capacitação educação para paz

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Núcleo Vida Capacitação - Trícia Carvalho ORATÓRIA COACHING NEUROLINGUISTICA RELAÇÕES PÚBLICAS CAPACITAÇÃO ESCOLA SONHO DE CRIANÇA EDUCAÇÃO PARA A PAZ A GRANDE ENERGIA DA CRIANÇA E SUAS EXPECTATIVAS A criança possui um senso muito apurado e grande capacidade de sonhar, reelaborar realidades. Para a criança, não há limites no pensar...elas criam a realidade em suas mentes e corações, com elementos inúmeros, conforme dão asas a sua imaginação. Então é imprescindível que o adulto educador seja bem capacitado tecnicamente para saber conduzir as atividades propostas, com ENCANTO, mas também com conhecimento técnico. Toda criança sente uma imensa vontade de tocar em tudo que vê (lembrem-se dos cérebros nos dedos das mãos de Saramago!). Quando o adulto restringe esta possibilidade, é bom que tenha plena consciência que diversos outros sentidos gritarão na criança. Quando o tato recebe uma mensagem de restrição, e é negado o poder tocar e experimentar, é certo que esta criança se enervará, aumentando de imediato seu tom de voz. Por que isto acontece? Porque no mundo infantil o toque é primordial, é o que o faz sentir o mundo, reconhecê-lo. Quando um educador nega a possibilidade da criança tocar nos objetos que ela sente vontade/necessidade, esta mesma criança pode gritar, querer pular, tornar-se mais irritadiça, alheia às regras impostas. É como se o cérebro e o sentimento da criança gritassem: eu não estou sendo entendida! O mesmo acontece quando são feitas atividades com poucos materiais disponíveis. Nas oficinas ou vivências, as crianças precisam estar divididas em grupos de no máximo 6 para cada educador, e os materiais precisam ser distribuídos anteriormente considerando o número de participantes. Uma criança não tem a capacidade de espera de um adulto, por isto pode irritar-se profundamente quando perceber que a “sua vez” ainda vão demorar a chegar. O mundo da criança é imediatista, mas não porque seja indisciplinada, mas porque ela tem uma capacidade intensa de ESTAR PRESENTE, capacidade perdida pelos maioria dos adultos. Na vivência, a criança sente-se completamente envolvida se a atividade for interessante e merecedora da sua capacidade de imaginação e criação. Numa oficina de culinária de pão caseiro, por exemplo, o ideal é que cada um tenha seu pedaço de massa, seu recipiente, que possa manipular com paz, com tempo e sossego seu pedaço, colocando ali sua energia criativa. Só num segundo momento, depois de ter manipulado seu “pedaço” é que os pedaços de todos podem ser incorporados num só, dando claramente a mensagem de: cada um contribui com o seu, que foi tocado, misturado, amassado, agora, como somos unidos e nos amamos, faremos um grande pão com a ajuda de todos, juntando os pedaços. É como a dança da vida. Cada um dando a sua contribuição. Para o educador o mais difícil por vezes é a ansiedade de CONTROLAR O TEMPO. Sim, porque criar requer tempo, requer amor o que a criança faz, requer uma escuta atenta aos seus comentários. Educar numa oficina vai muito além de ensinar sobre os ingredientes que estão sendo utilizados (Isto é coisa do mundo adulto!). No universo infantil os ingredientes precisam ser tocados, sentidos, manipulados. E que grande instrumento de educação que é a vivência!!!! Uma separação de ovos gema e clara, é uma das formas mais belas de ensinar a delicadeza do toque e a destreza das nossas mãos. A transformação da clara para clara em neve deve ser visualizada pela criança, pois é um processo mágico, transformador!!! O adulto é que faz estas atividades como se estivesse ligado no piloto automático, mas a criança, como está ali, completamente entregue e presente, vivencia completamente toda e qualquer transformação que esteja acontecendo na sua frente. Muitas vezes eles são grandes mestres no sentido de ver o que o adulto não enxerga. EDUCAÇÃO NÃO É UM JOGO DE PODER! Na sociedade em que estamos é preciso durante todo o tempo reavaliarmos nossas ações e expectativas. Muitas vezes, conforme fomos educados por nossas famílias e professores, tendemos a repetir alguns padrões que hoje em dia estão completamente fora de contexto. Vivemos num mundo onde a criança já nasce muito mais ativa,

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Núcleo Vida Capacitação - Trícia Carvalho – ORATÓRIA COACHING NEUROLINGUISTICA RELAÇÕES PÚBLICAS

CAPACITAÇÃO ESCOLA SONHO DE CRIANÇA

EDUCAÇÃO PARA A PAZ

A GRANDE ENERGIA DA CRIANÇA E SUAS EXPECTATIVAS

A criança possui um senso muito apurado e grande capacidade de sonhar, reelaborar realidades. Para a criança,

não há limites no pensar...elas criam a realidade em suas mentes e corações, com elementos inúmeros, conforme

dão asas a sua imaginação. Então é imprescindível que o adulto educador seja bem capacitado tecnicamente para

saber conduzir as atividades propostas, com ENCANTO, mas também com conhecimento técnico. Toda criança

sente uma imensa vontade de tocar em tudo que vê (lembrem-se dos cérebros nos dedos das mãos de

Saramago!). Quando o adulto restringe esta possibilidade, é bom que tenha plena consciência que diversos outros

sentidos gritarão na criança. Quando o tato recebe uma mensagem de restrição, e é negado o poder tocar e

experimentar, é certo que esta criança se enervará, aumentando de imediato seu tom de voz. Por que isto

acontece? Porque no mundo infantil o toque é primordial, é o que o faz sentir o mundo, reconhecê-lo. Quando

um educador nega a possibilidade da criança tocar nos objetos que ela sente vontade/necessidade, esta mesma

criança pode gritar, querer pular, tornar-se mais irritadiça, alheia às regras impostas. É como se o cérebro e o

sentimento da criança gritassem: eu não estou sendo entendida! O mesmo acontece quando são feitas atividades

com poucos materiais disponíveis. Nas oficinas ou vivências, as crianças precisam estar divididas em grupos de no

máximo 6 para cada educador, e os materiais precisam ser distribuídos anteriormente considerando o número de

participantes. Uma criança não tem a capacidade de espera de um adulto, por isto pode irritar-se profundamente

quando perceber que a “sua vez” ainda vão demorar a chegar. O mundo da criança é imediatista, mas não porque

seja indisciplinada, mas porque ela tem uma capacidade intensa de ESTAR PRESENTE, capacidade perdida pelos

maioria dos adultos. Na vivência, a criança sente-se completamente envolvida se a atividade for interessante e

merecedora da sua capacidade de imaginação e criação. Numa oficina de culinária de pão caseiro, por exemplo, o

ideal é que cada um tenha seu pedaço de massa, seu recipiente, que possa manipular com paz, com tempo e

sossego seu pedaço, colocando ali sua energia criativa. Só num segundo momento, depois de ter manipulado seu

“pedaço” é que os pedaços de todos podem ser incorporados num só, dando claramente a mensagem de: cada

um contribui com o seu, que foi tocado, misturado, amassado, agora, como somos unidos e nos amamos, faremos

um grande pão com a ajuda de todos, juntando os pedaços. É como a dança da vida. Cada um dando a sua

contribuição. Para o educador o mais difícil por vezes é a ansiedade de CONTROLAR O TEMPO. Sim, porque criar

requer tempo, requer amor o que a criança faz, requer uma escuta atenta aos seus comentários. Educar numa

oficina vai muito além de ensinar sobre os ingredientes que estão sendo utilizados (Isto é coisa do mundo

adulto!). No universo infantil os ingredientes precisam ser tocados, sentidos, manipulados. E que grande

instrumento de educação que é a vivência!!!! Uma separação de ovos – gema e clara, é uma das formas mais

belas de ensinar a delicadeza do toque e a destreza das nossas mãos. A transformação da clara para clara em

neve deve ser visualizada pela criança, pois é um processo mágico, transformador!!! O adulto é que faz estas

atividades como se estivesse ligado no piloto automático, mas a criança, como está ali, completamente entregue

e presente, vivencia completamente toda e qualquer transformação que esteja acontecendo na sua frente.

Muitas vezes eles são grandes mestres no sentido de ver o que o adulto não enxerga.

EDUCAÇÃO NÃO É UM JOGO DE PODER!

Na sociedade em que estamos é preciso durante todo o tempo reavaliarmos nossas ações e expectativas. Muitas

vezes, conforme fomos educados por nossas famílias e professores, tendemos a repetir alguns padrões que hoje

em dia estão completamente fora de contexto. Vivemos num mundo onde a criança já nasce muito mais ativa,

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muito mais participativa, com seus sentidos bem mais aguçados, querendo participar do mundo. Não é mais

possível uma educação em que suas expressões emocionais sejam simplesmente caladas, castradas, porque

sendo assim há um imenso prejuízo no que diz respeito a sua formação emocional e cognitiva. Para entendermos

bem claramente este assunto, podemos visualizar uma sala de aula com crianças de hoje sendo obrigadas a ficar

sentadas e quietinhas, assistindo as explicações de uma professora por um longo período de tempo. Estes corpos

estão vibrando continuamente energia que precisa ser trocada, precisa de espaço para fluir junto ao movimento

dos corpos. A criança aprende melhor em movimento! Elas têm uma capacidade imensa de multiprocessamento,

que vai muito além da capacidade adulta. Ela pode fazer diversas coisas ao mesmo tempo e pode estar fazendo

uma e pensando em outra, sem se perder. Aqui vale a observação de um educador atento: muitas vezes os

momentos de criatividade e aproveitamento da criança por meio das suas brincadeiras concretas ou mentais são

confundidas com dispersão.

O EDUCADOR, COMO OS ADULTOS, PRECISA URGENTEMENTE RESGATAR A CAPACIDADE

DE SE VINCULAR AO AGORA.

Muitas vezes estamos desenvolvendo determinada atividade, sem a plena consciência ali, presente. Estamos nos

repartindo entre preocupações de coisas que nos aconteceram, ou fazendo planos futuros do que vamos fazer

depois. Como muitas não estamos 100% ali, presentes, a criança pode requerer de forma mais incisiva esta

presença. Ouvimos muitos pais comentarem: ele me quer 100% do tempo, não consigo fazer mais nada. Mas na

verdade o que a criança quer é um tempo de envolvimento completo. Pode nem ser tanto tempo (contado no

relógio), mas ela precisa sentir que quem está ali está completamente presente e entregue ao que está sendo

feito. Muitos males e doenças atuais acontecem por não estarmos presentes, e sim pensando em problemas que

nos aconteceram ou em planos de como fazer futuramente. Isto gera uma ansiedade contínua, pois no fundo,

todos os tempos acabam não sendo vivenciados, porque se pensarmos bem, o que temos é o AGORA, e é nele

que precisamos estar conectados.

NOBREZA COMO PRODUTO DA EDUCAÇÃO

Precisamos aprender a inclinar o coração para aprender quem somos. O educador é um GRANDE JARDINEIRO. Ele

precisa saber quando, como e o que plantar, precisa levar em consideração o tempo, a forma de fazer, a

delicadeza de cada espécie, pois cada ser humano é único, com suas características próprias e reações individuais.

Fomos obrigados culturalmente a ser tratados como boiada, levados grosseiramente em grandes turmas de

alunos que precisavam ou gritar, chorar, bater ou adoecer para serem escutados. A nossa sociedade que está

adoecida hoje, tem claramente esta necessidade de tratamento individual. Fomos muito e constantemente

comparados, praticamente tangidos de um lado a outro, e isto foi chamado de educação. Na verdade é um

grande crime chamar de educação um tratamento que não considere o ser individual, os sentimentos e as

capacidades de cada um. Então, educadoras, quando uma criança alteia a voz durante um período maior, é

preciso rapidamente verificar quais sentidos dela podem estar sendo privados. Ela está sendo amada, tem acesso

a conversas carinhosas, tem tempo suficiente para aplicar nas suas brincadeiras toda a sua criatividade, tem

quem partilhe com ela suas descobertas e emoções???? Na maioria das vezes é a falta de tempo de qualidade, a

falta de presença completa, que fazem com que a criança desestabilize-se gritando por socorro, e este grito vem

descoordenado. Nem sempre a criança vai falar do incômodo que está sentindo, mas vai encontrar coisas para

falar que mais chamem a atenção dos pais ou educadores. Este filtrar o que está sendo ouvido e esta escuta

atenta fazem toda diferença para ajudar a criança a se harmonizar. Uma criança que diz num determinado dia:

eu detesto você para sua mãe ou sua educadora, não quer dizer isto, mas sim, olhe para mim, me veja, esteja

presente, eu estou aqui e você não consegue me acompanhar. Umas das formas de cumprimento numa tribo na

África é: SAWU BONA (TE VEJO) E A RESPOSTA É SIKONA (ESTOU AQUI).

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A Teoria

Quando um integrante da tribo africana Zulu encontra alguém, costuma dizer:

- Sawu bona (Olá! Eu te vejo!) ……. a resposta:

- Sikona (Eu estou aqui!)

A explicação se dá ao fato da necessidade que existe do ser humano de estabelecer relações, e no conceito de que as pessoas “o

vejam“! Se você VÊ o outro – significa que ele é importante para você, e exalta a existência dele, pois as pessoas

que existem para você é porque são importantes na sua vida.

Se ela responde “estou aqui”, significa que a presença dela fortalece a colaboração, pois ela está para o seu encontro, o elo

mais importante…., pois não existimos para vivermos sozinhos.

Precisamos urgentemente condicionarmos nossos corações e mentes para o momento presente, sem mais, sem

tantas interferências e dispersões.

FATORES DE INTERFERÊNCIAS: preocupações sobre o que já passou, ansiedades com o que ainda não vivemos,

celulares, tablets, TVs, notebooks, tudo nos interrompe levando-nos a ruptura imediata com o momento que está

sendo vivido. Pessoas mais sensíveis que não estejam em completa harmonia podem sentir-se extremamente

incomodadas pelo simples toque de um celular, e se perguntam: o que está havendo comigo, é só o celular! Mas

na verdade o verdadeiro incômodo é pela desvinculação momentânea com o presente, com aquela vivência!

Precisamos lembrar que nós só aprendemos a amar no encontro! Não há amor com o distanciamento! Para

amarmos, precisamos permitir o encontro, precisamos estar permeáveis a que dois, três ou mais seres individuais

se complementem ou se conflitem, pois na crise nascem novos saberes!

É PRECISO URGENTEMENTE INVESTIRMOS NO MUNDO DA CONSCIÊNCIA, DA ALMA!

E para os educadores, sejam pais ou professores, uma pergunta: o que é progresso e ordem sem o amor???

O educador precisa facilitar, INSPIRAR! E para ser inspiração além de uma conduta amorosa e sabedora do que

faz, é preciso saber que durante muito tempo as almas foram exiladas dentro de salas de aula! E cabe a nós,

verdadeiros educadores desta era, o entendimento e a transformação, liberando o melhor em cada ser que passa

em nossas escolas, em nossas vidas!

4 MANTRAS

Eu sinto muito.

Por favor, me perdoe.

Obrigado, eu agradeço.

Eu te amo.

A IMPORTÂNCIA DE INTEGRAR!

Nossa grande crise (humanidade) é de pequenez. É preciso integrar, a grande tarefa do educador é cuidar! É a

natureza quem cura. Amar é oferecer ao outro o que ele precisa, não o que ele quer! Presenciei uma discussão de

um casal, aliás, de uma pessoa esbravejando, sem uma reação de resposta agressiva à energia (inconsequente)

que estava ali sendo emitida e se ampliando. Como o outro ouvia, mas não reagia com a intensidade contrária de

agressividade, a energia pairou por um tempo e depois dispersou-se, gerando no outro uma grande sensação de

arrependimento e de repensar. Como numa fogueira, não podemos ignorar que as vontades do ego são de

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mandar, de ser mais e maior, são vontades que se ancoram no poder, como numa queda de braços! Mas se esta

fogueira não é alimentada, seu fogo se extingue, buscando outro enraivecido noutro lugar.

O papel do educador é amar conduzindo a criança para o que precisa, não para o que quer. Mas sempre atentos

que o que ela precisa não tem nada a ver como conceitos pré-formados. Uma das crises mais comuns entre

educadores tradicionais e pouco preparados é vista quando dizem: esta criança precisa de limites. Eu a coloco

numa atividade, ela não faz, quer sempre outra. Precisa aprender que cada coisa tem sua hora”. Cabe a este

educador perceber e se apropriar do que realmente é educação, uma educação amorosa, fazendo-se as seguintes

perguntas: do que está criança precisa agora? Por que me incomoda quebrar meus planos para adaptar-me ao

que a criança precisa? Será que estou sendo criativa e minhas atividades interessantes suficientemente para

atrair a atenção e provocar o envolvimento dos pequenos? Será que estou presente no agora? Tenho a

capacidade atividade de perceber cada um dos meus pequenos como únicos, com reações individuais? Sou

responsável amorosamente por manter meus alunos equilibrados, pois faço parte da vida deles? Consigo lidar

com esta responsabilidade?

MUNDO MATERIAL + ALMA + CONSCIÊNCIA

É preciso escutar, interpretar, extrair os sentidos do que a criança quer lhe dizer.

Quando o educador está PRESENTE, CUMPRINDO SUA PROMESSA ESSENCIAL, para a qual veio a este mundo,

nada pode desviá-lo! Roberto Crema nas suas palestras e livros nos diz que viemos aqui contar uma história.

Vimos a este mundo com uma tarefa a cumprir, e quando nascemos um anjo nos toca para esquecermos

provisoriamente esta promessa, que será lembrada ao longo da nossa vida e das nossas vivências. Quantos de nós

não nos surpreendemos ao perceber que ao realizar determinada atividade com um grupo, temos uma sensação

de que aquela história já foi vivenciada antes? A grande verdade é que precisamos viver a vida, são as vivências

que despertam as sabedorias anteriores, que nos despertam para a grande missão que viemos cumprir aqui!

UM DOS MAIS IMPORTANTES PAPÉIS DO EDUCADOR É FAZER COM QUE O APRENDIZ SE RECORDE DA SUA

PROMESSA!

É preciso extrair sentido de cada lágrima, de cada gozo! O que estamos fazendo com o que nos chega, com o que

o universo nos manda? É preciso eleger UMA ATITUDE PARA FAZER A TRAVESSIA PELA VIDA!

ABENÇOAR: um bom olhar e o bem dizer! CADA EDUCADOR PRECISA SER CAPAZ DE UM BEM OLHAR!

É preciso olharmos para nosso interior, inclusive para o nosso “quarto de despejo”, nos questionando quanto aos

sentimentos frustrados, quanto às reações impensadas, impetuosas, quanto às raivas cegas, à inveja ou soberba,

ao olhar crítico sobre o outro, sobe a fala destruidora. Precisamos pensar nas fraquezas que nos impedem em

seguir mais leves pela vida, mais limpos. Deus quer e pede a cada dia para brilhar em nós, e nossos egos

estabelecem esta briga muda impedindo que simplesmente sejamos bondosos! É preciso cuidado com o lixo e

distorções da alma, afastando-nos da consciência!

Todos nós, pelo encaminhamento torto desta sociedade, fomos quase que obrigados a cobrir nossa nobreza

essencial com o barro do ego! E o grande desafio é viver e vivenciar situações que nos levarão à grande limpeza,

para que nosso brilho, nossa luz divina apareça!

Quando estamos em estado de limpeza e leveza, conseguimos acessar fluxos energéticos que contribuem para

nossos saltos de amor! Vem então a segurança de que aquilo que realmente somos ninguém pode machucar,

nem prender.

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INTELLIGERE (LATIM) – LER DENTRO

O que vivenciamos nos dias de hoje é uma grande crise de fragmentação, de dissociação!

É preciso desvelar o simbólico, os arquétipos, como uma iniciação ao invisível, conectando os mundos de baixo,

do meio e de cima! Precisamos estar presentes para liberar o fluxo entre estes mundos e nos sentirmos inteiros. A

educação como a vida, precisa aliar e não excluir.

MUNDO DE BAIXO – CORPORAL

MUNDO DO MEIO – MENTAL

MUNDO DE CIMA - ESPIRITUAL

O grande desafio desta era é entender e se apropriar do sentimento e da ideia de que não somos fronteiras e sim

pontes! É a era do resgate do feminino, a era da grande mãe, por isto a mulher chega com uma capacidade

extraordinária de UNIR, de entrelaçar, DE CUIDAR, de aconchegar. A energia da mulher chega com uma função no

mundo: ela é a grande jardineira, A QUE CUIDA DA VIDA!

Nós viemos aqui contar um história e o Mistério conspira para cumprirmos nossa tarefa com fé, com talentos sob

medida!

TEMEREMOS MENOS, AMAREMOS MAIS! LEMBRE: A PORTA NA QUAL BATEMOS É A QUE VAI SE ABRIR! Se você

busca a porta do amor, ela se abrirá diante de você. Mas como numa grande teia, isto só acontecerá se você

estiver ciente de que é partícipe de uma grande teia da vida, reconhecendo a nobreza do outro a cada instante!

O PROCESSO DE AUTOCURA

“O processo de autocura necessita de uma base vigorosa, feita de relaxamento, alegria, amor e compaixão.

Precisamos relaxar o corpo, equilibrar as emoções e afastar a nossa energia de pensamentos negativos e dirigi-la

para pensamentos positivos. Podemos então começar a afrouxar as nossas coações – a nossa ansiedade, a nossa

tensão, a nossa preocupação e o nosso medo. À proporção que ficamos mais abertos, experimentamos um

sentido de libertação e a energia está livre para fluir dentro de nós. Quando você estiver num estado muito

emocional ou altamente excitável, sente-se e respire de uma forma suave e delicada. Não dê atenção as suas

emoções, mas simplesmente acompanhe e siga a sua respiração e o ritmo dela. Esse ir atrás da sensação da sua

respiração fluindo através do seu corpo pode ajudá-lo a acalmar-se e a curar o corpo e a mente.

Quando você tiver um bloqueio físico ou emocional, reflita numa lembrança alegre ou visualize um formoso

jardim, imagine o que quer que lhe agrade e que lhe faça feliz. Fazendo assim, a sua mente e seu corpo se

tornarão mais lentos e relaxados. Através do relaxamento você pode começar a selecionar seus sentimentos e

emoções, e a trabalhar com eles, e vê-los erguerem-se e caírem como ondas no oceano. E sua tensão o aperto se

afrouxarão, e você se tornará calmo e pacífico. Essas duas práticas simples de relaxamento o ajudarão a conseguir

a integração do seu corpo, da sua mente e dos seus sentidos, de modo que possam funcionar juntos de maneira

harmoniosa. Essa integração do corpo e da mente é uma condição essencial de saúde e felicidade.

Portanto, à semelhança de um dique que precisa ser construído na estação seca a fim de oferecer proteção

durante a estação das cheias, precisamos preparar suficientemente a nossa percepção para não sermos levados

pela correnteza quando surgirem as emoções. Se, então tivermos acalmado as nossas emoções e ansiedades,

poderemos deixar para trás modelos desnecessários ou artificiais de comportamento e relacionarmo-nos de um

modo mais direto com a nossa experiência imediata. Nessas circunstâncias podemos nos tornar ligados à terra.

Torna-se claro então o que é realmente valioso para nossas vidas. Nossa confusão diminui e os nossos padrões de

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vida adquirem uma qualidade mais salutar e mais significativa. Depois que tivermos aprendido a acalmar as

nossas mentes, tornar-se-á possível a vitalidade mental e física, assim como a saúde e o equilíbrio. Nos dias

atuais, entretanto, quase todos dependemos de meios externos para nos mantermos saudáveis e livres da dor.

Quando, porém, devolvemos a nós mesmos o nosso equilíbrio, de modo que a energia flua suavemente tanto o

nosso corpo como a nossa mente possuem recursos que lhes permitem proteger-se. A cura da enfermidade está

dentro de nós, visto que o estado natural é o equilíbrio. Nós mesmos somos o remédio para restaurar esse

equilíbrio interior, porque o nosso corpo todo, em essência, é um universo. Do ponto de vista químico, todo o

nosso sistema é autosuficiente. Podemos abrir-nos para as energias positivas e canaliza-las através do corpo.

Tudo de que precisamos está unicamente ali, ali está a prescrição, ali está o remédio. A proporção que

desenvolvemos essas energias positivas, elas aprimoram o nosso corpo e o transforma em canais saudáveis,

claros e abertos. A partir de então, sejam as experiências positivas ou negativas, permanecemos equilibrados.

Através do processo de desenvolvimento dessas energias, os níveis da nossa experiência transcendem o plano

físico. No final das contas, poderemos até vivenciar a mente e a matéria como se fosse uma e a mesma coisa. Esse

conceito é muito semelhante em caráter ao infinito, visto que a energia pura é experimentada em toda parte.

Esses níveis estão sempre presentes e como se fossem amigos íntimos eles são sempre acessíveis a nós. Tendo

compreendido, podemos usar construtivamente cada situação que se oferece, e a tendência para sermos

apanhados pelas emoções negativas diminui. Começamos a viver sem ambições, sem desejo ou apego, e dessa

maneira não desenvolvemos novos padrões capazes de prender-nos. A própria energia positiva por si mesma

transforma-se em tratamento e ocorre naturalmente um processo de autocura. Os bloqueios físicos que causam

inúmeros problemas psicossomáticos começam a dissolver-se, e quando o corpo se torna saudável, renovado e

limpo de venenos, a mente também se mostra clara a luminosa. Aprendemos a utilizar a nossa energia e a tirar

proveito dela, vivendo dentro da nossa experiência presente. Depois de adquirirmos o domínio da energia sutil,

podemos distribuí-la ao corpo físico, ao corpo emocional e ao corpo psíquico. Estimulando e dirigindo

sentimentos positivos alegres, podemos modificar a essência dos nossos padrões interiores e da nossa

experiência. Quando sentimentos e atitudes positivas ou alegres passam através de cada órgão e circulam através

de todo o nosso sistema, nossas energias físicas e químicas se transformam e equilibram. Em outras palavras,

temos a oportunidade de recriar o nosso corpo através da energia positiva.

(Gestos de Equilíbrio – Tarthang Tulku).