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Empreendedorismo
Vanderléia Martins Lohn
UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnPPRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – NEaD
EmpreendedorismoLivro-texto EaD
Natal/RN2010
L833e Lohn, Vanderléia Martins. Empreendedorismo / Vanderléia Martins Lohn. – Natal: [s.n.], 2010. 248p. : il. ; 20 cm
1. Empreendedorismo. I. Título.
RN/UnP/BCSF CDU 658
DIRIGENTES DA UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP
Reitoria
Sâmela Soraya Gomes de Oliveira
Pró-Reitoria de Graduação e Ação Comunitária
Sandra Amaral de Araújo
Pró-Reitoria de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação
Aarão Lyra
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
DA UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP
Coordenação Geral
Barney Silveira ArrudaLuciana Lopes Xavier
Coordenação Pedagógica
Edilene Cândido da Silva
Coordenação de Produção
de Recursos Didáticos
Michelle Cristine Mazzetto Betti
Coordenação de Produção de Vídeos
Bruna Werner Gabriel
Coordenação de Logística
Helionara Lucena Nunes
Revisão de Linguagem
e Estrutura em EaD
Priscilla Carla Silveira MenezesThalyta Mabel Nobre BarbosaÚrsula Andréa de Araújo Silva
Apoio Acadêmico
Flávia Helena Miranda de Araújo Freire
Assistente Administrativo
Eliane Ferreira de SantanaGabriella Souza de Azevedo Gibson Marcelo Galvão de SousaGiselly Jordan Virginia Portella
Vanderléia Martins Lohn
EmpreendedorismoLivro-texto EaD
Natal/RN2010
EQUIPE DE PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO
Delinea Tecnologia Educacional
Coordenação Pedagógica
Margarete Lazzaris Kleis
Coordenação de Editoração
Charlie Anderson OlsenLarissa Kleis Pereira
Revisão Gramatical e Linguagem em EaD
Simone Regina Dias
Diagramação
Regina C. Cortellini
Ilustrações
Alexandre Beck
Coordenação de Produção de Recursos Didáticos da UnP
Michelle Cristine Mazzetto Betti
Ilustração do Mascote
Lucio Masaaki Matsuno
VANDERLÉIA MARTINS LOHN
Olá! Sou graduada em Administração (2001) pela
Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, com titulação de
Especialista em Responsabilidade Social e Gestão do Terceiro Setor
pela Faculdade Estácio de Sá em 2006 e Mestre em Engenharia
e Gestão do Conhecimento pela Universidade Federal de Santa
Catarina em 2009.
Atuo como professora do Curso de Administração da
Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI nas disciplinas de
Administração de Vendas, Responsabilidade Social, Administração
de Varejo e Tópicos em Administração no ensino presencial. E
também sou professora do Curso de Administração a distância
nas disciplinas de Práticas Empreendedoras e Tópicos Especiais.
Atuo ainda como coordenadora de projetos de extensão e como
consultora de administração e projetos sociais.
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EMPREENDEDORISMO
O mundo vem atravessando eras e ondas, muitas já
mencionadas no cotidiano do mercado e noticiários e outras
ainda vamos descobrir no decorrer de nosso Curso. Cada passo e
cada encadeamento da nossa caminhada de vida, de certa forma,
refletem etapas do nosso crescimento pessoal e profissional e
descobertas sobre novas informações e oportunidades.
Em um momento de grave crise no mundo, como diz Chér
(2008), invariavelmente o maior inimigo do empreendedor é ele
mesmo. Ou seja, sua autoconfiança, conhecimento do segmento
no qual está inserido, capacidade de comunicação e persuasão,
além da informação, da tecnologia e do conhecimento constituem
hoje a real fonte de potência das organizações bem desenvolvidas
e posicionadas no mercado.
Assim, caro(a) aluno(a), iniciamos o nosso bate-papo
apresentando a disciplina de Empreendedorismo, que tem
por objetivo definir conceitos importantes de negócios para a
iniciação empresarial do empreendedorismo e apresentar a você o
importante papel do empreendedor para o crescimento sustentável
da sociedade, analisando as gerações futuras e o crescimento
econômico, social e ambiental. A disciplina abordará com ênfase
as temáticas de estudos empresariais, o papel do empreendedor
na sociedade e na organização, o perfil do empreendedor e a
apresentação da ferramenta plano de negócio.
O estudo da disciplina está dividido em oito capítulos. Os
capítulos 1 e 2 têm por objetivo apresentar, bem como definir o
negócio e ideias, trazendo exemplos de empreendedorismo no
contexto organizacional e na sociedade de abertura do próprio
negócio, destacando os temas de responsabilidade social e
desenvolvimento sustentável.
Os capítulos 3 e 4 já contemplam o estudo do perfil do
empreendedor, bem com as suas principais características, além
de apresentar alguns tipos de perfil empreendedor e carreira
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que se pode desenvolver orientada para o empreendedorismo. O capítulo 4
também abordará estudos sobre o intraempreendedor, aquele indivíduo que tem
características de empreendedor mas não possui o seu próprio negócio e desenvolve
o seu talento em organizações como funcionário.
Já os capítulos 5 e 6 apresentam o termo empreendedorismo no contexto
coorporativo, destacando estratégias que podem agregar valor ao cliente e a
atuação e perfil do empreendedor no processo visionário de um negócio.
E, por fim, os capítulos 7 e 8 contemplam os temas referentes à criatividade e
oportunidades de negócios e a ferramenta plano de negócio, que tem uma grande
importância na iniciação de um negócio próprio, apresentando alguns exemplos
para elaboração do plano.
Estas serão as temáticas que aqui vamos estudar e é com grande prazer
que trabalharei esta disciplina. Acredito que o diferencial do negócio está no
perfil do empreendedor, bem como nas ideias e oportunidades de negócio
identificadas e avaliadas
CURSO: NEaD - DISCIPLINAS DE GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA: EMPREENDEDORISMO
PROF. AUTOR: VANDERLÉIA MARTINS LOHN
MODALIDADE: A DISTÂNCIA
1 IDENTIFICAÇÃO
Iniciação empresarial. O empreendedor e sua importância para a sociedade. O perfil do empreendedor de sucesso. Atividade empreendedora como opção de carreira. Empreendedorismo corporativo. O empreendedor e o processo visionário. Oportunidades de negócios. Criatividade. Fatores críticos de sucesso do empreendedor no contexto brasileiro.
2 EMENTA
• Definir conceitos importantes de negócios para a iniciação empresarial do empreendedorismo.
• Apresentar ao acadêmico o importante papel do empreendedor para o crescimento sustentável da sociedade, analisando as gerações futuras e o crescimento econômico, social e ambiental.
• Desenvolver nos acadêmicos o espírito empreendedor, com vistas a identificar potenciais empreendedores e oportunidades de negócios como alternativas de carreira.
• Identificar os fatores críticos de sucesso do empreendedor no contexto brasileiro.
• Propiciar o estudo e análise do plano de negócio, ferramenta-chave para o sucesso do negócio.
3 OBJETIVOS
• Agir de forma ética e transparente na iniciação empresarial.
• Saber avaliar o papel do empreendedor no crescimento econômico, social e ambiental da sociedade.
• Avaliar oportunidades de negócios.
4 HABILIDADES E COMPETÊNCIAS
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A disciplina de Empreendedorismo destaca como valores e atitudes o comportamento ético e humano que o acadêmico deve formar como profissional e cidadão de uma organização chamada Vida, que objetiva o crescimento econômico, social e ambiental de uma determinada comunidade e sociedade. Destaca-se a responsabilidade social de cada cidadão em relação ao meio no qual está inserido e na formação da cultura organizacional.
5 VALORES E ATITUDES
UNIDADE I
• Iniciação empresarial.
• O empreendedor e sua importância para a sociedade.
• O perfil do empreendedor de sucesso.
• Atividade empreendedora como opção de carreira.
UNIDADE II
• Empreendedorismo coorporativo.
• O empreendedor e o processo visionário.
• A criatividade e as oportunidades de negócios.
• Plano de negócio e os fatores críticos de sucesso do empreendedor.
6 CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
• Avaliar os riscos de abrir um negócio próprio.
• Identificar as características de um empreendedor de sucesso.
• Desenvolver as capacidades de iniciativa, criatividade e visionária da carreira profissional.
• Saber avaliar um plano de negócio, bem como calcular os riscos e trabalhar em sintonia com o mercado.
• Utilização de material didático impresso (livro texto).
• Interação através do Ambiente Virtual de Aprendizagem.
• Utilização de material complementar (sugestão de filmes, livros, sites, músicas, ou outro meio adequado à realidade do aluno).
7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
• Pontualidade e assiduidade na entrega das atividades propostas no material didático impresso (livro-texto) e solicitadas pelo tutor, no Ambiente Virtual de Aprendizagem.
• Realização das avaliações presenciais obrigatórias.
8 ATIVIDADES DISCENTES
A avaliação ocorrerá em todos os momentos do processo ensino-aprendizagem considerando:
• leitura do de material didático impresso (livro texto);
• interação com tutor através do Ambiente Virtual de Aprendizagem;
• realização de atividades propostas no material didático impresso (livro texto) e/ou pelo tutor no Ambiente Virtual de Aprendizagem;
• aprofundamento de temas em pesquisa extra material didático impresso (livro texto).
9 PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor: empreendedorismo e viabilização de novas empresas: um guia eficiente para iniciar e tocar seu próprio negócio. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 281p.
DEGEN, R. J. O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial. 8.ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 2005. 368p.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 293p. 9 reimp.
10.1 BIBLIOGRAFIA BÁSICA
10 BIBLIOGRAFIA
DOLABELA, F. O segredo de Luísa: uma idéia, uma paixão e um plano de negócios: como nasce o empreendedor e se cria uma empresa. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. 299p.
PEREIRA, H. J. Criando seu próprio negócio. Brasília: SEBRAE, 1995. 316p.
10.2 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
10.3 BIBLIOGRAFIA INTERNET
SEBRAE. http://www.sebrae.com.br
EMPREENDEDOR. http://www.empreendedor.com.br
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MÁ
RIO
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Capítulo 1 - Estudo empresarial ................................................................. 17
1.1 Contextualizando ........................................................................................................... 171.2 Conhecendo a teoria ..................................................................................................... 18 1.2.1 Defi nição de negócio ......................................................................................... 18 1.2.2 Defi nição de estratégia ...................................................................................... 21 1.2.3 A organização no contexto social .................................................................. 23 1.2.4 Defi nição de empreendedorismo .................................................................. 27 1.2.5 Abrindo o seu próprio negócio ...................................................................... 311.3 Aplicando a teoria na prática ..................................................................................... 35 1.3.1 Resolvendo ............................................................................................................. 361.4 Para saber mais ............................................................................................................... 371.5 Relembrando ................................................................................................................... 381.6 Testando os seus conhecimentos ............................................................................. 38Onde encontrar ...................................................................................................................... 40
Capítulo 2 - O empreendedor e sua importância para a sociedade ........ 41
2.1 Contextualizando ........................................................................................................... 412.2 Conhecendo a teoria ..................................................................................................... 42 2.2.1 O papel do empreendedor na sociedade ................................................... 42 2.2.2 Defi nição de sociedade ..................................................................................... 44 2.2.3 O empreendedor social ..................................................................................... 46 2.2.4 A contribuição do empreendedor para o crescimento econômico .. 51 2.2.5 A contribuição do empreendedor para o crescimento social ............. 53 2.2.6 A contribuição do empreendedor para
o desenvolvimento sustentável ...................................................................... 55 2.2.7 Empreendedorismo e responsabilidade social ......................................... 572.3 Aplicando a teoria na prática ..................................................................................... 61 2.3.1 Resolvendo ............................................................................................................. 632.4 Para saber mais ............................................................................................................... 642.5 Relembrando ................................................................................................................... 652.6 Testando os seus conhecimentos ............................................................................. 65Onde encontrar ...................................................................................................................... 66
Capítulo 3 - O perfi l do empreendedor de sucesso ................................... 69
3.1 Contextualizando ........................................................................................................... 693.2 Conhecendo a teoria ..................................................................................................... 70 3.2.1 O perfi l do empreendedor de sucesso ......................................................... 70 3.2.2 Características do empreendedor ................................................................. 74 3.2.3 Tipos de empreendedores ................................................................................ 80 3.2.4 Perfi l do empreendedorismo no Brasil ........................................................ 82 3.2.5 As mudanças no perfi l do empreendedor .................................................. 85 3.2.6 O empreendedor e a capacitação técnica .................................................. 873.3 Aplicando a teoria na prática ..................................................................................... 89 3.3.1 Resolvendo ............................................................................................................. 933.4 Para saber mais ............................................................................................................... 943.5 Relembrando ................................................................................................................... 953.6 Testando os seus conhecimentos ............................................................................. 96Onde encontrar ...................................................................................................................... 97
Capítulo 4 - Atividade empreendedora como opção de carreira ................................. 99
4.1 Contextualizando .................................................................................................................................... 994.2 Conhecendo a teoria ............................................................................................................................100 4.2.1 Atividade empreendedora e carreira ...................................................................................100 4.2.2 Informações essenciais para atividade de empreendedor ..........................................106 4.2.3 Carreira orientada para o empreendedorismo ................................................................111 4.2.4 Sou empreendedor? ..................................................................................................................113 4.2.5 Situações do negócio próprio ................................................................................................1154.3 Aplicando a teoria na prática ............................................................................................................119 4.3.1 Resolvendo ....................................................................................................................................1214.4 Para saber mais ......................................................................................................................................1224.5 Relembrando ..........................................................................................................................................1234.6 Testando os seus conhecimentos ....................................................................................................124Onde encontrar .............................................................................................................................................127
Capítulo 5 - Empreendedorismo corporativo ..............................................................129
5.1 Contextualizando ..................................................................................................................................1295.2 Conhecendo a teoria ............................................................................................................................130 5.2.1 A abrangência do termo empreendedorismo corporativo .........................................130 5.2.2 O empreendedorismo nas organizações ...........................................................................135 5.2.3 O intraempreendedor ...............................................................................................................137 5.2.4 O empreendedor corporativo ................................................................................................141 5.2.5 O empreendedorismo como estratégia de gestão ........................................................144 5.2.6 O empreendedorismo como estratégia de agregar valor ao cliente .......................1465.3 Aplicando a teoria na prática ............................................................................................................149 5.3.1 Resolvendo ...................................................................................................................................1505.4 Para saber mais ......................................................................................................................................1515.5 Relembrando ..........................................................................................................................................1525.6 Testando os seus conhecimentos ....................................................................................................153Onde encontrar .............................................................................................................................................154
Capítulo 6 - O empreendedor e o processo visionário ...............................................157
6.1 Contextualizando ..................................................................................................................................1576.2 Conhecendo a teoria ............................................................................................................................158 6.2.1 Processo visionário ....................................................................................................................158 6.2.2 Processo visionário na organização .....................................................................................163 6.2.3 Motivação no processo visionário ........................................................................................166 6.2.4 O empreendedor e a liderança ..............................................................................................169 6.2.5 Tipos de liderança .......................................................................................................................171 6.2.6 A liderança e o processo visionário no perfi l empreendedor .....................................1756.3 Aplicando a teoria na prática ............................................................................................................176 6.3.1 Resolvendo ....................................................................................................................................1796.4 Para saber mais ......................................................................................................................................1806.5 Relembrando ..........................................................................................................................................1816.6 Testando os seus conhecimentos ....................................................................................................182Onde encontrar .............................................................................................................................................183
Capítulo 7 - A criatividade e as oportunidades de negócios ......................................185
7.1 Contextualizando ..................................................................................................................................1857.2 Conhecendo a teoria ............................................................................................................................186 7.2.1 Criatividade e oportunidades de negócios .......................................................................186 7.2.2 Diferenciando ideias e oportunidades ................................................................................188 7.2.3 Ideia e criatividade .....................................................................................................................192 7.2.4 Características de criatividade ...............................................................................................197 7.2.5 Reconhecendo as oportunidades no empreendedorismo .........................................200 7.2.6 Tipos de oportunidades de negócios ..................................................................................2037.3 Aplicando a teoria na prática ............................................................................................................205 7.3.1 Resolvendo ....................................................................................................................................2077.4 Para saber mais ......................................................................................................................................2077.5 Relembrando ..........................................................................................................................................2097.6 Testando os seus conhecimentos ....................................................................................................209Onde encontrar .............................................................................................................................................211
Capítulo 8 - Plano de negócios e os fatores críticos
de sucesso do empreendedor ......................................................................................213
8.1 Contextualizando ..................................................................................................................................2138.2 Conhecendo a teoria ............................................................................................................................214 8.2.1 Conceitos de plano de negócio .............................................................................................214 8.2.2 Informações importantes do negócio .................................................................................217 8.2.3 Etapas do plano de negócio ...................................................................................................221 Dados gerais da empresa ...........................................................................................................................................221 Identifi cação ...................................................................................................................................................................221 Análise interna e externa da empresa – postura estratégica ........................................................................222 Plano de marketing ......................................................................................................................................................223 Plano fi nanceiro .............................................................................................................................................................224 8.2.4 Fatores críticos de sucesso do empreendedor .................................................................225 8.2.5 A construção de um plano de negócio ...............................................................................2278.3 Aplicando a teoria na prática ............................................................................................................233 8.3.1 Resolvendo ....................................................................................................................................2368.4 Para saber mais ......................................................................................................................................2368.5 Relembrando ..........................................................................................................................................2378.6 Testando os seus conhecimentos ....................................................................................................237Onde encontrar .............................................................................................................................................239
Referências ......................................................................................................................................................241
17Empreendedorismo
1.1 Contextualizando
Na era da informação, como está sendo chamada, indivíduos e organizações
estão cada vez mais conscientes de que uma informação que responda a uma
necessidade ou questão estratégica de um negócio de forma completa tem
muito valor a um empreendimento. O empreendedor não perde oportunidades
e pode concentrar seus esforços no que é realmente importante e necessário.
Temos convivido com exemplos de negócios de sucesso e também de
insucesso nos últimos anos. Muitos exemplos, principalmente os de sucesso,
são reconhecidos por terem o empreendedor como uma pessoa que possui
uma visão do futuro ampla, que assume riscos e utiliza a criatividade e a
inovação para identificar oportunidades de negócios em ambientes muitas
vezes não muito favoráveis a negócios. Negócios marcados pela capacidade de
estabelecer e atingir objetivos e com alto nível de consciência do ambiente em
que vivem, usando-o para detectar oportunidades de negócios.
Lanço a você uma pergunta para iniciarmos a nossa aula: quantos já
empreendem por conta própria e quantos desejam fazer isso no futuro? Se você
deseja empreender no futuro, tem ideia sobre que tipo de negócio escolherá?
Ao final deste capítulo, esperamos que você:
• saiba definir um negócio;
• identifique a diferença entre negócio e empresa;
• defina o que é estratégia;
• identifique o papel da empresa no contexto social;
• saiba definir empreendedorismo.
ESTUDO EMPRESARIAL
CAPÍTULO 11
Capítulo 1
18 Empreendedorismo
1.2 Conhecendo a teoria
1.2.1 Defi nição de negócio
Podemos iniciar o nosso estudo com essa grande pergunta: o que é
um negócio?
O papa da Administração, Peter Drucker, na década de 70, já descrevia
que o sucesso de um negócio não depende da inspiração ou somente da ideia,
mas de estudo árduo, ou seja, um ato de vontade e pesquisa sobre o mercado
em que se pretende atuar. Assim como a pesquisa pode resultar na invenção
de um produto, serviço e até mesmo um negócio, também pode haver, ou
precisa haver uma busca premeditada de oportunidades para inovar.
Assim, começamos a definição de negócio com a visão de alguns autores
importantes da nossa disciplina, mas antes é importante realizar outra
pergunta: o que leva um indivíduo a querer abrir o seu próprio negócio?
Chér (2002), um autor que será muito mencionado no nosso estudo,
descreve dois motivos importantes para essa decisão:
• após a demissão da empresa em que trabalhava – quando abrir o
próprio negócio pode ser uma alternativa de trabalho e sustento e,
em algumas situações, a dificuldade em conseguir uma recolocação
profissional no mercado de trabalho;
• outro motivo interessante é que, na grande maioria dos casos, o que
leva à abertura do negócio próprio é o sonho de abrir um negócio,
que geralmente é um sonho antigo, alimentado pelo desejo de
independência, de autonomia, de ser “dono do próprio nariz”, além
da prosperidade financeira.
Mas voltando à nossa primeira pergunta: o que é um negócio?
Podemos descrever algumas visões diferentes que levam ao mesmo conceito.
Na área econômica, negócio é descrito como uma organização, que é gerenciada
ou administrada por um grupo de pessoas cujo objetivo consiste em captar recursos
financeiros, por meio da venda de um produto ou serviço, para gerar lucro e
consequente circulação de capital ou dinheiro entre a economia e uma sociedade.
Capítulo 1
19Empreendedorismo
Outros pensadores, principalmente da área das ciências humanas e
sociais, já entendem negócio como um conjunto de pessoas que visam o
processamento de informações e conhecimentos para a construção de um
produto ou serviço para satisfazer às necessidades de um determinado
público, inserido numa sociedade que busca a sobrevivência de uma forma
sustentável e socialmente correta.
Mais uma questão é importante analisarmos. Será que realizamos a
pergunta: qual é o negócio que pretendo ter? Ou ainda, qual é o nosso negócio?
Segundo o nosso papa da Administração, Peter Drucker (2002), a questão
é que essa pergunta geralmente não é realizada, e quando é realizada, descreve-
se de forma muito rápida e sem uma análise consistente sobre o negócio,
levando, na grande maioria das vezes, a um fracasso do empreendimento.
A falta de uma reflexão e análise dessas perguntas levam à falência muitas empresas e, em alguns casos, geram até a separação de algumas famílias e sócios.
SAIBA QUE
Um ponto relacionado à definição do negócio está muito ligado ao
“ramo em que se deseja empreender”. Ou seja, quero empreender, mas não
sei em que ramo devo seguir. E aí começamos a pensar...
Como alguém pode desejar empreender se não tem ideia alguma do negócio? A vontade de empreender não estaria necessariamente ligada a uma oportunidade específica? Ou ainda: será que é possível empreender em um ramo incerto e que ainda não conheço?
REFLEXÃO
Capítulo 1
20 Empreendedorismo
Chér (2008) explica que essas perguntas podem ser respondidas
analisando-se o comportamento das pessoas envolvidas no negócio. E deve-se
questionar os quesitos: quero a liberdade de ter um negócio próprio? Qual
tipo de motivação leva a esse querer? O querer ter um negócio próprio leva a
realizações que me orgulhem ou orgulhem os outros?
Chamo sua atenção para o seguinte fato: ao decidir abrir um negócio,
faz-se necessário ao futuro empreendedor realizar um autoconhecimento,
ou seja, antes de tudo, realizar uma reflexão sobre o que gosta, o que o
incomoda, o que adora fazer, suas habilidades, suas fragilidades, o que
espera dessa nova etapa de vida, o que espera do seu futuro, dentre outros
questionamentos que o levem ao estudo do seu eu interior. Deve-se pensar no
hoje e no amanhã, criar visões de futuro para si próprio e para aqueles que,
por alguma razão, vão estar com você neste negócio, como seus familiares,
funcionários, clientes e comunidade.
Assim, podemos dizer que, antes de definir o negócio que pretendemos
desenvolver, é necessário realizar um estudo a respeito do autoconhecimento e
da visão de futuro, pois o sucesso dos empreendedores reside na extensão de si
próprios. Eles somente ingressam em um negócio quando conseguem identificar
a possibilidade de utilizar suas habilidades e interesses pessoais como profissionais
e na forma de gerar um futuro desejado para aqueles que estão diretamente e
indiretamente ligados ao seu negócio. Mas afinal, o que é autoconhecimento?
CONCEITOCONCEITO
Autoconhecimento significa conhecer o seu “Eu”... saber os seus pontos fortes e fracos como pessoa e como profissional... saber as suas habilidades e fragilidades... saber como trabalhar e depender das pessoas para a sua sobrevivência e sobrevivência das pessoas que dependem de você...
Definir o negócio é explicitar o âmbito de atuação da empresa, ou seja,
o melhor caminho é o conhecimento do mercado.
Falar de negócio também resgata o trabalhar com estratégias e,
principalmente, saber desenvolver e aplicar as estratégias no momento correto do
empreendimento – negócio. Passamos, então, a explicar o significado de estratégia.
Capítulo 1
21Empreendedorismo
1.2.2 Defi nição de estratégia
Você já ouviu falar na palavra “estratégia”? Com certeza sim, e muitas
vezes ao longo de sua caminhada profissional e até mesmo pessoal, certo?
A palavra estratégia é hoje uma das palavras mais utilizadas no mercado e
no ambiente acadêmico, tendo em vista, principalmente, o momento econômico,
social e ambiental que estamos vivenciando, além de ser uma temática muito
estudada e pesquisada nas instituições de ensino superior. Ser estratégico
atualmente é saber como administrar ou gerenciar o ambiente interno em
relação ao ambiente externo da organização, de tal modo que, por um lado,
representa uma condicionante à sua atividade ou negócio, e por outro, lhe
oferece oportunidades que cabe aproveitar e avaliar em relação ao seu negócio.
Vamos analisar a visão de alguns autores? Andrews (2001) apresenta
estratégia como um padrão de decisões de uma organização que determina
e revela seus objetivos, propósitos ou metas, produz as principais políticas e
planos para a obtenção dessas metas e define a escala de negócios em que a
empresa deve se envolver, o tipo de organização econômica e humana que
pretende ser, a natureza da contribuição econômica e não econômica que
pretende proporcionar a seus acionistas, funcionários e comunidade.
Estratégia corresponde ao conjunto de critérios de decisão escolhido pelo
núcleo estratégico para orientar as atividades e a configuração da organização
em estudo (MARTINET, 1984).
CONCEITOCONCEITO
Estratégia é uma força mediadora entre a organização e o seu meio, que envolve um padrão no processo de tomada de decisões organizacionais para fazer face ao meio envolvente (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2000).
Estratégia é um conceito multidimensional e situacional e isso dificulta
uma definição consensual. O conceito de estratégia é muito utilizado no estudo
militar. Afinal, foi na I Guerra Mundial que o estudo de estratégia começou a
ser analisado e verificado na sua implementação, avaliando as estratégias que
os soldados desenvolviam para atacar e para se defender do inimigo, ou seja,
Capítulo 1
22 Empreendedorismo
a estratégia diz respeito ao futuro da organização e à batalha pelo futuro do
país e das pessoas ali envolvidas.
São muitos os autores que trabalham o conceito de estratégia. Algumas definições mais restritas, outras mais abrangentes, que se centram em aspectos particulares da área de estudo e até mesmo do segmento em análise, mas sempre considerando os fatores mais pertinentes à tomada de decisão.
SAIBA QUE
Como já abordado aqui em nosso estudo, o tema estratégia hoje é a
ferramenta de sucesso para um negócio, considerando-se um empreendimento
que já esteja bem posicionando no mercado ou um empreendimento que
esteja iniciando as suas atividades. Assim, a estratégia garante o desempenho
e competitividade para a empresa. A orientação estratégica descreve os fatores
que levam à formulação da estratégia de uma empresa.
O artigo escrito por Dias, Gonçalves e Garcia (2005), publicado na Revista
HSM Management, destaca tópicos importantes para a prosperidade do
ambiente interno de uma organização: estabelecer uma estrutura interna
capacitada a atender seus objetivos de desempenho, bem como de monitorar as
ações da concorrência; antecipar os movimentos da concorrência e a perspectiva
de clientes e fornecedores; antecipar os movimentos da concorrência e a
perspectiva de clientes e fornecedores; atuar de forma preventiva, evitando
ataques às posições já conquistadas; agir proativamente, visando inovações e
conquistas de novas posições.
EXPLORANDOEXPLORANDO
Sugiro a leitura na íntegra do artigo citado da HSM Management - “Estratégia garante desempenho em fases turbulentas”. Você pode encontrá-lo no seguinte endereço: <http://hdestudos.files.wordpress.com/2008/03/hsm-estrategia-garante-desempenho-em-fases-turbulentas.pdf>.O artigo relata a importância de um gestor com visão estratégica para o sucesso do negócio.
Capítulo 1
23Empreendedorismo
Vejamos agora o estudo da organização no contexto social, ou seja, qual
a contribuição do negócio para a sociedade.
1.2.3 A organização no contexto social
Novos conceitos de organização, mercado, empresas e sociedade
estão nos levando a conceitos de probabilidades, tendências, respostas
paradoxais da organização no contexto social. Novas teorias estão sendo
construídas e aplicadas, como a interação e a inter-relação da organização
com a sociedade.
Nesta reflexão de sociedade, começamos a destacar a importante relação
que a organização deve ter com a comunidade ou sociedade na qual está
inserida, em que o todo está nas partes e as partes estão no todo.
A organização, em si mesma, já constitui um órgão da sociedade e existe
para cooperar com a sociedade, a economia e as pessoas, contribuindo com
o resultado necessário. Assim, a organização faz parte da sociedade e tem
com ela uma importante relação de troca. Quando a organização oferece
um produto ou serviço de qualidade à sociedade, a mesma irá retribuir,
utilizando esses produtos e serviços e, consequentemente, o resultado
financeiro positivo aparecerá (DRUCKER, 2001).
Para as empresas permanecerem no mercado, não basta apenas reduzir custos para maximizar a riqueza. Elas precisam satisfazer seus funcionários, demonstrar preocupações com os impactos ambientais, ser éticas e flexíveis para se ajustar às mudanças.
Muitos de nós, inclusive você e eu, antes de iniciar um estudo acadêmico,
pensávamos que o papel principal e único de uma empresa deveria ser somente
o lucro, mas hoje já sabemos que tem um objetivo muito maior: propiciar a
geração de renda à economia, mas também propiciar um relacionamento social
que envolva o crescimento econômico, social e ambiental da comunidade em
que estamos inseridos.
Neste contexto, procede-se a importância da denominação de
organização, como explana Weber (apud HALL, 1984), que distingue, em
primeiro lugar, o grupo empresarial de outras formas de organização social.
Capítulo 1
24 Empreendedorismo
O grupo empresarial envolve um relacionamento social que está fechado ou
limita a admissão de estranhos por meio de regras, na medida em que sua
ordem é imposta pela ação de indivíduos específicos cuja função regular é
esta, de um chefe e, usualmente, também de uma equipe administrativa.
Em vista do que foi apresentado, ainda destaca-se que a estrutura
organizacional pode variar em complexidade, formalização e centralização,
conforme pode ser percebido no Quadro explicativo a seguir.
• Complexidade Relata aspectos importantes dentro da organização, as múltiplas divisões e níveis hierárquicos que geralmente são muito evidentes, exige uma maior coordenação e controle das atividades. Este processo de complexidade se relaciona com as alterações do programa, que ocorrem nas subdivisões das tarefas por trabalho, autoridades ou variáveis interligadas nas condições internas e externas que estão relacionadas à estrutura e ao processo organizacional.
• Formalização Possui consequências importantes no processo do indivíduo, pois as normas e procedimentos das tarefas na organização fazem parte deste contexto. O grau de formalização enfatiza o papel do profissional, o que influencia no seu comportamento.
• Centralização Refere-se à forma como é feita a distribuição de poder das organizações, que resulta em outras ações, ligadas a normas e decisões da organização, que se relaciona com o tamanho da estrutura, tecnologia utilizada, o ambiente e as escolhas que a organização realiza durante o processo das atividades.
Quadro 1 Estrutura organizacionalFonte: adaptado de Hall (1984).
Contudo, a forma do processo interno é mais democrática com uma
participação contínua do grupo, e a complexidade planejada pode ser mais notável,
o que implica na construção de respostas a desafios que hoje são colocados para a
expansão e qualificação de atividades das organizações do terceiro setor.
Capítulo 1
25Empreendedorismo
A partir do momento em que a empresa está inserida na sociedade,
é necessário desenvolver seu papel de troca e interdependência com
seus stakeholders, sendo estes os clientes internos ou seus fornecedores,
clientes internos e a comunidade. Para o Instituto Ethos (2005), a sociedade
brasileira espera que as empresas cumpram um novo papel no processo
de desenvolvimento: sejam agentes de uma nova cultura, sejam atores de
mudança social, sejam construtores de uma sociedade melhor, destacando o
papel dos nossos futuros empreendedores.
Mas qual é o comportamento empresarial? Pelo desenvolvimento das
escolas de administração, os modelos de gestão e administração das empresas
vêm se adequando aos pressupostos ambientais, sociais e econômicos, do
ponto de vista dos objetivos e das finalidades da empresa, ou seja, a busca
pela produção e maximização dos lucros, destacando aqui a importância de
cultivar um bom relacionamento entre as partes envolvidas.
Veja como uma equipe de autores (MALHEIROS; FERLA; CUNHA, 2005,
p.137) descreve o ato de cultivar um bom relacionamento.
CONCEITOCONCEITO
Cultivar um bom relacionamento entre as pessoas em uma organização é a chave do sucesso de muitas empresas, embora muitas ainda não tenham se dado conta da importância desse fator.
Assim, podemos dizer que construir uma organização significa agrupar
pessoas, mas não somente agrupá-las, e sim fazer com que elas formem uma
equipe. Esta equipe é responsável pelo compartilhamento das informações e
conhecimentos, seguindo da construção do produto ou serviço.
Qual a chave dessa construção? A sinergia que deve haver nesse grupo,
ou seja, o resultado maior que é somado pelo grupo e não apenas por um
único indivíduo.
Também é importante destacar que formar uma equipe não é uma
atividade fácil e nem de curto prazo. Formar uma equipe exige tempo e amplo
conhecimento grande de gerenciar. É importante falarmos sobre as relações
Capítulo 1
26 Empreendedorismo
organizacionais no tema empreendedorismo, pois são as pessoas, esse conjunto
ou equipe, que buscarão o alcance do objetivo da empresa, bem como o lucro
esperado e até a sua sobrevivência.
EXPLORANDOEXPLORANDO
O livro O segredo de Luísa: uma ideia, uma paixão e um plano de negócios: como nasce o empreendedor e se cria uma empresa, de Fernando Dolabela, apresenta o importante papel da empresa no contexto social. Além disso, demonstra a importância das relações organizacionais para o sucesso de um empreendimento. Sugiro a leitura desse livro na nossa disciplina.
Quanto mais informação o empresário tiver, mais competitiva será sua empresa (SEBRAE, 2008). Um dos destaques da pesquisa GEM 2008, por exemplo, é a melhoria observada entre empreendedorismo por oportunidade e por necessidade, ou seja, reforça o estudo acima, os futuros empreendedores estão analisando e conhecendo melhor o mercado que pretendem atuar. Segundo dados do SEBRAE, em 2008, foram registrados dois empreendedores por oportunidade para cada empreendedor por necessidade.
SAIBA QUE
O principal alvo do Sebrae está justamente no empreendedor por
oportunidade; este, pela opção escolhida, pode ter mais persistência e
segurança no que faz ou irá fazer. Estudos do Sebrae atestam que o Brasil
ocupou a 13ª posição no ranking mundial de empreendedorismo, realizado
pelo Global Entrepreneurship Monitor em 2008. A Taxa de Empreendedores
em Estágio Inicial (TEA) brasileira foi de 12,02, o que significa que, de cada 100
brasileiros, 12 realizavam alguma atividade empreendedora até o momento
da pesquisa. Essa taxa está relativamente próxima da média histórica brasileira,
que é de 12,72 (SEBRAE, 2008).
Capítulo 1
27Empreendedorismo
EXPLORANDOEXPLORANDO
Visite o site do Sebrae e saiba mais sobre a pesquisa realizada. Site: <www.sebrae.org.br>.
Vamos seguir o nosso estudo conhecendo algumas definições e conceitos
de empreendedorismo.
1.2.4 Defi nição de empreendedorismo
O empreendedorismo trata de uma área muito importante na
administração, área responsável por criar e inovar, seja com ideias, produtos,
serviços. Atualmente, constitui uma das ferramentas mais trabalhadas no
mercado, o ato de criar projetos e inovar. O empreendedorismo descreve
comportamentos que estão envolvidos com o traço de um indivíduo.
Mas o que é empreendedorismo?
Figura 1 - EmpreendedorismoFonte: <http://offi ce.microsoft.com>.
Dornelas (2001) explica que o empreendedorismo é o processo de criar e
inovar produtos, ideias, projetos e ações que tenham um valor econômico e social
para a organização, que requer planejamento e monitoramento sistemático,
comprometimento, busca de oportunidades e iniciativa, persistência e visão.
Capítulo 1
28 Empreendedorismo
Afinal, uma ideia sozinha não vale nada; o que importa é saber desenvolvê-la,
implementá-la e construir um negócio.
O empreendedorismo surgiu da observação, da percepção e análise
de atividades, tendências e desenvolvimentos na cultura, na sociedade,
nos hábitos sociais de consumo. Surge das oportunidades identificadas de
necessidades percebidas e, principalmente, de necessidades não atendidas
que podem definir uma oportunidade de negócio (BERNARDI, 2005).
Ainda segundo Bernardi (2005), normalmente a ideia de empreender é
concretizada de cinco formas:
• montagem de um empreendimento;
• compra de uma empresa em funcionamento;
• sociedade num novo empreendimento;
• sociedade num empreendimento em funcionamento;
• franquia de um produto ou serviço.
Convém destacar que abrir um negócio próprio não é uma atividade restrita
aos privilegiados pelo destino ou aqueles que já têm um empreendimento na
família e, por conseguinte, continuam o negócio. Ter um negócio próprio diz
respeito à autoanálise que deve ser realizada, ou seja, diz respeito ao estudo
de mercado, ao conhecimento sobre o segmento de mercado em que você
pretende atuar, à força de vontade de querer aquele negócio, às oportunidades
empreendedoras que o mercado e a vida lhe proporcionam, além de um plano
de negócio, tema que vamos estudar mais adiante.
• No mundo e no Brasil existe um número muito grande de empreendedores.
• O Brasil é um dos países melhor situados no ranking do empreendedorismo.
• Muitos empreendedores passam por diversos problemas e fracassos até aprender.
SAIBA QUE
O empreendedorismo é composto por diferentes características, presentes em
diferentes perfis de personalidade, em que se destacam, segundo Bernardi (2005):
Capítulo 1
29Empreendedorismo
• senso de oportunidade;
• dominância;
• agressividade e energia para realizar;
• autoconfiança;
• otimismo;
• dinamismo;
• independência;
• persistência;
• flexibilidade e resistência a frustrações;
• criatividade;
• propensão ao risco;
• liderança carismática;
• habilidade de equilibrar “sonho e realização”;
• habilidade de relacionamento.
Com as características mencionadas, pode-se dizer que o empreendedor
é um agente de mecanismos de mudanças, com capacidade de identificar e
explorar novas oportunidades, pela combinação dos tópicos traçados e recursos
humanos e financeiros. A habilidade de identificar e realizar novas ideias e
oportunidades de negócios é a definição adequada de empreendedorismo.
Mas qual é a origem do empreendedorismo? O empreendedor é nato?
Ou seja, você já nasce empreendedor ou pode se tornar um empreendedor
durante a sua caminhada profissional e pessoal?
Vamos descobrir? O mito de que não é possível desenvolver um
empreendedor e que o sujeito já nasce com o perfil e características
empreendedoras é falso. Temos, sim, alguns empreendedores natos, mas
também temos empreendedores que desenvolveram esse perfil durante a sua
caminhada, existindo várias circunstâncias, segundo Bernardi (2005), dentre as
quais destaca:
• o herdeiro – aquele que adquire uma empresa de sua família
e não necessariamente tem o perfil empreendedor, mas com o
acompanhamento familiar acaba sendo treinado para assumir o
papel de empreendedor;
• o funcionário da empresa – esse perfil é muito comum no mundo do
empreendedorismo. Aqueles que, insatisfeitos com a empresa que
Capítulo 1
30 Empreendedorismo
trabalham e já tendo algumas características do empreendedorismo,
em algum momento da sua carreira, decidem partir para um negócio
próprio e pedem demissão da empresa;
• excelente técnico - com características de empreendedor, dispõe do
conhecimento e de experiências sobre algum produto ou serviço e
decide iniciar um negócio próprio;
• vendedor - geralmente pela dinâmica e experiência que possui
sobre o ramo em que atua, inicia um negócio próprio em indústria,
comércio ou serviços;
• opção de emprego – uma modalidade não muito indicada e que
geralmente tem um alto índice de risco. Por questões circunstanciais,
pode ter dois desdobramentos: com características empreendedoras,
há possibilidade de sucesso; e sem características empreendedoras,
tem chance de sucesso, dependendo de como a oportunidade é
analisada e encarada;
• desenvolvimento paralelo – a pessoa que é funcionária de uma
empresa, tendo características empreendedoras, estrutura-se entre
amigos ou familiares e desenvolve um negócio derivado de suas
experiências ou não, ou fica sócio de algum ramo de negócio;
• aposentadoria – com as experiências adquiridas durante a sua carreira
profissional, e devido à idade precoce com que sai do mercado, inicia
um negócio próprio, geralmente no comércio ou serviço.
Acabamos de estudar algumas características que levam ao
empreendedorismo e agora quero destacar alguns nomes de empreendedores
conhecidos:
• Abílio Diniz (Pão de Açúcar);
• Bill Gates (Microsoft);
• Silvio Santos (Grupo Silvio Santos);
• Eike Batista (empresas do setor de mineração e petróleo);
• Antonio Ermírio de Moraes (Grupo Votorantin).
E há muitos outros que atuam no empreendedorismo, e que a partir de
uma pequena oportunidade, conseguiram criar verdadeiros negócios.
Capítulo 1
31Empreendedorismo
INTERAGINDOINTERAGINDO
Agora faça uma paradinha e troque exemplos de empreendedores com outras pessoas e até mesmo com seus colegas de turma. Quero ver você listar 10 nomes de empreendedores de sucesso da sua cidade. Isso é fácil!
1.2.5 Abrindo o seu próprio negócio
Figura 2 - O próprio negócioFonte: <http://www.gettyimages.com>.
Como surge a ideia de ter o próprio negócio? É importante destacar
que muitos negócios abrem mediante contatos que o profissional possui
no próprio ramo em que atua como empregado, em círculos de amizades
e de conhecimento mercadológico e outras informações, por exemplo, a
partir de conversas.
O Serviço Brasileiro de Apoio a Pequenas e Médias Empresas (SEBRAE,
2008) intitula os seguintes quesitos que levam alguém a ter o próprio negócio:
• profissionais que saíram de grandes organizações com recursos
econômicos significativos;
• aqueles que deixaram seus empregos para se tornarem empresários;
• necessidade de realização;
• aqueles que, sem a maior pretensão, herdaram algum negócio da família.
Capítulo 1
32 Empreendedorismo
O estudo publicado pelo Sebrae (2008) também relata que as empresas mais
bem sucedidas, que não encerram suas atividades no primeiro ano, apresentaram,
na sua grande maioria, um padrão de escolaridade maior dos empreendedores ao
do grupo que não obteve sucesso e foi à falência. Um outro ponto destacado é a
experiência profissional anterior e o conhecimento prévio do mercado, especialmente
do segmento em atuação, apresentando melhores resultados e permanência de
mercado justamente os empresários que detinham tais conhecimentos.
A criação do próprio negócio principalmente nos case de sucesso, foi tributária à identificação de oportunidades, em conjunto com outras motivações. Como os próprios consultores do Sebrae relatam, esse quesito ou motivação estava em primeiro lugar em alguns cases, todavia com uma importância menor, uma vez que a experiência anterior, a insatisfação com o emprego anterior e o capital de investimento foram mais ressaltadas (CHÉR, 2008).
SAIBA QUE
O que você percebe nos quesitos que levam à criação do próprio negócio?
Primeiro, a oportunidade de negócio não quer dizer que, necessariamente, será
um negócio de sucesso. Segundo: o negócio pode ser bom para outros e não
para você. É preciso conhecer o produto ou serviço que está desenvolvendo,
é preciso ter habilidade e experiência na área de mercado. Terceiro: trabalhar
como empregado é muito diferente de atuar como empregador. Ser
empreendedor, dono do seu próprio negócio, é estar envolvido com o trabalho
24 horas, ou seja, é gerenciar recursos humanos, financeiros e materiais para
transformar a oportunidade em um negócio lucrativo. E como diz Dolabela
(1999, p. 25), o principal conhecimento do empreendedor não está nos livros,
mas à sua volta, nas pessoas, no mercado, no mundo.
Uma boa concepção de negócios, logo no início, é uma variável
importante para o sucesso do empreendimento. Neste aspecto, maior ou menor
escolaridade, como visto anteriormente, exerce uma grande influência. Você
pode verificar, até aqui, que não existe uma receita com 100% de acerto para
definir o próprio negócio, nem um segmento de maior ou menor sucesso, mas
deve-se ter atenção aos quesitos destacados anteriormente (CHÉR, 2002, p. 49).
Capítulo 1
33Empreendedorismo
É claro que isso nem sempre é possível. Mas pode-se dizer que aqueles
que possuem um conhecimento maior do mercado e de si próprios, bem como
maior escolaridade, têm maiores chances de sucesso em seu negócio.
Para conhecermos melhor o ato de “abrir o próprio negócio”, destacam-
se algumas afirmações de Dolabela (1999):
• Pode-se dizer que os empreendedores dividem-se igualmente em
dois times: aqueles para os quais o sucesso é definido pela sociedade
e aqueles que têm uma noção interna de sucesso. Não há nenhum
estudo que diga que uma ou outra categoria tenha maior sucesso.
Mas aqueles que possuem uma noção interna de sucesso têm mais
facilidade em alcançar a auto-realização. Quanto mais alto for o
nível cultural, mais frequente se torna o estabelecimento de padrões
internos de sucesso (DOLABELA, 1999, p. 46).
• O empreendedor aprende com os erros e fracassos, diante dos quais
não se abate (DOLABELA, 1999, p. 45).
• É preferível ser cabeça de sardinha a rabo de tubarão (DOLABELA,
1999, p. 45).
• O empreendedor acredita que pode convencer as pessoas a realizarem
o seu sonho. Ele tem a capacidade de colocar o destino a seu favor, a
certeza de fazer diferença no mundo (DOLABELA, 1999, p. 45).
• O empreendedor tenta antecipar situações e preparar-se para elas
(DOLABELA, 1999, p. 48).
Agora vamos apresentar um estudo muito importante a você, quem
sabe, futuro empreendedor. Veremos a diferença entre empresa e negócio.
Segundo Chér (2002), empresa é o conjunto de recursos humanos,
financeiros e materiais que estão ordenados de forma estruturada para viabilizar
os bens e serviços que atendam às necessidades do cliente ou consumidor e,
consequentemente, justifique a razão de ser como negócio. Já negócio também
tem como foco as necessidades de mercado, podendo estar relacionadas a
entretenimento, moda, lazer, gastronomia, dentre outros segmentos.
Capítulo 1
34 Empreendedorismo
Um dos maiores problemas de negócios mal sucedidos está em não definir primeiro o seu negócio, a necessidade de mercado, isto é, o entender para atender, para após pensar nas etapas necessárias para empreender o seu negócio, ou seja, foco da empresa.
SAIBA QUE
Pergunto a você: qual é o negócio da rede O Boticário? Perfumes. Não
está errado, mas também precisamos pensar que um negócio precisa centrar
a análise do benefício do produto ou serviço, o que chamamos de visão
estratégica. Alguns autores chamam esta visão - somente “perfume” - como
uma visão míope do negócio. Assim, o perfume da rede O Boticário também
pode ser identificado como negócio de presente, beleza, autoestima, prazer,
ou seja, esses podem ser os benefícios do produto perfume, que também estão
atrelados ao negócio da rede O Boticário.
Outro destaque da pesquisa GEM (2008) do Sebrae é o aumento da
atividade empreendedora entre os mais novos. Pela primeira vez, jovens de
18 a 24 anos tiveram a mais alta taxa de empreendedorismo entre as faixas
etárias analisadas. Trata-se de uma nova geração de empreendedores que
entra no mercado dos negócios. Outra comparação possível, segundo a
pesquisa realizada pelo Sebrae (2008) é quanto ao número de empreendedores
estimado para cada país. A Índia é o país com a maior população de indivíduos
desempenhando alguma atividade empreendedora. Nesse aspecto, o Brasil
ocupa o terceiro lugar, atrás apenas de Índia e Estados Unidos. A pesquisa
mostra também que para cada empreendedor na Islândia (país com a menor
estimativa de empreendedores) existem 4.224 empreendedores na Índia e
813 empreendedores no Brasil (SEBRAE, 2008). Visite o site do Sebrae e saiba
mais sobre a pesquisa realizada.
Capítulo 1
35Empreendedorismo
1.3 Aplicando a teoria na prática
Destacamos um caso que constitui a abertura de um negócio e que
envolve algumas situações do empreendedorismo analisadas em nossa aula.
O comandante de uma loja de iogurtes
Woody Hamon passou os 22 anos de sua carreira como piloto comercial de uma grande companhia aérea. Problemas trabalhistas e gerenciais ameaçavam fechar a companhia em 1989. Ele era velho demais para ser considerado um jovem promissor que poderia facilmente conseguir colocação em outra empresa, e jovem demais para pensar em aposentadoria. Woody sabia que precisava estar preparado para assumir uma nova carreira caso a companhia fechasse. Não demorou muito, fez amizade com Bob Sinclair, dono de uma cadeia local de lojas de iogurte. “É um grande negócio, com grande potencial de lucros, Woody, desde que você trabalhe duro e fique sempre do olho”. Parecia perfeito para Woody. Ele passou um sábado ajudando Bob em uma das lojas e contou com o entusiasmo de sua esposa, Ann, que havia encontrado aquilo que queria fazer. Ann ficou preocupada com a falta de experiência de Woody para os negócios, porém ele insistia que havia encontrado a atividade certa. Por outro lado, ela cruzava os dedos esperando que a companhia aérea continuasse operando. No entanto, não continuou, e Woody, duas semanas após sua demissão, assinou um contrato de aluguel de três anos. Ele conseguiu um empréstimo de $ 75.000 com a hipoteca de sua casa e, com a ajuda e os conselhos de Bob, encomendaram todo o equipamento e iogurtes necessários para abrir uma loja. Sessenta dias depois, Woody estava infeliz como nunca havia estado; definitivamente odiava o negócio de iogurtes. Trabalhar sete dias por semana em uma loja de 100 metros quadrados, supervisionando balconistas, estava muito longe daquilo que era acostumando. Os negócios começaram lentamente e foram deixando-o deprimido. Ele tomava poucas decisões no trabalho, em casa era irritado, e para completar, não conseguia dormir, pensando em seu grande investimento que vinha afundando. Cada avião que passava fazia com que ele olhasse para o céu. Por que ele imaginou que chegaria a ser um varejista? Afinal, ele pertencia à aviação e não a um shopping center. Aceitando o conselho de amigos e esposa, Woody colocou a loja à venda. Seu objetivo era sair daquilo. Sendo assim, pediu os mesmos $ 75.000 que havia investido, e logo encontrou um comprador em um mês.
Sharon e Debbie foram cordiais, embora um pouco reservadas. Elas lhe ensinaram os procedimentos do caixa e o sistema de controle de estoque. Depois de duas semanas, Susan sentia-se à vontade com suas atribuições, porém ainda se sentia um pouco estranha com as outras garotas. Ela descobriu que, embora gostassem da loja e dos clientes, tinham medo do humor de Roger. Alguns dias ele estava ótimo, em outros era temperamental e muito impulsivo em seu comportamento.
Capítulo 1
36 Empreendedorismo
O primeiro contato de Susan com a inconstância de Roger foi na caixa registradora, enquanto fazia um reembolso para um cliente. “Quem foi que falou para fazer desse jeito?”, falou Roger.
“Debbie” – respondeu Susan.
“Bem, está tudo errado. Debbie não sabe nada. Vou falar com ela; enquanto isso, por favor, pegue aquele papel do chão. Este lugar parece um chiqueiro”. Roger pegou bruscamente o recibo e foi diretamente falar com Debbie, dando-lhe uma bronca em frente ao cliente.
O resultado desse incidente foi a aceitação de Susan pelas outras garotas. Elas começaram a reclamar juntas do comportamento instável de seu chefe. Debbie insistia – “Eu não vou ser tratada assim. Quando ele estiver mal-humorado desaparecerei da sua frente, passarei o dia no estoque ou então direi que estou doente e sairei mais cedo”.
Não demorou muito tempo para Roger perder a paciência com Debbie e demiti-la. Sua substituta durou menos de duas semanas antes que Roger a mandasse embora em um de seus dias ruins. Sharon e Susan começaram a procurar outros empregos, pois ninguém sabia quem era a próxima. Susan não queria sair, mais viver naquela incerteza estava acabando com ela.
Fonte: Texto extraído de HALLORAN, J. W. Por que os empreendedores falham. São Paulo: Makron Books, 1994.
Caso citado pelo professor Álvaro Guillermo Rojas Lesana, da Universidade Federal de Santa Catarina.
Em relação ao texto, vamos analisar os seguintes tópicos: - O que levou
Woody a abrir uma loja de iogurtes? - Qual era a experiência de Woody sobre o
seu futuro negócio? - Qual deveria ter sido o procedimento correto de Woody
para a abertura do negócio?
1.3.1 Resolvendo
Gostaram do caso? Esse caso apresenta a realidade de muitos negócios
no nosso país, pois a grande maioria dos empreendedores (que se dizem
empreendedores) abre o seu negócio sem analisar o mercado, como as
necessidades e, além disso, abre um negócio porque “acha” legal. E quando
falamos de abrir o próprio negócio não podemos analisar com base no “achismo”,
precisamos ter certeza de que esse empreendimento terá um bom resultado.
Respondendo as perguntas anteriores:
• Primeira – o que levou Woody a abrir a loja de iogurtes foi o desespero de
ficar sem um trabalho e “achar” que qualquer um com boa vontade de
Capítulo 1
37Empreendedorismo
trabalhar pode atuar nesse segmento ou até em qualquer outro segmento;
como estudamos neste capítulo, somente o querer e a boa vontade não
bastam, é preciso ter conhecimento da área em que se vai atuar;
• Segunda – Woody não tinha experiência alguma sobre o segmento de
alimentos e, mais especificamente, sobre uma loja de iogurtes;
• Terceira – Woody deveria ter realizado um estudo de mercado (plano
de negócio, ferramenta que vamos estudar na disciplina) e até mesmo
acompanhar por mais tempo o seu colega na loja para saber se
realmente aquele era o negócio ideal para ele. Também deveria ter
analisado com mais calma o que é ser um empreendedor, ou seja, o
que é abrir um negócio próprio e quais as suas características como
atuação de mercado.
Aquilo que já conversamos durante a nossa leitura: ter um negócio
próprio é muito diferente de ser empregado.
1.4 Para saber mais
Estamos chegando ao final do nosso primeiro capítulo e quero deixar
algumas sugestões de livros para leitura e filmes para assistirem.
Livros:
DOLABELA, F. O segredo de Luísa.São Paulo: Cultura Associados, 1999.
Um livro essencial para aqueles que pretendem conhecer mais sobre
abrir o seu próprio negócio.
TIMMONS, J.; DORNELAS, J. C.; SPINELLI, S. Criação de novos negócios:
empreendedorismo para o século 21. Rio de Janeiro: Campus, 2008.
O livro trata de como devemos iniciar um negócio e fazê-lo crescer com
conhecimento de causa e muita paixão por aquilo que você prospecta como futuro.
Capítulo 1
38 Empreendedorismo
Filmes:
O filme As férias da minha vida (2006), dirigido por Wayne Wang, é uma
comédia interessante, pois apresenta a realidade de vida de muitos de nós que
pretendemos ter um negócio próprio.
Outro filme muito interessante é À procura da felicidade (2006) , dirigido por
Gabriele Muccino, que pode resgatar muitos pontos do empreendedorismo,
principalmente na nossa realidade brasileira, quando relata os altos e baixos
dos empreendedores e as nuances desse comportamento.
1.5 Relembrando
Neste capítulo, estudamos o que é um negócio e suas características, bem
como a abrangência da organização no contexto social, ou seja, o impacto
da empresa na sociedade, destacando os aspectos positivos e negativos.
Importante lembrar o papel do empreendedor nas etapas de abertura do
negócio próprio. Principais pontos abordados neste capítulo:
• o que é negócio;
• o que é estratégia;
• a organização no contexto social;
• o que é empreendedorismo;
• os tópicos importantes para a abertura do seu próprio negócio.
1.6 Testando os seus conhecimentos
Vamos resolver dois exercícios para testar o aprendizado do primeiro
capítulo da nossa disciplina de Empreendedorismo.
1) Identifique os quesitos básicos para definição do negócio:
a) Somente o autoconhecimento.
b) Autoconhecimento e visão de futuro.
c) Somente visão de futuro.
d) Autoconhecimento, visão de futuro e sócios.
Capítulo 1
39Empreendedorismo
2) Preencha o quadro a seguir, no quesito negócio, a visão estratégica do
negócio:
EMPRESA
NEGÓCIO
VISÃO MÍOPE(PRODUTO OU SERVIÇO)
VISÃO ESTRATÉGICA(BENEFÍCIO)
Natura Cosméticos
Honda Motos / Automóveis
IBM Computadores
Kopenhagen Chocolate Presente, sabor, prazer
BMW Automóveis
Adidas Material de esporte
Abril Livros e Revistas
Atlas Elevadores
Quadro 2 Visão estratégia do negócioFonte: adaptado de Negócio (2009).
Capítulo 1
40 Empreendedorismo
Onde encontrar
BERNARDI, L. A. Manual de empreendedorismo e gestão: fundamentos,
estratégias e dinâmicas. São Paulo: Atlas, 2005.
CHÉR, R. O meu próprio negócio: todos os passos para a avaliação,
planejamento, abertura e gerenciamento de um negócio próspero. São Paulo:
Negócio Editora, 2004.
CHÉR, R. Empreendedorismo na veia: um aprendizado constante. Rio de
Janeiro: Elsevier/ SEBRAE, 2008.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo, transformando ideias em negócios.
Rio de Janeiro: Campus, 2007.
DOLABELA, F. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura Associados, 1999.
DRUCKER, P. F. Inovação e espírito empreendedor: práticas e princípios. São
Paulo: Pioneira Thomson, 2002.
HALL, R. H. Organizações: estrutura e processos. 3. ed. Rio de Janeiro: Prentice
Hall do Brasil, 1984.
MARTINET, A. C. H. Management stratégique: organisation et politique. Paris:
McGraw-Hill, 1984.
MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de estratégia: um roteiro pela
selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2000.
RICHERS, R. Marketing: uma visão brasileira. São Paulo: Negócio Editora, 2000.
SEBRAE. Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2008 do Sebrae.
Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/uf/tocantins/acesse/informes-
locais/pesquisa-gem-faz-retrato-do-empreendedorismo-no-brasil/> Acesso
em: 25 jun. 2010.