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8º Simulado UNESP Estratégia Vestibulares – 19/12/2020

8º Simulado UNESP

INSTRUÇÕES!

• Esta prova contém 90 questões objetivas, com 5 alternativas cada.

• A prova tem duração máxima de 5 horas.

• Os candidatos terão das 13h às 18h (horário de Brasília) para responder as questões e enviar o gabarito através do

formulário eletrônico.

• Somente serão corrigidas as redações de alunos matriculados em nossos cursos regulares. Para ter seu texto corrigido, envie o arquivo da foto da folha pela aba Minhas Redações, na Área do Aluno.

• Seu gabarito deve ser enviado por meio de formulário eletrônico que ficará disponível nesta prova e no blog do

Estratégia Vestibulares.

• O formulário estará disponível para preenchimento durante toda aplicação da prova.

• Só serão considerados (para critérios de premiação) os gabaritos enviados dentro do prazo de aplicação da prova, ou seja, até as 18h do dia 19/12/2020.

• Gabaritos porventura enviados após as 18h (horário de Brasília) serão automaticamente desclassificados da

premiação. No entanto, configurarão no ranking geral classificatório, com todos os candidatos.

• Como critério de desempate, será considerado o horário de envio do gabarito.

• Gabarito e resultado oficiais serão divulgados após as 19h.

• Premiação por desempenho (faixa única): acima de 80% de acertos - 100% de desconto. • O candidato deverá entrar em contato por meio do e-mail [email protected], para solicitar a

premiação.

Cronograma – 19/12/2020

• Início da prova: às 13h.

• Fim da prova: às 18h.

• Limite para envio do gabarito: às 18h.

• Divulgação do gabarito: após as 19h.

• Divulgação do ranking: após as 19h.

Preencha seu Gabarito!

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A partir do texto a seguir, faça o que se pede nas questões

de 01 a 03.

Disponível em: https://tirasarmandinho.tumblr.com/

(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof.

Wagner Santos) A conversa entre Armandinho e sua

mãe aponta para a ideia de que:

(A) as crianças precisam se engajar no cuidado com o

meio ambiente.

(B) a responsabilidade dos adultos com relação ao meio

ambiente é menor.

(C) a destruição do meio ambiente já alcançou uma

proporção irreversível.

(D) sem a ajuda das crianças, o meio ambiente não será

salvo.

(E) as crianças só poderão cuidar do meio ambiente se ele

ainda existir.


Wagner Santos) Ao unirem-se as duas falas de

Armandinho no segundo quadrinho, gera-se uma relação

semântica de:

(A) causa.

(B) oposição.

(C) explicação.

(D) consequência.

(E) finalidade.


Wagner Santos) A construção “até lá”, encontrada no

último quadrinho da tira, refere-se:

(A) à destruição da natureza.

(B) ao futuro, quando Armandinho crescer.

(C) ao momento da enunciação.

(D) à localização das florestas ameaçadas.

(E) ao cuidado com o meio ambiente.


04 a 06.

Parado, com a colher suspensa sobre a bancada de

aço inox, o sujeito atravancava minha passagem. Ia enfiá-la no pote de ervilhas, arremeteu, pousou-a na bandeja

de beterrabas, levantou uma rodela, soltou-a, duas gotas

vermelhas respingaram no talo de uma couve-flor. Fosse mais para trás, lá pela travessa do agrião, eu poderia

ultrapassá-lo e chegar aos molhos a tempo de colocar azeite e vinagre antes que ele se aproximasse, mas da

beterraba aos temperos é um passo e então seria eu a

atrapalhar sua cadência. (Segundo a etiqueta não escrita dos restaurantes por quilo, a ultrapassagem só é permitida

se não for reduzir a velocidade do ultrapassado – o que

seria equivalente a furar a fila).

Tudo é movimento, dizia Heráclito; o mundo gira, a

lusitana roda, anunciava a televisão: só eu não me mexia, preso diante da cumbuca de grãos de bico com atum.

Fiquei irritado. Aquele homem hesitante estava travando

o fluxo de minha vida, dali para frente todos os eventos estariam quinze segundos atrasados: da entrega desta

crônica ao meu último suspiro.

PRATA, A. A zona do agrião. Estadão, 23 dez. 2008.

Disponível em: <https://goo.gl/oE4E42>. Acesso em: 13 dez. 2020.


Wagner Santos) Assinale a alternativa, a seguir, em que

a correlação de retomada está indicada de forma errônea.

(A) “soltou-a, duas gotas vermelhas respingaram no talo

de uma couve-flor” (colher).

(B) “Ia enfiá-la no pote de ervilhas, arremeteu” (colher).

(C) “o sujeito atravancava minha passagem” (o

narrador).

(D) “eu poderia ultrapassá-lo e chegar aos molhos a tempo de colocar azeite e vinagre antes que ele se

aproximasse” (o sujeito).

(E) “Aquele homem hesitante estava travando o fluxo de

minha vida” (o narrador).

QUESTÃO 01

QUESTÃO 02

QUESTÃO 04

QUESTÃO 03



Wagner Santos) De forma mais ampla, é possível

entender que há uma relação estabelecida entre o

primeiro e o segundo parágrafos do texto. Tal relação

pode ser sintetizada em:

(A) o segundo parágrafo é uma condição para que o

primeiro ocorra.

(B) o segundo parágrafo é a causa para o que ocorre no

primeiro.

(C) o primeiro parágrafo é a causa para os acontecimentos

do segundo.

(D) o primeiro parágrafo é a consequência do segundo, de

forma clara.

(E) o primeiro parágrafo apresenta uma oposição com

relação ao segundo.


Wagner Santos) No trecho “Segundo a etiqueta não

escrita dos restaurantes por quilo, a ultrapassagem só é

permitida se não for reduzir a velocidade do ultrapassado

– o que seria equivalente a furar a fila”, o elemento em

destaque:

(A) funciona como um artigo definido e, por isso,

substantiva a palavra em seguida.

(B) funciona como um artigo indefinido e não modifica a

classe da palavra em seguida.

(C) é uma preposição a qual aparece dada a regência do

verbo “seria”, encontrado na adjetiva.

(D) é um pronome demonstrativo, o qual é retomado pelo

pronome relativo que vem em seguida.

(E) é um artigo definido, ainda que não seja capaz de

substantivar o “que” o qual aparece em seguida.


Wagner Santos) Assinale, a seguir, a alternativa em que

a ambiguidade é gerada pela posição do termo na frase.

(A) “Flordelis faz homenagem ao marido assassinado após

a audiência”.

(B) “O pai do aluno que viajou veio até a escola para

resolver a situação”.

(C) “Combinamos de nos encontrar no banco, naquela

manhã”.

(D) “O aluno sentou na cadeira e, infelizmente, quebrou o

braço”.

(E) “A menina encontrou a amiga conversando com seu

irmão”.


08 a 12.

O número de voltas que a Terra deu ao redor do Sol desde que você nasceu é apenas uma das formas de medir

a sua idade. O envelhecimento, afinal, é uma medida de quanto o seu organismo já se desenvolveu – e, depois de

uma certa fase, de quanto ele já se deteriorou.

Há quem envelheça num ritmo mais rápido que o normal, e quem mantenha um corpinho relativamente

jovem, apesar de sua data de nascimento. Para calcular essa idade biológica, a ciência conta com truques como

medir, por exemplo, as pontinhas dos cromossomos, chamados telômeros. Quanto mais curtos, em geral, maior

o nível de envelhecimento celular de alguém. Agora,

porém, cientistas acreditam que encontraram outra medida importante – no intestino. Usando Inteligência

Artificial, eles descobriram que a coleção de bactérias que vive no intestino de cada pessoa (o microbioma) sofre

variações típicas para cada faixa etária. Desse padrão,

emerge também o fato de que algumas pessoas têm a “idade intestinal” incompatível com a data de nascimento

– o microbioma pode estar numa fase mais “velha” ou

mais “jovem” que o esperado para a idade do indivíduo.

Essas descobertas são essenciais para cientistas que estudam a longevidade. Ao entender as características

(inclusive microbióticas) das pessoas que envelhecem

melhor, eles podem investigar como melhorar a velhice do

mundo.

Super interessante. Ed. 400, março 2019. p. 11.


Wagner Santos) As orações reduzidas de gerúndio

costumam ser utilizadas de forma bastante eficiente em

português, inclusive como estratégia coesiva. Assim,

indique, dentre as alternativas a seguir, aquela em que há

a leitura semântica correta para a oração em destaque:

“Usando Inteligência Artificial, eles descobriram que

a coleção de bactérias que vive no intestino de cada

pessoa (o microbioma) sofre variações típicas para cada

faixa etária.”.

(A) Finalidade.

(B) Concessão.

(C) Tempo.

(D) Condição.

(E) Causa.

QUESTÃO 05

QUESTÃO 06

QUESTÃO 07

QUESTÃO 08




o termo em destaque não é uma conjunção.

(A) “O número de voltas que a Terra deu ao redor do Sol

desde que você nasceu é apenas uma das formas de

medir a sua idade.”.

(B) “Há quem envelheça num ritmo mais rápido que o

normal, e quem mantenha um corpinho relativamente

jovem, apesar de sua data de nascimento.”.

(C) “Agora, porém, cientistas acreditam que encontraram

outra medida importante – no intestino.”.

(D) “Usando Inteligência Artificial, eles descobriram que a

coleção de bactérias que vive no intestino de cada pessoa (o microbioma) sofre variações típicas para

cada faixa etária.”.

(E) “Essas descobertas são essenciais para cientistas que

estudam a longevidade.”.



a palavra é formada pelo mesmo processo de formação

de “microbióticas”.

(A) Felicidade.

(B) Maxirregião.

(C) Minissaia.

(D) Inconstitucional.

(E) Amanhecer.


Wagner Santos) A construção “O número de voltas que

a Terra deu ao redor do sol” pode ser compreendida como

uma:

(A) metonímia.

(B) metáfora.

(C) catacrese.

(D) eufemismo.

(E) hipérbole.


Wagner Santos) Segundo o texto, o envelhecimento

deve ser entendido como:

(A) o desgaste nas pontinhas dos cromossomos,

chamados telômeros.

(B) a quantidade de voltas que a Terra deu em torno do

Sol.

(C) as variações típicas da idade, com a influência no

microbioma do intestino da pessoa.

(D) a quantidade de desenvolvimento do organismo e seu

impacto no intestino da pessoa.

(E) a relação estabelecida entre o desenvolvimento do

organismo e sua deterioração.

QUESTÃO 09

QUESTÃO 10

QUESTÃO 11

QUESTÃO 12



Luana Signorelli) Leia um trecho do conto “A sauna” de

Lygia Fagundes Telles (1923-...) a seguir para responder

às próximas 4 questões.

(...) Recorri aos nossos amigos que eram só meus: não, ninguém tinha ideia de onde ela poderia estar, era

esquiva, não? Marina, escuta, já estávamos casados e ainda assim em silêncio eu tentava encontrá-la,

remorso?... Lá sei, ah! Rosa Desaparecida, Desaparecida,

Desaparecida. Tentei refazer o retrato e ficou uma imitação pobre: apenas uma moça na janela segurando

uma laranja e não a Rosa segurando o meu mundo, foi o meu mundo que ela segurou quando lhe dei a laranja,

Segura assim, não se mexa. Apodreceu. Tentei um segundo retrato e acabei rasgando tudo, estava só e

bêbado quando chamei o Diabo, Quero pintar como

pintava, me faça pintar como antes e lhe dou já minh’alma! Será que você não quer a minha alma? Mas é

uma alma tão porcaria assim que nem você aceita? Quando Marina chegou, contei que quis fazer o maldito do

retrato e o Diabo nem deu sinal de vida. Ele já tem alma

demais, ela disse, está querendo se desfazer das que tem. Apodreceu. A laranja. Não, não se refaz nada, meio século

já se esvaiu, quanto ainda me resta? E se eu tentar de novo, você acha que é tarde? Escuta, Marina, se eu tentar

novamente? Me responda, Marina, e se eu recomeçar? Se você me ajudasse, se tivesse confiança em mim eu

poderia voltar a trabalhar a sério, largo tudo isso, vai ser

uma alegria vencer essa vaidade, essa ânsia, trabalhar em silêncio, só nós dois, ficaremos juntos e quem sabe na

solidão?! A fé. O amor, e se voltar o amor, não é possível isso? Responda, Marina, responda! Já não aconteceu

antes?

— Se quiser me chamar, basta apertar a campainha — diz o funcionário. E vai abrir a porta ao novo cliente que

entra pisando firme, majestoso. — Não está muito forte,

não? Por obséquio, a sua toalha.

Faz um gesto na minha direção, É suficiente? Calço os

chinelos e me enrolo no roupão. Enxugo os olhos. A cara.

Estou banhado em lágrimas.

— É suficiente.

Aproxima-se para me ver melhor. Tenho vontade de

rir: já me derreti inteiro, as manchas azuis dos meus olhos estão boiando lá adiante, na correnteza — ô! Marina. Você

está sorrindo, tem razão, tantas vezes prometi

exatamente essas mesmas coisas, tantos projetos —

lembra? Verdadeiros delírios de intenções, palavras. Não

tem o futuro, não vamos falar em futuro que isso não

existe. Só tem agora. Agora. Respondo só por agora.

— Então? — pergunta o funcionário enquanto me

conduz de volta.

Vejo os seus pés enormes e comunico que estou um

tanto enfraquecido, mas limpo.

TELLES, Lygia Fagundes de. A sauna. In: O seminário dos ratos. São Paulo: Companhia das

Letras, 2009.

A partir da fala do funcionário da sauna, nota-se em sua

expressão o tom de:

(A) impaciência.

(B) subserviência.

(C) negligência.

(D) continência.

(E) imanência.


Luana Signorelli) Pode-se inferir que o tratamento do

narrador com as personagens femininas de seu passado

foi:

(A) traumático.

(B) metódico.

(C) carinhoso.

(D) compreensivo.

(E) alucinado.


Luana Signorelli) Nesse conto em particular, verifica-se

alguns dos principais traços de Lygia Fagundes Telles, que

são:

(A) a religiosidade e o surrealismo.

(B) o memorialismo e o resgate da infância.

(C) o regionalismo e os neologismos.

(D) a ironia e narradoras-personagens femininas.

(E) a escrita intimista e o fluxo de consciência.

QUESTÃO 13

QUESTÃO 14

QUESTÃO 15


“Tentei refazer o retrato e ficou uma imitação pobre:

apenas uma moça na janela segurando uma laranja e não

a Rosa segurando o meu mundo, foi o meu mundo que ela segurou quando lhe dei a laranja, Segura assim, não

se mexa. Apodreceu.”

(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Luana Signorelli) Esse trecho apresenta uma técnica

narrativa modernista que também se verifica em:

(A) “Se o Rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata, o ladrão, o pirata e o rei, todos

têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.”.

(B) “A mulher do médico disse ao marido, Apagaram-se as

luzes, Alguma lâmpada que se fundiu, não admira,

depois de permanecerem acesas há tantos dias, Apagaram-se todas, o problema foi lá fora, Agora

também tu ficaste cega (...)”.

(C) “A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor,

pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com

um piparote, e adeus.”.

(D) “Agora ele está só. Às sete horas, desse quarto saíram

três amigos: Filipe, Leopoldo e Fabrício. Trataram da viagem para a ilha de... no dia seguinte retiraram-se

descontentes, porque Augusto não se quis convencer de que deveria dar um ponto na Clínica para ir com

eles ao amanhecer.”.

(E) “Por entre celas místicas, silenciosas, lá te foste emudecer para sempre, ó harmonioso e célebre

pássaro do canto, nos pesados claustros.”.

Leia a crônica “Esta é uma declaração de amor”, de Clarice

Lispector (1920-1977), a seguir para responder às

próximas 3 questões.

Esta é uma declaração de amor: amo a língua

portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua

tendência é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com

um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e de

“alerteza”. E de amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para

quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira

capa de superficialismo.

Às vezes ela reage diante de um pensamento mais

complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível de

uma frase. Eu gosto de manejá-la — como gostava de

estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes

lentamente, às vezes a galope.

Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao

máximo nas minhas mãos. E esse desejo todos os que escrevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram

para nos dar para sempre uma herança de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do

pensamento alguma coisa que lhe dê vida.

Essas dificuldades nós as temos. Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi

aprofundada. O que recebi de herança não me chega.

Clarice Lispector. Declaração de amor. In: Crônicas para jovens: de escrita e vida.

Rio de Janeiro: Rocco Digital, p. 11 (com adaptações).


Luana Signorelli) “Esta é uma declaração de amor: amo

a língua portuguesa.”

A partir dessa primeira sentença, é possível constatar que

o tom predominante nessa constatação é:

(A) incontrolável.

(B) inexorável.

(C) impensável.

(D) improviso.

(E) imprevisível.


Luana Signorelli) “Às vezes ela reage diante de um

pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível de uma frase. Eu gosto de manejá-la —

como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes lentamente, às vezes a galope.”

Observa-se por meio do uso dos termos destacados um recurso linguístico:

(A) metalinguístico.

(B) intertextual.

(C) metonímico.

(D) hiperbólico.

(E) reiterativo.

QUESTÃO 16

QUESTÃO 17

QUESTÃO 18


(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Luana Signorelli) Depreende-se do texto que, para a

autora, o exercício da escrita lhe imprime responsabilidade porque a língua portuguesa é:

(A) um produto já acabado, de tal forma que o escritor precisa ser um artesão para esculpir a língua, um resultado já pronto, até a perfeição.

(B) como se fosse uma criança com temperamento difícil,

que exige cuidado e atenção para não se tornar irrepreensível.

(C) um processo de acumulação cultural que não se

esgota quando surge certa genialidade, pois como se fosse viva, demanda processo.

(D) uma bandeira nacionalista, símbolo através do qual deve ser exaltado o cânone humanista, como é o caso de Camões.

(E) um mecanismo que retroalimenta ideias antigas e

ultrapassadas e que precisam ser constantemente renovadas.

TEXTO I

O sol poente, chamejante, rubro, desaparecia

rapidamente como um afogado, no horizonte próximo.

Sombras cambaleantes se alongavam na tira

ruiva da estrada, que se vinha estirando sobre o alto pedregoso e ia sumir no casario dormente dum arruado.

Sombras vencidas pela miséria e pelo desespero que

arrastavam passos inconscientes, na derradeira

embriaguez da fome.

Uma forma esguia de mulher se ajoelhou no

chão vermelho.

Um vulto seco se acocorou ao lado, e

mergulhou a cabeça vazia entre os joelhos agudos,

amparando-a com as mãos.

Só um menino, em pé, isolado, olhava

pensativamente o grupo agachado de fraqueza

e cansaço.

Sua voz dolente os chamou, num apelo de

esperança.

QUEIROZ, Rachel de. O quinze. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012.

TEXTO II

Escreveu-o aos 19 anos, idade em que a maioria das ficcionistas – para apenas referir as mulheres que se

dedicam às letras – ainda mal se iniciou com um que outro

conto e timidamente arriscou imaginar ou esboçar narrativas mais extensas. Mas fosse uma simples e

promissora estreia, como tantas, e o fato não transcenderia os limites do banal. Na verdade, a escritora

principiava com uma segurança e uma certeza que

somente os longos anos e tirocínio1 e a experiência vital ensinam. Tão auspicioso começo determinaria, como

realmente determinou, consequências de toda ordem, fáceis de prever, como manter no futuro o mesmo nível

artesanal e conceptivo? Como resistir a férula2 dos críticos e satisfazer a curiosidade os leitores, todos à espera de

novos cometimentos de semelhante qualidade? O tempo

viria mostrar que o talento precoce não se fura ao pesado

ônus que lhe é inerente.

MASSAUD, Moisés. História da literatura brasileira – volume III: desvairismo e tendências

contemporâneas.

3. ed. São Paulo: Cultrix, 2019.

1TIROCÍNIO = CAPACIDADE DE ANALISAR COM ACUIDADE PESSOAS E

SITUAÇÕES; DISCERNIMENTO (DICIONÁRIO AULETE).

2FÉRULA = RIGOR, SEVERIDADE PARA DISCIPLINAR OU COMANDAR

ALGUÉM (DICIONÁRIO AULETE).


Luana Signorelli) Os textos se referem a:

(A) Francisca Júlia.

(B) Conceição Evaristo.

(C) Lygia Fagundes Telles.

(D) Raquel de Queiroz.

(E) Clarice Lispector.

QUESTÃO 19

QUESTÃO 20


Texto para questões de 21 a 25

How do proteins fold?

To understand life, you must understand proteins. These molecular chains, each assembled from a menu of 20 types of chemical links called amino acids, do biology’s heavy lifting. In the guise of enzymes they catalyse the chemistry that keeps bodies running. Actin and myosin, the proteins of muscles, permit those bodies to move around. Keratin provides their skin and hair. Haemoglobin carries their oxygen. Insulin regulates their metabolism. And a protein called spike allows coronaviruses to invade human cells, thereby shutting down entire economies.

Listing a protein’s amino acids is easy. Machines to do so have existed for decades. But this is only half the battle in the quest to understand how proteins work. What a protein does, and how it does it, depends also on how it folds up after its creation, into its final, intricate shape (…)

(The Economist – October 4th

, 2020)


Andrea Belo) De acordo com o início do texto:

(A) proteínas estão sendo produzidas.

(B) uma proteína apenas é necessária para entender a

vida.

(C) as proteínas e a vida estão diretamente ligadas por

moléculas.

(D) as cadeiras moleculares unem proteínas e vida.

(E) entender as proteínas é entender a vida.


Andrea Belo) No trecho acima do texto, “These molecular chains, each assembled from a menu of 20 types of chemical links called amino acids...”, o termo

sublinhado refere-se a:

(A) links.

(B) enzymes.

(C) menu.

(D) chains.

(E) chemical.


Andrea Belo) De acordo com o trecho “ ... amino acids, do biology’s heavy lifting..., é possível afirmar que:

(A) o peso da biologia é intenso em relação aos

aminoácidos.

(B) aminoácidos fazem o trabalho pesado da biologia.

(C) diz respeito aos aminoácidos e sua conexão com a

biologia.

(D) a biologia é pesada em relação aos aminoácidos que

pertencem a ela.

(E) fala-se de um aminoácido especial, parte da biologia

como ciência.

(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Andrea Belo) De acordo com o texto, a frase “And a protein called spike allows coronaviruses to invade human cells, thereby shutting down entire economies”, equivale

à seguinte ideia:

(A) uma proteína se junta ao coronavirus e invade as

células.

(B) uma proteína permite a invasão.

(C) a proteína principal invade células.

(D) células são prejudicadas pela proteína principal.

(E) proteínas consomem células.


Andrea Belo) Based on some information from the text:

(A) machines have listed proteins for a long time but this

is not enough.

(B) machines exist to do something that links proteins to

our body.

(C) listing proteins is common everywhere.

(D) proteins are listed to be discovered.

(E) proteins and amino acids have been listed by

machines.

QUESTÃO 21

QUESTÃO 22

QUESTÃO 23

QUESTÃO 24

QUESTÃO 25


Recurso técnico-artístico empregado com a finalidade

de criar uma ilusão de ótica, como indica o sentido francês da expressão: tromper, "enganar", l'oeil, "o olho". Seja

pelo emprego de detalhes realistas, seja pelo uso da perspectiva e/ou do claro-escuro, a imagem representada

com o auxílio do trompe l'oeil cria no observador a ilusão

de que ele está diante de um objeto real em três dimensões e não de uma representação bidimensional. O

objetivo do procedimento é, portanto, alterar a percepção de quem vê a obra. O termo, ainda que de início aplicado

à pintura de períodos em que predomina o naturalismo -

por exemplo, na Grécia Antiga e no Renascimento italiano, se generaliza no vocabulário crítico e passa a referir-se a

qualquer forma de ilusionismo acentuado empregado nas artes. Na arquitetura, a decoração ilusionista em que a

pintura de forros e paredes altera a percepção do tamanho

do espaço (denominada quadratura), é considerada um

tipo de trompe l'oeil.

(Disponível em <https://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo5358/trompe-loeil> Acesso em

14 dez. 2020)


Celina Gil) Assinale a alternativa que constitui exemplo

da técnica descrita no enunciado.

(A)

(Gustave Courbet)

(B)

(William Turner)

(C)

(Richard Allen)

(D)

(Ron Mueck)

(E)

(Andrea Mantegna)

"Criemos uma nova guilda de artesãos, sem as

distinções de classe que erguem uma barreira de

arrogância entre o artista e o artesão", declara o arquiteto germânico Walter Adolf Gropius (1883 - 1969), quando

inaugura a Bauhaus, em 1919. Criada com a fusão da Academia de Belas Artes com a Escola de Artes Aplicadas

de Weimar, Alemanha, a nova escola de artes aplicadas e

arquitetura traz na origem um traço destacado de seu perfil: a tentativa de articulação entre arte e artesanato.

Ao ideal do artista artesão defendido por Gropius soma-se a defesa da complementaridade das diferentes artes sob

a égide do design e da arquitetura. O termo bauhaus -

haus, "casa", bauen, "para construir" - permite flagrar o espírito que conduz o programa da escola: a ideia de que

o aprendizado e o objetivo da arte ligam-se ao fazer artístico, o que evoca uma herança medieval de

reintegração das artes e ofícios.

(Disponível em < https://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo368/bauhaus> Acesso em 14

dez. 2020)


Celina Gil) Sobre a escola Bauhaus, é correto afirmar

que:

(A) usa colunas tortas e arcos para criar uma maior ilusão

de movimento, principalmente na arquitetura.

(B) forte influência da fotografia, buscando uma

aproximação do real a partir de objetos do cotidiano.

(C) realiza uma junção entre arte e artesanato, focando

na funcionalidade das obras para além da aparência

apenas.

(D) funde arte com elementos naturais, criticando a

sociedade de consumo e mercantilização da arte.

(E) cria objetos de uso cotidiano, sem o objetivo de que

eles possam vir a ser expostos em museus ou galerias.

QUESTÃO 26 QUESTÃO 27


Pode considerar-se obra de arte um complexo

monumental e até uma cidade inteira, e podem

considerar-se obras de arte em si mesmas as coisas que constituem aqueles conjuntos (edifícios religiosos e civis,

públicos privados; ruas, praças, parques; pontes, estátuas, fontanários, etc.). No extremo oposto da escala

dimensional, podem ser arte as miniaturas ou, gravuras que ornamentam as páginas de um livro, as pedras

preciosas, moedas, etc. As funções práticas,

representativas, ornamentais, a que coisas se destinam não nos fornecem critérios de discriminação: podem ser

obras de arte um templo, um palácio, uma vivenda, uma fortaleza; um móvel ou um qualquer utensílio; um

paramento sacro, um estandarte, um traje de cerimônia,

uma armadura de parada ou de combate. Nem sequer as técnicas servem para qualificar de artísticos os seus

produtos: quase todas as técnicas praticadas pelo homem têm produzido por vezes obras artísticas, mas nenhuma

técnica tem produzido sempre obras com valor artístico. Está estabelecida pelo uso uma distinção entre artes

maiores (arquitetura, pintura, escultura) e artes menores

(todos os géneros de artesanato): nas primeiras prevaleceria o momento ideativo ou inventivo, na segunda

o momento executivo ou mecânico. Mas trata-se de uma distinção válida apenas para as culturas que a

estabeleceram, e nem sequer é resolutiva neste caso:

existem obras de ourivesaria, esmaltes, tecidos, cerâmicas, etc., que, artisticamente, valem mais do que

obras medíocres de arquitetura, pintura ou escultura.

ARGAN, Giulio Carlo; FAGIOLO, Maurizio. Guia de história da arte. Lisboa: Ed. Estampa, 1992

[1977].


Celina Gil) Sobre a distinção entre arte e artesanato, o

texto aponta que:

(A) as técnicas empregadas podem ser um caminho de diferenciação, pois algumas são mais comuns nas

artes maiores que em outras.

(B) essencialmente não há como definir o que difere a arte

do artesanato, pois quaisquer parâmetros podem

variar de uma cultura para outra.

(C) as funções de determinados objetos ou construções

podem ajudar a definir o que possui ou não o status

de arte.

(D) as dimensões de uma obra podem ajudar a definir se ela é ou não arte, já que obras maiores têm mais valor

artístico.

(E) algumas obras em arquitetura, pintura ou escultura são inegavelmente artísticas pelo seu valor

essencialmente estético.

Do francês rupestre, o termo designa gravação,

traçado e pintura sobre suporte rochoso, qualquer que

seja a técnica empregada. Considerada a expressão artística mais antiga da humanidade, a arte rupestre é

realizada em cavernas, grutas ou ao ar livre. Estão excluídas as manifestações artísticas contemporâneas

como o graffiti e a arte ambiental. Alguns especialistas

criticam o uso do termo "arte" para fazer referência às inscrições sobre pedra que remontam, em geral, aos

povos de épocas pré-históricas, na medida em que pinturas e gravuras descobertas pelas pesquisas

arqueológicas nem sempre teriam, hoje, um sentido estético evidente. Apesar disso, convenciona-se chamar

de "arte" essas expressões plásticas que fornecem

acessos valiosos para o estudo de várias fases da história da humanidade. Outros estudiosos alertam para o

equívoco de considerar a arte rupestre como restrita à pré-história. Se exemplos mais antigos remontam aos tempos

glaciais, é possível localizá-la nas eras neolítica e

paleolítica e até mesmo em épocas recentes, indicam eles. Na Califórnia e no sul da África, por exemplo, a arte

rupestre continua a ser produzida no século XIX.

(Disponível em <https://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo5354/arte-rupestre> Acesso em

14 dez. 2020)


Celina Gil) Alguns especialistas criticam o uso da

expressão arte rupestre, pois:

(A) acreditam que não se pode falar em sentido estético

para essas pinturas.

(B) não acreditam que ela oferece contribuição expressiva

para a humanidade.

(C) entendem que ela é restrita à pré-história, um período

sem expressões de arte.

(D) não acham possível datar corretamente o surgimento

dessas obras.

(E) se preocupam com a fragmentação de referências de

locais em que aparecem.



O termo instalação é incorporado ao vocabulário das

artes visuais na década de 1960, designando assemblage

ou ambiente construído em espaços de galerias e museus. As dificuldades de definir os contornos específicos de uma

instalação datam de seu início e talvez permaneçam até hoje. Quais os limites que permitem distinguir com clareza

a arte ambiental, a assemblage, certos trabalhos

minimalistas e a instalações? As ambiguidades que apresentam desde a origem não podem ser esquecidas,

tampouco devem afastar o esforço de pensar as particularidades dessa modalidade de produção artística

que lança a obra no espaço, com o auxílio de materiais

muito variados, na tentativa de construir um certo ambiente ou cena, cujo movimento é dado pela relação

entre objetos, construções, o ponto de vista e o corpo do observador. Para a apreensão da obra é preciso percorrê-

la, passar entre suas dobras e aberturas, ou simplesmente caminhar pelas veredas e trilhas que ela constrói por meio

da disposição das peças, cores e objetos.

(Disponível em < https://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3648/instalacao > Acesso em 14

dez. 2020)


Celina Gil) Segundo o texto, a instalação pressupõe a

existência de:

(A) repertório erudito em artes.

(B) espaços públicos de exposição.

(C) equipe semelhante às teatrais.

(D) interação do público com a obra.

(E) uma pequena gama de materiais.

Costuma-se perguntar por que os romanos gastavam

tantos fundos e trabalho para erigir essas imensas fileiras de arcos, quando sabiam muito bem transportar água em

tubulações, e faziam isso dentro das paredes de suas metrópoles em grau considerável. Uma resposta a essa

questão pode ser encontrada quando a examinamos a

partir do ponto de uma “visão política” da arte romana e

da construção dos aquedutos.

CALOSSE, J.P. Arte Romana. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2017. Adaptado.

(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio) Considerando a “visão política” a que refere

o texto, a monumentalidade da arquitetura romana

expressava:

(A) a afirmação da autoridade por meio de obras

reivindicadas pelos cidadãos urbanos.

(B) a legitimação dos imperadores e o abastecimento do

império em toda sua extensão.

(C) o reforço do poder do Senado e a garantia de

saneamento aos cidadãos das cidades.

(D) a influência das técnicas legadas pelos gregos a partir

da adoção de grandes arcos.

(E) a ostentação do poder dos imperadores e a afirmação

da grandiosidade do Império.



No século X um escritor árabe qualificou Córdoba de

“a joia do mundo”. A cidade contava com uma população

de meio milhão de habitantes e nela, segundo os historiadores árabes, havia 113 000 casas, 700 mesquitas,

300 banhos públicos, 70 bibliotecas e numerosas livrarias. Isso quando no mundo da cristandade ocidental não havia

uma única cidade com mais de 10 000 habitantes. Mesmo

Paris e Londres tinham uma população muito menor.

PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. A península ibérica entre o oriente e o ocidente:

cristãos, muçulmanos e judeus. São Paulo: Atual, 2002. p. 11.

(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio) A descrição de Córdoba, situada na

península ibérica, evidencia a:

(A) inexistência de espaços urbanos densamente

povoados na Europa.

(B) dinamicidade dos territórios dominados pelos

muçulmanos.

(C) influência romano-germânica na constituição das

cidades.

(D) imposição do Islã na região após o domínio dos

mouros.

(E) o fascínio e a tolerância dos povos cristãos com o

mundo oriental.

No início do século XVII, as expedições tornaram-se

mais frequentes e assumiram explicitamente o projeto de

abastecer as propriedades rurais com a força do trabalho indígena. Entre 1600 e 1641, as populações carijós

(guarani) localizadas no sul e no sudoeste de São Paulo foram as mais visadas. De língua e cultura muito

semelhantes às dos índios tupis do planalto, os carijós

passaram a constituir a maioria da população colonial na região de São Paulo nesse período. As expedições

ganharam feições paramilitares, ao arrepio da lei e a

despeito da voz de protesto dos jesuítas.

MONTEIRO, John. Bandeiras indígenas. In: FIGUEIREDO, Luciano (org.). História do Brasil para

ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013.

(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio) As expedições de apresamento ocorridas

durante o século XVII:

(A) contavam com a anuência da Coroa e de seus

representantes na América Portuguesa, em razão dos

rendimentos obtidos com o tráfico de ameríndios.

(B) vivenciaram forte declínio diante da oposição dos

jesuítas, o que contribuiu para que a escravidão indígena fosse suplantada pela entrada de cativos

africanos.

(C) decorreram da busca dos colonos paulistas por novas

fontes de renda e pela elevada demanda por cativos

nas regiões de exploração das drogas do sertão.

(D) apresentaram crescimento diante das transformações

administrativas no mundo ibérico e das limitações ao

acesso de escravizados impostas pelos flamengos.

(E) enfrentaram desavenças com os jesuítas na América Portuguesa, o que levou os bandeirantes a se

afastarem das regiões ocupadas pelas missões.



A Encyclopédie organizada por Denis Diderot tornou-

se uma das mais famosas experiências de popularização

do conhecimento. O objetivo da coletânea que se propunha a reunir todo o conhecimento existente sobre

artes e ciências, para que este fosse partilhado a todos. Frequentes eram as críticas ao clericalismo, a superstição

e ao fanatismo nos verbetes, o que fez com que a obra

fosse censurada diversas vezes. O racionalismo contido na Enciclopédia se espalhou por toda a Europa das Luzes,

sendo “a revolução antes da Revolução”.

DURANT, Ariel; DURANT, Will. História da Civilização: a Era de Voltaire. Rio de Janeiro:

Record, 1965. p. 594.


Marco Túlio) A “revolução” atribuída à publicação da

Enciclopédia pelo texto se deu a partir:

(A) da crítica às bases do chamado Antigo Regime e pelo papel atribuído ao conhecimento na emancipação da

humanidade.

(B) da inserção de seus valores pelo despotismo ilustrado

e a difusão do conhecimento entre as camadas

marginais europeias.

(C) do apoio dado ao processo revolucionário francês e da

defesa da laicização do ensino nas instituições de

ensino.

(D) da adesão das elites europeias à Ilustração e do

estímulo dado às transformações dos dogmas

sustentados pela Igreja.

(E) da superação das estruturas monárquicas no continente europeu e da defesa da difusão do

conhecimento calcado pela Razão.

Desde muito cedo, ainda durante as lutas pela

independência, já se indagava sobre “nossas diferenças”

em relação ao Velho Mundo e sobre a “originalidade” das Américas. Assim, o próprio Simón Bolívar se perguntava

na celebrada Carta da Jamaica, de 1815: “Quem somos nós?” Como resposta, escreveu: “não somos índios nem

europeus, e sim uma espécie média entre os legítimos

proprietários do país e os usurpadores espanhóis”. Em uma palavra, éramos americanos, o que nos dava um

perfil distinto do europeu.

PRADO, Maria Ligia; PELLEGRINO, Gabriela. História da América Latina. São Paulo: Contexto,

2020. Adaptado.


Marco Túlio) A Carta da Jamaica, redigida por Simón Bolívar durante as lutas de independência da América

Hispânica, expressou:

(A) a busca das elites criollas pela constituição de novas

identidades, o que para Bolívar deveria legitimar a unidade e a cooperação entre os territórios

independentes.

(B) a formulação de uma ideia de nação latino-americana, que superou as divergências e particularidades entre

as elites hispânicas em favor de um Estado unificado.

(C) a aproximação entre criollos e segmentos

marginalizados no espaço colonial, a fim de superar o

domínio metropolitano e a criação de uma ordem

democrática.

(D) o reconhecimento de direitos políticos e fundiários aos povos indígenas, considerados pelos criollos como os

autênticos proprietários do território hispânico.

(E) o desejo de Bolívar e das demais lideranças criollas de

introduzir uma república confederada, projeto

frustrado pela interferência norte-americana.



Leia o texto abaixo para responder às questões 36

e 37.

A conjuntura de urbanização incipiente da cidade de

São Paulo, vinculada pelo escravismo e pela economia de

exportação – do açúcar e em seguida do café – que não derramava senão incidentalmente na cidade seus lucros,

não favoreceu a expansão do abastecimento interno ou a formação do trabalho livre. Nas circunstâncias, a cidade

mais inchava do que crescia, multiplicando a pobreza, uma

disponibilidade estrutural de mão-de-obra; mulheres pobres, sós, chefes de família, viviam precariamente do

trabalho temporário, antes como autônomas do que como

assalariadas.

DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Quotidiano e poder em São Paulo no século XIX. São Paulo:

Brasiliense, 1995, p. 15.


Marco Túlio)

Ao tratar das transformações verificadas em São Paulo no

final do século XIX, a autora:

(A) considera os progressos materiais decorrentes do

avanço da lavoura cafeeira.

(B) atribui o alargamento do espaço urbano às mudanças

nas relações de trabalho.

(C) enfatiza o estímulo dado ao setor comercial pela

produção açucareira na região.

(D) privilegia o traço dinâmico do comércio e o progressivo

fim da escravidão.

(E) destaca as tensões sociais existentes na paisagem

urbana em contínua expansão.


Marco Túlio)

O cotidiano feminino mencionado pelo texto indica:

(A) a superação das estruturas patriarcais pelas mulheres

paulistas.

(B) a amenização de questões raciais diante da miséria

generalizada.

(C) a condução negócios públicos da província pelas

mulheres da elite.

(D) as condições de empregabilidade conferidas às

assalariadas.

(E) as atividades laborais exercidas pelas mulheres

desfavorecidas.


Marco Túlio) Leia o trecho do poema Combate no Somme, de A. A. Milne, para responder à questão a seguir.

A mesma velha trincheira, a mesma paisagem,

Os mesmos ratos, crescendo como mato,

Os mesmos abrigos, nada de novo,

Os mesmos e velhos cheiros, tudo na mesma,

Os mesmos cadáveres no fronte.

A mesma metralha, das duas às quatro,

Como sempre cavando, como sempre caçando,

A mesma velha guerra dos diabos.

MARQUES, Adhemar Martins et al. História contemporânea através de textos. São Paulo:

Contexto, 2019. p. 118.

Publicado no contexto da Primeira Guerra Mundial (1914-

1918), o texto enfatiza:

(A) os horrores e os momentos de agitação vivenciados

pelos combatentes.

(B) as limitações dos instrumentos bélicos e a

disseminação de moléstias.

(C) a monotonia do cotidiano da guerra e a atmosfera

lúgubre das trincheiras.

(D) a miséria dos entrincheirados e suas reivindicações

pelo término do conflito.

(E) a rotina dos soldados no front e a ineficácia tática da

guerra de trincheiras.

QUESTÃO 36

QUESTÃO 38

QUESTÃO 37



Marco Túlio) A política das salvações, posta em prática

durante o governo do marechal Hermes da Fonseca

(1910-1914), foi:

(A) um arranjo político estabelecido entre governadores

eleitos e o presidente da República.

(B) um conjunto de medidas econômicas que visavam os

interesses das oligarquias do café.

(C) um direcionamento político que buscou manter a

hegemonia de São Paulo e Minas Gerais.

(D) uma agenda de reformas que foi ao encontro das

pautas expostas pelo tenentismo.

(E) um plano de intervenção militar e federal nos governos

estaduais liderados pela oposição.

Nenhuma revolução poderia ter sido mais bem projetada para atrair a esquerda do hemisfério ocidental e

dos países desenvolvidos, no fim de uma década de

conservadorismo global; ou para dar à estratégia da guerrilha melhor publicidade. A revolução cubana era

tudo: romance, heroísmo nas montanhas, ex-líderes estudantis com a desprendida generosidade de sua

juventude – os mais velhos mal tinham passado dos

trinta –, um povo exultante, num paraíso turístico tropical pulsando com os ritmos da rumba. E o que era mais: podia

ser saudada por toda a esquerda revolucionária.

HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia

das Letras, 1995. p. 427.


Marco Túlio) Ao considerar a Revolução Cubana, o texto:

(A) privilegia os quadros sociais que compuseram o

movimento.

(B) caracteriza seu ideário como utópico e irrealizável.

(C) a considera paradigmática para outras experiências

políticas.

(D) destaca as transformações geradas pela sua eclosão.

(E) atenta-se para as táticas de propaganda dos

revolucionários.


Saulo Teruo Takami) O São Paulo Futebol Clube, vindo

de Zurique (15°L de Greenwich), precisa chegar à cidade de Brasília (45°O de Greenwich) às 13h do dia

14/11/2018, horário local. Considere que o avião fará o percurso leste-oeste e que o tempo de voo contínuo será

de 10 (dez) horas. Para que o SPFC chegue à capital do

Brasil no horário predeterminado, qual horário e dia o voo

deverá partir de Zurique?

(A) 17h - 14/11/2018.

(B) 09h - 14/11/2018.

(C) 07h - 14/11/2018.

(D) 17h - 15/11/2018.

(E) 03h - 15/11/2018.


Saulo Teruo Takami)

Qual é a área real de uma reserva indígena, em metros

quadrados, na escala 1:50.000, sendo que, na carta

topográfica, apresenta 4 mm2?

(A) 50.000 m2.

(B) 40.000 m2.

(C) 15.000 m2.

(D) 10.000 m2.

(E) 5.000 m2.





Saulo Teruo Takami) It was a series of anti-government

protests, uprisings, and armed rebellions that spread across much of the Arab world in the early 2010s. It began

in response to oppressive regimes and a low standard of living, starting with protests in Tunisia. From Tunisia, the

protests then spread to five other countries: Libya, Egypt,

Yemen, Syria, and Bahrain, where either the ruler was deposed or major uprisings and social violence occurred

including riots, civil wars, or insurgencies.

O excerto refere-se, principalmente, ao(à):

(A) Primavera Árabe.

(B) Guerra Civil do Magreb.

(C) Revolução Norte-Africana.

(D) Pan-Arabismo.

(E) Democratização.


Saulo Teruo Takami) Existe uma rivalidade secular entre as etnias hutus e tutsis, mas, infelizmente, ela só

chamou a atenção da mídia em 1994 quando cerca de 1 milhão de pessoas foram assassinadas em apenas 100

dias. Além da questão étnica, alguns apontam que esse

conflito se deve à disputa de terra e recursos minerais. Pelo fato de os tutsis possuírem uma tradição guerreira,

eles conseguiram dominar os hutus, implantando um governo autoritário. Ademais, receberam apoio militar dos

alemães e dos belgas, facilitando o domínio pelos europeus. No final da década de 1950, os belgas mudaram

de lado e passaram a apoiar os hutus, assim como a igreja

católica. Assim, os hutus tomaram o poder, obrigando os

tutsis a se refugiarem.

O trecho diz respeito a:

(A) Burundi.

(B) Ruanda.

(C) Uganda.

(D) Angola.

(E) Moçambique.


Saulo Teruo Takami) Observe a imagem.

Com base nela e em seus conhecimentos, podemos

concluir que:

(A) o meridiano 80° L é decisivo para fazer com que a Ásia

tenha uma variação de tipos climáticos tão elevada.

(B) as regiões setentrionais apresentam temperaturas

mais elevadas.

(C) devido ao seu enorme tamanho latitudinal, a Ásia

apresenta todos os tipos climáticos.

(D) apesar de não ser o maior continente do mundo, a

Ásia apresenta praticamente todos os tipos climáticos.

(E) a influência da continentalidade é praticamente

inexistente na Ásia, uma vez que ela é banhada pelo

Oceano Índico e Pacífico.


QUESTÃO 44


(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Saulo Teruo Takami) Em relação ao Japão, analise as

assertivas.

I. No final do século XVI, iniciou-se a Era Meiji, período responsável pela modernização e industrialização. Isso

foi possível graças à contratação de milhares de estrangeiros especialistas nas áreas mecânica,

metalúrgica, siderúrgica, química etc.

II. O pós-guerra fez com que a urbanização, o transporte e as fontes de energia fossem reconstruídos graças ao

Plano Colombo (seria o Plano Marshall, em menor escala, na Ásia). Esse período ficou conhecido como

“milagre japonês”. No final da década de 1960, o Japão era a segunda maior economia do mundo e só perdeu

esse posto em 2010, para a Alemanha.

III. Depois do Japão, o Brasil é o país que mais concentra japoneses no mundo graças ao processo de imigração

a partir do início do século XX. Durante e logo após a II Guerra Mundial, os japoneses sofreram muitos

preconceitos em nosso país, uma vez que estavam do

lado oposto desse conflito, mesmo assim,

permaneceram em nosso território.

Assinale a alternativa que demonstra somente assertiva(s)

correta(s):

(A) I.

(B) II.

(C) I e II.

(D) III.

(E) I e III.


Saulo Teruo Takami)

O Monte Etna, maior e mais ativo vulcão europeu,

entrou em erupção na Itália nesta segunda-feira (24), enviando uma gigantesca coluna de cinzas para o céu e

provocando o fechamento do aeroporto de Catania, na costa leste da Sicília. Uma cadeia de cerca de 130

tremores de terra abalou o vulcão desde as 6h da manhã

(horário de Brasília), disse o Instituto Nacional para Geofísica e Vulcanologia da Itália, com os mais fortes

atingindo magnitude 4. Ainda não se tem informações de feridos. O vulcão de mais de 3 mil metros de altura pode

explodir em uma ação espetacular diversas vezes por ano, cuspindo lava e cinzas sobre a ilha mediterrânea. A maior

erupção ocorreu em 1992.

Vulcão mais ativo da Europa entra em erupção na Itália. Reuters. R7. 24/12/2018. Disponível

em: < https://noticias.r7.com/internacional/vulcao-mais-ativo-da-europa-entra-em-erupcao-na-

italia-24122018>. Acesso em 10 de dez. 2020

Entre outros fatores, porque ocorre vulcanismo na Itália?

(A) Porque o movimento epirogenético da Península Itálica

gera abalos sísmicos.

(B) Porque as correntes de convecção apresentam-se mais

expressivamente nesse país.

(C) Porque o Mar Mediterrâneo apresenta consideráveis

quantidades de tsunamis.

(D) Porque a Itália apresenta uma falha tangencial.

(E) Porque está relacionado à convergência da Placa

Euroasiática com a Placa Africana.



(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Saulo Teruo Takami) Leia as afirmações sobre a

América do Norte.

I. O Estreito de Bering separa a América do Norte (Alasca) da Ásia (Rússia), é justamente nesse ponto que passa

a Linha Internacional da Mudança de Data. Nesse caso, a Rússia possui a hora mais atrasada e o Alasca a hora

mais adiantada, praticamente 1 dia de diferença.

II. As Montanhas Rochosas (cadeia de montanhas) que ocupam o Oeste da América Anglo-Saxônica (Canadá e

Estados Unidos), assim como a Sierra Madre Ocidental no México, que na verdade é uma continuação das

Montanhas Rochosas atuam como barlavento. Nos EUA, na porção Leste, há também os Montes Apalaches,

fazendo com que a circulação de ar se torne mais difícil,

por isso a ocorrência de furacões na área central desse

país.

III. O Rio Mississipi estende-se por mais de 6 mil km, desde a fronteira com o Canadá até o Golfo do México.

Os Grandes Lagos formam um sistema lacustre

articulado com vários rios por canais naturais e artificiais. Trata-se do maior complexo de transporte

fluvial do mundo.

Marque a alternativa que aponta apenas afirmação(ões)

correta(s):

(A) II.

(B) I e II.

(C) I.

(D) III.

(E) II e III.

(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Saulo Teruo Takami) Analise as assertivas sobre fontes

não renováveis.

I. Os combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo, gás natural e xisto betuminoso) desempenham um papel

fundamental na matriz energética mundial. O combustível fóssil (fonte não renovável ou

convencional) foi motor fundamental da Revolução

Industrial e do progresso tecnológico, social, econômico e de desenvolvimento que se seguiu. Não há como falar

de mudança global sem destacar o importante papel da

energia para o desenvolvimento sustentável.

II. A produção de combustíveis fósseis começou com o carvão mineral, há cerca de 4 mil anos na China.

Todavia, a combustão em larga escala de carvão

mineral é tipicamente relacionada com o período em torno do início da Segunda Revolução Industrial, no

século XVIII.

III. Em 1965, a América do Norte, Europa e Eurásia (a

maior parte do território russo está na Ásia) eram as

regiões que mais consumiram energia. Embora o consumo de energia tenha aumentado nessas regiões

desde a década de 1960, sua participação relativa diminuiu, pois o consumo no resto do mundo tem

aumentado, de forma mais intensa na Ásia, onde o consumo total aumentou mais de 12 vezes nesse

período.

Assinale a alternativa que apresenta somente assertivas

incorreta(s):

(A) I e II.

(B) II e III.

(C) I e III.

(D) III.

(E) I, II e III.




Saulo Teruo Takami) Analise o mapa.

As regiões destacadas em laranja remetem aos(às):

(A) Bacias Sedimentares.

(B) reservas de petróleo continentais.

(C) potenciais de gás de xisto.

(D) aquíferos e lençóis freáticos.

(E) Planaltos Cristalinos.

De um lado, vamos encontrar a obra de Maquiavel sendo lida como um manual de técnicas para a conquista

e a manutenção do poder, assemelhando-se, pela sua

objetividade e caráter descritivo, à ideia de ciência moderna. Da mesma forma, teríamos uma outra que veria

no autor um teórico da razão de estado, doutrina que coloca em relevo certos elementos que contribuiriam para

fazer do secretário florentino um teórico da força.

(Marçal, J. “Liberdade e República no pensamento de Maquiavel”. In: Marçal, Jairo (org.).

Antologia de textos Filosóficos. Curitiba: SEED)

É fácil ver de onde vinha aquela ordem e de onde

provém esta desordem, pois tudo procede de se viver livre então e de agora se viver em servidão. Pois, todas as

terras e províncias que vivem livres em qualquer lugar que

seja, como acima foi dito, alcançam grandíssimas vantagens. Pois, lá se encontram povos mais numerosos,

por serem os casamentos mais livres e mais desejáveis pelos homens, porque todos têm de boa vontade aqueles

filhos que creem poder nutrir, seguros de que o patrimônio não lhes será tomado; além disso, sabem que não apenas

nascem livres e não escravos, como também podem,

mediante a sua própria virtù, tornarem-se governantes.

(MAQUIAVEL. Discursos sobre a Primeira década de Tito Livio. Seleção de textos, tradução e

notas Carlo Gabriel Kzsam Pancera. In: MARÇAL, J. (org.) Antologia de textos filosóficos, SEED,

2009.)


Fernando Andrade) O texto acima expressa duas

possíveis leituras da obra de Maquiavel. Confrontando-se

o comentário sobre o autor com o que se lê no segundo

texto, pode-se dizer que:

(A) o texto de Maquiavel comprova a tese de que a única

preocupação do italiano era com a manutenção do

poder.

(B) a ideia de que Maquiavel era um grande teórico da razão de Estado pode ser percebida na leitura do

fragmento do autor.

(C) a teoria da força, como se diz no primeiro texto, pode ser percebida na defesa de que o Estado livre deve

submeter os outros a seu poderio, segundo o

fragmento de Maquiavel.

(D) o fragmento escolhido demonstra que não é só a força

e a manutenção do poder que interessam a Maquiavel,

mas também a liberdade.

(E) o primeiro texto destaca o tema central da obra de Maquiavel, a manutenção do poder; enquanto no

fragmento do próprio autor, percebe-se o meio para

isso, a virtù.



IX - Sócrates – Oh! Isso é que é falar bem! Então,

principiemos. Já que o mandas, vou colocar-me no lugar

do outro, do melhor jeito que puder, e procurar interrogar-te. Se lhe repetisses aquele discurso a que te referiste há

pouco, a respeito das belas ocupações, logo que acabasses de falar, antes de mais nada, como é seu

costume, ele te interrogaria sobre o belo, mais ou menos

nestes termos: Forasteiro de Élide, não é pela justiça que os justos são justos? – Responde, Hípias, como se fosse

ele que te interrogasse.

Hípias – Diria que é pela justiça.

Sócrates – Então, a justiça é algo real?

Hípias – Perfeitamente. Sócrates


Fernando Andrade) Esse texto, um diálogo socrático,

apresenta a doutrina epistemológica do:

(A) empirismo, presente no jogo dialogal entre Sócrates e

Hípias.

(B) idealismo, manifesto na defesa da impossibilidade de

se conhecer o belo.

(C) realismo, expresso no enfoque concreto que os

debatedores dão ao discutir a beleza.

(D) essencialismo, evidente na procura dos autores pela

essência do belo.

(E) dualismo, implícito na ideia de Sócrates de que há o

justo universal e o particular.

“Nossos ancestrais, à semelhança de quem hoje tem

intuições espirituais, assumiam essas vozes como a

presença de um outro que lhes falava. Muito

possivelmente, esse outro era o mundo animal.

Como o culto aos animais era comum então, pintávamos animais como arte sacra. Na caverna de

Lascaux, na França, na entrada, à esquerda, uma figura

meio homem, meio animal, anuncia a presença do xamã

junto aos animais.

Muitos ainda creem que sonhar com mortos é receber visitas desses mortos, como nossos ancestrais, do Alto

Paleolítico ao Neolítico, pensavam. Esse entendimento dos sonhos é uma das fontes de crença na imortalidade da

alma.

As vozes dos nossos ancestrais ainda falam em nossa

mente. Somos uma espécie pré-histórica com iPhone”.

(disponível em https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2020/12/as-vozes-dos-

nossos-ancestrais-ainda-falam-em-nossa-mente.shtml, acessado em 04.12.2020).


Fernando Andrade) Esse texto foi publicado na Folha de

São Paulo, e foi escrito pelo filósofo Luís Felipe Pondé. O

pensamento desse filósofo é nitidamente influenciado por

uma ótica:

(A) cientificista.

(B) metafísica.

(C) materialista.

(D) ético-relativista.

(E) idealista.



(...) o moralismo representa uma espécie de patologia

da moral. Enquanto nesta há um certo consenso das

pessoas no tocante à distinção entre o certo e o errado, no moralismo alguns poucos buscam impor aos outros

seus padrões morais singulares, circunscritos a certa

época, religião, seita ou ideologia.

(Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2017/10/1929566-moral-moralismo-e-

direito.shtml , acessado em 04.12.2020).


Fernando Andrade) O conceito moralismo, no texto,

refere-se:

(A) aos valores de julgamento comportamental

construídos pela tradição.

(B) aos princípios universais que deveriam pautar nossos

julgamentos.

(C) a critérios validados pela tradição e usados a partir de

ressentimento pessoal.

(D) aos parâmetros de certo e errado circunscritos na

consciência.

(E) às virtudes e aos vícios definidos por determinada

religião em dado período histórico.

Mas, se é verdade que os conhecimentos derivam da

experiência, alguns há, no entanto, que não têm essa

origem exclusiva, pois poderemos admitir que o nosso conhecimento empírico seja um composto daquilo que

recebemos das impressões e daquilo que a nossa faculdade cognoscitiva lhe adiciona (estimulada somente

pelas impressões dos sentidos); aditamento que

propriamente não distinguimos senão mediante uma longa prática que nos habilite a separar esses dois

elementos.

(Kant, I. Crítica da Razão Pura)


Fernando Andrade) De acordo com o texto, todo

conhecimento origina-se:

(A) da reminiscência de ideias originalmente

transcendentes.

(B) da combinação de ideias metafísicas e empíricas.

(C) da categoria a priori existente na mente e da

experiência.

(D) somente da experiência com os objetos reais e

empíricos.

(E) de uma relação dialética do espírito humano com o

mundo.



A meritocracia é uma ilusão”, diz ex-empregada

doméstica que se tornou juíza

No Brasil, há pessoas que morrem sem nunca terem tido um registro de nascimento. Antônia Marina Faleiros,

57 anos, escapou de ser uma delas, mas vê exemplos todos os dias. Conviveu com essa realidade quando

trabalhava em um canavial, aos 12 anos, em Minas Gerais, e também ao se tornar juíza em comarcas do interior da

Bahia, aos 40. (...) Antônia Marina Faleiros é uma das

poucas mulheres autodeclaradas negras que compõem o quadro de juízes no Brasil. Segundo levantamento do

Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há apenas 6% de

mulheres pretas ou pardas na magistratura.

Nesse cenário, a presença de Antônia, muitas vezes,

surpreende. “Até hoje tem gente que olha para mim e diz: ‘Dona, cadê a juíza?’. O racismo de cada dia é sutil em

suas práticas, ele é travestido de uma observação engraçadinha, mas que molda todo um pensamento de

uma sociedade”, diz. Ela relata o longo caminho percorrido entre o trabalho infantil, dormir na rua, trabalhar como

empregada doméstica e, atualmente, ser juíza no Tribunal

de Justiça da Bahia (TJBA).

Antônia rejeita o título de “exemplo de meritocracia”.

Esse substantivo é usado para definir o predomínio numa sociedade daqueles que têm mais méritos (os mais

trabalhadores, mais dedicados, mais bem-dotados

intelectualmente etc.) Para ela, no Brasil é impossível falar em meritocracia, já que nem todos têm as mesmas

oportunidades e um caso individual de sucesso, apesar das adversidades, não pode ser usado como parâmetro.

“Meritocracia é só uma cortina para encobrir o remorso de

quem fecha as portas para os outros. Você fecha as portas

e essa pessoa não consegue nada. Então você diz: ‘Não

conseguiu porque não tinha mérito’”, diz. Antônia define a meritocracia como uma ilusão, uma figura de retórica que

não se sustenta. “Eu sou exemplo da não meritocracia.

Muitos como eu não conseguiram realizar seus sonhos, por diferentes fatores. Nosso horizonte é delimitado pelo

nosso ponto de observação”, descreve. As cotas raciais, por exemplo, são instrumentos para compensar essa

desigualdade, ela defende. “Esse discurso liberal de cada

um por si é perverso e predatório. É preciso, para se aferir meritocracia, aferir o ponto de partida de cada

competidor. Se partiram do mesmo ponto, aí podemos falar sobre isso. Se as condições foram diferentes, pode-

se falar em recompensa pela luta, mas não meritocracia.”

(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Alê

Lopes) Conforme a opinião de Antônia Marina Faleiros, a

meritocracia:

(A) é um processo justo e igualitário de disputa por

melhores posições na sociedade.

(B) não dá para ser aplicada em contextos de

desigualdades sociais em que os indivíduos iniciam a

competição de níveis distintos.

(C) existe diante da capacidade de um juiz reconhecê-la

assim em julgamentos equilibrados.

(D) é possível de ser atingida por meio da igualdade formal

perante a lei.

(E) é parte da vida e somente os mais capazes atingem

seus objetivos e posições de destaque na sociedade,

como a própria Antônia.

QUESTÃO 56


Texto 1

As mercadorias da indústria cultural se orientam

segundo o princípio de sua comercialização e não segundo

seu próprio conteúdo. Toda a prática da indústria cultural transfere, sem mais, a motivação do lucro às criações

espirituais. A partir do momento em que essas mercadorias asseguram a vida de seus produtores no

mercado, elas já estão contaminadas por essa motivação.

A indústria cultural impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e decidir

conscientemente. Mas estes constituem, contudo, a condição prévia de uma sociedade democrática, que não

se poderia salvaguardar e desabrochar senão através de

homens não tutelados.

(Theodor W. Adorno. A indústria cultural, 1986. Adaptado.)

Texto 2

A fabricação de livros tornou-se um fato industrial, submetido a todas as regras da produção e do consumo;

daí, uma série de fenômenos negativos, como o consumo

provocado artificialmente. Mas a indústria editorial distingue-se das demais porque nela se acham inseridos

homens de cultura, para os quais a finalidade primeira não é a produção de um livro para vender, mas sim a produção

de valores culturais. Isso significa que, ao lado de “produtores de objetos de consumo cultural”, agem

“produtores de cultura”, que aceitam a indústria cultural

para fins que a ultrapassam.

(Umberto Eco. Apocalípticos e integrados, 1990. Adaptado.)


Lopes) A partir da análise dos Textos I e II, depreende-

se que:

(A) os textos possuem opiniões opostas sobre a

proximidade entre cultura e mercado.

(B) o texto 1 critica a indústria cultural e o texto 2 defende

a mercantilização da cultura.

(C) o texto 1 apresenta um panorama da aproximação

entre cultura e mercado e o texto 2 alega que mesmo

o pensamento crítico aceita a indústria cultural.

(D) os dois textos indicam uma lógica da qual o

pensamento crítico não consegue escapar, haja visto os produtores de cultura serem iguais aos produtores

de objetos de consumo cultural.

(E) diferentemente do texto 1, o texto 2 alega que

somente na produção de livros é possível falar em

mercantilização da cultura em função do papel dos

“homens de culta”.

Na maneira de pensar, classificar e imaginar os

mundos distantes, o discurso europeu, tanto o erudito

quanto o popular, com frequência recorreu a procedimentos de fabulação. Ao apresentar como reais,

certos e exatos fatos muitas vezes inventados, escapou-lhe justamente o objeto que buscava apreender,

mantendo com ele uma relação imaginária. [...] Se existe

um objeto e um lugar em que esta relação imaginária e a economia ficcional que a sustenta se dão a ver de modo

mais brutal, distinto e manifesto, é exatamente esse signo que chamam de negro e, por tabela, o aparente lugar que

chamamos de África [...].

Achille Mbembe. Crítica da razão negra. São Paulo: Ed. N-1, 2018, p31.


Lopes) O tema abordado pelo texto refere-se:

(A) à criação de pré-noções e generalizações

eurocêntricas sobre a África e ou a população negra.

(B) à construção de narrativas científicas sobre a

diversidade da população africana.

(C) à maneira como se constrói uma relação entre

europeus e africanos baseada em construções imagéticas que não representam um verdadeiro

conhecimento sobre o que é a África e o negro.

(D) ao papel da indústria cultural na fabricação de fábulas

que inferiorizam os negros africanos.

(E) a um processo de construção e narração de histórias reais transformadas em fábulas que enaltecem povos,

como os do continente africano.



É a Ciência que precisa dar a palavra final na

questão das vacinas

E para os que dizem "Made in China, estou fora dessa", e que querem um futuro sem interferência da “ditadura chinesa”, procurem ver de onde vêm os tênis,

roupas, tecidos de fibra têxteis, sintéticos ou artificiais,

roupas de cama, edredons, travesseiros, almofadas, colchas, pufes, celulares, artigos de computação e

informática, computadores, impressoras, teclados de computador, brinquedos, jogos eletrônicos, bicicletas,

bijuterias, circuitos impressos, circuitos integrados, semicondutores, geradores, bombas, compressores,

aparelhos eletrodomésticos, cafeteiras, ventiladores, fios

e cabos elétricos, motores, transformadores elétricos, pneumáticos, inseticidas, herbicidas, peças para veículos

automotores, as plataformas de exploração e perfuração

de petróleo e muito mais. Vem da China, pessoal!

O “Made in China”, o “Assembled in China”, o “Product

of China” ou o “Fabricado na China“ estão em toda parte. Aliás, o governo federal liberou mais 12 agrotóxicos,

sendo 10 deles provenientes da China através do Ato no. 59, publicado no Diário Oficial da União com data de

19/10/2020. Ah, mas aí alguém diz: vacinas e medicamentos não vêm da China. Hã? A China, que sofre

com essa xenofobia sanitária no Brasil, capitaneada pelo

presidente dos EUA, é o segundo maior exportador de fármacos para o Brasil atrás apenas dos EUA. A maior

parte dos fármacos que os EUA exportam para o Brasil, são preparados com insumos chineses. E cerca de 70%

dos insumos farmacêuticos ativos essenciais à preparação

de medicamentos genéricos no Brasil vem da China.

Nós somos totalmente dependentes da China na área

de medicamentos, sejam eles de marca ou genéricos. E

tem mais, o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) necessário para a fabricação da candidata vacinal de

Oxford, vem da... China! Ops! Sim, segundo a Fiocruz, o Ministério da Saúde já disponibilizou R$ 1,5 bi para a

aquisição de 15 milhões de doses do IFA diretamente da

China para a AstraZeneca e depois para o Brasil em

dezembro.

(É a Ciência que precisa dar a palavra final na questão das vacinas. Jornal da Unicamp.

29/10/2020. Disponível em: https://www.unicamp.br/unicamp/ju/artigos/luiz-carlos-dias/e-

ciencia-que-precisa-dar-palavra-final-na-questao-das-vacinas. Acesso em: 16/12/2020)


Lopes) A partir do texto é possível afirmar que o autor:

(A) ressalta a tendência ao movimento unilateralista como

o Brexit da Inglaterra.

(B) indica uma contradição no movimento antivacina a

partir do argumento da globalização.

(C) concorda que a origem da vacina é prejudicial para a

campanha, corroborando o movimento antivacina.

(D) compara a vacina a uma mercadoria como outra qualquer e rechaça-a por meio da crítica marxista ao

consumismo.

(E) alega que os chineses atingiram um nível de ciência de

excelência, fato que os coloca como produtores de boa

parte das mercadorias em circulação, inclusive a

vacina.

QUESTÃO 59


Texto I

A Covid-19 é uma doença infectocontagiosa com

potencial de causar mortes e incapacitação, não tem tratamento. Portanto, se houver uma vacina segura e

eficaz, o Estado deve exigir a vacinação para a defesa de toda a população, respeitando o direito coletivo à saúde.

Um cidadão deve se comportar como tal e se vacinar.

Saúde pública é mais importante que o desejo de um indivíduo, é uma questão de respeito, empatia, cidadania.

Algumas pessoas defendem que a vacinação não deveria ser obrigatória, pois afirmam que vivemos em uma

democracia e são contrários à obrigatoriedade. O voto é

obrigatório, mas também é um direito do cidadão, o alistamento militar é obrigatório e se você não votar ou

não se alistar, sofrerá sanções. A vacina da febre amarela é obrigatória e se você não tomar, não pode viajar para

alguns países.

Para receber o Bolsa Família, as famílias precisam

apresentar a carteira de vacinação dos filhos. No caso da

Covid-19, ninguém tem a liberdade de infectar terceiros e como o risco sanitário é elevado, além de não termos

tratamento, quando tivermos uma vacina com altos níveis de segurança, imunogenicidade e eficácia comprovados,

penso que nesse caso particular de pandemia, a vacinação

deveria ser obrigatória, pois a opção individual não pode prejudicar o direito coletivo à saúde, trazendo

consequências para a sociedade. Receio que esse momento de polarização política não permita uma

campanha de conscientização da população.

(É a Ciência que precisa dar a palavra final na questão das vacinas. Jornal da Unicamp.

29/10/2020. Disponível em: https://www.unicamp.br/unicamp/ju/artigos/luiz-carlos-dias/e-

ciencia-que-precisa-dar-

palavra-final-na-questao-das-vacinas. Acesso em: 16/12/2020)

Texto II

A manchete do panfleto, de 1885, denuncia a vacinação contra a varíola afirmando que se tratava de uma “tirania da medicina”.

Um panfleto popular publicado em 1885 durante a epidemia de varíola em Montreal é um ótimo exemplo.

Mais de um século depois, temos o benefício de viver em

um mundo que erradicou a varíola usando uma vacina. Ainda assim, no passado, a vacinação contra a varíola era

fortemente contestada, apesar das evidências a favor de sua eficácia. Publicado por um líder antivacinacionista, Dr.

Alexander M. Ross, este panfleto foi amplamente

divulgado durante a epidemia de varíola de 1885 em Montreal, quando as autoridades de saúde pública

buscavam aumentar a cobertura vacinal.

(Movimento antivacina usa os mesmos argumentos há 135 anos, aponta cientista. GALILEU.

25/10/2020. Disponível em:

https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2020/10/movimento-antivacina-usa-os-

mesmos-argumentos-ha-135-anos-aponta-cientista.html. Acesso em: 16/12/2020)


Lopes) A partir dos textos do enunciado é possível

sustentar que:

(A) o Texto I reforça o interesse público e coletivo sobre o individual, o Texto II expõe uma perspectiva do

indivíduo sobre o coletivo.

(B) O Texto II, assim como o I, trata as vacinas como um

direito.

(C) O Texto I adota uma perspectiva autoritária,

combatida pela campanha mencionada no Texto II.

(D) O Texto II expõe uma opinião e um modelo de campanha historicamente superados, já que a Ciência

provou a eficiência das vacinas.

(E) O Texto I alega que, mesmo não sendo possível o

tratamento, a vacinação deve ser obrigatória.

QUESTÃO 60


Nova teoria avança no entendimento da interação de

plantas no subsolo

Por quase 20 anos, existiam duas hipóteses sobre a

competição por nutrientes no solo. Alguns grupos de pesquisa afirmavam que uma planta que interagia com

outras ao seu redor precisava produzir mais massa de raiz que uma planta isolada. Isso por causa da competição por

recursos: quanto mais raiz, mais fácil e rápido absorver

água e nutrientes do solo.

Outra hipótese, no entanto, dizia exatamente o

contrário. “Eram estudos que analisavam apenas a área de abrangência das plantas no subsolo. E, de acordo com

esses estudos, quanto mais concorrência de plantas vizinhas, menos espalhado seria o sistema radicular”,

relata.

No entanto, tanto o modelo matemático como o estudo experimental divulgado na Science mostram que,

embora contraditórias, as duas teorias anteriores estão corretas: as plantas tanto proliferam suas raízes perto do

caule (aumentam a densidade radicular) quanto reduzem

o espalhamento para evitar a sobreposição com o sistema

radicular vizinho.

Agência FAPESP. Disponível em: https://agencia.fapesp.br/nova-teoria-avanca-no-

entendimento-da-interacao-de-plantas-no-subsolo/34782/. Acesso em 09 de dez. 2020.


Carol Negrin) A esse respeito, assinale a alternativa

correta.

(A) O aumento da quantidade de raízes próximas ao caule

é uma característica selecionada por permitir maior

fixação da planta.

(B) O menor espalhamento das raízes pelo solo foi uma característica selecionada em uma população que

sofreu mutações pela necessidade de melhor

adaptação ao ambiente.

(C) A competição por água e nutrientes não é um fator

que atua no controle da população das plantas.

(D) O aumento da densidade radicular é importante por

proporcionar o adequado aporte de água e sais

minerais à planta, transportados às suas partes altas

por elementos de tubo crivado.

(E) A sobreposição de sistemas radiculares vizinhos foi evitada ao longo do processo evolutivo por permitir às

plantas maior taxa de sobrevivência.

(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Carol Negrin) Clara e Duda fizeram uma viagem em que

Clara se machucou e precisou passar por uma transfusão

sanguínea. Duda, que não sabia seu tipo sanguíneo, fez o teste para saber se era possível ser doadora. No teste, a

enfermeira observou que:

- houve aglutinação quando plasma com aglutinina anti-A

foi gotejado sobre uma gota do sangue de Duda.

- não houve aglutinação quando plasma com aglutinina

anti-B foi gotejado sobre uma gota do sangue de Duda.

Clara é portadora de sangue do tipo AB. É possível afirmar

que:

(A) Duda pôde doar sangue para Clara e seu tipo

sanguíneo é B.

(B) Duda pôde doar sangue para Clara e seu tipo

sanguíneo é A.

(C) Duda não pôde doar sangue para Clara,

independentemente do seu tipo sanguíneo.

(D) Duda não pôde doar sangue para Clara, pois seu

sangue é do tipo A.

(E) Duda pôde doar sangue para Clara, pois, tendo sangue

O, é doadora universal.


Carol Negrin) A eutrofização é um processo de

degradação de um ambiente aquático devido ao aumento da concentração de matéria orgânica e nutrientes nele

despejados. Dentre as etapas desses processo está a redução da concentração de oxigênio na água. Assinale a

alternativa que apresenta, respectivamente, a causa dessa

redução e um consequência dela.

(A) Morte de algas e aumento da concentração de

microrganismos com metabolismo aeróbico.

(B) Morte de animais aquáticos e aumento de

microrganismos anaeróbios.

(C) Aumento da atividade de microrganismos anaeróbios

e morte de algas bem como de animais aquáticos.

(D) Aumento da atividade microrganismos aeróbios e

morte de animais como peixes.

(E) Aumento da concentração de nutrientes na água e aumento da concentração de microrganismos com

metabolismo aeróbico.


QUESTÃO 63


(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Carol Negrin) Fungos são organismos multicelulares,

mas que não formam tecidos verdadeiros. Algumas de

suas características são semelhantes aos animais, enquanto outras assemelham-se às plantas. Sobre os

fungos, assinale a alternativa correta.

(A) Assim como nas plantas, as células de fungos possuem

parede celular composta, majoritariamente, por

celulose.

(B) Assim como os animais, os fungos são organismos

heterótrofos e que obtêm energia exclusivamente pela

respiração celular.

(C) Fungos, assim como plantas, possuem ciclo de vida com alternância de gerações e formam esporos como

agentes da dispersão pelo ambiente.

(D) Fungos podem reproduzir-se de maneira sexuada ou assexuada. Nos dois casos, os esporos são produzidos

por mitose e possuem conjunto haploide de

cromossomos.

(E) Assim como nas plantas, as células de fungos possuem

amido como reserva energética, carboidrato complexo que é degradado quando há necessidade de glicose

para a produção de energia.

Vários trabalhos científicos já descreveram que a

resposta de estresse prejudica a imunovigilância contra tumores, porém, pouco se sabe sobre sua influência sobre

a atividade dos linfócitos NKT (sigla em inglês para natural killer T cells, ou células T assassinas naturais). Essas

células influenciam uma série de respostas imunológicas,

incluindo a imunovigilância, e por isso são de interesse para quem busca desenvolver tratamentos contra diversos tipos de câncer.

Agência FAPESP. Disponível em: https://agencia.fapesp.br/estudo-investiga-como-estresse-

gerado-por-privacao-de-sono-afeta-a-imunidade/34806/. Acesso em 10 de dez. 2020.


Carol Negrin) Acerca dos seus conhecimento sobre as células que fazem parte do sistema imune, é correto dizer que:

(A) as células NKT, assim como as células T auxiliares,

atuam na resposta imune inata.

(B) as células NKT, assim como as células B, atuam fazem

parte da resposta imune humoral.

(C) as células NKT, assim como os macrófagos, possuem

atividade fagocítica.

(D) as células NKT são células de memória, atuando na

resposta imune específica.

(E) as células NKT produzem anticorpos, atuando na

resposta imune adquirida.


Carol Negrin) Dois fragmentos de tecidos epiteliais humanos estavam sendo analisados por um estudante ao

microscópio de luz. Sua professora disse que um deles fora removido do epitélio intestinal, enquanto o outro, do

epitélio da traqueia. Para saber qual fragmento

correspondia ao intestino e qual correspondia à traqueia,

o aluno deveria procurar, respectivamente, por:

(A) células caliciformes e células ciliadas.

(B) células caliciformes e células com microvilosidades.

(C) células com microvilosidades e células flageladas.

(D) células com inúmeros flagelos e células ciliadas.

(E) células com microvilosidades e células cilíndricas sem

cílios nem flagelos.


QUESTÃO 66


(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Carol Negrin) Diversas são as doenças transmitidas por

vetores, sendo sua incidência na população associada à presença desses animais. Muitas delas são arboviroses,

como:

(A) malária, febre amarela e dengue.

(B) febre amarela, leishmaniose e dengue.

(C) filariose, zika e malária.

(D) dengue, zika e febre amarela.

(E) dengue, zika e malária.


Guilherme Alves) Uma maneira de se produzir gás

hidrogênio é por meio da reação do ácido sulfúrico com

ferro metálico, que ocorre de acordo com a seguinte

equação:

H2SO4(aq) + Fe(s) → H2(g) + FeSO4(aq)

Em um experimento de laboratório, utilizou-se volume de

solução de ácido sulfúrico suficiente para oxidar todo metal presente na reação, e obteve-se 20 mL de gás em

condições normais de temperatura e pressão. A massa de

ferro utilizada no experimento foi próxima de:

(Dado: R = 0,0821 atm.L.mol–1.K–1)

(A) 0,032 g.

(B) 0,045 g.

(C) 0,091 g.

(D) 0,21 g.

(E) 0,42 g.


Guilherme Alves) A vinilina é o principal componente da

essência que traz o aroma de baunilha. Esse composto

possui a seguinte fórmula estrutural:

Examinando essa fórmula, é correto afirmar que a

molécula desse composto apresenta:

(A) heteroátomo.

(B) isomeria óptica.

(C) átomo de carbono quaternário.

(D) função cetona.

(E) função ácido carboxílico.


QUESTÃO 68


No nosso dia a dia, usamos expressões como “café

fraco” e “café forte”. Quando as utilizamos, estamos

dizendo que, no primeiro caso, a quantidade de _______

(pó dissolvido) é pequena em relação à quantidade de

________. Entretanto, no segundo caso, a quantidade de

_______ é elevada em relação ao________. Classificamos

o “café fraco” como sendo uma solução _______ em

comparação ao “café forte”, solução _____________.

Disponível em: Coleção de Estudos- Química, vol. 6, Editora Bernoulli, 2006.

(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Guilherme Alves) As lacunas do texto devem ser

preenchidas, respectivamente por:

(A) eletrólitos – soluto – solvente – soluto – condutora –

neutra.

(B) eletrólitos – solvente – eletrólitos – solvente – neutra

– condutora.

(C) soluto – solvente – soluto – solvente – líquida – sólida.

(D) solvente – soluto – soluto – solvente – diluída –

concentrada.

(E) soluto – solvente – soluto – solvente – diluída –

concentrada.

Leia o texto para responder às questões 71 e 72:

A litosfera é a principal fonte de metais. Contudo, a

maioria desses metais não é encontrada na forma

metálica, mas, geralmente, na forma de óxidos e sulfetos.

Essas substâncias são denominadas minerais. Os

depósitos de minerais em quantidades economicamente

viáveis de exploração são denominados jazidas minerais

ou minas. Existem dois tipos de minas: as subterrâneas e

as minas a céu aberto. A mineração consiste em um

conjunto de técnicas utilizadas para a extração de

minérios das jazidas e sua posterior purificação. A

totalidade das impurezas de um minério é denominada

ganga. Os principais componentes da ganga são terra e

areia. Após a extração do minério, se necessário, ele

passará por um processo de fragmentação antes da

eliminação da ganga. Os diversos métodos físicos de

separação de misturas sólido-sólido são aplicados para

maximizar a eliminação da ganga. Essa etapa da

mineração é denominada purificação ou concentração.

Disponível em: Coleção de Estudos- Química, vol. 6, Editora Bernoulli, 2006.


Guilherme Alves) São características que abrangem a

maioria dos elementos metálicos:

(A) baixos pontos de fusão e tenacidade.

(B) brilho, inflexibilidade e condutibilidade térmica.

(C) ductibilidade, maleabilidade, brilho e condutibilidade

elétrica.

(D) baixa densidade, maleabilidade, brilho e

condutibilidade térmica.

(E) altos pontos de fusão e ebulição, baixa densidade,

ductibilidade e condutibilidade elétrica.


Guilherme Alves) O metal manganês é encontrado principalmente na forma do mineral pirolusita, que é

majoritariamente composto por óxido de manganês (MnO2). A obtenção desse metal na forma pura pode se

dar por meio de um método chamado de aluminotermia,

que consiste na reação do óxido de manganês com alumínio metálico, e pode ser representado pela seguinte

reação balanceada:

(A) MnO2 + Al → Mn + Al2O3.

(B) MnO2 + 2 Al → Mn + Al2O3.

(C) 3 MnO2 + 2 Al → 3 Mn + Al2O3.

(D) 3 MnO2 + 4 Al → 3 Mn + 2 Al2O3.

(E) 6 MnO2 + 4 Al → 3 Mn + 6 Al2O3.

QUESTÃO 70

QUESTÃO 71

QUESTÃO 72



Guilherme Alves) Analise os três diagramas de entalpia.

O ∆H de obtenção, em kJ, de 1 mol de C2H6O(l), a partir

de C(graf), H2(g) e O2(g), é:

(A) -278.

(B) 116.

(C) 151.

(D) -962.

(E) -1646.

(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Guilherme Alves) O ácido lático (HC3H5O3) é um ácido

orgânico que, quando acumulado, é o principal responsável pela fadiga muscular. Se em uma solução

aquosa de concentração igual a 0,1 mol/L há 4% de ácido

lático dissociado, assinale a alternativa que apresenta a constante de acidez (Ka) desse ácido.

(A) 1,0.10-4.

(B) 1,6.10-4.

(C) 2,4.10-4.

(D) 2,9.10-4.

(E) 3,1.10-4.

(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Guilherme Alves) Assim como no sol, nas bombas de

hidrogênio, ocorre a combinação de isótopos de

hidrogênio e formação de gás hélio, como demonstrado pela equação a seguir:

3 H 1 + 2 H 1 → 4 He 2 + 1 n 0 + energia

Nessa equação:

(A) prótons são liberados.

(B) há a absorção de uma partícula subatômica.

(C) forma-se um novo núcleo por meio de fusão.

(D) uma alta quantidade de energia é absorvida para

produção do gás.

(E) nêutrons são produzidos a partir da fissão nuclear dos

isótopos de hidrogênio.


Lucas Costa) Em um ambiente livre da influência de

ventos horizontais, uma pedra de massa 𝑚 é lançada

verticalmente para cima com velocidade inicial 𝑣1, atinge

uma altura máxima ℎ e retorna ao ponto de origem com

uma velocidade final 𝑣2. Sobre a situação, as seguintes

afirmações foram feitas:

I) 𝑣1 = 𝑣2 para qualquer situação.

II) 𝑣1 = 𝑣2 se a resistência do ar for desprezada.

III) desconsiderando a resistência do ar na vertical, quanto maior a massa 𝑚 da pedra, menor será a altura

máxima ℎ atingida por ela.

IV) 𝑣1 > 𝑣2 se o efeito na vertical do ar for considerado.

Está correto apenas o que se afirma em:

(A) I, apenas.

(B) I e III.

(C) II e III.

(D) II, III e IV.

(E) II e IV.


QUESTÃO 74

QUESTÃO 76



Lucas Costa) Um satélite artificial é definido como

qualquer corpo feito pelo ser humano e colocado em órbita

ao redor da Terra ou de qualquer outro corpo celeste. São

bastante utilizados para analisar e observar o planeta,

fornecendo dados sobre temperatura de regiões, sobre

geleiras, acerca da umidade do ar, dentre outros.

Considere um satélite de massa 𝑚 em uma órbita circular

e de raio 𝑅 em torno da Terra sujeito a uma velocidade

𝑣1. Se esse mesmo satélite orbitasse um planeta com

quatro vezes mais massa que o nosso, e em uma órbita de raio 2 ⋅ 𝑅, sua velocidade seria 𝑣2.

É possível afirmar a razão 𝑣2/𝑣1 vale:

(A) √2.

(B) 2.

(C) √2/2.

(D) 1/2.

(E) 2 ⋅ √2.


Lucas Costa) Um pai pretende encher uma banheira com

água morna a 40 °𝐶 para dar banho em seu filho recém-

nascido. Para isso, ele coloca 10 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 de água a 60 °𝐶 e

preenche o resto com água direto da torneira, que sai a

24 °𝐶, em uma vazão de 0,20 𝑑𝑚³/𝑠. Considerando a

massa específica da água como 𝜇 = 1,0 𝑔/𝑐𝑚³, o seu calor

específico como 𝑐 = 1,0 𝑐𝑎𝑙/𝑔 ⋅ °𝐶 e que não há perda de

calor para o ambiente, o tempo, em segundos, que a

torneira precisará ficar ligada para que a água da banheira

atinja a temperatura desejada é próximo de:

(A) 53.

(B) 63.

(C) 86.

(D) 28.

(E) 74.


Lucas Costa) Frentes de onda, ao atingirem dioptros

formados por meios de diferentes índices de refração,

sofrem alteração em duas de suas principais

características cujas grandezas estão presentes na

chamada Equação Fundamental da Ondulatória.

Uma onda que possui velocidade 𝑣1 = 150 𝑚/𝑠 atinge um

dioptro semelhante ao descrito anteriormente com um ângulo de incidência 𝜃𝑖 = 60° e é desviada de forma que

o ângulo de refração seja de 𝜃𝑟 = 30°. Considerando

𝑠𝑒𝑛 30 = 0,50 e 𝑠𝑒𝑛 60 = 0,87, a razão entre o

comprimento de onda inicial 𝜆𝑖 e o comprimento da onda

no segundo meio 𝜆𝑟 vale, aproximadamente:

(A) 0,50.

(B) 0,85.

(C) 0,13.

(D) 1,4.

(E) 1,7.


QUESTÃO 78



Lucas Costa) Uma partícula de carga 𝑞 = 5,0 ⋅ 10−7 𝐶 e

massa 𝑚 = 8,0 ⋅ 10−9 𝑔 encontra-se em repouso imersa

em um campo elétrico uniforme de acordo com a figura:

A intensidade do campo elétrico necessária para manter essa partícula na situação descrita, considerando que a aceleração da gravidade no local valha 𝑔 = 10 𝑚/𝑠² é:

(A) 9,0 ⋅ 10−2 𝑁/𝐶.

(B) 3,4 ⋅ 10−3 𝑁/𝐶.

(C) 2,5 ⋅ 104 𝑁/𝐶.

(D) 1,6 ⋅ 10−4 𝑁/𝐶.

(E) 5,5 ⋅ 10−3 𝑁/𝐶.


Lucas Costa) Em um laboratório, um professor de física

utiliza um dispositivo para criar uma corrente elétrica

variável que atravessa um fio condutor. A intensidade da

corrente no decorrer do tempo é representada pelo gráfico

abaixo:

Considerando a carga elementar do elétron com 𝑒 = 1,6 ⋅10−19 𝐶, a quantidade de elétrons que atravessou o

condutor durante 135 segundos foi de, aproximadamente:

(A) 2,5 ⋅ 1022.

(B) 2,5 ⋅ 10−19.

(C) 2,5 ⋅ 1020.

(D) 2,5 ⋅ 10−16.

(E) 2,5 ⋅ 1016.


Lucas Costa) Voltímetros e amperímetros são

equipamentos muito utilizados por eletricistas para medir,

respectivamente, a diferença de potencial entre dois

pontos, e a corrente elétrica que atravessa um fio

condutor. As especificações e maneiras de instalar esses

equipamentos em um circuito elétrico influenciam

diretamente seu funcionamento.

Sobre esses medidores, é correto afirmar que:

(A) um amperímetro ideal tem resistência interna infinita e deve ser ligado em série com os outros dispositivos

do circuito.

(B) um voltímetro ideal tem resistência interna infinita e deve ser ligado em série com os outros dispositivos do

circuito.

(C) um amperímetro ideal tem resistência interna nula e

deve ser ligado em série com os outros dispositivos do

circuito.

(D) um amperímetro ideal tem resistência interna nula e

deve ser ligado em paralelo com os outros dispositivos

do circuito.

(E) um voltímetro ideal tem resistência interna nula e deve ser ligado em série com os outros dispositivos do

circuito.


QUESTÃO 81


(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Andrew Cazemiro) Após meses de pesquisa, um grupo

de pesquisadores concluiu que a concentração de

partículas de micro-organismos unicelulares contidas em um litro de água retirada de um lago é dada pela função 𝑄(𝑡) = 40. 2−2𝑡 − 19. 2−𝑡, onde 𝑄 é a quantidade, em

milhares, de indivíduos vivos presentes nessa quantidade de água após 𝑡 meses (considerando que 1 mês = 30

dias). Sabendo que, após a retirada da água do lago, os

micro-organismo começam a morrer aos poucos, o tempo necessário para que restem 3 000 unidades nessa amostra é: (Considere log 2 = 0,3 e log 3 = 0,47).

(A) 160 dias.

(B) 230 dias.

(C) 290 dias.

(D) 350 dias.

(E) 380 dias.


Andrew Cazemiro) Na figura abaixo, uma circunferência de centro D está inscrita em um triângulo retângulo ABC

de tal modo que ela tangencia os três lados do polígono.

Com isso, pode-se afirmar que o raio dessa circunferência

mede, em cm:

(A) 2.

(B) 3.

(C) 4.

(D) 5.

(E) 6.


Andrew Cazemiro) Os pontos 𝐴(8, −3) e 𝐵 (0, −41

3) são

vértices de um triângulo ABC, retângulo em A. A abscissa do ponto C, que está situado no eixo 𝑂𝑥, é:

(A) 0.

(B) 1.

(C) 2.

(D) 3.

(E) 4.

(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Andrew Cazemiro) Pedro foi contratado para atuar

como vendedor em uma loja de eletrônicos. Seu regime de trabalho consiste em período integral, com 1 dia de

folga a cada 3 dias trabalhados. Sabendo que, em

determinado ano, sua primeira folga ocorreu em uma segunda-feira, pode-se concluir que o seu 100º dia de

folga, contado a partir dessa segunda-feira, ocorrerá em

um(a):

(A) sexta-feira.

(B) sábado.

(C) domingo.

(D) quarta-feira.

(E) quinta-feira.


Andrew Cazemiro) No círculo trigonométrico é localizado um arco 𝑥, localizado fora dos eixos

coordenados. Em relação a suas funções trigonométricas,

o valor de 𝑏, tal que 𝑏 ∈ 𝑅, sabendo que 𝑠𝑒𝑛 𝑥 =𝑏−3

3 e

cos 𝑥 =√𝑏

3 é:

(A) – 1.

(B) 0.

(C) 3.

(D) 5.

(E) 7.


QUESTÃO 86

QUESTÃO 87

QUESTÃO 84


(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Andrew Cazemiro) Um reservatório em formato de um

paralelepípedo reto-retângulo possui 10 metros de

comprimento, 5 metros de largura e 6 metros de altura, estando completamente cheio de água. Considere as

seguintes afirmativas:

I. Caso 80.000 litros de água sejam retirados do

reservatório, a altura da água atingirá 4,5 metros.

II. Metade da água contida nesse reservatório é suficiente para encher um outro reservatório de formato piramidal

quadrangular, com 8 metros de aresta da base e 6

metros de altura.

III. Uma torneira acoplada em um buraco no fundo do reservatório começa a esvaziá-lo aos poucos. Em uma

vazão de 500 litros por minuto, o reservatório estará

vazio em 10 horas.

Está(ão) correta(s) apenas as afirmativas:

(A) I e II.

(B) I e III.

(C) II e III.

(D) I, II e III.

(E) I.


Andrew Cazemiro) Analise as equações abaixo:

I. 2𝑥2 − 2𝑦2 + 3𝑥 − 6𝑦 + 9 = 0

II. 3𝑥2 + 3𝑥 + 2𝑦 + 1 = 0

III. 8𝑥2 + 8𝑦2 + 6𝑥 + 9𝑦 − 12 = 0

IV. 2𝑥2 + 3𝑦2 + 2𝑥 + 5𝑦 − 6 = 0

A equações apresentadas podem ser associadas,

respectivamente, a:

(A) circunferência, elipse, hipérbole e parábola.

(B) elipse, parábola, hipérbole e circunferência.

(C) hipérbole, parábola, circunferência e elipse.

(D) circunferência, parábola, hipérbole e elipse.

(E) hipérbole, parábola, elipse e circunferência.

(Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Andrew Cazemiro) Sabendo que o triângulo ABC, cujos vértices estão localizados nos pontos 𝐴(5, 2), 𝐵(−3, 1) e

𝐶(−2, 𝑦), possui 19,5 unidades de área, pode-se concluir

que a ordenada do vértice 𝐶, que se encontra no segundo

quadrante, é igual a:

(A) 4.

(B) 5.

(C) 6.

(D) 7.

(E) 8.


QUESTÃO 90


INSTRUÇÃO: Leia os textos a seguir:

Texto 1

O movimento hoje conhecido como "cultura do

cancelamento" começou, há alguns anos, como uma

forma de chamar a atenção para causas como justiça social e preservação ambiental. Seria uma maneira de

amplificar a voz de grupos oprimidos e forçar ações políticas de marcas ou figuras públicas.

Funciona assim: um usuário de mídias sociais, como Twitter e Facebook, presencia um ato que considera

errado, registra em vídeo ou foto e posta em sua conta, com o cuidado de marcar a empresa empregadora do

denunciado e autoridades públicas ou outros

influenciadores digitais que possam amplificar o alcance da mensagem. É comum que, em questão de horas, o post tenha sido replicado milhares de vezes.

(Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/geral-53537542 , acessado em 04.12.2020).

Texto 2

Qual limite entre a crítica e o linchamento virtual?

A advogada Thais Menezes afirma que os prejuízos da cultura do cancelamento são os danos à honra e à imagem

dos usuários que sofrem com o linchamento, além de,

muitas vezes, invadir uma área que é restrita à atuação

das polícias e órgão envolvidos, como a Polícia Civil e o Ministério Público, o que pode causar até mesmo interferências indesejadas no procedimento investigativo.

(...)

Ashley pensa que existe um ponto positivo no cancelamento para pessoas que cometem crimes reais,

como no caso da blogueira Luisa Brasil, que foi explicitamente racista no Instagram e estava ganhando

mais visibilidade e seguidores, mas depois de sofrer com esse banimento virtual, a sua conta foi

excluída. Ela acrescenta que é um dos pontos negativos

é quando usuários, que publicam uma opinião, sem preconceitos, diferente da maioria, são julgados e apedrejados por simplesmente não pensar igual.

(...)

A pesquisadora Gabriela de Almeida, membro do projeto Redes Cordiais, que combate a desinformação e o

discurso de ódio nas redes sociais, explica, em entrevista à Agenda, que o cancelamento ocorre a partir de uma

frase mal elaborada ou de uma opinião baseada em equívocos, em que uma pessoa pode ser atacada de uma

forma devastadora, sem que haja o menor espaço para

diálogo, revisão de atitudes ou abertura para reflexões mais sérias acerca do que houve de fato.

“Essa cultura caminha lado a lado com o discurso de

ódio, quando se nega a aceitar diversidade de trajetórias

e de ideias, e se apoia em uma tática de exclusão e julgamento, o que pode trazer consequências

assombrosas para a sociedade e pode criar relações cada vez mais tóxicas. Cancelar e silenciar um sujeito não fará

com que aquela opinião se dissolva, pelo contrário, pode

até mesmo provocar uma onda de desinformação e ódio”, declara.

(disponível em https://www.agendartecultura.com.br/noticias/limite-critica-linchamento-virtual/,

acessado em 04.12.2020).

REDAÇÃO


Texto 3

A cultura do cancelamento: O que era valioso

passou dos limites?

(...)

A Rolling Stone Brasil conversou com Yuri Busin, mestre e doutor em Neurociência Cognitiva pela

Universidade Presbiteriana Mackenzie, e Beatriz Barbosa Fejgelman, psicóloga clínica formada na

Unesp, especialista em Saúde Mental pela Faculdade de

Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e psicanalista do grupo Divam, para entender como a

liberdade de expressão proporcionada pela internet, uma ferramenta valiosa, foi distorcida ao longo dos anos e se

transformou na cultura do cancelamento.

(...)

Origem do cancelamento

A origem da cultura do cancelamento não possui um marco exato. Contudo, a revista Time relaciona essa

mobilização online com o movimento #MeToo, que utilizou as redes sociais para unir vítimas de assédio e abuso sexual, em 2017.

As denúncias virtuais ganharam visibilidade mundial e

foram transformadas em acusações reais. O

cineasta Harvey Weinstein foi acusado por mais de 80 mulheres por crimes sexuais e foi sentenciado a 23 anos de prisão, em março de 2020.

Além disso, é possível identificar o movimento de

“chamar atenção”, a chamada call-out culture, que foi tema de textos de opinião do The Guardian e do New York Times, em 2019. Segundo o veículo britânico, uma versão

da cultura de “chamar atenção” fora da internet já existe há muito tempo e foi responsável por revelar injustiças sociais de grupos marginalizados.

Porém, a mesma ferramenta passou a ter um

significado diferente quando foi transferida para o

universo digital. O jornal define esse movimento nas redes

sociais como uma ação simples: “Alguém faz algo errado, as pessoas avisam e a pessoa evita fazer isso de novo no futuro”.

Beatriz relembrou a eficiência da cultura de “chamar

atenção” no Brasil ao citar a reformulação do

posicionamento da marca Skol, que sofreu inúmeras críticas depois de sugerir que as mulheres deixassem o “não” em casa para celebrar com carnaval de 2015.

“O cancelamento pode ser utilizado de diversas

formas”, disse a especialista a psicóloga. “Cancelar uma marca, como foi com a Skol, trouxe mudanças muito

positivas, em que reconstruíram toda a propaganda da

marca, parando de usar o corpo nu das mulheres em frente às telas e usando a força de trabalho intelectual para refazer o marketing.”

Ela completa: “Claro que toda essa mudança também

vem de uma lógica capitalista, a qual, ao ver que as mulheres também são consumidoras da marca, abraça os ideais feministas ainda como meio para vendas e lucro”.

(Disponível em https://rollingstone.uol.com.br/noticia/cultura-do-cancelamento-o-que-era-

valioso-passou-dos-limites/, acessado em 04.12.2020).

Com base na leitura dos textos apresentados e de

outras que já tenha feito sobre o assunto, escreva um

texto dissertativo que deverá ter o seguinte título:

A cultura do cancelamento: recurso valioso ou

expressão do ressentimento?

Sua redação deverá ser redigida em prosa e obedecer

aos padrões da norma culta do português do Brasil.

INSTRUÇÕES

https://rollingstone.uol.com.br/noticia/racismo-e-homofobia-nova-serie-da-netflix-expoe-hollywood-antes-do-movimento-metoo/

https://rollingstone.uol.com.br/noticia/harvey-weinstein-e-condenado-23-anos-de-prisao-por-estupro-e-abuso-sexual/




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