câncer de ovário

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Saiba tudo sobre Câncer de Ovário!

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Câncer de Ovário

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Qual a situação do câncer de ovário no Brasil?

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde,  no ano de 2008 foram diagnosticados 5530 casos em nosso país. Isto faz com que seja um tipo de câncer relativamente raro, menos frequente que o câncer de mama, colo de útero, intestino, pulmão e estômago.

Em termos de mortalidade, tivemos aproximadamente 3.000 óbitos pela doença.

O Ministério da Saúde não apresenta estimativas para a incidência deste tipo de tumor.

De acordo com a OMS, no ano de 2008, tivemos 5530 novos casos, e 2900 óbitos pela doença.( http://globocan.iarc.fr/)

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O que é câncer de ovário?O câncer de ovário é o câncer ginecológico mais difícil de ser diagnosticado. Cerca de 3/4 dos tumores malignos de ovário apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico inicial, pelo fato de frequentemente não apresentarem sintomas.

Os tratamentos para câncer de ovário têm se tornado mais eficazes nos últimos anos, com melhores resultados quando a doença é diagnosticada precocemente.

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Como se manifesta o câncer de ovário?

Não há sintomas exclusivos do câncer de ovário, e não é raro que só apareçam sintomas nos casos mais avançados. Os sintomas abaixo devem ser considerados um alerta, mas apenas raramente serão de fato causados pelo câncer.

Entre os possíveis sintomas, citamos: sensação de pressão, inchaço ou distensão do abdome; dor ou desconforto na região pélvica; indigestão persistente; mudança no hábito intestinal; perda de apetite; perda de peso e dor na região lombar.

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Fator de Risco: Idade

O maior fator de risco para câncer de ovário é a idade. A doença é mais provável de aparecer depois que a mulher entra na menopausa.

Lamentavelmente não há nada que possa ser feito a respeito deste fator como medida preventiva.

Por outro lado, não há documentação nenhuma de que tentar fazer rastreamento do câncer de ovário nesta população, traga qualquer benefício.

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Fator de risco: História familiar

A probabilidade de uma mulher desenvolver câncer de ovário é maior se um parente próximo teve câncer de ovário, de mama ou de intestino.

Acredita-se que as mudanças genéticas herdadas são responsáveis por 10% dos cânceres de ovário.

Isso inclui as mutações dos genes BRCA1 e BRCA2, que estão ligadas ao câncer de mama, entre outros mais raros. Mulheres com histórico familiar devem realizar acompanhamento médico como medida preventiva.

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Fator de Risco: Obesidade

Mulheres obesas têm um risco maior de desenvolver câncer de ovário comparado com mulheres não obesas.

As taxas de mortalidade por câncer de ovário são mais elevadas em mulheres obesas.

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Fator de Risco: Reposição hormonal

Terapia de reposição hormonal (TRH) para tratar sintomas de menopausa aumenta o risco de câncer de ovário.

Evitar uso de reposição hormonal é uma medida preventiva importante não só para o câncer de ovário, mas também para o câncer de mama.

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Como é feito o diagnóstico?Primeiramente é necessário um exame pélvico feito por profissional capacitado. Realização de ultrassom (transvaginal ou não), que pode mostrar achados suspeitos (nódulos ovarianos, massa pélvica ou outros).

Achados no exame físico e no ultrassom somente servem para levantar a suspeita, mas o diagnóstico de câncer exige uma biópsia do tecido suspeito.

Em vigência de achados suspeitos radiologicamente, a dosagem de uma proteína no sangue, denominada de CA125, quando elevada, ajuda a sugerir que possa de fato se tratar de um câncer, mas ainda assim a biópsia é necessária. Não se recomenda o rastreamento com dosagem de CA125 exceto em populações selecionadas.

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Todo câncer de ovário é igual?

Existem diversos tipos de câncer de ovário, com origem em células diferentes deste órgão: a maioria são cânceres com origem chamada de epitelial (na membrana que cobre os ovários); pequena porcentagem tem origem nas células chamadas de germinativas (que dão origem ao embrião, quando fecundadas); outros casos, denominados de tumores estromais, têm origem nas células produtoras de hormônios dos ovários.

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Estágios do câncer de ovárioO tratamento depende do que se denomina de estadiamento, isto é, a extensão da doença. Com base em tomografias, ressonância magnética e/ou PET-CT, classifica-se o chamado estadiamento clínico.

Estadio I: Confinado a um ou ambos os ovários.Estadio II: Invadindo útero ou outros órgãos próximos.Estadio III: Invadindo nódulos linfáticos ou revestimento abdominal.Estadio IV: Espalhado para órgãos distantes, como os pulmões ou fígado, situação considerada incurável.

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Tratamento do câncer de ovário:Cirurgia Para tumores curáveis, isto é,

potencialmente ressecáveis “por completo” o tratamento necessariamente passa a ser o cirúrgico. Esta cirurgia implica na retirada de ambos os ovários, trompas, útero, linfonodos próximos assim como parte de uma membrana denominada de omento.

O tratamento cirúrgico visa ressecar o máximo possível de doença, e deve ser realizado somente por um cirurgião com experiência no tratamento cirúrgico do câncer. Provavelmente, o maior determinante do sucesso do tratamento seja justamente a qualidade desta cirurgia. Raros casos, diagnosticados ainda em estágio muito inicial (estadio I), podem ter uma cirurgia menos agressiva, com intuito de preservar a fertilidade ao preservar útero, ovário e tuba do lado sadio. Isto é reservado para casos muito selecionados.

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Tratamento do câncer de ovário: Quimioterapia

Grande parte das pacientes operadas ainda tem, estatisticamente, células malignas que permanecem na cavidade abdominal por não serem visíveis a olho nu pelo cirurgião. Para evitar que estas células se multipliquem causando a recidiva da doença, lançamos mão muitas vezes de quimioterapia denominada de adjuvante.

Esta quimioterapia é, na maior parte das vezes, administrada na veia das pacientes, a cada 3-4 semanas. Em casos selecionados, em centros com experiência, também pode-se lançar mão da quimioterapia denominada de intra-peritoneal.

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Tratamento do câncer de ovário: Terapia alvo

Mais recentemente vêm ocorrendo pesquisas, algumas até com resultados bastante promissores, utilizando terapias sistêmicas que não são quimioterápicos propriamente ditos.

Assim, medicações que impedem o crescimento de vasos que nutririam o tumor (denominados de inibidores de VEGF), assim como medicações que alvejam células com determinadas mutações (chamados inibidores da PARP) constituem um avanço no tratamento complementar à cirurgia. Estes tratamentos ainda não estão amplamente disponíveis, mas isto deverá ocorrer em breve.

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Para as pacientes com doença metastática quais são as opções?

Embora existam diversos tipos de quimioterápicos com algum grau de eficácia contra o câncer de ovário, quando a doença progride em vigência de uma medicação, a medicação seguinte geralmente tem uma chance menor de promover respostas (diminuir a doença).

O oncologista lançará mão sequencialmente de diversas drogas (há mais de 5 quimioterápicos diferentes com algum grau de eficácia). Em algumas situações, é possível dar "férias" de tratamento por alguns meses, retomando o tratamento a seguir. Além disso, há a possibilidade de se participar de uma pesquisa com medicações inovadoras, para avaliar a sua eficácia. Em algumas situações se lança mão de radioterapia paliativa.

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Após o tratamentoQuando são removidos os ovários não é mais produzido estrogênio. Isso desencadeia a menopausa não importando a idade da paciente.

A queda nos níveis hormonais também pode aumentar o risco de outras doenças incluindo a osteoporose.

Por isso, é vital que todas as mulheres tenham acompanhamento adequado após o tratamento do câncer de ovário.

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Depois do Tratamento: Mexa-se

Algumas mulheres demoram muito tempo para recuperar a sua energia uma vez terminado o tratamento contra o câncer.

A fadiga pode tornar-se um problema e, por isso, iniciar um programa de exercícios leves é uma das formas mais eficazes para restabelecer a energia e melhorar o bem-estar físico e emocional. Consulte seu médico sobre quais atividades você pode realizar e inicie seus exercícios sempre sob orientação de um profissional.

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Atenção Mulheres: Saibam como diminuir o seu risco com relação ao

câncer de ovário

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Diminui o Risco:

Gravidez

As mulheres que têm filhos são menos propensas a ter câncer comparadas com mulheres que nunca deram à luz. O risco parece diminuir com cada gravidez e a amamentação pode oferecer proteção adicional.

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Diminui o risco:PílulaFaz com que a mulher seja menos exposta a altos níveis de estrogênio, portanto, o câncer de ovário é menos comum em mulheres que tomaram pílulas anticoncepcionais. As mulheres que usaram pílula por pelo menos cinco anos têm risco menor comparado com mulheres que nunca tomaram a pílula.

Isto não quer dizer que a pílula deva ser tomada como medida preventiva, já que está associada com outros efeitos colaterais.

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Diminui o risco:

Ligadura de trompas e histerectomia (cirurgia que retira parte do útero ou todo ele) sem ooforectomia (cirurgia que retira os ovários) parece diminuir modestamente a chance de uma mulher desenvolver câncer de ovário.

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Diminui o risco :Ressecção dos ovários

A ooforectomia para prevenir o aparecimento do câncer de ovário só se justifica em mulheres de famílias que sabidamente tem síndromes de câncer de ovário hereditário.

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Diminui o risco :Dieta

Manter-se dentro da faixa de peso ideal principalmente após a menopausa, comer uma dieta pobre em gordura e rica em alimentos de origem vegetal diminui as possibilidades de desenvolver câncer de ovário.

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