capela da serra -- oculi

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Um espaço de compromisso com o reino de Deus e sua justiça, de oração e convivência da unidade cristã e de celebração de uma espiritualidade sacramental historicamente enraizada e culturalmente encarnada. “Aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede” ________________________________________________________________ Celebração da Palavra e da Mesa, 27 de março de 2011

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Liturgia para o 3o. Domingo da Quaresma

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Page 1: Capela da Serra -- Oculi

Um espaço de compromisso com o reino de Deus e sua justiça, de oração e convivência da unidade cristã e de celebração de uma  espiritualidade  sacramental  historicamente  enraizada  e cultural‐mente encarnada. 

 

 “Aquele que beber da água que  eu lhe der nunca mais terá sede” 

 

 

 

 

________________________________________________________________ 

Celebração da Palavra e da Mesa, 27 de março de 2011 

 

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O sofrimento produz paciência 

♫ Prelúdio 

Leitura de Abertura: Salmo 25.15‐18 (Oculi mei..., v. 15)  

Saudação  

[Acolhida e referencia ao 3º Domingo da Quaresma. Dia Mundial da Água (22/03)] 

Oração (silêncio) 

Leitura do Primeiro Testamento: Êxodo: 17.1‐7 

17.1 O povo de Israel saiu do deserto de Sim, caminhando de um lugar para outro, de acordo com as ordens de Deus, o SENHOR. Eles acamparam em Re‐fidim, mas ali não havia água para beber. Então reclamaram contra Moisés e lhe disseram: — Dê‐nos água para beber. Moisés respondeu: — Por que vo‐cês estão reclamando? Por que estão pondo o SENHOR à prova? Mas o povo estava com muita sede e continuava reclamando e gritando contra Moisés. Eles diziam: — Por que você nos tirou do Egito? Será que foi para nos matar de sede, a nós, aos nossos filhos e às nossas ovelhas e cabras? Então Moisés clamou pedindo a ajuda de Deus, o SENHOR. Ele disse: — O que é que eu fa‐ço com este povo? Mais um pouco, e eles vão querer me matar a pedradas. O SENHOR disse a Moisés: — Escolha entre eles alguns líderes e passe com eles na frente do povo. Leve também o bastão com o qual você bateu no rio Nilo. Eu estarei diante de você em cima de uma rocha, ali no monte Sinai. Ba‐ta na rocha, e dela sairá água para o povo beber. E Moisés fez isso na pre‐sença dos líderes do povo de Israel. Então deram àquele lugar os nomes de Massá e de Meribá [que significam: “lugar de provação e tentação”], pois os israelitas reclamaram contra Moisés e puseram o SENHOR à prova, pergun‐tando: — O SENHOR está com a gente ou não? 

♫ Permanência 

No dia de ontem, conosco estiveste E em nossa jornada tua força nos deste. A gente não esquece que as mãos estendeste E a nosso SOS depressa atendeste. 

No dia de hoje nos vem teu chamado A fazer deste mundo lugar transformado De paz e equidade p’ro povo irmanado No amor, na bondade e no bem confirmado. 

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Nos dias futuros com nova energia E a fé renovada em plena alegria Faremos da vida louvor, liturgia, De graça tecida em festa e euforia. 

[L: Sérgio Marcus Pinto Lopes; M: Liséte Espíndola] 

A paciência traz a experiência 

Salmódia: Salmo 95  

Venham todos, e louvemos a Deus, o SENHOR! Cantemos com alegria à ro‐cha que nos salva. Vamos comparecer diante dele com ações de graças, can‐tando alegres hinos de louvor. Pois o SENHOR é Deus poderoso; é Rei pode‐roso acima de todos os deuses. Ele reina sobre o mundo inteiro, desde as ca‐vernas mais profundas até os montes mais altos. O SENHOR reina sobre o mar, que ele fez, e também sobre a terra, que ele mesmo formou. [...] Ele é o nosso Deus; nós somos o povo que ele guia, somos o rebanho do qual ele cuida. Escutem hoje o que ele nos diz: “Não sejam teimosos, como os seus antepassados foram em Meribá, quando estavam em Massá, no deserto. Ali eles me puseram à prova e me desafiaram, embora tivessem visto o que eu havia feito por eles. Durante quarenta anos, aquele povo me irritou. Então eu disse: ‘Que gente de coração perverso! Eles não querem obedecer aos meus mandamentos!’ Fiquei irado e fiz este juramento: ‘Vocês nunca entra‐rão na Terra Prometida, onde eu lhes teria dado descanso.’ ” 

♫ Kyrie eleison 

 [Texto litúrgico tradicional; Melodia Ucraniana] 

Leitura da Epístola: Romanos 5.1‐5 

Agora que fomos aceitos por Deus pela nossa fé nele, temos paz com ele por meio do nosso Senhor Jesus Cristo. Foi Cristo quem nos deu, por meio da nossa fé, esta vida na graça de Deus. E agora continuamos firmes nessa graça e nos alegramos na esperança de participar da glória de Deus. E também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a experiência, e a experiência cria a esperança. Es‐sa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu. 

♫ Oração Cantada (Ó Deus, tu és meu tudo) 

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Ó, Deus, meu Deus, tu és meu tudo! Antes d’alva que desperta tua soberana luz ilumina o meu coração e me inunda o teu poder que a tudo vivifica.  

Por ti suspira e clama minh’alma sedenta, porquanto deva morar nesta terra deserta. Faminto como estou, só teu amor alento pode dar! 

Em terra seca me contemplas. Todo anelo, meu desejo, deposito só em ti,  mais e mais em tua graça. Me regozijo só em ti,  tesouro maior deste mundo!  

Mais preciosa é a vida  e teu amor há de ocupar  meu tempo e meu coração;  e meus lábios hão de te adorar! Em proclamar o teu louvor  hei de empenhar a minha paz, minha glória e minha alegria.  

 [Texto: John Wesley; Trad. e Adap.: Luiz Carlos Ramos; M: Liséte Espíndola] 

Leitura do Evangelho: João 4.5‐42 

Jesus chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, que ficava perto das terras que Jacó tinha dado ao seu filho José. Ali ficava o poço de Jacó. Era mais ou menos meio‐dia quando Jesus, cansado da viagem, sentou‐se perto do poço. Uma mulher samaritana veio tirar água, e Jesus lhe disse: — Por fa‐vor, me dê um pouco de água. (Os discípulos de Jesus tinham ido até a cida‐de comprar comida.) A mulher respondeu: — O senhor é judeu, e eu sou sa‐maritana. Então como é que o senhor me pede água? (Ela disse isso porque os judeus não se dão com os samaritanos.) Então Jesus disse: — Se você sou‐besse o que Deus pode dar e quem é que está lhe pedindo água, você pediri‐a, e ele lhe daria a água da vida. Ela respondeu: — O senhor não tem balde para tirar água, e o poço é fundo. Como é que vai conseguir essa água da vi‐da? Nosso antepassado Jacó nos deu este poço. Ele, os seus filhos e os seus animais beberam água daqui. Será que o senhor é mais importante do que Jacó? Então Jesus disse: — Quem beber desta água terá sede de novo, mas a pessoa que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Porque a á‐gua que eu lhe der se tornará nela uma fonte de água que dará vida eterna.  

Então a mulher pediu: — Por favor, me dê dessa água!  

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♫ Tua Palavra na vida (1ª e última estrs.) 

Tua palavra na vida é fonte que jamais seca; água que anima e restaura,  todos que a queiram beber. 

Tua Palavra na vida  é luz que os passos clareia, para que ao fim no horizonte  se veja o Reino de Deus. 

[Simei Monteiro] 

Reflexão partilhada: O poço da água da vida 

A experiência cria a esperança 

♫ Frutos do Reino 

[Entrada da água]  

O Reino de Deus está  onde a esperança estiver: Levando o sonho, a utopia,  fazendo da terra brotar novo dia. 

Onde estiver a fé,  o Reino ali estará:  gerando ação, transformação, mostrando o caminho da libertação. 

O Reino de Deus está  onde o amor estiver: Ao repartir, compartilhar,  a sua Palavra em ação transformar. 

Sempre que alguém orar  com humildade ao Senhor,  buscando um céu, um ideal,  do Reino de Deus haverá um sinal.  

[Laan Mendes de Barros] 

Ofertório  

Abraça, Senhor, os nossos corações, Que ofertamos com fé, esperança e amor. 

[L: Luiz Carlos Ramos; M: Liséte Espíndola] 

Sursum corda: 

O Senhor seja com vocês. E com você também. Elevemos os nossos corações. Ao Senhor os elevamos. Rendamos graças ao Senhor. Sim, é digno e justo render graças a Deus. 

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Nós te rendemos graças, ó Deus,  porque nos ofereces a água da vida. 

Sim, tu vieste nos salvar. 

Memorial 

Lembramo‐nos em tua presença do memorial que Cristo nos mandou cele‐brar. De quando, Jesus tomou um pão, tendo dado graças, o partiu, deu aos discípulos, e disse:  “Isto é o meu corpo dado por vós: fazei isto em memória de mim.”  

Depois de cear, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos e disse: “Isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado por vós; fazei isto em memória de mim.” 

Oração eucarística: 

Terno pai, envia sobre nós o teu Espírito, e guia‐nos pelos desertos da nossa breve existência, como guiaste um dia o teu próprio filho; E sacia‐nos com tua Palavra que se faz corpo em nosso corpos. 

Dá‐nos do pão que desceu do céu. Alimenta‐nos para a vida eterna. Dá‐nos o vinho da comunhão. Sacia nossa sede de justiça. 

Santifica aos que participarem desta mesa  e permite que sempre haja o suficiente, não só para nós, aqui, mas para todo o teu povo espalhado pela face da terra.  

Porque és tu, ó Cristo, quem bendizes e santificas a todas as coisas. 

Partilha eucarística 

O Pão que repartimos é a comunhão no corpo de Cristo; O Cálice pelo qual damos graças é a comunhão na vida de Cristo. 

♫ Temos Esperança 

Porque ele entrou no mundo e em nossa história; porque quebrou o silêncio e a agonia; / porque mostrou na terra a sua glória; porque foi luz em nossa noite fria; / porque nasceu em pobre estrebaria; porque viveu semeando amor e vida; / porque partiu os corações mais duros; e levantou os tristes e abatidos. 

Por isso é que hoje temos esperança, / Por isso é que lutamos destemidos,  Por isso olhamos hoje com confiança, / Para o porvir dos povos oprimidos.  Por isso é que hoje temos esperança, / Por isso é que lutamos destemidos,  Por isso olhamos hoje com confiança, /Para o porvir. 

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Porque atacou corruptos mercadores; e denunciou maldade e hipocrisia; / porque exaltou crianças e mulheres; e condenou aos que de orgulho ardiam; / porque levou a cruz de nossas penas; e saboreou o fel de nossos males; / porque aceitou sofrer a nossa culpa; e assim morrer por todos os humanos. 

Porque uma aurora viu sua vitória / Sobre as mentiras, sobre a morte e o medo; já nada pode interromper sua história. / Nem a chegada de seu Reino eterno. 

[L: Federico J. Pagura; Trad.: Jaci Maraschin; M: Homero R. Perera]

Oração pós comunhão: 

Graças te rendemos, Deus eterno, porque sacia‐nos a sede de justiça e transborda nossos cálices de esperança.  

Agora, queremos ainda apresentar‐te os nomes de pessoas queridas que, neste exato momento, precisam muito de ti e precisam muito de nós.  [No‐mes e motivos de intercessão ou de ação de graças…] 

♫ Bênção Irlandesa 

Que a terra vá abrindo um caminho ante teus passos E que o vento sopre suave em teus ombros 

Que o sol brilhe sempre cálido e fraterno em tua face Que a chuva caia suave entre teus campos 

E até quando nos tornemos a encontrar Deus te guarde na palma de sua mão. 

E até quando nos tornemos a encontrar Deus te guarde, Deus nos guarde, em suas mãos. 

[Da Liturgia irlandesa; Versão para o espanhol e Música: Juan Gattinoni (Argentina);  Trad. ao port.: Luiz C. Ramos] 

♫ Poslúdio 

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Liturgia preparada pelo Rev. Luiz Carlos Ramos 

Regente: Elenise Ramos; Pianista: Liséte Espíndola Imagem: © Marcos Brescovici, 2011 – usado com permissão 

Para ver fotos e ter acesso a outras liturgias da Capela da Serra, visite: http://www.luizcarlosramos.net