camellones: técnica ancestral para o cultivo agrícola

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01 CAMELLONES Técnica ancestral para o cultivo agrícola// BENIBOLIVIA MARÇO-ABRIL 2008 CAMELLONES: TÉCNICA ANCESTRAL PARA O CULTIVO AGRÍCOLA Fazendo a diferença

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Publicação da série "Fazendo a Diferença", escrita e editada por mim.

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01CAMELLONES Técnica ancestral para o cultivo agrícola//

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NIB

OLI

VIA

MARÇO-ABRIL 2008

CAMELLONES:

TÉCNICA ANCESTRAL PARA O CULTIVO

AGRÍCOLA

Fazendo a diferença

03CAMELLONES Técnica ancestral para o cultivo agrícola//

TRINIDAD: A CIDADE DAS CHUVAS INTERMINÁVEIS

Inundações e seca. Esta é a realidade que os moradores do departamento de Beni, no nordeste da Bolívia, devem enfrentar quase todos os anos. A Oxfam está apoiando a população local para que esteja melhor preparada para esta realidade. Um dos projetos apoiados resgata uma tecnologia ancestral que permite produzir alimentos de forma sustentável e adaptada à dinâmica climática local.

//www.oxfam.org.uk02

A cidade de Trinidad, capital do departamento boliviano de Beni, está situada em uma região tropical no coração da Amazônia, mar verde que ainda cobre quase um terço da América do Sul. Os 120 mil

habitantes de Trinidad se dedicam principalmente à pecuária e à agricultura, duas atividades que fazem de Beni uma espécie de celeiro de toda Bolívia. É uma das regiões com maior biodiversidade no mundo, e também muito quente, tanto no sentido climático como por seu povo muito acolhedor. “Aqui vivemos muito bem”, comenta o trabalhador de uma lanchonete local. “Não há violência, como em outros lugares, e procuramos trabalhar e progredir.”

Trinidad, assim como outras cidades de Beni, tem uma outra característica muito particular: cada certo tempo fica completamente inundada em conseqüência das chuvas que caem todos os anos na região1. Normalmente os rios e lagoas transbordam, cobrindo as estradas e afetando as plantações e as criações de gado. Por isso, Trinidad é cercada por diques, como os que existem na Holanda para evitar o avanço do mar.

Mas em fevereiro de 2007, os diques não foram suficientes para salvar a cidade da subida interminável de água. A mesma situação se repetiu em fevereiro de 2008. Trinidad, assim como toda a região, foi completamente inundada. Praticamente de uma hora para outra, milhares de famílias foram afetadas, perdendo hortas, plantações, gado e moradias.

Trinidad -

BENI

Uma técnica do passado que traz esperança para

um futuro melhor

ÓSCAR SAAVEDRAInvestigador de Beni, Bolivia

Os 120 mil habitantes de Trinidad se dedicam principalmente à pecuária e à agricultura, duas atividades que fazem de Beni uma espécie de celeiro de toda Bolívia.

1 Efetivamente as inundações anuais ocorrem em toda a Amazônia, por períodos de dois a três meses, e formam parte de um ciclo que mantém a vitalidade desse ecossistema. Este fenômeno ocorre em toda a Amazônia, inundando entre 15% e 50% do território - de janeiro e março de cada ano – dependendo da intensidade das chuvas, a topografia e a localização em toda a extensão dos diferentes afluentes da bacia hidrográfica do Amazonas.

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A PRESENÇA DA OXFAM

Foi pensando no futuro, e no fato de que as inundações formam parte de um processo natural na região, que a Oxfam – enquanto continuava oferecendo ajuda humanitária à região em emergência – iniciou um programa de preparação frente a desastres naturais.

F oi neste contexto que uma técnica ancestral ressurgiu trazendo

informação vital para garantir um futuro melhor.

Esta parte da história começa com os vôos que Roger Quiroga fez para determinar a extensão do desastre provocado pelas inundações de fevereiro de 2007, em Beni. Roger percebeu a existência de um intrincado conjunto de linhas, canais, ilhas e lagoas ligadas entre si, que podiam ser vistas até o horizonte e se espalhavam de forma geométrica sobre uma área de um milhão de hectares (equivalente a um milhão de campos de futebol).

Roger procurou investigar estes padrões lógicos, aparentemente construídos por mãos humanas, e que recordavam os extraordinários desenhos delineados sobre a terra em Nasca, no Peru. O funcionário humanitário da Oxfam acabou conhecendo a Oscar Saavedra, quem há anos já estava estudando a região, numa continuação das investigações de seu mentor, o científico norte-americano Kenneth Lee.

Conforme Lee e Saavedra, muito antes da chegada dos espanhóis a esta parte “Novo Mundo”, teria existido uma cultura avançada para sua época – conhecida como a Cultura do Gran Paititi ou Gran Moxos -, que compreendeu a dinâmica da natureza na região, encontrando a forma de tirar proveito das inundações e das secas que afetam a região de Beni, para implantar um sistema de agricultura que garantia colheitas permanentes,

independentemente das condições climáticas.

CONHECIMENTO ANCESTRAL, BEM-ESTAR PARA O HOJE E PARA O AMANHÃ

O ciclo da vida se encontra com o ciclo da história e do passado surgeinformação vital para assegurar um futuro melhor.

//www.oxfam.org.uk04

D epois das enchentes de 2007 a Oxfam, junto com outras organizações não governamentais, procurou dar ajuda humanitária imediata aos afetados pela inundação. Naquela época foram

montados dois acampamentos para atender a 13,200 pessoas, fornecendo-lhes albergues temporais com todos os serviços, e também cumprindo com os padrões internacionais. Os animais domésticos também foram atendidos com a implantação de um abrigo temporal especialmente construído para eles, incluindo atendimento veterinário com o apoio da ONG SOS animal.

Desde o ponto de vista logístico, “foi realmente muito difícil”, explica Roger Quiroga, Oficial Humanitario da Oxfam: “Tivemos que montar toda a estrutura no meio da chuva torrencial. Houve noites muito difíceis, nas quais a equipe tinha vontade de chorar, mas no final conseguimos realizar o trabalho em um tempo recorde de 13 dias.”

Durante quatro meses de 2007, o acampamento foi um lugar de esperança para uma parte das pessoas que havia perdido tudo com a inundação. Nos acampamentos eles tinham um lugar seguro para se recuperar do trauma e tentar se organizar para o futuro, que naquele momento parecia incerto.

Foi pensando no futuro, e no fato de que as inundações formam parte de um processo natural na região, que a Oxfam – enquanto continuava oferecendo ajuda humanitária à região em emergência – iniciou um programa de preparação frente a desastres naturais.

A questão é simples: devemos ajudar às pessoas imediatamente para que possam sobreviver ao desastre. Mas o que acontece depois, quando voltam para suas casas ou chácaras e têm que

enfrentar a dura realidade de reconstruir tudo, muitas vezes do nada, começando de zero? E como garantir que as pessoas estejam melhor preparadas para enfrentar o mesmo fenômeno no futuro, sem ter de passar pela mesma experiência amarga?

ROGER QUIROGA - oficial humanitario de Oxfam

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P ara obter resultados, os habitantes dessa cultura desenvolveram um sofisticado sistema de lombas, canais, diques e lagoas que serviam para habilitar extensas áreas de cultivo em zonas elevadas, chamadas atualmente “camellones”

(porque se assemelham ao lombo de um camelo).

Este sistema permitiu que a população local pudesse subsistir em uma região sujeita as constantes inundações, além de preservarem sua produção agrícola. Assim, as pessoas da cultura habitavam sobre lombas naturais e artificiais que atualmente se destacam no horizonte plano da região.

Uma intrincada rede de canais e diques foi criada para servir de via de comunicação entre as lombas, controlar o fluxo de água e gerar material orgânico suficiente para enriquecer as terras dos “camellones” e garantir uma produção agrícola permanente.

“Conforme os dados arqueológicos, as lombas mais antigas foram construídas aproximadamente 1.200 antes de Cristo”, explica Saavedra. “Kenneth Lee estimou que existam quase cinco mil quilômetros lineares de terraplenos ou diques estendidos por toda a geografia beniana. Cada um pode medir de 4 a 8 metros de largura e perto de 1.5 metros de altura. O mais extenso chega aos 60 km de extensão, e atravessa montes, pampas, e rios.”

Todo este conhecimento se perdeu e o sistema de camellones foi abandonado quando a civilização que o desenvolveu desapareceu aproximadamente no século XI d.C. Várias teorias procuram explicar este desaparecimento. A mas aceita a relaciona a algum evento climático de longa escala: talvez um fenômeno como o El Niño de grandes proporções.

A NATUREZA COMO ALIADA

... as lombas mais antigas foram construídasem cerca de 1.200 a.C.

sofisticado sistema de lombas, canais, diques e lagoas que serviam para habilitar extensas áreas de cultivo em zonas elevadas.camellones:

K enneth Lee estudou por muitos anos o sistema dos camellones e achava que ele poderia ser reproduzido atualmente para ajudar a população a lidar de forma sustentável com as

condições climáticas locais. Quando o científico morreu, Óscar Saavedra assumiu seu trabalho.

Em Trinidad há um museu com o nome do científico americano. Aí, um grupo de voluntários liderados por Óscar implementou uma réplica do sistema de camellones para descobrir como funciona com o objetivo de desenvolvê-los nas comunidades interessadas.

Após 16 anos de investigações e seis anos de experiências práticas Óscar Saavedra descobriu que para que os camellones sejam sustentáveis deve ser mantida uma correlação de equilíbrio entre o seu tamanho e altura e a largura e profundidade dos canais que os rodeiam. Com isso se desenvolvem as condições ideais para que as plantas aquáticas e peixes se multipliquem gerando, ao mesmo tempo, a biomassa que servirá de adubo para a área de plantações nos camellones.

“É um sistema muito engenhoso porque garante a transferência de energia e fecundidade da água para a terra”, explica Óscar. “A civilização que existiu nesta região há muitos séculos percebeu que o segredo para ter produção permanente não estava na terra, que aqui é muito pobre, mas sim na água. Por isso investiram tanto tempo e esforço para compreender como funcionava o sistema das secas e das inundações e se adaptar para tirar proveito desta dinâmica”.

Quando Roger Quiroga conheceu melhor os detalhes da história, percebeu que havia um enorme potencial para o trabalho de preparação frente a desastres naturais que a Oxfam começava a desenvolver na região.

“Nosso desafio permanente nas regiões como estas é o de garantir as condições para que a população seja capaz de enfrentar as dinâmicas naturais para minimizar os efeitos de desastres como o que ocorreu em fevereiro de 2007 e que se repetiu em 2008. As secas e as inundações são parte da realidade da região, se repetem praticamente todos os anos, como já sabiam os habitantes pré-colombianos, e todos devem estar preparados para isso”, explica Roger Quiroga.

UM SISTEMA PRODUTIVO

“A civilização que existiu nesta região há muitos séculos percebeu que o segredo para ter produção permanente não estava na terra, que aqui é muito pobre, mas sim na água. Por isso investiram tanto tempo e esforço para compreender como funcionava o sistema das secas e das inundações e se adaptar para tirar proveito desta dinâmica”

Óscar Saavedra explica a Roger Quiroga

//www.oxfam.org.uk08 09CAMELLONES Técnica ancestral para o cultivo agrícola//

“Desde o início estava muito curiosa porque nos disseram que desta forma nossos antepassados conseguiam cultivar, apesar das inundações. Queria ver si funcionava, e agora vejo com orgulho como nossos esforços estão dando frutos.”

P or isso, a Oxfam decidiu apoiar a iniciativa de Óscar Saavedra de implementar uma experiência inicial de reprodução do sistema de camellones junto com a comunidade de Loma Suárez, situada próximo a 12 quilômetros de Trinidad.

Aí, a população local, animada e assessorada por Óscar Saavedra, e com equipamentos emprestados pela prefeitura, implantou quatro camellones cercados por mini sistemas de canais, onde estão plantando banana, milho, mandioca, cana-de-açúcar

e abacaxi. A partir de março de 2008 já estarão obtendo suas primeiras colheitas. Um aspecto interessante é o fato de que estes camellones são frutos de um trabalho em conjunto da comunidade, e os cultivos e benefícios gerados

serão compartilhados equitativamente na comunidade, composta por 50 famílias.

Depois de conhecer os detalhes do projeto, a reação inicial dos moradores foi de surpresa e ceticismo, mas quando souberam que se tratava de uma tradição ancestral esquecida, se sentiram orgulhosos.

Martha Barba Ruiz, uma líder da comunidade, explica que a primeira reação de muitas pessoas era de desconfiança: poucos acreditavam que o sistema de camellones funcionaria realmente. Mas, com o desenvolvimento do projeto e seus primeiros resultados, as dúvidas iniciais desapareceram.

EXPERIÊNCIA VIVENCIAL

“E stamos muito felizes pelos resultados. Toda a comunidade foi beneficiada e logo teremos uma área comum que vai produzir as sementes que necessitamos para plantar em nossas

chácaras. Outras comunidades vêm para conhecer nosso projeto, eles adoram e comentam que também querem implementá-lo.”

Yenny Noza tem uma pequena chácara em Loma Suárez e lembra como perdeu toda sua produção nas inundações de fevereiro de 2007. Mas, graças a uma doação de sementes da Oxfam, Yenny foi capaz de voltar a plantar em sua chácara e agora participa no projeto comunitário dos camellones. “Desde o início estava muito curiosa porque nos disseram que desta forma nossos antepassados conseguiam cultivar, apesar das inundações. Queria ver si funcionava, e agora vejo com orgulho como nossos esforços estão dando frutos.”

Como explica Óscar Saavedra, “este sistema cria um balance entre as estações de seca e de inundações que afetam regularmente a região de Beni, permitindo que a população local se adapte à realidade da natureza, ao invés de desafiá-la. Isto foi questionado por vários científicos, mas aqui estamos comprovando que

realmente funciona para a realidade de Beni.”

Se a iniciativa for bem-sucedida, como parecem demonstrar os primeiros resultados, Roger Quiroga e Óscar Saavedra acreditam que a tecnologia dos camellones poderia ser adaptada em regiões similares e, frente a climas mais adversos, ser uma resposta para a redução de riscos de desastres.

“É realmente apaixonante que uma tecnologia que tinha ficado esquecida por tanto tempo, possa ser resgatada e sirva como uma solução sustentável para os moradores desta região, que têm de enfrentar anualmente os problemas gerados pelo ciclo climático. Acreditamos que no futuro outras comunidades se interessarão por repetir esta iniciativa”, comenta Roger Quiroga.

UM FUTURO MELHOR

“a primeira reação de muitas pessoas era de desconfiança, mas, com o desenvolvimento do projeto e seus primeiros resultados, as dúvidas iniciais desapareceram.” MARTHA BARBA RUIZ, líder da comunidade

YENNY NOZA, pobladora de Loma Suárez

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“Este projeto mostra que muitas vezes as soluções estão no conhecimento e na cultura tradicional das próprias populações indígenas. A única coisa que a Oxfam fez foi reconhecer que a resposta já estava lá e tivemos a capacidade e a audácia de “inovar” usando uma técnica que de fato tem como uns três mil anos de antiguidade. Ao promover a capacidade das comunidades para administrar tanto a seca como as inundações, o projeto pode contribuir com uma solução sustentável para salva-guardar os vulneráveis meios de vida locais”.SIMON TICEHURSTGerente de Programa da Oxfam GB na Bolívia

P ara ajudar a população local a estar melhor preparada para futuras situações de emergência, como a ocorrida em fevereiro de 2007, a Oxfam está desenvolvendo, paralelamente com a ação de ajuda humanitária, um programa de preparação e outro de prevenção.

O primeiro conta com o apoio da ECHO (o Escritório de Ajuda Humanitária da União Européia), enquanto que o segundo é financiado pela União Européia, por meio do Projeto PREDECAN (Prevenção de Desastres na Comunidade Andina). Ambos os programas buscam capacitar a comunidade para as autoridades e para as organizações locais para que possam enfrentar inteligentemente futuros desastres naturais.

Como complemento a estas iniciativas, a Oxfam decidiu criar um novo programa – utilizando recursos próprios e outros fundos arrecadados – que tem como objetivo a implementação de projetos que beneficiem a comunidade em três áreas estratégicas: distribuição de água potável e saneamento básico, meios de vida para a população vulnerável, e um programa de incidência e campanhas.

Roger Quiroga, da Oxfam, explica: “A idéia é ter uma espécie de banco de iniciativas exitosas que possam ser implementadas rapidamente pelas comunidades, para garantir que estejam preparadas para enfrentar futuras crises humanitárias. O apoio da Oxfam ao projeto de camellones está dentro desta estratégia.”

PREPARAÇÃO E PREVENÇÃO FRENTE A DESASTRES

Oxfam decidiu criar um novo programa – utilizando recursos próprios e outros fundos arrecadados – que tem como objetivo a implementação de projetos que beneficiem a comunidade em três áreas estratégicas: distribuição de água potável e saneamento básico, meios de vida para a população vulnerável, e um programa de incidência e campanhas.//www.oxfam.org.uk10

C om o esquecimento do sistema de camellones a maneira mais comum de preparar a terra para a agricultura foi, desde tempos coloniais, a limpeza da área de cultivo com o uso das queimadas,

que destróem a cobertura florestal, contaminam o meio ambiente e afetam a saúde do solo em longo prazo. A seguir um quadro comparativo entre a produção média usando os dois sistemas (queimadas e camellones):

CORTE E QUEIMADA CAMELLONES

Milho: 1,400 quilos / hectare

Mandioca: 9 mil quilos por hectare

Produção começa a decair aos três anos com o empobrecimento do solo.

Milho: 5 mil quilos

Mandioca: 25-30 mil quilos

Produção continua indeterminadamente porque o solo é “fertilizado” pela água.

//www.oxfam.org.uk012

A Oxfam GB é uma organização independente que trabalha com organizações, comunidades e grupos de pessoas em más de 80 países, com o objetivo de

encontrar soluções definitivas para a pobreza e diminuir o sofrimento ocasionado pelas emergências humanitárias.

A Oxfam GB foi fundada na cidade de Oxford (Inglaterra) em 1942 e desenvolve programas na América do Sul há mais de 40 anos. Atualmente conta com escritórios no Brasil, na Bolívia, no Chile, na Colômbia e no Peru.

A Oxfam trabalha em diversos níveis (de local a global) executando programas de desenvolvimento e humanitários, campanhas públicas e ações de incidência. Estas atividades combinadas são implementadas para que se reforçem mutuamente e para produzir as mudanças necessárias para erradicar a pobreza, de forma permanente e sustentável.

A Oxfam GB é membro de Oxfam Internacional, uma confederação de 13 organizações não governamentais que trabalham em conjunto com 3,000 organizações locais em mais de 100 países, para encontrar soluções definitivas para a pobreza, o sofrimento e a injustiça.

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A Oxfam trabalha em conjunto com organizações, comunidades e populaçãolocal para encontrar soluções definitivas

para a pobreza e para diminuir osofrimento causado por situações de

emergências humanitárias.

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