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ANNO 23 CAPITAL FEDERAL, 1898 N? 73 8 capital¦7FUNDADA EM 1876 íèmestre HZo \ A correspondência e reclamações devem ser dirigidas I j^^ »££- 1 Avulso1SOOO ,Á RUA DA ASSEMBLEA, 61 (1" ANDAR)X Avulso18000 ESTADOS Anno258000 V 7 m lÕT çji ívuano uirunoíao, ff-esidente. e&tl~o do estado de líTlniUS, e c^h& deye To.notv -posse, do seu Ccti-^o -no t2i«,fclt Sehntêro vh^do^o-

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ANNO 23 CAPITAL FEDERAL, 1898 N? 73 8

capital¦ FUNDADA EM 1876íèmestre HZo \

A correspondência e reclamações devem ser dirigidas I j^^ »££-

1 Avulso 1SOOO Á RUA DA ASSEMBLEA, 61 (1" ANDAR) X Avulso 18000

ESTADOSAnno 258000

V 7

m

lÕT çji ívuano uirunoíao,ff-esidente. e&tl~o do estado de líTlniUS, e c^h& deye To.notv -posse, do seu Ccti-^o

-no t2i«,fclt Sehntêro vh^do^o-

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REVISTA ILLUSTRADA

te Wd^èdd -2ddt^A/A j^AÍ ''>!£?AWP»

CAPITAI, FF.IiF.llAL— latim u,-.,.i

ESOMPTOKIO K RKDAOÇXoKua èa Àssembléa n. 61, sobrado

ASS1GNATURASOAVITAI. KSTAIUK

Anno 25S000 Anno 25S000

PAGAMENTO ADIANTADO

A71SCAos nossos assignantes que se acham

¦cm aira~o rogamos a fineza de mandaremsatisfazer a importância das suas assigna-turas, podendo feirvc]-o em vale do correioou cai Ia registrada com valor declarado.

Desde ja lhes agradecemos mais esleobséquio.

Silviano Brandãonome de Silviano Brandão,

í(cujo retrato orna hoje aÉpag-ina de honra da Re-

Wmvista IlluslradaJ é uma tra-dicção na historia politica

_ Jjjjde nossa pátria : representaa Republica e a Abolição.

Signatário do manifesto de 3 deDezembro de 1870 e d. projecto Dantas,sobre a abolição do elemento servil,membro do Congresso Constituinte doEstado de Minas, secretario do interior,no governo do Dr. Affonso Penna, pre-sidente do Senado Mineiro, em todosesses postos elle não mentio ao seu pas-sado de liberdade, aos seus compri-missos tradicionaes com a causa da Re-publica, a que tem servido com dedi-cação e patriotismo inexcediveis.

Do honrozo posto de presidente doSenado Mineiro, veio tiral-o o mesmopovo dessa generosa terra, por uma vo-íaçãode perto de cento e vinte mil votos,para o alto cargo de presidente do Es-tado, de que tomará posse a 7 de Se-tembro próximo futuro, e no qual, éconvicção de todos quantos conhecem asua alta capacidade politica, irá conquis-tar novos direitos à confiança de seuscompatriotas, que o encaram, com jus-iiça, como uma das mais brilhantes es-

Dr..sís^SBiSa

{WmÊÊÊÊÈv'

¦O^f-A

peranças.no glorioso futuro da RepublicaBrazileira.

Inquestionavelmente o mais popu-lar chefe político do Esiado, o illustreDr. Silviano Brandão acercado e apoiadopor todos os elementos republicanos deMinas, vae abrir, estamos certos, no seuperíodo governamental,horizontes novosà politica mineira, inaugurando ali,como na União fará o Dr. Campos Sal-les, um genuíno governo presidencial,pela responsabilidade absoluta de seusactos, como chefe de facto do PoderExecutivo.

Para iao não faltam ao illustrepresidente eleito de Minas Gcraes ne-nhum dos predicados exigidos, para arealização de um programma de governoeffectivamente republicano, pois, sobre-tudo, posstie um requisito indispensávelpara êxito dessa obra de patriotismo: —a auetoridade moral derivada do apoiosincero c leal que lhe prestam o povomineiro c os chefes políticos de maiorprestigio em todas as zonas do vastoe prospero Estado, cujos destinos, emboa hora, lhe foram confiados !

lUiCâCfSin./jA Congresso já funeciona, ha três

'mezes, e, n'esse período ainda nãofoi votado um único orçamento,

isto é, a sua missão constitucional nãofoi sequer iniciada. O tempo tem-se gas-to em ardentes discussões políticas, de-bates sobre assumptos retrospectivos,recriminações sobre acontecimentos maldefinidos, emfim, um dispendio enormede forças, em pura perda.' E o cambio,- a cotação dos nossostítulos, o decrescimento das rendas, osgemidos da louvara, o arquejar das in-dustrias, os stertores do commercio eos soffrimentos do povo, continuam namesma.

Provimos isto, desde esse dia fatalcm que o governo interveio na câmarapara reeleger a mesa, que se havia exo-nerado, desencadeando-se o vendaval deparlamentarismo, que tem trazido a naudo estudo em pandarecos e os tripulan-tes fora tle si e bem atrapalhados comas manobras.

Como o governo, desde esse dia,creou nas duas casas do parlamento umamaioria sua, que ao Cattete vae recebero santo e a senha, toda a responsabili-dade d'esses factos recae. inteira e esclu-siva, sobre os antigos que o sustentam.

E' claro que a maioria das duascasas do parlamento, dirigiudo^o tra-balhoe pondo na ordem do dia as quês-toes que mais a interessam, é a únicaculpada da esterilidade d'esta sessão, quecm 3 mezes de discussão incandescen-te, não votou uni orçamento, c tem-seexliaurido de eloqüência e de esforços,em questões de nonada, cm luctas terri-vris por questões de palavras, quasi emvias de facto por não qtieier a opposiçãoconcordar em que o governo é um anjoe até tem duas azas nas costas.

A quem traz essas questões politi-cas para o debate, em vez da calma cdo estudo dos orçamentos; a quem pelassuas maiorias dirige os trabalhos doCongresso ; a quem parece empenhadosó em aniquilar os adversários, pela pri-são, pelo sitio e pelos prolongamentosd'essas medidas odiosas; a esses, comodizíamos, cabe inteira a responsabilidade,do tempo precioso que perdemos, quan-do a moratória nos entra pela portadentro, a miséria a iodos ameaça, e opovo se exaspera, sem saber o que oaguarda, no dia de amanhã.

E não é tanto o presente, que nosimpressiona, como as dificuldades queessa má orientação vae creando para ofuturo.

Estamos a findar uma situação agi-tada, que não soube conservar o cambioá taxi a que o recebeu ; em cujas mãoso credito do Brasil desceu a limitesignorados e o governo e a sua maiorianem olham sequer para o dia de ama-nhã...

Vem ahi o Dr. Campos Salles e osque se dizem seus amigos, nem lheaplainam sequer o caminho, dando-lheum bom orçamento e seguindo uma poli-tica de moderação, que lhe permitta ini-ciar com esperanças o seu governo. Emantendo esses assumptos incandescen-tes, como a licença para processar depu-tados e senadores, divide o paiz em doisexércitos, que se esphacellam, n'umaverdadeira guerra civil.

Mais ainda: pela deplorável direcção,que as suas maiorias dão ao Congresso,parece até que os inventores do sitioeleitoral, não lhe darão sequer os meiosde governo, que geralmente não se ne-gam nem aos adversários, quanto maisaos amigos!

As maiorias da Câmara e do Senado,que dirigem os trabalhos das duas casasde parlamento, parece que não pensammesmo, que a futura situação, não pôdeprescindir dos orçamentos, creando-lheassim serias diíficuldades, só porque

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REVISTA ILLUSTRADA

o eleito, tem manifestado opiniões,muito mais de accordo com o regimen,mas qne não teem agradado Ia pelasalturas.

O mais elementar bom senso, deviaaconselhar ao governo, a aíl.tstar datela da discussão iodos esses assumptosde pura politicagem, qne elle tem postonu ordem do dia, e envidar esforços, paraque n'um terreno commum, como o domelhoramento das condições do paiz, secongraçassem todos os esforços damaioria e da opposição, preparando oterreno para o governo qne ahi está asurgir, em meio das esperanças de todosos bons republicanos.

A esterilidade do Congresso cabepois a quem o dirige, e não aos que sedefendem das medidas violentas, que ogoverno procura obter, para reduzir áimpotência os seus adversários.

Se o seu empenho fosse votar bonsorçamentos para o seu suecessor, e accal-mar as paixões que lavram como umincêndio, ja n'estes tres mezes de sessão,passados em pura perda, nós teríamosalgumas medidas salvadoras, que fossemaproximando o cambio da taxa em queo Dr. Prudente o recebeu das mãos doMarechal Floriano c que como todossabem foi a de 12 e meio.

Infelizmente, ainda estamos quasia metade do caminho e parece-nos,mesmo que ha de ser difícil ao Dr. Pru-dente, nos quatro mezes que lhe restamcumprir a sua promessa solemne dedeixar isto melhor do que encontrou.

Emfim, vamos ver...

^É$^%.*r

V&>y G'0 &-**p

ETW1Í0 fmwwtTive comungo esse perfume ideadoDe amadas flores, hoje enimiircliecidas,— Forte revelação deste passadoL>a noite em que m'as deste, então colhidas.

Guardo-as como se guarda o mais sagradoAmuleto, talvez, ns mais queridasHoras de amor. de gozo insaeiado.Dentro em dois corações, em duas vidas...

Pois que taes flores para mim. agora,São tens olhos que falam, meus anociosMão que me estendes, luz do t-ju sorriso !

Flores cujo perfume rememoro,Eternisa um passado de receios.Con funil indo uni porvir c uni paraizo !

Vital Foxteneli.r

hí- íeHA'"''

%jcvista continua, nogosoda sua importante saúde,graças á gentileza dos seusamigos e assignantes, sem-ire pródigos em seus tes-

jtenuinlios ile apreço, etambém um pouco (diga-se

a verdade!) devido á reclame do Dr. Ed-wiges de Queiroz, que tencionou cha-mal-a á sua presença, como noticiaramtantosjornaes do interior, mormente osde S. Paulo, que apoiam o governo e...bebem inspirações na policia.

A coisa esteve meia seria, assimcheirando a chamusco, porque o Sr. Ed-wiges não é para brincadeiras ; mas... nãopassou de boato.

Também havia de ter graça essa in-t rvenção contra a liberdade da im-prensa, partida dos homens que d'ellafizeram uma bandeira, mormente paradescompor os adversários.

E lá se foi um reclame onça, e umepisódio, que, com certeza havia de sermuito divertido e dar bom resultado,para as nossas paginas illustradas. Foipena.

ff

Um telegramma de Roma, publi-cado em quasi todos os jornaes diz, litte-ralmente, o seguinte:

«Chegaram á exposição de Turimos 3 selvagens brasileiros, originários deMatto Grosso.»

Jà, em um dos números passadosnos oecupamos d'este assumpto, profli-gando o procedimento do auctor de talespeculação e agora só temos a notar aindifferença do nosso governo, que con-sente em tal villesa.

E não hão de querer depois, que sediga que o Brasil é um paiz de bo-tucudos!

E' incrível.¦X- »

Uma gazetilha do Jornal do Com-mercio nos informa da existência do ei-dadão Manuel Bernardes de Sá, residemte na Villa de S. Pedro de Aldeia (Esta-do do Rio) e que tem a bagatella de166 annos de idade, gozando perfeitasaúde e até praticando heroicidades, co-mo essa de ter salvo a vida do bispo dePetropolis, que, ao atravessar, a cavallo,o Rio Vidal, perdeu o equilíbrio e foilevado pela corrente, sendo salvo pelolegendário ancião.

O povo do lugar, resolveu mandar-lhe fazer o retrato a óleo, para ser coi-locado n.\ matriz da freguezia.

Nós, se pudéssemos obter umaphotographia, com prazer daríamos emnossas columnas o retrato d'essepatriar-cha, provando assim ao mundo quantoo nosso paiz é saudável e bom, poiscom prazer qualquer dos seus desafei-coados não se dana de ahi viver os i6t»annos do Sr. Bernardes, casando-se 6 ve-zes, como elle etc. e tal pontinhos.

!Ia coisas!.Para dar o parecer na Câmara, fa-

lavoravei á licença para processar oscollegas, foi escolhido o Sr. ArroxellasGalvão, cujo nome evidentemente sederiva de arrocho.

Já Balzac o dizia e nós o temosrepetido muitas vezes: ha nomes quesão predestinações.

Agora, regeitado esse miserandoprojecto, e livres os representantes dediversos Estados d'essa perseguição, oseu auctor passará a ser conhecido porAffroiixellas Galvão...

Antes assim.-< *

Uma correspondência dos EstadosUnidos noticia, que sempre que chegama qualquer porto d'ali os navios que ogoverno brazileiro vendeu aos ameri-canos, ha grandes manifestações ao Bra-zil, vivas e applusos aos seus grandesamigos do Sul, mostrando-se essenobre povo enthusiasmando comnosco.

Ora, segundo é publico, o nossogoverno negociou o ex-Amazonas e o>ex-Abreu com a Hespanha, sob a condi-ção do pagamento à vista, e como estapedisse um paaso e os Estados Unidosfizessem o dito pagamento logo, ficaramestes com os navios e mais o ex-Niclhe-rohy.

Cremos que até ahi, da nossa parte,não pôde haver mais completa neutra-lida.ie.

Cs americanos, porém, festejam-nose levam a gentileza ao ponto de con-servarem, até hoje, as armas brazileiras,á proa pos ditos navios.

Ciemos que isto denota verdadeiraamizade e sympathia.

Quando saberemos corresponder attudo isso?

Uma das manias d'este Rio deJaneiro é pintar os edifícios públicos de

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/7f\ í- _/* - / _ f- J ) _?• ^r\ ^. OfftptTtçío pptrpt. o retrctto de. Pedro I, -,-ehrodpt% ._P™5t^g**&> À/fF^W.e**,™*^^ (3Sm^s e „ í?BMBra. C„„A„„^ „ JW ^f,. oiauetuAaPrlslorioaeincinc «X. _Pw* &^diversos representes de, tlotçoto, os „„,«. «I. jw.. „_ «•''"»«"» o/W-Xk «_ /,«»,« /«»_ »«= processo. Q Sm: fteidenh Je. A ,mpemdor etdamost : Hi 'K&W' F

qne o C-f-ftfe pio Os lei pio se reli rptyçt e que estetvpt loreppirpfndo ets motifets. /Z r'„„„,}'* r 1- r /*' }- - j i /"*.'_ D l V I X J ' !Nt. ¦ _S*?^ V? h,I ' - 0 ¦ ao '"f'i "• ^/WoreHls

jtcoee esleipefxclo, mas }ettx-merilc,-„e,o perdeel ot^- — Conto e parec o Ot-ne ele todos. . . jtk ™'"%t

tSW 1/—Veiam.... 17010 brinquem, cfui eiíe iálWKmo devlreis. 0 ¦• efico! JiSLa. ^^sáíi^BS^-~-á^^»^^A ii

~Z^ &H-r0ftet coiitnipxoL ot. ckiefatritos -nahctrts estrenedosets CAÍr j i- o eessuni,ttpíOy Çeítirmente fpt tivemos iioltciots does

preteminPtrlt doe pois entre os ésteedos-Unidos e a dêespanRoe, ais-libertação ole. Cuia, Aitihfpms e. íirloÃco, tres qetoi-

teve-hcío a-> peerueiioies que floco muitaes esperpt-rieois.

/f* Qppt-roppi, coritnipipL ot, cttemxritos iiotteteis estvcnedostxsdots mpniijestptcões teitets 1101 riifoutvitecL èJvontCâXat/hql tjtoiiic*,dc, noitfastre íõvCcf-m/oos Spilus,-n0iro preside-nk efeito.(Ònl Vorleiefal essts Itshtmtrmos de otprlço cttcqoirotrrs ao plttiriol

... .üfts, sobretudo oi pu $up& ytsitpt. d 7[_t )¦?*«, Irpfz-nos o fnii^rc Trest-(dentl Pt. íd&vtcptQ tdo spfjoa,, que, todas esperam seipe tinte* vôoe tjdp*sçãt!t

¦hetrot o seu qòvevnp . cA\yintenta.

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REVISTA ILLUSTRADA

amarello. causando a mais deplorávelimpressão as pessoas reccmdiegadas, ásquaes essa côr traz logo ã jjtia a ícbrt;amarella. Fallando-se n'isto, dizia umapessoa :

Essa côr devia ser prohihida.Oi.tro acrescentou :

Era o caro de exclamar com o.Marechal Eloriano :

Pinte de verde eviva a Repu-blica!

Pela cidade temos notado ultima-mente algumas cisas novas, como tim-los engraçados. Eis alguns:

A' Kòtre Damedo Cattcte.A'cidade de Minas (?)Ao Raunier de S. Lhristovão.Ao Barbeiro deSivilha.A imaginação humana não pára.

•t/ir * y.

__ Logo que começou a guerra entreos Estado Unidos ca Hespanha, um dosnossos collegas fez uma estatística quemuito nos entristeceu. Allegando quena barca de Petropolis se reunia um pu-blico selecto — a classe dirigente, inque-riu da opinião d'essas diversas pessoasc obteve o seguinte resultado :

Em favor da Hespanha 73Em favor dos Estados Uuidos. 17Simplesmente deploráveis e esses

algarismos.,.Felizmente, se tosse feita hoje a es-

tatistica, o resultado seria bem diverso.Haveria muitas adhesões.

* *Mais uma vez o nosso jury foi

pedir hospitalidade a uma casa estranha.Hontern era no Cassino, hoje no

Conselho Municipal, amanhã onde será ?Uma instituição santa, e que nem

siquer tem domicilio! E ninguém seim-porta com essa vergonha...

Pobre judeu errante.*

Sempre que ha alguma agitaçãonos espiritos é fácil notar que um ououtro sebastianista, que ainda por ahiexiste, faz qualquer demonstração.

Ahi para os lados da cidade nova,tínhamos lido, n'uma parede, escripta alápis, a seguinte phrase :

— Biba Amunarquia.Pouco depois, estando á espera de

um bond, vimos passar um d'esses ve-hiculos, levando na plataforma de trazum 4 ou 6 sujeitos, de mau aspecto.N'esse ponto havia um guarda.para abrira chave, e mais algumas de pessoas espe-rando conducção. No passar o tal bondum dos sujeitos voltou-se para nòs e

tim álbumPenitrl me

Esta amargura que em meu peito mora.Como um verme na polpa de uma fruta.Se vem do amor que Ie votei, SenlioiaCcroii-n a minha natureza bruta.

Culpa não tens si uma alma sonhadoraFecha ouvidos a ludo. a nada escutaI? abre dos sunbosa encantada grutaV. vae sonhando pela noite em fora...

Como em trevas nm brando e iuimenso Isigo.Sem escolher no ceu, rellecte os astros,A csiila afago dás 11111 (mtroafago :

.Mas não tens culpa si um ingênuo crenteSonhou te sua. a te seguir os rastros.Contra o que Use dizia Ioda n isente...JN:!7.

HoliTEXCIO Mlàl.T.O.

A LIBERDADE E A LICENÇAntagonismo formal é o queexiste entre essas duas pa-

k lavras, qui hurknt dc se trou-*\. Z.'cr ensemble, assim como a

^-incompatibilidade das suas"v-||respectivas significações,

~r bastaria, por si sò, para mos-quanto a questão resolvida pelodescabida, no nosso re-

Viva a monarchia!O guarda chaves, promptamente,respondeu-lhe:

Viva a cachaça !..

trar,Congresso eragimen.

Quando os tribunaes já se mani-testaram, como o fez o Dr. Affonso deMiranada e concedendo o Supremo Tri-bunal o habecis corpos de 16 de abril,celebre nos nossos annaes judiciarias,tudo por falta de provas—é impertinenteque se insista n'um assumpto que é umaverdadeira perseguição politica.Para ter a liberdade.é forçoso escluira licença, e se ao arbitrio do governoficasse esta faculdade, adeus para sempreá opposição e adeus aos artigos da Cons-tituiçãoque dizem que o Congresso nãopode em hypoihese alguma ser dissolvido,pois isso ficará sendo um simples capri-cho do governo.

Pois si os mais competentes, os tri-lunacs, dizem que nâo ha indicies quaes-quer, como se insiste, por politica cmarrancar a um poder independente umacto que 6 a sua completa annullação ?

Custa mesmo a crer, que se estere-lise um mez de sessão, c se excite a pai-xâo, de uni ladoe do outro, só por esseprazer dos deuses—vil em nosso século,de ver sofrer o adversário.

Não 1 Esse pedido dc licença nâopodia ser aprvoado pelo Congresso, ea sua concessão lançaria a nossa socièda-de, no caminho das peiores aventuras.

Honra, pois ao Senado e á Câmaraque, nobre c altivamente, repeli iram essapretensão insólita do oceaso de um o0lverno.

A@fow£

LUIZ DETEZIMoço ainda, mas já provecto peloestudo e pelos dons de um bello espi-

ajto, sonhando a Republica forte e que-rida do povo, foi elle, justamente, oescolhido pela fatalidade, para o sacri-ficio,_ á sanie d'esta capital, que, comoo Minotauro, não se sacia de victimas.

Feito á custa dos próprios esforços,a caminho já das altas posições em que'prestaria relevantes serviços, não só aoseu estado, mas à pátria brazileira, vemos,de repente, cahir o lutador, ferido dèmorte, por invisível inimigo, o únicotalvez que existisse para elle, pois mesmoentre os adversários nâo se contava umsó, que do fundo do seu coração nâo oestimasse.

Morreu no seu posto, honrando arepresentação nacional e o Estado deMinas que tanto esperava d'elle, cobrindode lueto o coração de uma familia es-tremosa e o dos seus innumeros admi-radores.

A Revista llluslrada perdeu n'elle,também, um amigo dedicado, e consa-gra-lhe estas linhas, como merecidotributo a um grande coração e a um es-pirito aberto a todos os emprehendi-mentos generosos.

Sonhador da Republica, só teven'ella os dias amargos e de provações,,que todos temes atravessado. E quandotalvez uma éra mais risonha vinhaalvorecendo sobre o horisonte, a mortesubtrahiu-lhe esse prêmio, o maior talvezque o seu patriotismo ambicionasse.

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REVISTA ILLUSTRADA

Conliccendo-o tle perto, nosso pe-sai- ií lão intenso, como o tios seus con-terreneos, que n'elle depositavam tantasesperanças.

Rcpouze em paz o luetador da dc-mocracia, e que seus companheiros re-dobrem de esforços, nüo para preenchera sua falta, que essa ti irreparável, mas

para honrar-lhe a memória, engrande-cendo as instituições que elle tantoamava e das quaes foi um dos funda-dores, como signatário da constituição¦republicana.

mSm

W«GUARany do inolvidavel

Semestre Carlos Gomes fazjÉactualmente as delicias dos

Ifrequentadores do Lyrico.Á Sra. Maragliano e os

jjSrs. Demitrcsco, Rotolio,Bellogamba"c De Marco, foram muitoapplaudidos.

A empreza continua a cumprir fiel-mente a sua promessa: d'ahi a sympa-thia dc que gosa e os applausos do pu-blico.

Em maré de enchente anda o thea-tro Éden, onde trabalha a Companhiade Zarzuclas.

Com um repertorio>ariado, esco-lhido e bem interpretado, tem chamadoaquelle theatro um publico selecto e

que não poupa applausos aos bons ar-tislas de que é quasi composta a Com-

panhia.Actualmente conta-se ali as Zar-

ztielas Canncla, Uma boda ou a Vnelladei Vivera e a engrasçadissima Marchaele Cadq.

* *Frank Brotnvn, desembarcou destá

vez, no Rio de Janeiro, com o pé di-reito. O S. Pedro enche-se todos asnoites e os amantes do gêneros de di-vertimento ali exibidos não regatearapalmas aos bons artistas que a Franktrouxe comsigo.

Para mostrar aos seus admiradoresque o único desejo da empreza é agra-dal-os, faz ella representar agora a afa-afamada pantomina aquática em que

100.000 litros d'ítgua inundam a pistaem ¦> i segundos !

llurrah! ao Frank!* *

A excellente Companhia do Apollo,depois de muitas enchentes e muitaspalmas com a mágica 'BorboklJ de Ourovai conquistar novos applausos com arepresentação da peça O comboio n. 6 deGastou Marot.

Não descansa a empreza do Apo'lo;as novas peças suecedem-se sem des-canso, c o que é mais, tudo que alli vaeà scena é bom caprichosamente veslido,e deslumbrantemente enscenado.

E o publico... ora, o publico...* *

Annuncia a empreza do Recreio a

primeira da peça em tres actos O subprefeito e a Zarzuela- Marcha da Çodi^traduzida, esta, por Azeredo Coitinho.

O popularissimo actor Brandão,que é a actividade em pessoa, não tem

poupado esforços para acreditar a em-'preza de que taz parte, e a Companhia,

de que é um dos mais poderosos es-teios.

Estas qualidades devem merecer do

publico um pouco mais de gratidão eesta revela-se enchendo-se o Recreiotodas as noites.

Deve íazer beneficio no Apollo oactor Peixoto.

Este nome é por só um reclamo.O Peixoto ha de ver-se atrapalhado

na noite de sua testa para servir todo oRio de Janeiro.

Prehidios, Saulehiios, Aslcroides e outrose mais agora Saklliles.

O poeta que estréa, Vital Fonte-nelle, não levando em conta a cartaprelacio do seu melhor amigo, que 6seu mestre, Alberto de Oliveira, quo ohonra bastante, pois acha que o seulivro tem inspiração e cullo de forma,merece todo o nosso applauso, poispoucos têm a sua envergadura de artista,de burilador do verso.

A musica das rimas dos Saklliles ésuavíssima, cdolce, captivante.

Continue Vital Fontenelle a traba-lhar para as lettras, pouca importânciadando aos medalhões, sempre firmenas suas convicções de artsta indepen-dente.

Quem produz um livro como oSaklliles, tem o dever de não esmorecer,tanto mais quanto está consignado queo poeta entrou com pé direito...

Antes de terminar, agradecemos agentileza do mimo, artisticamente con-feccionado na casa Mont'Alverne, e pe-dimos ao poeta para não deixar na pro-messa, unicamente, os seus tres livros :Ideal, Lavorcs e Cenyra,

X.

Jl Mensageira, n. iS anno i°.Interessante revista, dedicada às

senhoras, e por ellas dedigida, comcritério e apuro litterario.

O presente numero contem leituraagradabilissima.

Esta publicação vê a luz na Capi-tal de S. Paulo.

* ' *D. Quixole de La Mancha, íasci-

culo i°.Publicação .Ilustrada por Celso

Herminio.Exellente leitura.

LIYEiO DA PORTASATELLITES

Versos de Vital Fontenelle, com umacerta-prefacio de Alberto de Oliveira.

1898.—Casa MonfAiverne.

Ainda mesmo com o cambio a

7 1/16 é um prazar compulsar-se umlivro de versos.

O anno de 189S tem sido fertilis-simo; Nimbiis, Slakgmilts, Fkmmuks,

JlWIS©

Como prêmio, aos nossos assignantes quemandarem satisfazer a importância das suas assi-gnaturas, oferecemos um dos seguintes desenhos,próprios para quadro:"Allegoria" ao visconde do Rio Branco e álei de 28 de Setembro.

"Allegoria" ao general Ozorio.Retratos dos presidentes da Republica, for-

inato grande, a duas impressões;"Ketrato" de Saldanha Marinho."Fasciculos" das Aventuras do Zé Caipora.B outros ainda onde poderão escolher, o

que mais lhes agradar.

Page 7: capital¦7 FUNDADA EM 1876 - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/332747/per332747_1898_00738.pdf · Provimos isto, desde esse dia fatal cm que o governo interveio na câmara para reeleger

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cjeietsi i 'rito. ^Ht foeitet forte.'¦¦..