campanha mundial

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1 O NÚCLEO ESPECIALIZADO DE PROMOÇÃO E DEFESA DOS DIREI- TOS DA MULHER DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAU- LO – NUDEM, entendendo a im- portância da Campanha Mundial dos 16 dias de Ativismo pelo fim da violência contra a mulher, criou, visando homenagear os diversos atores da rede de enfrentamento à violência, projeto de valorização, abrindo inscrições para indicações de entidades que atuam nessa área e mereciam o reconhecimento de todos. A Campanha de Homena- gem, como foi chamada, foi um sucesso, sendo que 12 foram as en- tidades inscritas e que estarão nes- se Boletim Informativo Especial de Homenagem. A Campanha dos 16 dias de Ativis- mo, que nasceu em 1991, quando 23 mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (Center for Wo- men’s Global Leadership - CWGL), a lançaram com o objetivo de pro- mover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. As partici- pantes escolheram um período de significativas datas históricas, mar- cos de luta das mulheres, iniciando a abertura da Campanha no dia 25 de novembro - declarado pelo I Encontro Feminista da América Latina e Caribe (em 1981) como o Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres - e finalizando no dia 10 de dezembro - Dia Inter- nacional dos Direitos Humanos. Desse modo a campanha vincula a denúncia e a luta pela não violên- cia contra as mulheres à defesa dos direitos humanos. Hoje, cerca de 130 países desenvolvem esta Cam- panha, conclamando a sociedade e seus governos a tomarem atitude frente à violação dos direitos hu- manos das mulheres. Os 16 dias de ativismo foram assu- midos pelo movimento feminista brasileiro, sintonizado com a Cam- panha Internacional. Conquistou espaço na agenda brasileira e des- de 2003 vem sendo coordenado pela organização não governamen- tal AGENDE (Ações em Gênero, Ci- dadania e Desenvolvimento), com importantes ações de divulgação, mobilização e organização da cam- panha. O Brasil antecipou o início desta Campanha para o dia 20 de novembro, para inserir o Dia da Consciência Negra, razão pela qual na realidade não são 16 dias, mas sim 20 dias, eis que a campanha se encerra no dia 10 de dezembro. A compreensão crítica da realidade em uma perspectiva de totalidade pressupõe entender os fenômenos sociais em suas dimensões objeti- vas e subjetivas, particulares e uni- versais, determinados pelo proces- BOLETIM INFORMATIVO DO NUDEM Edição Especial de Homenagem – Novembro de 2013 Editorial CAMPANHA MU NDIAL dos 16 dias de ativismo

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O NÚCLEO ESPECIALIZADO DE PROMOÇÃO E DEFESA DOS DIREI-TOS DA MULHER DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAU-LO – NUDEM, entendendo a im-portância da Campanha Mundial dos 16 dias de Ativismo pelo fim da violência contra a mulher, criou, visando homenagear os diversos atores da rede de enfrentamento à violência, projeto de valorização, abrindo inscrições para indicações de entidades que atuam nessa área e mereciam o reconhecimento de todos. A Campanha de Homena-gem, como foi chamada, foi um sucesso, sendo que 12 foram as en-tidades inscritas e que estarão nes-se Boletim Informativo Especial de Homenagem.

A Campanha dos 16 dias de Ativis-mo, que nasceu em 1991, quando 23 mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (Center for Wo-men’s Global Leadership - CWGL), a lançaram com o objetivo de pro-mover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. As partici-pantes escolheram um período de significativas datas históricas, mar-cos de luta das mulheres, iniciando a abertura da Campanha no dia 25 de novembro - declarado pelo I Encontro Feminista da América Latina e Caribe (em 1981) como o

Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres - e finalizando no dia 10 de dezembro - Dia Inter-nacional dos Direitos Humanos. Desse modo a campanha vincula a denúncia e a luta pela não violên-cia contra as mulheres à defesa dos direitos humanos. Hoje, cerca de 130 países desenvolvem esta Cam-panha, conclamando a sociedade e seus governos a tomarem atitude frente à violação dos direitos hu-manos das mulheres.

Os 16 dias de ativismo foram assu-midos pelo movimento feminista brasileiro, sintonizado com a Cam-panha Internacional. Conquistou espaço na agenda brasileira e des-de 2003 vem sendo coordenado pela organização não governamen-tal AGENDE (Ações em Gênero, Ci-dadania e Desenvolvimento), com importantes ações de divulgação, mobilização e organização da cam-panha. O Brasil antecipou o início desta Campanha para o dia 20 de novembro, para inserir o Dia da Consciência Negra, razão pela qual na realidade não são 16 dias, mas sim 20 dias, eis que a campanha se encerra no dia 10 de dezembro.

A compreensão crítica da realidade em uma perspectiva de totalidade pressupõe entender os fenômenos sociais em suas dimensões objeti-vas e subjetivas, particulares e uni-versais, determinados pelo proces-

BOLETIM INFORMATIVODO NUDEMEdição Especial de Homenagem – Novembro de 2013

Editorial

CAMPANHA MUNDIAL dos 16 dias de ativismo

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so de produção e reprodução das relações sociais. As diferentes estra-tégias de luta efetivadas pelo movi-mento feminista nas últimas déca-das possibilitaram dar visibilidade às formas de violência de gênero e doméstica contra as mulheres como uma questão pública a ser enfrentada no âmbito dos direitos humanos e da luta por uma nova sociedade sem opressão e explo-ração, superando assim uma visão equivocada que concebia este tipo de violência como expressão das relações pessoais, que por aconte-cer no âmbito privado não deveria ter intervenção pública.

Durante a Campanha, algumas da-tas ganham destaque, senão veja-mos:

20 de novembro - Dia Nacional da Consciência Negra: a importância da inclu-são desta data não se resume so-mente na história da cultura negra no Brasil, mas na tripla discrimi-nação sofrida pela mulher negra, que se baseia numa opressão de gênero, raça e classe social;

25 de novembro - Dia In-ternacional da Não Vio-lência contra as Mulhe-res: esta data é marcada pelo assassinato brutal das irmãs Mi-nerva, Pátria e Maria Tereza, pela bravura de “Las Mariposas”, como eram conhecidas, uma vez que utilizavam este nome secreto nas atividades clandestinas, na tenta-tiva da busca pela liberdade polí-tica do país, em oposição a Rafael Leônidas Trujillo, ditador que go-vernou com mãos de ferro a Repú-blica Dominicana, entre o período de 1930 a 1961, o qual matava to-dos os seus opositores.

1º de dezembro - Dia Mundial de Combate à AIDS: Por ocasião do Encontro

Mundial de ministros de Saúde de 140 países, ocorrido no dia 1º de dezembro de 1988, que ocor-reu em Londres, foi criada esta data com o objetivo de mobilizar os governos, a sociedade civil e demais segmentos no sentido de incentivar a solidariedade, a refle-xão sobre as formas de combater a epidemia e o preconceito com os portadores de HIV. As estatís-ticas indicam crescimento signifi-cativo e preocupante de casos de mulheres contaminadas, inclusive no Brasil, fato que levou o Gover-no a lançar o Plano de Enfrenta-mento da Feminização da AIDS e outras DST’s.

6 de dezembro - Dia Na-cional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Vio-lência contra as Mulhe-res: marcado pelo massacre de mulheres em Montreal no Cana-dá, ocorrido no dia 06 de dezem-bro de 1989, no qual Marc Lepine, invadiu armado uma sala de aula da Escola Politécnica, ordenou que os 48 homens presentes se retirassem da sala, permanecen-do no recinto somente as mulhe-res, Lepine atirou e assassinou 14 mulheres, à queima roupa. Em seguida, suicidou-se. Em uma car-ta deixada por ele, justificava seu ato dizendo que não suportava a idéia de ver mulheres estudando Engenharia, um curso tradicional-mente voltado para os homens. O massacre tornou-se símbolo da injustiça contra as mulheres e ins-pirou a criação da Campanha do Laço Branco, mobilização mundial de homens pelo fim da violência contra as mulheres.

10 de dezembro - O Dia Internacional dos Direi-tos Humanos: na mesma data do ano de 1948, a Declaração Uni-

versal dos Direitos Humanos foi adotada pela ONU, como resposta à barbárie praticada pelo nazismo contra judeus, comunistas e ciga-nos e ainda às bombas atômicas lançadas pelos EUA sobre Hiroshi-ma e Nagazaki, matando milhares de inocentes. Posteriormente, os artigos da Declaração fundamen-taram inúmeros tratados e dispo-sitivos voltados à proteção dos direitos fundamentais. Essa data é importante para lembrar que sem os direitos das mulheres, os direi-tos não são humanos. A luta, atu-almente, não consiste somente na conquista de direitos, mas na pos-sibilidade de exercê-los.

Nada mais justo, assim, que forta-lecer a rede de enfrentamento com essa singela homenagem contan-do um pouco de sua história e suas atividades. Essa rede que dia após dia luta pela efetivação da Lei Ma-ria da Penha e pelo fim da violência de gênero e que é, juntamente com todas as mulheres atendidas, gran-de inspiração para o trabalho desse NUDEM.

Por tudo isso, o Núcleo de Promo-ção e Defesa dos Direitos da Mulher agradece a participação nessa cam-panha e deseja que todas as entida-des, não só as aqui homenageadas se sintam fortalecidas em sua luta.

Finalizando, O NUDEM agradece o apoio das parceiras da Comissão Julgadora, Cristina Guelfi Gonçal-ves, Diretora da Escola da Defen-soria Pública – EDEPE, Ana Paula de Oliveira Castro Meirelles Lewin, Coordenadora do Núcleo Especia-lizado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher – NUDEM, Lucia-na Zaffalon, Ouvidora Geral da De-fensoria Pública do Estado de São Paulo e Dulce Xavier, representante do Católicas Pelo Direito de Decidir.

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SumárioCASA DA CRIANÇA E ADOLESCENTE DE PIRAPOZINHO..................................................4

CENTRO DE REFERÊNCIA DA MULHER – CASA ELIANE DE GRAMMONT........................5

SOCIEDADE SANTOS MÁRTIRES - CASA SOFIA................................................................6

CENTRO DE REFERÊNCIA DE APOIO À MULHER – CEAMO...............................................7

CENTRO DE REFERÊNCIA DA MULHER “JOSYMARY APARECIDA CARRANZA”..............8

GRUPO DE APOIO A MATERNIDADE ATIVA (GAMA)........................................................9

JORNAL FOLHA MULHER.................................................................................................10

MINISTÉRIO DA MULHER ADVENTISTA...........................................................................11

PARTO DO PRINCÍPIO - MULHERES EM REDE PELA MATERNIDADE ATIVA....................12

REDE DE CCM´S - CENTROS DE CIDADANIA DA MULHER............................................13

SOS AÇÃO MULHER E FAMÍLIA........................................................................................14

SOS MULHER....................................................................................................................15

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A Casa da Criança e do Adolescen-te (Casa do Menor) de Pirapozinho, comemora em 2013, 20 anos de acolhimento, proteção, cuidados e amor para com as crianças, adoles-centes e famílias do municipio. Os trabalhos começaram através do voluntariado de casais encontristas da Igreja Católica. Estes atendiam às crianças que se encontravam em situação de vulnerabilidade, aten-dendo suas necessidades básicas.

Após oito anos de atendimento, os responsáveis por este trabalho viram a necessidade de acolher os jovens que completavam a idade máxima do atendimento infantil, criando uma segunda unidade, de-nominada Dom Bosco, para aten-der adolescentes de 14 a 17 anos e 11 meses.

E 2005 a diretoria da entidade se deparou com outras necessidades, qual seja, não bastava o atendi-mento às crianças e adolescentes que frequentavam o projeto, era preciso fazer algo pelas famílias com baixa renda. Assim, foi iniciada a construção de algumas moradias para essas famílias, que atualmente

também fazem parte dos serviços que a instituição oferece à comuni-dade local.

Com este novo público, a entida-de também passou a proporcionar atividades para as mães, que par-ticipam de cursos e oficinas minis-trados na entidade. Desse modo, a família também tem o acompanha-mento da assistente social, assegu-rando uma transformação comple-ta no ambiente onde a criança e o adolescente vive.

Assim, a entidade busca atender e promover qualidade de vida as crianças e adolescentes, e suas respectivas famílias, que na maio-ria das vezes, apresentam-se, so-cialmente desfavorecidos e que por ventura tenham seus direitos violados, propiciando acolhimen-to, proteção, instrução, semi- pro-fissionalização, por meio de ações educativas e de socialização, fo-mentando novas oportunidades para o crescimento pessoal e para a integração e re-estruturação dos vínculos familiares.

Atualmente, a Casa da Criança e do Adolescente de Pirapozinho aten-

de 90 crianças e adolescentes, além das suas respectivas famílias. Já na unidade Dom Bosco, no momento são 60 adolescentes favorecidos com o projeto, além de 25 que cum-prem medidas sócio-educativas de Liberdade Assistida e Prestação de Serviço à Comunidade.

A entidade Obras Reunidas de As-sistência Social São José Operário, que abrange tanto a Casa da Crian-ça e do Adolescente, quanto a uni-dade Dom Bosco, é mantida por meio de convênio com os governos municipal e estadual, conta com doações, contribuições de sócios e auxílio da paróquia de Pirapozinho, interior de São Paulo.

Quanto à atuação específica com a mulheres, vale destacar o projeto “Brilho Próprio” que, visando res-gate da autoestima feminina, se desenvolveu com rodas de conver-sas, trocas de experiência, estudos sobre a política nacional da mulher finalizando com um ensaio fotográ-fico, que resultou em um Book para cada uma das participantes.

CASA DA CRIANÇA E ADOLESCENTE DE PIRAPOZINHO

Rua Diogo Gimenes nº. 136,Jardim Morada do Sol em Pirapozinho – SP

Email:[email protected]

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CASA DA CRIANÇA E ADOLESCENTE DE PIRAPOZINHO

O Centro de Referência da Mulher – Casa Eliane de Grammont é um ser-viço ligado à Secretaria de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de São Paulo criado para atendimento de mulheres em situação de violên-cia de gênero.

Foi o primeiro serviço de atendi-mento à mulher em situação de violência (depois da criação das DDM´s), criado em 1990, inaugu-rando as políticas públicas de gê-nero, não só na cidade de São Pau-lo, como no Brasil.

O nome do espaço foi escolhido propositalmente. Para quem não conhece, Eliane de Grammont, can-tora, foi morta por seu ex -marido com um tiro no peito, quando pos-suía 26 anos. O homicídio ocorreu, em 1981, num bar em São Paulo durante apresentação musical da mesma.

O crime gerou grande repercussão em toda a sociedade, uma vez que Eliane de Grammont era uma artis-ta admirada por todos. Ainda, esse caso foi emblemático na luta dos movimentos feministas, que se mo-bilizaram e fizeram diversas cami-nhadas acompanhando o processo criminal até a condenação do réu.

Vale observar que Lindomar Casti-lho, o assassino de Eliane, foi con-denado a 12 anos de pena, perma-necendo preso por um período. Hoje o mesmo vive no estado de Goiás.

A Casa Eliane ficou por muito tem-po com o único serviço que reali-zava esse tipo de atendimento na cidade e serviu de modelo para im-

plantação de vários outros serviços em todo o país.

Constituiu-se num espaço de aco-lhimento e de desenvolvimento de tecnologia de atendimento. Traba-lhando com a perspectiva de gêne-ro, através da reflexão desenvolveu o conceito de “mulher envolvida em situação de violência”, demar-cando a perspectiva relacional das relações violentas. Foi responsável pela formação de profissionais em todas as áreas para o atendimento à violência, bem como assessoria para implantação de serviços em todo o país. Participou e promoveu importantes debates sobre o tema, inclusive na elaboração da Lei Maria da Penha (Lei n.º 11340/06). Além

disso, é campo de estudo para uni-versitários e pós-graduandos.

A Casa Eliane de Grammont ofere-ce atendimentos multidisciplinares haja vista sua equipe ser composta por psicólogos e assistentes sociais. Ainda, há atendimentos jurídicos por meio de convênio com a De-fensoria Pública do Estado de São Paulo.

Atualmente o serviço possui uma equipe de dez pessoas, sendo três técnicas – duas assistentes sociais e uma psicóloga -, seis estagiárias – três de psicologia, duas de serviço social e uma de administrativo, e uma funcionária administrativa.

CENTRO DE REFERÊNCIA DA MULHER – CASA ELIANE DE GRAMMONT

Rua Doutor Bacelar, 20 – Vila Clementino.

Fone: (11) 5549-9339 / 5549-0335

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A Sociedade Santos Mártires fun-dada em 1988 é uma associação civil sem fins lucrativos, certificada como utilidade pública Municipal, Estadual e Federal, localizada no Distrito do Jardim Ângela tendo como principal objetivo a promo-ção da dignidade humana.

A organização atende a comunida-de do Jardim Ângela (São Paulo/SP) e bairros vizinhos através de 29 serviços, realizando aproxima-damente 10.000 atendimentos di-retos e 30.000 atendimentos indi-retos por mês. Além de participar ativamente junto com outras orga-nizações de ações visando o desen-volvimento sustentável da região. Participam ativamente dos fóruns: Fórum em Defesa da Vida, Fórum Regional de Assistência Social de MB/ CL, Fórum da Educação, Fórum da Criança e do Adolescente, Rede Nossas Crianças, Fórum da Inclu-são, Fórum de Mulheres, Fórum do Álcool e Drogas, Movimentos de Moradia, Fórum MOVA , Movimen-to Nossa São Paulo outra Cidade, São Paulo Sustentável e outros.

A Sociedade Santos Mártires man-tém um serviço especializado para a atendimento das mulheres co-

nhecido como “Núcleo de Defesa e Convivência da Mulher - Casa Sofia”.

A Casa Sofia começou a nascer em 1999, quando, no calor das mo-bilizações e debates em relação à questão da violência na região, algumas mães com filhos nos Cen-tros de Educação Infantil denuncia-ram que várias mulheres entre elas estavam sendo vítimas de violência nas suas próprias casas e que, na maioria das vezes, os agressores eram os próprios maridos, com-panheiros ou namorados. Como resposta imediata, foi formado um grupo de trabalho, constituído por mulheres voluntárias, que passou a ouvir as vítimas e a discutir formas de encaminhar o problema, um tra-balho que evoluiu para a constitui-ção formal da Casa Sofia em 2001.

O mote do Casa Sofia, que atua com mulheres em situação de vio-lência doméstica e sexual, em rede com diversas organizações da so-ciedade civil e com organismos públicos como o Ministério Públi-co, o Poder Judiciário, a Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Mi-litar, numa região que beira a 1,5 milhão de habitantes, onde pre-dominam famílias de baixa renda

é o de “UMA LUZ QUE BRILHA NO ESCURO”.

Hoje a Casa Sofia conta com um lo-cal exclusivo para atendimento, 11 profissionais (advogada, pedagoga, educadoras, assistentes sociais e psi-cólogas) boa parte delas recrutadas na própria comunidade, trabalhan-do em tempo integral de segun-da a sexta feira e aos sábados pela manhã; conta ainda, quase que de forma permanente, com a colabora-ção de pessoas voluntárias, além de uma extensa rede de parceiros.

Além de prestar o primeiro aten-dimento, quando começa a ser montada um pequeno histórico, de forma detalhada e sigilosa sobre a vida das mulheres denunciantes, a Casa toma todas as providências necessárias para que as instituições competentes ofereçam proteção e, quando for o caso, abrigo - tanto para a mulher como para os seus filhos - além de desenvolver ativi-dades lúdicas, educativas, terapêu-ticas e de geração de renda; estas com o objetivo tanto de devolver-lhes a segurança e a auto-estima como de facilitar-lhes a reinserção na vida social e econômica da co-munidade.

SOCIEDADE SANTOS MÁRTIRES - CASA SOFIA

http://www.santosmartires.org.br/materias.php?cd_

secao=66&codant=

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O Centro de Referência  e Apoio à Mulher – CEAMO é um Serviço Público Municipal de Campinas, inaugurado em 25 de setembro de 2002, voltado ao atendimento de mulheres vítimas de violência do-méstica.

O CEAMO tem a finalidade de aco-lher e prestar atendimento psicoló-gico,social e orientação jurídica à mulher em situação de violência de gênero, no âmbito doméstico, vi-sando romper o ciclo da violência, através de atendimento individual, familiar ou em grupo.

É um espaço de acolhimento,es-cuta, troca de vivências, de conhe-cimento e informação sobre os direitos da mulher no exercício de sua cidadania. Tem como missão, contribuir na defesa dos direitos humanos das mulheres e com a construção da igualdade nas rela-ções de gênero respeitando as di-versidades na perspectiva de uma Cultura de Paz.

Atua em quatro frentes de trabalho, sendo estas a intervenção, o aten-dimento com a mulher e família; a

prevenção, com palestras e oficinas como espaço de esclarecimentos, orientação e procedimentos; a ca-pacitação para entendimento do contexto violência de gênero en-quanto fenômeno social; políticas públicas para as mulheres, com a participação da equipe nos con-selhos municipais,estaduais e na-cionais, conferências municipais, estaduais e nacionais e as demais políticas públicas.

Cumprindo este propósito o CEA-MO oferece oficinas em diversos serviços da rede de atendimento à mulher e outros com capacitações e palestras tais como oficinas de prevenção as diversas formas de violência de acordo com a Lei Ma-ria da Penha – Lei n.º 11340/2006 - que fazem parte de um macro programa de educação permanen-te, visando sensibilizar para a auto-proteção das mulheres, por meio da detecção dos fatores de risco. Ainda, tem-se como objetivo a re-significação da violência sofrida.

O Centro de Referência e Apoio à Mulher – CEAMO busca divulgar

junto à população seus serviços, bem como o fluxo de atendimento dos diversos Serviços que integram a Rede de Atendimento à Mulher em situação de violência. (Delega-cia de Defesa da Mulher, Guarda Municipal, Defensoria Pública do Estado, Central de Atendimento à Mulher, Central de Atendimento In-tegral à Saúde da Mulher, Conselho Tutelar, Instituto Médico Legal).

Por fim, promove oficinas e capa-citação como suporte técnico aos profissionais da rede de atendi-mento à mulher, promovendo o trabalho de formação continuada e a aproximação entre os serviços, como fundamentais neste processo.

CENTRO DE REFERÊNCIA DE APOIO À MULHER – CEAMO

Rua Francisco Alves, 112Botafogo, Campinas – SP

Telefone: (19) 3236-3619

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O Centro de Referência da Mulher é um órgão público da Prefeitura Municipal de Araçatuba/SP, iniciou suas atividades em 24 de maio de 2010, e constitui-se em um impor-tante componente da rede de ser-viços de enfrentamento à violência doméstica contra mulheres.

O CRM recebeu este nome pois Josymary era uma assistente social que foi vítima de violência domés-tica perpetrada por seu próprio marido e em 1986 ela foi assassina-da por ele.

O Centro de Referência da Mulher (CRM) possui um papel importan-te também no enfrentamento e prevenção da violência, dando às mulheres em situação de violência, suporte psicológico, social, jurídico e se necessário for, o abrigamento em local seguro e sigiloso para ela e seus filhos.

Os atendimentos do CRM visam promover a ruptura da situação de violência e a construção da cidada-nia por meio do atendimento inter-setorial e multidisciplinar.

Possui como objetivo primário o fortalecimento da mulher para ces-sar a situação de violência viven-ciada, sem ferir, entretanto, o seu direito à autodeterminação. Busca o CRM, disponibilizar os meios para que ela reencontre sua autoestima e tome decisões relativas à situação de violência por ela vivenciada.

Ressalte-se que o foco da interven-ção do Centro de Referência da Mu-lher é o de prevenir futuros atos de agressão e de promover a interrup-ção do ciclo de violência. Portanto, o CRM realiza tanto um trabalho de prevenção como um trabalho para que a mulher rompa definiti-vamente com este ciclo.

As ações do CRM fazem parte da política de prevenção e enfren-tamento à violência contra a mu-lher no município de Araçatuba/SP, apresentando à população as nuances da violência através da di-vulgação do próprio serviço, bem como realiza ações de sensibiliza-ção, tais como palestras, divulga-ção na imprensa, campanhas e pro-dução de materiais gráficos.

O CRM oferece ainda orientações gerais sobre os direitos da mulher e sobre a Rede de Atendimento à sua disposição, bem como presta atendimentos psicológico e social e orientação jurídica, que poderão ser individuais ou em grupo.

O atendimento social realizado pelo serviço tem por objetivo fornecer orientações e promover o encami-nhamento a rede social de proteção para inserção da mulher atendida e de seus dependentes em progra-mas de transferência de renda, aos quais ela tenha direito, tais como Bolsa Família, Renda Cidadã, Ação Jovem, Benefício de Prestação Con-tinuada - BPC, além de permitir que

as mulheres tenham acesso a cestas básicas, fotos para documentos, vale-transporte, havendo também encaminhamento ao CRAS de refe-rência e aos demais serviços que se fizerem necessários.

Já o atendimento psicológico tem por objetivo promover o resgate da autoestima e a superação da situa-ção de violência, sendo este aten-dimento realizado de forma indivi-dualizada.

A orientação e o acompanhamento jurídico realizada no CRM são rea-lizados através de aconselhamento jurídico e acompanhamento nos atos administrativos de natureza policial e nos procedimentos judi-ciais, informando e preparando a mulher em situação de violência para participação nessas atividades relativas à esfera judicial.

Por fim, o CRM presta o importan-te serviço de aconselhamento em momentos de crise, pois uma res-posta efetiva em momento de crise pode evitar ou minimizar o efeito traumático para essas mulheres.

CENTRO DE REFERÊNCIA DA MULHER “JOSYMARY APARECIDA CARRANZA”

R Profa Chiquita Fernandes, 615Araçatuba - SP - CEP 16015-485

Telefone: (18) 3623-4909

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GRUPO DE APOIO A MATERNIDADE ATIVA (GAMA)

O GAMA é um grupo de apoio à mulher que tem como intuito pro-mover uma atitude positiva, ativa e consciente em relação à materni-dade.

Os maiores objetivos deste grupo são os de fornecer - a gestantes e profissionais - produtos e serviços de alta qualidade, que ajudem a promover uma atitude saudável e consciente em relação ao ciclo da gestação, parto e pós-parto.

As atividades do GAMA são pauta-das pelos seguintes valores e prin-cípios:

• Incentivo ao parto normal e na-tural;

• Incentivo à formação, ao reco-nhecimento e à prática de enfer-meiras obstetras, obstetrizes, par-teiras e doulas;

• Incentivo ao atendimento multi-disciplinar a gestantes, parturien-tes e puérperas;

• Incentivo ao parto domiciliar, ca-sas de parto e à humanização do atendimento e da ambientação hospitalar;

• Incentivo ao uso das melhores evidências na prática obstétrica e à observância das recomenda-

ções da Organização Mundial da Saúde;

• Incentivo ao aleitamento mater-no exclusivo até os 6 meses e mis-to até 2 anos de idade ou mais.

O GAMA vem trabalhando seria-mente para a humanização do par-to, o respeito à mulher, ao bebê e à família como um todo, no comba-te à violência obstétrica. Isso tem sido feito através da informação às gestantes e à população em geral e através da formação de profissio-nais humanizados e comprometi-dos.

Para esta entidade, o parto huma-nizado pode ser entendido como:

• Respeito aos tempos da mãe e do bebê. Qualquer aceleração do processo, quer indução, aumento artificial das contrações ou agen-damento de cesariana precisa de uma forte justificativa clínica.

• Respeito ao protagonismo femi-nino. É importante mudar o olhar e compreender que o parto é da mulher e que ela tem direito a es-colhas e total liberdade.

• Compartilhamento de responsa-bilidades. O médico não proíbe, não aconselha, não manda. O

médico ou a parteira ou qualquer outra pessoa da equipe mostra sempre as opções e a mulher es-colhe o que ela quer para ela.

• Uso das melhores evidências. Depois de 30 anos de evidências contra o uso rotineiro de episio-tomia, não cabe afirmar que a episiotomia protege a mulher. Hoje em dia existem claras evi-dências de que o melhor é deixar o parto acontecer naturalmente, sem qualquer tipo de interven-ção, no ambiente mais simples possível, com equipes igualmen-te simplificadas.

• O uso de uma intervenção (ou mais, se necessário) não tira o aspecto humanizado do parto. Desde que seja necessária no contexto e de que seja dada a es-colha para a mãe, desde que seja, portanto, utilizada em caráter de exceção. E no final, até mesmo uma cesariana pode ser necessá-ria, e ainda assim é perfeitamen-te possível ser calmo, falar baixo, respeitar mãe e bebê sem falar de outros assuntos, baixar a luz, aquecer o ambiente, e obedecer aos três últimos princípios, que ocorrem depois do nascimento.

Rua Natingui, 380CEP: 05443-000

Vila Madalena - São Paulo, SP

www.maternidadeativa.com.br

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O Folha Mulher é um jornal direcio-nado ao Universo Feminino, com a meta  de servir à mulher que re-encontra seu lugar no mundo sem abandonar suas características fe-mininas.

O jornal tem o propósito de tratar temas como empreendedorismo, nutrição, acupuntura, coach, com-portamento, sexo, relacionamento, qualidade de vida, feng shui, mu-lheres em destaque, resposta à lei-tora, beleza e estética, rosa choque, moda e tudo que faz parte da vida da mulher.

A linguagem utilizada é contempo-rânea e busca incluir um conteúdo útil e dinâmico, para atrair casa vez mais mulheres nesta leitura.

Referido jornal circula na região de Atibaia/SP e sua distribuição é feita gratuitamente e totalmente dire-cionado. Atualmente são produzi-dos 08 mil exemplares físicos e 20 mil email marketing, além de con-tar com 9 mil seguidores em mídias sociais.

Para tratar da questão da violência doméstica e familiar desde mar-ço de 2013, O Jornal FolhaMulher vem   replicando a campanha do Banco Mundial  Homem de Ver-dade Não Bate em Mulher e esta-mos, desde então, visitando todos os locais onde possamos exibir os banners e convidar os presente a participar com uma foto para pu-blicação nas mídias sociais. 

Esta é uma Campanha lançada pelo Banco Mundial , lançada no dia 01º de março de 2013, a qual pretende fomentar o debate sobre o tema

JORNAL FOLHA MULHER

e ampliar a conscientização sobre essa situação.

Dez personalidades masculinas – entre as quais os atores Cauã Rey-mond, Gabriel Braga Nunes, Thiago Fragoso, Rodrigo Simas e o judoca Flavio Canto - foram convidadas pelo Banco Mundial a posar em-punhando um cartaz com a men-sagem da campanha. O objetivo é acabar com o estigma de que a Lei Maria da Penha, promulgada em 2006, é uma legislação contra os homens. Nenhum dos participan-tes cobrou cachê para fazer a cam-panha. A única participante mulher é Maria da Penha Maia Fernandes, que dá nome à legislação.

A campanha foi lançada no site oficial do Banco Mundial no Brasil, com o convite para que os inter-nautas se engajem por meio das mídias sociais. Para tanto, basta

tirar uma foto segurando um car-taz com a mensagem HOMEM DE VERDADE NÃO BATE EM MULHER e postar no Instagram ou no Twit-ter (mencionando @worldbanklac) com a hashtag #souhomemdever-dade.

Neste ensejo, o FolhaMulher esteve presente em vários eventos na sua região (tais como, Virada Empre-endedora, FGV - 10mil mulheres Goldman Sachs, Fiesp, Câmara de Vereadores de Atibaia, Clube Ati-baiano, Escola Superior do Ministé-rio Público de São Paulo, Plantão da Construção Civil - Colégio Atibaia) e buscou incentivar os participan-tes de cada evento a tirar uma foto conforme sugestão do Banco Mun-dial. As fotos que estão sendo re-tiradas estão sendo publicadas no jornal, buscando manter a Campa-nha sempre ativa.

www.folhamulher.com.br

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Os Ministérios da Mulher Adventis-ta não são recentes. Sua história se inicia em 1898, ano em que a Sra. Sarepta Myranda Irish Henry, enco-rajada por Ellen G. White, liderou o departamento dos ministérios da mulher na Igreja Adventista.

Pouco depois, criou-se União de Temperança das Mulheres Cristãs (UTMC).

Em 1898, a mesma Sra. Sarepta, elaborou um plano chamado de “ministério da mulher”. De costa a costa dos Estados Unidos e Canadá ela apresentou palestras dando ên-fase ao papel da mãe na educação moral da sociedade.

Em 4 de outubro de 1901, o Con-cílio Anual da Igreja Adventista do Sétimo Dia Mundial, votou a aber-tura do Departamento dos Ministé-rios da Mulher.

As principais missões dos Minis-térios da Mulher Adventista Base-ado são as de manter, encorajar e desafiar as mulheres da igreja, com o intuito de nutrir, capacitar e evangelizar. O Ministério da Mulher Adventista da Igreja Adventista do Sétimo Dia promove em oito paí-ses da América do Sul, (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador, Para-guai, Peru e Uruguai) desde o ano de 2002, o projeto “Quebrando o Silêncio”.

Este projeto é um projeto educati-vo e de prevenção contra o abuso e a violência doméstica.

A cada ano esta campanha tem uma ênfase diferente, mas o funda-

mento consiste em conscientizar as pessoas sobre o respeito às mulhe-res, às crianças e aos idosos.

A campanha se desenvolve duran-te todo o ano, mas uma das suas principais ações ocorre sempre no quarto sábado do mês de agosto. Este é o “Dia de ênfase contra o abuso e a violência”, quando ocor-rem passeatas, fóruns, escola de pais, eventos de educação contra a violência e manifestações na Amé-rica do Sul.

Os principais objetivos deste proje-to são:

• Conscientizar a população em geral, em particular as crianças, mulheres e idosos sobre a impor-tância de pôr um basta à violên-cia, através do ensino de regras simples e eficazes de prevenção ao abuso.

• Orientar as famílias, pais e filhos, educadores e alunos sobre o as-sunto, levando esclarecimento quanto a seus direitos e alertan-do quanto à necessidade de que-brar o silêncio e buscar junto aos órgãos competentes o apoio ne-cessário.

• Promover a paz para um mundo melhor por meio da distribuição de panfletos, revistas e palestras, formando um padrão cultural de que a violência na família é ina-ceitável.

A razão da existência deste projeto é a de resgatar os valores cristãos do amor e respeito ao próximo, for-

MINISTÉRIO DAMULHER ADVENTISTA

talecendo as famílias, que é facilita-dora da interiorização de valores.

Para o ano de 2013, a campanha Quebrando o Silencio busca cha-mar a atenção de pais e mães para a necessidade de auxiliar seu filho a conviver saudavelmente no mundo virtual, pois não podemos fugir dos avanços tecnológicos, mas precisa-mos utilizá-los de forma sábia para tirar proveito de todos os benefí-cios que eles nos oferecem, já que há uma preocupação com os peri-gos aparentemente ocultos deste novo mundo virtual, que se descor-tina diante dos olhos de crianças, juvenis e adolescentes.

http://adventistas.org/pt/mulher/

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O Parto do Princípio é uma rede formada essencialmente por mu-lheres. Mulheres que gestam, mu-lheres que parem, mulheres que pensam. Mulheres que crêem em seu direito e, acima de tudo, em sua capacidade de tomar para si as de-cisões a respeito de seus corpos, de sua saúde, de suas vivências.

Possuem como objetivo principal a retomada, pela mulher, do pro-tagonismo de seus processos de gestação, parto e pós-parto. São, a priori, uma rede que busca resgatar o direito de cada mulher da esco-lha informada: obter informações, tomar decisões conscientes com base nas informações obtidas e, fi-nalmente, assumir responsabilida-de sobre as decisões tomadas.

Para a Rede Parto do Princípio a gestação, o parto e a amamenta-ção são encarados como processos naturais, fisiológicos, instintivos, carregados de significado e beleza, e nos quais a mulher pode e deve assumir seu papel de protagonista. Buscam, com isso, valorizar o direi-to de cada mulher a vivenciá-los de forma inteira, consciente, empode-rada, e nossa luta é para que toda mulher que assim o deseje tenha essa oportunidade.

Possuem o intuito de formar uma rede de apoio e solidariedade onde encontre suporte cada mulher que alimente o desejo de retomar para si o protagonismo de sua gravidez, das decisões sobre seu corpo, de sua vida.

A proposta da Rede é oferecer apoio não apenas emocional, mas também prático para que obte-

PARTO DO PRINCÍPIO - MULHERES EM REDE PELA MATERNIDADE ATIVA

gestação e puerpério podem ser vividos. Sem falsos alarmes, sem medo, sem a ameaça virtual de que ‘algo’ pode dar errado.

A rede acredita em uma nova for-ma de gestar, de parir e de mater-nar. Acreditam que toda mulher pode e tem em si a força para fazer sua revolução particular.

O grupo trabalha através de uma lista de discussão, onde as partici-pantes se comunicam, articulam de-mandas e se dividem na realização das ações planejadas pelas áreas onde atuam: publicidade/divulga-ção, jurídico/administrativo, textos/conteúdo-científico e artes gráficas/desenvolvimento-da-marca.

A principal meta é a criação de uma ONG que represente “a voz das mu-lheres” na luta pela melhoria das condições de atendimento ao par-to no país.

nham sucesso em sua busca e des-cubram o infinito de possibilidades que oferece a maternidade ativa e consciente à mulher que se dispõe a tomar em suas mãos as rédeas de sua vida.

O diferencial da rede Parto do Prin-cípio está na sua própria configura-ção, pois se trata de um grupo for-mado essencialmente por usuárias, mulheres, mães.

A rede conta com a parceria de di-versos profissionais afinados com a proposta da retomada do protago-nismo pela mulher, para que estes profissionais possam prestar o de-vido auxílio na busca de informa-ções embasadas, bem como permi-tir suporte teórico.

É importante ressaltar que os ideais e valores não se baseiam apenas em verdades ou crenças pessoais, mas em evidências científicas, pa-râmetros médicos e diretrizes de-terminadas por organizações de credibilidade mundial como a OMS (Organização Mundial de Saúde).

Esta rede é formada, portanto, não por teorias, mas por pessoas. É for-mada por mulheres que vivencia-ram em suas próprias caminhadas e processos de aprendizado muitas das dificuldades e obstáculos que esperam ajudar outras a superar.

Para o Parto do Princípio é preciso re-significar o nascimento do Brasil e mudar a cultura do parto porque há muita violência imposta à ges-tante. São violências desnecessá-rias, vãs, vis. É preciso respeitar o ritmo natural e o simbolismo trans-formador do nascimento! É preciso mostrar a naturalidade com que

www.partodoprincipio.com.br

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REDE DE CCM´S - CENTROSDE CIDADANIA DA MULHER

A inauguração do primeiro Centro de Cidadania da Mulher na cidade de São Paulo em 19 de dezembro de 2005 (em Parelheiros), seguido de Itaquera, Perus e Capela do So-corro em 2006 e Santo Amaro em 2007, representou uma descentra-lização do atendimento às mulhe-res, chegando a territórios de maior vulnerabilidade social no municí-pio de São Paulo.

A Rede de CCM’s está hoje ligada à Secretaria Municipal de Política para as Mulheres e tem como obje-tivo além do atendimento á mulher em situação de violência, promover a autonomia econômica, social e o empoderamento das mulheres.

É um espaço de qualificação e for-mação em cidadania ativa, onde mulheres de diferentes idades, ra-ças e crenças possam se organizar e defender seus direitos sociais, eco-nômicos e culturais, além de pro-

por e participar de ações e projetos que estimulem a implementação de políticas de igualdade e poten-cializar, por meio de controle social, os serviços públicos existentes, de tal modo a atender às suas necessi-dades e da sua comunidade.

Tem como objetivo servir de espa-ço de referência em busca da igual-dade entre mulheres e homens na região onde se situem, bem como da articulação da sociedade civil para o exercício da cidadania ati-va da mulher, visando a ampliação dos seus direitos e das políticas de gênero para a melhoria da qualida-de de vida da mulher, sua autono-mia e participação na sociedade.

Oferece oficinas de atividades físi-cas como Tai Chi Chuan, Yoga, dan-ça de salão, expressão corporal. Ati-vidades de geração de renda como confecção de bijuterias  artesanato, customização, bordado, pintura em

tecido e manicure. Teatro com ex-pressão artística.

Desenvolve palestras com temas de interesse das mulheres, educação em direitos e controle social. Rodas de conversa sobre gênero e o papel da mulher, cursos de formação para usuárias, funcionários públicos e de serviços conveniados sobre Gênero e Violência contra a mulher.

O atendimento pode se dar através da apresentação espontânea da mulher ou mesmo por encaminha-mento de outro serviço da rede, havendo, a priori, um acolhimento e acompanhamento da demanda, sendo, assim, detectada de forma global. A Mulher será encaminha-da para atendimento psicológico, jurídico, de grupo ou para oficinas de acordo com sua demanda e sua vontade, visando seu fortalecimen-to e empoderamento para romper com o ciclo de violência.

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/

politicas_para_as_mulheres/centros_de_cidadania/index.

php?p=144281

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Entidade não governamental, de utilidade pública municipal, esta-dual e federal, situada em Campi-nas criada em 1980 atua no enfren-tamento à violência de gênero e intrafamiliar. Pioneira nessa atua-ção, uma vez que nos anos 80, nas cidades brasileiras não havia servi-ços especializados para mulheres, nem delegacias, nem equipamen-tos sociais como creches ou conse-lhos femininos.

Durante os anos 90, o SOSAMF atuou na luta contra a violência se-xual e desempenhou importante papel na implantação dos servi-ços de atendimento às vítimas de crimes desta natureza no CAISM, UNICAMP. A entidade também teve participação decisiva na criação da Delegacia de Defesa da Mulher em Campinas, assim como na criação do próprio abrigo para a mulher e seus filhos em iminente risco de vida junto à Prefeitura Municipal de Campinas.

A instituição, pelo pioneirismo e originalidade de sua metodologia, inspirou o trabalho de outras locali-

dades, prefeituras e entidades con-gêneres, tais como as cidades de Várzea Paulista, Jacareí, o Programa da Mulher da Prefeitura de Ipatin-ga, o Abrigo de Mulheres do Dis-trito Federal, Lideranças do ITESP e da ADITEP de Curitiba, que vieram em busca de suporte técnico para aplicar em seus serviços de saúde e assistência à mulher vítima de vio-lência, tendo contribuído também para a implantação de outros SOSs nas cidades de São José dos Cam-pos e Uberlândia.

Além de funcionar como um ban-co de dados para pesquisadores e estagiários que vêm realizar ali sua coleta de dados para suas pesqui-sas e seus TCCs, foram produzidas ao longo dos anos várias teses de mestrado e doutorado, algumas transformadas em livros, além da publicação de artigos científicos relacionados ao tema. Ao longo de sua história a entidade organizou eventos científicos regionais com a finalidade de troca de conhecimen-to e divulgação do saber na área.

Seu objetivo é promover a saúde relacional da mulher e sua família em situação de violência domés-tica numa perspectiva de gênero, através de programas e ações so-cioeducativas, terapêuticas e jurí-dicas.

Respeitando a violência domésti-ca como uma violação aos direi-tos humanos, tratam da mesma,

juntamente com a violência sexu-al, como um problema social e de saúde pública envolvendo a mu-lher e família, as instituições sociais e a comunidade, não perdendo o foco nas relações de gênero e dos papéis desiguais e discriminatórios em nossa sociedade.

Atuação, ainda, se dá pelo trabalho preventivo de combate à violência de gênero e intrafamiliar, que con-tribui para a redução dos níveis de violência urbana, estando ambas in-trinsecamente relacionadas. A insti-tuição freqüentemente é chamada para realizar palestras e oficinas em escolas, associações de moradores de bairro e instituições afins para refletir a questão dos papéis sexu-ais e a educação diferenciada e sua relação com a violência doméstica.

SOS AÇÃO MULHER E FAMÍLIA

www.sosmulherefamilia.org.br

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SOS Mulher, fundada em São Paulo, nasceu como resposta à demanda prioritária surgida  no II Congresso da Mulher Paulista, que ocorreu em Valinhos, em 1980. Nesse congres-so foram escolhidas duas deman-das prioritárias, luta contra violên-cia doméstica e contra o controle da natalidade.

O movimento feminista, já forte nessa época, participou em peso, com 150 feministas, 52 entidades e um público de aproximadamente 4 mil mulheres de todos os segmen-tos sociais. Após esse evento foram criadas entidades autônomas que tinham como objetivo atender as mulheres vítimas de violência, com um serviço voluntário de advoga-das e psicólogas.  Pela primeira vez o movimento feminista se abria ao atendimento do público.

Esse fato foi o início da luta para formulações de políticas públicas com recorte de gênero e foco na violência contra a mulher. A partir daí, seguindo o SOS Mulher em São Paulo, diversas entidades foram criadas em outros estados.

O atendimento do SOS Mulher abriu no dia seguinte à passeata organizada em protesto contra o assassinato de Eliane de Gram-mont, que o autor (ex-marido Lin-domar Castilho) queria justificar por se dizer “presa de intensa emo-ção”.   A entidade se mobilizou no acompanhamento do julgamento, participando e denunciando ativa-mente qualquer tentativa de ame-nizar o fato.

A ação no atendimento às vítimas

de violência permitiu descobrir a falta de estrutura, o mau atendi-mento nas delegacias, a diversida-de de formas de discriminação e violência.

Visando um acolhimento de qua-lidade, foram realizadas diversas parcerias com outros órgãos, como OAB, através OAB Mulher, e ADVB, com oferecimento de orientação jurídica e bolsa emprego para as mulheres. Ainda, representando a diversidade de formas de violên-cia, foi organizada uma peça teatral apresentada em diversos bairros - principalmente de periferia - e eventos.

A força do SOS Mulher era com-provada com as denúncias à mídia cada tipo diferenciado de violência e, em muitas situações, com a anu-

ência das denunciantes, foram or-ganizadas manifestações públicas sobre o tema e tipo de violência. Entre elas, importante ressaltar a passeata denunciando o assassina-to impune de cinco prostitutas do Brás.

A organização durou três anos e atendeu aproximadamente três mil mulheres com recurso das próprias militantes. Nesse período lutou pela instituição da primeira delega-cia da mulher em São Paulo, o que se efetivou em 1985.

Essa primeira ação do movimento feminista criou para acompanhar sua luta músicas, cantorias, pala-vras de ordem (o silêncio é cúm-plice da violência; quem ama não mata e outras).

SOS MULHER

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Núcleo Especializado de Promoçãoe Defesa dos Direitos da Mulher

Rua Boa Vista, nº 103, 10º andar.Telefone (11) 3101.0155 ramais 233/238