8/16/2019 Caramujo e a Sua Casa

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Primeiro Ato

não seipodem me chamarde feraas paredes são amfibioseu sou a primavera

Segundo hiato

oscilasólidaáguaentrea dore a pretensãoao ver-te áridaavida mortalhaver-te, despojada

a arrudiar as calhase terminarnas cacimbasporvirvapor d'água

caramujo

blusa

São dias de bluesPesadas cores dos azuisPesados dias de cruz

A lima estrofeQue não dizUm ponto absolutoEntre a luta e o luto

Caramujo

A maçã nasceu da cobra

Naquela ladeiraEu avia a derradeiraForça de um lume

É o prumo e o duroRiscado e faiscadoNas dobras do pesoConjunturas tácitasEntre o silêncio hinduE aquela voz espinhadaRetirava suas pontasDe uma agonia inchadaA clave e as chamasDando tempo as poçasD'água anunciaremQue o sol ardente dos pulsosSão mais bonitos no escuro

Que as palavras começam a suarQuando você começa a respirarBalbuciando um olhar

8/16/2019 Caramujo e a Sua Casa

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Transparente entre as ferasDescansando os pésNa parte oculta da terra

Caramujo