caracteristicas

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Conscientiae Saúde Universidade Nove de Julho [email protected] ISSN (Versión impresa): 1677-1028 BRASIL 2008 Camila Negretti Santangelo / Danieli Peixoto Gomes / Luiza de Oliveira Vilela / Tamy Shiozawa de Deus / Vinicius de Oliveira Vilela / Elaine Marcílio Santos AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS BUCAIS DE PACIENTES PORTADORES DE SÍNDROME DE DOWN DA APAE DE MOGI DAS CRUZES – SP Conscientiae Saúde, año/vol. 7, número 001 Universidade Nove de Julho São Paulo, Brasil pp. 29-34 Red de Revistas Científicas de América Latina y el Caribe, España y Portugal Universidad Autónoma del Estado de México http://redalyc.uaemex.mx

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avaliação das caracteristicas bucais,

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  • Conscientiae SadeUniversidade Nove de [email protected] ISSN (Versin impresa): 1677-1028BRASIL

    2008

    Camila Negretti Santangelo / Danieli Peixoto Gomes / Luiza de Oliveira Vilela / Tamy Shiozawa de Deus / Vinicius de Oliveira Vilela / Elaine Marclio Santos

    AVALIAO DAS CARACTERSTICAS BUCAIS DE PACIENTES PORTADORES DE SNDROME DE DOWN DA APAE DE MOGI DAS CRUZES SP

    Conscientiae Sade, ao/vol. 7, nmero 001 Universidade Nove de Julho

    So Paulo, Brasil pp. 29-34

    Red de Revistas Cientficas de Amrica Latina y el Caribe, Espaa y Portugal

    Universidad Autnoma del Estado de Mxico

    http://redalyc.uaemex.mx

  • Ed

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    rtigos

    Instru

    es p

    ara

    os autores

    ConScientiae Sade, 2008;7(1):29-34. 29

    RESUMO

    Os pacientes portadores da sndrome de Down tm alterao gentica resultante da tris-somia simples do cromossomo 21 e apresentam uma srie de alteraes bucais que o cirurgio dentista precisa conhecer para atend-los adequadamente. Assim, neste artigo, o objetivo avaliar as caractersticas gerais bucais de 20 pacientes da APAE, de Mogi das Cruzes, onde foi realizado exame clnico e aplicado questionrio, para identificar as al-teraes oclusais e os hbitos mais freqentes dos entrevistados. Os dados foram avalia-dos, utilizando-se o programa estatstico EpiInfo, verso 6.0, e o Harward Graphics, ver-so 2.0. As principais caractersticas bucais observadas foram macroglossia, hipotonia muscular, respirao bucal, palato ogival, poucas leses de crie e problema periodontal severo. As alteraes oclusais que prevaleceram foram a mordida aberta e a cruzada pos-terior, Classe III de Angle ou falsa, Classe III, em decorrncia da hipotonia muscular e macroglossia. Os resultados permitiram concluir que os pacientes apresentam alteraes oclusais provocadas pelas alteraes esquelticas e funcionais comuns em portadores da sndrome.

    Descritores: Alteraes oclusais; Mordida aberta; Sndrome de Down.

    ABSTRACT

    The patients with Down syndrome have a genetic alteration resulting from the simple tri-somy of chromosome 21 and present several oral alterations that dental surgeons ought to know in order to provide a good service. Thus, in this study, the aim was to assess the general and oral characteristics of 20 patients of the APAE from Mogi das Cruzes city, where they were submitted to examination and implementation of a questionnaire for assessing oral characteristics, occlusal changes and more frequent habits. The data were analyzed with the statistical software EpiInfo version 6.0 and Harvard Graphics, version 2.0. The main oral features observed were macroglossia, muscle hypotonia, oral breath, ogival palate, few cavities and severe periodontal disease. The most frequent mal-occlusions found in this sample were anterior open bite with posterior crossbite, Angle Class III or Pseudo-Class III due to muscle hypotonia and macroglossia. The results have enabled us to conclude that the patients have occlusal changes caused by skeletal and functional alterations, and which are frequently found in patients with the syndrome.

    Key word: Down syndrome; Open bite; Oral alterations.

    Avaliao das caractersticas bucais de pacientes portadores de sndrome de Down da APAE de Mogi das Cruzes SPAssessment of the oral alterations in patients with down syndrome of the APAE Mogi das Cruzes SP

    Camila Negretti Santangelo1; Danieli Peixoto Gomes2; Luiza de Oliveira Vilela3; Tamy Shiozawa de Deus4; Vinicius de Oliveira Vilela5; Elaine Marclio Santos61 Graduanda em Odontologia Universidade de Mogi das Cruzes2 Graduanda em Odontologia Universidade de Mogi das Cruzes3 Graduanda em Odontologia Universidade de Mogi das Cruzes4 Graduanda em Odontologia Universidade de Mogi das Cruzes5 Graduando em Odontologia Universidade de Mogi das Cruzes6 Doctor Dental Surgery/Science, PhD em Odontopediatria e Mestre em Patologia Bucal Faculdade de Odontologia da USP; Professora titular Universidade de Mogi das Cruzes

    EnDEREO pARA CORRESpOnDnCiA:So Paulo, SP [Brasil]

    E-mail:[email protected]

    Recebido em 26 nov. 2007 / aprovado em 31 mar. 2008

  • ConScientiae Sade, 2008;7(1):29-34.30

    Avaliao das caractersticas bucais de pacientes portadores

    Introduo

    Na rea da sade, tem-se observado aes multidisciplinares, exigindo a compreenso dos fatores biolgicos, sociais, comportamentais e ambientais determinantes do processo sade/doena1. Nesse contexto, insere-se a odontolo-gia, que preconiza a integrao de todas as es-pecialidades.

    Pacientes com necessidades especiais so aqueles que apresentam doenas e/ou condi-es que requerem atendimento diferenciado, por serem portadores de alteraes mentais, fsicas, orgnicas, sociais e/ou comportamen-tais2,3. A odontologia para portadores de neces-sidades especiais surge na busca pela insero social desse grupo e pela proposta de melhor atend-lo. Considerada especialidade em 2002, pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), sua criao se justifica pelo fato de que esses pa-cientes, alm das dificuldades por sua condio incapacitante, sofrem discriminao da socie-dade pelos profissionais de sade e at mesmo por seus familiares4,5.

    H aparente preocupao dos profissio-nais com esses pacientes; porm, na prtica, pouca ateno lhes tm sido dedicada. Na maio-ria dos casos, o profissional encontra-se despre-parado e inseguro diante dessa clientela6.

    Estima-se que hoje, no Brasil, exista pe-queno nmero de dentistas que atendem esses pacientes. Alm disso, o tratamento odontolgi-co dificultado pelo pouco conhecimento que possuem das suas principais caractersticas bu-cais, para determinar os procedimentos clnicos a serem realizados.

    Os portadores da sndrome de Down apre-sentam alterao gentica resultante da trisso-mia simples do cromossomo 21, e, por possu-rem uma srie de alteraes bucais e funcionais, sua freqncia em consultrio odontolgico grande. A partir disso, prope-se, neste tra-balho, avaliar as caractersticas bucais de por-tadores da sndrome, pacientes da Associao dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), de Mogi das Cruzes SP.

    revIso da lIteratura

    Na literatura, h vrios conceitos do que seria um paciente portador de necessidades especiais. A definio poderia ser [] aquele que apresenta desvios de normalidade de or-dem fsica, mental, sensorial, de comportamen-to e crescimento, to acentuadas, a ponto de no se beneficiar de programas rotineiros de assistncia7. Essa viso implica que os progra-mas de assistncia parecem no poder contem-plar essa clientela de forma sistemtica, pela inabilidade inerente de esses pacientes se rela-cionarem com a sociedade brasileira.

    Entre esses conceitos, percebe-se que o termo especial amplo, porque gera definies que se complementam e se reforam. O termo tambm relativo, pois depende das vises de normalidade que prevalecem em determinada sociedade e que, por sua vez, determinam as aes necessrias em relao a quem se desvia da norma.

    A International Association of Dentistry for Disabilities and Oral Health classificou esses pacien-tes em: desvios de inteligncia, defeitos fsicos e congnitos, desvios comportamentais e psquicos, deficincias sensoriais, doenas sistmicas crni-cas, doenas endocrinometablicas, problemas sociais, estados fisiolgicos especiais2.

    A sndrome de Down resulta, em 95% dos casos, da trissomia simples do cromossomo 21. Em 2% dos pacientes, evidenciam-se mosaicos cromossmicos; em 2%, h translocao de um dos trs cromossomos 21 para um cromossomo do grupo D; e, em 1%, a translocao ocorre com um cromossomo do grupo G21 ou 228.

    A sndrome de Down foi descrita pela primeira vez, em 1860, por John Down, ten-do sido a primeira anormalidade autossmi-ca analisada sendo mais comum em filhos de mes com idade superior a 30 anos8. A incidn-cia da sndrome de 1: 650 nascimentos vivos, sendo importante o aconselhamento gentico, principalmente das mes idosas, em razo de apresentarem maiores ndices de filhos com essa sndrome3, 9.

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    os autores

    ConScientiae Sade, 2008;7(1):29-34. 31

    Santangelo, C N et al.

    As caractersticas gerais dos portadores da sndrome de Down so as seguintes: faces achatadas, posio mongolide das fendas palpebrais, epicanto, nariz em sela pequeno, deformidades das orelhas, braquicefalia, re-gio occipital achatada9, pescoo curto e acha-tado, baixa estatura, mos e ps pequenos e largos9. So relatadas alteraes no sistema endcrino-metablico, envolvendo, principal-mente, as glndulas tireide e pituitria e no sistema hematolgico e gastrointestinal, alm de defeitos cardacos10.

    As principais caractersticas bucais rela-tadas so: mordida aberta anterior devido pseudomacroglossia e hipotonia lingual, geran-do deslocamento dos dentes e mandbula; res-pirao bucal; palato em ogiva, e tonsilas e ade-nides hipertrofiadas3, 11. A presena de vula bfida, fenda labial e palatina, mordida cruza-da posterior e de malocluso de Classe III, de Angle, ocasional10. Quanto s anomalias den-trias, as mais comuns so hipodontia, dentes conides, microdentes, hipocalcificao do es-malte, fuso e geminao. Observa-se tambm retardo na erupo e esfoliao dos decduos e permanentes3, 8.

    A incidncia de crie menor, sendo atri-buda a um aumento da capacidade tampo da saliva e tendncia ao bruxismo observada pe-las superfcies oclusais desgastadas8. Os dentes mais acometidos so os segundos molares infe-riores e superiores e os primeiros molares supe-riores, seguidos dos inferiores12.

    A pobre higiene oral e a alta incidncia de gengivite e doena periodontal so relevantes nos portadores dessa sndrome13, 14. Dessa forma, observa-se a importncia do correto diagnstico para atender s necessidades desses pacientes.

    MaterIaIs e Mtodos

    Este estudo foi aprovado pelo Comit de tica e Pesquisa da Universidade de Mogi das Cruzes, processo 76/07. Foram avaliados 20 pa-cientes, portadores de sndrome de Down, da APAE de Mogi das Cruzes, conforme solicitao

    tabela 1: Distribuio da amostra de acordo com fatores avaliados na anamnese

    Dados anamnticos

    Presena n

    % Ausncia

    n%

    Doenas sistmicas

    6 30 14 70

    Dificuldades motoras

    2 10 18 90

    Medicao 8 40 12 60

    Desvio de face 3 15 17 85

    Gosto ruim na boca

    4 20 16 80

    Dor na boca 3 15 17 85

    Rosto cansado 3 15 17 85

    Dor ouvido/ cabea

    4 20 16 80

    tabela 2: Presena de hbitos nocivos

    Hbitos nocivos Presena n %

    Deglutio atpica 11 55

    Respirao bucal 17 85

    Suco digital 7 35

    Mordedura de lbios 4 20

    Suco de bochechas 3 15

    Onicofagia 4 20

    Hbitos noturnos 8 40

    Interposio lingual 16 80

    do Comit de tica. Foi desenvolvido exame cl-nico para avaliao das caractersticas bucais de interesse apresentadas na literatura. Efetuou-se tambm o preenchimento de ficha anamntica para abordagem geral dos pacientes. Os da-dos foram tratados com programa estatstico EpiInfo, verso 6.0, na confiabilidade de 95%, e programa Harward graphics, verso 2.0.

    resultados

    As Tabelas 1 e 2 demonstram os dados ob-tidos com a anamnese e a presena de hbitos nocivos, respectivamente.

    As Figuras 1 a 3 demonstram os valores porcentuais dos achados clnicos apresentados pelos pacientes avaliados, referentes ao tipo de

  • ConScientiae Sade, 2008;7(1):29-34.32

    Avaliao das caractersticas bucais de pacientes portadores

    dentio, classificao de Angle e malocluso, respectivamente.

    dIscusso

    Os resultados demonstraram maior freq-ncia na raa branca e nenhuma diferena entre os

    FICHA DE ANAMNESE

    Nome:

    Sexo: ( ) M ( ) F Raa: Idade:

    Moradia: ( ) zona urbana ( ) zona rural

    Doena sistmica: ( ) S ( ) N Qual (is)?

    Tem dificuldades motoras?

    Toma medicamentos?

    Nome comercial:

    Posologia:

    Alimentao: ( ) deficiente ( ) satisfatria ( ) equilibrada ( ) desequilibrada ( ) restrita

    Consistncia: ( ) lquida ( ) pastosa ( ) fibrosa ( ) intermediria

    J foi ao dentista?

    J recebeu orientaes de higiene bucal?

    Quantas vezes escovas o dente por dia?

    Escova: macia ( ) mdia ( ) dura ( )

    Cabea: pequena ( ) mdia ( ) grande ( )

    Usa fio dental?

    Sente gengiva irritada, coar, doer?

    H sangramento gengival?

    Sente gosto ruim na boca?

    Sente a boca seca?

    Sente dor em alguma parte da boca?

    Sente o rosto cansado quando acorda?

    Dor de cabea/ouvido?

    Desvio(s)/Assimetria(s): ( ) S ( ) N

    Lbios: ( ) fechados ( ) entreabertos ( ) abertos

    Lubrificao/hidratao: ( ) ressecados ( ) normais ( ) hiperlubrificados

    Perfil facial: ( ) reto ( ) cncavo ( ) convexo

    Hbitos parafuncionais

    Deglutio atpica:

    Respirao bucal?

    Suco digital? Suco/mordida de lbios? Suco da bochecha?

    Onicofagia? Hbitos noturnos? Interposio de lngua?

    Mastigao: ( ) unilateral ( ) bilateral

    FICHA DE EXAME CLNICO

    Dentio: ( ) decdua ( ) mista ( ) permanente

    Higienizao: ( ) ruim ( ) regular ( ) boa ( ) mancha branca ( ) crie ( ) dentes ausentes

    Diastemas: ( ) fisiolgico ( ) patolgico

    Ocluso Cl Angle: ( ) mordida aberta ( ) mordida profunda OVERBITE ( ) sobressalincia OVERJET ( ) mordida cruzada ( )anterior ( ) posterior ( ) bilateral ( ) unilateral

    Ficha 1

    sexos (Figuras 1 e 2). Dos hbitos avaliados, obser-vou-se maior freqncia de respirao bucal, inter-posio lingual e deglutio atpica (Tabela 2). Esses dados concordam com os observados por Manzano, Salazar e Manzano15, Mugayar10, Guedes-Pinto8 e Baruffaldi3, que determinaram a respirao bucal como o hbito mais freqente desses pacientes.

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    Ponto d

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    os autores

    ConScientiae Sade, 2008;7(1):29-34. 33

    Santangelo, C N et al.

    Mustachi e Peres11 (2000) tambm citam a interposi-o lingual como de maior ocorrncia.

    A lngua desses pacientes tende a ser maior, considerando-se que essa macroglossia relativa, pelo pequeno espao encontrado para seu posicio-namento. Indivduos com essa condio anatmi-ca se sentem mais confortveis com a boca aberta e a lngua protuda, aparentando lngua aumen-tada. A macroglossia provoca deslocamento dos dentes e, conseqentemente, malocluso e hbitos bucais deletrios8. Ainda como conseqncia da macroglossia e da hipotonicidade da lngua, os l-bios se apresentam freqentemente banhados por saliva, o que leva irritao e a fissuras nos cantos labiais, queilite angular, facilitando a instalao de processos infecciosos10.

    As malocluses mais observadas, neste es-tudo, foram a mordida aberta e a cruzada poste-rior, isoladas ou associadas. Esses dados esto de acordo com os obtidos nos estudos de Manzano, Salazar e Manzano15 e Mugayar10. No entanto, diferem dos obtidos por Baruffaldi3 (2005), que detectou maior prevalncia de mordida cruza-da anterior e malocluso classe II. Autores como Brown, Schtodel, Pharm13 e Mugayar10 admitem alterao oclusal no-especfica.

    Os autores citados concordam que o hipo-desenvolvimento do tero mdio da face e do pa-lato ogival e a presena de pseudoprognatismo so comuns em pacientes portadores de sndro-me de Down3, 9. No entanto, a presena de vula bfida, fenda labial e palatina so ocasionais10.

    A anamnese e o exame clnico nesses pa-cientes devem ser detalhados, pois, em cerca de 40% dos casos, observa-se cardiopatia congni-ta e, em 3 a 7,5%, encontram-se defeitos do tubo digestivo, alm de maior susceptibilidade para infeces do trato gastrointestinal, respiratrias e urinrias, em razo da deficincia imune do sistema de linfcitos8.

    Quanto s anomalias dentrias, as mais co-muns so hipodontia, dentes conides, microdentes, hipocalcificao do esmalte, fuso e geminao3, 8.

    A incidncia de crie menor8, contudo a ineficiente higiene oral e a alta incidncia de

    Mista 35,0%

    Decidua 25,0%

    Permanente 40,0%

    Figura 1: Distribuio porcentual de amostra de acordo com o tipo de dentio

    CL II 15,8 %

    CL I 10,5%

    CL III 73,7%

    Figura 2: Distribuio porcentual de amostra; classificao de Angle

    MA 25,0%

    MAC + MCPB 20,0%

    MP 10,0%

    MAC + MCPU 10,0%

    MCPB 25,0%

    MCPU 5,0%

    MCA 5,0%

    Figura 3: Distribuio porcentual de amostra segundo a malocluso

  • ConScientiae Sade, 2008;7(1):29-34.34

    Avaliao das caractersticas bucais de pacientes portadores

    gengivite e doena periodontal so relevantes nos portadores da sndrome13, 14.

    Alm disso, o bruxismo tambm comu-mente encontrado, podendo ter como causas fa-tores de ordem emocional, malocluso, estresse e problemas neurolgicos8.

    Com isso, nota-se a necessidade de mais es-tudos que avaliem as caractersticas gerais e bucais de pacientes portadores de necessidades especiais, para que se possa desenvolver, na odontologia, a abordagem geral e a incluso desses pacientes no contexto de manuteno de sade bucal.

    concluso

    O paciente portador de sndrome de Down apresenta caractersticas bucais especificas, atri-budas a fatores ligados ao seu crescimento, de-senvolvimento e hbitos. Os resultados aponta-dos, neste estudo, permitem sugerir a tendncia de maior freqncia de instalao de malocluso de mordida aberta anterior e cruzada, alm de observar a respirao bucal e interposio lin-gual como os hbitos nocivos mais prevalentes.

    reFerncIas

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