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1 CANALIZAÇÕES INTRODUÇÃO Canalização é o conjunto constituído por um ou mais condutores eléctricos e pelos elementos que garantem a sua fixação e, em regra, a sua protecção mecânica. O tipo de canalização a empregar deverá ser escolhido de acordo com as condições ambientes e de utilização do local. No estabelecimento das canalizações deverá, na medida do possível, evitar-se submeter as canalizações a esforços mecânicos desnecessários, reduzindo o número de curvas, de travessias, etc. Por outro lado, as canalizações deverão ser estabelecidas de forma a poder ser assegurada a sua boa exploração e conservação. Assim, deverá ser assegurada a possibilidade de verificação do estado do seu isolamento, da localização ou reparação de qualquer avaria, da acessibilidade dos aparelhos de ligação, etc. Os condutores de uma canalização apenas deverão ser colocados depois de terminados os trabalhos de construção civil que os possam danificar. A protecção das canalizações contra acções mecânicas deverá ter continuidade assegurada ao longo de toda a canalização. O número de juntas ou uniões que assegurem a continuidade da protecção contra acções mecânicas deverá ser limitado ao mínimo possível. Os elementos de protecção contra acções mecânicas deverão ser manipulados de forma a evitar a existência de rebarbas susceptíveis de prejudicar o isolamento dos condutores isolados ou as bainhas dos cabos. MODOS DE INSTALAÇÃO Em função do modo de instalação podemos considerar os seguintes tipos de canalizações: Canalizações embebidas Uma canalização embebida é constituída por condutores isolados ou cabos, rígidos, protegidos por tubos, os quais por sua vez são embebidos em roços realizados nos elementos da construção. As figuras 1, 2 e 3 representam diferentes fases da realização de uma canalização embebida.

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CANALIZAÇÕES INTRODUÇÃO Canalização é o conjunto constituído por um ou mais condutores eléctricos e

pelos elementos que garantem a sua fixação e, em regra, a sua protecção

mecânica.

O tipo de canalização a empregar deverá ser escolhido de acordo com as

condições ambientes e de utilização do local.

No estabelecimento das canalizações deverá, na medida do possível, evitar-se

submeter as canalizações a esforços mecânicos desnecessários, reduzindo o

número de curvas, de travessias, etc.

Por outro lado, as canalizações deverão ser estabelecidas de forma a poder

ser assegurada a sua boa exploração e conservação. Assim, deverá ser

assegurada a possibilidade de verificação do estado do seu isolamento, da

localização ou reparação de qualquer avaria, da acessibilidade dos aparelhos

de ligação, etc.

Os condutores de uma canalização apenas deverão ser colocados depois de

terminados os trabalhos de construção civil que os possam danificar.

A protecção das canalizações contra acções mecânicas deverá ter

continuidade assegurada ao longo de toda a canalização. O número de juntas

ou uniões que assegurem a continuidade da protecção contra acções

mecânicas deverá ser limitado ao mínimo possível.

Os elementos de protecção contra acções mecânicas deverão ser manipulados

de forma a evitar a existência de rebarbas susceptíveis de prejudicar o

isolamento dos condutores isolados ou as bainhas dos cabos.

MODOS DE INSTALAÇÃO Em função do modo de instalação podemos considerar os seguintes tipos de

canalizações:

Canalizações embebidas

Uma canalização embebida é constituída por condutores isolados ou cabos,

rígidos, protegidos por tubos, os quais por sua vez são embebidos em roços

realizados nos elementos da construção.

As figuras 1, 2 e 3 representam diferentes fases da realização de uma

canalização embebida.

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Fig. 1 – Abertura de roços e colocação de tubos e caixas numa canalização

embebida

Fig. 2 – Tapamento de roços numa canalização embebida

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Fig. 3 – Enfiamento de condutores numa canalização embebida

Os diâmetros dos tubos de canalizações embebidas não deverão ser inferiores

aos indicados na tabela seguinte, de acordo com o número e secção nominal

dos condutores, para o caso de condutores do tipo H07V.

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No caso de cabos de outro tipo, por exemplo do tipo A05VV, as dimensões da

secção recta dos tubos deverão ser determinadas de forma a que a soma das

secções correspondentes ao diâmetro exterior médio dos cabos não exceda

33% da secção recta interior do tubo.

No traçado das canalizações embebidas nas paredes deverão ser evitados

troços oblíquos, devendo, na medida do possível, estabelecer-se troços

horizontais ou verticais a partir dos aparelhos intercalados nas canalizações, ao

longo dos rodapés, ombreiras, sancas e intersecção de paredes (Figs. 4 e 5).

Fig. 4 – Traçado de canalizações embebidas nas paredes

Fig. 5 – Traçado de canalizações embebidas nas paredes

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Canalizações fixas em superfícies de apoio

É uma canalização instalada sobre uma superfície de apoio (tecto, parede,

divisória pavimento, etc.) ou na sua proximidade imediata, constituindo um

meio de fixação.

As figuras 6, 7 e 8 representam canalizações fixas, à vista, em superfícies de

apoio, com cabo montado sobre braçadeiras.

Fig. 6 – Canalização fixa, à vista, com cabo montado sobre braçadeiras

Fig. 7 –Canalização fixa, à vista, com cabo montado sobre braçadeiras,

nas paredes

Fig. 8 –Canalização fixa, à vista, com cabo montado sobre braçadeiras,

no tecto

Page 6: Canaliz

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Na figura 9 é indicada a distância máxima entre abraçadeiras em função do

diâmetro do cabo respectivo.

Fig. 9 – Distância máxima entre abraçadeiras em canalizações,

colocadas na vertical ou na horizontal

A tabela seguinte indica a distância máxima entre abraçadeiras em função do

diâmetro externo do cabo utilizado.

No entanto o Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de

Energia Eléctrica, ainda em vigor, indica valores superiores aos indicados nesta

tabela, pelo que se forem adoptados estes valores da tabela, será cumprido o

estipulado no regulamento.

Por outro lado o RSIUEE indica como distância máxima entre braçadeiras e

aparelhos intercalados na canalização uma distância de 10 cm.

A figura 10 indica o raio mínimo de curvatura de cabos constituintes de

canalizações fixas.

Fig. 10 – Raio mínimo de curvatura de cabos em instalações fixas

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O RSIEUE adopta outros valores e indica que o raio de curvatura mínimo dos

cabos não deverá ser inferior a 10 vezes o seu diâmetro exterior médio.

As figuras 11 e 12 ilustram canalizações fixas, à vista, constituídas por

condutores isolados ou cabos, rígidos, protegidos por tubos.

Fig. 11 – Canalização fixa, à vista, constituída por condutores isolados,

protegidos por tubos

Fig. 12 – Canalização fixa, à vista, constituída por condutores cabos,

protegidos por tubos

Caleiras

Uma caleira é um espaço para alojamento de canalizações, localizado no

pavimento ou no solo, aberto, ventilado ou fechado, com dimensões que não

permitam a circulação de pessoas mas no qual as canalizações instaladas

sejam acessíveis em todo o seu percurso durante e após a instalação. Uma

caleira pode estar, ou não, integrada na construção do edifício.

Fig. 13 – Corte transversal de uma caleira de pavimento

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Caminhos de cabos

Um caminho de cabos é um suporte constituído por uma base contínua, dotada

de abas e sem tampa.

Um caminho de cabos pode ser, ou não, perfurado.

Fig. 14 – Caminho de cabos não ventilado

Fig. 15 – Caminho de cabos ventilado

Condutas

Uma conduta é um invólucro fechado, de secção recta circular ou não,

destinado à instalação de condutores isolados ou de cabos por enfiamento. As

condutas não circulares podem ser compartimentadas.

Fig. 16 – Conduta não circular embebida

Travessias

Uma travessia é um elemento que envolve uma canalização e lhe confere uma

protecção complementar na passagem da canalização através de elementos

da construção (paredes, tectos, divisórias, pavimentos, etc.).

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Nas travessias de paredes, tectos, pavimentos e outros elementos da

construção, as canalizações estabelecidas à vista deverão ser protegidas por

tubos ou condutas com uma resistência adequada às acções mecânicas.

Fig. 17 – Travessia de uma parede por uma canalização

Ductos

Um ducto é um espaço fechado para alojamento de canalizações, não situado

no pavimento ou no solo, com dimensões que não permitam a circulação de

pessoas mas no qual as canalizações instaladas sejam acessíveis em todo o

seu percurso.

Fig. 18 – Caminhos de cabos montados num ducto vertical

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Galerias

Uma galeria é um compartimento ou corredor, contendo suportes ou espaços

fechados para canalizações e suas ligações, cujas dimensões permitem a livre

circulação de pessoas em todo o seu percurso (figs. 19 e 20).

Fig. 19 – Pormenor de entrada de caminhos de cabos numa galeria técnica

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Fig. 20 – Pormenor de caminhos de cabos numa galeria técnica

Calhas

Uma calha é um invólucro fechado por tampa, que garante uma protecção

mecânica aos condutores isolados ou cabos, os quais são instalados ou

retirados por processo que não inclua o enfiamento, e que permite a adaptação

de equipamentos eléctricos.

As calha podem ter, ou não separadores. Podem ser do tipo rodapé ou do tipo

prumo.

Fig. 21 – Calhas em percursos horizontais

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Fig. 22 – Calha em percurso vertical

Fig. 23 – Instalação com calha de rodapé

Calhas de pavimento

As calhas de pavimento são condutas de secção rectângular, embutidas no

piso. Na prática, constroi-se a laje e sobre ela executa-se um enchimento, no

qual são instaladas as calhas e as caixas de saída. Finalmente, aplica-se uma

camada de regularização do piso e depois o acabamento.

Dado que este sistema é embebido, o ideal é que em 100% dos casos o layout

da área seja previamente conhecido e imutável, resultando assim em pontos de

energia ou de telecomunicações (tomadas de usos gerais, tomadas de telefone

e informáticas, etc.).

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Fig. 24 – Instalação de calha de pavimento com curva para ligação dos cabos a

quadro eléctrico

Fig. 25 – Instalação de caixa em calhas de pavimento

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Fig. 26 – Pormenor de uma caixa de pavimento

Canalizações fixas, à vista, pré-fabricadas

Fig. 27 – Canalização pré-fabricada, para alimentação de máquina-ferramenta

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As canalizações eléctricas pré-fabricadas são canalizações com 1 ou mais

circuitos, concebidas para uma instalação rápida, quer para a distribuição de

iluminação, quer para a alimentação de máquinas em instalações fabris.

Fig. 28 – Exemplo de aplicação de uma canalização pré-fabricada numa

instalação de iluminação

Canalizações enterradas

Nas canalizações enterradas apenas poderão ser utilizados cabos rígidos com

duas bainhas ou com uma bainha reforçada (H1VV ou XV, por exemplo), ou

com armadura (VAV ou LSVAV, por exemplo).

As canalizações enterradas poderão assentar directamente no solo, devendo

neste caso assentar em fundo convenientemente preparado e envolvidas em

areia, ou ser enfiadas em tubos, normalmente de material termoplástico, de

forma a não serem danificadas pela pressão ou abatimentos de terras.

As canalizações enterradas deverão ser normalmente colocadas à

profundidade mínima de 0,80 m, excepto na travessia de arruamentos com

trânsito de veículos, em que aquela profundidade não poderá ser inferior a 1 m.

As canalizações directamente enterradas deverão ser assinaladas por um

dispositivo de aviso colocado, pelo menos, a 0,10 m acima delas, constituída

por redes metálicas ou de material plástico, lousa ou materiais equivalentes

(figs. 29 a 31).

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Fig. 29 – Corte transversal de uma vala de uma canalização enterrada

Nas canalizações não directamente assentes no solo deverão ser previstas

caixas de visita convenientemente localizadas e distanciadas por forma a

garantir o fácil enfiamento e desenfiamento das canalizações, recomendando-

se que fiquem localizadas nas mudanças bruscas de direcção.

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Fig. 30 – Caixa de visita para cabos de energia com formato tronco-cónico

Fig. 31 – Percurso dos cabos em caixas de visita

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Canalizações em piso técnico

Um piso técnico é constituído por painéis (60 x 60 cm, por ex.) apoiados sobre

pedestais, debaixo do qual se colocam as canalizações eléctricas e de

informática. Os painéis podem ser levantados, permitindo um acesso total às

canalizações.

Fig. 32 - Conjunto de canalizações num piso técnico, alimentando blocos

rasantes

Fig. 33 - Conjunto de canalizações num piso técnico, alimentando colunas

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Fig. 34 - Conjunto de canalizações num piso técnico

Fig. 35 - Conjunto de canalizações num piso técnico

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Fig. 36 - Percurso das canalizações de energia e das canalizações de

telecomunicações e rede num piso técnico

Canalizações em tecto falso

Fig. 37 – Conjunto de canalizações num tecto falso

Fig. 38 – Ligação de uma armadura a partir de uma canalização num tecto

falso

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Fig. 39 – Alimentação de armaduras em tecto falso

Fig. 40 – Alimentação de armaduras em tecto falso, mediante transformador de

segurança

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Canalizações subaquáticas

As canalizações subaquáticas poderão ser simplesmente assentes sobre o

fundo dos locais submersos, devendo no entanto ser colocadas de forma a não

se afastarem facilmente da posição de assentamento.

APARELHOS DE LIGAÇÃO Os aparelhos de ligação, a intercalar nas canalizações, deverão ser localizados

em pontos acessíveis por forma a ser possível assegurar a sua manutenção e

a verificação das ligações, mas de modo a ficarem ao abrigo de acções

mecânicas ou de entrada de água ou de poeiras.

A ligação dos condutores entre si e aos aparelhos deverá ser feita por meio de

ligadores, adequados ao tipo de condutor, que garantam a condução da

intensidade de corrente máxima admissível nos condutores a ligar.

Na ligação entre condutores não é permitida a torçada, salvo se for completada

por aperto mecânico, por ligador adequado (fig. 41)

.

Fig. 41 - Realização de torçada com condutores (não permitida)

Na ligação aos aparelhos de condutores isolados rígidos de secção nominal

não superior a 2,5 mm2 poderão empregar-se olhais, desde que os parafusos

dos ligadores sejam dotados de anilhas de dimensões convenientes (fig. 42).

Fig. 42 - Realização de olhal para aperto de um condutor

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A protecção dos condutores ou dos cabos contra a penetração de líquidos ou

de poeiras deverá ser assegurada por bucins e juntas (fig. 43) ou por

enchimento com substância de características convenientes que não ataque os

materiais isolantes da canalização.

Fig. 43 – Pormenor de aplicação de um bucim

A ligação de canalizações fixas aos aparelhos nelas intercalados poderá ser

feita em aparelhos de ligação associados àqueles.

Na ligação das canalizações fixas aos aparelhos nelas intercalados, as pontas

dos condutores deverão ter, dentro desses aparelhos, comprimento suficiente

para permitir a fácil execução das ligações.

Recomenda-se assim, que as pontas dos condutores tenham, pelo menos, 10

cm livres para ligação.

Os ligadores deverão assegurar, por aperto mecânico e de forma durável, a

boa condutibilidade eléctrica, sem queda de tensão ou aquecimento

exagerados, mesmo sob a acção de vibrações ou de diferenças de

temperatura.

O aperto mecânico pode ser por parafuso, mola ou compressão, devendo os

ligadores ser convenientemente dimensionados e concebidos por forma a

tornar impossível o seu desaperto acidental (fig. 44).

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Fig. 44 – Aperto mecânico de condutores por compressão

O mesmo dispositivo de aperto de cada ligador não deverá apertar mais de

quatro condutores, para secções nominais iguais ou inferiores a 4 mm2, ou dois

condutores de secções nominais iguais ou contíguas na escala das secções

nominais normalizadas, para secções nominais superiores a 4 mm2.

Para secções nominais não contíguas e superiores a 4 mm2, cada condutor

deverá ser apertado por dispositivo de aperto independente.

Fig. 45 – Aperto mecânico de condutores por parafuso, isolado

Fig. 46 – Aperto mecânico de condutores por placa de terminais

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Fig. 47 - Terminal de aperto por parafuso para calha DIN

Fig. 48 - Terminal de aperto por mola para calha DIN

Nos dispositivos de aperto dos ligadores de massa apenas deverão ser

utilizados parafusos.

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Ligações bimetálicas

Ligações bimetálicas são aquelas destinadas a proporcionar a continuidade

eléctrica entre condutores de materiais diferentes (fig. 49).

Fig. 49 – Ligação bimetálica entre um cabo de alumínio e um cabo de cobre

Muitas vezes torna-se necessária a interligação de condutores de cobre com

condutores de alumínio.

Estes metais interligados e em contacto com o ar ou submetidos a variações de

temperatura ou de humidade causarão uma diferença de potencial entre eles,

dando origem à corrosão galvânica.

A corrosão galvânica pode ser evitada respeitando as seguintes regras

básicas:

o A parte do cobre a ser ligada ao alumínio deve ser estanhada;

o Entre os metais deve ser usado um inibidor metálico, cuja função é

impedir a formação da película de óxido que é formada no alumínio.

Geralmente é usado o bronze estanhado como inibidor.

o Deve ser evitada a penetração de humidade no contacto entre o cobre e

o alumínio; a humidade na ligação metálica comporta-se como uma

pilha, ou seja existirá um ánodo (alumínio) , um cátodo (cobre) e um

electrólito (água).

o A ligação entre esses metais deverá ser de tal forma que a massa do

alumínio seja maior do que a massa do cobre.

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TIPOS DE CANALIZAÇÕES E MODOS DE INSTALAÇÃO Na tabela seguinte são indicados os modos de instalação das canalizações,

indicados nas Regras Técnicas das Instalações Eléctricas, em função do tipo

de condutor ou cabo.

INTENSIDADES DE CORRENTE MÁXIMAS ADMISSÍVEIS NAS CANALIZAÇÕES As intensidades máximas admissíveis nas canalizações dependem:

o do tipo de canalização;

o do número de condutores que a constituem;

o das suas condições de estabelecimento e utilização;

Para efeito da contagem do número de condutores constituintes de uma

canalização, não deverão ser considerados os condutores seguintes:

o o condutor neutro de uma canalização trifásica;

o o condutor de protecção;

o os condutores auxiliares de uma canalização e que acompanhem os

condutores principais da mesma;

Os condutores do mesmo circuito deverão fazer parte da mesma canalização.

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Numa canalização não poderá, em regra, haver mais de um condutor da

mesma fase.

o A norma CEI 287 uniformizou internacionalmente os coeficientes de

correcção e as metodologias de cálculo das intensidades máximas

admissíveis das canalizações em função de parâmetros relevantes tais

como:

o temperatura ambiente;

o modo de colocação;

o regimes de carga:

o comportamento térmico do solo (condutores ou sistemas de condutores

e cabos);

A intensidade máxima admissível numa canalização é dada por:

4321)( KKKKII zrealz ××××=

em que:

Iz = corrente máxima admissível, para o tipo de condutor ou cabo considerado;

K1 = factor de correcção da temperatura ambiente;

K2 = factor de correcção do modo de colocação;

K3 = factor de correcção relativo ao número de cabos em carga;

K4 = factor de correcção relativo ao comportamento térmico do solo;