e a melhoria dos serviços, tendo como consequência a redução de custos.”

Utilização de materiais desperdiçados

2008 “A CELPE investe em programas de eficiência energética desde a sensibilização de clientes, através do Programa Anual de Combate ao Desperdício, capacitação de agentes multiplicadores e ações educacionais, até a doação de equipamentos eficientes.“

Discussão sobre a preocupação com a comunidade

2011 “Em 2011, a CELPE deu continuidade ao Projeto Energia Verde iniciado em 2009, com o intuito de despertar no consumidor residencial a conscientização ambiental.”

Preocupação com falta de energia; desenvolvimento de novas fontes.

2010 ”Foi realizada também a substituição de chuveiros elétricos por sistemas de aquecimento solar para a água no Hospital Infantil Maria Lucinda e no Abrigo Cristo Redentor”

Fonte: Dados da Pesquisa

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58 

 

Ao serem analisados os 11 anos das DFP’s, foram identificadas 33 sentenças

classificadas na categoria de “Políticas de Energia”.

Na tabela 13 é possível analisar, de maneira comparativa, o total dos dados

compilados no decorrer dos 11 anos estudados. Identifica-se uma evolução contínua na

evidenciação das informações com tais características, essa afirmação está clara nos pontos

percentuais.

Tabela 13- Tabela comparativa das sentenças classificadas como “Políticas de

Energia”/Ano

POLÍTICAS DE ENERGIA 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

5 0 1 1 0 3 3 3 4 5 8 33

15,2% 0,0% 3,0% 3,0% 0,0% 9,1% 9,1% 9,1% 12,1% 15,2% 24,2% 100,0% Fonte: Dados da Pesquisa

É possível visualizar a evolução da categoria “Políticas de Energia”, descritas acima,

no gráfico 4 logo abaixo:

Gráfico 4 - Total de sentenças identificadas da Categoria de “Políticas de Energia”/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

Na Tabela 14 logo abaixo descrita, evidencia-se, de maneira comparativa os níveis de

evidenciação das informações com características de “Políticas de Energia” ao passar dos 11

anos divulgadas pela Celpe em suas DFP’s classificadas a partir das subcategorias.

Observa-se que, dentre as subcategorias analisadas, a que teve uma maior quantidade

de sentenças identificadas foram as que faziam menção a “Discussão sobre a preocupação

com a comunidade”, com aproximadamente 52% do total de sentenças classificadas nessa

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59 

 

categoria, seguida das informações das subcategorias de “Conservação e/ou utilização mais

eficiente de energia nas operações”, com 33%.

Identifica-se também que uma discreta evolução na divulgação das subcategorias

“Desenvolvimento de novas fontes de energia” e de “Utilização de materiais

desperdiçados na produção de energia”, com 9% e 6% respectivamente.

Tabela 14 - Evidenciação das Subcategorias de “Políticas de Energia”/Ano

POLÍTICAS DE ENERGIA

Conservação e/ou utilização mais eficiente de energia nas operações 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

3 0 1 0 0 0 0 2 3 1 1 11 33%Utilização de materiais desperdiçados na produção de energia

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total % 1 1 2 6%

Discussão sobre a preocupação com a comunidade 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

2 0 0 1 0 3 3 0 1 2 5 17 52%

Desenvolvimento de novas fontes de energia

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 3 9% Fonte: Dados da Pesquisa

É possível observar na Tabela 15 a maneira pela qual as sentenças foram classificadas

na categoria de “Políticas de Energia”, sob a ótica das unidades de registro às quais as

informações foram divulgadas.

Tabela 15 - Classificação das “Políticas de Energia”/Evidências

Evidenciação acerca das Políticas de Energia Uni. de Registro 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

Declarativa 2 0 0 1 0 1 2 2 2 4 7 21 64%

Monetária 1 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 4 12%

Não Monetária 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 3 9% Monetária/ Não

Monetária 1 0 1 0 0 2 1 0 0 0 0 5 15%

TOTAIS 5 0 1 1 0 3 3 3 4 5 8 33 100% Fonte: Dados da Pesquisa

Ficou evidenciado de maneira expressiva que 64% das sentenças tinham a

características de serem “declarativas” diferentemente das “Monetárias”, “Não Monetárias” e

“Monetárias/ Não Monetárias”, com apenas 12%, 9% e 15% respectivamente.

Na Tabela 16 pode-se observar a classificação feita a fim de identificar qual o intuito

da entidade ao evidenciar a informação em suas DFP’s.

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60 

 

Significativamente, com 23 sentenças, as quais correspondem a 70% do total de suas

ações desta categoria, a empresa buscou passar uma imagem “boa”, gerando assim, um

crédito para a entidade. Algumas informações não tinham seu intuito óbvio ou não claro,

totalizando 30%, as quais foram classificadas como “neutro” . Nenhuma outra teve a intenção

de gerar descrédito para a empresa, uma imagem “ruim”.

Tabela 16 - Classificação das “Políticas de Energia”/Tipos das informações

Evidenciação acerca das políticas de energia 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

Boa 3 0 1 1 0 3 2 2 3 3 5 23 70% Ruim 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0% Neutra 2 0 0 0 0 0 1 1 1 2 3 10 30%

TOTAIS 5 0 1 1 0 3 3 3 4 5 8 33 100% Fonte: Dados da Pesquisa

4.2.6 Educação e Pesquisa

A fim de identificar as informações evidenciadas que compõem a “Educação e

Pesquisa”, buscou-se classificar as sentenças em 2 subcategorias que gerassem informações

com as seguintes características:

a) Educação ambiental (internamente e/ou comunidade);

b) Pesquisas relacionadas ao meio ambiente.

O Quadro 12 traz em seu conteúdo algumas das informações classificadas com as

características descritas acima, estas são exemplos de sentenças extraídas das DFP’s da Celpe:

Quadro 12 - Exemplo de sentenças classificadas como “Educação e Pesquisa”

Subcategoria Ano da Evidenciação Exemplo

Educação ambiental (internamente e/ou comunidade)

2001 “A CELPE tem marcado presença na sala de aula de 12 escolas com o S.O.S Energia – a corrente da vida. Iniciado em outubro de 2001, o projeto tem a finalidade de contribuir na mudança de atitudes e comportamentos de professores e alunos matriculados no ensino fundamental (3ª e 4ª séries) e que estejam na faixa etária de 11 a 14 anos.”

Pesquisas relacionadas ao meio ambiente

2009

“Para realizar esse trabalho, a empresa fez um estudo científico onde foi diagnosticado o tempo ideal de poda para cada tipo de espécie arbórea nativa, com a avaliação da atividade metabólica do vegetal, visando sua sustentabilidade e evitando impactos ambientais.”

Fonte: Dados da Pesquisa

Page 62: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

61 

 

Ao serem analisados os 11 anos das DFP’s, foram identificadas 52 sentenças na

categoria de “Educação e Pesquisa”. Na tabela 16 é possível analisar de maneira comparativa o

total dos dados compilados no decorrer dos 11 anos estudados.

Tabela 16- Tabela comparativa das sentenças classificadas como “ Educação e Pesquisa”

/Ano

Educação e Pesquisa 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

6 2 0 2 0 1 6 3 5 12 15 52

11,5% 3,8% 0,0% 3,8% 0,0% 1,9% 11,5% 5,8% 9,6% 23,1% 28,8% 100,0%Fonte: Dados da Pesquisa

É possível também identificar um aumento percentual representativo nos últimos 2

anos no nível de evidenciação, contudo, nos anos anteriores não havia um nível constante de

evidenciação.

É possível visualizar a evolução da categoria de “ Educação e Pesquisa”, descritas

acima, no gráfico 5 logo abaixo:

Gráfico 5 - Total de sentenças identificadas da Categoria de “ Educação e

Pesquisa”/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

Observa-se que na Tabela 17 logo abaixo descrita, a divulgação das subcategorias

“Educação ambiental (internamente e/ou comunidade”, foi a mais expressiva e

corresponde a 73% das sentenças divulgadas nesta categoria, em contra partida, as “Pesquisas

relacionadas ao meio ambiente” representam 27%.

Page 63: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

62 

 

Tabela 17- Evidenciação das Subcategorias de “Educação e Pesquisa”/Ano

Educação e Pesquisa

Educação ambiental (internamente e/ou comunidade) 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

5 2 0 1 0 1 3 2 4 11 9 38 73%

Pesquisas relacionadas ao meio ambiente 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

1 0 0 1 0 0 3 1 1 1 6 14 27% Fonte: Dados da Pesquisa

A partir da tabela 18 é possível observar a maneira pela qual a sentença foi classificada

na categoria de “Educação e Pesquisa”, sob a ótica das unidades de registro às quais as

informações foram divulgadas.

Assim como anteriormente descrito em outras categorias, ficou evidente na análise

percentual que 77% das informações totais desta categoria são “Declarativas” e apenas 21%

e 2%, são para “Não Monetárias” e “Monetárias/Não Monetárias”, respectivamente.

Tabela 18 - Classificação de “Educação e Pesquisa”/Evidências

Evidenciação acerca da Educação e Pesquisa Unid. De Registro 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

%

Declarativa 3 2 0 0 0 1 6 3 4 9 12 40 77%

Monetária 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0% Não Monetária 2 0 0 2 0 0 0 0 1 3 3 11

21%

Monetária/ Não Monetária 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

2%

TOTAIS 6 2 0 2 0 1 6 3 5 12 15 52 100% Fonte: Dados da Pesquisa

Na Tabela 19 pode-se observar a classificação feita a fim de identificar qual o intuito

da entidade ao evidenciar a informação em suas DFP’s.

De maneira contundente, ficou claro em 83% das suas informações, que a empresa

teve o intuito de gerar um crédito para a entidade(uma “boa” imagem da empresa), e em

apenas 17% das informações divulgadas esse intuito não ficou claro. Por fim, nenhuma

sentença teve o intuito de gerar descrédito, ou seja, passar uma imagem “ruim” da ação da

entidade.

Page 64: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

63 

 

Tabela 19 - Evidenciação das Subcategorias de Sistemas de Gerenciamento

Evidenciação acerca da Educação e Pesquisa

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

Boa 5 1 0 2 0 1 6 3 4 10 11 43 83%

Ruim 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0%

Neutra 1 1 0 0 0 0 0 0 1 2 4 9 17%

TOTAIS 6 2 0 2 0 1 6 3 5 12 15 52 100% Fonte: Dados da Pesquisa

4.2.7Crédito de Carbono

A fim de identificar as informações evidenciadas que tenham características de

“Créditos de Carbono”, buscou-se classificar as sentenças em 4 subcategorias, são estas:

• Projetos de mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL);

• Créditos de carbono;

• Emissão de gases do efeito estufa (GEE);

• Certificados de emissões reduzidas (CER).

O Quadro 13 traz em seu conteúdo algumas das informações classificadas com as

características descritas acima, estas são exemplos de sentenças extraídas das DFP’s:

Quadro 13 - Exemplo de sentenças classificadas como “Crédito de Carbono”.

SUBCATEGORIA ANO DA

EVIDENCIAÇÃO

EXEMPLO

Emissão de gases do efeito estufa (GEE)

2010 Desta forma o consumidor pôde neutralizar suas emissões de CO² através de contribuições que ajudam o reflorestamento da mata atlântica e em contrapartida pôde receber bonificações na conta de energia ao trocar seus eletrodomésticos por modelos eficientes com selo Procel de economia

Fonte: Dados da Pesquisa

Ao serem analisados os 11 anos das DFP’s, foram identificadas 17 sentenças na

categoria de “Crédito de Carbono”. Na tabela 20 é possível analisar, de maneira

comparativa, total dos dados compilados no decorrer dos 11 anos estudados.

É possível identificar que praticamente não houve menções a esse tipo de informações

nos primeiros 8 anos de análise, apenas a partir de 2009 é que começaram haver citações

relevantes.

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64 

 

Tabela 20 - Tabela comparativa das sentenças classificadas como “Crédito de

Carbono”/Ano

Crédito de Carbono 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

0 0 1 0 0 0 1 1 3 6 5 17 0,0% 0,0% 5,9% 0,0% 0,0% 0,0% 5,9% 5,9% 17,6% 35,3% 29,4% 100,0%

Fonte: Dados da Pesquisa

É possível visualizar a evolução da categoria “Crédito de Carbono”, descrita acima, no

gráfico 6:

Gráfico 6 - Total de sentenças identificadas da Categoria de “Crédito de Carbono”/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

Na Tabela 21 logo abaixo descrita, evidencia-se, de maneira comparativa, que no

decorrer dos anos as informações com características da categoria de “Crédito de Carbono”

foram divulgadas pela empresa em suas DFP’s e classificadas a partir das subcategorias.

Contudo, é válido salientar que na categoria de “Crédito de Carbono”, resumiu-se a

subcategoria de “Emissão de gases do efeito estufa (GEE)”, pois as subcategorias de

“Projetos de mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL)”, “Créditos de carbono” e

“Certificados de emissões Reduzidas” não tiveram nenhuma sentença classificada como

estas nos 11 anos de DFP’s analisados

 

Page 66: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

65 

 

Tabela 21- Evidenciação das Subcategorias de “Crédito de Carbono”/Ano

Crédito de Carbono

Emissão de gases do efeito estufa (GEE)

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total 0 0 1 0 0 0 1 1 3 6 5 17

Projetos de mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL)

Créditos de carbono

Certificados de emissões Reduzidas Fonte: Dados da Pesquisa

Assim como ocorrido em categorias anteriormente estudadas, a categoria de “Crédito

de Carbono” teve um total de 90% das sentenças “Declarativas”, ou seja, 15 das 17

identificadas nessa categoria. É valido salientar que apenas 10% foram “Não Monetárias” e

que a classificação de “Monetárias” e “Monetárias e Não Monetárias” não couberam em

nenhuma das informações.

Tabela 22- Emissão de gases do efeito estufa (GEE)

Emissão de gases do efeito estufa (GEE)

Uni. de Registro

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

Declarativa 0 0

0 0 0 0 0 1 3 6 5 15 90%

Monetária 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0% Não

Monetária 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 2 10%

Monetária/ Não

Monetária

0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0%

TOTAIS 0 0 1 0 0 0 1 1 3 6 5 17 100% Fonte: Dados da Pesquisa

Na Tabela 23 pode-se observar a classificação feita a fim de identificar qual o intuito

da entidade ao evidenciar as informações.

De maneira contundente, ficou claro, com 70% das informações, que a empresa teve o

intuito de gerar um crédito para a entidade (ou seja, uma “boa” imagem da empresa) e que em

apenas 30% das informações divulgadas esse intuito não ficou claro. Por fim, nenhuma

sentença teve o intuito de gerar descrédito, ou seja, passar uma imagem “ruim” para a

entidade.

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66 

 

Tabela 23 - Evidenciação das Subcategorias de Sistemas de Gerenciamento

Emissão de gases do efeito estufa (GEE) 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

Boa 1 1 1 2 4 3 12 70%Ruim 0 0%

Neutra 1 2 2 5 30%

TOTAIS 0 0 1 0 0 0 1 1 3 6 5 17 100% Fonte: Dados da Pesquisa

4.2.8 Informações financeiras ambientais

A fim de identificar as informações evidenciadas que tenham características das

subcategorias que compõem os “Impactos e Processos Ambientais”, buscou-se classificar as

sentenças em 5 subcategorias, são estas:

a) Passivos/provisões;

b) Investimentos/custos/despesas;

c) Ativos (Tangíveis e Intangíveis);

d) Seguros;

e) Práticas contábeis de itens ambientais.

O Quadro 14 traz em seu conteúdo algumas das informações classificadas com as

características descritas acima, estas são exemplos de sentenças extraídas das DFP’s:

Quadro 14 - Exemplo de sentenças classificadas como “Informações financeiras

ambientais”

SUBCATEGORIA ANO DA EVIDENCIAÇÃO

EXEMPLO

Passivos/provisões 2009 Valor das multas e das indenizações relativas à matéria ambiental, determinadas administrativa e/ou judicialmente.

Investimentos/custos/despesas; 2011 A CELPE investiu um total de R$ 18.796 mil nos projetos de eficiência energética ao longo de 2011.

Práticas contábeis de itens ambientais

2010 Na hipótese dos gastos decorrerem de convênios com ONG’s e outros entes que promovem a preservação ambiental, sem, no entanto, estarem relacionados a projetos de investimentos, o gasto é apropriado ao resultado como despesa operacional.

Fonte: Dados da Pesquisa

Ao serem analisados os 11 anos das DFP’s, foram identificadas 104 sentenças na

categoria de “Informações Financeiras Ambientais”. Na tabela 24 é possível analisar, de

maneira comparativa, do total dos dados compilados no decorrer dos 11 anos estudados.

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67 

 

Tabela 24- Tabela comparativa das sentenças classificadas como “Informações

Financeiras Ambientais”/Ano

Informações Financeiras Ambientais 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

4 6 9 7 8 12 11 13 11 4 19 104 3,8% 5,8% 8,7% 6,7% 7,7% 11,5% 10,6% 12,5% 10,6% 3,8% 18,3% 100,0%

Fonte: Dados da Pesquisa

É possível visualizar a evolução da categoria “Informações Financeiras

Ambientais”, descritas acima, no gráfico 7 logo abaixo:

Gráfico 7 - Total de sentenças identificadas da Categoria de “Informações Financeiras

Ambientais”/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

Na tabela 24 acima descrita, também é possível identificar um nível de evidenciação

constante nos últimos 9 anos na categoria, porém é válido ressaltar que em 2010 houve um

decréscimo expressivo de informações com esse caráter as quais foram recuperadas em 2011.

Na Tabela 25 logo abaixo descrita, comprova-se, de maneira comparativa, a

evidenciação das informações com características de “Informações Financeiras

Ambientais” divulgadas pela empresa em suas DFP’s classificadas a partir das subcategorias.

Observa-se que dentre as subcategorias analisadas a que teve uma maior representatividade na

quantidade de sentenças identificadas foi a que fazia menção aos

“Investimentos/Custos/despesas ambientais”, com aproximadamente 82% do total de

sentenças classificadas.

Page 69: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

68 

 

Identifica-se também que as subcategorias “Passivos/provisões ambientais” e as

“Práticas contábeis de itens ambientais”, não representam, juntas, nem 20% das sentenças

classificadas.

Tabela 25- Informações Financeiras Ambientais

Informações Financeiras Ambientais

Passivos/provisões ambientais

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total % 0 0 1 0 1 2 2 3 3 1 1 14 13,5%

Investimentos/Custos/despesas ambientais

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total % 4 6 7 7 7 10 9 10 8 0 17 85 81,7%

Práticas contábeis de itens ambientais

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total % 0 0 1 0 0 0 0 0 0 3 1 5 4,8%

Seguro ambiental

Ativos ambientais (tangíveis e intangíveis) Fonte: Dados da Pesquisa

Nenhuma sentenças foi classificada nas subcategorias de “Seguro Ambiental” e

“Ativos Ambientais (tangíveis e intangíveis), pois nenhuma foi identificada nos 11 anos de

análise das DFP’s.

Também foi possível analisar em quais unidades de registro as informações foram

divulgadas e como essas sentenças foram divulgadas. Ao contrário das categorias anteriores,

que tinham sua natureza descritivas e qualitativas, a categoria aqui estudada tem sua natureza

quantitativa. Esta afirmação ficou claramente evidenciada na tabela 26, na qual

aproximadamente 87 das 104 citações são “Monetárias/Não Monetárias”, o que representa

percentualmente 84% aproximadamente.

Page 70: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

69 

 

Tabela 26- Classificação das “Informações Financeiras Ambientais”/Evidências

Evidenciação acerca de Outras Informações Financeiras Unid. De Registro 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

%

Declarativa 0 0 1 0 0 0 0 0 0 3 1 5 4,8%

Monetária 0 0 0 0 0 1 1 2 2 1 0 7 6,7% Não Monetária 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 0 5 4,8% Monetária/ Não

Monetária 4 6 7 7 7 10 10 10 8 0 18 87 83,7%

TOTAIS 4 6 9 7 8 12 11 13 11 4 19 104 100%

Fonte: Dados da Pesquisa

Na Tabela 27 pode-se observar a classificação feita a fim de identificar qual o intuito

da entidade ao evidenciar a informação em suas DFP’s.

De maneira equilibrada, com aproximadamente 47% classificadas como informações

“boas” e 52% de informações “neutras, nestas a Celpe não deixou claro qual a sua intenção no

momento da divulgação, qual era a imagem que a mesma tentava passar com a divulgação da

informação.

Por fim, as informações divulgadas com o intuito de gerar descrédito, passando uma

imagem “ruim” para a entidade e as informações que geram crédito, passando uma “boa”

imagem da empresa, foram de menos de 10% aproximadamente, não sendo representativa.

Tabela 27- Classificação das “Informações Financeiras Ambientais”/Tipos das

informações

Evidenciação acerca de Informações Financeiras Ambientais 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

Boa 0 0 0 0 0 0 0 2 3 0 0 5 4,8%

Ruim 0 0 0 0 1 1 1 0 0 1 0 4 3,8%

Neutra 4 6 9 7 7 11 10 11 8 3 19 95 91,3%

TOTAIS 4 6 9 7 8 12 11 13 11 4 19 104 100%

Fonte: Dados da Pesquisa

4.2.9 Outras Informações Ambientais

A fim de identificar as informações evidenciadas que tenham características de

“Outras Informações Ambientais”, buscou-se classificar as sentenças em 4 subcategorias,

são estas:

a) Menções sobre sustentabilidade;

Page 71: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

70 

 

b) Gerenciamento de florestas;

c) Conservação da biodiversidade;

d) Relacionamento com stakeholders.

O Quadro 15 traz em seu conteúdo algumas das informações classificadas com as

características descritas acima, estas são exemplos de sentenças extraídas das DFP’s:

Quadro 15- Exemplo de sentenças classificadas como “Outras Informações Ambientais”

SUBCATEGORIA ANO DA EVIDENCIAÇÃO EXEMPLO

Menções sobre sustentabilidade

2008 As ações voltadas para a sustentabilidade são diversas e cada vez mais arraigadas ao negócio da Empresa

Gerenciamento de florestas 2008 Em Fernando de Noronha, a CELPE realizou o plantio de mais de 200 mudas arbóreas para integração das instalações da Usina Tubarão à paisagem, minimizando o impacto visual.

Conservação da biodiversidade;

2001 No Horto, foram instaladas 20 lixeiras temáticas e 40 placas ilustrativas destacando os cuidados que se deve ter na preservação da área e para o bem estar dos animais.

Relacionamento com stakeholders

2003 No ano de 2003, as ações da empresa continuam tendo como público alvo os empregados, fornecedores, acionistas e comunidades, especialmente, crianças adolescentes e jovens carentes.

Fonte: Dados da Pesquisa

Ao serem analisados os 11 anos das DFP’s, foram identificadas 54 sentenças na

categoria de “Outras Informações Ambientais”.

Na tabela 28 é possível analisar, de maneira comparativa, total dos dados compilados

no decorrer dos 11 anos estudados. Sendo assim, pode-se observar que apesar da evolução

percentual nos últimos 4 anos dos níveis de evidenciação de informações com esse tipo de

característica, não existe uma uniformidade percentual, e que entre os anos de 2001 e 2007

não houve uma uniformidade na evolução nesse tipo de informação, sendo uma evidenciação

anteriormente insignificante.

Tabela 28 - Tabela comparativa das sentenças classificadas como” Outras Informações

Ambientais”/Ano

Outras Informações Ambientais 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

1 0 1 1 1 0 2 11 9 10 16 52

1,9% 0,0% 1,9% 1,9% 1,9% 0,0% 3,8% 21,2% 17,3% 19,2% 30,8% 100,0%

Page 72: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

71 

 

Fonte: Dados da Pesquisa

É possível visualizar a evolução da categoria “Outras Informações Ambientais”,

descritas acima, no gráfico 8:

Gráfico 8 - Total de sentenças identificadas da Categoria de “Outras Informações

Ambientais”/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

Na Tabela 29 logo abaixo descrita, evidencia-se, de maneira comparativa as

informações com características de “Outras Informações Ambientais” divulgadas pela

empresa em suas DFP’s e classificadas a partir das subcategorias.ao decorrer dos 11 anos de

DFP’s estudados.

Tabela 29: Evidenciação Das Subcategorias das “Outras Informações Ambientais “

Outras Informações Ambientais

Qualquer menção sobre sustentabilidade

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

0 0 0 0 0 0 1 3 6 4 6 20 38,5%

Gerenciamento de florestas/reflorestamentos

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

0 0 0 0 0 0 0 6 1 2 7 16 30,8%

Conservação da biodiversidade

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

1 0 0 0 0 0 1 1 0 2 1 6 11,5%

Stakeholders

001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

0 0 1 1 1 0 0 1 2 2 2 10 19,2%

Fonte: Dados da Pesquisa

Page 73: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

72 

 

Observa-se que as subcategorias de maior relevância são: “Qualquer menção sobre

sustentabilidade” e “Gerenciamento de florestas/reflorestamentos”, com

aproximadamente 39% e 31% respectivamente. As subcategorias de “Conservação da

biodiversidade” e a de “Stakeholders” foram as que tiveram menor expressão,

aproximadamente 12% e 19% das informações evidenciadas, respectivamente.

É possível observar na Tabela 30 a maneira pela qual as sentenças foram classificadas

na categoria das “Outras Informações Ambientais”, sob a ótica das unidades de registro às

quais as informações foram divulgadas.

Também foi possível analisar em quais unidades de registro as informações foram

divulgadas e como essas sentenças foram utilizadas. Assim como outras categorias têm sua

natureza descritiva e têm sua natureza qualitativa, a categoria aqui estudada segue o mesmo

padrão, ficando claramente evidenciadas na tabela 30 que 37 sentenças são “Declarativas”, o

que representa percentualmente 72% aproximadamente, seguidas de “Não Monetária” com

21% aproximadamente.

Por fim, as informações com características “Monetárias” e “Monetária/Não

Monetário”, foram praticamente insignificantes, com 0,04% e 5,8% respectivamente.

Tabela 30 - Classificação das “Informações Financeiras Ambientais”/Evidências

Evidenciação acerca de Outras Informações Unidades de registro 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

Declarativa 0 0 1 1 1 0 2 8 6 5 13 37 71,2%

Monetária 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0,04%Não

Monetária 1 0 0 0 0 0 0 2 2 4 2 11 21,2%

Monetária/ Não

Monetária 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 3 5,8%

TOTAIS 1 0 1 1 1 0 2 11 9 10 16 52 100% Fonte: Dados da Pesquisa

Na Tabela 31, pode-se observar a classificação feita a fim de identificar qual o intuito da

entidade ao evidenciar a informação em suas DFP’s.

De maneira representativa, com 92% das informações classificadas nesta categoria, a

empresa não deixou claro qual a sua intenção momento da evidenciação, qual a imagem que a

mesma tentava passar com a divulgação da informação.

Por fim, as informações divulgadas com o intuito de gerar descrédito, passando uma

Page 74: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

73 

 

imagem “ruim” para a entidade, foram de 2% aproximadamente, não sendo representativo.

Tabela 31- Classificação das “Informações Financeiras Ambientais”

Evidenciação acerca de outras informações

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

Boa 1 0 0 0 1 0 2 3 5 5 7 24 46,2%

Ruim 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1,9%

Neutra 0 0 1 1 0 0 0 8 4 5 8 27 51,9%

TOTAIS 1 0 1 1 1 0 2 11 9 10 16 52 100% Fonte: Dados da Pesquisa

4.3 Análises Comparativas das Categorias

Nesse segundo momento da análise, tem-se como objetivo o delineamento de um

panorama evolutivo das informações evidenciadas nas DFP’s da Celpe nos últimos 11 anos

por categorias.

Para tal, foram utilizados para esta análise os achados anteriormente analisados, porém

agora serão compilados. As categorias são: a)Políticas Ambientais; b)Sistemas de

Gerenciamento Ambiental; c)Impactos dos Produtos e Processos; d)Políticas de Energia;

e)Educação, Pesquisa e Treinamento; f)Mercado de Créditos de Carbono; g)Informações

Financeiras Ambientais; h)Outras Informações Ambientais;

Ao serem analisados os 11 anos das DFP’s, foram identificadas 407 sentenças com

características de informações ambientais, as quais foram distribuídas dentre as categorias

anteriormente citadas.

Na tabela 32 é possível analisar, de maneira comparativa, o total dos dados

compilados no decorrer dos 11 anos estudados visto sob a dimensão das categorias. Observa-

se ainda que, dentre as categorias estudadas, as que tiveram maior representação percentual

foram as informações relacionadas às “Políticas Ambientais” e “Informações Financeiras

Ambientais”, com 26% cada, ou seja, as duas categorias juntas representam

aproximadamente 50% das informações evidenciadas.

É possível identificar também que, dentre as informações estudadas, as que tiveram

menores incidências foram às relacionadas aos “Impactos dos Produtos e Processos”,

“Mercado de Créditos de Carbono”, com 4% cada e “Sistemas de Gerenciamento Ambiental”

com 7%.

Page 75: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

74 

 

Tabela 32: Tabela comparativa das sentenças classificadas por Categorias/ Ano

Evidenciação das categorias ambientais 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 TOTA

L %

Políticas Ambientais 6 2 3 5 8 4 5 10 13 23 26 105 26%

Sistemas de Gerenciamento Ambiental 0 0 2 0 1 1 1 4 5 7 6 27 7%

Impactos dos Produtos e Processos 0 2 1 0 0 1 0 1 3 4 5 17 4%

Políticas de Energia 5 0 1 1 0 3 3 3 4 5 8 33 8%

Informações Financeiras Ambientais 4 6 9 7 8 12 11 13 11 4 19 104 26%

Educação, Pesquisa e Treinamento 6 2 0 2 0 1 6 3 5 12 15 52 13%

Mercado de Créditos de Carbono 0 0 1 0 0 0 1 1 3 6 5 17 4%

Outras Informações Ambientais 1 0 1 1 1 0 2 11 9 10 16 52 13%

TOTAL 22 12 18 16 18 22 29 46 53 71 100 407 100%

Fonte: Dados da Pesquisa

possível visualizar a comparação evolutiva, acima descrita, no gráfico 9, relacionado logo abaixo:

Gráfico 9 - Total de sentenças identificadas por Categoria/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

Page 76: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

75 

 

4.4 Análise Comparativa por Tipos de Evidenciações

Neste momento da análise foi feita uma apreciação comparativa dos diferentes tipos de

evidências, ou seja, as sentenças foram classificadas de acordo com as unidades de registro às

quais foram utilizadas no momento da divulgação.

Na Tabela 33 pode-se identificar, de maneira comparativa, (entre as diferentes

unidades de registro) e evolutiva (no decorrer dos anos), os tipos de evidências utilizadas pela

empresa no momento da divulgação da informação ambiental em suas DFP’s.

Pode-se observar que as evidências “Declarativas” predominaram no decorrer dos

anos, com aproximadamente 62% das sentenças classificadas. De maneira decrescente e com

menor representatividade, as categorias “Monetária/ Não Monetária”, “Não Monetária” e

“Monetária”, representam, aproximadamente, 24% , 11% e 3% respectivamente.

Ou seja, na tabela 33 fica evidente qual o perfil da informação de caráter ambiental da

Celpe é majoritariamente descritivo/qualitativo, sendo pouco evidenciado, de fato, as

informações monetárias investida pela empresa.

Tabela 33- Tabela comparativa das sentenças classificadas por evidências / Ano

TOTAIS POR TIPO DE EVIDÊNCIAS 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

Declarativa 10 4 7 6 10 8 15 27 35 59 71 252 61,9% Monetária 1 0 0 0 0 1 1 4 4 2 0 13 3,2%

Não Monetária 5 2 3 3 1 1 1 5 5 9 10 45 11,1% Monetária/ Não

Monetária 6 6 8 7 7 12 12 10 9 1 19 97 23,8%

TOTAIS 22 12 18 16 18 22 29 46 53 71 100 407 100,0%% 5,4% 2,9% 4,4% 3,9% 4,4% 5,4% 7,1% 11,3% 13,0% 17,4% 24,6% 100,0% -

Fonte: Dados da Pesquisa

É possível visualizar as diferenças entre as classes e a evolução dos tipos de

evidenciação das sentenças, descritas acima, no gráfico 10:

Page 77: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

76 

 

Gráfico 10 - Total de sentenças identificadas da Categoria de “Outras Informações

Ambientais”/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

4.4.1 Informações Declarativas

Ao se analisar as informações “Declarativas”, observadas na tabela 34, foi possível

identificar a distribuição das sentenças classificadas como “Declarativas” pelas categorias

utilizadas na classificação das informações de caráter ambiental. Observa-se também que

dentre as categorias, a que teve maior representatividade foi a de “Políticas Ambientais”, com

36% de todas as sentenças classificadas, apenas corroborando com o que anteriormente já

havia sido identificado, ao se estudar essa categoria, comprovando sua natureza qualitativa

das informações em suas DFP’s.

Tabela 34 - Tabela comparativa das sentenças classificadas por Categorias x Evidências

Declarativas/ Ano

Informações DECLARATIVAS 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total % Políticas Ambientais 5 1 2 4 8 4 4 8 12 21 22 91 36,1%

Sistemas de Gerenciamento 0 1 1 0 0 1 0 1 3 4 5 16 6,3%

Impactos e Processos 0 0 2 0 1 1 1 4 5 7 6 27 10,7%

Políticas de Energia 2 0 0 1 0 1 2 2 2 4 7 21 8,3%

Outras Informações Financeiras 0 0 1 0 0 0 0 0 0 3 1 5 2%

Educação e Pesquisa 3 2 0 0 0 1 6 3 4 9 12 40 15,9%

Crédito de Carbono 1 3 6 5 15 6%

Outras Informações 0 0 1 1 1 0 2 8 6 5 13 37 14,7%

TOTAIS 10 4 7 6 10 8 15 27 35 59 71 252 100%

% 4% 1,6% 2,8% 2,4% 4% 3,2% 6% 10,7% 13,9% 23,4% 28,2% 100% - Fonte: Dados da Pesquisa

Page 78: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

77 

 

Em contra ponto, para corroborar com os achados anteriores a categoria “Outras

Informações Financeiras” teve a menor representatividade nessa análise o que reafirma a

natureza quantitativa das informações classificadas..

Pode-se observar ainda na tabela 34 que dentre os anos estudados, 2010 e 2011 foram

os que tiveram uma quantidade maior de informações classificadas como “Declarativas”, com

aproximadamente 24% e 28%, respectivamente, do total de sentenças. O que vai de encontro

à identificação do aumento de informações evidenciadas nos últimos anos estudados.

No gráfico 11 é possível visualizar a comparação evolutiva (por ano), acima descrita,

das informações “Descritivas”:

Gráfico 11 - Total de sentenças identificadas como “Declarativas”/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

No gráfico 12 é possível visualizar a comparação evolutiva (por categoria), acima

descrita, das informações “Descritivas”:

Gráfico 12 - Total de sentenças identificadas como “Declarativas”/Categoria

Fonte: Dados da Pesquisa

Page 79: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

78 

 

4.4.2 Informações Monetárias

Foi possível identificar a distribuição das sentenças classificadas como “Monetárias”

pelas categorias utilizadas na classificação das informações de caráter ambiental. Observa-se

que dentre as categorias, a que teve maior representatividade foi a de “Informações

Financeiras”, com 54% aproximadamente, o que corrobora com os achados anteriormente

descritos, as informações desta categoria têm sua natureza quantitativa, como se pode

observar na tabela 35 logo abaixo.

Tabela 35 - Tabela comparativa das sentenças classificadas por Categorias x Evidências

Monetárias/ Ano

Informações MONETÁRIAS 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

Políticas Ambientais 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 7,7% Sistemas de

Gerenciamento Ambiental

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0%

Impactos e Processos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0%

Políticas de Energia 1 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 4 30,8%

Outras Informações Financeiras 0 0 0 0 0 1 1 2 2 1 0 7 53,8

% Educação e Pesquisa 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0%

Crédito de Carbono 0 0 0%

Outras Informações 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 7,7% TOTAIS 1 0 0 0 0 1 1 4 4 2 0 13 100%

% 7,7% 0% 0% 0% 0% 7,7% 7,7% 30,8% 30,8% 15,4% 0% 100% - Fonte: Dados da Pesquisa

Ao analisarmos os anos estudados, identifica-se que os anos de 2002, 2003, 2004,

2005 e 2011, não tiveram nenhuma sentença com esse perfil. Observa-se ainda que os anos

com maior representatividade foram os anos de 2009 e 2010, com 30% cada,

aproximadamente. Os anos de 2001, 2006 e 2007, foram os anos com menos representação,

apenas 8% aproximadamente em cada ano.

No gráfico 13 é possível visualizar a comparação evolutiva (por ano), acima descrita,

das informações “Monetárias”:

Page 80: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

79 

 

Gráfico 13 - Total de sentenças identificadas como “Monetárias”/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

Ao se tratar das categorias com menor representatividade, destacam-se “Sistemas de

Gerenciamento Ambiental”, “Impactos e Processos de Produtos”, ”Educação e Pesquisa” e

“Crédito de Carbono”, as quais não tiveram nenhuma sentença classificada como

“Monetária”. A categoria ”Políticas Ambientais” foi a que teve uma menor representação,

com apenas 8% aproximadamente.

No gráfico 14 é possível visualizar a comparação evolutiva (por categoria), acima

descrita, das informações “Monetárias”:

Gráfico 14 - Total de sentenças identificadas como “Monetárias”/Categoria

Fonte: Dados da Pesquisa

4.4.3 Informações Não Monetárias

Ao se analisar as sentenças classificadas como “Não-Monetárias”, pode-se observar na

tabela 36 que, dentre as categorias analisadas, as que tiveram maior representatividade foram

as de “Políticas Ambientais” com aproximadamente 27%, “Educação e Pesquisa” com 25%

aproximadamente e “Outras Informações Ambientais” com aproximadamente 24%. Estes

Page 81: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

80 

 

valores corroboram com os achados anteriormente apresentados, retificando a natureza

qualitativa das categorias.

Ressalta-se ainda que a categoria “Impactos e Processos” não teve nenhuma sentença

classificada nesses 11 anos de DFP’s analisados. As categorias “Sistemas de Gerenciamento

Ambiental” e “Crédito de Carbono” são as que tiveram menor representatividade com 2,2% e

4,4%, respectivamente. Pode-se visualizar a análise descrita acima na tabela 36 logo abaixo:

Tabela 36- Tabela comparativa das sentenças classificadas por Categorias x Evidências Não Monetárias / Ano

Informações NÃO MONETÁRIAS 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

%

Políticas 1 1 1 1 0 0 0 1 1 2 4 12 26,7 Sistemas de Gerenciamento 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2,2

Impactos e Processos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Políticas de Energia 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 3 6,7

Outras Informações Financeiras 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 0 5 11,1

Educação e Pesquisa 2 0 0 2 0 0 0 0 1 3 3 11 24,4 Crédito de Carbono 1 1 2 4,4 Outras Informações 1 0 0 0 0 0 0 2 2 4 2 11 24,5

TOTAIS 5 2 3 3 1 1 1 5 5 9 10 45 100

% 11,1 4,4% 6,7% 6,7% 2,2% 2,2% 2,2% 11,1% 11,1% 20% 22,2% 100% - Fonte: Dados da Pesquisa

Na tabela 36 pode-se observar que dentre os anos estudados, 2010 e 2011 foram os

que tiveram uma quantidade maior de informações classificadas como “Não Monetárias”,

com aproximadamente 20% e 22,2%, respectivamente, do total de sentenças.

Esses achados vão de encontro à identificação do aumento no nível de informações

evidenciadas nos últimos anos estudados. Pode-se afirmar ainda que os anos de menor

divulgação foram 2006, 2007 e 2008. Após esses anos identificou-se um aumento gradual e

progressivo nas evidenciações com esse perfil.

Pode-se visualizar no gráfico 14, a análise da evolução das “Informações Monetárias”

por ano, anteriormente descritas.

Page 82: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

81 

 

Gráfico 14 - Total de sentenças identificadas como “Não Monetárias”/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

No gráfico 15 é possível visualizar a comparação evolutiva (por categoria), acima

descrita, das informações “Não Monetárias”:

Gráfico 15 - Total de sentenças identificadas como “Não Monetárias”/Categoria

Fonte: Dados da Pesquisa

4.4.4 Informações Monetárias/Não Monetárias

Ao analisar as informações classificadas como “Monetária/Não Monetárias”, descritas

na tabela 37, identifica-se que dentre as categorias estudadas, a que teve um maior percentual

foi “Informações Financeiras”, com aproximadamente 90% do total das sentenças. Evidencia-

se que algumas categorias, como “Sistemas de Gerenciamento Ambiental”, “Impactos e

“Processos Ambientais e “Crédito de Carbono” , não tiveram nenhuma de suas sentenças

classificadas como “Monetária/Não Monetária”. As categorias de “Políticas Ambientais,

Educação e Pesquisa” e “Políticas de Energia”, tiveram um percentual mínimo, com 1%, 1% e

5,2%, respectivamente.

Page 83: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

82 

 

Tabela 36- Tabela comparativa das sentenças classificadas por Categorias x Evidências

“Monetária/Não Monetárias” / Ano

Informações MONETÁRIA/NÃO

MONETÁRIAS 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

%

Políticas 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1%

Sistemas de Gerenciamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0%

Impactos e Processos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0%

Políticas de Energia 1 0 1 0 0 2 1 0 0 0 0 5 5,2%

Outras Informações Financeiras 4 6 7 7 7 10 10 10 8 0 18 87 89,7%

Educação e Pesquisa 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1%

Crédito de Carbono 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0%

Outras Informações 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 3 3,1%

TOTAIS 6 6 8 7 7 12 12 10 9 1 19 97 100%

% 6,2% 6,2% 8,2% 7,2% 7,2% 12,4% 12,4% 10,3% 9,3% 1% 19,6% 100% - Fonte: Dados da Pesquisa

Ao analisarmos a tabela 37 pode-se ainda notar que havia um padrão na quantidade de

informações evidenciadas com este perfil entre os anos de 2001 e 2009, apenas em 2010

houve um declínio considerável, porém, foi recuperado em 2011.

No gráfico 16 é possível visualizar a comparação evolutiva (por ano), acima descrita,

das informações “Monetárias/Não Monetárias”:

Gráfico 16 - Total de sentenças identificadas como “Monetárias/Não Monetárias”/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

No gráfico 17 é possível visualizar a comparação evolutiva (por categoria), acima

descrita, das informações “Monetárias/Não Monetárias”.

Page 84: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

83 

 

Gráfico 17 - Total de sentenças identificadas como “Monetárias/Não

Monetárias”/Categoria

Fonte: Dados da Pesquisa

4.5 Análise Comparativa por Tipos de Informações

Neste momento da análise foi feita uma apreciação comparativa das intenções pelas

quais a entidade passou ao divulgar as informações.

Na tabela 38 pode-se observar, de maneira comparativa, (entre as diferentes intenções

na geração de crédito à imagem da empresa) e evolutiva (no decorrer dos 11 anos estudados),

as formas pelas quais as informações de caráter ambiental foram divulgadas nas DFP’s.

Identifica-se que dentre as 407 sentenças identificadas e classificadas, 213 (que

corresponde a 52% aproximadamente), são de sentenças que têm a intenção de gerar crédito

para a entidade, dentre o restante, 45% não deixava claro a intenção da empresa e apenas 2%

gerava um descrédito para a imagem de entidade.

Tabela 37- Tabela comparativa das sentenças classificadas por Tipos de Informações/

Ano

TOTAIS POR TIPO DE INFORMAÇÕES 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total % Boa 14 5 8 6 9 10 17 21 31 46 46 213 52,3%Ruim 0 0 0 0 1 1 1 0 0 5 2 9 2,2%Neutra 8 7 10 10 8 11 11 25 22 20 52 184 45,2%TOTAIS 22 12 18 16 18 22 29 46 53 71 100 407 -

% 5,4% 2,9% 4,4% 3,9% 4,4% 5,4% 7,1% 11,3% 13,0% 17,4% 24,6% 100,0% - Fonte: Dados da Pesquisa

Observa-se ainda no gráfico 16, de maneira comparativa, (por tipo de informação) e

evolução (por ano), a maneira pela qual a Celpe divulga a suas informações. Fica evidente que

não é política da entidade divulgar informações que gerem descrédito. É clara a preferência

Page 85: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

84 

 

por informações que gerem crédito ou que deixe a cargo do usuário da informação julgar o

valor da informação prestada.

Gráfico 18 - Total de sentenças identificadas x Tipos de Informações/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

4.5.1 Informações Boas

Ao se analisar a intenção da Celpe no momento da divulgação de suas informações de

caráter ambiental, identifica-se a estratégia utilizada pela empresa ao usar das mesmas

informações para gerar “crédito” à entidade.

Observa-se na tabela 38, de maneira segmentada, (por tipo de Informação) e evolutiva

(por ano). Os achados indicam que a categoria de “Políticas Ambientais” representa,

aproximadamente 40%, o que corrobora com a natureza dessa categoria e vai ao encontro da

intenção da empresa. A outra categoria que teve representatividade foi “Educação e

Pesquisa”, com 20%, ou seja, as duas categorias descritas representam juntas 60% do total das

sentenças, ou seja, os 40% restantes foram pulverizados entre as outras 6 categorias.

Page 86: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

85 

 

Tabela 38 - Tabela comparativa das sentenças classificadas por Categorias x Informações “Boas” / Ano

 

Fonte: Dados da Pesquisa

Através da tabela 39 também é possível analisar a evolução ano após ano das

informações “boas” que, apesar de ter sido constante nos anos de 2010 e 2011, desde 2004

vem acontecendo um aumento gradativo desse tipo de informação.

No gráfico 19 é possível visualizar a comparação evolutiva (por ano), acima descrita,

das informações ditas “boas”:

Gráfico 19 - Total de sentenças identificadas como “Boa”/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

No gráfico 20 é possível visualizar a comparação evolutiva (por categoria), acima

descrita, das informações “boas”:

Notícias BOAS 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total % Políticas Ambientais 5 2 3 3 7 4 5 8 10 17 18 82 38%

Sistemas de Gerenciamento 0 2 1 0 0 1 0 0 1 3 1 9 4%

Impactos e Processos 0 0 2 0 1 1 1 2 3 4 1 15 7%

Políticas de Energia 3 0 1 1 0 3 2 2 3 3 5 23 11% Informações Financeiras

Ambientais 0 0 0 0 0 0 0 2 3 0 0 5 2%

Educação e Pesquisa 5 1 0 2 0 1 6 3 4 10 11 43 20% Crédito de Carbono 1 1 1 2 4 3 12 6% Outras Informações

Ambientais 1 0 0 0 1 0 2 3 5 5 7 24 11%

TOTAIS 14 5 8 6 9 10 17 21 31 46 46 213 100%

% 7% 2% 4% 3% 4% 5% 8% 10% 15% 22% 22% 100% -

Page 87: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

86 

 

Gráfico 20 - Total de sentenças identificadas como “Boa”/Categoria

Fonte: Dados da Pesquisa

4.5.2 Informações Neutras

Ao se analisar a intenção da Celpe no momento da divulgação de suas informações de

caráter ambiental, identificou-se, em análises anteriormente descritas, que a empresa utiliza-se

de informações para gerar créditos à imagem da empresa.

Corroborando com esses achados, na tabela 40 identifica-se, de maneira segmentada,

(tipo de Informação) e evolutiva (por ano). Diante do exposto na tabela, evidencia-se que as

categorias que mais se utilizaram do julgamento do usuário para se gerar um “crédito” ou não

para a empresa foi a categoria de “Informações Financeiras” com mais da metade do total

das sentenças classificadas com esse perfil, 52%.

Dentre as outras categorias, as que tiveram um percentual de participação relevante

ainda que pequena, são as “Políticas Ambientais” e “Outras Informações Ambientais”, com

10% e 15%, respectivamente.

Ao analisar a tabela 40 também se pode observar que a política de evidenciação da

empresa foi diferente no último ano, pois entre os anos 2001 e 2007, foi praticamente

constante. Após 2008 começou haver um aumento, mas em 2011 a diferença percentual foi

expressiva, com aproximadamente 30%.

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87 

 

Tabela 39 - Tabela comparativa das sentenças classificadas por Categorias x

Informações “Neutras”/ Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

No gráfico 21 é possível visualizar a comparação evolutiva (por ano), acima descrita,

das informações ditas “neutras”:

Gráfico 21 - Total de sentenças identificadas como “Neutra”/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa No gráfico 22 fica evidente e identifica-se a diferença de divulgação de sentenças com

um perfil neutro de acordo com a categoria à qual a informação faz parte.

Notícias NEUTRAS 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %

Políticas 1 0 0 2 1 0 0 2 3 2 8 19 10% Sistemas de

Gerenciamento 0 0 0 0 0 0 0 1 2 1 4 8 4%

Impactos e Processos 0 0 0 0 0 0 0 2 2 3 4 11 6%

Políticas de Energia 2 0 0 0 0 0 1 1 1 2 3 10 5% Informações Financeiras 4 6 9 7 7 11 10 11 8 3 19 95

52%

Educação e Pesquisa 1 1 0 0 0 0 0 0 1 2 4 9 5%

Crédito de Carbono 1 2 2 5 3% Outras Informações 0 0 1 1 0 0 0 8 4 5 8 27 15%

TOTAIS 8 7 10 10 8 11 11 25 22 20 52 184 100% % 4% 4% 5% 5% 4% 6% 6% 14% 12% 11% 28% 100% -

Page 89: CAROLINA VELOSO MACIEL - repositorio.ufpe.br

88 

 

Gráfico 22 - Total de sentenças identificadas como “Neutra”/Categoria

Fonte: Dados da Pesquisa

4.5.3 Informações Ruins

Corroborando com esses achados anteriormente descritos, e observando a tabela 41,

fica evidente as poucas sentenças divulgadas pela Celpe que passam uma imagem “ruim” da

empresa.

Dos 11 anos estudados, apenas 9 casos foram identificados, os quais podem ser

visualizados na tabela 41, de maneira segmentada, (por tipo de Informação) e evolutiva(por

ano).

Diante do exposto na tabela, evidencia-se que as categorias que mais se utilizaram do

julgamento do usuário para se gerar um “descrédito” ou não para a empresa foi a categoria de

“Informações Financeiras” e as “Políticas Ambientais”, com aproximadamente 45% cada do

total das sentenças classificadas com esse perfil, o que juntas corresponde a 90%.

Retirando essas duas categorias, apenas as “Outras Informações” ainda teve esse tipo

de informação, pois todas as categorias restantes (“Sistemas de Gerenciamento”, “Impactos e

Processos”, “Educação e Pesquisa” e “Crédito de Carbono” ), não tiveram sentenças com

esse perfil.

É válido também apontar que houve anos em que não existiu nenhuma informação

desse tipo, apenas em 2005 houve a primeira evidenciação, e dentre os anos posteriores

sempre foram evidenciadas, porém minoritariamente.

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Tabela 40 - Tabela comparativa das sentenças classificadas por Categorias x

Informações Ruins/ Ano

Notícias RUINS 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total % Políticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 4 44%

Sistemas de Gerenciamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0%

Impactos e Processos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0%

Políticas de Energia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0% Informações Financeiras 0 0 0 0 1 1 1 0 0 1 0 4

44%

Educação e Pesquisa 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0%

Crédito de Carbono 0 0% Outras Informações 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 11%

TOTAIS 0 0 0 0 1 1 1 0 0 5 2 9 100% % 0% 0% 0% 0% 11% 11% 11% 0% 0% 56% 22% 100% -

Fonte: Dados da Pesquisa

No gráfico 23 é possível visualizar a comparação evolutiva (por ano), acima descrita,

das informações ditas “ruins”:

Gráfico 23 - Total de sentenças identificadas como “Ruins”/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

No gráfico 24 é possível visualizar a comparação (por categoria), acima descrita, das

informações ditas “ruins”.

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Gráfico 24 - Total de sentenças identificadas como “Ruins”/Categoria

Fonte: Dados da Pesquisa

4.6 Panorama Evolutivo do nível de evidenciação

Nesta seção, foi feito um delineamento do panorama evolutivo do nível de

evidenciação do total de informações com características ambientais nos 11 anos estudados.

Pode-se observar na tabela 42 que de fato houve um aumento no nível de evidenciação

de informações com caráter ambiental nos 11 anos estudados.

Observa-se ainda que em 2001 foram identificadas apenas 22 sentenças e em 2011

foram apontadas 100. Esse aumento no nível de evidenciação nem sempre foi constante ao

passar dos anos, porém a diferença representada percentualmente das informações nos 11

anos de intervalo é bastante representativa. 2001 representa 0,5% do total de sentenças

identificadas e 2011 representa 9,09%.

Tabela 41 - Tabela comparativa do total de Sentenças Identificadas/ Ano

Total de Sentenças identificadas por Ano 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 TOTAL TOTAL 22 12 18 16 18 22 29 46 53 71 100 407 MÉDIA POR ANO 2,7 1,09 1,63 1,45 1,63 2 2,63 4,18 4,81 6,45 9,09 37

% 5,4% 2,9% 4,4% 3,9% 4,4% 5,4% 7,1% 11,3% 13,0% 17,4% 24,6% 100%

Fonte: Dados da Pesquisa

Por fim, foi feito um delineamento do panorama evolutivo do nível de evidenciação do

total de informações com características ambientais nos 11 anos estudados. Nota-se ainda que

desde 2004, essa evolução vem sendo gradativa e constante.

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No gráfico 25 é possível visualizar a comparação evolutiva (por ano), acima descrita,

das sentenças estudadas, e aponta-se a evolução na quantidade de informações divulgadas.

Gráfico 25 - Total de sentenças identificadas/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

Para corroborar com os achados acimas descritos, é possível visualizar no gráfico 26 a

evolução percentual descrita ano após ano. É válido ressaltar que a diferença percentual entre

os anos também vem aumentando.

Gráfico 26 - Total de sentenças identificadas%/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

Outro aspecto analisado foi a média de informações divulgados por ano. Essa análise

apenas reafirma os achados anteriores, pois em 2001, a média era de 2 sentenças e em 2011

foi de 9,1, ficando evidente a evolução.

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Gráfico 27 - Média de evidenciação/Ano

Fonte: Dados da Pesquisa

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5.CONCLUSÃO

Esse estudo teve como objetivo precípuo o delineamento de um panorama evolutivo

dos níveis de evidenciação das informações de caráter ambiental nas demonstrações

financeiras padronizadas (DFP’s), de uma empresa de capital aberto do setor elétrico de

representatividade econômica e social na região, a Companhia de Energia Elétrica do Estado

de Pernambuco (CELPE), do grupo Neoenergia.

Após analisar 11 anos de DFP’s, identificou-se 407 sentenças com caráter ambiental

da Celpe, as quais possuem as seguintes características:

• As categorias com maiores percentuais de evidenciação foram as “Políticas

Ambientais” e “Informações Financeiras Ambientais”.

• As que tiveram menores percentuais de evidenciação foram “Impactos de Produtos e

Processos” e “Crédito de Carbono”.

• Quanto à forma de evidenciação, ou seja, a unidade de registro, predominou

informações “Declarativas”, isto é, são em sua maioria descritivas e qualitativas;

• Dentre as sentenças classificadas como “Declarativas”, a categoria que teve maior

representatividade foi a de “Políticas Ambientais”, e a que teve a menor foi

“Informações Financeiras Ambientais”;

• Dentre as sentenças classificadas como “Monetárias”, a categoria que teve maior

representatividade foi “Informações Financeiras Ambientais” e a que teve a menor foi

“Políticas Ambientais”.

• Dentre as sentenças classificadas como “Não Monetárias”, as categorias que tiveram

maior representatividade foram “Políticas Ambientais” e “Educação e Pesquisa”;

• Dentre as sentenças classificadas como “Monetárias/Não Monetárias”, a categoria que

teve maior representatividade foi “Informações Financeiras Ambientais”, e as que

tiveram menor foram “Políticas Ambientais”, “Educação e Pesquisa” e “Políticas de

Energia”;

• A maioria das sentenças, ao serem classificadas quanto ao tipo, ou seja, qual imagem

a entidade tentou passar ao divulgar aquela informação, foram majoritariamente

gerando “crédito”, isto é, tentou-se passar uma imagem “boa”, apenas 2% geram

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descrédito para empresa. Sendo assim, fica evidente a política da entidade ao divulgar

suas informações de caráter ambiental.

Diante dos achados descritos acima, evidencia-se que, de fato, houve um aumento no

nível de evidenciação de informações com caráter ambiental nos 11 anos estudados.

5.1 Limitações do Estudo

Assim como toda metodologia, esta técnica tem algumas limitações, pois está diante

da subjetividade desta abordagem, visto que implica a escolha das variáveis a serem

analisadas, devendo ser os resultados bastante independentes do investigador.

Convém afirmar ainda que, a análise do conteúdo é apenas uma indicação do que as

empresas dizem estar fazendo o que não necessariamente corresponde ao que efetivamente

fazem (Roque e Cortez,2006).

Hughes; Anderson e Golden, 2000, ainda reafirma, dizendo que deve-se levar em

consideração que a evidenciação voluntária de informações ambientais pode não ser uma

avaliação representativa do desempenho ambiental da empresa, pois pode haver vieses na

divulgação dessas informações.

5.2 Sugestões para Trabalhos Futuros

De acordo com achados identificados nesta pesquisa, bem como com as conclusões e

limitações apresentadas, este estudo não pretender esgotar a temática, apenas se propôs a

contribuir com a construção do conhecimento e o desenvolvimento da ciência.

Por fim, sugere-se para o desenvolvimento de novas pesquisas:

• A análise de outras empresas do mesmo setor, para assim se fazer um

comparativo entre os achados.

• A análise de empresas de outros setores.

• Estudar as categorias a fim de identificar possíveis variáveis causais.

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