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Carla Adriane Roballo 12º semestre Medicina

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Page 1: Carla Adriane Roballo 12º semestre Medicina.  Associação Americana dos Centros de Controle de Intoxicação e do Sistema de Vigilância de Exposições Tóxicas

Carla Adriane Roballo12º semestre

Medicina

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Associação Americana dos Centros de Controle de Intoxicação e do Sistema de Vigilância de Exposições Tóxicas (AAPCC-TESS, 2003):◦ 2,4 milhões de exposições;◦ 93% na residência;◦ 52% menos de 6 anos;◦ 99,4% não intencional;◦ 45,9% intencional em adolescentes.

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Brasil: Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX);

2002: ◦ 75.212 notificações;

25,4% em crianças menores de 5 anos;◦ 375 óbitos;

31 em crianças menores de 5 anos;◦ Subnotificações: 1% população.

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Total:29,31%

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Principais agentes

M Riordan, G Rylance, K Berry. Poisoning in children 1: General management. Site: http://www.archdischild.com. Acessado em:28/06/2010

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Avaliação clínica inicial Estabilização Reconhecimento da toxíndrome e

identificação do agente causal Descontaminação Administração de antídotos Aumento da eliminação do tóxico absorvido Tratamento sintomático

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Avaliação Inicial e Estabilização Anamnese A, B, C, D e E;

◦ Exame Físico rápido, porém rigoroso◦ Se necessário:◦ Monitorização cardíaca◦ IOT◦ Drogas vasoativas

◦ Hospitalização → ◦ Criança assintomática – observação por um período curto◦ Substancia e quantidade ingerida

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Exames Complementares Diretos:

◦ Quantitativos ou qualitativos Screening urinário – abuso de drogas Dosagem plasmática de paracetamol, salicilatos,

chumbo, digitálico, etanol, etilenoglicol, fenobarbital, ferro, teofilina.

Indiretos◦ Dosagem de marcadores sugestivos de

intoxicação Dosagem da atividade da colinesterase (<50%

sugestivo de intoxicação por organofosforados e carbamatos) e níveis de metemoglobinemia

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Descontaminação ⇩exposição do organismo ao tóxico

◦ ↓tempo e/ou superfície de exposição◦ ↓quantidade do ag. químico em contato com o

organismo◦ depende da via da possível absorção

Via diagestiva◦ Antídotos locais◦ Vômitos provocados – discutível

Contra-indicado: derivados de petróleo ou produtos cáusticos, agitação psicomotora, convulsões ou depressão neurológica

Risco de trauma e aspiração

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Via digestiva: Xarope de Ipeca Emetina e cefalina: receptores da mucosa gástrica

e central Emese; Dose: 10-30ml, de acordo com a idade Não há evidências originadas por estudos clínicos Benefício: administrado entre 5 e 30min Brasil: não é disponível comercialmente (farmácias

de manipulação).

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Via digestiva: Lavagem Gástrica Tubo orogástrico com administração e

aspiração seqüencial de pequenas quantidades de volume líquido;

Contra-indicação: substâncias cáusticas e hidrocarbonetos;

Doses: ◦ 10 ml/kg de solução salina a 0,9%, a 38ºC;◦ Adolescentes: 200-300 ml;◦ Volume de retorno igual ao instilado.

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Via Digestiva: Carvão ativado ***** Carvão poroso com alto poder adsorvente; Brasil: pó (diluir em água na concentração de 10-

20%); Doses:

◦ <1 ano: 1 g/kg;◦ 1-12 anos: 25-50 g/kg;◦ Adolescentes: 25-100 g;◦ eficácia até 1ª hora

Não associar laxante;

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Aumenta eliminação de drogas que estejam na circulação sistêmica em níveis tóxicos e apresentam:◦ Secreção enterogástrica;◦ Secreção enteroentérica ou;◦ Circulação enteroepática.

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Via Digestiva: Catárticos Salinos (citrato ou sulfato de magnésio) e sorbitol; Aumenta conteúdo intralumial por retenção

osmótica, acelerando trânsito intestinal; Doses:

◦ Sulfato de magnésio: 250 mg/kg;◦ Sorbitol a 35%: 4,3 ml/kg;◦ Citrato de magnésio a 10%: 4 ml/kg.

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Via Respiratória Via respiratória:

◦ Retirada do ambiente contaminado◦ Retirada das vestes

Via cutânea:◦ Remoção das vezes◦ Lavagem corporal – água corrente

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Prognóstico bom; Queimadura esofágica:

◦ Superficial: 20%;◦ Profunda: 5%;◦ Estenose: 1-3%;

Tratamento: ◦ Neutralização;◦ Descontaminação gástrica;◦ Esteróides (?).

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BAL: dimercaprol

EDTA: edatamil cálcio dissódico

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Uso restrito a situações cuja exposição prolongada a altas concentrações das toxinas pode ser deletéria.

Exemplos:◦ Instabilidade hemodinâmica apesar das medidas

de suporte;◦ Desmaios intratáveis;◦ Deficiência de órgãos.

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Administração EV de bicarbonato de sódio para alcançar pH urinário entre 7,5-8,5;

pH urinário X pH sanguuíneo Excreção dos ácidos fracos e acidificação das bases

fracas; Intoxicações moderadas por salicilatos e barbituricos; Fenobarbital: carvão ativado em doses múltiplas é

superior; Complicação: hipocalemia.

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Diurese Medicamentosa ↑débito urinário = ↑excreção de substâncias que

são eliminadas via renal Furosemida

◦ Dose em crianças: 1-3mg/Kg VO 0,5-1mg/Kg IV

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Diálise Intensifica a remoção do tóxico Diálise peritoneal – baixo clearence Hemofiltração – sangue filtrado através de

uma coluna de carvão ativado ou resinas especiais◦ Alto clearence e boa absorção do tóxico

◦ + Tratamento sintomático (convulsãoes, crise alérgica, dor, hipertermia, reações extra-piramidais)

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Sonda nasogástrica, administração de grandes volumes em curto espaço de tempo;

Solução balanceada de polietilenoglicol; Doses:

◦ 9 meses - 6 anos: 500 ml/hr;◦ 6-12 anos: 1000 ml/hr;◦ Adolescentes: 1500-2000 ml/hr.

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Quadro clínico: irritação intensa ou corrosão da pele e da mucosa e por distúrbios gastro-intestinais.

Tratamento: administrar demulcentes, como leite, gelatina, clara de ovo batida em neve com açucar e sintomáticos.

Quando a cândida é vendida em caminhões, ela pode conter também, soda cáustica.

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Quadro clínico: observam-se lesões cáusticas de pele e mucosa

Tratamento: o tratamento depende do grau de lesão da mucosa oral, devendo-se realizar endoscopia digestiva alta de urgência.

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Água sanitária, anticoncepcionais orais, batom, detergentes de uso geral, esmalte para as unhas, giz, lápis, pasta de dentes, pilhas alcalinas, pintura para olhos, removedor de esmalte, sabões, tintas acrílicas, velas e xampus;

Em geral não apresentam problemas.

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PREVENÇÃO!!!! Embalagens seguras:

◦ Soda cáustica em sacos plásticos; Medicações sem receita:

◦ Descongestionantes nasais; Procedimentos iatrogênicos;

◦ Prevenção da absorção.

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