caracterização socioeconômica de são paulo - região metropolitana do vale do paraíba

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_________________________________________________________________________________________________________________________ Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional • Unidade de Articulação com Municípios • Planejamento Regional 1

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Caracterização Socioeconômica de São Paulo - Região Metropolitana do Vale do Paraíba

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    Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional Unidade de Articulao com Municpios Planejamento Regional 1

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    Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional Unidade de Articulao com Municpios Planejamento Regional 3

    GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO

    Governador Geraldo Alckmin

    Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional Secretrio Julio Semeghini

    Secretria-Adjunta Cibele Franzese

    Chefe de Gabinete Joaldir Reynaldo Machado

    CARACTERIZAO SOCIOECONMICA DAS REGIES DO ESTADO DE SO PAULO REGIO METROPOLITANA DO VALE DO PARABA E LITORAL NORTE

    OUTUBRO, 2013

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    O trabalho Caracterizao Socioeconmica das Regies do Estado de So Paulo apresenta um estudo detalhado das Regies Administrativas-RAs e Metropolitanas-RMs paulistas no campo econmico, demogrfico, social e de rede urbana. Permite conhecer cada uma dessas regies, auxiliando o Governo estadual a adequar suas politicas s principais caractersticas regionais. Na Caracterizao, so apresentadas, inicialmente, as caracterizaes poltico-administrativa, histrica e de infraestrutura viria da regio e, a seguir, uma sntese analtica do contedo do conjunto do trabalho. No que diz respeito aos Aspectos Econmicos, foram identificados os principais produtos agropecurios e industriais e os principais servios da regio, abordando o encadeamento existente entre os setores e seu papel no desempenho econmico regional no perodo 1996 a 2008. Foram apresentados, ainda, dados de infraestrutura de pesquisa cientfica e tecnolgica, emprego, valor adicionado e valor adicionado fiscal, exportao e importao de produtos industriais, arranjos e aglomerados produtivos, entre outros dados e informaes considerados relevantes na caracterizao da regio. As caractersticas sociais das Regies Administrativas e Metropolitanas so avaliadas a partir do ndice Paulista de Responsabilidade Social-IPRS, desenvolvido pela Fundao Seade, com o objetivo de caracterizar os municpios paulistas no que se refere s dimenses de renda, longevidade e escolaridade. Quanto ao tema da rede urbana, possvel verificar como se organiza a ocupao do territrio regional em metrpoles, aglomeraes urbanas e centros urbanos. Em demografia, encontram-se informaes como porte populacional dos municpios, taxa de crescimento da populao, ndice de envelhecimento e razo de dependncia da populao potencialmente inativa, alm de projees, at 2020. Este trabalho auxilia, portanto, os setores pblico e privado e a populao em geral, em seus interesses e campos de atuao distintos, no conhecimento das regies do Estado de So Paulo.

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    Apresentao .............................................................................................................................. 5

    Caracterizao ............................................................................................................................ 9

    Aspectos Econmicos .................................................................................................................. 15

    Agropecuria .........................................................................................................................15

    Indstria e Servios .............................................................................................................. 21

    Desempenho Econmico, 1996 a 2008 ............................................................................... 52

    Aspectos Demogrficos .............................................................................................................. 57

    Aspectos Sociais e IPRS ............................................................................................................... 63

    Rede Urbana ............................................................................................................................... 67

    So Jos dos Campos ......................................................................................................... 75

    Destaques da Regio .................................................................................................................. 81

    Nmeros da Regio ................................................................................................................... 82

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    A Regio Metropolitana do Vale do Paraba e Litoral Norte-RMVPLN localiza-se no leste do Estado de So Paulo, formada por 39 municpios distribudos em cinco Regies de Governo: So Jos dos Campos, Taubat, Caraguatatuba, Guaratinguet e Cruzeiro, que ocupam rea de 16.268 quilmetros quadrados, o que perfaz 6,5% do territrio paulista.

    RM do Vale do Paraba e Litoral Norte

    1 Aparecida 14 Ilhabela 27 Redeno da Serra2 Arape 15 Jacare 28 Roseira3 Areias 16 Jambeiro 29 Santa Branca4 Bananal 17 Lagoinha 30 Santo Antonio do Pinhal5 Caapava 18 Lavrinhas 31 So Bento do Sapuca6 Cachoeira Paulista 19 Lorena 32 So Jos do Barreiro7 Campos do Jordo 20 Monteiro Lobato 33 So Jos dos Campos8 Canas 21 Natividade da Serra 34 So Lus do Paraitinga9 Caraguatatuba 22 Paraibuna 35 So Sebastio

    10 Cruzeiro 23 Pindamonhangaba 36 Silveiras11 Cunha 24 Piquete 37 Taubat12 Guaratinguet 25 Potim 38 Trememb13 Igarat 26 Queluz 39 Ubatuba

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    A RMVPLN foi criada pela Lei Complementar n 1.166, de 09 de janeiro de 2012, englobando todos os municpios da Regio Administrativa-RA de So Jos dos Campos e agrupando os municpios da seguinte forma:

    Sub-regio 1: Caapava, Igarat, Jacare, Jambeiro, Monteiro Lobato, Paraibuna, Santa Branca e So Jos dos Campos;

    Sub-regio 2: Campos do Jordo, Lagoinha, Natividade da Serra, Pindamonhangaba, Redeno da Serra, Santo Antonio do Pinhal, So Bento do Sapuca, So Lus do Paraitinga, Taubat e Trememb;

    Sub-regio 3: Aparecida, Cachoeira Paulista, Canas, Cunha, Guaratinguet, Lorena, Piquete, Potim e Roseira;

    Sub-regio 4: Arape, Areias, Bananal, Cruzeiro, Lavrinhas, Queluz, So Jos do Barreiro e Silveiras; Sub-regio 5: Caraguatatuba, Ilhabela, So Sebastio e Ubatuba.

    A regio compe-se de: reas de serra, vale do rio Paraba do Sul e regio litornea. Na regio, h trs bacias hidrogrficas: Mantiqueira Unidade Hidrogrfica de Gerenciamento de Recursos Hdricos-UGRHI 1; Paraba do Sul UGRHI 2; e Litoral Norte UGRHI 3. A Bacia Hidrogrfica do Paraba do Sul integra a maior parte de seus municpios, alm de quatro pertencentes Regio Metropolitana de So Paulo-RMSP: Guarulhos, Guararema, Mogi das Cruzes e Santa Isabel. delimitada ao norte e ao sul por dois grandes divisores de guas, a Serra da Mantiqueira e a Serra do Mar, respectivamente. Longitudinalmente cortada pela Rodovia Presidente Dutra e liga-se ao litoral pela Rodovia dos Tamoios (SP 99) que conecta So Jos dos Campos a Caraguatatuba. A comunicao com o Litoral Norte se d, tambm, atravs da Rodovia Oswaldo Cruz (SP 125), que liga Taubat a Ubatuba. A Rodovia SP 55, conhecida como RioSantos, d acesso a Caraguatatuba, So Sebastio, Ilhabela e Ubatuba. As ligaes regionais, atravs da Via Dutra, se complementam pelas Rodovias Ayrton SennaCarvalho Pinto (SP 070) e Mogi- Bertioga (SP 98). A Rodovia D. Pedro I (SP 065), ligando as regies de Campinas e So Jos dos Campos, completa o fluxo com o interior do Estado. Conta, ainda, com o Porto de So Sebastio, os aeroportos em So Jos dos Campos e em Ubatuba e a ferrovia, ligando So Paulo ao Rio de Janeiro.

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    Infraestrutura Viria Estado de So Paulo e RM do Vale do Paraba e Litoral Norte

    Fonte: Secretaria de Logstica e Transportes. Elaborao: SPDR/UAM.

    A histria da regio est associada ao cultivo do caf, a partir do sculo XIX. Tal cultura proporcionou o desenvolvimento econmico, o crescimento de vilas e cidades e uma incipiente industrializao. Com a decadncia da cafeicultura, sucedeu-a a pecuria de leite, disponibilizando mo de obra e criando condies para a diferenciao das atividades urbanas e a industrializao. Na dcada de 1950, a inaugurao da Rodovia Presidente Dutra, a construo da Usina Siderrgica de Volta Redonda e os demais investimentos federais em ncleos de desenvolvimento tecnolgico (Centro Tcnico Aeroespacial-CTA e Instituto Tecnolgico de Aeronutica-ITA) e estratgico (Empresa Brasileira de Aeronutica-Embraer, Avibras-Indstria Aeroespacial e Engesa-Engenheiros Especializados S/A) foram responsveis pelo surgimento de arranjos produtivos nos setores aeroespacial e blico e pelo expressivo crescimento industrial da regio. Nesta fase da industrializao, que se fez notar principalmente nos municpios de So Jos dos Campos, Jacare, Guaratinguet, Cruzeiro, Taubat e Caapava, surgiu uma indstria moderna e de grande escala, voltada para os mercados nacional e internacional e com predomnio dos segmentos de material de transporte, mecnico, metalrgico e petroqumico. Nos ltimos anos, o Vale do Paraba vem recebendo investimentos industriais, que dinamizam o setor tercirio e o segmento imobilirio, alterando, inclusive a estrutura urbana, com expanso para reas anteriormente no ocupadas da cidade, como descrito na seo REDE URBANA. Conforme pode ser visto ao longo da seo INDSTRIA E SERVIOS, esses dois setores se destacam na estrutura econmica. Na indstria extrativa, tm peso produtos de minerais no-metlicos, como areia,

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    por exemplo, conforme apresentado na seo REDE URBANA. Suas atividades so importantes, na gerao de empregos, nos municpios de Trememb, Taubat e Jacare. Quanto indstria de transformao, sobressaem: Equipamentos de Transporte e Outros Equipamentos de Transportes, que engloba a indstria aeronutica e aeroespacial, representando 9,1% dos vnculos empregatcios regionais. Em temos de exportaes, em 2009, essas duas divises contriburam com 66% do total da regio. Nos servios, tm papel relevante, em termos de empregos, os ligados sade, especialmente, em So Jos dos Campos, Taubat, Jacare e Guaratinguet. A indstria marca a regio, especialmente nos municpios situados ao longo da Rodovia Presidente Dutra, como So Jos dos Campos, Taubat, Cruzeiro, Pindamonhangaba, Caapava, Jacare, onde o Valor Adicionado Fiscal, em 2010, referente diviso de material de transporte, montadoras e autopeas, respondeu por 21,9% do total regional. Quanto ao nmero de estabelecimentos, o comrcio ocupava, em 2008, a primeira posio, com 41,4%, enquanto, nos servios, esse percentual foi de 39,9%. Em termos de empregos, a liderana ficou com os servios, com 35,2%, seguido da indstria, com 24,3%. Todavia, as atividades agropecurias tambm so importantes. Na seo AGROPECURIA, sobressai o incremento da rea ocupada com braquiria, gramnea mais cultivada nos pastos paulistas, predominante na regio, tendo aumentado 99%, acompanhando expressivo incremento da bovinocultura de corte, que passou de 79.062 cabeas, em 1995/96, para 212.278, em 2007/08. A rea ocupada com eucalipto, tambm, cresceu 32%, entre 1995/96 e 2007/08, com o produto destinando-se s unidades de produo de papel e celulose que se situam prximas, como, por exemplo, em Jacare e Suzano. Como pode ser observado na seo DESEMPENHO ECONMICO, de modo geral, o dinamismo dos municpios da regio, entre 1996 e 2008, esteve associado s principais caractersticas de sua estrutura econmica: presena de segmentos industriais modernos e de grande escala e do setor de servios mais sofisticados e daqueles ligados ao turismo no litoral e nas serras. Pindamonhangaba ilustra um exemplo do primeiro caso, dada sua estrutura produtiva com empresas do setor tercirio voltadas dinmica da indstria local. Ou, ainda, Roseira, cuja proximidade com o distrito industrial Moreira Cesar, de Pindamonhangaba, associada a polticas municipais de atrao de empresas e incentivos formao do segmento industrial regional, favoreceu a instalao de empresas industriais, que incentivaram o crescimento do PIB municipal. O dinamismo ligado ao turismo no litoral e nas serras evidencia-se em Santo Antonio do Pinhal, Ilhabela e So Sebastio, onde o porto e o terminal martimo da Petrobras so, tambm, fontes importantes de dinamismo econmico. Na seo DEMOGRAFIA, observa-se que o crescimento populacional da regio, de 1,30% ao ano, no perodo 2000/2010, foi superior mdia estadual de 1,09%. No entanto, diversos municpios apresentaram taxas de crescimento superiores mdia regional, como foi o caso do polo, So Jos dos Campos, com 1,57% ao ano, e de Caraguatatuba e So Sebastio, cujos incrementos em torno de 2,5%, possivelmente, refletem o dinamismo apontado na seo DESEMPENHO ECONMICO. Em sentido contrrio, oito municpios apresentaram taxa de crescimento populacional negativa, com destaque para os localizados no chamado Vale Histrico.

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    Complementando essa avaliao, a seo REDE URBANA mostra que a urbanizao se desenvolveu ao longo da Via Dutra, sendo o trecho mais condensado entre Jacare e Pindamonhangaba, com fbricas, estabelecimentos de comrcio e servios, alm de condomnios residenciais dispostos ao longo da rodovia, localizando-se, em geral, prximos ao entroncamento dos principais eixos rodovirios ou em suas margens. O municpio de So Jos dos Campos veio assumindo, de maneira crescente, o papel de municpio-sede da regio, que constatado pelo carter regional de seu setor de servios que d sustentao ao fluxo e relaes entre si e as cidades de seu entorno. Nas cidades, verifica-se, ainda, aumento das manchas urbanas em direo s reas rurais e tambm s reas urbanas de outros municpios, em processo de conurbao. Multiplicaram-se, assim, as interdependncias entre as diversas cidades do Vale e o municpio de So Jos dos Campos, com adensamento da rede urbana e seu crescimento articulado. Na seo ASPECTOS SOCIAIS, de acordo com o ndice Paulista de Responsabilidade Social-IPRS, a regio, enquanto grande centro industrial e de servios do Estado, ocupa, na classificao das Regies Administrativas, a quarta posio na dimenso de riqueza. No entanto, encontra-se na nona colocao na dimenso de escolaridade e na 12 colocao em longevidade. A distribuio dos municpios nos cinco grupos do IPRS mostra diversidade: 13 pertencem aos grupos com indicadores de riqueza elevados. As maiores cidades encontram-se no Grupo 1 (So Jos dos Campos, Jacare, Ilhabela e Taubat) e outros nove municpios integram o Grupo 2, caracterizado por bons indicadores de riqueza, mas com pelo menos um dos indicadores sociais insatisfatrio. Apenas um municpio foi classificado no grupo intermedirio, o Grupo 3, apresentando bons resultados em escolaridade e longevidade, a despeito do indicador de riqueza ser baixo. Os demais se encontram nos Grupos 4 e 5, sendo 11 e 14 respectivamente. Ambos englobam as piores situaes de riqueza, longevidade e escolaridade, mas o Grupo 4 est em situao relativamente melhor, a medida que apresenta resultado satisfatrio em uma das dimenses sociais.

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    AGROPECURIA A topografia da RMVPLN complexa, uma vez que inclui uma regio serrana, composta por duas cadeias de montanhas que circundam o Vale do Paraba, e uma regio de litoral, o Litoral Norte. O Vale do Rio Paraba acompanhado, de um lado, pela Serra da Mantiqueira e, de outro, pela Serra do Mar1. Apesar de a regio ter sido uma das primeiras do Estado a ser ocupada pela atividade agropecuria, atualmente h maior destaque para a indstria e servios2. A principal atividade agrcola o arroz e, em termos de produo animal, destaca-se a pecuria. O Levantamento das Unidades de Produo Agropecuria-LUPA3 apresenta, entre outros recortes territoriais, informaes agrupadas segundo os Escritrios de Desenvolvimento Rural-EDRs4. No caso da RMVPLN, seus 39 municpios pertencem aos EDRs de Guaratinguet5 e Pindamonhangaba6. A rea total7 ocupada com atividades agropecurias cresceu 9%, entre 1995/96 e 2007/08, sendo que a a rea ocupada com braquiria, gramnea mais cultivada nos pastos paulistas8, predominante na regio, aumentou 99%, acompanhando o expressivo incremento da bovinocultura de corte, que passou de 79.062 cabeas, em 1995/96, para 212.278, em 2007/08. Em 2010, o Valor da Produo Agropecuria- VPA regional foi de R$ 477 milhes, ou 1% do Estado, e a carne bovina contribuiu com 46% do VPA da regio9. A rea ocupada com arroz, bastante reduzida, mas apresentou crescimento de 19%, entre 1995/96 e 2007/08. No Vale do Paraba, o solo apresenta caractersticas fsicas adequadas ao seu cultivo irrigado, nas vrzeas do rio10. A produo regional representou, em 2007/08, 70% do total produzido no Estado e se concentrou nos municpios de Caapava, Guaratinguet, Lorena, Pindamonhangaba, Potim, Roseira, Pindamonhangaba, Taubat e Trememb, totalizando 92% da produo regional. Durante a primeira metade do sculo XX, a cultura do arroz irrigado difundiu-se pela regio, devido boa caracterstica dos terrenos de vrzeas do Rio Paraba e disponibilidade hdrica da bacia. A irrigao

    1FRANCISCO, Vera Lcia Ferraz dos Santos et al. IDENTIFICAO DE MUNICPIOS HOMOGNEOS NO PLO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO VALE DO PARABA. So Paulo: Informaes Econmicas, volume 36, n. 10, outubro de 2006. 2 Idem. Ibidem. 3 SO PAULO (Estado). Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Coordenadoria de Assistncia Tcnica Integral. Instituto de Economia Agrcola. Levantamento censitrio de unidades de produo agrcola do Estado de So Paulo - LUPA 2007/2008. So Paulo: SAA/CATI/IEA, 2008. Disponvel em: . Acesso em: 23 mai. 2011. 4 O Levantamento das Unidades de Produo Agropecuria (LUPA) apresenta dados relativos s exploraes agropecuria do Estado de So Paulo. Segundo corte regional, esto disponveis informaes para: o total do Estado; conjuntos de municpios, agrupados segundo os 40 Escritrios de Desenvolvimento Regional (EDR); e os 645 municpios de So Paulo. 5 Compem o EDR de Guaratinguet: Aparecida, Arape, Areias, Bananal, Cachoeira Paulista, Canas, Cruzeiro, Cunha, Guaratinguet, Lagoinha, Lavrinhas, Lorena, Piquete, Potim, Queluz, Roseira, So Jos do Barreiro e Silveiras. 6 Compem o EDR de Pindamonhangaba: Caapava, Campos do Jordo, Caraguatatuba, Igarat, Ilhabela, Jacare, Jambeiro, Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Paraibuna, Pindamonhangaba, Redeno da Serra, Santa Branca, Santo Antonio do Pinhal, So Bento do Sapuca, So Jos dos Campos, So Lus do Paraitinga, So Sebastio, Taubat, Trememb e Ubatuba. 7 Segundo o Lupa, a rea total compreende: rea com cultura perene; rea com cultura temporria; rea com pastagem; rea com reflorestamento; rea de vegetao natural; rea em descanso, tambm conhecida como de pousio; rea de vegetao de brejo e vrzea; e rea complementar compreende as demais terras da UPA, como aquelas ocupadas com benfeitorias (casa, curral, estbulo), represa, lagoa, estrada, carreador, cerca, bem como reas inaproveitveis para atividades agropecurias. 8 GONALVES, Jos Sidnei; SOUZA, Sueli Alves Moreira. Do mar de caf ao mar de cana ou ainda um mar de braquiria: os movimentos econmicos da agropecuria paulista. In 47 Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administrao e Sociologia Rural (SOBER). Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009. Disponvel em: http://www.sober.org.br/palestra/13/637.pdf. Acesso em 31 mai. 2012. 9 TSUNECHIRO, Alfredo et al. Valor da Produo Agropecuria e Florestal do Estado de So Paulo em 2010. So Paulo: Informaes Econmicas, volume 41, n. 5, maio de 2011. 10 FRANCISCO. Op. cit.

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    foi executada pelo mtodo de inundao permanente em que a gua utilizada captada, principalmente de rios e crregos, sendo esse processo executado por gravidade, na maioria das propriedades11. A produo de arroz agulhinha, tradicional na regio, tem apresentado bom desempenho, com processo adequado de colheita e secagem, resultando em maior qualidade. Adicionalmente, o Vale do Paraba vem se especializando no cultivo de variedades exticas, como, por exemplo: arroz preto; vermelho; arbreo, de origem italiana; koshinikare e moti, da culinria oriental; e basmati, da culinria indiana12. O estudo Regio de Influncia das Cidades-Regic 200713 permite conhecer o destino da produo agropecuria de municpios selecionados do Estado14. O arroz de diversos municpios da regio destina-se a Guaratinguet e So Jos dos Campos.

    Distribuio geogrfica da rea cultivada de arroz 2007/2008 RM do Vale do Paraba e Litoral Norte e Estado de So Paulo

    Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento, CATI/IEA, Projeto LUPA. Elaborao: SPDR/UAM.

    A rea ocupada com eucalipto cresceu, fortemente, entre 1995/96 e 2007/08, em especial, no EDR de Guaratinguet, onde o incremento foi de 67%. Os municpios de Cunha, Guaratinguet, Queluz e Silveiras, no EDR de Guaratinguet, e Natividade da Serra, Paraibuna, Santa Branca, So Jos dos

    11 PAES JUNIOR, Nilton S.; SIMES, Silvio J.C. Evoluo espacial de reas irrigadas com base no sensoriamento remoto o mdio Vale do Paraba do Sul, Sudeste do Brasil. In Revista Ambiente & gua An Interdisciplinary Journal of Applied Science, v. 1, n. 1, 2006. Disponvel em: www.agro.unitau.br/ambi-agua. Acesso em: 06 jun.2012. 12 A primeira safra paulista de arroz vermelho. Disponvel em: http://www.arrozpreto.com.br/midia_.asp?artigo=25. Acesso em: 06 jun. 2012. 13 BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE, Diretoria de Geocincias, Coordenao de Geografia. Regio de Influncia das Cidades - Regic, 2007. Rio de Janeiro: 2008. 14 De acordo com a metodologia do Regic, foi perguntado, no item Agropecuria Distribuio da Produo, qual o destino da maior parte da produo local. O seu Banco de Dados, contudo, no contem informaes para a totalidade dos municpios do Estado de So Paulo, sendo, portanto, aqui utilizado o conjunto de informaes existentes. O Regic aponta, ainda, que se identificam, pelo menos, cinco padres distintos na distribuio da produo: o dos produtos de consumo imediato, para regies vizinhas; o de produtos para agroindstria, presentes em pontos especficos do Estado; o de produtos destinados a centros atacadistas; o de produtos para abastecimento de cadeias varejistas; e o de produtos destinados exportao, fluindo para cidades porturias.

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    Campos, So Lus do Paraitinga e Taubat, no de Pindamonhangaba, registravam 62% da rea ocupada, na regio, em 2007/08. O eucalipto produzido destina-se s unidades produo de papel e celulose que se situam prximas. De acordo com o Regic, Santa Branca, por exemplo, destina eucalipto aos municpios de Jacare e Suzano. As florestas plantadas tm se destacado nas paisagens da regio, com aumento de reas utilizadas para cultura de eucaliptos e pinus, ocupando, principalmente, morraria e serras. As agroindstrias de papel e celulose tm ampliado sua integrao vertical e, a partir dos anos 1980, passaram a operar com base em arrendamentos e/ou parceiras que, no caso paulista, se concentrou em espaos geogrficos como as regies de Bauru, Sorocaba e Vale do Paraba15.

    Distribuio geogrfica da rea cultivada de eucalipto 2007/2008 RM do Vale do Paraba e Litoral Norte e Estado de So Paulo

    Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento, CATI/IEA, Projeto LUPA. Elaborao: SPDR/UAM.

    Em termos de produo animal, na RMVPLN, a bovinocultura de corte cresceu 168%, a de leite decresceu 9% e a mista ficou estvel. Sobressaem, ainda, a caprinocultura, ovinocultura e piscicultura. A pecuria de corte no expressiva, quando comparada ao total do Estado. Em relao ao efetivo dos bovinos, a regio, em 2007/08, participava com cerca de 4% do total dos rebanhos de So Paulo.

    15 GONALVES. Op. cit.

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    Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional Unidade de Articulao com Municpios Planejamento Regional 18

    Distribuio geogrfica da bovinocultura de corte 2007/2008 RM do Vale do Paraba e Litoral Norte e Estado de So Paulo

    Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento, CATI/IEA, Projeto LUPA. Elaborao: SPDR/UAM.

    Historicamente a pecuria leiteira, em So Paulo, concentrou-se nas regies de Franca, Ribeiro Preto, Campinas e Vale do Paraba. Nessas reas, ocorrem climas de altitude, temperaturas mais amenas e situaes de solos ocupando declividades acentuadas16. Se os dados do LUPA 2007/08, quando comparados aos de 1995/96, apontam reduo do nmero de cabeas do rebanho leiteiro, na regio, esse movimento, que acompanhou as mudanas no mapa de produo nacional de leite, com a expanso, nas regies Centro-Oeste e Sul, aponta queda relativa da participao de So Paulo17. Ainda assim, a RMVPLN ainda importante produtora, com 17% do rebanho leiteiro estadual. Segundo o Regic, a produo leiteira de diversos municpios da regio, como Cunha, Igarat, Lagoinha, Natividade da Serra, Piquete, Redeno da Serra, Santa Branca, Santo Antonio do Pinhal, So Bento do Sapuca e So Lus do Paraitinga, destina-se a municpios como Guaratinguet, Jacare, So Jos dos Campos ou Taubat, por exemplo, que contam com cooperativas de laticnios.

    16 DRUGOWICH, Mrio Ivo; SAVASTANO; Srgio; SAVASTANO, Suely Aparecida Alves de Lima. Eroso em pastagens sob pecuria leiteira e mista no Estado de So Paulo. Disponvel em: http://www.cati.sp.gov.br/projetolupa/estudos_lupa/ErosaoPastagensSP.pdf. Acesso em: 30 mai.2012. 17 SILVA, Rosana de Oliveira Pithan; LISERRE, Alcina Maria. Interveno do Estado nos preos do leite e suas consequncias na produo. So Paulo: Anlises e Indicadores do Agronegcio, volume 4, n. 8, agosto de 2009.

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    Distribuio geogrfica da bovinocultura leiteira 2007/2008 RM do Vale do Paraba e Litoral Norte e Estado de So Paulo

    Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento, CATI/IEA, Projeto LUPA. Elaborao: SPDR/UAM.

    Tanto a caprinocultura quanto a ovinocultura vem apresentando aumento na regio, como opo de diversificao econmica ou alternativa bovinocultura de leite, e tem recebido incentivos por parte de algumas prefeituras, rgos estaduais e do Servio de Apoio s Micro e Pequenas Empresas-Sebrae. A caprinocultura regional representou, em 2007/08, 10% do total estadual e a ovinocultura, 4%. A tradio na pecuria leiteira vem contribuindo, inclusive, para a consolidao, na regio, da caprinocultura voltada para produo de leite e derivados, com nfase nos queijos especiais18.

    18 FRANCISCO. Op. cit.

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    Distribuio geogrfica da caprinocultura de corte 2007/2008 RM do Vale do Paraba e Litoral Norte e Estado de So Paulo

    Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento, CATI/IEA, Projeto LUPA. Elaborao: SPDR/UAM.

    Distribuio geogrfica da ovinocultura de corte 2007/2008 RM do Vale do Paraba e Litoral Norte e Estado de So Paulo

    Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento, CATI/IEA, Projeto LUPA. Elaborao: SPDR/UAM.

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    A piscicultura, na regio, se beneficia, por exemplo, da existncia da barragem de Paraitinga que abrange os municpios de Natividade da Serra, Redeno da Serra e Paraibuna, onde feita a criao em tanques-rede. Nos municpios prximos a Serra da Mantiqueira, a espcie mais cultivada a truta Arco-ris devido ao clima favorvel e a abundncia de gua, em temperaturas mais baixas19.

    Distribuio geogrfica da piscicultura de corte 2007/2008

    RM do Vale do Paraba e Litoral Norte e Estado de So Paulo

    Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento, CATI/IEA, Projeto LUPA. Elaborao: SPDR/UAM.

    INDSTRIA E SERVIOS INVESTIMENTOS INDUSTRIAIS E DE SERVIOS No incio do sculo XVII, a vila de Taubat tornou-se o principal centro irradiador das bandeiras que desbravavam os sertes mineiros em busca do ouro. Com o esgotamento das minas, no ltimo quartel do sculo XVIII, o Vale do Paraba voltou-se para a cultura da cana-de-acar, com a implantao de um grande nmero de engenhos, principalmente em Guaratinguet, Lorena e Jacare20. O Litoral Norte compreendendo os municpios de Ubatuba, Caraguatatuba, So Sebastio e Ilhabela participou do ciclo do acar como produtor e exportador. O acar era produzido nas vilas de Ubatuba e So Sebastio e enviado para o Rio de Janeiro. Contudo, no final do sculo XVIII, encerrou-se o perodo de prosperidade regional baseado na atividade aucareira, por fora de determinao do governo da Capitania de So Paulo, que definia que a exportao do produto passaria a ser realizada, exclusivamente, pelo porto de Santos21.

    19 FRANCISCO. Op. cit. 20 PASIN, Jos Luiz. A Formao Histrica e Cultural do Vale do Paraba. Publicado no site valedoparaiba.com. Em http://www.valedoparaiba.com/terragente/estudos/est0042001.html. Acesso em 03 de abril de 2013. 21 BORELLI, Elizabeth. Cidade e Natureza: Anlise da Gesto Ambiental da Zona Costeira do Litoral Norte Paulista. PUC/SP. So Paulo, 2006.

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    No sculo XIX, o cultivo do caf trouxe desenvolvimento econmico ao Vale do Paraba. Por volta de 1840, a regio produzia 80% do caf de todo o Estado22. Com o ciclo do caf, a chegada de capitais ingleses, a construo da Estrada de Ferro Dom Pedro II, inaugurada em 1877, a navegao a vapor no rio Paraba e o comrcio intenso com o exterior, apareceram, tambm, as primeiras indstrias, a maioria ligada ao aproveitamento de matrias-primas locais e ao beneficiamento ou transformao de produtos agrcolas23. Os ncleos de Ubatuba e So Sebastio participaram da economia cafeeira como produtores de caf e portos de exportao do produto. No entanto, com a mudana do eixo cafeeiro para o oeste paulista, o Litoral Norte passaria por um longo perodo de isolamento e estagnao e sua populao se dedicaria s atividades extrativas de pequeno porte, pesca, ao artesanato e agricultura de subsistncia24. Com a decadncia da cafeicultura no Vale do Paraba e sua transferncia para outras reas produtoras paulistas, a abolio da escravatura e a adoo da pecuria leiteira, que sucedeu o caf na regio, disponibilizando mo de obra, criaram-se condies para uma diferenciao das atividades urbanas e industriais25. Na primeira fase dessa industrializao, iniciada no final do sculo XIX, houve predomnio da indstria txtil, alimentcia e cermica, sobretudo em Jacare, Pindamonhangaba e Taubat. De 1914 a 1943, especialmente em Taubat e Guaratinguet, desenvolveram-se estabelecimentos industriais de transformao de produtos agropecurios, minerais no-metlicos e madeiras, entre outros26. A instalao da Fbrica Nacional de Vages-FNV em Cruzeiro, em 1943; a inaugurao da Companhia Siderrgica Nacional-CSN em Volta Redonda, em 1946; a inaugurao da Rodovia Presidente Dutra (BR 116), em 1952, ligando So Paulo ao Rio de Janeiro; alm de outros investimentos federais na regio, como a implantao do Centro Tcnico Aeroespacial-CTA, atual Departamento de Cincia e Tecnologia Aeroespacial-DCTA, e do Instituto Tecnolgico de Aeronutica-ITA, vinculados ao Ministrio da Aeronutica, foram responsveis pelo expressivo crescimento econmico regional, a chegada de grandes indstrias multinacionais e o surgimento de uma indstria moderna e de grande escala27. Nesta nova fase da industrializao, que se fez notar principalmente nos municpios de So Jos dos Campos, Taubat, Caapava, Jacare, Guaratinguet e Cruzeiro, surgiu uma indstria voltada aos mercados nacional e internacional e com predomnio dos segmentos de material de transporte, mecnico, metalrgico e qumico. O processo de extravasamento industrial da RM de So Paulo fez surgir, na regio, novas indstrias qumicas, metalrgicas, de papel e celulose, txteis e alimentcias. A partir dos anos 50, foram implantadas indstrias de ponta de armamento blico (Engesa e Avibras), eletrnica e espacial e aeronutica (Embraer), que projetaram So Jos dos Campos e regio no cenrio mundial , e foi formado um importante parque industrial automotivo, com a presena das empresas Ford, General Motors e Volkswagen28. Na dcada de 1950, uma intensa extrao mineral teve incio no Vale do Paraba, com predomnio da extrao no leito do rio por pequenas empresas e com baixo impacto ambiental. Devido ao crescimento

    22 TEIXEIRA, Jos Eduardo Jendiroba; SANTIAGO, Patrcia Cardoso; TRONCHINI, Kelly Fabiana Chacim. Rio Paraba do Sul, Degradao Ambiental Provocada pela Minerao de Areia. So Jos dos Campos, novembro de 1.999. 23 PASIN, Jos Luiz. Os fundamentos histricos da industrializao do Vale do Paraba. Texto publicado no site do SESC SP: http://www.sescsp.org.br/sesc/hotsites/memoriasdocomercio/comerciovp/ger_dica.htm. Acesso em 03 de abril de 2013. 24 BORELLI, Elizabeth. Op. cit. 25 PASIN, Jos Luiz. Os fundamentos histricos da industrializao do Vale do Paraba. Op. cit. 26 Idem. Ibidem. 27 Idem. Ibidem. 28 PASIN, Jos Luiz. A Formao Histrica e Cultural do Vale do Paraba. Op. cit.

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    da construo civil, a explorao de areia no Vale do Paraba cresceu, para atender o mercado regional e da Grande So Paulo, sobretudo em Jacare, detentor de jazida de boa qualidade. Com as novas necessidades surgidas na dcada de 1970, esgotou-se a capacidade de extrao de areia no leito do rio, surgindo as primeiras cavas s margens do Paraba do Sul, com maior impacto ambiental29. Em 1955, foi inaugurado o Porto de So Sebastio. Em 1961, devido ao processo de industrializao paulista, especialmente da indstria automobilstica, comearam as obras do Terminal Martimo Almirante Barroso-Tebar, da Petrobras, que perduraram at 1969, com dutos ligando So Sebastio a Santos, Cubato, Paulnia e Capuava30. Durante as dcadas de 1960 e 1970, as cidades situadas junto rodovia e ferrovia, entre os principais mercados consumidores do pas, tornaram-se localizaes privilegiadas para novas indstrias31. Em 1961, foi criado o embrio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-INPE, oficializado em 1971, vinculado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico-CNPq, tendo a funo de promover e executar estudos, pesquisas cientficas, desenvolvimento tecnolgico e capacitao de recursos humanos nas reas espacial e do ambiente terrestre. Em 1970, a indstria de avies Embraer iniciou suas atividades em So Jos dos Campos que, junto com o CTA e o INPE, iria ter grande influncia na gerao do polo tecnolgico de So Jos dos Campos. Em 1972, foi inaugurada a Usina Hidreltrica Jaguari, em Jacare, e, em 1978, a Usina Hidreltrica Paraibuna, em Paraibuna. Consolidando-se como principal polo regional, So Jos continuou recebendo novas indstrias, como Kodak (1972), Philips, Hitachi, Engesa e Metalrgica Fiel (1973), Monsanto (1975), Ethicon, Neu Aeronutica e Kone (1976), entre outras, formando os complexos industriais de: alta tecnologia, centrado na aeronutica; material militar-blico, distribudo por outras cidades, como Cruzeiro; e automotivo, com unidades montadoras da General Motors e da Detroit Diesel, em So Jos dos Campos, e da Volkswagen, em Taubat, onde j havia fbrica da Ford de motores e transmisses. Alm dessas especializaes, a regio atraiu indstrias diversas, distribudas por Taubat (Darumo, Daido e Araya), Caapava (Nestl, Tonelli, Blindex, Volmac e Kobayashi) e Jacare (Gates, Kopper, Takai e Incolag)32. Em 1980, foi inaugurada, em So Jos dos Campos, a Refinaria Henrique Lage-REVAP da Petrobrs, atraindo outros segmentos industriais, principalmente do setor qumico. Na dcada de 80, foi implantada pelo Governo estadual a Via Leste, componente do atual sistema rodovirio Ayrton Senna Carvalho Pinto33. A rodovia Ayrton Senna, antiga rodovia dos Trabalhadores, foi inaugurada em 1982, com um traado inicial de 50 quilmetros, ligando So Paulo a Guararema, incluindo, em Guarulhos, uma ligao entre a rodovia e o Aeroporto Internacional. Em 1990, iria ser construda sua continuao, inaugurada em 1994 com o nome de Rodovia Carvalho Pinto, tendo 70 quilmetros de extenso, ligando Guararema a Taubat e tornando-se importante via de distribuio da produo industrial e de acesso para o turismo, j que faz a ligao entre a RM de So Paulo e o Vale do Paraba, as praias do Litoral Norte e a regio serrana de Campos do Jordo.

    29 TEIXEIRA, Jos Eduardo Jendiroba; SANTIAGO, Patrcia Cardoso; TRONCHINI, Kelly Fabiana Chacim. Op. cit. 30 PORTO SO SEBASTIO Autoridade Porturia. Em: http://www.portodesaosebastiao.com.br/pt-br/. Entrada em 12 de abril de 2013. 31 SOUZA, Iris de Marcelhas e. Anlise do espao intra-urbano para estimativa populacional intercensitria utilizando dados orbitais de alta resoluo espacial. UNIVAP. So Jos dos Campos, 2002. 32 SELINGARDI -SAMPAIO, Silvia. Indstria e Territrio em So Paulo: a Estruturao do Multicomplexo Territorial Industrial Paulista: 1950-2005. Campinas, 2009. 33 MOREIRA NETO, Pedro Ribeiro - Universidade do Vale do Paraba - UNIVAP. Dinmica Regional em Tempo de Globalizao: Uma Histria Brasileira em uma Regio Paulista. XIII Encontro da Associao Nacional de Ps-Graduao e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional. 25 a 29 de maio de 2009. Florianpolis - Santa Catarina Brasil.

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    Com o crescimento do Vale do Paraba, o Litoral Norte foi redescoberto para o turismo. J na dcada de 1950, a complexa malha viria, que passou a interligar a regio aos principais polos de desenvolvimento do Estado, induziu o desenvolvimento do turismo, que ainda preservava uma paisagem natural de rara beleza, com a Mata Atlntica, a Serra do Mar, rios, cachoeiras, praias e ilhas34. A comunicao do Litoral Norte com os centros industriais foi feita atravs da abertura de novas estradas, como a Rodovia Oswaldo Cruz (SP 125), ligando Taubat a Ubatuba, concluda nos anos 70, e a Rodovia dos Tamoios (SP 99), ligando So Jos dos Campos ao municpio de Caraguatatuba. A Rodovia SP 55, conhecida como RioSantos, cuja construo foi iniciada nos anos 70 e concluda na dcada seguinte, tornou-se opo de acesso a So Sebastio e Ilhabela, viabilizando a chegada ao Litoral Norte, atravs da Baixada Santista, pelas Rodovias dos Imigrantes e PiaagueraGuaruj. A ligao atravs da via Dutra foi facilitada pelas Rodovias Ayrton SennaCarvalho Pinto (SP 070) e MogiBertioga (SP 98). A Rodovia D. Pedro II, ligando as regies de Campinas e So Jos dos Campos completou o fluxo de conexo entre o Litoral Norte e o importante quadriltero econmico formado pelas regies da Grande So Paulo, So Jos dos Campos, Campinas e Baixada Santista35.

    O turismo tambm se desenvolveu nas cadeias de montanhas de grande beleza cnica da Serra da Mantiqueira. Parte da populao de alta renda da Regio metropolitana de So Paulo ou de outros grandes centros urbanos foram atrados para os municpios serranos do Vale do Paraba que ainda no haviam perdido suas caractersticas primrias. Devido a sua capacidade de consumo, esta elite acabou atraindo servios pblicos e privados e moldando o espao urbano. Assim, empreendimentos tursticos e loteamentos residenciais ocuparam a Serra da Mantiqueira, especialmente as estncias climticas de Campos do Jordo, Santo Antonio do Pinhal e So Bento do Sapuca36.

    No final da dcada de 1980, a crise industrial acabou extinguindo algumas empresas do ramo blico, como a Engesa, embora, nesse perodo, tenha havido forte crescimento do setor de servios, com o surgimento de grandes complexos comerciais, shoppings centers e hipermercados, sobretudo no municpio-polo37.

    No perodo de 1996 a 2000, as atividades industriais do Vale do Paraba voltaram a ser intensificadas, sobretudo pela presena das cadeias produtivas de alta tecnologia, como a petroqumica, a automotiva e a aeronutica-espacial, que teve destaque pelo desempenho exportador da Embraer.

    Recentemente, o Litoral Norte recebeu importantes investimentos, decorrentes da descoberta de gs natural no Campo de Mexilho, na Bacia de Santos, distante 165 quilmetros do litoral de Caraguatatuba, impulsionando um forte crescimento populacional da regio. O produto a ser extrado do fundo do mar composto por uma mistura de gs e condensado, que chegar megaplataforma PMXL-1 e ser escoado, atravs de gasoduto, at a praia de Porto Novo, em Caraguatatuba, seguindo para a Unidade de Tratamento de Gs-UTGCA, no mesmo municpio. Na UTGCA, haver a separao da mistura, sendo o gs escoado para Taubat, atravs de gasoduto, e o condensado enviado por um duto ao Terminal Martimo Almirante Barroso-Tebar, em So Sebastio38. O gs proveniente do campo de Mexilho abastecer tambm termeltricas, como a Termo So Paulo, localizada em Canas.

    34 BORELLI, Elizabeth. Op. cit. 35 Idem. Ibidem. 36 YOUSSEF, Leila Regina; MALTA, Flvio Jos Nery Conde. rea Residencial em Zona de Amortecimento na APA da Serra da Mantiqueira Regio do Vale do Paraba, SP. Revista Cincias Humanas, Taubat, v. 12, n. 2, p. 75-89, jun./dez. 2006. 37 SOUZA, Iris de Marcelhas e. Op. cit. 38 BR PETROBRAS. Consultoria HABTEC Engenharia Ambiental. Atividade de Perfurao, Produo e Escoamento de Gs e Condensado, no Campo de Mexilho e Adjacncias, Bacia de Santos SP. R I M A - Relatrio de Impacto Ambiental, 2006.

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    Segundo a Pesquisa de Investimentos do Estado de So Paulo-PIESP, da Fundao Seade, em funo desse investimento da Petrobras, em 2005, a regio chegou a assumir a liderana no ranking paulista, alcanando 21,3% do total dos investimentos anunciados no Estado. Alm da explorao martima, o projeto envolve a construo de unidade de processamento de gs em Caraguatatuba, a instalao da megaplataforma posicionada entre o campo de Mexilho e a unidade de tratamento de gs e a construo de gasoduto em direo a Taubat. A estrutura se conectar ao gasoduto Campinas-Rio. Em 2006, os anncios de investimentos da Petrobras para a explorao de gs natural na Bacia de Santos superaram os de 2005.

    Principais investimentos industriais anunciados no perodo de 2005 a abril de 2013 RM do Vale do Paraba e Litoral Norte

    SEGMENTO INVESTIMENTOS NA INDSTRIA MUNICPIO

    Explorao de Petrleo e Gs Explorao de gs natural na Bacia de Santos e construo de dois dutos (Petrobras) Caraguatatuba/S.Jos CamposRefino de Petrleo e lcool Ampliar e modernizar a Refinaria Henrique Lage - Revap da Petrobras So Jos dos Campos

    Implantar fbrica de biodiesel TaubatExpandir fbrica de lubrificantes da Total Lubrificantes Pindamonhangaba

    Aeroespacial e de Defesa Desenvolver cinco foguetes lanadores de satlites (CTA) So Jos dos CamposConstruir nova unidade p/ produzir peas p/aeronaves (Liebherr) GuaratinguetInstalar nova unidade p/ fabricar polibutadieno p/ indstria e foguetes (Avibras) LorenaProduzir sistema de segurana Astros 2020 p/ Exrcito Brasileiro (Avibras) Jacare e S.Jos CamposCriar a Visiona Tecnologia Espacial p/produzir satlite geoestacionrio (Embraer/Telebras) So Jos dos CamposFabricar equips.dos helicpteros da Helibras (Atech-grupo Embraer, Defesa e Segurana) So Jos dos CamposImplantar Sist.Integrado Monitoram.de Fronteiras (Sisfron) p/Exrcito (Consrcio Tepro) So Jos dos CamposDesenvolver projeto do vec.areo no tripulado - Vant (Avibras Aeroespacial) So Jos dos CamposFabricar explosivos (AEQ-Aeroespacial, Qumica e Defesa) Lorena

    Automotivo Implantar nova linha de veculos mdios (General Motors) So Jos dos CamposConstruir nova rea de pintura de automveis (Volkswagen) TaubatAumentar a capacidade de produo de motores Sigma (Ford) TaubatExpandir capac.produt.,desenvolver sist.de controle vibrao vecs.(Vibracoustic/Freudenber) TaubatModernizar e ampliar fbrica (General Motors) So Jos dos CamposInstalar unidade da Chery Brasil JacareInstalar unidade da fabricante de autopeas Teknia Tecnotubo JacareAmpliar e modernizar unidade da Ford TaubatCriar polo de autopeas p/compor cadeia produtiva da Chery JacareContruir fbr.p/ produzir carros experimentais e prottipos de automveis (Metalcrafters) LorenaConstruir fbrica automatizada de nibus urbanos (Comil) LorenaConstruir derivados plsticos automobilsticos (Abitec) Lorena

    Mat. Eletrnico e Equips.Comunicao Expadir planta atual e construir nova fbrica de celulares e monitores (LG Electronics) TaubatAmpliar fbrica da Ericsson So Jos dos Campos

    Metalurgia Bsica Ampliar/modernizar indstr.de tubos de ao, inclusive p/poos de petrleo (Apolo Tubulars) LorenaExpandir unidade da Nexans LorenaAmpliar fbrica Rio Negro p/processar ao TaubatExpandir fbr.de laminados de alumnio, criando nova linha de reciclagem (Novelis) Pindamonhangaba

    Mquinas e Equipamentos Ampliar/reconstruir planta de escavadeiras,ps-carregadeiras,betoneiras,guindastes (Liebherr) GuaratinguetExpandir produo e oferta de servios de defesa (Avibras Aeroespacial) So Jos dos CamposInstalar fbrica de mquinas de engenharia (Sany Heavy Industry) Jacare

    Produo Minerais No-Metlicos Instalar fbrica de vidros laminados p/veculos (Pilkington) CaapavaAmpliar capacidade p/produzir vidros Float incolores e coloridos (Cebrace) JacareConstruir/equipar fbr.vidros p/construo civil e ind. automot.(Asahi Glass Company-AGC) Guaratinguet

    Qumico Aumentar a fabricao de defensivos agrcolas (Basf) GuaratinguetAmpliar fbrica do herbicida glifosato (Monsanto) So Jos dos CamposAmpliar fbrica p/ produzir o catalisador de biodiesel metilato de sdio (Basf) Guaratinguet

    Biocombustveis Construir centro industr.de produo de biomassa (eucalipto e pinus) p/termoeltricas JambeiroAlimentos e Bebidas Construir anexo p/aumentar produo de bebidas alimentcias (Yakult) Lorena

    Ampliar fbrica da Ambev e da Heineken JacareConstruir fbrica de sorvetes Rochinha So Jos dos Campos

    Reciclagem Construo de unidade de reciclagem e transformao de plsticos Taubat Fonte: Fundao Seade, PIESP 2005 a 2011; notcias de jornais. Elaborao: SPDR/UAM.

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    Principais investimentos de servios de utilidade pblica, servios e comrcio anunciados no perodo de 2005 a abril de 2013 - RM do Vale do Paraba e Litoral Norte

    SEGMENTO INVESTIMENTO NO SETOR TERCIRIO MUNICPIO

    Servios de utilidade pblicaEletricidade, gs e gua quente Construir centrais hidreltrs.no Paraba (Usinas Plta.Lavrinhas de Energia e Plta.Queluz de Energia) Lavrinhas/Queluz

    Estruturar a Vale Solues em Energia e desenvolver prottipo de turbina flex.p/gerar energia limpa So Jos dos CamposConstruir termeltrica (AES Tiet) CanasImplantar Centro Global de Tecnologia c/ foco em turbinas Kaplan p/ projetos hidreltricos (Alston) TaubatDesenvolver projeto Inovcity, dotando Aparecida de rede inteligente de energia (EDP) Aparecida

    ServiosSade e Servios Sociais Construir hospital c/300 leitos no campus da Univ. do Vale do Paraba - Univap So Jos dos Campos

    Construir e modernizar hospitais Taubat e S. J. CamposAmpliar unidade do Laboratrio Oswaldo Cruz So Jos dos Campos

    Transportes e Ativ.Auxiliares dos Transps. Expandir o porto de So Sebastio So SebastioImplantar Centro Logstico Intermodal (Binotto/Vallor Urbano) Pindamonhangaba

    Pesquisa Cientfica e Tecnolgica Instalar Centro de Desenvolvimento Tecnolgico em Energia, no Parque Tecnolgico So Jos dos CamposRealizar pesquisa tecnolg.na rea de novos mats.p/aviao, no Parq.Tecn. S.J.Campos (Embraer) So Jos dos CamposConstruir centro de inovao pelo ITA em parceria c/Embraer, Braskem,Vale Solues em Energia etc. So Jos dos CamposInstalar centro de pesq.e tecnologia da Boeing, no Parque Tecnolgico de S.J.Campos So Jos dos Campos

    Atividades Imobilirias Implantar complexo resid., polo industr. e reas p/turismo prximos ao Parq.Tecnolg.S.J.Campos So Jos dos CamposAmpliar o Taubat Shopping TaubatAmpliar e instalar shoppings centers Taubat e S. J. CamposImplantar o Centro Empresarial Aerespacial (Penido) CaapavaExpandir e renovar o Shopping Colinas So Jos dos CamposConstruir o Pinda Vale Shopping Center PindamonhangabaConstruir o Shopping Vale Verde e o Ptio Pinda Shopping PindamonhangabaImplantar o Serramar Parque Shopping CaraguatatatubaAmpliar e revitalizar o CenterVale e o Vale Sul Shopping So Jos dos CamposConstruir o Ecovale Shopping LorenaConstruir o Centro Empresarial Tamoios Caapava

    Alojamento e Alimentao Construir o Hotel Botanique Gourmand Campos de JordoConstruir hotel de 330 quartos e 15 andares AparecidaConstruir o The Royal Palm Plaza Resort (Arcel) Campos de Jordo

    Ativs.Jurds.,Contbeis,Assess.Empresarial Implantar megaunidade de telemarketing So Jos dos CamposEducao Implantar centro de capacitao aeronutica e de defesa no Parque Tecnolg. S.J.Campos (Senai) So Jos dos Campos

    Implantar curso de especializ. em manuteno aeronutica no Parq.Tecnol. (Univ.Fed.Itajub-Unifei) So Jos dos CamposConstruir novo campus da Unifesp no Parque Tecnolgico de S.J.Campos So Jos dos Campos

    Esportes e Turismo Adequar estdio Martins Pereira aos padres da Fifa p/ a Copa do Mundo de 2014 So Jos dos CamposComrcioAtacado Instalar base de engarrafamento de gs (Consigaz) So Jos dos Campos

    Implantar unidades da Assai Atacadista/Po de Acar CaraguatatubaImplantar rede atacadista Esra So Jos dos CamposConstruir unidade da rede atacadista Spani Jacare e Caraguatatuba

    Varejo e Reparao de Objetos Implantar hipermercado Extra S.J.Campos e CaraguatatubaReformar 12 lojas de grande rede varejista vrios municpiosConstruir o hipermercado Walmart Jacare

    Fonte: Fundao Seade, Piesp 2005 a 201; notcias de jornais. Elaborao: SPDR/UAM.

    O Vale do Paraba vem recebendo inmeros investimentos, que geram milhares de empregos na regio, dinamizam o setor tercirio e o segmento imobilirio e alteram a estrutura urbana. O caso de Jacare um exemplo disso, onde novos investimentos (Chery, Sany Heavy Industries, Teknia Tecnotubo e Walmart), que trouxeram fornecedores e parceiros, e investimentos em expanso (Ambev e Cebrace) acabaram levando ocupao de reas anteriormente no ocupadas da cidade. A intensa migrao de empresas e de pessoas para a regio levou ao crescimento dos setores comerciais, de alimentao, habitao, transporte, sade e educao, alm da multiplicao de projetos imobilirios incluindo construo, venda e locao de galpes industriais e de construo e expanso de shoppings centers e centros empresariais. A RMVPLN dever continuar se desenvolvendo economicamente, em funo dos investimentos previstos tanto para atividades tradicionais da regio (polo aeroespacial e de defesa, parque automotivo, Tebar e Porto de So Sebastio, entre outros), como para novas atividades, como as do Pr-Sal e a participao da Copa do Mundo de 2014, envolvendo reformas no estdio de futebol, implantao de

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    hotis, criao de reas de lazer, alm da ampliao de cursos de ingls e de piloto de avio, comissrio de voo, tcnico em manuteno de aeronaves etc. Com o crescimento da RMVPLN, o Governo do Estado vem investindo em solues de mobilidade, escoamento da produo industrial regional, melhoria da infraestrutura e desenvolvimento social, destacando-se entre outras aes e anncios de investimentos:

    a) as obras na Rodovia dos Tamoios, envolvendo a duplicao dos trechos do planalto e de serra e a construo dos contornos virios de Caraguatatuba e So Sebastio, facilitando a ligao do Vale ao Litoral Norte e ao porto de So Sebastio;

    b) a ampliao da capacidade operacional, das instalaes e da infraestrutura do porto de So Sebastio;

    c) as obras de recuperao e duplicao de estradas estaduais e de vicinais; d) o projeto de construo do trem regional, ligando So Paulo a So Jos dos Campos, com

    extenso at Taubat; e) a realizao de PPP para construo e implantao do Hospital Regional de So Jos dos Campos; f) a modernizao, a recuperao e o fornecimento de equipamentos para o Hospital Universitrio

    de Taubat; g) o apoio implantao dos parques tecnolgicos; h) o projeto de construo do Hospital Regional no Litoral Norte; i) a oferta de cursos da Fatec e Etec do Centro Paula Souza, compatveis com a vocao de cada

    municpio ou sub-regio; j) a construo de moradias; k) as obras de saneamento bsico e a implantao do Centro de Engenharia de Operaes da Sabesp,

    em So Jos dos Campos; l) o projeto de despoluio do rio Paraba; e m) o apoio recuperao do municpio de So Lus do Paraitinga.

    EMPREGOS E ESTABELECIMENTOS DA RAIS DE 2008

    De acordo com os dados da RAIS, em 2008, a regio possua 42.696 estabelecimentos, representando 4,3% do total de empresas do Estado, e empregava 501.379 pessoas, ou 5,1% do total de empregos formais estadual.

    Na estrutura econmica regional, os setores de Comrcio e de Servios respondem por grande parte dos estabelecimentos, enquanto que, em termos de empregos formais, os Servios e a Indstria de Transformao ocupam as primeiras colocaes.

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    Participao dos Setores no Total de Estabelecimentos Formais RM do Vale do Paraba e Litoral Norte - RAIS 2008

    Fonte: MTE/RAIS. Elaborao: SPDR/UAM.

    Participao dos Setores no Total de Empregos Formais RM do Vale do Paraba e Litoral Norte - RAIS 2008

    Fonte: MTE/RAIS. Elaborao: SPDR/UAM.

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    A RMVPLN bastante conhecida por sua indstria intensiva em capital e tecnologia, que participa com 4,9% do total de empregos formais da indstria de transformao estadual, mas sua indstria extrativa, com relevante peso dos minerais no-metlicos, tem a maior participao no total do Estado dessa indstria (11,2%).

    Participao das Atividades no Total de Empregos Formais do Estado RM do Vale do Paraba e Litoral Norte - RAIS 2008

    Fonte: MTE/RAIS. Elaborao: SPDR/UAM.

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    Principais atividades industriais e de servios, segundo a RAIS de 2008 RM do Vale do Paraba e Litoral Norte PARTICIPAO PARTICIPAO

    ATIVIDADES NO TOTAL NO TOTAL PRINCIPAIS MUNICPIOSREGIONAL ESTADUAL

    Indstria ExtrativaExtrao de Minerais No-Metlicos 0,3% 12,2% Trememb,Taubat,Jacare,Caraguatatuba,Caapava,Roseira,Pindamonhangaba,JambeiroIndstria de TransformaoBebidas 0,4% 6,9% Jacare, Campos de Jordo, So Jos dos Campos, TaubatProdutos de Madeira 0,3% 4,7% Taubat, SJCampos, Roseira, Cruzeiro, Caapava, Jacare, Trememb, Bananal, PotimCelulose e Papel 0,9% 6,3% SJCampos,Jacare,Pindamonhangaba,Aparecida,Cruzeiro,Guaratinguet,Lorena,PotimProdutos Qumicos 1,2% 4,7% SJCampos,Jacare,Guaratinguet,Lorena,Piquete,Pindamonhangaba,Caapava,CruzeiroProdutos de Minerais No-Metlicos 0,8% 4,0% Caapava,Jacare,Taubat,Pindamonhangaba,SJCampos Lorena,Cachoeira Pta.,CanasMetalurgia 1,6% 9,4% Pindamonhangaba, Cruzeiro, Taubat, So Jos dos Campos, Lorena, JacareProdutos de Metal exceto Mqs. e Equips. 2,3% 5,3% Jacare, SJCampos,Pindamonhangaba,Taubat,Guaratinguet,Caapava,Lorena,JambeiroEquips.Informt.,Prods.Eletrnicos e pticos 1,1% 7,8% Taubat, So Jos dos Campos, Jacare, PindamonhangabaVecs. Automotores,Reboques e Carrocerias 5,3% 10,1% So Jos dos Campos, Taubat, Cruzeiro, Pindamonhangaba, Jambeiro, CaapavaOutros Equips.Transporte exc.Vecs.Automs. 3,8% 56,9% So Jos dos Campos, Caapava, Jacare, Guaratinguet, TaubatManut.,Reparao e Instalao Mqs.e Equips. 0,3% 4,6% So Jos dos Campos, Jacare, TaubatServios de Utilidade PblicaCaptao,Tratamento e Distribuio de gua 0,4% 5,9% SJ dos Campos, Jacare, Guaratinguet, Cruzeiro, Taubat, Aparecida, PindamonhangabaEsgotos 0,4% 14,8% So Jos dos CamposColeta, Tratamento e Recuper. de Resduos 0,3% 4,6% PIndamonhangaba, Jacare, So Jos dos Campos, Caraguatatuba, TremembConstruo CivilConstruo de Edifcios 2,0% 5,0% SJCampos,Taubat,Jacare,Pindamonhangaba,Guaratinguet,SSebastio,Lorena,CruzeiroObras de Infraestrutura 2,0% 5,5% So Jos dos Campos, Caraguatatuba, Pindamonhangaba, Taubat, Bananal, UbatubaServios Especializados p/ Construo 1,7% 5,8% SJCampos,Guaratinguet,Jacare,Paraibuna,Pindamonhangaba,Caapava,Cruzeiro,SSebastioServiosTransporte Aquavirio 0,1% 13,0% So Sebastio, ParaibunaAlojamento 1,7% 14,0% S.Sebastio,Ubatuba,Campos Jordo,SJCampos,Ilhabela,Aparecida,Taubat,CaraguatatubaAlimentao 3,9% 5,3% SJCampos,Taubat,Jacare,SSebast.,Ubatuba,Guarat.,Caraguat.,Aparecida,Pindam.,Camp.JordoRdio e Televiso 0,2% 5,3% Aparecida, Cachoeira Paulista, So Jos dos Campos, TaubatServs.de Engenharia,Testes e Anlises Tcns. 0,8% 5,4% SJCampos, Queluz, Taubat, Pindamonhangaba, GuaratinguetServs.p/ Edifcios e Atividades Paisagsticas 4,2% 5,3% Taubat, SJCampos, S.Sebastio, Ubatuba, Caraguatatuba, Campos Jordo, Jacare, LorenaServs.de Escritrio e de Apoio s Empresas 3,8% 4,5% SJCampos,Taubat,Trememb,Caapava,Jacare,Lorena,Pindamonhangaba,GuaratinguetEducao 2,9% 4,1% SJCampos, Taubat, Jacare, Guaratinget, Pindam., Cruzeiro, Caraguat., Caapava., S.SebastioAteno Sade Humana 4,3% 5,0% SJCampos,Taubat,Jacare,Guaratinguet,Pindam.,Caapava,Ubatuba,Lorena,Caraguat.,CruzeiroAssistncia Social sem Alojamento 0,7% 9,1% So Jos dos Campos, Taubat, Jacare, Caapava, Ilhabela, TremembAtivs. Esportivas e de Lazer 0,5% 4,8% SJCampos,Guaratinget,Ilhabela,Pindam.,Taubat,Caraguat.,S.Sebastio,Ubatuba,Campos JordoAtivs. de Organizaes Associativas 2,6% 5,0% SJCampos,Taubat,Aparecida,Lorena,Caraguatatuba,Cachoeira Pta.,Ubatuba,Jacare,SSebastioComrcioComrcio Varejista 15,8% 5,1% SJCampos,Taubat,Jacare,Caraguat.,Guaratinguet,Pindam.,Ubatuba,SSebastio,Lorena,Cruzeiro

    Fonte: Ministrio do Trabalho e Emprego-MTE, Relao Anual de Informaes Sociais-RAIS, 2008. Elaborao: SPDR/UAM. Nota 1: para a seleo das principais atividades regionais foi utilizado um quociente de concentrao, comparando a participao de cada diviso de atividade no total de empregos da RMVPLN com a participao da mesma diviso no total do Estado. As atividades selecionadas foram as que apresentaram um quociente > 1, denotando ser uma caracterstica regional. Nota 2: os principais municpios aparecem em ordem decrescente de empregos.

    Na indstria extrativa, destacam-se os produtos de minerais no-metlicos, como areia, rochas britadas, cascalho, pedra, argila e quartzito industrial, cujas atividades aparecem com maior peso nos municpios do Vale do Paraba, destacando-se, em termos de empregos, Trememb (13,3% do total regional), Taubat (12,7% do total regional) e Jacare (12,0% do total regional). So Sebastio o municpio que mais concentra empregos nas atividades de apoio extrao mineral, abrangendo 90,5% do total regional.

    A indstria tem grande relevncia na regio, especialmente nos municpios situados prximos Rodovia Presidente Dutra, como So Jos dos Campos, Taubat, Cruzeiro, Pindamonhangaba, Caapava, Jacare, Guaratinguet, Lorena e Jambeiro, cujas atividades industriais possuem grande importncia econmica, tanto no contexto regional como no estadual. Os exemplos mais marcantes so as atividades de: Outros Equipamentos de Transportes, que engloba a indstria aeronutica e aeroespacial, que representa 57% do total estadual da diviso; a de Veculos Automotores, que abriga vrias montadoras de automveis e fabricantes de autopeas, contribuindo com mais de 10% do total paulista; e a Metalurgia, que d suporte s atividades do setor metalomecnico regional e representa mais de 9% do total estadual.

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    Equipamentos de Transporte Distribuio do Emprego RM do Vale do Paraba e Litoral Norte

    Fonte: MTE/RAIS 2008. Elaborao: SPDR/UAM.

    O setor de equipamentos de transportes que abrange a fabricao de reboques, carrocerias, veculos automotores e motos, alm de outros equipamentos de transporte, como o ramo aeroespacial tem especial importncia, representando 9,1% de todos os vnculos empregatcios regionais. Outros ramos do setor metalomecnico (metalurgia, produtos de metal e mquinas e equipamentos) tambm se destacam, abrangendo 5,3% dos empregos regionais, todos tambm com grande relevncia no contexto estadual. Alm dessas indstrias, o setor industrial da RMVPLN composto pelos segmentos qumico, petroqumico, blico e de defesa, de telecomunicaes, farmacutico, de celulose e papel, entre outros. Uma produo florestal de eucalipto e pinus, que se estende por vrios municpios, fornece a matria-prima para a fabricao de celulose e papel e de biomassa para usinas termeltricas. Nos municpios localizados ao redor da via Dutra, encontra-se um importante aglomerado de institutos de ensino e pesquisa, que do apoio indstria de ponta e ao setor tercirio. Nesse eixo, encontram-se vrias universidades pblicas e privadas, como a UNESP campus de Guaratinguet, a USP unidade de Lorena, a Universidade do Vale do Paraba, a Universidade de Taubat, alm de institutos de excelncia em ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnolgico, como o Departamento de Cincia e Tecnologia Aeroespacial e seus renomados institutos de pesquisa e de ensino superior: o ITA, o Instituto de Aeronutica e Espao-IAE, o Instituto de Estudos Avanados-IEAv, o Instituto de Fomento e Coordenao Industrial-IFI e o Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voos-IPEV, alm de centros de lanamento e setor de metrologia aeroespacial, com laboratrios de calibrao. O INPE, ligado ao Ministrio de Cincia, Tecnologia e Inovao, completa o quadro dos institutos de pesquisa aeroespacial formadores de mo de obra altamente especializada. Ainda, nos servios bastante diversificados da regio, tm papel relevante os de ateno sade humana que, junto com os servios de ateno sade humana integrada com assistncia social, abrangem 4,5%

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    do total de empregos regionais, destacando-se as atividades realizadas em hospitais de So Jos dos Campos, Taubat, Jacare e Guaratinguet. Devido ao peso que os aglomerados industriais, o comrcio e os servios tm na estrutura econmica da RMVPLN, as atividades da Administrao Pblica, mesmo representando 11,5% do total de empregos, tm pouco destaque no conjunto regional em comparao com a mdia do Estado. Essa diviso tem grande peso apenas na estrutura econmica dos municpios menores ou que possuem reas de preservao ambiental, como o caso de Arape, Areias, Natividade da Serra, So Jos do Barreiro, Redeno da Serra e Silveiras. Dada a sua prpria natureza, o comrcio incluindo o comrcio e a reparao de veculos automotores e motos, o comrcio por atacado e o comrcio varejista o setor que abrange o maior nmero de estabelecimentos (41,4%) e empregos (19,6%) do total regional. Ao contrrio dos municpios do Vale do Paraba, os municpios do Litoral Norte e da Serra da Mantiqueira, por terem maior peso das atividades tursticas, possuem uma estrutura econmica marcadamente terciria. A RMVPLN possui vrias estncias tursticas: Aparecida, que se sobressai pelo turismo religioso; as estncias climticas da Serra da Mantiqueira: Campos de Jordo, Santo Antonio do Pinhal e So Bento do Sapuca; Cunha, a estncia climtica da Serra do Mar; as estncias balnerias de Caraguatatuba, Ubatuba, So Sebastio e Ilhabela; as estncias histricas de Bananal e So Lus do Paraitinga; e as estncias tursticas de Trememb e So Jos do Barreiro, esta localizada na entrada da Serra da Bocaina. Por isso, uma das atividades de destaque regional a de alojamento, que aparece com grande peso no municpio-sede de So Jos dos Campos e nas estncias tursticas de Aparecida, Campos de Jordo, So Sebastio, Ubatuba e Ilhabela.

    Alojamentos Distribuio de Empregos RM do Vale do Paraba e Litoral Norte

    Fonte: MTE/RAIS 2008. Elaborao: SPDR/UAM.

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    Existe uma grande concentrao dos empregos nos municpios localizados ao longo da Via Dutra (So Jos dos Campos, Taubat, Jacare, Pindamonhangaba, Caapava, Guaratinguet, Lorena, Cruzeiro, Jambeiro, Aparecida, Cachoeira Paulista, Trememb e Roseira), em todos os setores econmicos: 63,5% do setor primrio, 74,3% da indstria extrativa; 96,4% da indstria de transformao, 87,6% da construo civil, 79,9% do comrcio, 85,7% dos servios de utilidade pblica, 71,3% da administrao pblica e 81,9% dos servios, totalizando 83,8% do total de empregos da regio. So Jos dos Campos a sede da regio e seu municpio mais populoso e complexo economicamente. Possui uma infraestrutura privilegiada, constituda pela Rodovia Dutra, que d acesso rpido metrpole paulista e ao Rio de Janeiro, por rodovias que permitem o acesso ao Litoral Norte, RA de Campinas, ao interior do Estado e a Minas Gerais, e por um aeroporto com capacidade de operar aeronaves de grande porte. Nas dcadas de 1950 e 1960, a cidade recebeu indstrias automobilsticas e de bens de consumo, como General Motors, Eaton e Johnson & Johnson. Na dcada seguinte, foi palco dos investimentos estatais aeroespaciais e de defesa e, posteriormente, de multinacionais, como Ericsson, Panasonic, National, Philips, Hitachi, Kodak, Kone Elevadores, entre outras, contribuindo para que grande parte de sua indstria fosse intensiva em capital e tecnologia. Seu cluster aeroespacial o mais importante do pas e leva o municpio a responder por 53,6% do total estadual dos empregos formais da diviso Outros Equipamentos de Transporte Exceto Veculos Automotores. Outros segmentos industriais do municpio com importantes participaes no total estadual so: automobilstico; petroqumico; equipamentos de informtica, produtos eletrnicos e pticos; celulose e papel; produtos diversos; produtos de metal, exceto mquinas e equipamentos; e manuteno, reparao, instalao de mquinas e equipamentos. Ainda, encontram-se em So Jos indstrias de produtos txteis, qumicos, de borracha e material plstico e de mquinas e equipamentos. O municpio abriga o principal polo aeroespacial do pas e a grande maioria das instituies de ensino e pesquisa que lhe do apoio, como o DCTA e seus institutos ITA, IAE, IEAv, IFI e IPEV, alm do ICEA e o INPE. Em decorrncia de seu desenvolvimento industrial, So Jos teve um forte crescimento do setor tercirio. Por isso, apresenta importantes participaes no total de empregos e estabelecimentos da regio e do Estado, em vrias atividades de servios de apoio s empresas e ao consumo das famlias, entre elas: servios de arquitetura, engenharia e anlises tcnicas; pesquisa e desenvolvimento cientfico; outras atividades profissionais, cientficas e tcnicas; seleo, agenciamento e locao de mo de obra; atividades de vigilncia, segurana e investigao; servios de escritrio e de apoio s empresas; transporte terrestre; servios financeiros; edio e impresso; servios de tecnologia da informao; atividades jurdicas, de contabilidade e de auditoria; alojamento; alimentao; seguros, resseguros, previdncia complementar e planos sade; servios para edifcios e atividades paisagsticas; educao; ateno sade humana; esportes e lazer; alm de comrcio atacadista e varejista. Em 2008, a construo de edifcios, as obras de infraestrutura, os servios especializados para construo e as atividades imobilirias tiveram destaque no conjunto de atividades do municpio, apontando para seu crescimento fsico.

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    VALOR ADICIONADO E VALOR ADICIONADO FISCAL

    Segundo dados da Fundao Seade, em 2010, o Produto Interno Bruto-PIB da RMVPLN, de R$ 61,70 bilhes, correspondeu a 4,9% do PIB estadual, sendo 90,6% do total gerado em apenas dez municpios: So Jos dos Campos (39,1%), Taubat (15,8%), Jacare (9,2%), Pindamonhangaba (7,6%), So Sebastio (5,1%), Caapava (3,9%), Guaratinguet (3,7%), Caraguatatuba (2,2%), Lorena (2,2%) e Cruzeiro (1,9%). O PIB de So Jos dos Campos, sozinho, representa 1,9% do PIB do Estado. Os dados de Valor Adicionado-VA utilizados para fins do clculo do PIB de 2010 mostram que a indstria regional gerou um VA de R$ 24.203,97 milhes, representando 46,5% do VA total da regio e 8,0% do VA da Indstria do Estado, tendo particular participao os municpios de So Jos dos Campos (44,0%), Taubat (17,2%), Jacare (10,0%), Pindamonhangaba (10,0%), Caapava (4,7%), Guaratinguet (3,3%), Jambeiro (1,9%), Lorena (1,9%), Cruzeiro (1,4%) e Caraguatatuba (1,0%). Os Servios geraram um VA de R$ 27.394,70 milhes, correspondendo a 52,6% do VA regional e 3,8% do VA do setor de servios do Estado, sendo que os municpios que contriburam de forma mais intensa foram: So Jos dos Campos (37,0%), Taubat (13,6%), Jacare (8,2%), Pindamonhangaba (5,8%), So Sebastio (5,6%), Guaratinguet (4,5%), Caraguatatuba (3,5%), Caapava (3,2%), Lorena (2,7%), Ubatuba (2,6%), Cruzeiro (2,4%), Campos de Jordo (1,7%), Aparecida (1,2%), Cachoeira Paulista (1,1%) e Ilhabela (1,0%), aparecendo, a, os municpios que mais contriburam para o VA industrial regional acrescidos de estncias tursticas, com destaque para So Sebastio, que tambm desenvolve atividades porturias. Embora com maior participao setorial, nos ltimos anos, os servios perderam fora em relao agropecuria e, especialmente, indstria, cujos anncios de investimentos continuaram sendo predominantes, nesse perodo, conforme mostra a seo Investimentos Industriais e de Servios na RM do Vale do Paraba e Litoral Norte.

    Composio Setorial do PIB RM do Vale do Paraba e Litoral Norte, 1999-2008

    Fonte: IBGE. Censos Demogrficos 1999 a 2010.

    Os dados de Valor Adicionado Fiscal-VAF, da Fundao Seade, so utilizados, aqui, para verificar a participao regional e estadual dos principais ramos da indstria da RMVPLN, do ponto de vista do valor

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    adicionado. Segundo estes, o VAF da RMVPLN de 2010, em reais de 2012, foi de R$ 52,27 bilhes, ou 6,4% do VAF total do Estado.

    O setor industrial, com R$ 35,36 bilhes, tem a maior participao setorial no VAF total da regio (67,6%), seguido dos servios (18,4%), do comrcio (13,8%) e da agropecuria (0,1%). Os ramos industriais que tiveram maior participao no VAF industrial foram os de Material de Transporte Montadoras e Autopeas (31,8%), Combustveis (22,9%), Produtos Qumicos (5,7%), Bebidas (5,0%), Produtos Alimentcios (4,1%), Metais Bsicos Ferrosos (3,9%), Produtos de Metal (3,8%), Mquinas e Equipamentos (3,5%), Papel e Celulose (3,1%) e Produtos de Minerais No-Metlicos (3,1%).

    A indstria regional contribui com 9,1% do VAF industrial do Estado, tendo maior participao no total estadual as indstrias de Metalurgia Bsica No Ferrosos (20,2%), Bebidas (18,3%), Material de Transporte Montadoras e Autopeas (17,8%)39, Combustveis (17,5%), Metalurgia Bsica Ferrosos (14,8%), Mquinas de Escritrio e Equipamentos de Informtica (14,6%), de Minerais No-Metlicos (9,6%), Papel e Celulose (8,3%), Produtos de Metal (7,3%), Material Eletrnico e Equipamentos de Comunicaes (6,9%), Produtos Qumicos (6,3%), Txtil (5,1%), Produtos de Plstico (4,7%) e Mquinas e Equipamentos (4,6%).

    Em 2010, o VAF do setor tercirio regional foi de R$ 16,83 bilhes, correspondendo a 32,2% do VAF total da regio, tendo o setor de servios contribudo com 57% desse total e o comrcio com 43%.

    A tabela a seguir mostra os municpios da RMVPLN que mais contribuem para o VAF das principais atividades industriais e tercirias regionais.

    Principais atividades, segundo o Valor Adicionado Fiscal-VAF RM do Vale do Paraba e Litoral Norte - 2010

    PARTICIPAO PARTICIPAOATIVIDADE NO TOTAL NO TOTAL PRINCIPAIS MUNICPIOS

    REGIONAL ESTADUALIndstria Extrativa 0,4% 7,9% Taubat,Trememb,Jacare,Roseira,Caapava,Pindam.,Lavrinhas,Cach.Pta.Indstria de TransformaoMat.Transporte - Montadoras e Autopeas 21,5% 17,8% So Jos dos Campos, Taubat, Cruzeiro, Caapava, Pindamonhangaba, JacareCombustveis 15,5% 17,5% (sem especificao dos municpios produtores)Produtos Qumicos 3,8% 6,3% Guaratinguet,Jacare,SJCampos,Caapava,Taubat,Lorena,Trememb,RoseiraBebidas 3,4% 18,3% Jacare, Taubat, So Jos dos CamposProdutos Alimentcios 2,8% 2,8% Caapava,Lorena,SJCampos,Taubat,Guarat.,Jacare,Cruzeiro,Pindam.,CunhaMetalurgia Bsica - Ferrosos 2,6% 14,8% Pindamonhangaba, So Jos dos Campos, Taubat, JacareProdutos de Metal 2,6% 7,3% Jacare,Pindam.,SJCampos,Taubat,Guarat.,Jambeiro,Lorena,Igarat,Sta.BrancaMquinas e Equipamentos 2,4% 4,6% Taubat, SJCampos, Jacare,Guaratinguet,Cruzeiro, Lorena, Pindam.,CaapavaPapel e Celulose 2,1% 8,3% Jacare, SJ Campos,Pindamonhangaba,Cruzeiro,Taubat,Guaratinguet,LorenaMinerais No-Metlicos 2,1% 9,6% Jacare,Caapava,Taubat,SJCampos,Lorena,Pindam.,Guarat.,Canas,CachoeiraPta.Mqs.de Escrit. e Equips.Informtica 1,5% 14,6% So Jos dos Campos e outros no especificadosMetalurgia Bsica - No Ferrosos 1,4% 20,2% Pindamonhangaba, JacareProdutos de Plstico 1,2% 4,7% Pindam.,Caapava,Taubat,SJCampos,Lorena,Jacare,Guarat.,Jambeiro,PiqueteProdutos Farmacuticos 1,2% 3,4% So Jos dos Campos, JacareTxtil 0,8% 5,1% Jacare,SJCampos,Guarat.,Igarat,Campos Jordo,Potim,Aparecida,S.B.SapucaMat. Eletrnicos e Equips.Comunicaes 0,7% 6,9% So Jos dos Campos, Jacare, Pindamonhangaba, TaubatArtigos de Borracha 0,5% 4,9% Jacare, So Jos dos Campos, Taubat, LorenaMqs., Apars. e Mats.Eltricos 0,4% 2,3% So Jos dos Campos, Lorena, Jacare, Taubat, PindamonhangabaServios 18,4% 5,4% SJCampos,SSebast.,Taubat,Jacare,Pindam.,Caraguat.,Guarat.,Caapava,LorenaComrcioComrcio Varejista 11,3% 4,7% SJCampos,SSebast.,Taubat,Jacare,Guarat.,Caraguat.,Pindam.,Ubatuba,CaapavaComrcio Atacadista 2,5% 1,2% SJCampos,Taubat,Guarat.,Jacare,Pindam.,Lorena,Cach.Pta.,Caraguat.,Cruzeiro

    Fonte: Fundao Seade. Elaborao: SPDR/UAM.

    39 Esta atividade inclui, alm de veculos automotores e autopeas, vrios outros segmentos, entre eles a construo de veculos ferrovirios, aeronaves e embarcaes e estruturas flutuantes.

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    As indstria de material de transporte (aeronaves, veculos automotores e autopeas), alimentos e bebidas, celulose e papel, produtos qumicos, produtos de minerais no-metlicos, metalurgia, produtos de metal, mquinas e equipamentos, equipamentos de informtica, produtos eletrnicos e pticos e produtos de plstico so atividades que se destacam tanto pelo valor adicionado quanto pelos empregos gerados. EXPORTAES E IMPORTAES Segundo dados do Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior, a balana comercial da RMVPLN foi deficitria, em 2009, com um dficit de US$ 2,60 bilhes FOB, exportaes de mercadorias e servios, que totalizaram US$ 7,30 bilhes, e importaes de produtos e servios no valor total de US$ 9,90 bilhes. As duas tabelas subsequentes referem-se, respectivamente, aos 40 primeiros produtos industriais e de servios das listas dos principais produtos exportados e importados pelos municpios da RMVPLN. As principais exportaes referem-se, em primeiro lugar, a outros equipamentos de transporte, onde tm destaque os produtos do complexo aeronutico, seguidos de veculos automotores e autopeas, combustveis, produtos de metal, produtos qumicos/farmoqumicos/farmacuticos, produtos de informtica e eletrnicos, produtos metalrgicos e produtos de defesa e blicos. Nas exportaes, existe um predomnio dos equipamentos de transporte e do setor metalomecnico, responsveis por 83,6% do valor total dos 40 principais produtos exportados, em 2009.

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    Principais produtos industriais exportados pela RM Vale do Paraba e Litoral Norte - 2009

    PRODUTOS MUNICPIO US$ FOB

    OUTROS EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE 4.057.746.242OUTS. AVIES/VECULOS AREOS So Jos dos Campos 3.107.866.131OUTS.AVIES A TURBOJATO So Jos dos Campos 695.672.639OUTS. PTES. P/AVIES OU HELICPTEROS S.J.Campos, Jacare 177.229.341EIXOS,RODAS E SUAS PARTES DE VECS. P/VIAS FRREAS Caapava 35.460.725TRENS DE ATERRISSAGEM E SUAS PTES,P/VEC.AREOS So Jos dos Campos 22.636.406OUTS. AVIES A TURBOLICE So Jos dos Campos 18.881.000

    VECULOS AUTOMOTORES E AUTOPEAS 725.745.418AUTOMVEIS C/MOTOR EXPLOSO,AT 6 PASSAGEIROS Taubat, S.J.Campos 387.305.709OUTS. VECULOS AUTOMVEIS C/MOTOR EXPLOSO So Jos dos Campos 128.924.654OUTS.VECULOS AUTOMVEIS C/MOTOR DIESEL So Jos dos Campos 87.904.692CAIXAS DE MARCHAS P/VECULOS AUTOMVEIS So Jos dos Campos 32.998.270OUTS.PTES.E ACESS.P/TRATORES E VECS.AUTOMVEIS Cruzeiro 27.179.295OUTS.AUTOMVEIS DE PASSAGS.,INCL.DE USO MISTO So Jos dos Campos 26.203.053PTES.P/ASSENTOS,DE OUTRAS MATRIAS Caapava 18.058.601PTES.DE OUTS.MOTORES/GERADORES/ELETROGENOS Taubat 17.171.144

    COMBUSTVEIS 460.231.264OUTS. GASOLINAS So Sebastio 425.735.638CONSUMO DE BORDO-COMBUST.E LUBRIF.P/EMBARCAES So Sebastio 18.199.924LEOS BRUTOS DE PETRLEO So Sebastio 16.295.702

    PRODUTOS DE METAL 387.180.138TORNEIRAS E OUTS.DISPOSITIVOS P/CANALIZAES Taubat 119.104.953TUBOS FERRO/AO,SOLD.LONG.ARCO,P/OLEODUTO Pindamonhangaba 68.989.226OUTS.CILINDROS DE LAMINADORES DE METAIS Pindamonhangaba 62.061.837CILINDROS DE LAMINADORES,FUNDIDOS,DE AO/FERRO Pindamonhangaba 44.649.033AGULHAS PARA SUTURAS So Jos dos Campos 30.042.973OUTS.TUBOS FER./AO,SOLD.LONG.SEC.CIRC.P/OLEOD. Pindamonhangaba 25.474.196OUTS.TUB.FER/AO P/PO.SUPR.PROD.EXTR.PETR/GS Lorena 21.337.338OUTS.TUBOS D/TIPOS UTILIZ.EM OLEODUT/GASODUTOS Pindamonhangaba 15.520.582

    PRODS.QUMICOS, FARMOQUMICOS E FARMACUTICOS 316.095.885OUTS.COMPOSTOS HETEROCCL.C/CLORO Guaratinguet 113.969.038OUTS.PENSOS ADESIVOS,ARTS.C/CAMADA ADESIVA So Jos dos Campos 69.328.068OUTS.FUNGICIDAS APRESENTADOS DE OUT.MODO Guaratinguet 56.047.767MORFOLINA E SEUS SAIS Guaratinguet 29.699.492HERBICIDA-BASE GLIFOS./SAIS/IMAZAQUIM/LACTOFEN So Jos dos Campos 27.186.518FUNGICIDA-BASE DE MANCOZEB/MANEB Jacare 19.865.002

    EQUIPS. DE INFORMTICA E PRODUTOS ELETRNICOS 219.990.848TERMINAIS PORTTEIS DE TELEFONIA CELULAR Taubat 133.440.575OUTS.MONIT.UTILIZ.EXCL.C/1MQ.AUT.D/POS.84.71 Taubat 62.085.437AP.TRANSM.TELEFONIA CELULAR P/ESTAO BASE So Jos dos Campos 24.464.836METALURGIA BSICA 135.276.187OUTRAS CHAPAS E TIRAS,DE LIGAS ALUMNIO Pindamonhangaba 135.276.187

    PRODUTOS DE DEFESA E BLICOS 41.408.267CARTUCHOS P/ESPINGARDAS/CARABINAS CANO LISO Jacare 26.282.982OUTS.ESPINGARDAS/CARABINAS P/CAA/TIRO-AO-ALVO So Jos dos Campos 15.125.285

    Fonte: Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior-MDIC, 2009. Elaborao: SPDR/UAM.

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    Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional Unidade de Articulao com Municpios Planejamento Regional 38

    Com exceo de combustveis, cuja exportao realizada apenas por So Sebastio, So Jos dos Campos destaca-se como um dos principais municpios exportadores em quase todos os segmentos industriais. Cabe destacar a importante presena de Pindamonhangaba na exportao de produtos de metal e metalurgia bsica, de Taubat em veculos automotores e equipamentos de informtica e produtos eletrnicos e de Guaratinguet em produtos qumicos.

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    Principais produtos industriais importados pela RM do Vale do Paraba e Litoral Norte - 2009

    PRODUTOS MUNICPIO US$ FOB

    COMBUSTVEIS 3.533.038.388LEOS BRUTOS DE PETRLEO So Sebastio 2.800.536.820"GASLEO" (LEO DIESEL) So Sebastio 390.549.797QUEROSENES DE AVIAO So Sebastio 222.969.712LEOS BRUTOS DE MINERAIS BETUMINOSOS So Sebastio 118.982.059

    OUTROS EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE 1.456.728.116OUTS. PTES. P/AVIES OU HELICPTEROS Taubat, SJCampos 841.008.016TURBORREATORES DE EMPUXO So Jos dos Campos 520.884.150OUTS.ASSENTOS P/VECS. AREOS,EXC.EJETVEIS Taubat 39.175.502OUTS.INSTRUMS.E APARS.P/NAVEG.AREA/ESPACIAL So Jos dos Campos 29.961.079TRENS DE ATERRISSAGEM E SUAS PTES,P/VEC.AREOS Taubat 25.699.369

    EQUIPS.DE INFORMT.,PROD.ELETRNS. E DE COMUNICS. 743.283.269DISPOSITIVOS DE CRISTAIS LQUIDOS (LCD) Taubat 234.166.437OUTS. CIRCUITOS INTEGRADOS MONOLTICOS Taubat 108.171.156OUTS.INSTRUMS.E APARS.AUTOMT.P/REGUL./CONTROLE So Jos dos Campos 85.320.763OUTS.PARTS.P/APARS.D/TELEFONIA/TELEGRAFIA Taubat 82.367.852CIRCUITOS IMPRESSOS Taubat 69.843.891GABINETES,BASTID.ARMA.P/APS.TRANSM./RECPTS. Taubat 37.767.064OUTS.APARS.E DISPOSIT.P/TRAT.MAT.MODIF.TEMPERAT. So Jos dos Campos 34.090.118APARELHOS DE RADIONAVEGACAO So Jos dos Campos 31.434.938MICROPROCESSADORES MONT.P/SUPERF.(SMD) Taubat 30.243.071OUTS. UNIDADES DE DISCOS PTICOS Taubat 29.877.979

    PRODUTOS QUMICOS 396.466.877OUTS.COMPOSTOS HETEROCCLICOS Guaratinguet 265.263.708GLIFOSATO E SEU SAL DE MONOISOPROPILAMINA So Jos dos Campos 38.051.133HERBICIDA DE GLIFOSATO/SAIS/IMAZAQUIM/LACTOFEN So Jos dos Campos 36.211.440OUTS.AMIDAS CCLICAS,SEUS DERIVADOS E SAIS Guaratinguet 29.940.044OUTS.FUNGICIDAS APRESENTADOS DE OUTRO MODO Guaratinguet 27.000.552

    METALURGIA BSICA 178.824.955LAMIN.FERRO/AO,QUENTE Pindamonhangaba 1