câncer de testículo

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Health & Medicine


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Câncer de Testículo

O que é o Câncer de Testículo?

O câncer é o crescimento de células anormais no corpo. O câncer de testículo pode

se desenvolver em um ou ambos os testículos de homens jovens. É um tipo de

câncer altamente tratável e geralmente curável.

Fatores de Risco

Vários fatores podem tornar uma pessoa mais propensa a desenvolver câncer de testículo:

• Criptorquidia. • Histórico familiar.• Infecção pelo HIV.• Carcinoma in situ.• Câncer no outro testículo.• Idade. • Raça e etnia. • Estatura.

Sinais e Sintomas

Na maioria dos casos de câncer de testículo, os homens têm um nódulo em um dos

testículos ou podem perceber o testículo aumentado ou inchado. Às vezes, o nódulo

provoca dor, mas na maioria das vezes não é doloroso. Os homens com câncer de

testículo podem notar uma sensação de peso ou dor abdominal ou no escroto.

A Importância do Autoexame

Por se tratar de uma doença que tem maior incidência em homens jovens é muito importante que seja realizado periodicamente o autoexame dos testículos. Assim se recomenda que já os meninos aprendam a realizar o autoexame conhecendo assim muito melhor seu próprio corpo e ficando atento a quaisquer mudanças. Pergunte ao seu médico de confiança como deve ser realizado o autoexame. Lembre-se a detecção e o diagnóstico precoce do câncer de testículo pode determinar a cura da doença.

Tipos de Câncer de Testículo

• Tumores de células germinativas - 90% dos cânceres de testículo se desenvolvem nas células germinativas, que produzem o esperma.

• Seminomas - Se desenvolvem a partir das células produtoras de espermatozoides. Existem 2 tipos: seminoma clássico (95% dos casos) e espermatocítico (raro).

• Não seminomas - Tipo de tumor de células germinativas que ocorre geralmente entre a adolescência e os 30 anos. Tipos de tumores não seminomas: carcinoma embrionário, carcinoma de saco vitelino, coriocarcinoma e teratomas.

• Carcinoma in situ - Forma não invasiva da doença. • Tumores estromais - Se desenvolvem nos tecidos que produzem hormônios e nos

tecidos de suporte dos testículos, correspondendo a 5% dos tumores testiculares. Tipos principais são: tumores de células de Leydig e tumores de células de Sertoli.

Diagnóstico do Câncer de Testículo: Imagem

Os exames de imagem ajudam a localizar o tumor e são extremamente úteis para

determinar a extensão da doença, o que se denomina estadiamento do câncer de

testículo:

• Radiografia de tórax.

• Ultrassom.

• Tomografia computadorizada.

• Ressonância magnética.

• Tomografia emissão de pósitrons.

Diagnóstico do Câncer de Testículo: Marcadores Tumorais

Se o exame físico e os resultados dos exames de imagem sugerem um diagnóstico de

câncer de testículo, o médico solicitará a realização de marcadores tumorais

Muitos cânceres de testículo secretam níveis elevados das proteínas alfa-

fetoproteína (AFP) e gonadotropina coriónica humana (HCG). Quando estas

proteínas (marcadores tumorais) estão presentes no sangue, sugerem a existência

de um tumor maligno.

Estadiamento do Câncer de Testículo

• Estágio I - T1-T4 N0 M0 SX.• Estágio IA - T1 N0 M0 S0.• Estágio IB - T2-T4 N0 M0 S0.• Estágio IS - Qualquer T N0 M0 S1-S3.• Estágio II - Qualquer T N1-N3 M0 SX.• Estágio IIA - Qualquer T N1 M0 S0-S1.• Estágio IIB - Qualquer T N2 M0 S0-S1.• Estágio IIC - Qualquer T N3 M0 S0-S1.• Estágio III - Qualquer T Qualquer N M1 SX.• Estágio IIIA - Qualquer T Qualquer N M1a S0-S1.• Estágio IIIB - Qualquer T N1-N3 M0 S2 ou Qualquer T Qualquer N M1a S2.• Estágio IIIC - Qualquer T N1-N3 M0 S3 ou Qualquer T Qualquer N M1a S3 ou Qualquer T

Qualquer N M1b Qualquer S.

Tratamento: Cirurgia

A cirurgia é normalmente o primeiro tratamento realizado para todos os cânceres de testículo. Os principais procedimentos cirúrgicos são:• Orquiectomia inguinal radical - Remove os testículos que contém o câncer. Todos

os estágios da doença são normalmente tratados com este tipo de cirurgia.• Dissecação do linfonodo retroperitoneal - Dependendo do tipo e estadiamento

alguns linfonodos do abdome podem ser retirados durante a cirurgia ou em outro procedimento diagnóstico. Cerca de 5% a 10% dos pacientes têm complicações temporárias após a cirurgia, como obstrução intestinal ou infecções na cicatriz.

• Cirurgia laparoscópica - Em alguns casos, o cirurgião pode remover os linfonodos através de incisões pequenas no abdome usando um laparoscópio.

Tratamento: Radioterapia

No tratamento do câncer de testículo, a radioterapia é utilizada principalmente para destruir as células cancerígenas que se disseminaram para os gânglios linfáticos. Em geral, a radioterapia é utilizada para pacientes com tumores do tipo seminomas, que são mais sensíveis à radiação. Não parece funcionar muito bem nos tumores não seminomas. Algumas vezes é utilizada após a orquiectomia, sendo direcionada para os gânglios linfáticos do abdome (linfonodos retroperitoneais), para destruir quaisquer células cancerígenas remanescentes. O objetivo da radioterapia após a cirurgia visa eliminar o câncer nos linfonodos e tratar pequenas quantidades de seminoma que se disseminaram para os gânglios linfáticos.

Tratamento: Quimioterapia

A químio é frequentemente utilizada para o câncer de testículo disseminado ou para diminuir o risco da recidiva. Não é usada para tratar a doença que está apenas no testículo. O uso de duas ou mais drogas quimioterápicas é muitas vezes mais eficaz do que apenas um medicamento. As principais drogas utilizadas para tratar o câncer de testículo são: cisplatina, vinblastina, bleomicina, ciclofosfamida, etoposido, paclitaxel e ifosfamida. Os esquemas quimioterápicos mais comumente usados no tratamento inicial são bleomicina, etoposido, e cisplatina (BEP ou PEB) ou etoposido e cisplatina (PE). Outra combinação que pode ser utilizada é a VIP, que inclui as drogas VP-16 ou vinblastina ifosfamida e cisplatina.

Vivendo com Câncer de Testículo

O tratamento do câncer de testículo é, na maioria das vezes, extremamente estressante. Com o término do tratamento o paciente percebe a doença como um todo e alguns medos ou incertezas podem tomar conta dele. O paciente acaba revendo seus relacionamentos e coisas aparentemente sem importância começam a ter valor. Como o tratamento cirúrgico pode ser um tratamento bastante agressivo é muito importante que o paciente divida com a família e a cônjuge está situação.Lidar sozinho talvez não seja o mais adequado. Lembre-se é importante receber apoio seja dos familiares, amigos, pacientes ou até em sua própria fé.