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  • 8/17/2019 CAP1_CONCEITOS_BASICOS

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 1

    Capítulo 1 

    CONCEITOS BÁSICOS

    1. Introdução

    Antes de uma análise particular dos principais equipamentos elétricos,

    vamos neste capítulo apresentar uma série de informações de caráter geral.

    Os sistemas elétricos têm por objetivo básico atender a demanda de

    energia elétrica de suas cargas dentro de certos critérios de qualidade de

    fornecimento de energia.

    A estrutura geral de um sistema elétrico está apresentada na Figura I-2.

    Os parâmetros básicos que definem as características funcionais e construtivas dos

    equipamentos elétricos estão ligados as condições de operação em regime

    permanente e principalmente no transitório dos sistemas elétricos.

    Um equipamento que na operação normal está submetido a uma corrente

    de alguns amperes pode durante a ocorrência de um curto-circuito ser submetido

    transitoriamente a correntes da ordem de alguns kA. Equipamentos que operam

    numa faixa de tensão de 500 kV, por exemplo, podem ser submetidos

    transitoriamente a tensões da ordem de 500kV. De modo, que é fundamental o

    estudo dos fenômenos transitórios e de regime permanente para a corretaespecificação dos equipamentos.

    Além destes aspectos, a correta especificação dos equipamentos exige

    análise de certas características da instalação, como:

    a) Altitude do local a ser instalado

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 2

    b) Exposição à sujeira ou pó prejudicial

    c) Temperaturas máxima e mínima do local a ser instalada

    d) Limitações de espaço

    e) Exigência de níveis de ruído e/ou rádio-interferência

    f) Necessidade de proteção especial de pessoas contra contatos acidentais com

    partes vivas.

    g) Dificuldades de manutenção

    Após a revolução industrial, a energia elétrica assumiu um papel decisivo

    no mundo moderno e a cada dia o consumo de energia vem sendo incrementado.

    Esta importância da energia elétrica está associada a três fatores:

    a) Facilidade de se converter qualquer forma de energia em energia elétrica.

    b) Facilidade de se transmitir esta energia através de grandes distâncias com custo

    relativamente baixo.

    c) Facilidade de se converter energia elétrica em outras formas de

    energia utilizadas na vida moderna em eletrodomésticos, bombas, lâmpadas,

    elevadores.

    Com este consumo de energia crescendo dia após dia, a produção de

    energia obrigatoriamente teve que acompanhar este ritmo. Nos sistemas elétricos a

    energia é produzida pelo processo de conversão de energia, isto é:

    a) Pela utilização de energia térmica em energia mecânica através de turbinas à

    vapor, turbinas à gás e motores diesel.

    b) Pela utilização da força das quedas de água para acionar turbinas hidráulicas.

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 3

    c) Pela conversão da energia solar em energia elétrica.

    d) Pela conversão de energia eólica em energia mecânica e desta em elétrica 

    Esta energia elétrica é gerada em centrais de geração através de

    máquinas síncronas que operam normalmente com tensões nominais abaixo de

    25kV. No Brasil, estas centrais são predominantemente hidrelétricas e na sua quase

    totalidade estão situadas longe dos grandes centros de carga.

    O transporte de energia das centrais de geração até os centros de carga

    são realizadas pelas linhas de transmissão, elas são as “artérias” dos sistemaselétricos. O crescimento econômico e populacional, as restrições ambientais e o uso

    corrente de energia elétrica levaram progressivamente a necessidade de mais

    linhas de transmissão ocupando o menor espaço possível.

    A solução natural foi o emprego de níveis de tensão cada vez maiores

    para a transmissão de energia elétrica, praticamente dobrando a cada 20 anos.

    Apareceram assim linhas em 69 kV, 138 kV, 345 kV, 500 kV e 750 kV. O primeiro

    sistema elétrico em 765 KV entrou em operação em 1965 no Canadá (735 KV da

    Hydro Quebec). No Brasil, atualmente, o maior nível de tensão é o de 765 KV do

    sistema de Itaipu.

    Para ilustrar este fato apresentamos a Figura I-1  que procura dar uma

    idéia do aumento da capacidade de transmissão a medida que se eleva o nível de

    tensão. O tamanho das estruturas e a ocupação de espaço físico estão em uma

    mesma escala. Para valores típicos de transporte apresentados na Figura I-1,

    concluímos que uma linha de 765 kV carrega o equivalente a 30 linhas de 138kV,

    com uma estrutura de transmissão de mais ou menos o dobro do tamanho daquela

    de 138 kV. 

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 4

    Figura l-1 – Comparação de estruturas de diferentes tipos de tensão

    O controle do fluxo de energia elétrica é realizado nas subestações ao

    longo do sistema elétrico. Nas subestações a energia é transformada para níveis detensão mais adequados, permitindo o transporte de energia de forma mais segura e

    econômica.

    Para que os sistemas elétricos cumpram seu objetivo, são necessárias

    diversas subestações com diferentes funções, desde as centrais de geração até os

    grandes centros de carga.

    Uma subestação é um conjunto de equipamentos usados para controlar,

    modificar, comandar, distribuir e direcionar o fluxo de energia elétrica em um

    sistema elétrico. Elas tem uma ou mais das seguintes funções: 

    a) Transformação, modificando as grandezas características do fluxo de potência

    através do uso de transfor-madores.

    b) Manobra, redistribuindo o fluxo de potência modificando a configuração do

    sistema elétrico.

    c) Seccionamento, limitação dos comprimentos de linhas de transmissão,

    aumentando a confiabilidade.

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 5

    d) Distribuição, subdividindo o fluxo de potência para atender diversos

    alimentadores, destinados geral-mente a suprir a demanda de consumidores indus-

    triais ou residenciais

    2. Estrutura Geral de um Sistema Elétrico 

    A estrutura geral de um sistema de potência pode ser visualizada através

    da Figura I-2. Nesta figura estão mostrados as diferentes partes constituintes de um

    sistema elétrico caracterizados por diferentes níveis de tensão separados por

    transformadores.

    Figura I-2 - Esquema geral de uma sistema elétrico de potência

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 6

    A produção de energia é formada por centrais de geração constituída por

    um conjunto de geradores síncronos. Estes geradores por limitações físicas não são

    fabricados em tensões acima de 25 KV e são movidos por máquinas primárias ou

    turbinas.

    As usinas hidrelétricas e termelétricas são os dois tipos mais comuns de

    centrais de geração. A Figura I-3 mostra o perfil típico de uma usina hidrelétrica,

    onde a energia potencial da água armazenada no reservatório é transformada em

    energia cinética e energia de pressão dinâmica pela passagem da água pelos

    condutos forçados. Ao fazer o acionamento da turbina hidráulica, essa energia é

    convertida em mecânica que por sua vez transmite pelo eixo ao gerador, onde

    finalmente a energia mecânica é convertida em energia elétrica.

    Figura l-3 - Perfil típico de uma usina hidrelétrica

    A transmissão num sistema elétrico constitui um conjunto de linhas de

    transmissão e subestações que operam em níveis de ultra alta tensão ( tensões

    acima de 500 KV ) e extra alta tensão ( tensões acima de 138 KV e 500 KV ) como

    função transportar grandes blocos de potência dos centros de geração até as

    subestações de maior carga do sistema elétrico, geralmente em volta de grandes

    centros urbanos ou industriais. 

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 7

    Dentro dos sistemas de transmissão destacamos as linhas de interligação

    (“tie lines”) que interligam sistemas elétricos permitindo: um aumento da

    confiabilidade de ambos os sistemas, uma possibilidade de um intercâmbio de

    energia entre os diversos sistemas de acordo com as disponibilidades e

    necessidades diferenciadas, uma redução nos custos da construção, na operação emanutenção de unidades de reserva.

    A subtransmissão consiste de um conjunto de linhas e subestações que

    operam em níveis de E.A.T. e A.T. ( alta tensão, tensões entre 69 KV e 138 KV)

    com a função de distribuir a energia entre às subestações situadas em torno de

    grandes centros urbanos e industriais.

    É importante salientar que não existe uma separação clara entre os

    circuitos de transmissão e subtransmissão. O aumento de demanda na carga torna

    geralmente necessário superpor uma nova rede numa tensão mais alta a uma já

    existente, fazendo com que uma rede que era de transmissão passe a ser de

    subtransmissão.

    O nível de distribuição constitui a malha mais refinada do sistema elétrico;

    nele, são alimentados a partir de subestações de distribuição, pequenos e médios

    consumidores. Usualmente dois níveis de tensão de distribuição são utilizados: o de

    distribuição primária com tensões da ordem de 15 KV (13.8 KV) e outra de

    distribuição secundária com tensões abaixo de 500V (380V/220V/110V). O nível de

    subtransmissão é o responsável pela interligação das diversas subestações de

    distribuição de uma dada área geográfica e tem tensões entre 13.8 KV e 138 kV.

    Hoje, toda a estrutura de um sistema elétrico é gerenciada e monitorada

    continuamente em sistemas de controle computadorizados. O aumento do tamanho

    e da complexidade dos sistemas elétricos, acarretou a necessidade de ferramentas

    eficientes para garantir a confiabilidade e a qualidade do fornecimento de energia

    elétrica a um baixo custo. Cada importante nó ou barra de um sistema elétrico tem

    suas ações de comando e supervisão locais realizadas por uma U.T.R. (unidade

    terminal remota). As unidades terminais remotas de uma dado conjunto de

    subestações é comando e controlado por centros de controle regionais.

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 8

    Centros de controle regionais centralizam todas as informações, ações e

    dados regionais a partir de ações definidas pelo Centro de Controle Principal ou

    Geral.

    O Centro de Controle Principal é modernamente constituído por umconjunto de computadores que operam o sistema elétrico tomando decisões a partir

    de dados e informações geradas por estudos on-line e off-line.

    As funções de sistemas de controle deste tipo vão desde de funções

    SCADA (Supervisory Control And Data Acquisition - controle supervisório e

    aquisição de dados) até operação econômica, verificando o desempenho e a

    segurança na rede, de modo a manter adequados os padrões de qualidade equantidade de energia suprida ao longo do tempo.

    A Figura I-4 mostra um esquema de um sistema de controle supervisório

    deste tipo.

    Figura I-4 – Sistema de Controle Supervisório 

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 9

    2. Equipamentos de um Sistema Elétrico

    Os equipamentos de um sistema elétrico são divididos em:

    -  equipamentos principais-  equipamentos de manobra

    -  equipamentos de medição, proteção e controle, e ainda em

    -  equipamentos de serviços auxiliares

    Os equipamentos principais são aqueles que atuam diretamente no fluxo

    de potência, modificando-o. Nestes equipamentos, se enquadram:

    - os transformadores de potência,

    - os reatores de derivação,

    - os bancos capacitores,

    - os compensadores síncronos e estáticos,

    - os compensadores série, e

    - os geradores síncronos.

    Um sistema elétrico de corrente alternada opera em cada um de seus

    trechos com a tensão mais conveniente, tanto do ponto de vista técnico quanto

    econômico. Esta enorme flexibilidade é obtida através de transformadores,

    equipamentos estáticos, de alta eficiência e grande confiabilidade. Eles podem ter a

    função de elevar as tensões de geração para as tensões de transmissão

    (denominados trafos elevadores), podem ter a função de interligar partes do sistema

    de transmissão (denominados trafos de interligação), e finalmente, podem ter a

    função de abaixar as tensões de transmissão para as tensões de subtransmissão e

    de distribuição (denominados trafos abaixadores).

    Os reatores derivação são empregados para controlar as tensões nos

    barramentos em regime permanente e para reduzir as sobretensões nos circuitos

    de manobra.

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 10

    Os compensadores síncronos, estáticos e bancos capacitores são

    utilizadores com a função de compensar o baixo fator de potência das cargas,

    aumentando a tensão nos terminais da carga, melhorando a regulação de tensão,

    reduzindo as perdas na transmissão e o custo do sistema pela redução do número

    de linhas.

    Os equipamentos responsáveis em abrir, fechar e isolar circuitos e

    componentes são denominados de equipamentos de manobra. São eles:

    - Disjuntores,

    - Chaves

    - Fusíveis.

    Os disjuntores, são dispositivos de manobra, capazes de estabelecer,

    conduzir e interromper correntes sob condições normais, bem como sob condições

    especificadas, tais como, curto-circuito.

    As chaves, podem desempenhar diversas funções. As mais comuns nas

    subestações, são o secionamento de circuitos por necessida-de operativa ou por

    necessidade de isolar componentes do sis-tema para manutenção.

    As chaves são divididas em:

    - Chaves de terra

    - Chaves de operação em carga, e

    - Chaves de aterramento rápido

    As chaves secionadoras, somente podem operar quando houver uma

    variação de tensão insignificante entre seus terminais, ou nos casos de

    restabelecimento, ou interrupção de correntes insigni-ficantes.

    As chaves de terra, tem a função de aterrar componentes do sistema em

    manutenção, linhas de transmissão, barramentos ou bancos capacitores em

    derivação.

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 11

    As chaves de operação em carga, são chaves que têm a finalidade de

    abrir circuitos em carga como reatores, capacitores e geradores.

    Os equipamentos de medição, proteção e controle são:

    - Pára-raios,

    - Transformadores de corrente, e de potencial,

    - Relés, etc.

    Os pára-raios, são equipamentos responsáveis pela proteção dos

    equipamentos contra sobretensões originadas por descargas atmosféricas e por

    manobras.

    Normalmente, em sistemas acima de 600V, as medições de tensão e

    corrente são feitas através dos transformadores de instru-mentos. Estes

    equipamentos têm as seguintes funções:

    - isolar o circuito de baixa tensão (secundário) do cir-cuito de alta tensão

    (primário),

    - e reproduzir os efeitos transitórios e regime permanen-te, aplicados ao

    circuito de alta-tensão o mais fielmen-te possível, no circuito de baixa

    tensão.

    Os transformadores de instrumentos, são de dois tipos:

    -  os de corrente (TC)-  os de potencial (TP)

    Os transformadores de corrente têm seu enrolamento primário ligado em

    série com o circuito de alta-tensão. Os TC's se classificam em dois tipos:

    •  Medição

    •  Proteção

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 12

    Os trafos de potencial, pode ser indutivos e capacitivos. Para tensões

    entre 600 V e 69 kV, os transformadores indutivos são dominantes. Para tensões

    entre 69 kV e 138 kV não existe prefe-rência na utilização, sendo que em sistemas

    onde se utiliza o "POWER LINE CARRIER", a utilização do capacitivo apresenta

    van-tagens. Para tensões acima de 138kV os transformadores capaci-tivos sãodominantes.

    3. Classificação Dos Equipamentos Elétricos

    Os equipamentos elétricos, quanto ao nível de tensão, estão divididos em:

    a) baixa tensão: tensão nominal abaixo de 1 kV

    b) média tensão: tensão nominal entre 1kV e 69 kV

    c) alta tensão: tensão nominal entre 70 kV e 230 kV

    d) extra alta-tensão: tensão nominal entre 231 kV e 800 kV

    e) ultra-alta tensão: tensão nominal acima de 800 kV

    As tensões empregadas no Brasil para transmissão, subtransmissão e

    distribuição são 13.8 KV, 34.5 KV, 69 KV, 88 KV, 138 KV, 230 KV, 345 KV, 440 KV,

    500 KV e 765 KV. Na região Nordeste, as tensões empregadas para distribuição

    secundária são 380V entre fases e 220V entre fase e neutro e para distribuição

    primária, 13,8 KV.

    De acordo com o posicionamento e a função dentro de um sistema

    elétrico as subestações podem ser classificadas em:

    •  -· Subestações de Transmissão,

    •  -· Subestações de Subtransmissão,

    •  -· Subestações de Distribuição,

    •  -· Subestações de Consumidor.

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 13

    A Figura I-5 apresenta a vista lateral de um setor de 230 KV de uma subestação de

    transmissão.

    Figura l-5 - Vista lateral do setor de 230 KV de uma subestação ao tempo 

    4. Nível de Tensão

    Os sistemas elétricos são caracterizados por três valores de tensão, a

    nominal, a máxima e a mínima. A tensão nominal de um sistema é aquela que

    caracteriza o sistema elétrico e as tensões máxima e mínima de um sistema são,

    respectivamente, o maior e o menor valor de tensão que podem ocorrer emcondições normais de operação, em qualquer tempo e em qualquer ponto do

    sistema, excluídas as condições transitórias e anormais.

    O nível de tensão em que é alimentado um dado sistema elétrico

    residencial, comercial ou industrial no Brasil é função da potência instalada e da

    demanda deste sistema, devendo seguir a Portaria ANEEL 466 de 12/11/97 e as

    normas de fornecimento de energia elétrica da concessionária responsável pela

    alimentação do sistema elétrico.

    A portaria ANEEL 466 agrupa os consumidores em dois grupos. No grupo

    B (baixa tensão) estão aqueles consumidores que têm carga instalada igual ou

    inferior a 50 kW, enquanto no grupo A (alta tensão) estão aqueles consumidores

    que devem ser alimentados em tensão primária de distribuição ou tensão de

    transmissão. No caso do Nordeste do Brasil, consumidores de demanda entre 75

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 14

    kW e 2500 kW devem ser alimentados em 13,8 kV, acima de 2500 kW em 69 kV ou

    maior tensão de acordo com disponibilidade da concessionária local.

    A portaria ANEEL 466 estabelece ainda que a concessionária de energia

    local classifique ainda os consumidores nas seguintes classes, que estão sujeitas atarifas diferenciadas:

    •  · Residencial

    •  · Industrial

    •  · Comercial, serviços e outras atividades

    •  · Rural

    •  · Poder Público

    •  · Iluminação Pública•  · Serviço Público (tração elétrica, água, saneamento e esgoto)

    •  · Consumo Próprio

    Para os consumidores do grupo B no estado de Pernambuco, a norma

    CELPE NE–005/96 para fornecimento de energia elétrica para consumidores em

    tensão secundária de distribuição, estabelece os valores de tensão e o tipo de

    fornecimento, que estão reproduzidos na Tabela I-1.

    Tabela l-1 - Fornecimento de energia em tensão secundária de distribuição 

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 15

    Os consumidores de alta tensão são ainda classificados em subgrupos de

    acordo com o seu respectivo nível de tensão, de forma a permitir aplicações de

    valores de tarifas de energia diferenciadas de acordo com o nível de tensão, como

    pode ser visto na Tabela l-2. Quanto maior o nível de tensão, menores serão os

    valores das tarifas estipuladas.

    Tabela l-2 – Subgrupos dos consumidores do grupo A 

    A concessionária de energia elétrica é responsável pelo fornecimento e

    instalação de materiais até o ponto de entrega de energia usualmente localizado na

    parte superior do poste do consumidor. A Figura l-6 apresenta a alimentação de um

    consumidor residencial monofásico, onde pode ser visto a indicação do ponto de

    entrega. 

    Figura l-6 - Alimentação de um consumidor residencial monofásico 

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 16

    Denomina-se ramal de serviço ou ramal de ligação o trecho

    compreendido entre a rede de distribuição e o ponto de entrega. Ele pode ser

    aéreo, subterrâneo ou misto. Este ramal deve ser construído pelo consumidor, não

    deve cortar terrenos de terceiros e não ter construção sob o ramal. Denomina-se

    ramal de entrada o conjunto de componentes elétricos entre o ponto de entrega e amedição (Figura l-6). O afastamento do ramal de ligação em relação ao solo deve

    satisfazer as distâncias mínimas de segurança em relação a passagem de

    pedestres e ou veículos dependendo do caso.

    4. Subestações de Consumidor

    As subestações de consumidor são responsáveis pelo transformação,

    comando e distribuição do fluxo de energia dos sistemas elétricos residenciaiscomerciais e industriais de médio e grande porte.

    As subestações de consumidor são divididas em compartimentos

    denominados de cubículos, postos ou cabines. Os postos ou cabines mais

    usualmente encontrados em subestações de consumidor são os postos de

    medição, proteção e transformação.

    O cubículo ou posto de medição deve vir sempre antes do posto de

    proteção. O fornecimento e a instalação dos equipamentos de medição é de

    responsabilidade da concessionária. A caixa de medição ou quadro de distribuição,

    eletrodutos, sistema de aterramento, condutores e dispositivos de proteção e

    seccionamento são de fornecimento do consumidor.

    Quanto a forma de instalação, as subestações de consumidor estão

    classificadas em:

    1. Subestações ao tempo

    2. Subestações abrigadas · Em alvenaria

    · Metálica

    O posto de transformação pode ser instalado ao tempo, blindado ou

    abrigado. A instalação se dá em poste singelo para potências até 150 kVA e em

  • 8/17/2019 CAP1_CONCEITOS_BASICOS

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 17

    plataforma até 225 kVA. A instalação no solo pode acontecer para qualquer

    potência de transformador.

    5. Equipamentos Elétricos

    Define-se equipamento elétrico como sendo uma unidade funcional

    completa e distinta, que exerce uma ou mais funções elétricas relacionadas com

    geração, transmissão, distribuição ou utilização de energia elétrica.

    Os equipamentos elétricos encontrados nos sistemas elétricos podem ser

    classificados em quatro grupos: equipamentos principais, equipamentos de

    manobra, equipamentos de MPCC (medição, proteção, comando e controle),equipamentos de utilização de energia.

    Os equipamentos principais são aqueles que atuam diretamente no fluxo

    de potência modificando-o. Nestes equipamentos se enquadram os geradores, os

    transformadores de potência, os reatores de derivação, os bancos capacitores, os

    compensadores síncronos, estáticos e os capacitores série.

    Um sistema elétrico de corrente alternada opera em cada um de seus

    trechos com a tensão mais conveniente, tanto do ponto de vista técnico quanto

    econômico. Esta enorme flexibilidade é obtida através dos transformadores,

    equipamentos estáticos, de alta eficiência e grande confiabilidade. Eles podem ter a

    função de elevar as tensões de geração para as tensões de transmissão

    (denominados trafos elevadores), podem ter a função de interligar partes do sistema

    de transmissão (denominados trafos de interligação) e finalmente podem ter a

    função de abaixar as tensões de transmissão para as tensões de subtransmissão e

    de distribuição (denominados trafos abaixadores).

    Os transformadores de potência se classificam quanto ao meio

    refrigerante externo em:

    -  · transformadores à seco;

    -  · transformadores à líquido isolante:

    -  · transformadores à óleo mineral isolante;

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 18

    -  · transformadores à líquido isolante sintético;

    Os transformadores á óleo mineral são os que tem menor custo por KVA

    e são os mais usualmente empregados principalmente para alta e extra alta tensão.

    O óleo mineral é um derivado do petróleo, que deve ter suas característicaselétricas acompanhadas periodicamente. Ele em elevadas temperaturas, é

    combustível e inflamável, exigindo para a sua utilização cuidados especiais em

    relação a segurança, tais como tanques de drenagem de óleo e paredes com

    revestimento especial. A Figura l-7 apresenta um transformador de potência à óleo

    mineral. 

    Figura l-7 - Transformador à óleo mineral

    Em instalações especiais onde os perigos de incêndio são iminentes ou

    em instalações onde manutenções preventivas devem ser minimizadas, como

    plataformas de petróleo, aeroportos, hospitais, refinarias... os transformadores à

    óleo não devem ser especificados. Para estas aplicações devem ser empregados

    transformadores à seco ou transformadores à líquido isolante sintético.

    Os líquidos isolantes sintéticos mais empregados são à base de silicone e

    os transformadores à seco mais empregados atualmente são os moldados em

    resina epoxi.

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 19

    Os transformadores à seco possuem enrolamentos em alumínio e

    manutenção bastante reduzida. Com uma redução gradual de custo, os

    transformadores à seco vem disputando mercado até mesmo com transformadores

    à óleo.

    A Figura l-8  apresenta um transformador à seco com enrolamentosencapsulados em resina epoxi e enrolamentos de alta e baixa tensão em cobre.

    Figura l-8 - Transformador à seco

    Os bancos capacitores da Figura l-9  são utilizados com a função demelhorar a regulação de tensão compensando o baixo fator de potência das cargas,

    elevando a tensão nos seus terminais, reduzindo assim as perdas na transmissão e

    o custo do sistema.

    Figura l-9 - Capacitores monofásicos 

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 20

    Os reatores shunt são empregados nos sistemas elétricos para reduzir os

    níveis de tensão, controlando as tensões em regime permanente e para redução de

    sobretensões nos surtos de manobra. Para atender a estas funções a característica

    tensão corrente destes reatores deve ser linear até um determinado valor

    usualmente 150%, isto é obtido empregando reatores de núcleo de ar ou comnúcleo de ferro e entreferros.

    Os equipamentos de manobra são responsáveis em abrir, fechar e isolar

    circuitos, equipamentos elétricos e componentes. São eles os disjuntores, chaves,

    elos removíveis e fusíveis.

    Os disjuntores são dispositivos de manobra capazes de estabelecer,conduzir e interromper circuitos com tensão e corrente sob condições normais de

    operação, bem como sob condições especificadas tais como curto-circuito.

    O disjuntor é um equipamento cujo funcionamento apresenta aspectos

    bastante singulares. Opera, continuamente, sob tensão e corrente de carga muitas

    vezes em ambientes muito severos, no que diz respeito à temperatura, à umidade,

    à poeira, etc. Em geral, após tanto tempo nestas condições, às vezes até anos, é

    solicitado a operar por conta de um defeito no sistema. Nesse instante, todo o seu

    mecanismo, inerte até então, deve operar com todas as suas funções, realizando

    tarefas tecnicamente difíceis, em questão de décimos de segundo.

    A operação de qualquer disjuntor se dá separando-se seus respectivos

    contatos, que permitem, quando fechado, a continuidade elétrica do circuito.

    Durante a separação devido a energia armazenada no circuito forma-se um arco

    elétrico. O arco elétrico é uma coluna de gás numa temperatura bastante elevada,

    altamente ionizada que conduz a corrente elétrica. O processo de abertura do

    disjuntor exige a extinção do arco. O princípio básico para a extinção do arco é

    provocar o seu alongamento de forma a reduzir a temperatura e substituir o meio

    ionizado entre os contatos por um meio isolante.

  • 8/17/2019 CAP1_CONCEITOS_BASICOS

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 21

    Para que o disjuntor exerça a ação de abertura dos contatos, o comando

    pode ser feito manualmente pelo operador ou através dos relés, que detectam faltas

    nos sistemas elétricos.

    No estado ligado ou fechado o disjuntor deve suportar a corrente nominal

    da linha sem que venha a aquecer além dos limites permissíveis. No estadodesligado ou aberto a distância de isolamento entre os contatos deve suportar a

    tensão de operação, bem como sobretensões internas devido a surtos de manobra

    e descargas atmosféricas.

    Os tipos construtivos dos disjuntores dependem dos meios que utilizam

    para extinção do arco e podem ser classificados de acordo com o meio de

    interrupção:

    -

      · disjuntores à ar-  · na pressão atmosférica;

    -  · à ar comprimido;

    -  · disjuntores à óleo

    -  · a pequeno volume de óleo (PVO);

    -  · a grande volume de óleo (GVO);

    -  · disjuntores à SF6 ;

    -  · disjuntores à vácuo.

    A Figura l-10 apresenta um disjuntor de 230 KV em hexafluoreto de enxofre (SF6).

    Figura l-10 - Disjuntor em SF6 de 230 kV 

  • 8/17/2019 CAP1_CONCEITOS_BASICOS

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 22

    As chaves podem desempenhar diversas funções; a mais comum nas

    subestações é seccionamento de circuitos por necessidade operativa ou por

    necessidade de isolar componentes do sistema para a manutenção. Elas podem ser

    classificadas em:

    -  · chaves seccionadoras - são chaves que permitem isolar componentes

    ou circuitos apenas com tensão porém sem corrente;

    -  · lâminas de terra  - são chaves empregadas para aterrar componentes

    ou circuitos com tensão porém sem corrente;

    -  · chaves de abertura em carga  - são chaves que permitem isolar

    componentes ou circuitos com corrente próximas a nominal;

    -

      · chaves de aterramento rápido - são chaves empregadas para aterrarrapidamente um componente ou trecho de uma rede submetida à uma

    falta;

    -  · chaves fusíveis  - são chaves constituídas de três hastes isolantes,

    normalmente de resina epoxi ou de fenolite montadas em paralelo com

    três cartuchos

    -  fusíveis, quando atua um elemento fusível o mecanismo articulado faz

    com que o comando de abertura seja simultâneo nas três fases.

    A Figura l-11 apresenta uma chave seccionadora de 230 KV de abertura vertical

    com a lâmina de terra acoplada.

    Figura l-11 - Chave seccionadora 

  • 8/17/2019 CAP1_CONCEITOS_BASICOS

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 23

    Os equipamentos de medição, proteção, comando e controle tem por

    finalidade atuar de forma a comandar, controlar e supervisionar todos os demais

    equipamentos dos sistemas elétricos. São eles os pára-raios, transformadores de

    corrente e de potencial, relés, amperímetros, voltímetros...etc

    Os pára-raios são os equipamentos responsáveis pela proteção dos

    equipamentos elétricos e instalações contra sobretensões de manobra e

    sobretensões originadas por descargas atmosféricas.

    Ao pára-raios são colocados em paralelo com os equipamentos a serem

    protegidos, em caso de uma sobretensão que possa causar danos, ele deve atuar

    drenando para o aterramento os surtos.

    Existem dois tipos de pára-raios:

    -  · pára-raios convencionais ou de carbureto de silício;

    -  · pára-raios de óxido de zinco .

    A Figura l-12 apresenta um pára-raios convencional de 138 KV com quatro seções

    de carbureto de silício.

    Figura l-12 - Pára-raios convencional - 138KV 

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 24

    Normalmente, em sistemas acima de 600V, as medições de tensão e

    corrente são feitas através dos transformadores de instrumentos. Estes

    equipamentos tem as seguintes funções: isolar o circuito de baixa tensão

    (secundário) do circuito de alta-tensão (primário) e reproduzir os efeitos transitórios

    e de regime permanente aplicados ao circuito de alta-tensão o mais fielmentepossível no circuito de baixa tensão. Os transformadores de corrente tem seu

    enrolamento primário ligado em série com o circuito de alta tensão. Os TC’s se

    classificam de acordo com sua função em dois tipos: os de medição e os de

    proteção. A Figura l-13 mostra um transformador de corrente para medição em 230

    KV.

    Figura l-13 - Transformador de corrente para medição em 230 KV

    Os transformadores de potencial tem seu enrolamento primário

    usualmente conectado entre fase e terra e tem por finalidade reproduzir as tensõesda circuito de alta tensão. Em alguns casos os TP’s também são adotados como

    fonte de potência necessária ao funcionamento de circuitos de comando e controle

    dos demais componentes dos sistemas elétricos. Da mesma forma que os TC’s, os

    TP’s se classificam quantoa sua função em TP’s de proteção e de medição. Os TP’s

    de medição tem menores classes de exatidão garantindo valores mais precisos. O

    custo dos transformadores de potencial está diretamente ligada a tensão do

    enrolamento de alta tensão, daí a razão de serem empregados em extra, ultra e alta

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 25

    tensão os transformadores de potencial capacitivos. Um TP capacitivo é na verdade

    um divisor capacitivo com um transformador de potencial conectado num trecho

    inferior do divisor como pode ser visualizado na Figura l-14. 

    Figura l-14 - Transformador de potencial capacitivo

    Na Figura l-15  é apresentada uma comparação do custo entre um

    transformador de potencial capacitivo e indutivo. Observa-se que a partir de 245 kV

    o preço de TP indutivo torna-se bem superior ao capacitivo. Uma outra razão para

    se utilizar transformadores de potencial capacitivo num dado sistema elétrico é autilização do “power line carrier” (PLC). Neste tipo de comunicação um sinal de alta

    freqüência é emitido no próprio condutor, a utilização do TP capacitivo facilita a

    filtragem e o recebimento deste sinal.

    Figura l-15 - Custo do TPIx

    TPC

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 26

    De modo a evitar que os equipamentos discutidos anteriormente operem

    em condições anormais, como por exemplo correntes de curto circuito, existem

    pequenos dispositivos que supervisionam continuamente todas as grandezas do

    sistema denominados relés. A aplicação e os ajustes destes relés para uma

    atuação correta impedindo maiores danos ao sistema elétrico, faz parte de umaárea da engenharia elétrica denominada de proteção dos sistemas elétricos.

    A proteção dos sistemas elétricos tem duas funções:

    -  · Promover a rápida eliminação da falha, retirando do serviço um

    equipamento com problemas,

    -

      · Promover a indicação da localização e do tipo do defeito, visando umareparação mais rápida.

    Existem relés para supervisionar corrente, tensão, potência e ainda

    grandezas inerentes aos próprios equipamentos como temperatura de enrolamento

    de transformadores, velocidade de máquinas elétricas. Os relés ao determinarem

    uma perturbação que venha a comprometer um dado equipamento, enviam um

    sinal elétrico que comanda abertura de um disjuntor ou de disjuntores de modo a

    que o trecho do sistema elétrico afetado seja isolado do resto do sistema.

    5. Diagramas Elétricos

    Os sistemas elétricos são projetados, construídos, analisados e operados

    com o auxílio de diagramas elétricos.

    Os diagramas elétricos se dividem em dois tipos: explicativos e

    construtivos. Os diagramas explicativos são aqueles cujos componentes são

    representados por símbolos gráficos e tem a finalidade de permitir a visualização e

    o entendimento de um dado sistema elétrico. Estes diagramas não apresentam

    dimensões nem distâncias exatas entre os diversos equipamentos envolvidos. Os

    diagramas explicativos estão divididos em três tipos:

    · explicativos que se caracterizam pela sua simplicidade. Nestes diagramas os

    sistemas elétricos são representados por apenas uma de suas fases e cada

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 27

    componente é representado na posição desenergizado por um símbolo

    padronizado. Estes diagramas devem conter obrigatoriamente os equipamentos

    elétricos principais, sendo os demais componentes representados ou não.

    Para o escopo deste curso destacaremos apenas os diagramas elétricos

    unifilares. Estes diagramas são diagramas explicativos e se caracterizam pela suasimplicidade. Nestes diagramas os sistemas elétricos são representados por

    apenas uma de suas fases e cada componente é representado na posição

    desenergizado por um símbolo padronizado.

    Os diagramas unifilares são essenciais quando se precisa ter uma

    visualização geral de um dado sistema elétrico e apresentam como desvantagem

    não permitirem identificar facilmente a conexão dos enrolamentos entre fases e

    entre fase e neutro.

    Na Figura l-16  estão apresentados os principais símbolos adotados no

    curso e a Figura l-17  mostra um exemplo de diagrama unifilar de um sistema

    elétrico.

    -  · Unifilares

    -  · Multifilares

    -  · Funcionais

    Figura l-16 – Simbologia adotada neste texto 

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    I - 28

    Figura l-17 - Exemplo de diagrama unifilar para um sistema elétrico 

    Os diagramas construtivos são diagramas utilizados para apresentar a

    disposição dos equipamentos dentro de uma instalação, dimensões em escala dosequipamentos, vistas plantas e cortes dos sistemas elétricos. Eles mostram como

    os sistemas elétricos estão instalados fisicamente. Os diagramas construtivos estão

    também divididos em três tipos:

    -  · vistas

    -  · cortes

    -  · plantas

    6. Resumo dos Equipamentos Elétricos

    EQUIPAMENTOS PRINCIPAIS ->

    Atuam diretamente no Fluxo de Potência, modifi-cando-o.

    EQUIPAMENTOS DE MANOBRA ->

    Abre, Fecham e Isolam Circuitos.

    EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO, PROTEÇÃO E CONTROLE

    EQUIPAMENTOS DE SERVIÇOS AUXILIARES

    EQUIPAMENTOS PRINCIPAIS

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    Capítulo 1 – Conceitos Básicos 

    -> MÁQUINAS SÍNCRONAS

    -> TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA

    -> REATORES DERIVAÇÃO

    -> CAPACITORES DERIVAÇÃO

    -> COMPENSADORES SÍNCRONOS-> COMPENSADORES ESTÁTICOS

    EQUIPAMENTOS DE MANOBRA

    -> DISJUNTORES

    -> CHAVES

    -> FUSÍVEIS

    -> ELOS REMOVÍVEIS........

    EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO, PROTEÇÃO E CONTROLE

    -> PÁRA-RAIOS

    -> T.C

    -> T.P

    -> T.P.I

    -> T.P.C

    -> RELÉS

    EQUIPAMENTOS DE SERVIÇOS AUXILIARES