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JUNHO 2018 Um olhar sobre a construção da Inteligência em Compras IMPLEMENTAÇÃO DE FERRAMENTA DE COMPRAS PODE TRANSFORMAR SUA ÁREA COMPRAS E A EFICIENTE SELEÇÃO DE PARCEIROS COMERCIAIS Norma ISO 20400 Compras Sustentáveis

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JUNHO 2018

Um olhar sobre a construção da Inteligência em Compras

IMPLEMENTAÇÃO DE FERRAMENTA DE COMPRAS PODE TRANSFORMAR SUA ÁREA

COMPRAS E A EFICIENTE SELEÇÃO DE

PARCEIROS COMERCIAIS

Norma ISO 20400 –

Compras Sustentáveis

DIRETORIA EXECUTIVAVice Presidente Institucional – Laerte FarinaVice Presidente Executiva – Lisley Pólvora Coordenador do Conselho Deliberativo – José Eduardo B. BarrosConselheiro Deliberativo – Fernando F. Moura Conselheiro Deliberativo – João Paulo MonettiExecutiva de Negócios – Rita Capistano

DIRETORIA REGIONAL SÃO PAULOAndré Gurgel – Superintendente de Compras BM&BOVESPAEduardo Heinemann – Sócio da Capital Executivo Soluções EmpresariaisCleide Freitas – Diretora – QUANTA Soluções em ComunicaçãoJúlio Pinheiro – Ger de Contratação – EMBRATEL TELECOM

DIRETORIA REGIONAL RIO DE JANEIROAnderson Cotias – Ger. de Sup. Brasil Wilson SonsFilipe Barroso –Wladimir Salles – Sócio da WM Trein e Consultoria

DIRETORIA REGIONAL RIBEIRÃO PRETO

Marcus Vinicius da Silva Silvano

COMITÊ DE COMPRAS

Eduardo Heinemann – Diretor Comitê SPWladimir Salles – Diretor Comitê RJ

Expediente Editorial

Av. Paulista, 726 – 16° andar - Bela Vista – São Paulo - SP – 01310-910

(11) 3774-0046 e (11) 3774-0045

www.cbec.org.br | [email protected]

O setor de compras tem se tornado cada

vez mais estratégico, por meio da quebra

de barreiras e conquista de savings

expressivos. Mas a busca por uma área

de compras efetivamente estratégica e

alinhada aos desafios do negócio,

continua sendo ponto fundamental em

muitas empresas.

Nesta edição vamos falar um pouco sobre

este tema, bem como aspectos

importantes que devemos explorar como

ferramentas que utilizamos para

conquista destes savings, compras

sustentáveis e muito mais.

Tenha uma ótima leitura!

Grande Abraço,

Lisley PólvoraVP Executiva CBEC

1

Índice3

16

9

6

13

Comitê de Compras

São Paulo e Rio de Janeiro

18

2

Um olhar sobre a construção

da Inteligência em Compras

Implementação de Ferramenta de

Compras pode transformar sua área

Compras e a Eficiente Seleção

de Parceiros Comerciais

Norma ISO 20400 –

Compras Sustentáveis

Profissionais capacitados

mantem uma equipe qualificada!

Um olhar sobre a construção da Inteligência

em Compras Fernando GrobmanExecutivo e Consultor de Compras Suprimentos / Supply Chain

3

Frente a todas as oportunidades tecnológicas que se apresentam nos dias de hoje é

inevitável que, ao pensarmos em Inteligência em Compras, ou em qualquer área, sejamos

remetidos, quase que catapultados, a pensar nos desafios futuros. E nesse caminho

pensamos em Big Data, Analytics, Inteligência Artificial, Blockchain e muitas outras tecnologias

que servem de ferramenta para processo e gestão de dados e informações, que viram

conhecimento e inteligência.

Esse olhar adiante é sempre muito saudável, na medida que é para frente que se

caminha, pelo menos não sendo caranguejos. A ideia de que o passado deve ser encarado

como um tempo de referência e não de residência já se tornou um clichê, pois é no futuro que

estaremos todo o nosso tempo a partir de hoje.

Mesmo assim não podemos deixar de valorizar conhecimento e vivência adquiridos no

passado para formar uma base de inteligência para o futuro. Essa é em muito a essência da

frase “A vida só pode ser compreendida olhando para trás, mas só pode ser vivida

olhando para frente”, do filósofo existencialista Soren Kierkegaard (1813-1855).

4

Pois bem, onde essas coisas se encontram? É justamente isso que pretendo trazer nessa

nossa matéria de hoje. Resgatar 3 ideias, extremamente simples, de amplo domínio público, e

historicamente contextualizadas em modelos de pensamento de gestão, as quais julgo de

importância capital para a formação dos paradigmas de inteligência nas áreas de Supply Chain e

Compras.

A primeira ideia a que me refiro é o pensamento de Pareto sobre os relativamente poucos

que representam muito, em contraponto aos muitos que podem ser considerados pouco

impactantes para o objeto de nossa análise, e assim de certa forma desconsiderados.

A ideia de Pareto, que era economista, foi construída a partir da observação de que, como regra

geral, encontramos distribuições em que mais de 80% em valor se concentra em poder de

apenas 20% dos indivíduos, sejam pessoas, itens, etc.

No século XX, Juran, famoso consultor que se notabilizou por trabalhos sobre eficiência e

qualidade na indústria adotou e difundiu essa ideia aplicando-a como fundamento da famosa

Curva ABC, ou curva 80/20, que tão bem tem nos servido em Supply Chain e Compras para

identificar o foco estratégico e prioritário, os famosos itens A da curva. E acredito que continuará

sendo um pensamento simples e útil por muito tempo.

Na caminhada adicionamos um segundo paradigma que também nos é muito caro. Falo

da Visão de Cauda Longa (long tail). É certo que o conceito matemático que fundamenta a Visão

de Cauda Longa é uma curva com aproximadamente o mesmo formato que a curva de Pareto,

porém o enfoque que se dá nesta visão é de alguma forma o inverso da priorização ABC acima.

O estudo da Cauda Longa para aplicações em negócios, pioneiramente discutido por

Chris Anderson em seu livro A Cauda Longa – Do Mercado de Massa para o Mercado de Nicho,

é um aprendizado de valorização dos indivíduos ou itens que per si representam menos, mas

que somados têm alguma representatividade; e isso é bem diferente de priorizar os poucos que

representam mais da Curva ABC. De uma maneira simplista, a gestão da Cauda Longa é mais

uma atenção devida aos menos, que em tempos de busca pela maximização da efetividade não

podem, e não devem, ser deixados de lado.

E chegamos a um terceiro paradigma, ainda mais instigante do que os anteriores, em

minha humilde opinião. Refiro-me ao estudo do improvável que, todavia, na eventualidade de

5

acontecer, tem impacto radical. Esses eventos, também muito reconhecidos nos dias de hoje

pela denominação de Cisnes Negros, foram consagrados na obra de mesmo nome de

Nassim Taleb.

Segundo esse autor, Cisnes Negros são eventos inesperados ou muito improváveis,

mas que têm impactos incomensuráveis, para os quais, após eventual ocorrência, todos

começam a encontrar explicações e porquês. E atribuiu aos mesmos o nome de Cisnes

Negros em alusão ao fato de que a ciência acreditava que só existissem cisnes brancos, até

que cisnes negros foram descobertos na Austrália. É o advento do inusitado.

E o que isso tem a ver com nosso negócio? Nos dias de hoje, aplicamos aos

processos empresariais, de maneira crescente, as ferramentas de aumento do nível de

serviço e qualidade em tudo. Depositamos nossa confiança em que o six sigma nos levará a

altíssimos índices de qualidade e resultado necessários. Representando a aniquilação do

desvio, do erro, do refugo, da insatisfação dos clientes internos e externos.

Mas e quando ocorre um evento a mais de 6 sigmas no espectro de probabilidade,

mas tem um impacto que pode significar uma ruptura de processo ou negócio? Estamos

preparados para isso? Temos planos contingenciais correspondentes? Muito provavelmente

não. Agora, concluindo em relação a uma atividade mais inteligente em compras: esses 3

paradigmas levantados, unidos por uma linha única de pensamento, podem nos conduzir a

uma visão desafiadora das competências demandadas de nossos profissionais.

Profissionais nas atividades de Supply Chain e Compras, e muitas outras também,

são frequentemente demandados a simultaneamente saber eleger o foco estratégico das

prioridades que mais agregam valor ao negócio (Pareto); não podem desdenhar do

atendimento a questões de nicho, individualmente pouco relevantes, mas que de forma

agregada já não podem ser desconsideradas, pelo contrário são oportunidades adicionais de

resultado (Cauda Longa); e, por fim, precisam estar sempre prontos à gestão de riscos,

não somente os previsíveis, mas também, e sobremaneira, os que aparentam ser

improváveis mas que, em acontecendo, seriam devastadores (Cisnes Negros).

Não é pouco!

Adriano RoblesGerente de SuprimentosRio Branco Alimentos (Pif Paf)

6

Nos últimos anos a área de compras vem passando por uma transformação, visto que

está cada vez menos sendo “área meio” e tornando-se área mais estratégica. Isso deve-se ao

fato de que ela é fundamental para uma gestão eficaz dos gastos e além dessa função

primária, pode ainda influenciar diretamente no estoque, no relacionamento com o mercado e

com o clientes e, até mesmo, no preço final do produto ou serviço da companhia.

Paralelo a tudo isso compras necessitou contar com novo profissional que tem mais

conhecimento da demanda e do mercado, sendo nominado como comprador estratégico,

com grande conhecimento da categoria e foco no custo total da demanda, o que possibilita a

melhora nos custos e na qualidade dos serviços e/ou produtos contratados.

E para um comprador poder atuar de forma estratégica, a área necessitou implementar

novas tecnologias de compra que proporcionassem maior integração e interação com os

clientes internos e principalmente com o mercado fornecedor.

Infelizmente, no início de sua criação, as ferramentas estavam pouco voltadas para a

necessidade de compras, uma vez que acabaram focando mais nas integrações com

Enterprise Resource Planning – ERP e com as plataformas do que, efetivamente, no seu

objetivo principal que deveria ser o planejamento, gerenciamento dos processos e das

organizações com fluxo de aprovação capaz de administrar as demandas em todas as suas

instâncias.

Além disso, as ferramentas não forneciam relatórios consistentes, assertivos, eficientes e que

possibilitassem que a área de compras pudesse suportar as áreas de auditoria e controle

IMPLEMENTAÇÃO DE FERRAMENTA DE

COMPRAS PODE TRANSFORMAR

SUA ÁREA

7

financeiro, não podendo proporcionar o efetivo cumprimento das políticas e normas, visibilidade

e controle dos gastos para a companhia

Com a maior participação do setor de suprimentos como demandante da necessidade, na

última década as empresas de tecnologia começaram a interagir mais com a área de compras, e

partiram para atualizações que permitiram uma gama maior de produtos, módulos e

possibilidades que auxiliam áreas de compras de maturidades e tamanhos diferentes, provendo

desde o simples controle de processo, até a gestão estratégica do gasto e/ou de contratos, com

fator de extrema importância que é a possibilidade de rastrear todos as interações, através de

relatórios ricos em informações.

Selecionar uma ferramenta de compras não é uma tarefa fácil, e por conta disso deve-se

tomar muito cuidado ao escolhe-la, visto que essa escolha deve considerar o porte da empresa,

o volume de processos e usuários, a maturidade da área e até mesmo o principal objetivo da

mesma (automação, controle, segregação de funções, etc.).

Independentemente do objetivo final, o fator mais importante é que ela tenha um

cronograma que preveja e objetive a correção dos problemas e desvios à medida de sua

premência e/ou relevância. Fazer uma implementação dessa de uma só vez é muito complicado,

visto que essa implementação é complexa e se não for feita com precisão pode inviabilizar a

estratégia de implementação de uma boa ideia.

Basicamente uma ferramenta de compras deve ser considerada como sendo repositório

para todas as informações que a companhia tem em seus processos de compras. E, para isso,

deverá, ao menos, permitir a consolidação dos processos realizados no setor possibilitando a

avaliação dos diferentes provedores e suas propostas, chegando ao melhor custo-benefício para

a empresa.

A implementação de ferramenta de compras demandará ainda mudança de cultura

organizacional e uma severa modificação nos processos internos, visto que tudo passará a ser

gerenciado pelo sistema e um foco maior em atividades estratégicas, não operacionais. Essa

revisão de processos deverá ser muito criteriosa porque não é necessária a alteração de todos,

os considerados bons deverão ser mantidos ou no máximo revisados.

Outro ponto crucial na decisão da ferramenta

de compras é que ela dever ser adaptável ao

tamanho atual e ao projetado da empresa, além do

modelo de negócios da companhia. Isso evita um

possível engessamento das práticas positivas e que

são bem-sucedidas, ou até mesmo um

descompasso entre a companhia e o parceiro que

pode não conseguir crescer e seguir o mesmo grau

de crescimento.

Com os dados em funcionamento a área de

compras poderá monitorar os resultados e

acompanhar os gastos, dando visibilidade e controle

e após essa base abastecida existem diversos

outros módulos

8

que podem (e devem) ser implementados e que complementarão a atividade

de compras, como a gestão de contratos, fornecedores, leilão, sourcing, entre outros.

Uma boa ferramenta de compras possibilitará no mínimo os seguintes benefícios:

1. Processo com o mínimo de papel;

2. Maior velocidade e automação dos processos manuais;

3. Padronização e despersonalização dos processos não estratégicos;

4. Visibilidade, rastreabilidade e segurança;

5. Segregação das atividades estratégicas, operacionais e de suporte;

6. Workflow de aprovação padronizado e flexível;

7. Relatórios em tempo real que suportarão de maneira efetiva a governança corporativa.

Próxima turma 15/08

COMPRAS E A EFICIENTE SELEÇÃO DE

PARCEIROS COMERCIAIS

9

Felipe Pavão

Supervisor de Compras e Logística

na Safran Helicopter Engines

Costumamos dizer que o sucesso da área de compras é medido pelo sucesso de seus

parceiros comerciais. Qual comprador nunca passou por uma situação de estoque zerado,

quebra de maquinário onde o bom fornecedor prestou um atendimento diferenciado assim

reduzindo os impactos de uma inevitável parada de produção?

Muito mais que ajudar o comprador em momentos de urgência, os bons parceiros comerciais

ajudam a empresa compradora em suas estratégias tornando o fornecimento e a prestação de

serviço algo muito superior a uma simples venda ou negócio, mas em uma entrega repleta de

valor agregado.

Trabalhando com esta filosofia, a área de compras precisa desenvolver uma rede de

fornecedores que seja totalmente aliada a sua estratégia de negócio com mecanismos que lhe

tornem capaz de selecionar, monitorar e “rankear” os mesmos. Muito mais que isso, que os

fornecedores aceitem e entendam os entregáveis que o comprador dele espera, e que sejam

os primeiros na melhoria contínua dos processos, ou seja, numa linha de tempo, seja possível

identificar que aquela parceria ano após ano demonstre sempre um melhor índice gráfico.

Somos uma empresa cuja tecnologia de serviços é principalmente voltada para o mercador

exterior. Desta forma, importações e exportações acontecem diariamente. Fomos premiados no

ano de 2017 com nossos prestadores de serviço de logística na categoria Linha Azul / OEA

(Operador Econômico Autorizado) – regime especial de comércio exterior concedido pela

Receita Federal – como a empresa com maior eficiência logística em seus processos de

importação no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, ou seja, uma carga recebida pela

manhã no aeroporto em 98% dos casos será entregue em nossas dependências no final da

tarde.

10

Tal reconhecimento, aliado aos excelentes processos produtivos internos, nos concederam

também no ano passado o melhor “turn around time” entre os demais sites que prestam serviço

de manutenção e reparo de motores de helicópteros do grupo Safran Helicopter Engines.

Nossa cadeia logística de fornecimento de materiais de importação é composta por 4 parceiros

distintos:

• Exportadores (Cliente que envia motores e módulos para reparo e fornecedores de spare

parts)

• Agente de Cargas (prestador de serviços de agenciamento responsável pela contratação e

gerenciamento com as companhias aéreas)

• Despachante Aduaneiro (prestador de serviços de comércio exterior para acompanhamento,

registro e liberação aduaneira das mercadorias)

• Transportadora (prestação de serviços de transporte de cargas do aeroporto do Rio até as

dependências da Safran HE)

E agora listamos alguns dos entregáveis exigidos de cada parceiro comercial, aspectos estes

cobertos por meio de cláusulas contratuais específicas.

Ademais, para cada contrato, são exigidos SLA’s (Service Level Agreements) monitorados

mensalmente, onde cada anomalia deve ser protestada por meio de claim formal (quando se

trata de valores a restituir) e solicitações internas de ação preventiva e/ou corretiva em

conformidade com a metodologia PDCA (Plan, Do, Check, Action) visando neutralizar ou

minimizar eventuais recorrências de falhas:

Exportador => entrega ao preço, qualidade e prazo combinado, livre de avarias, documentos

de importação em conformidade com Regulamento Aduaneiro;

Agente de Cargas => além dos critérios acima, garantir que não há nenhum impeditivo físico

ou documental para o registro imediato da Declaração de Importação por parte do prestador

de despacho aduaneiro;

Despachante Aduaneiro =>registro e desembaraço aduaneiro da mercadoria no mesmo dia

de sua chegada, livre de erros, permitindo à transportadora a imediata retirada da carga do

aeroporto.

Transportadora =>Retirada dos volumes do Terminal de Cargas do aeroporto do Rio de

Janeiro e entrega em até 2h, entrega livre de avarias, volumes em total conferência com a

declaração de importação, veículo e motorista de acordo com normas de trânsito e internas

para o ingresso na empresa.

Além dos pontos já abordados, acrescentamos algumas recomendações para que sua

empresa possua uma área de compras eficiente na seleção de parceiros comerciais bem como

as vantagens recebidas:

Benchmarking, Networking e melhoria contínua nos processos de contratação e compras;

Savings de compras, eficiência na gestão de despesas de logística e a consequente redução

de custos para seus clientes externos;

Processo de compras do futuro alinhadas com a indústria 4.0 (amplamente ilustradas pelo

professor Wladimir Salles na edição de Maio/18) e

Os treinamentos contínuos oferecidos pelo CBEC.

Como último ponto, enfatizamos também a necessidade de uma área de compras totalmente

integrada com os objetivos da empresa, atuando de forma conjunta com os departamentos

destinatários dos serviços ou materiais por ela adquiridos.

Sobre nós

Desde os anos 1970, o grupo Safran fornece os motores que equipam os helicópteros

Ecureuil, Panther e Super Puma das Forças Armadas Brasileiras. O Grupo também é

parceiro de operadores de helicópteros de primeira linha no âmbito civil. Da mesma forma,

mais de 60% da frota de táxis aéreos da Helisul, a empresa de táxis aéreos de referência no

mercado brasileiro de aviação, está equipada com turbinas Safran. O Grupo aumentou a sua

presença em território nacional em 2002, com a criação de um centro de MRO (Manutenção,

Reparos e Inspeção) em Xerém (RJ), que oferece apoio técnico aos donos de helicópteros do

Brasil e de outros países da América Latina. As instalações foram ampliadas em 2012 para

acolher novas infraestruturas que permitam abrigar sobretudo uma cadeia de montagem e

testes do motor Makila 2, que equipa o helicóptero EC-725. Em 2011, o Safran assinou com o

ministério brasileiro da defesa um contrato de manutenção operacional, para prestar suporte

aos Makila 2A operados pelas três forças armadas brasileiras e pelo grupo de transporte

presidencial.

Hoje, de cada dois helicópteros que operam no Brasil um está equipado com uma turbina

Safran.

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12

13

Com essa finalidade, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou no

final de 2017 a versão brasileira da norma técnica ISO 20400. Essa norma prossegue a

normalização internacional, que se iniciou em 2010 na Inglaterra com a norma BS 8903, na

França em 2011, e a criação em 2013 de um comitê com 52 países para a criação da norma

internacional, do qual o Brasil participou desde o início. O nome oficial no Brasil é ABNT NBR

ISO 20400:2017.

A ISO 20400 fornece diretrizes, não requisitos. Por isso, não se destina a fins de

certificação. Essa norma foi elaborada a partir da norma ISO 26000, que aborda a

Responsabilidade Social Corporativa, com a ideia de estender essa responsabilidade social

também para a base de fornecedores da empresa.

Na definição inicial, Compras Sustentáveis são as compras que tem os maiores impactos

positivos possíveis nos aspectos ambientais, sociais e econômicos ao longo de todo o ciclo de

vida e que buscam minimizar os impactos adversos. As Compras Sustentáveis são um poderoso

instrumento quando a organização considera requisitos de sustentabilidade e a sua própria

contribuição para o desenvolvimento sustentável.

A ISO 20400 fornece diretrizes para integrar a sustentabilidade nos processos de

compras de uma organização. Dirigida aos principais gestores e diretores da função de

compras, cobre os aspectos políticos e estratégicos do processo de compra, principalmente pelo

alinhamento com os objetivos e metas da organização e a criação de uma cultura de

sustentabilidade.

Norma ISO 20400 –

Compras Sustentáveis

Flavio Taioli

Diretor da

Purspective Brasil

As decisões de compra de uma organização não afetam só a

própria organização, mas também a economia, o meio ambiente e a

sociedade. Então, o mundo não seria um lugar melhor se essas

decisões fossem tomadas de forma sustentável?

14

A norma define os princípios de compras sustentáveis, incluindo a prestação de contas, a

transparência, o respeito pelos direitos humanos e o comportamento ético, e destaca

considerações-chave como a gestão de riscos e a definição de prioridades. Abrange também

várias fases do processo de seleção dos fornecedores, definindo os passos necessários para

integrar a responsabilidade social na função de compra.

Os temas centrais para as Compras Sustentáveis são os seguintes: a governança

organizacional, os direitos humanos, as práticas trabalhistas, o meio ambiente, as práticas de

operação justas, as questões do consumidor e o envolvimento e desenvolvimento da

comunidade.

A estruturação da Norma ISO 20400 aborda primeiro o escopo da norma, depois algumas

referências normativas e a explicação dos termos e das definições utilizadas, detalhando depois

os fundamentos da norma. Fornece nessa sessão uma visão geral das compras sustentáveis, o

escopo e os princípios das compras sustentáveis e examina porque convém para as

organizações que se comprometam com as compras sustentáveis. Essa sessão da norma se

destina a toda a organização, para esclarecer a todos que esse será o direcionamento da

empresa.

Em seguida, a norma ISO 20400 explica como integrar a sustentabilidade nas políticas e

nas estratégias de compra, para assegurar que a intenção, a direção e as prioridades sejam

documentadas e compreendidas por todas as partes envolvidas nas compras sustentáveis. Um

ponto importante nessa sessão da norma é a geração da estratégia de compras sustentáveis.

Essa sessão da norma se destina à alta direção da empresa para que as politicas de compras

sejam integradas às outras politicas da empresa, especialmente aquelas de Responsabilidade

Social Corporativa.

Na sequencia, outra sessão da norma explica como fazer a organização da função de

compras, as condições e as técnicas de gestão necessárias para implementar com sucesso e

melhorar continuamente as compras sustentáveis. Essa parte da norma é destinada à gestão de

compras.

Ao final, a norma ISO 20400 descreve como integrar as considerações sobre

sustentabilidade nos processos de compra existentes. Nessa sessão um resultado importante é

uma estratégia de fornecimento que inclui sustentabilidade. Essa sessão da norma é dirigida

15

a todos os indivíduos responsáveis por compras, ou seja atinge todos os profissionais da área.

Isso tudo pode parecer muito complicado para implantar na empresa, porem naquelas

empresas onde a certificação já é uma realidade, com a implementação já feita de ISO 9000,

ISO 18000 ou ISO 26000, então a complementação com a ISO 20400 não será complicada.

Há necessidade de que os dirigentes de compras participem da avaliação da

oportunidade de adotar ou não essa Norma, uma vez que é uma excelente oportunidade de

fornecer mais valor para a organização pela melhoria da produtividade, avaliação de valor e

desempenho, promoção de comunicação entre compradores, fornecedores e todas as partes

interessadas, e pelo encorajamento da inovação.

Veja se não seria uma oportunidade para que sua empresa se diferencie no mercado,

seja considerada pioneira, tenha um conceito muito mais elevado por parte de seus

fornecedores, e contribua também dessa maneira para a Responsabilidade Social Corporativa.

O treinamento sobre a ISO 20400 oferecido pelo CBEC é o único no mercado.

Nosso treinamento destina-se a orientar as empresas sobre as ações internas e

externas que devem ser tomadas para que a sustentabilidade seja tambem incorporada

às atividades de Compras e auxilia as empresas a valorizarem sua imagem sustentável

e ampliar essa imagem para toda a cadeia de suprimentos.

O programa tem a duração de 8 horas. Solicite o programa e faça sua inscrição.

Cursos sobre este tema:

14/06 no Rio de Janeiro:

Compras sustentáveis

27/06 em São Paulo:

ISO 20400 Compras sustentáveis

COMITÊ DE COMPRAS CBEC

ABRIL 2018

16

Em reunião do Comitê de Compras do CBEC - Conselho Brasileiro dos Executivos de

Compras realizada dia 17 de abril em São Paulo, houve uma apresentação sobre o tema

"Inteligência Artificial: Estamos preparados para o uso da IA na Área de Compras? Quais os

pré-requisitos?" - conduzida pelo executivo Edivaldo Giacon. O tema, extremamente atual e

instigante, despertou profundo interesse e debate

SÃO PAULO-SP

entre palestrante e participantes. Foram levantados prós

& cons, visão estratégica e desafios por enfrentar nas

organizações de compras brasileiras. Agradecemos

palestrante e participantes pela presença e contamos

com sua participação nos eventos futuros, que lhes

encaminharemos os convites.

COMITÊ DE COMPRAS CBEC

ABRIL 2018

17

Discutiu-se quais os principais atributos dos dados mestre (materiais, serviços, fornecedores e

clientes), e chegou-se a conclusão que devem práticos, abrangentes e flexíveis, vide que a

entrada de novas tecnologias nas operações requer uma cadeia cada vez mais ágil.

No painel de debates, os participantes puderam trocar experiências sobre a formas de

saneamento das bases de dados, quais impactos fiscais uma base não equilibrada pode trazer

para o negócio, bem como possível exposição regulatória. O ponto unanime no nosso

encontro, é que existem oportunidades que acabam não sendo mapeadas, e que treinamentos

específicos e um time qualificado para efetuar tal atividade é fundamental. Nosso encontro

ocorreu no auditório da Escola Eleva, gentilmente cedido

RIO DE JANEIRO - RJ

Em 04/05/2018, realizou-se mais um comitê de compras CBEC no Rio de Janeiro, focado no

tema "Cadastros". Foi explorado os impactos que ocorrem na cadeia de suprimentos caso o

cadastro esteja duplicado, não saneado, ou mesmo com descrição incompleta.

O que são os comitês setoriais?O CBEC está organizando comitês com o objetivo de gerar discussão e promover

a troca de informações para o setor de compras. Formado por representantes das

empresas associadas ao CBEC, o primeiro comitê será voltado ao setor industrial.

Por que participar?Porque compartilhando informação e conhecimento nos tornamos mais fortes!

Objetivos específicos do comitê Promover maior interação entre profissionais de compras de um mesmo segmento

Fomentar trocas de experiências e melhorias de processo

Desenvolver networking na área

Formar um grupo de empreendedores dentro da área de Compras para disseminar

informações

Permitir a troca de experiências entre segmentos distintos

18

Profissionais capacitados mantem uma equipe qualificada!

Neste mês o CBEC realizou dois excelentes treinamentos,

no sábado, 19/05, na cidade do Rio de Janeiro, tivemos o

treinamento em Strategic Sourcing, com participação de

profissionais da Cosan, Integra JCA, Logum Logística,

Hospital São Vicente de Paulo entre outros, que fizeram um

dia rico em troca de experiências e discussões aplicadas à

metodologia de Sourcing.

Em São Paulo realizamos dias 08, 11, 15 e 17/05 o

treinamento in company do curso Gestão de Categorias na

PricewaterhouseCoopers, a quinze profissionais da área.

Para ambos obtivemos avaliação média de 9,8 (de 0 a 10), parabenizo mais uma vez nossos

instrutores Filipe de Sá Barroso e Flavio Taioli pelo excelente trabalho. Isso nos indica que

estamos no caminho certo, seguindo nossa visão de termos uma área de compras forte e

altamente capacitada.

Na próxima página estão nossos cursos programados

para os próximos meses, não deixe para fazer sua

inscrição próxima a data programada, entre em contato

conosco e já deixe sua vaga reservada.

Além dos treinamentos em São Paulo e Rio de

Janeiro, teremos também cursos em diversos

outros estados. Consulte nossos treinamentos e

programe-se!

19

www.cbec.org.br

[email protected]

(11) 3774-0045(11) 3774-0046

(11) 97767-0884

https://www.facebook.com/cbecinteligenciaemcompras/

https://www.linkedin.com/company/3525783/

20

Estamos investindo no

relacionamento com os grupos de

interesse da área de compras em

canais como LinkedIN , Facebook ,

Instagran e WhatsApp para

divulgação de suas ações, bem

como treinamentos e seminários

online no formato interativo.

Venha fazer parte desta mudança.

Associe-se, patrocine e participe dos

cursos, comitês e congressos.