Carolina Salva o Natal dos Animais

Adelina Soares

5º C

- Será que os animais têm Natal? - pergunta-se Carolina, uma menina que tem 10 anos, em cada Noite de Natal.

Numa Noite de Natal, Carolina que vivia numa casa com quintal à beira da floresta, decidiu procurar resposta à sua pergunta.

Como estava frio, vestiu o casaco de lã que a avó lhe dera, as galochas, as luvas e dali a pouco as pantufas. No caminho encontrou coelhos, esquilos e passarinhos nos seus ninhos e viu flores de todos os tipos.

- Ah! No bolso do casaco tenho umas migalhas de pão para passarinhos, disse quando avistou um pequeno passarinho. Pegou nele cuidadosamente e disse:

- Come bichinho, é para te sentires melhor!

Quando estava a caminho de casa, pois já era hora de deitar, ouviu um som…

- Puf! Ouviu puf! Puf!

Ela, assustada, escondeu-se atrás dum arbusto que estava ao seu lado. E por sorte aquele arbusto tinha um buraco e dava para ver por lá a “rua” da floresta. Ouviu de novo aquele som estranho e de repente viu um cavalo, uma girafa, um sapo, borboletas e muitos outros animais. Observou que todos tinham uma folha, uns no bico ou na pata …

- O que será isto? – perguntou-se baixinho.

Uma girafa ouviu-a e muito admirada disse-lhe:

- Não te assustes, mas o que estás aqui a fazer?

- Eu, eu,…gaguejou a Carolina, eu só queria saber se os animais têm Natal!?

- Para que servem essas folhas? Continuou ela ainda um pouco assustada!

A tal girafa aproximou-se e segredou-lhe:

- Estas folhas servem para concretizar os nossos sonhos de Natal e o Pai Natal dos animais dá-nos o que esta escrito ou desenhado e poe à beira do pinheiro. E…e espero que não reveles isto ao mundo todo.

- Claro que não, mas que pinheiro?

-Nesta floresta há animais de todos os tipos. Dos ratos aos tigres. E no meio desta floresta existe um pinheiro especial e por isso chamam-lhe a floresta misteriosa. Queres ir até lá?

- Mas é claro que sim!

E lá foram eles. Quando chegaram, Carolina viu um pinheiro que não estava enfeitado como os nossos e compreendeu porque era especial.

A girafa que se chamava Senhora margarida disse-lhe que em cada noite de Natal, cai uma estrela cadente e enfeita o pinheiro.

Mas, parece que o Pai natal dos animais não vem.

- Eu posso ajudar-vos!- exclamou. - Deixam-me as folhas de todos?

Carolina, após ter recolhido as folhas, correu para casa. Como tinha previsto, os pais dela já estavam a dormir, então foi pela porta das traseiras. Entrou na sala, observou as folhas, pegou num papel e escreveu ao Pai Natal:

Carolina, ainda pensativa, olhou para as folhas, uma tinha de ser dum cão, porque mostrava uma montanha de ossos, outra devia ser do tigre porque mostrava uma selva. E todos tinham os seus desejos de Natal.

Ela foi para a cama e adormeceu, mas não se esqueceu de por o relógio a tocar, à hora que o Pai Natal vinha. Quando chegou a hora, o despertador tocou, mas Carolina (que estava cheia de sono) não ouviu o relógio, pois estava naqueles sonhos em que já não podes acordar.

O Pai Natal chegara quando a Carolina tinha previsto e acordou.

- Uf! – disse ela – Ainda bem que acordei. Mas que horas são? Ui! Já é uma de manhã?

Carolina vestiu o seu roupão, as pantufas e foi à sala. Foi para a mesa onde escreveu ao Pai Natal e ele respondendo disse-lhe:

Cara Carolina de olhos verdes, tu não acordaste às horas previstas. Eu sei que estavas num sonho daqueles…Sabes, o Pai Natal dos Animais está doente e atrás desta carta encontras uma pequena varinha que serve para concederes os desejos aos animais. Isto é assim: Primeiro – pegas na varinha e dizes o teu nome; Segundo – diz um desejo de um animal qualquer; Terceiro – e depois já não é preciso fazer nada, os presentes vão automaticamente para o pinheiro. Adeus! Com carinho, Pai Natal

Carolina lendo isso, pôs-se ao trabalho. Pegou na varinha e mãos à obra. Quando faltava só uma folha para fazer, a varinha fechava-se cada vez mais e a Carolina sabia que o estava a acontecer, a varinha perdia o poder que tinha. Mas, felizmente, ela conseguiu por um segundo fazer tudo. Arrumou a varinha e deitou-se.

No dia seguinte, enquanto estava a acariciar um coelho bebé, vê uma carta a cair. Pega nela, vê que a carta é para ela e abre: que surpresa! O Pai Natal dizia-lhe que ela é a sua ajudante especial!

Naquele momento, a Carolina já não queria nenhum presente. Estava feliz porque salvara o Natal dos Animais.

Este Natal foi o melhor de todos!