capítulo ii – formação da imagem luz a palavra fotografia vem do

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Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do grego e significa “escrever com a luz” portanto para melhor compreendê-la é fundamental o bom entendimento do que é luz e sua participação na fotografia. A luz que vemos é apenas uma parte de um grande conjunto de raios que se propagam no ar, denominados raios eletromagnéticos. Esse conjunto de raios que conseguimos enxergar é chamado de espectro visível já que é a faixa que o olho humano está adaptado a detectar. Existem outros raios que não conseguimos fazer o mesmo como as ondas de rádio, das microondas, do som, etc. A luz é responsável por conseguirmos identificar os objetos. Para tanto, um objeto ou produz luz (como uma lâmpada ou o sol) ou então reflete a luz que chega nele (como essa apostila digital). È fácil entender: os raios de luz que se propagam no ar chegam na apostila, parte da luz é absorvida, outra parte “bate e volta” chegando nos nossos olhos fazendo com que a vemos. Agora sabemos porque conseguimos enxergar as coisas. O próximo passo é entender como a imagem se forma no nosso olho. Compreender isso é fundamental para entender como a imagem se forma na câmera fotográfica já que é exatamente o mesmo processo. Os raios de luz que são refletidos pelo objeto entram no nosso olho e passam pelo cristalino que funciona exatamente como a lente da câmera fotográfica ajustando o foco e tornando a imagem nítida. Esses raios (que formam a imagem) são projetados na retina que assim como o filme fotográfico possui elementos sensíveis à luz. A semelhança não para por aí. No olho humano essa imagem detectada é passada para o cérebro, no filme ela é fixada graças às substâncias químicas que contém, os chamados haletos de prata. Quando a luz chega no filme ela faz com que essas substâncias sofram um processo transformando-as em grãos de prata metálica, retendo-os na parte onde eles ficam, a emulsão. Quanto mais luz penetrar no filme, mais prata metálica se formará. Entretanto, ela ainda está em estado latente, ou seja, a ação da luz fez com que a imagem se fixasse lá, mas não conseguimos vê-la, por isso passará por um processo químico chamado revelação. Após a revelação se tem o negativo, que recebe esse nome porque as regiões que receberam mais luz são as que, como já foi dito, formaram mais prata metálica e, portanto ficarão com mais áreas escuras no negativo. Com o negativo em mãos já é possível identificar a cena fotografada. O passo seguinte é projetar a imagem do negativo em um ampliador sobre um papel fotográfico (que também é sensível à luz) e passá-lo por um processo químico que obteremos o que entendemos ser uma fotografia. Tipos de Câmeras Os modelos de câmeras são divididos de acordo com o tamanho do negativo que utilizam. O mais conhecido é o pequeno formato . Seu negativo tem a dimensão de 2 4x36mm mas habitualmente é conhecido por 35mm.

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Page 1: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do grego e significa “escrever com a luz” portanto para melhor

compreendê-la é fundamental o bom entendimento do que é luz e sua participação na fotografia. A luz que vemos é apenas uma parte de um grande conjunto de raios que se propagam no ar,

denominados raios eletromagnéticos. Esse conjunto de raios que conseguimos enxergar é chamado de espectro visível já que é a faixa que o olho humano está adaptado a detectar. Existem outros raios que não

conseguimos fazer o mesmo como as ondas de rádio, das microondas, do som, etc. A luz é responsável por conseguirmos identificar os objetos. Para tanto, um objeto ou produz luz

(como uma lâmpada ou o sol) ou então reflete a luz que chega nele (como essa apostila digital). È fácil entender: os raios de luz que se propagam no ar chegam na apostila, parte da luz é absorvida, outra parte

“bate e volta” chegando nos nossos olhos fazendo com que a vemos. Agora sabemos porque conseguimos enxergar as coisas. O próximo passo é entender como a

imagem se forma no nosso olho. Compreender isso é fundamental para entender como a imagem se forma na câmera fotográfica já que é exatamente o mesmo processo.

Os raios de luz que são refletidos pelo objeto entram no nosso olho e passam pelo cristalino que funciona exatamente como a lente da câmera fotográfica ajustando o foco e tornando a imagem nítida. Esses

raios (que formam a imagem) são projetados na retina que assim como o filme fotográfico possui elementos sensíveis à luz.

A semelhança não para por aí. No olho humano essa imagem detectada é passada para o cérebro, no filme ela é fixada graças às substâncias químicas que contém, os chamados haletos de prata. Quando a

luz chega no filme ela faz com que essas substâncias sofram um processo transformando-as em grãos de prata metálica, retendo-os na parte onde eles ficam, a emulsão. Quanto mais luz penetrar no filme, mais

prata metálica se formará. Entretanto, ela ainda está em estado latente, ou seja, a ação da luz fez com que a imagem se fixasse lá, mas não conseguimos vê-la, por isso passará por um processo químico chamado

revelação. Após a revelação se tem o negativo, que recebe esse nome porque as regiões que receberam mais

luz são as que, como já foi dito, formaram mais prata metálica e, portanto ficarão com mais áreas escuras no negativo. Com o negativo em mãos já é possível identificar a cena fotografada.

O passo seguinte é projetar a imagem do negativo em um ampliador sobre um papel fotográfico (que também é sensível à luz) e passá-lo por um processo químico que obteremos o que entendemos ser

uma fotografia.

Tipos de Câmeras Os modelos de câmeras são divididos de acordo com o tamanho do negativo que utilizam.

O mais conhecido é o pequeno formato. Seu negativo tem a dimensão de 24x36mm mas

habitualmente é conhecido por 35mm.

Page 2: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

As câmeras que oferecem esse tipo de negativo podem ser ou compactas (as que são mais conhecidas) ou as do tipo Reflex que oferecem entre outras coisas a possibilidade de trocar de lente de acordo com a

necessidade. Seu tamanho proporciona uma praticidade graças ao seu porte reduzido e ao baixo custo de materiais.

Câmeras Compactas: (35mm)

• Sistema de visão independente da objetiva • Acarreta erro de paralaxe (diferença de ângulo de visão da cena entre o visor e a objetiva)

• Diferentes sistemas de foco

Erro de Paralaxe

Page 3: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

Câmera compacta

Câmeras Reflex: (35mm)

• Permite visualização da cena fotografada através da objetiva utilizada para fazer a fotos, deste

modo, o que o fotógrafo vê é exatamente o que será registrado no filme. • Dispõe de diversos recursos que proporcionam melhor controle do resultado final (visualização

de profundidade de campo, controle do obturador, diafragma, foco, etc) • O nome REFLEX refere-se ao espelho que existe no interior do corpo da câmera que reflete a

imagem captada pela objetiva em um visor situado atrás da câmera.

Page 4: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

Câmera Reflex

Câmeras de Médio Formato

HasselBlad

• São câmeras que normalmente trabalham com filmes de rolo, apresentam um meio termo entre a agilidade e rapidez do 35mm e o sistema mais controlado dos grandes formatos.

• O tamanho do seu fotograma é maior proporcionando mais nitidez e menos granulação uma vez que ampliamos as imagens (em relação ao formato 35mm).

• O tamanho tradicional do fotograma é de 6x6cm, porém existem tamanhos diferenciados como 6x4½ cm, 6x7cm, 6x9cm, etc (retângulos aproximados ao tamanho proporcional da imagem).

Câmeras de Grande Formato

Sinar

• São câmeras consideravelmente grandes, desajeitadas. Devido ao seu peso, é essencial o uso de

tripé. • Em seu controle preciso, podemos ter absoluto poder ao posicionar os planos das objetivas e dos

filmes. Muito importante para correção de perspectivas.

Page 5: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

• O filme utilizado é em chapas, podendo assim ser revelado um a um. O tamanho padrão é o 4x5”,

porém existe também o 5x7”, 8x10” e 11x14”polegadas.

Acessórios

Filtros: São acessórios com finalidades técnicas ou simplesmente para efeitos (com uso criativo). É preciso

saber o diâmetro de sua objetiva, caso deseje adquirir um filtro. Essa informação está na própria objetiva e é identificada por um número e o sinal de diâmetro (ex.: 52θ).Eles podem ser feitos de vidro, gelatina ou

cristal

Filtros não cromáticos: U.V (Ultra Violeta): É usado para reduzir o excesso de U.V. (ultravioleta) e para proteção da objetiva.

SKY LIGHT 1A e 1B: Usado para dar um tom levemente aquecido nas fotografias e também para proteger

a objetiva.

N.D (Densidade Neutra): É um filtro de coloração cinza que reduz a intensidade de luz de maneira uniforme. Pode ser encontrado em diferentes densidades (ND2, ND4, ND8).

POLARIZADOR (PL): Este filtro reduz os reflexos de superfícies brilhantes, com exceção das metálicas.

Nos filmes coloridos, satura as cores, enquanto nos filmes P&B, escurece determinadas áreas, causando maior dramaticidade. Existem dois tipos de PL, o Linear e Circular (indicados para câmeras AF).

CLOSE UP (+2, +3, +4): Eles funcionam como lentes de aumento, usado em fotografias macro. Em geral

reduzem a profundidade de campo e causam perda de definição nas bordas.

DIFUSOR: Provoca uma leve desfocalização na imagem, evitando o aparecimento de detalhes. É um filtro de efeito.

PRISMÁTICO E ESTRELA (cross screen): Também um filtro de efeito que provoca a multiplicação das

imagens ou forma estrelas em focos de luz.

Filtros cromáticos: São empregados para alterar a cor da luz. O uso de qualquer filtro colorido, combinado com o filme day-light (balanceado para a luz do dia), e sob a luz do sol ou do flash, acarretará

em alteração das cores da cena. Tais alterações podem apenas ter o objetivo de criar um efeito ou de corrigir a cor predominante da luz.

Page 6: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

FL-W: É um filtro de coloração magenta usado para corrigir o tom esverdeado emitido pelas lâmpadas

fluorescentes comuns.

80A: Tem coloração azulada e é usado para corrigir o tom amarelado emitidos pelas lâmpadas de tungstênio de 3200K.

Tripés: Não são todos iguais, uns são frágeis, de plástico (mais barato) e sem muita sustentação à máquina fotográfica, outros, de alumínio (ou fibra de carbono) podem ser ótimo investimento. Normalmente usamos

quando vamos fotografar com pouca luz e temos que expor o filme durante mais tempo. Segurando a máquina na mão, nestas condições, provavelmente a cena sairá tremida. O tripé nos permite compor a

imagem com mais cuidado e possibilita o ajuste de pequenos detalhes.

Propulsor: É também chamado de “disparador” e pode ser encontrado como Disparador de Cabo ou

Disparador de Ar. É usado para não deixar a câmera tremer durante o disparo do obturador.

Disparador de cabo: é envolto em um tubo plástico que poderá ser parafusado na câmera fotográfica. Fazemos o disparo manualmente. As maiorias dos cabos mecânicos possuem uma trava, assim podendo

manter o obturador aberto por muito tempo. Disparador de ar: Pressionamos suavemente uma bomba de ar, e esta dispara o obturador sem vibração

nenhuma. Não é tão preciso quanto o disparador de cabo.

Page 7: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

propulsor de cabo

Equipamentos para limpeza de lentes: É importante manter o equipamento fotográfico sempre muito

limpo, para isso, podemos contar com um Kit, que deve conter: uma bomba de ar (pequena), uma flanela antiestática e lenços de papel (apropriados para limpeza de lentes). Lembre-se que as superfícies tratadas são

bem frágeis, exigindo muita cautela.

Filmes

Page 8: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

A película do filme fotográfico é composta por algumas camadas básicas:

Emulsão: camada fotossensível de gelatina , onde estão suspensos os cristais de prata.

Base: Suporte físico do material sensível, normalmente acetato.

Camada anti-halo: Absorve toda a luz que passou pela gelatina e evita que uma forte luz refletida sobre o filme volte a incidir em forma de círculos ao redor do ponto de luz.

Camada anti-espiralizante: Impede a retração da emulsão, que provocaria o enrolamento do filme.

Divisão dos filmes:

• Filmes negativos: (Cor e Preto-e-branco) Mostram a gradação de cor e de contraste invertida. • Filmes Cromo/positivos/slide/reversível: mesma composição do negativo, porém durante o

processamento é transformado e mantêm a mesma relação de tonalidade da cena original. • Filmes infravermelhos (IV): Utilização científica, alto contraste.

Sensibilidade do filme: Quantidade de luz que o filme deve receber para reter informações luminosas.

Denominações da sensibilidade segundo três sistemas métricos

Page 9: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

ASA (American Standards Association)

DIN (Deutsche Industrie Norme) ISO (Internacional Organization for Standardization)

• Baixa sensibilidade: 25, 50, 64 • Média sensibilidade: 100, 125, 160, 200

• Alta sensibilidade: 400, 800, 1600, 3200

Quanto maior o ISO de um filme, menor a quantidade de luz (exposição) ele precisara e vice-versa.

Quanto maior o ISO, mais sensível é o filme e menor é a definição da imagem.

Definição:

• Poder de resolução (detalhes) • Acutância (nitidez) • Granularidade (grãos)

ISO 100 ISO 400 ISO 1600 - menor grão (cristal de prata)/ maior definição/ menor ISO

- maior grão (cristal de prata)/ menor definição/ maior ISSO

Código DX: São barras impressas no filme que informam a sensibilidade, o tipo de emulsão e o número de poses. A leitura do código DX é feita automaticamente por um sensor de barras, encontrado na maioria dos

modelos de câmaras fotográficas, dispensando o fotógrafo da preocupação com a regulagem de

ISO/ASA/DIN.

Temperatura de cor A coloração predominante numa determinada fonte de luz pode ser medida pela temperatura de cor dada em Kelvin.

Page 10: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

Kelvin (K): unidade de medida usada para medir a qualidade relativa das fontes luminosas que podem variar

entre 2000 K até mas de 10000 K

Ao aquecer um corpo negro a medida em que a temperatura se eleva o corpo negro adquire nova coloração, partindo do vermelho (temperatura mais baixa) para o azul (temperatura mais alta). Max Planck

Do ponto de vista da física a luz vermelha é considerada cor fria enquanto a azul é considerada quente. Portanto, este fato difere das questões sensoriais onde a relação cor quente e cor fria se inverte.

Tipos de Luz Valores aproximados (em kelvin) Céu azul 8 000 K

Lâmpada fluorescente do tipo luz do dia 6 500 K

Luz de um dia com céu limpo e flash 5 500 K

Nascer e pôr do sol 3 200 k

Lâmpada doméstica de tungstênio 2 800 K

Chama de uma vela 2 000 K

Fernanda Romero

Objetivas:

Dispositivo óptico composto de um conjunto de lentes (côncavas e convexas) utilizado no processo de focalização da cena. É responsável pelo enquadramento e pela qualidade ótica da imagem.

Page 11: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

Compostas por:

- anel de foco (nitidez da imagem) - anel de zoom (altera distância focal)

- anel de diafragma

Família das objetivas:

Objetiva GRANDE ANGULAR: ...(olho de peixe) 8mm, 15, 17, 20, 24, 28, 35mm...Amplia-se o campo de visão, mais objetos são vistos na cena.

Objetiva NORMAL: 43 a 60mm. Enquadramento próximo ao olho humano.

TELE objetivas: 80, 105, 180, 210, 300, 500, 1000mm...Aproxima objetos distantes, diminui o campo

de visão.

Fixa: única distância focal (24mm, 50mm, etc).

ZOOM: várias distâncias focais na mesma objetiva (28-70mm, 70-210mm, etc). Permite que o fotógrafo aproxime e afaste da cena fotografada sem sair do lugar.

Objetivas MACRO: Permite menor distância foco, uma aproximação maior do objeto a ser fotografado.

Grande Angular Normal Tele Objetiva

Distância Focal: Distância entre o centro óptico da objetiva (ponto nodal) e o plano do filme.

Page 12: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

A distância focal da objetiva determina o ângulo de visão, dando a impressão de aproximação ou distanciamento do objeto a ser fotografado.

Quanto maior a distância focal, maior a imagem, menos objetos na cena, menor o ângulo de visão. Quanto

menor a distância Focal, os efeitos são opostos. Quanto maior à distância, menor o ângulo de cobertura e maior a aproximação que a objetiva produz

relativamente aos objetos focados e vice versa.

Obturador, diafragma e Profundidade de Campo Obturador: Controla o intervalo de tempo que a luz vai atingir o filme. É um dispositivo de tempo

Page 13: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

São 4 elementos que compõem o obturador:

- Cortina do obturador (de plano focal) - Disparador (aciona a cortina)

- Alavanca de arraste / motordrive - Anel de obturador

Denominações das velocidades

30”; 15”; 8”; 4”; 2”; 1”;

2 ( ½ ); 4; 8; 15; 30;

60; 125; 250;

500; 1000; 2000; 4000 (1/4000)

Velocidades baixas: ... 1”; 2; 4; 8; 15; 30 (recomendado uso de tripé)

Velocidades médias: 60; 125

Velocidades altas (rápidas): 250; 500; 1000...

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Velocidade Baixa Velocidade Alta

B (bulb) ou T Tempos longos

Tempo determinado pelo fotógrafo Pode ser acionado com cabo disparador, timer

(temporizador) da câmera, etc.

Fotografia em B (bulb)

Diafragma: Sistema mecânico, ajustado manual ou automaticamente, que controla a quantidade de luz que

passa pela objetiva e atinge o filme. É composto de diversas lâminas sobrepostas que se ajustam, abrindo e fechando, semelhante a uma íris. Determina o diâmetro da abertura pela qual a luz vai passar.

Determinação das aberturas: 1 1,2 1,4 2 2,8 4 5,6 8 11 16 22 32 45 64 Aberturas pequenas: 45; 32; 22; 16; 11

Aberturas médias: 8; 5.6

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Aberturas grandes:4; 2.8; 2; 1.4; 1.2; 1

Nomenclaturas:

• 1:4 ou 1:2.8 (4 ou 2.8 são as aberturas máximas da objetiva)

• Para uma Objetiva Zoom 35-80mm: 1:4.5 ~ 5.6 ( zoom para 35mm, maior abertura = ƒ 4 e zoom para 80mm, maior abertura será ƒ 5.6)

• Identificamos o diafragma com a letra ƒ

Profundidade de Campo: Uma região localizada à frente e atrás do plano focalizado em que os objetos estão aparentemente nítidos.

As grandezas que influenciam diretamente na determinação da profundidade de campo são:

Abertura da lente

Diâmetro do círculo de confusão

Distância focal da lente

Page 16: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

Distância do objeto a lente

Muita profundidade de Campo Pouca profundidade de Campo

• Quanto maior a abertura do diafragma, menor será a profundidade de campo.

• Quanto maior a distância focal (tele objetiva) menor será a profundidade de campo.

• Quando nos aproximamos do objeto, há uma perda de profundidade de campo (ex: fotografia

macro).

Fotômetro: Sua função é medir a quantidade de luz que atinge o filme fotográfico e transformar em

determinada abertura do diafragma, velocidade do obturador, para uma determinada sensibilidade de filme, determinando assim a exposição correta.

Como vimos, está ligado as seguintes variáveis:

- ISO - diafragma

- obturador

• A exposição do filme é a função do tempo durante o qual a luz atinge o filme (controlada pelo obturador), e a intensidade da luz (determinada pelo diafragma).

• A exposição correta é a que permite que o filme receba uma quantidade de luz adequada à representação das variações de iluminâncias de determinada cena, dentro dos limites da

latitude do filme. • O valor de exposição (VE) representa a iluminância de determinada cena. De acordo com a

sensibilidade do filme (ISO), o VE indica as duplas de abertura e velocidade que correspondem à exposição correta.

Page 17: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

Exposição = Intensidade de luz x Tempo

Regulagem dos fotômetros:

V 1” 2 4 8 15 30 60 125 250 500 1000

ƒ 1 1.2 1.4 2 2.8 4 5.6 8 11 16 22

ISO 25 50 100 200 400 800 1600 3200

Visualização dos Fotômetros:

Page 18: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

Tipos de Fotometria:

Page 19: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

SUBEXPOSIÇÃO: Nota-se quando um negativo é atingido por pequena quantidade de luz,

produzindo negativos claros e, como conseqüência, cópias muito escuras.

(-) Imagem escura SUB EXPOSTA

SUPEREXPOSIÇÃO: Nota-se quando um filme é atingido por quantidade excessiva de luz,

produzindo negativos muito escuros e, conseqüentemente, cópias muito brancas.

(+) Imagem clara (lavada) SUPER EXPOSTA

Page 20: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

Foco:

• Anda sempre paralelo ao plano do filme

• Área da imagem que esta nítida • A focalização pode ser feita por um anel localizado no corpo da objetiva (para câmeras reflex),

quando no modo manual, ou através do botão disparador (meio toque), quando no modo automático.

Visualização de Foco em algumas câmeras

Page 21: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

Foco no 2º plano Foco no 1º plano

Contra Luz

Como fotografar a cena:

• Para as pessoas saírem bem expostas, fotometrar próximo a elas. Em seguida, afastar e enquadrar a

cena. Teremos como resultado pessoas bem expostas e o fundo estourado (muito claro). • Para o fundo sair bem exposto, fotometrar com a câmera apontada para a alta luz (fonte de luz).

Teremos como resultado um fundo bem exposto e a silhueta das pessoas. • Também há a possibilidade de tirarmos uma média da exposição da cena.

Page 22: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

Fernanda Romero - São Paulo, 2004

Fernanda Romero - Chile, 2005

Flash: Foi na década de 30 que surgiram as lâmpadas de flash, elas eram preenchidas de oxigênio e em seu interior tinha uma folha de alumínio e um material explosivo, onde disparado por uma bateria, provocava a

combustão do metal.

Flash Eletrônico: Basicamente, consiste em dois elementos fundamentais, bulbo ou lâmpada (contendo

gases especiais) e a fonte de energia elétrica (elétrica comum, bateria e pilhas secas).

Modalidades de uso do Flash:

Manual: o cálculo da exposição é feito manualmente, seguindo o número guia de cada flash.

Page 23: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

- Número guia (NG): Resultado da multiplicação da distância flash-assunto (d) pelo valor do diafragma (f):

NG = d.f

Automático: Utiliza um sensor para medir a luz que reflete da cena fotografada.

TTL: O sensor está colocado dentro da câmera e recebe a luz do flash refletida através da objetiva (through the lens).

Formas de Utilização do Flash:

Direto: Colocado sobre a câmera e frontalmente a cena fotografada.

Rebatido: Direcionar o flash para uma superfície com boa capacidade de reflexão, como o teto, parede, etc. Valoriza formas e texturas.

Preenchimento: Quando usado junto a luz natural, pode iluminar um pouco as áreas de sombra, tornando alguns detalhes mais aparente.

Velocidade de Sincronismo:

Para usar qualquer tipo de flash temos que saber a sua velocidade de sincronismo. Este sincronismo refere-

se ao intervalo de tempo entre a abertura da cortina do obturador e o disparo do flash. Ambos devem acontecer exatamente no mesmo momento. Para isto, necessitamos de uma velocidade específica que

dispare o flash no exato momento em que o obturador esteja totalmente aberto para atingir o pico máximo de luz. Caso contrário, a imagem terá a interferência da cortina do obturador, que não teve tempo suficiente

para fechar.

Page 24: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

Erro na velocidade de sincronismo

Linguagem: enquadramento, planos, ângulos, ponto de vista, perspectiva, intersecção dos terços e plasticidade

COMPOSIÇÃO:

Arranjo harmonioso de diversos elementos que podem compor a imagem fotográfica. Citando como

exemplo temos formas, linhas, volumes, tons, luzes e sombras. O ângulo, a perspectiva, a profundidade de campo, cor e tons de cinza, juntos e bem dispostos, podem compor e dar equilíbrio a uma fotografia.

ÂNGULOS: Explorar as diversas possibilidades de enquadramento (horizontal, vertical,

de cima, de baixo, ponto de vista de criança, etc.)

MOLDURAS: Usando um elemento no primeiro plano (portas, janelas, folhagens, formas, etc) pode dar maior destaque ao objeto principal. Cuidado para que a composição não acabe sem

sentido!

PLANOS DE ENQUADRAMENTO:

• Grande Plano Geral: visualização ampla do ambiente, sem detalhes. • Plano Geral: ainda plano aberto, sem envolvimento emocional.

• Plano Médio Aberto: permite ver objeto principal (2/3 imagem) e fundo com maior destaque.

Page 25: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

• Plano Americano: Melhor visualização do elemento no 1º plano (joelho

para cima). • Plano Médio: Observamos a expressão do objeto em 1º plano com mais

detalhes (cintura para cima). • Plano Médio Fechado: Envolvimento emocional acentuado (3x4).

• Plano Close-up: Transmite maior emoção, sensibiliza com facilidade o espectador.

• Plano Macro ou detalhe: Imagens muito detalhadas.

PERSPECTIVA: Melhor procedimento para criar a sensação de tridimensionalidade na

fotografia. Ponto de fuga, ilusão de ótica, perspectiva paralela/linear e redução de escala são características deste tópico.

PONTO DE VISTA: trabalhar diferentes ângulos de enquadramento, não ter medo de

ousar ao compor a fotografia.

RETÂNGULO AUREO: Existem alguns números que divididos entre si apresentam

como resultado uma forma harmônica. O retângulo fotográfico (negativo, ampliações) obedece a um determinado princípio de proporção. A partir daí usamos a “Regra dos

Terços” ao compor.

INTERSECÇÃO DOS TERÇOS: Baseia-se em proporcionar imagens mais equilibradas

e agradáveis visualmente. Dividimos o visor da câmera em 9 quadrados proporcionais (traçando duas linhas na vertical e duas na horizontal). Todos os cruzamentos e posição

das linhas são lugares apropriados para colocarmos o elemento principal.

INTERSECÇÃO

Page 26: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

PLASTICIDADE: Há diversas maneiras de ressaltar determinados elementos na

composição.

• TEXTURA: Podem produzir efeitos e ressaltar detalhes de uma maneira bem interessante.

• LINHAS: Explorar elementos que possam trazer uma leitura mais fluente da imagem.

• FORMAS: Determinados ângulos criam desenhos, a utilização das sombras e composição da luz.

• CORES: Trabalhar com elementos coloridos pode trazer grande impacto à imagem fotográfica.

• TONS: A exploração da variação tonal pode dar mais força a uma fotografia.

Fernanda Romero - Formas, cor e linhas

Fernanda Romero - Repetição de formas Tons

Page 27: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

Fernanda Romero- Perspectiva João Kulcsar – ângulos de enquadramento

Fernanda Romero - Textura

Fernanda Romero - Intersecção dos terços

Page 28: Capítulo II – Formação da Imagem Luz A palavra fotografia vem do

Fernanda Romero - Luz e sombra Moldura

Fernanda Romero – ângulos de enquadramento

Fernanda Romero – pontos de vista