ANO XXXI - Nº 724 www.sindae.org.br - Gestão 2016-2020Campinas, 22-23 de março de 2018

Criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) durante a Conferência Rio-92, no Rio de Janeiro, em 1992, a data 22 de março é um lembrete anual de que a água é primordial para a sobre-vivência dos seres vivos (homens, ani-mais e plantas), mas, principalmente da importância de cuidarmos desse recurso tão precioso e escasso. Isso porque, em-bora mais de 70% da superfície da Terra seja coberta por água, menos de 1% é próprio para consumo.

Um bem tão precioso, produzi-do pela natureza, não pode ser tratado como mercadoria, disponível apenas para quem pode pagar. Este é sonho das grandes corporações internacionais da água. E seus representantes estão no Brasil, participando do Fórum Mun-dial da Água, entre os dias 18 e 23 de março. Este fórum foi idealizado para

22 DE MARÇO – DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Água não é mercadoria!

estabelecer compromissos políticos acerca dos recursos hídricos. Mas, eles não estão falando sozinhos.

Em paralelo, também em Brasília, no mesmo período, realiza-se o Fórum Al-ternativo Mundial da Água (FAMA). A iniciativa questiona a legitimidade do Fórum Mundial da Água como espaço

político para promoção da discussão so-bre os problemas relacionados ao tema em escala global, envolvendo governos e sociedade civil. Os idealizados do FAMA dizem NÃO ao fórum das cor-porações privadas, apontando a falta de independência, representatividade e legitimidade do conselho organizador, por estar comprometido com empresas que têm como objetivo a mercantiliza-ção da água. O companheiro Agenor Soares, dirigente do Sindae-Campinas, representa a entidade no FAMA.

O ritmo civilizatório é desumano: a má distribuição e a escassez são agrava-das diante da apropriação da água para fins comerciais. Grandes corporações promovem um processo de mercanti-lização da água nos moldes usuais do mercado global: lucrar e distribuir divi-dendos a um reduzido grupo de inves-tidores.

Isso é inaceitável! Não se pode com-prar chuva, não se pode comprar sol… É um contrassenso tornar a água mera mercadoria. Isso levará o mundo a um futuro ainda mais injusto e perigoso.

Fique atento ao prazo para declarar o IR

Não deixe para a última hora. Quem declara primeiro, caso tenha direito à restituição, também receberá primeiro. O prazo para declarar começou em 1º de março e vai até 30 de abril. Deve declarar o IR obri-gatoriamente todos os trabalha-dores que tiveram rendimentos superiores a R$ 28.559,70 no

ano-base 2017.O profissional contratado

pelo Sindae para, gratuita-mente, auxiliar os associados, atende diariamente na sede da entidade, das 9 às 12 horas; e a partir das 16 horas. Os não sócios também podem utilizar os serviços, mas, antes, devem combinar o valor com a pessoa.

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TEPágina 2 O REGISTRO

O Registro é o boletim informativo do Sindae de responsabilidade da Diretoria Executiva. Sede Campinas: Av. Dr. Ângelo Simões, 725, Jd Leonor, Campinas-SP, CEP 13041-150. Fone: (19) 3733-3299. Subsede Atibaia: Rua Coronel Joaquim Teixeira da Silva Braga, 86, Centro, CEP 12940-520. Fone: (11) 4412-5605. Diretor de Imprensa: Marcos Alnei Sestari. Jornalista Responsável: Marcos Álves (MTb 21.835/SP). Ilustração: Ubiratan Dantas. Tiragem: 2.300 exemplares. Distribuição gratuita. Site: www.sindae.org.br. Fabebook: https://www.facebook.com/pages/Sindae-Campinas/159430700849463. E-mail: sindae@terra.com.br

22-23/03/2018

No dia 21 de março de 1960, na cidade de Johanesburgo, na África do Sul, 20 mil negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular.

No bairro de Shaper-ville, os manifestantes se depararam com tropas do exército. Mesmo sen-do uma manifestação pa-cífica, o exército atirou contra a multidão, ma-tando 69 pessoas e ferin-do outras 186. Esta ação ficou conhecida como o Massacre de Shaperville. Em memória à tragédia, a ONU (Orga-nização das Nações Unidas) instituiu 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.

Já apresentou as suas sugestões para da pauta de reivindicações da campanha salarial/2018? Ainda não? Então corra, porque os dirigentes do Sindae vão recolher as caixas cole-toras, instaladas nos locais de traba-lho, nesta sexta-feira, 23 de março.

O passo seguinte será a tabulação das sugestões e a redação da pau-ta. E, finalmente, a convocação de assembleia para a sua discussão e aprovação. Uma vez aprovada pelos trabalhadores, a pauta será encami-nhada à presidência da Sanasa.

E não esqueça de dar a sua opi-nião sobre o convênio médico da PHS Samaritano. Ela é muito impor-tante para tomarmos decisões diante dos inúmeros problemas verificados nos últimos meses.

Já apontou as suas sugestões para a pauta de reivindicações?

No fechamento desta edição do boletim O Registro, a direção do Sindae já havia realizado assem-bleias setoriais em 23 locais de trabalho. E elas vão continuar por todo este mês de março e só vão terminar no dia 2 de abril

Este contato direto com o traba-lhador tem permitido uma avalia-ção do ambiente em que se darão as negociações da próxima cam-panha salarial. E também, mostrar à categoria a necessidade de par-ticipação em todas as atividades

Assembleias setoriais continuam a todo vapor

que serão convocadas pelo Sindae. Lembrando que esta será a primei-ra campanha sob vigência da nova legislação trabalhista.

Nestas assembleias setoriais, os dirigentes do Sindae também ana-lisam a conjuntura nacional, com explanações sobre a nova legisla-ção trabalhista, o plano PHS Sama-ritano, o Plano de Cargos e Salários (mapeamento) e, principalmente, a nossa próxima campanha salarial, tendo em vista a data-base em 1º de maio.

21 de março – Dia Internacional contra a Discriminação Racial

O Artigo I da Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial diz o

seguinte: “Discriminação Racial signi-fica qualquer distinção, exclusão, restri-ção ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir

ou dificultar o reconhecimento e exercí-cio, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos

campos político, econômico, social, cultural ou qualquer ou-tra área da vida pública”.

O racismo se apresenta, de forma velada ou não, contra judeus, árabes, mas, sobretudo, negros. No Brasil, onde os ne-gros representam quase a me-tade da população, chegando a 80 milhões de pessoas, o racis-mo ainda é um tema delicado.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desen-volvimento – PNUD – em seu relatório anual, “para conse-guir romper o preconceito ra-cial, o movimento negro brasi-

leiro precisa criar alianças e falar para todo o país, inclusive para os brancos. Essa é a única maneira de mudar uma mentalidade forjada durante quase cin-co séculos de discriminação”.