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Revista de Informação | maio 2012 | 1 NÚMERO VINTE JAN/MAI 2012 Distribuição gratuita aos associados S INDICATO DOS B ANCÁRIOS DO C ENTRO Revista de Informação Carlos Silva é candidato a Secretário Geral da UGT

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Revista de Informação | maio 2012 | 1

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NÚMEROVINTEJAN/MAI2012

Distribuiçãogratuita aosassociados SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO CENTRO

Revista deInformação

Carlos Silva é candidato

a Secretário Geral da UGT

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COIMBRAAv. Fernão de Magalhães, 476 – Apartado 4043001-958 COIMBRATel.: 239 854 880 • Fax: 239 854 889

DEPARTAMENTO DE TEMPOS LIVRES

Dep. e Gab. de Apoio aos Tempos LivresAv. Fernão de Magalhães, 476 – Apartado 4043001-958 COIMBRATel.: 239 854 880 • Fax: 239 854 886E-mail. [email protected]

CALDAS DA RAINHARua da Caridade, 17 - 1° Dt° 2500-141 CALDAS DA RAINHA

FIGUEIRA DA FOZRua da Guiné, 57 3080-034 FIGUEIRA DA FOZ

GUARDALg. de S. Francisco, 6° Piso - 1° B 6300-754 GUARDA

SECRETARIADO REGIONAL DA GUARDATel.: 271 222 016

LEIRIARua Dr. José Henrique Vareda, 27 - 1° 2410-122 LEIRIA

SECRETARIADO REGIONAL DE LEIRIATel.: 244 822 743

VISEURua Nossa Senhora de Fátima, 11 3510-094 VISEU

SECRETARIADO REGIONAL DE VISEUTel.: 232 425 033

Gab. do Desporto / Clube do BancárioRua Lourenço Almeida Azevedo, 173000-250 COIMBRATel.: 239 852 340; Fax: 239 85 [email protected]

SECRETARIADO REGIONAL DE COIMBRA Tel./Fax: 239 821 935COMISSÃO SINDICAL DE REFORMADOSRua Lourenço Almeida Azevedo, 173000-250 [email protected].: 918 167 510 | 239 852 340

POSTO CLÍNICO:Tel.: 262 840 020 • Fax: 262 840 029

[email protected]

POSTO CLÍNICO:Tel.: 233 407 310 • Fax: 233 407 319

[email protected]

POSTO CLÍNICO:Tel.: 271 220 450 • Fax:271 220 455

[email protected]

POSTO CLÍNICO:Tel.: 244 820 080/90 • Fax: 244 820 091

[email protected]

POSTO CLÍNICO:Tel.: 232 430 670 • Fax: 232 430 679

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_______________________________Editorial _______________________________Sindical

• ConselhoGeralaprovacontasde2011;• CarlosSilvaavançacomocandidatoúnicoàliderançadaUGT;

• 1ºdeMaio,DiadoTrabalhador;• Observatóriosobrecrisesealternativas;

• Contratação;• UGT-Coimbradebateuenvelhecimento;_______________________________

Sams • Reembolsodecomparticipações;_______________________________Secções Regionais• RondapelasSecçõesRegionais eSindicaldeReformados;_______________________________Formação• Enxertias;_______________________________

_______________________________Internacional• Madrid-WorkshopdaUni-Europa;• Uni-EuropareuniuemBruxelas._______________________________Desporto• Surfcasting•PescadeRio;•PescadeMar;•Tenis;•Futsal;

_______________________________Laser• ViagemàsAstúrias;• ViagemaPeñadeFranciaelaAlberca;_______________________________Sociedade• Reflexão;• RecordaçãodoCordeiroCosta;_______________________________Cultura• OSagradoeoprofanoemSamuel;• VáàFava...Connosco!;• Poesia-ÁlvaroRibeiro;• CincoEscudos;_______________________________

Conselho Geral aprova contas 2011

Carlos Silva candidato à liderança da UGT

1º de Maio

Observatório sobre crises e alternativas

Contratação

SAMS

Uni-Europa Madrid - Bruxelas

FICHA TÉCNICA

PropriedadeSindicatodosBancáriosdoCentroAv.FernãodeMagalhães,4763001-958Coimbrawww.sibace.pt

Tel.239854880Fax:239854889informaçã[email protected]

Director e EditorAntónioSequeiraMendes

Sub-DirectorJoãoAntunes

Conselho EditorialAníbalRibeiroCarlosSilvaFranciscoCarapinhaFreitasSimões

FotografiaSBCJoãoAntunes

ColaboradoresA.CasteloBanco,ÁlvaroRibeiro,AmilcarPires,AnibalRibeiro,AntónioJ.G.TelesGrilo,CarlosSilva,IsabelRocha,LuísTudela,RicardoPocinho,SequeiraMendes

Composição GráficaCentroGráficodoSBCAv.FernãodeMagalhães,4763001-958Coimbrawww.sibace.pt

Telef.:239854880

Depósito Legal260437/07Tiragem Bimestral6400exemplares

Distribuição gratuita aos associados

DESTAQUES

ÍNDICE

Na capa:Carlos Silva

pág. 5

pág. 6

pág. 10

pág. 13

pág. 14

pág. 20 e 21

pág. 22 a 24

pág. 25

pág. 26 e 27

pág. 28 a 31

pág. 16

pág. 20

pág. 4

pág. 6 a 15

pág. 16 e 17

pág. 18 e 19

pág. 19

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Sequeira Mendes

Editorial

Já que mais não fosse, aeleição do senhor Hollandeem França, teve omérito de

despoletar e transportar para apraça pública, para o interior dosparlamentos e para as diversasinstituições europeias a discussãoe o debate sobre a alternativa“Austeridade com Crescimento”.Semprefoiecontinuaaserclaroqueaausteridade,sóporsi,nãoconduzao desenvolvimento, bem pelocontrário,leva-nosinexoravelmentepara a catástrofe do desempregoquejásesituaacimadeummilhãoe duzentas mil pessoas, umapercentagem já a rondar os 16%,com a agravante de apenas ca. de30%dosdesempregadosreceberemsubsídiodedesemprego,atingindoparticulargravidadeentreosjovenseaquelesqueprocuramoprimeiroemprego.A crise que grassa na Europa éacimade tudopolítica,pois éumaevidência que os líderes europeusse encontram ideologicamentemuito ligadosaos interessesfinan-ceiros especulativos, deixando queos chamados mercados atuem so-zinhoscomasua“capacidadeautoreguladora” apenas dirigida para aespeculaçãoeaeconomiadecasino,deixando de fora o crescimentoeconómico e o financiamento daeconomiareal.Aagendaideológicada líderalemã,Merkldeseunomee diabo de apelido, acolitada pelodiabitoPedroPassosCoelho,(PPC)

O Diktat Neoliberal Alemão

têmconduzidoaEuropaparaocaosem que se encontra, constituindode momento os grandes entravesà adoção das Eurobonds, isto é,à mutualização das dívidas. OsEstados, eles mesmos, deixariamdeemitirtítulosdedívidapróprios,passando a ser integralmente fi-nanciadosatravésdeobrigaçõeseu-ropeiasesolidariamentegarantidaspor todos os países aderentes aoEuro, cuja emissão, tanto nos in-teressa,ficariaacargooudoBancoCentral Europeu, ou a cargo deuma qualquer Agência ou TesouroEuropeu a criar, como forma deestabilizar a Europa da crescenteturbulênciaepressãosobreasdívidassoberanas. Estamos firmementeconvictos queo relançamento eco-nómicopassa, comodizemos,pelolançamento imediato e com regrasdas Eurobonds. Para apressar estadiscussão devemos explorar eacentuar a clivagem existente noseio do Conselho Europeu entre o“eixo”Berlim/Paris,demodoaquehajacondiçõesparaqueopróximoConselho Europeu venha a adotartaismedidas.Fazendoapontedasquestõeseco-nómicas para as questões laborais,questãoquenosémuitocara,valeapenateceralgumasconsideraçõessobre a posição ideológica de PPCquantoaestas,quandoafirmaque“ despedir-se ou ser despedido…tem de representar também umaoportunidadeparamudardevida”.Sabemosjáquenãoédegaffe quesetrata,poisasuatesefoiconfirmadanodiaseguinte,transferindoparaosindivíduostodaaresponsabilidade,afirmando que todos devemos serempreendedores, conduzindo àdegradação dos vínculos laborais.Se a isto acrescentarmos que PPCaconselhouosjovensaemigrarequepelosvistos,nãotendooutroremédio

emigrammesmo, estamos peranteum conceito social de emprego doprimeiro-ministro muito poucopreocupado com os portugueses,entroncandona sua conceçãoneo-liberal de desregulamentação dalegislação laboral, da facilitaçãodos despedimentos ou mesmo doesvaziamento da contratação co-letiva.Emsuma,ostrabalhadorestêmqueteroengenhoeaforçaparaimporaogovernotrêstiposdeexigências:a)-Noplanoeconómicoefinanceiro,o desenvolvimento económico eo crescimento, o alargamento doprazo para pagamento da dívida,eaemissãodeEurobonds;b)–Noplanolaboral,retiradadaspropostasde alteração da legislação laboral,promoçãodoempregocomdireitos,políticasativasdeemprego,reforçoda capacidade de intervenção daACT, desbloqueamento da con-tratação coletiva; c) – No planosocial,melhoria da proteção socialnodesemprego,aumento imediatodas pensões de reforma mínimase aumento do valor das restantespensões.Estaéaagendadaintervençãopo-líticaesindicalquecompeteatodosostrabalhadoreseoseucontributopara a irradicação da crise e irra-dicaçãodapobreza.

Nota: Por razões que se prendem com o lançamento da candidatura de Carlos Silva a Secretário-Geral da UGT, este número da Revista não contém a sua habitual “Mensagem do Presidente”. Ela está inserta e bem implícita na sua entrevista que publicamos.

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»Sindical

Devidamente convocado,o Conselho Geral do SBCreuniunopassadodia12de

Abrilcomumaordemdetrabalhosmuito importante para a vida donosso sindicato – Aprovação doRelatórioeContas-poisascontassãoparaqualquerinstituiçãocomosangue que nos corre nas veias,representando, esta prestaçãode contas, um momento fulcral edecisivoparaocicloanualdonossoSindicato.A tesoureira, Helena Carvalheiro,fez a apresentação das mesmas,contidas numa brochura quefoi previamente distribuída aosConselheiros, onde constava,também, o relatório de atividadesde2011.Dividiuasuaintervençãopelostrêsregimes(SindicaleSamsRegime Geral e Regime Especial),não tendo decorrido, da suaexposição, grandes dúvidas aosConselheiros, que a interrogaramapenas em questões de meropormenor.Este ponto mereceu um consensototal pois a votação que se seguiu

POR UNANIMIDADEConselho Geral aprova as Contas de 2011

resultou em unanimidade eaclamação.

FEBASE com poderes de de-núncia, negociação e outorga de revisão das tabelas.

Também a contratação coletivaesteve presente no CG, com umaproposta da Direção para que oConselhoGeraldeleguenosórgãosda Febase, nos termos dos seusEstatutos, a denúncia, negociaçãoeoutorgadaspropostasderevisãodas tabelas salariais e cláusulas deexpressão pecuniária para 2012,bem como outras matérias quesejamapresentadas,emqueoSBCeaFebasesejamsubscritores.O Vice-Presidente, Aníbal Ribeiro,fez a apresentação desta maté-ria, fazendo ressaltar a sua im-portância para o futuro de todosos trabalhadores do BPN que vãointegrar o BIC, cuja administraçãopretendequehajanasuainstituiçãoapenasumIRCT.Apesardeapropostatersuscitado

O Conselho Geral do Sindicato dos Bancários do Centro aprovou por unanimidade e aclamação as contas de 2011 nas suas três vertentes: Sindical, Sams Regime Geral e Sams Regime Especial.

alguma polémica, que se prendecomasprerrogativasprópriasdoCGquevaialienaremfavordaFebase,órgão onde o SBC se encontradevidamente representado, a pro-posta, foi aprovada por unani-midade.

FEBASE com poderes para revisão dos IRCT’s do Setor Bancário para 2012.

Outro ponto do debate foi a aná-lise, discussão e votação de umapropostaapresentadapelaDireção,para delegação na Febase dosprocessosderevisãodosIRCT’sdosetorbancáriopara2012.Estepontosuscitouomesmotipodedúvidasqueoanterior,poiscomesta proposta pretendia-se que oCGdelegassenaFebaseoteordasnegociações para este ano, poisque a Febase já detém poderesde denúncia. Resolvidas algumasdúvidas que este ponto suscitou aalgunsConselheiros,estapropostafoi, também ela, aprovada porunanimidade.

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Sindical

Imparável, Carlos Silva avança como candidato único à liderança da UGT

HHá muito tempo que an-dava no ar a candidaturadeCarlos Silva à liderança

da UGT nacional. Foi a partir doconsenso encontrado no seio daFebase, que congrega os três sin-dicatos verticais bancários, quese estabeleceu que era chegada ahora de o futuro Secretário-Geralter origem no setor bancário, queaideiacomeçouaganharasas.Ehámuito que, avaliadas as condiçõesinternas no seio da Federação, re-lativamente à personalidade que

o setor deveria fazer avançar,que Carlos Silva surge como afigura que poderia gerar os taisconsensos, tão necessários quantodecisivos para gerir uma casa quefazdademocraticidadeinternaedapluralidadeasuapráticaquotidiana.Como é do conhecimento geral,o setor bancário desempenha, noseio da UGT, um papel prepon-derante e decisivo, quer no aspetoorganizativo, quer no aspeto dasua sustentabilidade financeira.Recorde-seque,apesardisso,nunca

atéestadatahouveumSecretário-Geral oriundo deste setor. É bomque se diga que este consenso,nascido no seio dos bancários, foidecisivoparaacaminhadaserenaeseguraqueCarlosSilvatemvindoatrilharatéaquieque,seguramente,lhe irá proporcionar alcandorar-seà mais alta hierarquia do mundosindical democrático português.Foi, portanto, uma candidaturaendógena, nascida e amadurecidano seu seio, poisnãopodemos es-quecer que, entretanto, todas as

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»Sindical

Imparável, Carlos Silva avança como candidato único à liderança da UGT

tendências político-sindicais in-ternas da Febase convergirampara Carlos Silva, tornando-a umacandidatura forte e diminuindo apossibilidade de surgirem alter-nativas que, de alguma forma, pu-dessem ainda prefigurar-se até aopróprioCongressode2013.A partir do momento em que aTendência Sindical Socialista dossindicatos da Febase, reunida emFevereiro,emCoimbra,comapre-sença do Coordenador nacionaldesta Tendência no seio da UGT,João Proença, avançou com adeterminação da necessidade dese avançar com uma solução paraa substituição do atual Secretário-Geral da UGT, o nome de CarlosSilva congregou forte apoio e apartir daí, não tardaramos apoiosque lhe têm chegado de todos ossetoresdaUGT.Éderealçaroapoioqueoatuallíderdacentral,JoãoProença,temvindoamanifestaraCarlosSilvadesdeaprimeira hora, sendo mesmo umentusiastadasuacandidatura.

Carlos Silva formalizou a sua Candidatura a 15 de maio.

O processo tem tido a sua se-quência, nos termos da Resolução

LicenciadoemEstudosEuropeus; FrequentouCursodePós-GraduaçãoemEstudosEuropeusnaFaculdadedeDireitodaUniversidadedeCoimbra.PresidentedoSBC,desde15/03/2007; Vice-SecretárioGeraldaFEBASE-FederaçãodoSetorFinanceiro; MembrodoComitéExecutivoMundialdaUNI–UnitedNetworkInternationalUNIGlobalUnion; Vice-PresidentedaUGT-UniãoGeraldeTrabalhadores; PresidentedaUGT-Coimbra; MembroefetivodoSecretariadoNacionaldaUGT-UniãoGeraldeTrabalhadores; MembrodoConselhodeFundadoresdaFundaçãoResPública; MembrosuplentedoCES(ConselhoEconómicoeSocial); MembrodoConselhoRegionaldaCCDRC(ComissãodeCoordenaçãoeDesenvolvimentoRegionaldoCentro); MembrodoConselhoConsultivodoIEFP(DelegaçãoCentro); MembrodoAgrupamentodeCentrosdeSaúdedoPinhalInteriorNorte(FigueiródosVinhos,CastanheiradePêra,PedrógãoGrande,Ansião,AlvaiázereePenela);FoiSecretárioGeraldaFEBASE-FederaçãodoSetorFinanceiro,desde12/05/2010até31/06/2011; FoiPresidentedaMesadaAssembleiaGeraldoFundoSocialdosTrabalhadoresdoBancoEspíritoSanto; FoiCoordenadordoConselhoEuropeudeEmpresadoGrupoBancoEspíritoSanto,entre2003e2007; FoiCoordenadordoGrupoEspecialdeNegociaçãoparaacriaçãodoConselhoEuropeudeEmpresadoGrupoBancoEspíritoSanto,entre2001e2003; FoiMembrodaComissãoNacionaldeTrabalhadoresdoBancoEspíritoSanto,entre1996e1998eentre2000e2003; FoiMembrodaDirecçãodoSindicatodosBancáriosdoSuleIlhas,entre1997e2000.BancárionoBancoEspíritoSantodoAvelar.MembrodaComissãoNacionaldoPS; FoiMembrodoSecretariadodaFederaçãoDistritaldeCoimbradoPS; FoiPresidentedaAssembleiadeFreguesiadeCampelo,concelhodeFigueiródosVinhos,entre1997e2009; FoiCandidatoaDeputadoàAssembleiadaRepúblicapeloPartidoSocialista,pelocírculoeleitoraldeLisboa,em1991; FoiCandidatoàVereaçãodaCâmaraMunicipaldeLourespeloPartidoSocialista,em1989; FoiMembrodoSecretariadoeComissãoPolíticaDistritaldeLisboadoPartidoSocialista,entre1988e1992; FoiSecretárioNacionaleMembrodaComissãoNacionaldaJuventudeSocialista,entre1990e1992; FoiPresidentedaDistritaldeLisboadaJuventudeSocialista,entre1988e1992; TemdesempenhadodiversasfunçõesnoAssociativismo,desde1976,queremSacavémonderesidia,quernaatualresidênciaemFigueiródosVinhos.

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Sindical

que o Secretariado nacional daUGT aprovou em Dezembro de2011, onde o dia 15 de Maio foiestipuladocomodata-limiteparaaapresentação de pré-candidaturas.Nesse dia, Carlos Silva apresentouaoSecretário-GeraleaoPresidentedaUGTumdossiê,formalizandoasuacandidatura,comoapoiode33organizações sindicais da Centralexpressando-lhe o seu apoioinstitucional.Seguir-se-á a eventual aprovaçãopela Tendência Sindical Socialistanacional da UGT, em Congressoespecíficoparaoefeito,jáagendadopara 6 de Julho, em Lisboa. Apartir desse formalismo e caso oCongresso vote favoravelmente asua candidatura, Carlos Silva serásufragadoemSecretariadoNacionaldaUGT,nasemanaimediata.A Direção do SBC, como nãopodia deixar de ser, aprovou porunanimidade a decisão do seuPresidente em avançar para estealtocargosindical,dando-lhetodooapoioeprometendo-lheacoberturada retaguarda, se e quando a suaeleiçãoseconsumar.Carlos Silva é uma personalidademultifacetada, com uma vidapolítica e sindical tão intensaquanto antiga, tendo-se engajado,desdemuito jovem, nosmeandrosda Juventude Socialista, ondedesempenhou funções de elevada

responsabilidaderegionalenacionalentre 1988 e 1992. Integrou aDireçãodoSindicatodosBancáriosdo Sul e Ilhas (ver caixa) e, desde2001, faz parte da Direção doSindicatodosBancáriosdoCentro,liderandooSindicatodesde2007.Carlos Silva é uma personalidadepragmática, com provas dadas noterreno e se a sua aproximaçãoàs bases e aos trabalhadores, nasempresas e nos locais de trabalho,forumapráticadoquotidiano,comotem vindo a ser a sua prática noSBC,vaiagradar,porcerto,amuitossetoresdaUGTquesereveemnestaspráticasequeesperamdaCentralaassinaturadeacordos,sim,quandoabsolutamente necessários, masquenãovaiabdicardaruaquandoos interesses dos trabalhadorese o interesse nacional assim ojustificarem.CarlosSilvapersonalizaecongregamuitas expectativas. A Direçãoda Revista do SBC, orgulhosa deque saia do seio do Sindicato dosBancáriosdoCentroumdirigentedetalestirpe,nãopodiadeixarpassareste momento sem lhe colocaralgumas questões donde ressalteo seu pensamento e constituamdigamos, o substrato ideológicoque irá pautar e fundamentar asua conduta, a sua praxis, comoaltodirigentesindical,peloquelhecolocouasseguintesquestões:

Estamos a atravessar uma fase de desideologização e de despolitização de amplos setores sociais, acompanhada de uma marginalização e menorização dos sindicatos, uma vingança dos ideólogos neoliberais que vêem chegado o seu tempo.

Como pensas que podes ultra-passar esta fase negra, como dirigente sindical?Asfasesmaisnegrasdasvidasdostrabalhadores,aolongodasmuitasdécadas em que o sindicalismo sedesenvolveu e consolidou comopilarfundamentaldoexercícioedaconsagraçãodasliberdadescívicasedeassociação, foramultrapassadascom persistência e determinação,com lutas e reivindicações, commanifestos e muitas angústias,quantas delas dolorosas e quecustaram vidas, mas seguiu o seucaminho. Ao dirigente sindicalexige-se que NUNCA DESISTA,porque é nesta determinação quereside a força dos sindicatos. Eainda que hoje se atravesse ummomento de ataque aos direitosdos trabalhadores, muitos delesconsagrados constitucionalmente,a essência do movimento sindicalmantém-se intocável - lutar comtodas as forças para defender osdireitosdequemtrabalha.

Gostávamos que nos falasses sobre as relações internacionais da UGT e o que pensas sobre isso.AUGTéumaconfederaçãosindicalportuguesa com enorme prestígiointernacional. Um dos grandesesteios do movimento sindicalfoi o de assentar numa dinâmicade relações internacionais, comoforma de estreitar laços entre ostrabalhadores de todo o mundo,porque onde existem relaçõeslaborais, existe exploração e abusode poder patronal. A troca deexperiências entre os sistemasvigentes nos diversos países ea comparação das legislaçõessobre matérias idênticas só podesurtir efeitos positivos, porquepermite um intercâmbio de ideias

Carlos Silva no momento da entrega da sua Candidatura na presença de João Proença e João de Deus

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e conceitos entre o que se vaifazendo pelomundo e estudam-sesoluções para a uniformização deleis a aplicar, independentementedos países que se analisem.Por outro lado, sendo a UniãoEuropeia um espaço de integraçãoeconómica e monetária e de certaforma político, embora gradual,as decisões de políticasmacro sãodiscutidas e implementadas porÓrgãos supranacionais, longe dasvárias capitais nacionais e estasituação obriga o movimentosindical a concentrar e a consertaresforços tendentes a agilizar osseusprocedimentosreivindicativose de proposição. É em Bruxelas,Estrasburgo, Haia, Londres,Paris, Roma, Berlim, etc. que sedesenrolamospassosparaacoesãoeuropeia e para a aplicação demedidas políticas, económicas esociais.NãopodeaUGTdissociar-se desta realidade, pelo que temnecessariamentedeestarintegradanum espaço alargado, com re-presentantes dos sindicatos dosváriospaíseseuropeus,comointuitode influenciar asdecisõesque, porexemplo, o ParlamentoEuropeu, aComissão e o Tribunal de Justiça

tomam na defesa dos interessese direitos dos trabalhadores querepresentam.

Como vai relacionar-se a UGT com os sindi catos da central.Na Central sindical UGT o rela-cionamentoentreosseussindicatostem sido sempre pautado peloequilíbrio das tendências político-sindicais que coexistem no seuseio e também pelo respeito peladignidade de todos os sindicatos“depersi”,qualquerquesejaasuadimensão ou setor de atividadeeconómica.AUGTtemsidoecontinuaráasero que os seus sindicatos quiseremque ela seja. Cabe ao Secretário-Geral pugnar por esse desiderato,até hoje sempre constatado nasdecisões emanadas dos Órgãos daCentral,pautadasquasesemprepelaunanimidadedosseusmembros.

Gostávamos que informasses e tranquilizasses os sócios do SBC, sobre como é que este vai ser gerido se e quando tomares posse de Secretário-Geral da UGT, dado que não possuis o dom da ubiquidade.

CasooCongressodaUGT,queterálugarem2013,optepormeelegerpara Secretário-Geral da CentralSindical, entendo tal eventualdecisãocomoumfatordeprestígioe orgulho para o Sindicato dosBancários do Centro, pela suaparticipação ativa na vida e nasdecisões da UGT, no respeito porum sindicalismo democrático e deproposiçãoquenos caracteriza,noprincípio da responsabilidade e nadefesa do superior interesse dostrabalhadores portugueses e dePortugal.O Presidente da Direção do SBCmanter-se-á em funções até Abrilde 2015, sabedor das vicissitudesda governação à distância, masciente da equipa que lidera, doshomens e mulheres que integramosÓrgãosdoSBCaosmaisvariadosníveis de decisão e participação. Eos estatutos do SBC são claros noque à delegação de competênciasestá determinado nas ausências eimpedimentosdoPresidente.Tudo se processará sem conflitose na maior estabilidade, algo parao que os dirigentes do SBC estão,desdehámuito,conquistados.

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Sindical

AUGT colocou o Governoentre a espada e a parede:ou este garante medidas

que propiciem o crescimento, acompetitividade e o emprego,cumprindooAcordoTripartidodeConcertação Social, ou dar-se-á orompimento desse mesmo acordo.A UGT insiste em afirmar que oAcordoébomseogovernocumprirasuaparte.Por seu turno, a CGTP, teve comoalvosneste1ºdeMaio“oscoveirosdeste país: a troica, o governo(Passos Coelho) e o Presidente daRepública”

Duma maneira geral, quer para aUGT, quer para a CGTP a crise, aausteridade,odesemprego,ajustiçasocial e negociação coletiva, foramas palavrasmais proferidas emaisglosadasportodosaquelesque,noDia1ªdeMaio,DiadoTrabalhador,quiseram estar presentes nosdiversos locais do país ondeestavammarcadasmanifestaçõeseconcentrações.De norte a sul, nomeadamenteem Évora, Porto e Setúbal ostrabalhadores deram largas à suaindignação, em luta por melhoressalários,pormaisdireitos,poruma

sociedade mais democrática, porumadistribuiçãomaisequitativadossacrifícios, por mais emprego, pormais justiça social, pelo abandonoda precaridade, pela renegociaçãodadívidaedos jurosepelofimdacapturadanegociaçãocoletiva.Já passava das 15h quando teveinícioamanifestação,encontrando-se à sua cabeça o Secretário-GeralJoão Proença e o seu Presidente,João de Deus, seguidos e acom-panhadospelosprincipaisdirigentesdacentral.Correspondendo ao apelo lançadopelo Secretariado da UGT, paraque os seus sindicatos se fizessemrepresentar em força neste 1º deMaio, muitos milhares de mani-festantes, filiados, amigos ousimpatizantes da UGT, incorpo-raramamanifestaçãoque,concen-trada no Marquês de Pombal, fezdesfilar, Avenida abaixo, até aosRestauradores, comapresençadecabeçudos especialmente vindosdonortedopaíseruidososgruposde bombos, gritando palavras deordem: “trabalho sim/desempregonão”, “mais igualdade/melhorsociedade”, “justiça social sim/desigualdades não”, “negociaçãocoletivasim/imposiçãonão”, “cres-cimentoeemprego/comosmelhoressalários e pensões”, “sindicalismoresponsável/UGTUGTUGT”.Já nos Restauradores, onde tevelugar o tradicional comício quehabitualmente costuma encerrarestas comemorações, o Secretário-GeralJoãoProença,noseuúltimodiscurso destas comemorações,enquanto tal - nopróximomêsdemarço terá lugar o Congresso daUGT donde sairá o futuro Secre-tário-Geral - reiterouas críticas aogoverno pelo não cumprimentoda sua parte do Acordo celebrado,bemcomoporapenassepreocuparcom a austeridade, nada fazendopara o relançamento da economiae o combate ao desemprego,manifestando,ainda,algumaténueesperança que o acordo ainda seja

No 1º de Maio, Dia do Trabalhador, a UGT exige Crescimento, Emprego e Negociação Colectiva

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No 1º de Maio, Dia do Trabalhador, a UGT exige Crescimento, Emprego e Negociação ColectivaSindical

cumprido,para“defesadoemprego,do estado social e das oito horasde horário máximo de trabalhodiário”.Finalmente,JoãoProençafezressal-tarqueaforçadacentralUGTestána independência e na unidade

da sua atuação, garantindo que ossindicatos“estãopreparadosparaadefesadostrabalhadoresedopaís,noâmbitodeumaUniãoEuropeiadiferente,quetemqueserummotordo desenvolvimento económico esocial”

O Presidente da UGT, João deDeus,aquandodasuaintervenção,criticou o governo que acusou de“negligenciar” as políticas e asmedidas de crescimento econó-mico, afirmando: “ o governo temde arrepiar caminho e iniciar a

Uma manifestação de cerca de 200 anarquistas ocorreu em Setúbal, tendo aí havido confrontos graves com “nacionalistas” do PNR e que acabou em comício no auditório Zeca Afonso, ao ar livre.Este dia é naturalmente celebrado em todo o mundo, sendo de destacar, este ano, países como a Espanha onde houve manifestações em mais de 80 cidades e onde se pediu trabalho, dignidade e direitos e a Grécia onde se exigiu o fim dos cortes orçamentais e emprego. Em França mais de 1 milhão de pessoas saíram à rua, em Moscovo manifestaram-se mais de 150 mil pessoas e nos Estados Unidos o Movimento Occupy passou no teste, tendo ocupado com sucesso o centro financeiro de Wall Street.

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Sindical

discussão sobre as políticasativas de emprego”, ao mesmotempo que defendeu o acordoassinadoemsededeconcertaçãosocial.Estevepresentenamanifestação,uma fortíssima delegaçãoda FEBASE, integrando,naturalmente,ostrêssindicatosverticaisdabancaportuguesaeonde o Sindicato dos Bancáriosdo Centro se fez representar,oficialmente, por uma comitivadecercade200pessoas,algumasdelas doutros sindicatos daUGT da região centro e que

beneficiaram da logística doSBC quer no transporte, quer naalimentação.Três autocarros, com partidas deCoimbra,GuardaeViseu,rumaramà capital logo pela manhã, tendotoda a comitiva almoçado nasinstalações do SBSI, no PalacetedaMarquês da Fronteira. Findo ocomícioregressámosacasa,nãosemque o SBC tivesse proporcionadoa todosos integrantesda comitivaum belo pic-nic que decorreu comgrande animação e espírito desolidariedadenumazonadeserviçodaA1.

Cumprida anossamissãopolítico-sindical, todos temos a obrigaçãoderefletirsobreonovoconceitodetrabalho que o inefável ministro,quedápelonomedeVitorGaspar,definecomo“hipótesesdetrabalho”.Atrapaçaeorevanchismopolítico,consubstanciado numa maioria,num governo e num presidente,estão na ordem do dia, tal tenazque começa a estrangular toda asociedadeequenãolegitimaquemé eleito com promessas que nãocumpre. Os trabalhadores sempresouberamdefender-seeasuaúltimaarmapoderáseradesobediência.

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OCentrodeEstudosSociaisdaUniversidade de Coimbra,entidade com quem, quer

a UGT/Coimbra, quer o Sindicatodos Bancários do Centro mantêmumarelaçãomuitopróxima,decidiucriarumObservatóriosobreCrisese Alternativas, de modo a acom-panhar o desenvolvimento dascrises, nas suas várias dimensõese manifestações em Portugal, no-meadamente nos aspetos sociais,económicosenascondiçõesdetra-balho.Numa abordagem multidisciplinare partindo da ideia que as verten-tes atrás enumeradas estão inti-mamente relacionadas, este Ob-servatório pretende partir parapropostasdepolíticasalternativas.SãotrêsoseixosqueestruturarãootrabalhodoObservatório:

- Em primeiro lugar, a governaçãoeademocracia, comparticularen-foque nas desigualdades sociais,nomeadamente na repartição dorendimentodisponível enoacessoàprovisãopública (acessoàsaúde,educação, habitação, justiça, etc.)e na qualidade da deliberação etomada de decisão pública (demo-craticidade, transparência, parti-cipação) às escalas regional, na-cional,europeiaeglobal.- Em segundo lugar, o estudo das

dinâmicas no mundo do trabalho,nomeadamente os processos dereconversão e fragmentação dasrelações laborais e o respeito oudesrespeitopelotrabalhodigno.- Por último, a com-plexidade das relaçõesentre a finança e a eco-nomia, nas diversas es-calas, nacional, europeiae global e o modo comoafetamavidadasfamílias,aatividadedasempresaseaevoluçãodaseconomiasnacionais.OObservatórioprocurará,assim, tornar mais pre-cisa a caracterização e odiagnóstico das crises eacompanhar medidas depolítica, querquanto aosobjetivos

e meios mobilizados, querquanto aos resultados ex-pectáveis, procurando, ainda,contribuirparaadescobertaderespostaseparaoalargamentodo leque de alternativas emconsideraçãoediscussão.O Observatório funcionasob a égide e o patrocínioda OIT – ORGANIZAÇÃOINTERNACIONAL DOTRABALHO - possui o seu

núcleo próprio de investigadores,mas procurará desenvolver a suaatividademobilizandoredesdeco-laboradores nacionais e interna-cionais.O financiamento será assegurado,numa fase inicialdasuaatividade,porumaredededoadoresdemoldea assegurar as indispensáveis con-diçõesde independência e autono-mia.No primeiro ano do seu exercício,o Observatório, entre outras ati-

Observatório Sobre Crises e Alternativas

Sindical

O Sindicato dos Bancários do Centro é seu Fundador e Doador

vidades, compromete-se a elabo-rar um relatório designado “Ana-tomia da Crise em Portugal”,construído a partir de contributos

de investigadores do CES e deoutros colaboradores e resultaráde um conjunto de seminários edocumentos de trabalho a realizaraolongodoano.Tendo por referência o modeloTripartidodaOIT,ofinanciamento,na fase de arranque, é asseguradopor doadores empresariais, asso-ciativosesindicais.Assim, o Coordenador do Obser-vatório, Manuel Carvalho da Silva, endossou ao SBC um convite no sentido de este se constituir seu doador, tendo merecido da parte do SBC total concordância.Com esta decisão, o Sindicato dosBancários do Centro encontra-se inserido na rede do quadrode doadores e fundadores, fa-zendo parte do grupo quenesta organização, não só apoiapoliticamente, como financei-ramente o Observatório recém-criado.

Partindo da ideia de que as tendências económicas, sociais e de políticas estão intimamente re-lacionadas, este Observatório pretende desenvolver um trabalho de análise multidisciplinar e de construção de propostas de políticas alternativas.

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Contratação

Sindical

OSindicatodosBancáriosdoCentrorepresentadopeloseuVice-Presidente,Aníbal Ribeiro, tem participado emtodasasmesasdenegociaçãocoletivadosdiversosIRCT.Foram efectuadas várias reuniõescom o Governo, Administração doBPNeBancoBICno sentidode sechegar a um acordo de EmpresaparaoBancoBPN.Esse acordo foiassinadoepublicadonoBoletimdeTrabalhoeEmpregoepermitequeos trabalhadores do BPN fiquemabrangidos por uma convençãocoletivadetrabalho,emvirtudedeterhavidodenúnciadaquelheseraaplicável.Tambémpara as EmpresasVeículodo BPN, nomeadamente o BPNCrédito e Parvalorem, têm sidoefetuadas reuniões no sentido desechegaraumAcordodeEmpresaparaasmesmas,oupelaassinaturadeummemorandoquesalvaguardeosdireitosdostrabalhadores.Outramatéria abordada foi a majoraçãosalarial decorrente da integraçãodos trabalhadores na SegurançaSocial.No âmbito da reestruturação doIFAP,aFEBASEtemvindoamanterdiversas reuniões com os GruposParlamentares da Assembleia daRepública,ComissãodeOrçamentoe Finanças, Administração doIFAP e Secretarias de Estadoda Administração Pública e daAgricultura, no sentido de osalertar para a necessidade da

salvaguarda dos legítimos direitosdos trabalhadores no atual quadrolegislativo.Trata-se de um processo que sedesenrolahájáalgumtempoequetemsuscitadodúvidasenecessidadede esclarecimentos, no sentido deassegurar que os trabalhadoresdeste instituto não venham a serprejudicados nas suas carreirasprofissionais,bemcomonoregime

decontrataçãoaoqualseencontramvinculados.OssindicatosdaFebaseenvidarão todos os esforços paraque, no quadro da legislação emvigor, sejam salvaguardados oslegítimosdireitosdostrabalhadoresquerepresentam.Foi pedido a todas as instituiçõesde crédito reuniões para clarificar

a questão do pagamento ou nãodo 14ºmês aos reformados nuncainscritos na CAFEB. Do resultadodessasreuniões,oBancoSantanderfez o processamento do 14º mês,embora tenha colocado uma açãoem tribunal contraos Sindicatos erestanteBancanosentidodehaveruma clarificação do clausulado doACT. O BES e o BPI cumpriram oqueestáestabelecidonoAcordodeConvenção Coletiva. O BCP pagouaos trabalhadores reformadosnunca inscritos na CAFEB sóneste mês de Maio, informandoosSindicatosque irá intentarumaAção com Processo DeclarativoEspecial de Interpretação deCláusula de Convenção ColetivadeTrabalho.OBancodePortugal,apósreuniãohavidanopassadodia21 de Maio continua sem posiçãoconcreta, aguardando um parecerde uma entidade competente,para o processamento do 14ºmêsaos trabalhadores reformados. OBANIF ainda não deu resposta aonossopedidodereuniões,afimdenosinformarqualoprocedimentoaadotar.Emrelaçãoaostrabalhadoresdoex-BNU,osSindicatoscolocaramjáasaçõesemTribunal,aguardandoamarcaçãodaação.Ainda em Janeiro, os SindicatoscolocaramváriasaçõesemTribunalno sentido de reclamar à CGD opagamento do subsídio de fériasaostrabalhadoresdoativo,talcomodecorredoAEdeempresa.

Os Sindicatos da FEBASE aprovaram nos ConselhosGeraisrespetivosenoConselhoGeraldaFEBASE,umapropostaquereclama3%deaumentosalarialparaoano2012,natabelaecláusulasdeexpressãopecuniária.Estareivindicação salarial assenta em fatores económicos elaborais,bemcomonanecessidadedeumajustarepartiçãodariquezagerada,quecompenseostrabalhadorespeloseuesforçoeempenho.Poroutrolado,osetorbancárioacumulounosúltimosanoscentenasdemilhõesdeeurosdelucro,semquetaisresultadossetivessemrepercutidonaretribuiçãodageneralidadedostrabalhadores.

Os Sindicatos da FEBASE reclamam 3% de aumento salarial para 2012

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»Sindical

UGT - CoimbraDebate sobre o envelhecimentoe as respostas sociais em tempos de crise

Perante uma sala com 200pessoas, o Ministro daSolidariedade e Segurança

Social,PedroMotaSoares,afirmouno II Congresso Internacional deGerontologia Social, iniciativa daUGT Coimbra, que as instituiçõessociais, “pela sua natureza, pelomodelo que adoptaram, pela suagénese (…) conseguemprestar umapoio de qualidade inquestionávelnocombateàexclusãosocial”e“sãoparticularmente importantes nadinamização”daeconomia.“HáquemostrarquePortugalpodemelhorarnasuarespostasocial.E que é comas instituições, numarelação de parceria, num novoparadigma, que o Estado o devefazer”, salientou o Governante.Referindo-seaotemadocongresso,o ministro da Solidariedade eSegurançaSocialdestacoutambémo papel das instituições sociais esustentou que “assim que estejaedificado este novo paradigma

da resposta social em Portugal oenvelhecimentonãoserátidocomouma fasemenosboa.Nemmesmoemépocadecrise.Ao intervir na sessão deencerramento,osecretário-geraldaUGT,JoãoProença,considerouque“oGovernoestáairdemasiadolongeno corte das prestações sociais”e interrogou o Executivo sobrequandoserárepostoocrescimentonormaldaspensões.

No encerramento do evento, emcujaorganizaçãotambémestiveramenvolvidosoInstitutodePsicologiaCognitiva, Desenvolvimento Voca-cional e Social da Universidadede Coimbra e a Escola Superiorde Tecnologias da Saúde, foramoradores ainda o presidente daUGT/Coimbra, Carlos Silva, e opresidentedo InstitutoPolitécnicode Coimbra (de que a ESEC fazparte)RuiAntunes.

UGT - COIMBRA

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Sindical/SAMS

No corrente ano verificam-se dificuldades queconflituam com o equilíbrio individual e dosgruposfamiliares,detrabalho,emqueanossa

saúdeeresistênciasãopostasàprova.Por issoproponhoquenãofiquemosparados.Vamos,antessim,fazeras“coisas“acontecer.Osdesafioscomquenosdeparamossãoenormes,porisso, precisamos de dar respostas ainda maiores. Osnossossóciosvãoem2012,refletir,decidiresobretudoagir.OSindicatodosBancáriosdoCentro, precisadetodoovossoapoio.Paraquetudopossaacontecer,pre-cisamosdeestarmaisrobustos.Já é tempo de tomar a decisão de que o nossoplaneta precisa, o nosso mundo, aquela que vaipoder implementar a verdadeira mudança, a realtransformaçãoequeiniciaconnoscoeconsigo.Vivemos num período em que nada está seguro, emque só temos direito de assistir, quase impotentes,aosacontecimentosqueescapamtotalmenteaonossocontrolo.O nosso planeta está à beira do colapso, os nossossistemassociais,políticosebancáriostambém.Pareceque todas estas medidas querem abanar tudo o que

Aníbal Ribeiro

“[...] Os desafios com que nos deparamos são enormes, por isso, precisamos de dar respostas ainda maiores. Os nossos sócios vão em 2012, refletir, decidir e sobretudo agir. O Sin dicato dos Bancários do Centro, precisa de todo o vosso apoio. Para que tudo possa acontecer, pre cisamos de estar mais robustos. [...]” [email protected]

conhecemos e temos, os direitos, os deveres, a feli-cidade,osucessoeobem-estar.Não podemos perder a habilidade de tomar posiçõespositivas,proativasecriativas.Chegou a altura de grandesmudanças, que se revelaserumanecessidadeglobaldetransformaçãoradicalatodososníveisequenãopodeserignorada.Podemos lutarpelonosso lugarcomdeterminação.Onossomaiorproblema,notrabalhoenavidaéaformacomovemosofuturo.ComosSindicatosealutadetrabalhadores,reformadosepensionistas,numaatituderesponsáveldedefesadosdireitosedoemprego,saberemosvenceracrise.Só com crescimento e emprego é possível reduzir odéficitdascontaspúblicaseodesequilíbriofinanceirocomoexterior.Queremos ajudar a criar empregos para todos, inver-tendo o crescimento do insustentável desemprego.Defendemosanegociaçãocoletiva,nalutapormelhoressaláriosepensões.Não adianta ficarmos passivos, a queixarmo-nos danossavida,esperandoqueascoisasmelhoremdeumamaneiramilagrosa.

A Crise não pode levar-nos a querer desistir

Os SAMS, no seu permanente esforço de modernização eatualizaçãodepreçosdosprodutosquefornecediretamenteaosseusassociados,implementouumanovapolíticadevendadeortóteses,vulgo,arosparaóculos,bemcomo lentes,queémuitofavorávelparaosnossosassociados.Concretamente,mais que duplicámos os valores comparticipados, relativamente ao que era praticado até há pouco tempo.Nesteesforçodemodernização,trabalhamoscomlentesquesãolíderesnestemercado–Zeiss eEssilor–enoqueserefereaosaros,dispomosdeumavastagama,denominada,coleção2012.Temos,também,óculosdesolemtodasasLojas.Daíquesolicitemosatodososnossosbeneficiáriosquenão comprem os seus óculos sem que previamente consultem os preços nas nossas Lojas de Ótica,queoassociadopodeencontraremtodososPostosClínicosdosSAMS.Esta política de preços só é válida para todos os produtosadquiridosdiretamentenasLojasdeÓtica.

Ortóteses e lentes mais baratas nas nossas lojas

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Revista de Informação | maio 2012 | 17

»SAMS

Por corresponderem ao encargo obrigatório dosbeneficiários, há despesas que não são objeto decomparticipação.Assim,nãodevemserenviadosparacomparticipaçãoosseguintesdocumentos:-Contendoimportânciascorrespondentesataxasmo-deradorasdoServiçoNacionaldeSaúde;

-Osrecibosreferentesaosmontantesliquidados (20%correspondenteaoencargodobeneficiário)nosprestadoresconvencionados;

-Os recibos referentes ao co-pagamento por recursoà rede Medis (no âmbito do Regulamento decolaboradoresdoBCP);

-Os recibos da taxa de utilização dos Postos ClínicosdosSAMS.

SAMSSERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-SOCIAL do SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO CENTRO

O que não deve enviar aos SAMS para

comparticipação

Documentos para compartcipação: o que

não deve faltarParaefeitosdecomparticipação,todososdocumentosde despesa devem ser apresentados nas seguintescondições:-Seroriginais(exceptoemcomplementaridade);-Emitidosdeacordocomalegislaçãoemvigor;-Preenchidospelaentidadeprestadoradeserviços;-Acompanhados de prescrição médica em meiosauxiliaresdediagnósticoeterapêutica;

-Discriminaronúmeroetipodeserviçosprestados;-Identificar o nome e nº de beneficiário a querespeitam;

-Serapresentadosnoprazomáximode90diasapósaemissão.

Todos os anos os SAMS devolvem milharesde documentos por não apresentarem asinformações obrigatórias. Uma situação

que atrasa o reembolso das comparticipações, comincómodos para os beneficiários. O cumprimento dealgumasregrasporpartedosbeneficiários,traduzumamaioreficáciaerapideznacomparticipaçãoaatribuir.Os SAMS devolvem anualmente cerca de 3700documentos, por não se encontrarem nas condiçõesexigidasparacomparticipaçãoimediata.Estasituação,além dos naturais incómodos para os beneficiários,atrasa o processamento de comparticipações e temelevadoscustosadministrativosedeexpedição.Para evitar estes constrangimentos e possibilitar

Reembolso de comparticipações

aos beneficiários uma rápida comparticipação a quetenham direito, o Conselho de Gerência aconselha ocumprimentodosprincípiosinstituídosdoRegulamentoeNormasComplementaresrelativamenteaoenviodosdocumentosdedespesa.Se os beneficiários seguirem as recomendações, serápossível aos serviços garantir uma maior eficácia notratamentodosseuspedidos,comnotóriasvantagensquedaíadvêmparatodos.Emcasodedúvidasobreomododeapresentaçãodosdocumentos de despesa e antes de procederem aoseu envio, os beneficiários podem obter informaçõesatravésdositedosSAMS/SBCoudotelefone239854880(comparticipaçõesdiretas).

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Secções Regionais

As secções regionais fazem partedaestruturadoSindicatoenquantoum dos seus órgãos, existindocomo forma de assegurar e reforçar a participação dos associados e a democraticidade do seu funcionamento.Sendo quatro as secções regionais–Coimbra,Leiria,ViseueGuarda,elas correspondem a cada um dosdistritosafetosàáreadejurisdiçãodaquele. De cada secção faz parteum coordenador, um secretárioe um tesoureiro. Paredes meiasfuncionamosserviçosdosSAMSoquepor si só éumamaisvalia emtermosdeproximidadeparaquem,necessitandodecuidadosdesaúde,possa igualmente ali beneficiar deapoiosindical.Reportamo-nosnestenúmeroàdeLeiria que temumprolongamentonasCaldasdaRainha,daqualdistasessenta quilómetros e onde seencontram as mesmas valências.Pedro Veiga, trabalhador no ativo,é o seu coordenador, no que écoadjuvado por Manuel Borgesda Silva e António Carlos CorreiaGonçalves, ambos na reformae respectivamente secretário etesoureiro.Cientedasdificuldadescomquesedebate omovimento sindical e nocaso concretoasque são inerentesàs funções que desempenha,aquele responsável salienta quesó com uma proximidade perma-nente aos trabalhadores, sejameles já associados, ou os que sepretendaviracaptar,sócomumaaproximação permanente, refor-ça, é possível chegar a um bomdesempenho. E isto refere, porqueparaalémdaconcorrênciatambémno nosso meio sindical, que é do

conhecimentodetodos,oquemaisse nota é um desinteresse, umaapatia e um alheamento a que sejuntaomedoeoreceioderepresáliasporpartedaentidadepatronal,pelaparticipação nas estruturas. E daí,esclarece,adificuldadeemrecrutargente ativa e participativa paraelas.-Todasestasquestões,diz, atiramas pessoas para uma práticade individualismo tal, que é averdadeiraguerradosalve-sequempuder,jáque,comoalguémreferia,umempregohojeéomaiorbem.Econtinua:-Nodiaadiaemercêdeumbomrelacionamento que a SecçãoRegionalmantém com os cerca detrezentos balcões que lhe estãoafetos, ondenunca buscámos umapolíticadeconfronto,nóschegamosfacilmente aos trabalhadores comquem queremos dialogar, seja pornossa iniciativa seja por iniciativadeles.Ora,issoébom,poisespelhaque não estamos em conflito masantes que procuramos soluções deconsenso.

Em suma, diz: - É indubitável quetemos uma grandemassa de apoioque são os reformados e são semdúvida eles que tomamos comoexemplo quando procuramos espe-lharjuntodosmaisnovosoqueéosindicalismoeoquefoialutatitânicadosqueestiveramantes.Nóssabemos,massabemosmesmo,que os que se dizem indiferentesolham para as ações que vimospromovendo, onde estão sempreem maior número aqueles que osprecederam, porquanto há ali elosde companheirismo, de amizadee de solidariedade que o trabalhofomentoueosindicalismoaglutinou.Éporissoqueasnossasiniciativas,tenham elas o cunho formativo,cultural, lúdico ou desportivo,são sempre bem recebidas e bemparticipadas. E o Coordenador daSecçãoRegionaldeLeiria,falandoemnomedaequipaquelideraenumera:O Secretariado Regional deLeiria, esteve envolvido em váriasatividades,tantonoâmbitopoliticosindical, como na vertente sócioculturaledesportiva.

Ronda pelas Secções Regionais e Sindical de Reformados

Tal como haviamos referido no nosso último número vamos continuar a ronda pelos diversos or-ganismos afetos ao SBC, suscitando “a intervenção direta dos nossos associados, por forma a que as questões suscitadas e os esclarecimentos pretendidos obtenham respostas, sem embargos de qualquer espécie”.O desafio foi lançado e nós avançámos. Desta vez para Leiria.

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Revista de Informação | maio 2012 | 19

»Secções Regionais / Formação

Sindicalmente, deve registar-se aaçãoativadoSecretariadoRegionalde Leiria nas diversas visitas aosbalcões, (juntamente com a estru-tura sindical) procurando resolverproblemas dos nossos sócios ecaptar novos associados (o grandedesígnio desta direção) bem comoa participação em diversas açõesde luta organizadas pelo nossosindicato, assim como a presençano1ºdeMaio.NaperspetivaSócioCulturaledes-portiva, há a salientar a GrandeNoite do Fado, realizada em onze

denovembro,quecomovemsendohabitual redundou num enormesucesso,comaparticipaçãodecercadenoventa colegas.O já famoso edisputado Torneio de Sueca queteve lugar a cinco de Novembro,contoucomaparticipaçãodedozecolegas,sendoseguidodeumjantarde confraternização, onde foramentregues os respectivos prémios.AparticipaçãonotorneiodeFutsal-Veteranos,ondea equipaobteveosegundolugar.Éigualmentedereferiracolaboraçãoprestadanasváriasprovasdepesca

desportiva,organizadaspelaSecçãodosTemposLivres.Outro aspecto que cada vez maistemaprocuradosnossosassociadosé a Assistência Jurídica particular,que é prestada nas instalações doSecretariado Regional de Leiria,tanto em Leiria, como nas nossasinstalações situadas em Caldas daRainha.Terminado 2011 o ano de 2012está já em marcha, estando agen-dadasváriasactividades,queopor-tunamenteserãodivulgadas.

In MemoriamRecordamos hoje Maria AlexandrinaCavaleiro,esposadonossoassociadoManuelGonçalves Cavaleiro, a quem nos referimosquandoaquiapresentámososeulivroDizeres e Saberes … expressões populares.Aconteceutermosconhecimentodasuamortenoprópriodiaemquearevistaestavaaserimpressaedaínãotermostidooportunidadedefalardoseudesaparecimento.Mashojecáestamosevocandoa suamemóriae lembraraqueleseulegadoemproldaculturapopular.

Formação - Enxertias

Parafraseandoavelhamáximadequeo saber não ocupa lugar,oSBCvaipromoverumcursodecariz

essencialmente prático, destinado aquantostenhamcuriosidadeemsabercomoequandosefazemasenxertias,quaisosmétodoseutensíliosusados,quais as épocas e as espécies. EssairáseramissãodonossocolegaJoséSacramento,enquantoformador.Eis porque, durante as manhãs dosdias 19, 20 e 21 de Junho entre as9h30meas12h30mvaiserassim:Primeira manhã: Concentração dosformandos à entrada da Quintade S. Jorge – Escola UniversitáriaVasco da Gama, junto às estufas,na estrada Lages Conraria/HospitalSobralCid,para tomarcontactocomas espécies passíveis de enxertia eavaliar a evolução da rebentação

e os cuidados a ter. Para o efeito egraçasàcolaboraçãodaAssociaçãodeViveiristasdeCoimbraquealiopera,oEngenheiroFlávioPereiraintroduziráosformandosnatemática.Segunda e terceira manhãs: jardimdas instalações do sindicato do SBCnaruaLourençodeAlmeidaAzevedo,paraondeserãolevadasespéciesparaexemplificaçãoeprática.Os almoços destes dois dias serãoali servidos pelas 13 horas e estãocontidosnovalordainscrição.Número máximo de participantes20,porordemdeinscriçãoqueserãofeitasviatelefoneouemailaocuidadode Sandra Reis, receção do SBC [email protected],atéaodia11deJunho.Opagamentoseráfeitoduranteocursoportransferênciabancária pelo que deve fazer-se

acompanhar do seu NIB. Valor: 35euroscomosdoisalmoçosincluídos.Nota:1-Sehouvermaisqueonúmerode inscrições em referência, osexcedentários serão integrados numoutrocursoemdataaagendar.Nota2-Levarnavalhadeenxertia,queexistenomercadoaváriospreçosesetiver,tesouradepoda.

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Internacional

Osparticipantesnoworkshoporganizado pela UNI-EUROPA sobre a “Crise,

Austeridade e suas consequências”realizada em Madrid, no passadodia 4 deMaio, onde o SBC esteverepresentadopelosseusPresidenteeVice-PresidentedaDireção,CarlosSilvaeAníbalRibeiro,fizeramumachamada às “armas”: os sindicatosda Europa devem lutar contra asmedidasdeausteridadeechocartodaaEuropaemaçãocomamensagem:“Você pode ser o próximo” Oslíderessindicaisdospaísesmaisatingidos pela crise, incluindo aEspanha, Grécia, Irlanda, Portugale Itália, contando ainda comrepresentantesdeChipreedeMalta,falaram a uma só voz e lançaramumavisoàEuropa:“Vocêpodeseropróximo”.Enquantoospaísesdosul,especial-menteaGrécia,estãoagorasentindooimpactodemedidasimplacáveisdeausteridade,impostaspela“troika”,osparticipantesdefenderamque,senãoforemencontradasalternativasàausteridadepeloslídereseuropeus,a Europa vai experimentar umaespiral descendente nas suaspolíticassociaisededireitoslaborais.

O workshop, liderado por OliverRoethig, Secretário Regional daUNI Europa e Philip Jennings,Secretário-Geral da UNI-SindicatoGlobal,concluiuque,apesardaondanegativaqueestásendogeradapela

Troika e da crise da Zona Euro aaumentar,hásinaisdeumamudançade humor político e económicoparaanecessidadedeimplementarpolíticas que permitam criação deempregoecrescimentoeconómico.AeleiçãodeFrançoisHollandeparaa Presidência da França e a ferozoposição do povo grego ao pacotede austeridade sublinham isso.

Roethigdisse:“ATroikainterveioanível nacional naGrécia e noutrospaíses da Europa e parece terencorajado o uso de decretos como argumento de curto-circuitaro debate parlamentar. O argu-mentodequea troikaestáapenasa fazer sugestões é ridículo.”Oliver acrescentou que nas atuaiscircunstâncias, os trabalhadoressãomaterialdescartável, aosquaisse aplicam teorias e práticas neo-liberaiseeconomicistas.Este desequilíbrio deve ser corri-gido. “São os sindicatos que re­presentam a verdadeira Europa, baseada em valores sociais que colocam empregos e as pessoas em primeiro lugar e não as instituições europeias.“

Oliver Roethig afirmou ainda que“Há sinais positivos no horizontee é nossa tarefa, tanto a níveleuropeucomonosplanosnacionais,assegurar que quando a ComissãoEuropeia,oBancoCentralEuropeu,o FMI e os governos nacionaiscomeçamafalarsobreaimportânciado emprego e do crescimentoeconómico, que eles não estejammeramente substituindo os cortesde austeridade por outros novoscortes, emnomeda coesão econó-mica e contra os trabalhadores ecidadãos europeus. Os Sindicatoseuropeus têma responsabilidadeeaoportunidadedereuniraEuropae criar um continente onde ostrabalhadores sejam recompen-

sados pelos seus esforços e aosdesempregados sejam dadas asferramentas e as possibilidades deencontraremtrabalhodecente“.Por seu turno, Phillip Jenningsafirmou: “A austeridade tem sidoacompanhada de reformas dra-conianasdosmercadosdetrabalho,que têm deficiências graves e cri-ado dificuldades à capacidadedos sindicatos para fazerem oseu trabalho. Desde cortes de sa-lários até ao fim da negociaçãocoletiva, o que estamos assistindoequivale a um golpe contra asinstituições trabalhistas. A Gréciaé como o canário na mina decarvão, fazendo soar um avisonão só para os seus vizinhos dosul,mas para o resto da Europa. “

Philip Jennings, reagindo aossentimentos fortesque se sentiamna sala disse: “Estamos ouvindo esintonizandoasvossasansiedadesepreocupações.Háumaalternativa.Avontadedostrabalhadoresnãopodeser quebrada. Somos apaixonadose indignados - temos de recolocarno centro da discussão europeiaa proteção dos direitos civis esociais.ATroikaentrounosváriospaísessobresgateeroubou-nososdireitos, pelos quais gerações decidadãos lutaram. Vamos começara difundir esta mensagem entretoda a família sindical mundial edesenvolver a estratégia para gal-vanizar o apoio que precisamos. “ OssindicatospresentesemMadrid

Madrid - Workshop da Uni-EuropaDia 4 de Maio, em Madrid, workshop da UNI-EUROPA sobre a Crise, Austeridade e suas Consequências

Secretário-Geral da UNIPhillip Jennings

Manifestação em Madrid a 4 de maio

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concordaram que a Troika está aafirmar-se muito fortemente naEuropa e a colocar obstáculos nocaminho do crescimento. Os sin-dicatos espanhóis disseram queo tempo se estava a esgotar e quea Espanha se dirige rapidamentepara uma explosão social. Ossindicatos portugueses apontaramqueonúmerodetrabalhadorespre-cários na Europa está a aumentare que estes trabalhadores não têmnenhuma proteção, enquanto oscustos comos seusdireitos sociaiscaíram drasticamente. Há umanecessidadeurgentedeossindicatoseuropeus apresentarem propostascomuns e uniformes sobre otrabalho precário às autoridadeseuropeias. Tanto a Irlanda comoa Grécia disseram que havia umamaior necessidade de partilharexperiências e expor as formascomoosdireitosdostrabalhadoresestãoaserneutralizadosemnomedepolíticasdeausteridade.“ Roethig disse: “Estamos diante deuma crise social e política, não deumacrisefinanceiraoueconómica.

Nosdias21e22deFevereiro,dirigentes do SBC e doSBSI, entre os quais os

dois Presidentes das respetivasDireções, participaram numaConferência, organizada pela UNI-EUROPA subordinada à temáticadoCrescimentoSindical,ouditodeoutromodo,Sindicalização.O objetivo desta Conferênciafoi, em primeiro lugar, traçar umquadro definidor da situação sin-dical nos vários países da UniãoEuropeia, providenciando depoisa possibilidade deste fórum seconverter numa troca de experi-

ências e saberes sobre as ideiasinovadorasqueasorganizaçõessin-dicais implementam, como formade chegar ao seu público-alvo - ostrabalhadores dos vários setoresde atividade económica e da suapossível filiação sindical. Comolançarcampanhasdesindicalização,queestratégiasutilizadas,quecon-ceitos aplicados, quemensagemsepretende transmitir e qual amen-sagem efetivamente captada pelosdestinatários, foram várias dastemáticas abordadas e analisadaspelosparticipantesoriundosde27paísesdaEU.O Forum foi focalizado em váriosworkshops,taiscomo:-Modelosestratégicosdepesquisae estratégias de recrutamento porsetordeatividade;

Uni-Europa reuniu em Bruxelas

Este é também um ataque ànegociaçãocoletiva.Temosdefazerpassar a mensagem de que é umproblemaeuropeu.”A UNI-Europa reunirá nos dias23 e 24 demaio naDinamarca.Oobjetivo da reunião do ExecutivoeuropeudaUNIéalertarparaque,amenosquehajaumamudançadecurso que inverta o atual estado

de miséria social, a agitação e aconflitualidadesociaisirãosubirdetom. Não podemos contar apenascomaausteridade,navãesperançade que ela irá trazer crescimento.Nãovai.Oassaltoàsestruturasdenegociação coletiva é insensato einjusto,e temdesertravadopelossindicatos,comoapoiodetodosostrabalhadores.

- Estratégias de sucesso no recru-tamento sindical, crescimento in-terno,estratégiasdeindução;- Construção de ativismo sindicale crescimento da filiação sindicalpela via da negociação coletiva ecampanhaspontuais;-MudarparaSindicalizar- Sindicalizar na Europa Central edeLesteA delegação portuguesa participouem todos os painéis, descrevendoa sua experiência na captação denovos associados e dando nota daaltataxadesindicalizaçãoregistadano setor bancário português, emvirtude da oferta da prestação deserviços de saúde, plasmados nacontrataçãocoletivadosetor,entreoutrasvalências.

Internacional

Oliver Roethig

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Desporto

Departamento de Tempos Livres

Oobjetivo do Departamento de Tempos Livresvisa assegurar a todos os sócios do SBC todaa gama de atividades, sejam elas de carater

desportivo, social, cultural ou lúdico, que contribuamparaasuapromoçãoe/oudesenvolvimentocultural.Concretamente,oSBC,atravésdesteseuDepartamento,promove diversos torneios desportivos de caraterregional, abrangendo apenas os associados do SBCe participa e organiza, também, torneios de caraterdesportivodeâmbitonacional,vulgarmentedesignadosdefinaisnacionais.Organiza e promove jornadas culturais e de convívio,iniciativas de carater lúdico, bem como organiza e

realizaviagens turísticas cádentroenoestrangeiroefinalmente,apoiaossóciosnaorganizaçãodostemposlivres, possibilitando-lhes a utilização e alojamentodigno e bastante concorrencial, os chamados aparta-mentosdeférias.Naspáginasqueseseguemproporcionamosatodososassociadosemgeraleaosnossosatletasemparticularumaresenha,ilustradacomalgumasfotos,detodasasatividadesquetiveramlugardesdeoprincípiodoanoatéestadata.Dasviagensefetuadas,àsAstúriaseAlberca,damos-lhecontanoutrapáginadestarevista.

Surfcasting

1ª Prova Regional -18deFevereiro realizadaemS.MartinhodoPorto.Participaram12pescadores.2ª Prova Regional–11deMarçorealizadanaFigueirada Foz. Nesta prova o vencedor foi António JoãoMarques.Nosomatórioaclassificaçãogeralindividualficouassimordenada:1ºMárioVeríssimo–CCAMPeniche2ºAntónioJoãoMarques-BCPMarinhaGrande3ºPedroVeiga-BPICaldasdaRainhaApósasegundaprovadeapuramento,queserealizounodia11demarçonaFigueiradaFoz,ocampeãofoiocolegaMárioManuelSantosVeríssimodaCCAMdePeniche.

Participaram12pescadoreseaclassificaçãoficouassimordenada:1ºMárioVeríssimo-CCAM/Peniche2ºAntónioJoãoMarques–BCP/MarinhaGrande3ºPedroVeiga–BPI/Leiria4ºJoãoPedroAgostinho–BES/Coimbra5ºRuiCruz–BPI/CaldasdaRainha6ºRogérioSilva–BCP/CaldasdaRainhaParticiparamaindaAntónioCairrão,AntónioGonçalves,

António Cascão, David Faria, Mª Alexandra e PauloFernandes.Os seis primeiros irão representar o SBC, na finalnacional,queserealizaránaàreadoSBN,emOfir,nodia26deMaiode2012.O Almoço e entrega de prémios realizou-se norestaurante“OCarrossel”naCovadaGala.

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Pesca de Rio

Realizou-senodia19demaionoChoupalinho-RioMondego,Coimbraa1ªProvadePescadeRio,quedadasascondiçõesdepesca-muitaágua-setraduziuempoucopeixepescado.Classificação: 1º - Paulo Figueiredo - BCPCaçador/Viseu-2º-JoséFerreira-BCPViseu3º-ArmandoVeiga-BESCoimbra.A2ªe3ªprovasrealizar-se-ãonapistadeMonteRealnoRioLizemLeiria,nosdias23deJunhoe8deSetembrorespectivamente.

Pesca de Mar

1ª Prova RegionalnaNazaré,com16concorrentes–24/03/122ª Prova Regional em Peniche, com16concorrentes–21/04/123ª Prova Regional na Figueira da Foz, com 16concorrentes 05/05/2012NaPrimeiraprovana Nazaré a classificaçãodostrêsprimeirosfoiaseguinte:1–VítorMalheiros-BCP-Peniche2–PedroVeiga-BPI-C.daRainha3–MárioVeríssimo-CCAM-PenicheEm Peniche a Classificação foi a seguinte:1–MárioVeríssimo-CCAM-Peniche2–PedroVeiga-BPI-C.daRainha3–ManuelBarqueiro-CGD-SoureA Final realizou-se na Figueira da Foz com osseguintesresultados:1–MárioVaríssimo-CCAM-Peniche2–Vítor–Malheiros-BCP-Peniche3–AntónioCascão-BES-CoimbraAclassificaçãofinalficouassimordenada,apósastrêsprovasrealizadas:

1–Mário Veríssimo – CCAM – Peniche – Campeão do SBC 2–PedroVeiga-BPI-C.daRainha3–ManuelBarqueiro-CGD-Soure4–AntónioCascão-BES-Fig.DaFoz5-RogérioSilva-BCP-C.daRainha6–AntónioGonçalves-BCP-C.daRainha7–VítorMalheiros-BCP-Peniche8–FernandoLuis-BESFig.daFoz9–DavidFaria-BCP-Nazaré10–JoãoPimentelSantosBCP-Coimbra11–MªAlexandraBatista-BCP-Nazaré12–JoaquimFagundes-BES-Fig.DaFoz13–RuiCruz-BPI-Coimbra14–AntónioFreire-BP-Coimbra15–JoséLouro-BES-FigueiródosVinhos16–AntónioCairrão-BCP-S.MartinhodoBispoAcerimóniadaentregadeprémiosdecorreunaFigueiradaFoz.AFinalNacionalvaiter lugaremPortoCovoecontacomdezpescadoresdoSBC.

Desporto

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FutsalO Clube Millennium BCP representando a Secção Regional de Coimbra venceu o torneio do SBC. Asnossasprovasefetuaram-senosdias5e12demaiode2012,noPavilhãodaPalheiraemAssafarge.AFinalNacional estámarcadaparaosdias9 e10deJunhonacidadedeGuimarães.1ªJoranada:OsViriatos(S.R.Viseu)-ClubeMillenniumBCP(S.R.deCoimbra)0-3.OsEducadoresdoXUTO(S.R.Guarda)-MGFoot(S.R.deLeiria)2-4

1º-ClubeMilleninumBCP-SecçãoRegionaldeCoimbra

3º-OsViriatos-SecçãoRegionaldeViseu 4º-OsEducadoresdoXuto-SecçãoRegionaldaGuarda

2º-MGFoot-SecçãoRegionaldeLeiria

2ªJornada:juntouosvencidosparao3ºe4ºlugareosvencedoresparaapuraro1ºeo2ºclassificado.-OsViriatos-OseducadoresdoXuto5–1-ClubeM.BCP-MGFoot1-0OClubeMillenniumBCPvairepresentaroSBCnaFinalNacionalquese realizanosdias9e10deJunho,emGuimarães,naáreadoSBN.Aentregadeprémiosealmoçodecorreu,norestaurante“OLoureiro”emAssafarge.

Desporto

Ténis

AsFinaisNacionaisdeTénisrealizaram-sea19,20e21deFevereiro,emStºAndré(SBSI).PeloSBC,participaram4associados,sendoaclassificaçãofinalaseguinte:Pares masculinos:1ºPauloFalcão/FilipeRebeloFemininos:1ºOlgaAlfaiateSéniores:4ºFilipeRebelo/PauloFalcãoVeteranos:5ºVítorSampaio

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Ainda a madrugada de 4 deMaiodavaosprimeirospassose já24moicanos,sócios,do

SBC,familiaresouamigos,aquasetotalidade naquela idade em quepassearfoiumobjetivoeumsonhociosamenteguardadoparaestafasedavida,partiamrumoàsAstúrias,uma comunidade autónoma e aomesmo tempo uma província es-panhola a quem costumam ape-lidar de “Paraíso Natural”. Su-cessivamente ocupada por celtas,suevos, visigodos, muçulmanos efranceses, no início do século XIXa Junta Geral do Principado dasAstúrias declara guerra a França eproclamaasuasoberania.AprovínciadasAstúriasélimitadaa norte pelo Mar Cantábrico cujacostamuito escarpada e recortadaébanhadaporriospoucoextensosmasdebomcaudalemuitorápidos.É nas Astúrias que se situam osfamosos Picos da Europa queatingemos2600metrosdealtitude.AsuacapitaléOviedo.DepoisderecolherosviajantesemLeiria, Coimbra e Viseu, semprebem dispostos apesar da inverniacomque os deusesnos fustigaramdurantetodaaviagem,láchegámosa Oviedo, onde depusemos armase bagagens num belo e confortávelhoteldosarredores,quefoianossaretaguardanos2diasemqueporlápermanecemos.A tarde foi dedicada a visitar

Oviedo, sendo a catedral de S. Sal-vador, oMosteirode S.Pelaio e suaTorre,oAyuntamiento,oPalaciodeCalatrava,oPaláciodoCongressoouoParquedeFranciscooslocaismaisvisitados pelos nossos viajantes eprovavelmente, aqueles sobre osquais mais dispararam as suasobjetivas.Foinotalhotel,situadoemLangreo,quedescansámosesaboreámosumbelocabritoqueagradouatodos.Odiaseguintefoidedicadoàregiãoda Cantábria e aí tivemos a opor-tunidade de visitar Santillana delMar, umavilamedievalmuitobempreservada,ondesobressai, emter-mos de património, a ColegiataRomanica. Daqui seguimos paraComillas,ondealmoçámos.De tarde rumámos a Potes, umatípicavilaAsturianaqueseencontrasituada junto aos Picos da Europa,onde visitámos, de máquina emriste a Torre do Infantado, a Igreja

GóticadeS.VicenteeoMosteirodeS.Toríbio.O terceiro e último dia começoucomopequeno-almoçoedespedidado hotel, tendo toda a comitivapartido na direção de Covadonga.Aí mereceu a atenção de todosa Basílica de Nossa Senhora deCavadonga, uma unidade ao estiloneo-românico, apresentando-seesta com 3 naves, sendo a centralnotoriamente mais alta que aslaterais. No seu interior, destaquepara a imagem de Nossa Senhoraqueseencontranoaltar-mor.O último episódio deste belopasseio teve lugar em Cangas deOnisondesealmoçoueaspessoastiveram oportunidade de fazer asúltimascomprasparapresentearosfamiliareseamigos.O regresso foi pela Província deLeão e Castella pois entrámos emPortugalpelacidadedeChaves.

Lazer

Viagem às Astúrias

Viagem a Peña de Francia e La AlbercaMarcada por forte temporalAviagemaPeñadeFranciaeAlberca,organizadapeloDepartamentodeTemposLivres,decorreusobosignodachuva.Os54bancáriosefamiliaresintegrantesdestaalegrecomitiva,foramsurpreendidosporumdiaquenão lhesdeuoportunidadedetiraremomáximopartido do seu passeio, salvando-se o belo repasto servido norestaurante Mirasierra, em Mogarraz que agradou a todos osparticipantes,principalmentepelasbelaspingasservidas.Atardefoi dedicada a visitar Alberca, a primeira localidade rural a serdeclaradaMonumentoHistóricoNacional,porémnãosepassoudasuaPlazaMayor,semprecomachuvaporcompanhia.BreveparagememCiudadRodrigoeregressoacasa,nãosemquesecomprassemoshabituais regalos emFuentesdeOñoro.

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Sociedade

De austeridade em austeri-dadeatéaodesastresocial.Osúltimostempostêmsido

pródigosemnotíciasdecriseeissotem-serefletidonavidadaspessoas.Este governo saiu de eleições emque o atual primeiro-ministromentiu. Prometeu eliminar gastossupérfluose resolverosproblemasdodéficitorçamental,semqueissoafetasseavidadaspessoas.Pois bem, o que temos assistidoé ao aumento desenfreado de im-postos em todas as atividades,dos particulares às empresas. Emvez de cortar na despesa, comoprometeu, mordomias diversas,avençaseoutroscustosintermédiosda administração pública, temaumentado os imposto sob váriasformas, constituindo a mais rele-vantenocortedossaláriosemgeralearetiradadossubsídiosdefériasenatalaos funcionáriospúblicosereformados.Veremosoqueaívematéaofimdoano.A subida do IVA com todas asconsequências que isso acarretaem termos de emprego já se faznotar, com a subida inesperadado desemprego, atingindo umnovo record. A falta de empregotransformou-se num flagelo sociale as perspetivas, com as medidasjá anunciadas, não são melhores,antes pelo contrário, são bempiores. Quanto maior for a cargafiscal,menoscompetitivasserãoasempresas,menosatratividadeparainvestimentos. A juntar à cargafiscalvêmosoutroscustosinerentesà produção, como a energia e

Amilcar Pires

Reflexão

“[...] Há famílias desesperadas, a passar fome, sem esperança, por que não vislumbram, no hori zonte qualquer sinal que lhes alivie a dor de terem de entregar as suas casas e cair no abismo. [...]”

[email protected]

combustíveis, cujospreços sãodosmaiselevadosdaUniãoEconómica(Euro).Mais impostos,menosrendimentodisponível,menosconsumo,menosatividade económica, menos pos-tos de trabalho, mais gastos comsubsídios de desemprego e por aíadiante,umapescadinhaderabonaboca.Há limites para tudo, para acargafiscal também.As exigênciasfiscais estão no limiar da eficácia,pontoemqueaumentarosimpostosnãogarantemais receita,porqueaatividade económica tende a dimi-nuir, incentivando a fuga como seconstata.Há famíliasdesesperadas, apassarfome, sem esperança, porque nãovislumbram, no horizonte, qual-quer sinal que lhes alivie a dor deterem de entregar as suas casas ecairnoabismo.Acontinuarporestecaminhoacrisevaiagudizar-se,asfalências vão aumentar, a recessãovaiacelerarevaicolocaremriscoacoesãonacional.Sem crescimento não há criaçãodemais postosde trabalho, temosouvidoissovezessemconta,masocrescimentonãosefazpordecreto,éprecisocriarcondiçõesparaqueissopossa acontecer. Infelizmente esteambiente não atrai investimentos,através dos quais se inverta esteciclo indesejável de perda de pos-tosde trabalho,quepropicieode-senvolvimentodaeconomiaecon-sequente dinamização domercadodetrabalho.Para além de todos os constran-gimentosinternos,asempresasemPortugalenaUEtêmquecompetir

comoutrasondesepraticadumping social, possibilitando-lhes regimesfiscais muito mais favoráveis.Nessaseconomiasostrabalhadoresnão têm direitos, os custos detrabalhosãosubstancialmentemaisbaixosqueospraticadosporcá,logoos produtos têm um preço muitoinferior e concorrem no mercadoglobal.Internamente, os sindicatos, paraalémdadefesadosseusassociados,devemexigirqueoscustosdacrisesejam repartidos equitativamente,denunciandoprivilégiosconcedidosaos altos quadros que continuama ter tudo, desde os salários mili-onários ao cartão de crédito, au-tomóvel, seguros etc. Atravésdos organismos internacionais,onde estão filiados, aos sindicatoscompete denunciar e exigir quesejam dadas melhores condiçõesde trabalho nesses países, ditosemergentes, para que os traba-lhadores possam ter algumasregalias e assim diminuir o fossoentreeleseosoutrosdepaísesde-senvolvidos.Se a economia e os mercadosestão globalizados a exigência nareivindicação dos direitos dos tra-balhadores também tem que serglobal, sob pena de aumentar apressãoparaonivelamentosefazerpor baixo. Tenho para mim queenquantotodasessasdesigualdadesnão forematenuadas, entrenós, ofossoentrericosepobresacentuar-se-á, a recuperação económica ecriaçãodenovospostosdetrabalhoseráumamiragem!!.

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Revista de Informação | maio 2012 | 27

»Sociedade

Nasceu em S. Joaninho, Santa Comba Dão, em 28 deJunhode1943,aondefrequentouaescolaprimária.Por imposição familiar foi para o Seminário de FornosdeAlgodresdurantedoisanos.Inadaptado,ingressounoColégio Tomás Ribeiro aonde concluiu o curso geral doliceu.Aos18anosprestouserviçomilitarobrigatário,naGuiné,comoalferesdaarmadeInfantaria,tendoasuaunidadesidomobilizadaparaumaregiãodeextremoperigo.Em 1967 regressa a Portugal, ingressando no BancoPortuguês do Atlântico, tendo transitado para o BancoFonsecas&Burnay–actualBPI-emSantaCombaDão,em1deMarçode1978.-TomoupossecomoPresidentedoConselhodeFiscalizaçãodoS.B.C.,em3deJunhode1981.-Anteshaviasidodelegadosindical.- Foi eleito para aDireção do Sindicato em 1984, como

Manuel Augusto Cordeiro Costa

BIOGRAFIA

membro efetivo, cumprindo cinco mandatos sucessivosaté2001.- Foi membro da U.G.C., União Geral de Consumidoresduranteanos.-PresidentedaAssembleiaMunicipaldeSantaCombaDão,peloPartidoSocialista,tendo-lheaAssembleiaMunicipal,no fim do mandato, prestado um voto de louvor, porunanimidade.- Presidente da Associação Humanitária dos BombeirosVoluntáriosdeSantaCombaDão.-PresidentedaAssembleiaFilarmónicadeSantaCombaDão.-MembrodaDireçãodoCentroSocialeRecreativodeVilaPouca.-MembrodaDireçãodoLardeIdososdeSãoJoaninho.Todos estes últimos cargos foram exercidos até à suapartida.

Foibom.Foiumtempoquetranscorreuem espírito de intervenção, debatefrontal e reflexão sobre todas asvariantes duma existência posta aoserviçodahumanidade,dosexploradoseofendidos.Eras o mais pontual a entrar noSindicato.Trazia-teacarreiraquetelevavaparaSanta Comba Dão, ao cair da tarde,semfaltas,nemquilómetrospagos.Serviste sempre a Instituição comserenidade, paixão e comprometi-mento.Foi um privilégio acompanhar-tenasvisitasaosbalcões,nasmúltiplasreuniões,foraoudentrodoSindicato,em que espelhavas a bonomia, acultura e a pedagogia, num diálogofácil e simples, sempre ouvido comrespeitoeaceitação.Estaformadesereestareraimanente,trazia-lainteriorizadadesdeoberço.Continua a ter inteira razãoAntónioDamásio, quando, apontando para oerro de Descartes, definia o homemcombasenocoraçãoenarazão.Não sabias viver, Camarada, semcompartilhar o sofrimento e as difi-culdadesdequemcontigosecruzava.

Entregavas-te aos amigos e compa-nheiros sem exigências, nem con-trapartidas.Personificavasatolerânciaeabondadenogestoenapalavra.Atuamissãopública,comodirigentesindical, autarca e associativistaprojectaram-te, naturalmente, para acondução de várias coletividades queservistecomhumildadeesimplicidadeatéàexaustão.Eras o herege mais cristão queconheci.Lembrar que, como Presidente daAssembleiaMunicipaldeSantaCombaDão,peranteosteuspares,conduziasa discussão para deliberações finaisporconsenso,atéaofimdomandato,é lembrar a forma como estavas naVidaenoMundo.Travaste,sistematicamente,ocombatepelaconcórdia,pelosdireitoscívicosepela paz. Por isso a guerra colonial aqueteobrigaramnaGuiné,causouumabalo estrutural na tua idiossincrasiaaquesósobrevivestecomcoragemedignidade.OlhaManuelAugustoCordeiroCosta:Apesar de tantas dificuldades, fostepersistentemente, construindo a tua

maiorfortuna–afamíliaeosamigos.Rasguemos, pois, o luto e a dor, ecelebremosaexistência,porqueestãodeparabéns:-Atuafamíliaeosteusfilhosenetos:- Os teus amigos, camaradas e sin-dicalistas:- Os que se bateram contigo pelaliberdade,igualdadeefraternidade:- Os que aspiram a uma sociedadedemocráticaesocialista;-OSindicatodosBancáriosdoCentroque te conservará comoumdosseusmelhores;Estás, finalmente, de parabéns,também tu, Manuel Augusto, peloexemplo de civismo, bondade, hon-radezesolidariedadequenosabraçaecompromete. Oex-PresidentedaAssembleiaGeraldoCongressoedoConselhoGeraldoSBC

Sócionº2559

António José Gomes Teles Grilo

O Sindicalista

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Cultura

A. Castelo Branco

O Sagrado e o profano na aldeia de Samuel

“(...) outras oferendas lhe chegam [ao diabo] para além de dinheiro e de velas vermelhas. Trata­se de cornos de bode e unhas de cabra, que uns dizem servirem para repelir o enguiço (...), enquanto outros evocam a força e a pujança (...) ao pagarem as promessas”

Samuel é uma das dozefreguesias do concelho deSoure, com um património

espiritual interessantíssimo, ondeseconfundeocultodosagradoedoprofano.Aprimeirareferênciaescritaqueseconhece acerca daquela povoaçãosurge num documento de 1258,sabendo-se que era pertença doMosteiro de Seiça, extinto talcomo as demais ordens religiosaspor JoaquimAntónio deAguiar, ocognominado Mata Frades, apósa sua nomeação em 1834 paraministrodaJustiçadeD.PedroIV.Estes dados levam-nos a compre-ender a razão por que existe naigrejadeSamuelalgumpatrimónioque fez parte do espólio do ditomosteiro, nomeadamente o retá-bulodasalmasdoséculoXVIII,quese encontra num altar lateral daigreja, porventura trazido para alinasequênciadareferidaextinção.O orágo é uma figura feminina,NossaSenhoradaPurificação,aquetambém chamam Nossa SenhoradasCandeias,quetemoseudiaa2deFevereirodecadaano.Por essa mesma altura, porém,acontece ali um outro ritual inte-ressante.Trata-seaocaboeaorestode práticas de culto que dizem serao diabo, personificado no baixo-relevododitoretábulo.Comefeito,afiguraçãoapresentaS.MiguelAr-

canjo a picar o mafarrico que alise salienta com alguma altivez eproeminênciaequenenhunssinaisdádedorousofrimento.Entãoosmaisnovos,talvezporquesempresedissequeodiabonuncaquisnadacomosrapazes,acendemcigarros e põe-no a fumar ou, seporalivigiados,colocam-lhosaindaque apagados na boca e deixammais uns tantos a granel ou emmaços, espalhados pelo altar fora.Mas outras oferendas lhe chegam,para além de dinheiro e de velasvermelhas. Trata-se de cornos debode e unhas de cabra, que unsdizem servirem para repelir oenguiçoedar-lheomesmosumiçoquedeuàscabras,enquantooutrosevocam a força e a pujança quesentem ao pagarem as promessasdaquelapeculiarmaneira.

Quanto à questão de tal aconteceraqui, a explicação poderá prender-secomofactodeestaregiãotersidodesdesempreumazonadepastorese de rebanhos, ou não fossemestes, ainda antes da reforma gre-goriana, a principal riqueza dasordens religiosas, a que não eraestranha a sua rápida mobilidadeemcasode incursõespormar.Daítalvez uma histórica tradição dosrapazes requererem a presença dadivindade,talcomoeraconfiguradanamitologiagrega.Aserassim,estapráticarecuaráparaantes do baixo-relevo ter chegadoàquela igreja, levando-nos a refletirno facto daquelas terras terem sidode fronteira durante muito tempo,numa alusão à reconquista cristã,onde velhas práticas e promessassempreexistirameparatudodavam.

Retábulodasalmas(Séc.XVIII),ondeS.MiguelArcanjo“pica”odiabo

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Revista de Informação | maio 2012 | 29

»Cultura

Este foi o mote de mais umencontro gastronómico, quenoâmbitodaculturapopular

oSindicatodosBancáriosdoCentrotemvindoapromovernaregiãodaGândara,ondeafavaéporalirainhanesta época em todas asmesas, jáque, quem as quiser comer, boase de qualidade tem de o fazer notempocerto,seguindooqueovelhorefrãodiz: favas, Maio as deu, Maio as levou!A iniciativa teve lugar no passadodia12,foiparticipadacomcercadeuma centenade convivas e contouuma vez mais com a colaboraçãodo Município de Cantanhede eda LATA – Liga dos Amigos dasTabernas Antigas e teve este anouma componente cultural maisalargada, graças à participaçãoda Biblioteca Municipal do ditoconcelho,permitindoquenasSeteFontes e no próprio restauranteonde viria a decorrer o repasto,viesse a acontecer uma exposiçãodelivrosedereferênciasbiográficasdos escritores destas terras, tendocercadeduasdezenasdelesanuído

VÁ À FAVA... connosco!

aoconviteealimarcadopresença,oquepossibilitouumsalutarconvívio.EmrepresentaçãodaLATAonossocolega Dr. Paulino Mota Tavaresfez uma alocução sobre o tema dafavaatravésdostemposelançouoreptoquantoàimportânciadeumarecolhasobreasmúltiplasmaneirasque existem de as confecionar.De facto ali foi sentido, que a ricacozinha dos pobres entrou pordireito próprio nos nossos maisricos cardápios. O vereador daculturaDr.PedroCardoso,talcomoos Professores Francisco Oliveirae Rui Cascão da Universidade deCoimbra,tambémelescomraízesgandaresas deixaram escrito oseu testemunho de apreço pelainiciativa, manifestando a suadisponibilidade em apoiar outrasnossasacçõesdestecariz.Oquesecomeuforamastradicionaisfavascommolhodecarne,tambémconhecidasporfavasemporcalhadas,acompanhadas com alface cortadaà Juliana, com azeitonas curtidasdehápouco,broademilhoevinhotinto da Bairrada. A sobremesaera tambémela todadali: aletria earroz doce dos casamentos, bolofolar,filhósepapasdeabóbora,quediziabemcomajeropigaeporfimumbagaço rijo de alambique.Paraquemasquiserfazeraíemcasaaquificaareceita:Coza as favas de água e sal (pouco por causa do tempero da carne). Ao lado coza igualmente batatas novas de preferência das pequenas, não as descascando mas tão só esfregando­as bem, pois o acre da casca que fica dá um sabor agradável. Depois de tudo cozido, não

se esqueça de escorrer. Frite bastante carne branca, ou seja bocados de toucinho alto com um dia de sal que depois lavará em função de mais ou menos salgado. Deixe derreter até ficar em torresmo. Faça o mesmo com pequenos bocados de entrecosto e se quiser também com pequenos bocados de entremeada. Adicione à fritada alguns caules da rama do alho. Junte na panela as batatas às favas, estas em maior quantidade, claro. Vaze a gordura derretida e alguma carne frita para dentro da panela onde previamente meteu uma boa meia dúzia de ramas de alho e baldeie tudo, depois de adicionar um bom golpe de vinagre tinto e rijo. Mantenha­as abafadas durante uns minutos. Numa travessa ao lado coloque a restante carne, onde igualmente pode juntar pedaços de chouriço, farinheira e morcela, fritos à parte, mas cujo molho não aproveitou, pois a carne de fumo dá mau paladar às favas que irá comer.Se optar por colocar tudo num travessa para todos picarem e comerem dali, tal como acontecia antigamente na Gândara, então adicione­lhe a fritada por cima. Caso contrário há que tirar para o prato.Nota:Antigamente,nascasasmaisabastadas fritavam-se ovos nomolho da carne, para enriquecero conduto. Nas mais pobres osovos serviam de moeda de trocapara adquirir peixe, ou produtosalimentares nas mercearias e daínão entrarem na maior parte dasceias.

VÁ À FAVA ... CONNOSCO

Almoço - 12 Maio 201213H00

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SETE FONTES *(estrada Cantanhede - Mealhada)

Iniciativa: Amigos da GândaraApoios: Município de Cantanhede Sindicato dos Bancários do Centro LATA - Liga dos Amigos das Tabernas Antigas Grupo Típico de Cadima

EXPOSIÇÃO DE LIVROS DE ESCRITORES GÂNDARESES

* 231 429 674

Envie-nos receitas de favas e diga onde são ou eram confecionadas.

Os escritores Ferro Rodrigues, Mário Cupidoe Idalécio Cação

A. Castelo Branco e o Vereador da Cultura de Cantanhede

Dr. António Vasconcelos e os Professores Rui Cascão e Francisco Oliveira

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Cultura

Álvaro Ribeiro

Poesia

A TiQue me deste o colo depois de eu nascerA TiQue depois de homem me ajudaste a crescerA TiQue um dia me despertaste para a vida,Que eu julgava perdida,A TiQue me ajudaste a sonhar,A TiQue, como ninguém,Foste mais que minha mãe,A TiUma coisa só posso dizerQue te amarei até morrer.

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Revista de Informação | maio 2012 | 31

»Cultura

Luís Manuel [email protected]

Artigo 09 - Centenário da Implantação da República (1910-2010) Numária: O Papel-moeda 1910 – 2010

Cinco Escudos

Aúltimanotade(cincoescudos)emitidapeloBancodePortugal,temcomoilustraçãonasuafrenteaimagemde D. Álvaro Vaz de Almada, brilhante cavaleiro doséculoXV.Características: As chapas e estampagens foramexecutadas nas oficinas deWaterlow& Sons Ltd., deLondres. Na frente os desenhos são estampados porprocessocalcográfico;ofundodetécnicatipográficaéconstituídopordesenhosgeométricoselinhasoblíquasparalelasaduascores,amareloelilás,tendocomofiguracentral a imagem de Álvaro Vaz de Almada. O versoé estampado calcograficamente, a azul-escuro, sobrefundoesverdeado,depontoselinhasoblíquasparalelas.Afiguracentralécompostapeloescudonacionalassentesobreaesferaarmilarladeadadevergônteasdeoliveira.Dimensãodanotaéde140x82mm.Foramemitidas11999999notascomadatade13-01-1925.Aprimeiraemissãoédatadade21-05-1929eaúltimade05-05-1932,sendoretiradadecirculaçãoem31-12-1933.Masquemfoiestenotávelcavaleiro?- Álvaro Vaz de Almada, nasceu no ano de 1390, efaleceunodia20-05-1449.Foiumcavaleirodenomeadadistinguindo-sesuperiormentenassuasações,oquelhegranjeouaconcessãodealtascondecoraçõesetítulos.- Foi o primeiro conde de Abranches, à portuguesa,(Avranchesnooriginalfrancês),comosereconhecenacartadotítulonobiliárquicocriadopeloReiHenriqueVIdeInglaterraem04-05-1445,emfavordeD.Álvaro.Segundo Fernandes Mendes no “Portugal História –DinastiadeAviz”,esteD.ÁlvaroVazdeAlmada,comtalbravura sebateupelosbritânicos contraos franceses,naGuerrados100anospelapossedassuasterrasnaNormandia,queoreiofeznomearCavaleirodaOrdemda Jarreteira; “trata-se de uma ordemmilitar que foicriada por Eduardo III de Inglaterra, considerada amais importante comenda do sistema honorífico do

ReinoUnido”, com o fim de realçaros enormes esforços de guerra, nasdiversas cruzadas para a conquistadaTerraSanta.Segundoomito,foiumdos“DozedeInglaterra”cavaleirosportugueses,queresponderamaopedidosolicitadopelasdamas, (entreelesoD.ÁlvaroVazdeAlmada)paraqueestes tomassemadefesadasuahonra,batendo-seemtorneiocontraoscavaleirosbritânicos,poisestes,tinham-nasofendidoeultrajado,segundo consta, pelas duvidosas condutas sociais,saindoestesderrotadosnotorneio.-Éoúltimoausaro títulomedievaldeRicoHomememPortugal,tendoexercidoocargodeCapitão-MordeLisboa.- Foi umfiel seguidor das ideias do infanteD. Pedro,especialmente, quando este era alvo de constantesataques e afrontas que lhe eram dirigidas pelos seusadversários, querendo denegrir a sua imagem, nãopodendo tolerarmais estas agressividades e afrontas,e querendo demonstrar a retidão das suas atitudes eprocedimentos,marchamparasulpartindodeCoimbra,onde mais adiante se deparam com as tropas do reiD. Afonso V, tendo-se travado uma batalha, ficandoconhecida pela batalha de Alfarrobeira, onde ambosfaleceramem20-05-1449.- D. Álvaro Vaz de Almada foi casado primeiramentecomIsabeldaCunha,edepoiscomCatarinadeCastro,dondeproveioumageraçãodeseisfilhos:-D. JoãodeAbranches,Dona IsabeldaCunha,DonaLeonordaCunha,DonaViolantedaCunha,DonaBritesdaCunhaeD.FernandodeAlmada,2º.eúltimocondeAbranches,casadocomDonaConstançadeNoronha.

Obra consultada – “O papel-moeda em Portugal” –BancodePortugal.Trechosavulsos.

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