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CAPÍTULO VIII DA EDUCAÇÃO Art. 199 - O dever do Município com a educação será efetivado mediante a garantia de: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso em idade própria; II - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; III – atendimento em creche e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade, preferencialmente, em período integral e coincidindo com o horário de trabalhos dos pais; IV - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; V - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VI - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; Parágrafo 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo, acionável mediante mandato de injunção. Parágrafo 2º - Para os fins do disposto no inciso II, o Poder Executivo poderá firmar convênios com escolas especializadas e regulares, através de lei. Parágrafo 3º - Na educação em creche ou em pré-escola, o atendimento à criança de zero a seis anos, será promovido por ação integrada de educação, saúde, assistência e promoção social. Art. 200 - O sistema de ensino municipal assegurará aos alunos necessitados condições de eficiência escolar. Art. 201 - O ensino oficial, no Município, será gratuito em todos os graus e atuará prioritariamente no ensino fundamental e pré-escolar. Parágrafo 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais do Município e será ministrado de acordo com a confissão religiosa do aluno, manifestada por ele, se for capaz, ou por seu representante legal ou responsável. Parágrafo 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa. Parágrafo 3º - O Município orientará e estimulará, por todos os meios, a educação física, que será obrigatória nos estabelecimentos municipais de ensino fundamental. Art. 202 - A lei assegurará a valorização dos profissionais de ensino mediante a fixação de planos de carreira para o Magistério Público com piso salarial profissional, carga horária compatível com o exercício das funções e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos. Parágrafo único. O Poder Executivo promoverá cursos de reciclagem e de aperfeiçoamento aos professores da rede municipal, no mínimo, quadrienalmente, com atribuição de ponto para promoção. Art. 203 - O Município promoverá censo e chamada anual da população escolar de pré-escola, do ensino fundamental e de educação especial para matrícula independentemente da faixa

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CAPÍTULO VIII

DA EDUCAÇÃO

Art. 199 - O dever do Município com a educação será efetivado mediante a garantia de: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso em idade própria; II - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; III – atendimento em creche e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade, preferencialmente, em período integral e coincidindo com o horário de trabalhos dos pais; IV - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; V - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VI - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; Parágrafo 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo, acionável mediante mandato de injunção. Parágrafo 2º - Para os fins do disposto no inciso II, o Poder Executivo poderá firmar convênios com escolas especializadas e regulares, através de lei. Parágrafo 3º - Na educação em creche ou em pré-escola, o atendimento à criança de zero a seis anos, será promovido por ação integrada de educação, saúde, assistência e promoção social. Art. 200 - O sistema de ensino municipal assegurará aos alunos necessitados condições de eficiência escolar. Art. 201 - O ensino oficial, no Município, será gratuito em todos os graus e atuará prioritariamente no ensino fundamental e pré-escolar. Parágrafo 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais do Município e será ministrado de acordo com a confissão religiosa do aluno, manifestada por ele, se for capaz, ou por seu representante legal ou responsável. Parágrafo 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa. Parágrafo 3º - O Município orientará e estimulará, por todos os meios, a educação física, que será obrigatória nos estabelecimentos municipais de ensino fundamental. Art. 202 - A lei assegurará a valorização dos profissionais de ensino mediante a fixação de planos de carreira para o Magistério Público com piso salarial profissional, carga horária compatível com o exercício das funções e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos. Parágrafo único. O Poder Executivo promoverá cursos de reciclagem e de aperfeiçoamento aos professores da rede municipal, no mínimo, quadrienalmente, com atribuição de ponto para promoção. Art. 203 - O Município promoverá censo e chamada anual da população escolar de pré-escola, do ensino fundamental e de educação especial para matrícula independentemente da faixa

etária do educando até noventa dias antes do início do ano letivo, dando publicidade de ambos, bem como do número de vagas disponíveis na sua rede física. Parágrafo 1º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Município, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. Parágrafo 2º - Considera-se educação especial a que, por suas características, e ministrada a educando merecedor de tratamento especial diferenciado, como: I - o deficiente físico, mental e sensorial; II - o superdotado. Art. 204 - Os recursos do Município serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei federal, as quais: I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros na educação; II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional ou ao Município, no caso de encerramento de suas atividades. Parágrafo único. É vedada a existência de bolsa de estudo que onere os cofres públicos. Art. 205 - O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I - cumprimento das normas gerais de educação nacional; II - autorização e avaliação de qualidade pelos órgãos competentes. Art. 206 - Todas as Escolas Municipais formarão Conselhos de Escolas, cuja constituição, competência, atribuições e normas de funcionamento serão estabelecidas e regulamentadas por lei. Art. 207 - Fica criado Conselho Municipal de Educação e sua constituição, atribuição e normas para o seu funcionamento serão estabelecidas e regulamentadas por lei.