capela da serra, liturgia 2013 08 25

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Celebração da Palavra e da Mesa Jundiaí, 25 de agosto de 2013 LITURGIA DE ENTRADA Prelúdio (Silêncio e oração) Intróito: Salmo 103.1-8 Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia. O SENHOR faz justiça e julga a todos os oprimidos. Manifestou os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel. O SENHOR é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno. BENDIZE, Ó MINHA ALMA, AO SENHOR! Responso: [Sl 103.1; Nelson Bomilcar] Bendize, ó minha alma! Bendize, ó minha alma! Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, Acolhida: (Saudação aos presentes e apresentação dos visitantes; referência ao 16º Domingo após Pente- costes ou 21º do Tempo Comum, que evoca o tema do enfrentamento das forças que oprimem e deprimem o ser humano.) Apresentação dos motivos de Oração: Democracia não é a ditadura da maioria, isso é fascismo; Democracia é quando as minorias têm os seus direitos respeitados (cf. Ely Éser Barreto Cezar). Não devemos permitir que inescrupulosos se aproveitem da nossa democracia para impor o seu autoritarismo (cf. Milton Schwantes). (Motivos de oração, especialmente as situações que oprimem e deprimem...)

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Celebração da Palavra e da Mesa, Capela da Serra, 25 de agosto de 2013

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Page 1: Capela da serra, Liturgia 2013 08 25

Celebração da Palavra e da Mesa

Jundiaí, 25 de agosto de 2013

LITURGIA DE ENTRADA

♫ Prelúdio (Silêncio e oração)

Intróito: Salmo 103.1-8

Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome.

Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios.

Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia.

O SENHOR faz justiça e julga a todos os oprimidos.

Manifestou os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel.

O SENHOR é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno.

BENDIZE, Ó MINHA ALMA, AO SENHOR!

♫ Responso: [Sl 103.1; Nelson Bomilcar]

Bendize, ó minha alma! Bendize, ó minha alma! Bendize, ó minha alma, ao SENHOR,

Acolhida: (Saudação aos presentes e apresentação dos visitantes; referência ao 16º Domingo após Pente-costes ou 21º do Tempo Comum, que evoca o tema do enfrentamento das forças que oprimem e deprimem o ser humano.)

Apresentação dos motivos de Oração:

Democracia não é a ditadura da maioria, isso é fascismo; Democracia é quando as minorias têm os seus direitos respeitados (cf. Ely Éser Barreto Cezar).

Não devemos permitir que inescrupulosos se aproveitem da nossa democracia para impor o seu autoritarismo (cf. Milton Schwantes).

(Motivos de oração, especialmente as situações que oprimem e deprimem...)

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♫ Adoração: [Laudes Domini — When Morning

Gilds the Skies; Trad.: J. Costa (1960); Melodia alemã; Harm.: A Zimmer-

mann (1961)]

Na luz da madrugada Minha alma acorda e brada: Bendito seja Deus! E quando o dia aquece Eu canto em minha prece: Bendito seja Deus! Bendito seja Deus!

Então a vil fraqueza Transforma-se em firmeza, Bendito seja Deus! No meio da agonia Deus manda-me a alegria, Bendito seja Deus! Bendito seja Deus!

Entoai, ó continentes, Louvor em sons ardentes: Bendito seja Deus! A quem nossa alma adora Dizei nações, agora: Bendito seja Deus! Bendito seja Deus!

E seja o nosso canto Sincero, puro e santo: Bendito seja Deus! Cantai, ó cristandade, Por toda a eternidade: Bendito seja Deus! Bendito seja Deus!

Oração: [Luiz Carlos Ramos]

(De mãos dadas)

Eterno Deus, sabemos que somos frágeis e dependentes, e por isso mesmo também sabemos que somos fortes e livres, porque a nossa força não vem de braços de ferro, mas de nossas mãos dadas. Somos-te gratos por estas mãos amigas, ternas e fraternas, entrelaçadas às nossas, porque são para nós as tuas próprias mãos a nos sustentar, a proteger e a amparar. E nestas, que são a tuas mãos, nos entregamos de corpo, alma e espírito. Amém!

Abraço da paz: (Interlúdio musical por Liséte Espíndola)

LITURGIA DA PALAVRA

A mulher encurvada: [Luiz Carlos Ramos,

inspirado em Lc 13.10-17; Performance: Vastí Ferrari Marques;

Ilustração: Yohana Junker; Disponível também em:

http://www.luizcarlosramos.net/a-mulher-encurvada/]

Havia certa vez uma menina.

Como toda menina feliz do seu tempo, gostava de brincar na praça com as outras crianças. Brincava de pega-pega, de esconde-esconde, de pular corda, de chapinhar nas poças deixadas pela chuva e de contemplar o formato engraçado das nuvens no céu: carneirinhos, coelhos, velhos barbudos, elefantes…

Como toda criança, às vezes também fazia travessuras e, por isso, levava bronca dos adultos, algumas muito duras. Nessas ocasiões, abaixava os olhos.

Quando se tornou uma linda jovem, tinha os anseios, a curiosidade, as angústias, os ímpetos, próprios dos jovens. Por isso mesmo, muitas vezes era recriminada e repreendida com palavras ofensivas e gestos grosseiros. Nessas ocasiões, baixava a cabeça.

Mais tarde, descobriu o amor. Foi feliz. Teve filhos. Mas, aos poucos, a pessoa a quem amava se foi revelando um cruel agressor. Primeiro a ofendia com palavras duras, depois, passou a agre-di-la com gestos violentos. Nessas ocasiões ela se curvava, humilhada, como que querendo refugiar-se no ventre materno.

Com o tempo, essas humilhações esporádicas se tornaram corriqueiras, e a agora mulher vivia encurvada, como se carregasse nas costas o peso do mundo. Por isso já não tinha alegria. Não tinha esperança. Vivia olhando para baixo. Já se esquecera de como era olhar as pessoas nos olhos. Achava até que as pessoas só tinham pés, pois era tudo o que via quando encontrava alguém pelo caminho.

Até que num certo dia, que amanhecera claro depois de uma noite chuvosa, de caminho para o mercado, passando pela mesma praça da sua infância, topou de repente com uma poça. Quase levou um susto. Pois ela viu lá no fundo da água, o céu azul, e as nuvens brancas e fofas que cruzavam de um lado para o outro…

Foi então que alguma coisa aconteceu dentro dela. Foi tomada por uma vontade imensa de olhar pro céu. Aos poucos foi se desencurvando, deixando cair o peso de sobre os ombros. Levantou a cabeça devagar. E finalmente tornou a erguer os olhos, como há muito não fazia.

O céu estava azul. As nuvens brincavam na imensidão. Pássaros coloridos coreografavam elip-ses e oitos divertidos. Ela começou a se sentir leve… Parecia que também podia voar… Seus olhos transbordaram… Transbordaram das cores do céu e das cores das aves… Cores que se multiplicavam no caleidoscópio das suas lágrimas…

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Diz-se que, desde então, aquela mulher nunca mais foi a mesma. Voltou pra casa decidida e não baixar mais os olhos diante dos que tentavam intimidá-la. Decidiu também que nunca mais abaixaria a cabeça diante de quem a tentasse subjugar. E resolveu que nunca mais se curvaria diante de outro ser humano, e não permitiria que alguém se curvasse diante de quem quer que fosse. Tomou a firme resolução de que confrontaria sempre, com coragem e teimosia, quem quer que tente fazer curvar e humilhar alguém.

Dizem também que se passarmos por aquela praça, ainda hoje, veremos uma velhinha muito simpática brincando com as crianças e apontando no céu azul as nuvens engraçadas.

♫ Antes que seja tarde: [Ivan Lins e Vitor Martins]

Com força e com vontade, a felicidade Há de se espalhar com toda a intensidade

Há de molhar o seco, de enxugar os olhos De iluminar os becos Antes que seja tarde

Há de assaltar os bares, de retomar as ruas De visitar os lares Antes que seja tarde Há de rasgar as trevas e abençoar o dia E de guardar as pedras, Antes que seja tarde

Há de deixar sementes Do mais bendito fruto Na terra e no ventre, Antes que seja tarde

Há de fazer alarde e libertar os sonhos Da nossa mocidade, Antes que seja tarde Há de mudar os homens Antes que a chama apague Antes que a fé se acabe, Antes que seja tarde

Leitura do Evangelho: [Lucas 13.10-17 (NTLH)]

Certo sábado, Jesus estava ensinando numa sinagoga. E chegou ali uma mulher que fazia dezoi-to anos que estava doente, por causa de um espírito mau. Ela andava encurvada e não conse-guia se endireitar. Quando Jesus a viu, ele a chamou e disse: — Mulher, você está curada. Aí pôs as mãos sobre ela, e ela logo se endireitou e começou a louvar a Deus.

Mas o chefe da sinagoga ficou zangado porque Jesus havia feito uma cura no sábado. Por isso disse ao povo: — Há seis dias para trabalhar. Pois venham nesses dias para serem curados, mas, no sábado, não! Então o Senhor respondeu: — Hipócritas! No sábado, qualquer um de vocês vai à estrebaria e desamarra o seu boi ou o seu jumento a fim de levá-lo para beber água. E agora está aqui uma descendente de Abraão que Satanás prendeu durante dezoito anos. Por que é que no sábado ela não devia ficar livre dessa doença?

Os inimigos de Jesus ficaram envergonhados com essa resposta, mas toda a multidão ficou alegre com as coisas maravilhosas que ele fazia.

Reflexão partilhada: Dirigida pelo Pe. Paulinho (Paulo Roberto Rodrigues)

♫ Creio no Sol: [Oração Judaica; M.: Liséte Espíndola]

Creio no Sol, mesmo quando não brilha Creio no Amor, mesmo quando não sinto Creio em Deus, mesmo quando se cala

LITURGIA DA MESA

Ofertório: ♫ Santa Comunhão

[Sarah Poulton Kalley (HE 193, estrs. 1, 3,4 e 5)]

Disposta a mesa, ó Salvador, Vem presidir aqui! Ministra o vinho, parte o pão: Nutrir-nos vem de ti!

Desperta, anima, enleva os teus, Fazendo-os discernir Que tu, Senhor, presente estás Teu povo a dirigir.

Na Santa Ceia, ó grande Deus, Buscamos comunhão Com Cristo, nosso benfeitor, Com todo o vero irmão.

Sabemos que Jesus virá Em majestade e luz; Juiz supremo, Eterno Rei. Oh! Vem, Senhor Jesus!

Grande Ação de Graças:

O Senhor seja com vocês. E com você também. Elevem seus corações. Ao Senhor os elevamos. Demos graças ao Senhor nosso Deus. É verdadeiramente digno e justo dar-te graças em todo tempo e lugar. Graças te damos, Senhor, porque tu baixaste dos céus os teus olhos amorosos para contemplar a humildade dos teus filhos e filhas, e por tua bondade nos renovas as forças, de tal sorte que também nós, elevando os nossos olhos, encontramos o teu olhar meigo e manso.

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Na esperança da comunhão plena de todo o mundo habitado e no compromisso de lutar contra toda forma de dominação e opressão, louvamos teu nome, erguendo a nossa voz e cantando:

♫ Sanctus: [Texto litúrgico tradicional,

Música: Liséte Espíndola]

Santo, Santo, Santo, Senhor Deus onipotente, Terra e céus estão cheios da tua glória, Glória a ti Senhor!

Consagração: (Epiclese)

Eterno Deus, nosso materno Pai, nós humildemente te suplicamos que derrames sobre nós e sobre estes elementos o teu Espírito Santo e cumpras a tua Palavra, a fim de que o pão que vamos comer seja para nós a comunhão no corpo de Cristo, e o vinho que vamos beber seja a comunhão na vida de Cristo; é o que te pedimos em ação de graças; por Cristo, com Cristo, e em Cristo.

♫ Bendito sejas para sempre!

Narrativa da Instituição: [cf. 1 Coríntios 11.23-26]

Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.

♫ Bendito sejas para sempre!

Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes do cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.

♫ Bendito sejas para sempre!

Partir do pão: Porque há um só pão, assim nós, sendo muitos, somos um corpo em Cristo e todos membros uns dos outros, pois todos participamos desse mesmo pão.

♫ Agnus Dei: [John Bell, Iona, Escócia]

Agnus Dei quitollis peccata, peccata mundi Miserere nobis, miserere nobis, miserere nobis, Domine.

Distribuição: (Partilha eucarísitica)

♫ Graças, Senhor: [Liséte Espíndola]

Bendito seja o teu nome, Senhor, Por nos congregar pela fé, aqui! O pão, ao partir,

E no comungar do vinho, Estamos em ti. Graças a ti, Senhor!

LITURGIA DE ENVIO

Envio: [Adap. de uma antiga bênção celta]

Que o Senhor te guarde em sua mão e não aperte muito os seus dedos.

Que teus vizinhos te respeitem e os problemas te abandonem.

Que os anjos te protejam e o céu te acolha.

Assim seja a cada dia e para sempre!

♫ Doce Paz: [Soraya de Lima Junker]

Paz, que a doce paz De Jesus Cristo Seja sobre nós, Nossas casas e famílias, Hoje e eternamente,

Hoje e para sempre, Seja sempre, Assim seja! Amém!

“Celebração da Palavra e da Mesa, Capela da Serra, Jundiaí, 25 de agosto de 2013” de Luiz Carlos Ramos é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-

NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada. Permissões além do escopo dessa licença podem estar disponíveis em http://www.luizcarlosramos.net. Liturgia preparada pelo Rev. Luiz Carlos Ramos; Pianista: Liséte Espíndola; Regente: Neusa Cezar e Elenise Ramos; Ambientação: Vastí Ferrari Marques;

Fotografia: Carlos Nagumo; Diagramação: Luiz Carlos Ramos; Arte do convite: Juliana Mesquita; Ilustração: Yohana Junker _______________________________________________________________________________________________________________ Para ter acesso a outras liturgias da Capela da Serra e para ver fotos das celebrações anteriores, acesse: http://www.luizcarlosramos.net