cÂmara municipal de lagoa -...

188
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02 PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015 Página 1 de 241 Lquadro 31 Equipa Técnica Realização CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA PLANO DE EMERGÊNCIA MUNICIPAL DE LAGOA Plano Emergência Municipal do Concelho de Lagoa Relatório Fase 1 - Anexos 1 2013

Upload: ngotuong

Post on 11-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 1 de 241

Lquadro 31

Equipa Técnica

Realização

CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA

PLANO DE EMERGÊNCIA MUNICIPAL DE LAGOA

Plano Emergência Municipal do Concelho de Lagoa

Relatório Fase 1 - Anexos 1

2013

Page 2: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 2 de 241

EQUIPA TÉCNICA

Realização

Rua Engenheiro José Cordeiro, n.º 6

9504-522 Ponta Delgada

Dr. Armando Amaral

Câmara Municipal de Lagoa

Largo D. João III

Page 3: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 3 de 241

SIGLAS

– AHBVPD: Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta

Delgada;

– ANPC: Autoridade Nacional de Proteção Civil;

– BVPD: Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada;

– CIVISA: Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores;

– CMPC: Comissão Municipal de Proteção Civil;

– CML: Câmara Municipal de Lagoa;

– CNE: Corpo Nacional de Escutas;

– COS: Comandante das Operações de Socorro;

– CRPL: Centro de Registo, Pesquisa e Localização;

– CVARG: Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos da

Universidade dos Açores;

– EDA: Eletricidade dos Açores, SA;

– GI: Gabinete de Imprensa;

– GNR: Guarda Nacional Republicana;

– HDES: Hospital do Divino Espírito Santo;

– IM: Instituto de Meteorologia;

– IDSA: Instituto para o Desenvolvimento Social dos Açores;

– LREC: Laboratório Regional de Engenharia Civil;

– OCS: Órgãos de Comunicação Social;

– OVGA: Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores;

– PDM: Plano Diretor Municipal;

– PMEPCL: Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Lagoa;

– PMOT: Plano Municipal de Ordenamento do Território;

– PRE: Plano Regional de Emergência;

– PROTA: Plano Regional de Ordenamento do Território dos Açores;

– POOC: Plano de Ordenamento da Orla Costeira;

– PSP: Polícia de Segurança Pública;

– PT: Portugal Telecom;

– RTP/A: Rádio e Televisão de Portugal Açores;

Page 4: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 4 de 241

– SCMSA: Santa Casa da Misericórdia de Santo António;

– SEF: Serviço de Estrangeiros e Fronteiras;

– SFSM: Serviços Florestais de São Miguel;

– SIG: Sistemas de Informação Geográfica;

– SIOPS: Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro;

– SMPC: Serviço Municipal de Proteção Civil;

– SRCTE: Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos;

– SRPCBA: Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores;

– TO: Teatro de Operações;

– UA: Universidade dos Açores;

– USL: Unidade de Saúde de Lagoa;

– ZA: Zona de Apoio;

– ZAP: Zona de Acolhimento Primário;

– ZCL: Zona de Concentração Local;

– ZCR: Zona de Concentração e Reserva;

– ZI: Zona Industrial;

– ZRI: Zona de Reunião e Irradiação;

– ZRR: Zona de Receção de Reforços;

– ZS: Zona de Sinistro.

Page 5: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 5 de 241

ÍNDICE

EQUIPA TÉCNICA ................................................................................................................... 2

SIGLAS ................................................................................................................................. 3

ÍNDICE .................................................................................................................................. 5

ÍNDICE DE QUADROS .............................................................................................................. 7

ÍNDICE DE FIGURAS ............................................................................................................... 9

PARTE I – ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO .................................................................... 10

1. Introdução ................................................................................................................... 11

2. Âmbito de Aplicação ................................................................................................... 12

3. Objetivos Gerais ......................................................................................................... 12

4. Enquadramento Legal................................................................................................. 13

5. Antecedentes do Processo de Planeamento .............................................................. 14

6. Articulação com Instrumentos de Planeamento e Ordenamento do Território ............. 14

7. Ativação do Plano ....................................................................................................... 16

7.1. Competência para a Ativação do Plano ............................................................... 17

7.2. Critérios para a Ativação do Plano ....................................................................... 18

8. Programa de Exercícios .............................................................................................. 20

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA .............................................................................. 26

1. Conceito de Atuação .................................................................................................. 27

2. Execução do Plano ..................................................................................................... 30

2.1. Fase de Emergência ................................................................................................... 32

2.2. Fase de Reabilitação .................................................................................................. 37

3. Articulação e Atuação de Agentes, Organismos e Entidades...................................... 38

PARTE III – ÁREAS DE INTERVENÇÃO .................................................................................... 52

1. Administração de Meios e Recursos ........................................................................... 53

2. Logística ..................................................................................................................... 57

3. Comunicações ............................................................................................................ 70

4. Gestão da Informação ................................................................................................ 76

Page 6: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 6 de 241

5. Procedimentos de Evacuação .................................................................................... 81

6. Manutenção da Ordem Pública ................................................................................... 86

7. Serviços Médicos e Transporte de Vítimas ................................................................. 88

8. Socorro e Salvamento ................................................................................................ 92

9. Serviços Mortuários .................................................................................................... 94

10. Protocolos ................................................................................................................... 98

PARTE IV – INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR ......................................................................... 100

Secção I........................................................................................................................... 101

1. Organização Geral da Proteção Civil na Região Autónoma dos Açores ................... 101

2. Mecanismos da Estrutura de Proteção Civil .............................................................. 101

Secção II .......................................................................................................................... 110

1. Caracterização Geral ................................................................................................ 110

2. Caracterização Física ............................................................................................... 116

3. Caracterização Socioeconómica ............................................................................... 117

4. Caracterização das Infraestruturas ........................................................................... 126

5. Caracterização do Risco ........................................................................................... 129

6. Cenários ................................................................................................................... 162

7. Cartografia ................................................................................................................ 185

Secção III ......................................................................................................................... 189

1. Inventário de Meios e Recursos ................................................................................ 189

2. Lista de Contactos .................................................................................................... 198

3. Modelos de Relatórios e Requisições ....................................................................... 199

4. Modelos de Comunicados ........................................................................................ 215

5. Lista de Controlo de Atualizações do Plano .............................................................. 216

6. Lista de Registo de Exercícios do Plano ................................................................... 218

7. Lista de Distribuição do Plano ................................................................................... 219

8. Legislação ................................................................................................................ 221

9. Bibliografia ................................................................................................................ 225

10. Glossário .................................................................................................................. 226

Page 7: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 7 de 241

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 - Exercícios de emergência de proteção civil ..................................................... 23

Quadro 2 - Objetivos específicos dos exercícios de emergência de proteção civil ............. 25

Quadro 3 - Contactos dos locais de funcionamento da CMPC ........................................... 29

Quadro 4 - Principais entidades intervenientes por tipologia de risco ................................ 36

Quadro 5 - Requisitos mínimos dos centros de acolhimento .............................................. 64

Quadro 6 - Expressões de mensagem ............................................................................... 75

Quadro 7 - Alfabeto fonético .............................................................................................. 76

Quadro 8 - Transmissão de horas...................................................................................... 76

Quadro 9 - Níveis de Avisos Meteorológicos ................................................................... 104

Quadro 10 - Critérios dos avisos meteorológicos ............................................................. 105

Quadro 11 - Número de habitantes na RAA, por ilhas ..................................................... 117

Quadro 12 - Número de habitantes na RAA, por concelhos ............................................. 118

Quadro 13 - População residente por freguesia entre os anos 2001 e 2011 .................... 118

Quadro 14 - População residente por freguesia ............................................................... 119

Quadro 15 - Densidade populacional em 2011 ................................................................ 119

Quadro 16 - Proporção de sexo feminino e masculino da população no concelho de Lagoa

........................................................................................................................................ 120

Quadro 17 - Estado Civil da população do concelho de Lagoa ........................................ 120

Quadro 18 - Grupo etário da população do concelho de Lagoa ....................................... 121

Quadro 19 - Quadro 19 – Habilitações da população do concelho de Lagoa ................... 122

Quadro 20 - Alojamento em 2011 .................................................................................... 123

Quadro 21 - Edifícios em 2011 ........................................................................................ 124

Quadro 22 - Indicadores demográficos referentes a 2010 ............................................... 124

Quadro 23 - Taxa de atividade em 2001 .......................................................................... 125

Quadro 24 - Taxa de desemprego em 2001 .................................................................... 125

Quadro 25 - Empresas por CAE em 200.......................................................................... 126

Quadro 26 - Perigos potencias no Município de Lagoa .................................................... 131

Quadro 27 - Critérios de definição dos graus de probabilidade ........................................ 132

Quadro 28 - Critérios de definição dos graus de gravidade ............................................. 134

Quadro 29 - Matriz de Risco – Grau de Risco .................................................................. 135

Page 8: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 8 de 241

Quadro 30 - Graus dos riscos associados aos perigos potenciais identificados no Município

de Lagoa .......................................................................................................................... 136

Quadro 31 - Atividade sísmica registada em São Miguel ................................................. 140

Quadro 32 - Inventário de Meios e Recursos ................................................................... 190

Quadro 33 - Locais de Reunião de Mortos ....................................................................... 196

Quadro 34 - Estabelecimentos hoteleiros no Município de Lagoa .................................... 196

Quadro 35 - Outros Estabelecimentos de Acolhimento Provisório ................................... 197

Quadro 36 - Centros de Acolhimento ............................................................................... 198

Quadro 37 - Lista de Contactos ....................................................................................... 199

Quadro 38 - Relatório Imediato de Situação .................................................................... 201

Quadro 39 - Relatório de Situação ................................................................................... 205

Quadro 40 - Relatório de Situação Geral ......................................................................... 210

Quadro 41 - Relatório Final .............................................................................................. 215

Quadro 42 - Requisição ................................................................................................... 215

Quadro 43 - Comunicado ................................................................................................. 216

Quadro 44 - Atualizações do PMEPCL ............................................................................ 217

Quadro 45 - Lista de Registo de Exercícios do PMEPCL ................................................. 218

Quadro 46 - Destinatários do PMEPCL ........................................................................... 219

Quadro 47 - Lista de Distribuição do PMEPCL ................................................................ 220

Page 9: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 9 de 241

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Estrutura dos meios operacionais de resposta à emergência…....…..............…31

Figura 2 – Meios do sistema de comunicações operacionais ………............................…...71

Figura 3 – Organograma do sistema de comunicações operacionais….….....................….74

Figura 4 – Identificação do Concelho da Lagoa no Arquipélago…………….…............….110

Figura 5 – Mapa de Lagoa………………………......................................................………110

Figura 6 - Mapa de Risco Sísmico…………………………….........................................…185

Figura 7 - Atividade Stromboliana/Hawaiana….........................................................…….185

Figura 8 - Erupções Freáticas e Freotomagmáticas…………............................….……….186

Figura 9 - Mapa de Risco de Movimentos de Massa………...…….…..............….…..……186

Figura 10 - Mapa de Risco de Erosão Hídrica……………...................................…………187

Figura 11 - Mapa de Risco de Tsunami, Galgamento do Mar, Cheias e

Enxurradas………..............................................................................................................187

Figura 12 - Mapa de declives...................................……................…………..…………….188

Figura 13 - Mapa Digital do Terreno…………………….…................…………….…………188

Page 10: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 10 de 241

PARTE I – ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO

Page 11: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 11 de 241

1. Introdução

O Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Lagoa, abreviadamente

designado por PMEPCL, é um documento que define as orientações relativamente

ao modo de atuação dos agentes de proteção civil, entidades e organismos de

apoio, bem como dos serviços e estruturas a empenhar em operações de proteção

civil. A reposição da normalidade das áreas afetadas constitui outro dos seus

objetivos, de forma a minimizar os efeitos de um acidente grave ou catástrofe sobre

as pessoas, bens e o ambiente.

O presente documento é um plano geral de emergência de proteção civil,

elaborado para enfrentar a generalidade das situações de emergência que se

admitem no âmbito territorial e administrativo do Município de Lagoa.

O PMEPCL deve ser revisto, no mínimo, bianualmente e aquando da perceção de

novos riscos ou da identificação de novas vulnerabilidades na área territorial do

Município de Lagoa. Na revisão do plano de emergência devem ser tidos em conta

os ensinamentos adquiridos com a sua aplicação em exercícios ou da sua ativação

em situações reais de emergência, bem como de informações decorrentes de

novos estudos ou relatórios de carácter técnico e científico.

A presente edição do plano geral de emergência de proteção civil destina-se a

conformar com o disposto na diretiva relativa aos critérios e normas técnicas para a

elaboração e operacionalização de planos de emergência de proteção civil,

aprovada pela Resolução n.º 25/2008 da Comissão Nacional de Proteção Civil.

O Presidente da Câmara Municipal é, por inerência, o Diretor do PMEPCL e

Presidente da Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC). Na sua ausência, o

seu substituto legal é o Vereador a tempo inteiro.

Page 12: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 12 de 241

2. Âmbito de Aplicação

O disposto no presente plano geral de emergência de proteção civil é aplicável à

área territorial do Município de Lagoa, a qual abrange 45,6 km², repartidos por 5

freguesias: Nossa Senhora do Rosário e Santa Cruz, constituem a sede do

concelho, Água do Pau, Cabouco e Ribeira Chã.

O PMEPCL destina-se a precaver e mitigar todos os riscos com origem natural e

tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente, sismos,

vulcões, cheias e inundações, deslizamentos de terras, colapso de estruturas,

incêndios urbanos e florestais, acidentes industriais, acidentes no transporte de

substâncias perigosas e acidentes graves de tráfego.

3. Objetivos Gerais

O PMEPCL tem os seguintes objetivos gerais:

– Providenciar, através de uma resposta concertada, as condições e os meios

indispensáveis à minimização dos efeitos adversos de um acidente grave ou

catástrofe;

– Definir as orientações relativamente ao modo de atuação dos vários

organismos, serviços e estruturas a empenhar em operações de Proteção Civil;

– Definir a unidade de direção, coordenação e comando das ações a

desenvolver;

– Coordenar e sistematizar as ações de apoio, promovendo maior eficácia e

rapidez de intervenção das entidades intervenientes;

– Inventariar os meios e recursos disponíveis para acorrer a um acidente grave

ou catástrofe;

– Minimizar as perdas de vidas e bens, atenuar ou limitar os efeitos de acidentes

graves ou catástrofes e restabelecer o mais rapidamente possível, as

condições mínimas de normalidade;

– Assegurar a criação de condições favoráveis ao empenhamento rápido,

eficiente e coordenado de todos os meios e recursos disponíveis num

Page 13: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 13 de 241

determinado território, sempre que a gravidade e dimensão das ocorrências o

justifique;

– Habilitar as entidades envolvidas no Plano a manterem o grau de preparação e

de prontidão necessário à gestão de acidentes graves ou catástrofes;

– Promover a informação das populações através de ações de sensibilização,

tendo em vista a sua preparação, a assunção de uma cultura de autoproteção

e o entrosamento na estrutura de resposta à emergência.

4. Enquadramento Legal

A legislação geral de âmbito da proteção civil que sustenta a elaboração do

PMEPCL é a seguinte:

– Resolução n.º 25/2008, de 18 de Julho da Comissão Nacional de Proteção Civil

- Define os critérios e normas técnicas para a elaboração e operacionalização

de planos de emergência de proteção civil;

– Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro - Define o enquadramento institucional e

operacional da proteção civil no âmbito municipal, estabelece a organização

dos serviços municipais de proteção civil e determina as competências do

comandante operacional municipal.

– Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de Julho - Sistema Integrado de Operações de

Proteção e Socorro (SIOPS). O Sistema Integrado de Operações de Proteção

e Socorro (SIOPS), conforme definido em diploma próprio, é o conjunto de

estruturas, normas e procedimentos que asseguram que todos os agentes de

proteção civil atuam, no plano operacional, articuladamente sob um comando

único, sem prejuízo da respetiva dependência hierárquica e funcional.

– Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho - Lei de Bases da Proteção Civil. A Lei de Bases

da Proteção Civil define os princípios, os objetivos e as orientações para a

atividade de Proteção Civil.

Page 14: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 14 de 241

5. Antecedentes do Processo de Planeamento

A primeira edição do Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil de Lagoa foi

aprovada pela Câmara Municipal em 22 de Abril de 1999 e aprovada pela

Assembleia Municipal em 29 de Maio de 1999. Este documento foi submetido ao

SRPCBA para apreciação, obtendo parecer favorável em Julho de 1999. O plano

nunca foi ativado, nem testado em exercícios ou simulacros.

O presente documento é a segunda edição do PMEPCL, revisão 01. Encontra-se

estruturado de acordo com os pressupostos emanados pela Resolução da

Comissão Nacional de Proteção Civil nº 25/2008, de 18 de Julho, que estabelece

os critérios e normas técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de

emergência de proteção civil. A revisão anterior, submetido a apreciação do

Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, não obteve parecer

favorável.

A presente edição do PMEPCL foi sujeito a consulta pública nas suas componentes

não reservadas, durante um período de 30 dias, que decorreu entre os dias 4 de

Março e 14 de Abril de 2014, não se verificando quaisquer contributos.

Posteriormente, a Comissão Municipal de Proteção Civil emitiu parecer favorável à

versão final deste Plano, tendo sido de seguida submetido a apreciação do Serviço

Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.

6. Articulação com Instrumentos de Planeamento e Or denamento do Território

A elaboração do PMEPCL foi efetuada de acordo com os instrumentos de

planeamento e ordenamento do território vigentes para a área territorial do

concelho de Lagoa, os quais são o Plano Regional de Ordenamento do Território

dos Açores, o Plano de Ordenamento da Orla Costeira da Costa Sul da Ilha de S.

Miguel e o Plano Diretor Municipal de Lagoa. Foram considerados os riscos

identificados nos respetivos instrumentos citados.

Page 15: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 15 de 241

Plano Regional de Ordenamento do Território dos Aço res (PROTA)

O Plano Regional de Ordenamento do Território dos Açores (PROTA), aprovado

pelo Decreto Legislativo Regional n.º 26/2010/A, de 12 de Agosto, é um

instrumento de gestão territorial que define a estratégia regional de

desenvolvimento territorial, e constitui o quadro de referência para a elaboração

dos planos municipais de ordenamento do território.

As questões relacionadas com a proteção civil e prevenção riscos são tidas em

conta no PROTA, sendo abordados vários riscos naturais e tecnológicos,

nomeadamente:

– Riscos geológicos e tectónicos, como sismos, vulcões e movimentos de massa,

dadas as características geotectónicas e geográficas do arquipélago dos

Açores, que permitem a ocorrência de situações de acidente grave ou catástrofe

relacionadas com estes riscos naturais;

– Riscos hidrometeorológicos, principalmente cheias e inundações, resultantes de

fenómenos de precipitação extrema, que frequentemente se registam no

arquipélago;

– Risco de erosão de zonas costeiras;

– Riscos tecnológicos, associados fundamentalmente a acidente no

armazenamento e transporte de combustíveis e substâncias perigosas.

Na elaboração do PMEPCL os riscos acima identificad os foram tidos em

conta.

No PROTA é feita referência para que a entidade regional com competências em

matéria de proteção civil publique no prazo de três anos, as cartas de risco

sísmico/geológico e a carta de riscos tecnológicos, bem como a legislação

específica sobre o regime de ocupação e transformação de áreas potencialmente

Page 16: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 16 de 241

afetadas pelos risos atrás mencionados. À data da elaboração do presente Plano

as cartas acima referidas não se encontravam disponíveis.

Plano de Ordenamento da Orla Costeira da Costa Sul da Ilha S. Miguel

O Plano de Ordenamento da Orla Costeira da Costa Sul da Ilha de São Miguel,

aprovado por Decreto Regulamentar Regional n.º 29/2007/A, de 5 de Dezembro,

identifica as áreas edificadas em zonas de risco, nomeadamente devido à erosão

costeira, bem como fenómenos naturais como as tempestades no mar, as

movimentações de terras e as cheias torrenciais, os quais são potenciadores de

riscos para as populações, para os ecossistemas e para o património edificado.

Preconiza medidas de salvaguarda destes, através de um correto ordenamento do

território.

Na elaboração do PMEPCL os riscos acima identificados foram tidos em conta.

Plano Diretor Municipal (PDM) de Lagoa

O Plano Diretor Municipal de Lagoa, aprovado em sessão da Assembleia Municipal

de 7 de Setembro de 2011, é constituído por diversos elementos, sendo os mais

relevantes para a elaboração do PMEPCL o Regulamento, a Planta de

Ordenamento do Concelho, Planta de Condicionantes e o Volume I – Atualização

da Caracterização do Território.

Esses elementos permitiram a identificação de áreas de risco, bem como

contribuíram para a caracterização do concelho, nomeadamente nas suas

componentes físicas, socioeconómicas e de infraestruturas.

7. Ativação do Plano

A ativação do PMEPCL deve ser efetuada apenas em casos de iminência ou

ocorrência de acidentes graves ou catástrofes, que pela sua dimensão e gravidade

justifiquem o acionamento de meios públicos e privados para fazer face às

situações de emergência.

Page 17: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 17 de 241

A ativação do PMEPCL visa assegurar a colaboração das várias entidades

intervenientes, garantindo a mobilização mais rápida dos meios e recursos afetos

ao plano e uma maior eficácia e eficiência na execução das ordens e

procedimentos previamente definidos.

As declarações de situação de contingência ou calamidade, quando abrangem o

Município de Lagoa, implicam a ativação do PMEPCL.

7.1. Competência para a Ativação do Plano

Compete à Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC) a ativação do PMEPCL.

Por razões de celeridade do processo, justificado pela natureza do acidente grave

ou catástrofe, e na impossibilidade de reunir de imediato todos os seus membros, a

sua ativação poderá ser deliberada com 1/3 dos elementos que a compõem, ou só

pelo Presidente de Câmara, sendo em ambos os casos posteriormente sancionada

pelo plenário da CMPC.

Os meios a utilizar para a publicitação da ativação do PMEPCL deverão ter em

conta a extensão territorial da emergência e a gravidade da situação. Deste modo,

poderão ser utilizados os seguintes meios:

– Site da Câmara Municipal de Lagoa (www.lagoa-acores.pt);

– Órgãos de Comunicação Social (RTP- A, rádios e jornais localizados na Ilha de

S. Miguel);

– Editais;

– Avisos sonoros e instruções difundidas por altifalantes dos veículos da Polícia

de Segurança Pública, dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada e viaturas

da Câmara Municipal;

– Telefone, telemóvel e e-mails.

Com a ativação do PMEPCL a CMPC inicia funções no apoio direto ao Diretor do

Plano, nomeadamente na coordenação técnica e operacional dos meios e recursos

a disponibilizar.

Page 18: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 18 de 241

A desativação do PMEPCL e consequente desmobilização operacional ocorrem

mediante deliberação da CMPC. A sua publicitação deve ser feita através dos

órgãos de comunicação social sediados em S. Miguel, através de editais e a

divulgação no sítio de Internet da Câmara Municipal de Lagoa.

7.2. Critérios para a Ativação do Plano

O PMEPCL deve ser ativado quando existe iminência ou ocorrência de uma

situação de acidente grave ou catástrofe, da qual se prevejam danos elevados para

as populações, bens, património, serviços, infraestruturas e ambiente, que

justifiquem a adoção imediata de medidas excecionais de prevenção ou de reação,

que não estejam expressas na atividade normal do serviço municipal de proteção

civil.

Os critérios a utilizar para fundamentar a ativação do Plano, estão relacionados

com a natureza dos acidentes graves ou catástrofes ou com os danos provocados

por tais situações.

Os critérios relacionados com a natureza dos acidentes graves e catástrofes são os

seguintes:

– Ocorrência sismos com efeitos destruidores ou de crises sísmicas;

– Iminência ou ocorrência de uma erupção vulcânica;

– Iminência ou ocorrência de ciclones e tempestades tropicais;

– Ocorrência de enxurradas e de inundações com efeitos destruidores;

– Iminência ou ocorrência de Tsunami.

– Queda de aeronave na área territorial do Município.

Os critérios mínimos de quantificação dos danos, para efeitos de ativação do

Plano, são os abaixo indicados por descritor.

Área territorial afetada:

– 25% da área urbana de uma freguesia.

Page 19: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 19 de 241

Na População (nº de vítimas) :

– Dez feridos;

– Cinco mortos;

– Cinco desaparecidos;

– Dez desalojados;

– Dez isolados.

Nos bens e património:

– Danos totais ou parciais em cinco habitações que inviabilizem a sua

utilização a curto prazo;

– Danos totais ou parciais em dois edifícios públicos, que inviabilizem a sua

utilização a curto prazo;

– Danos em edifícios e monumentos que apresentam risco iminente de

colapso total ou parcial.

Nos Serviços e Infraestruturas:

– Suspensão do fornecimento de água potável por um período superior a 24 h;

– Suspensão do fornecimento de energia por um período superior a 24 h;

– Suspensão do serviço de telecomunicações por um período superior a 48 h;

– Danos totais ou parciais em vias rodoviárias essenciais à atividade do

Município.

No Ambiente:

– Incêndios em zonas florestais com duração superior a 12 horas;

– Derrame de combustíveis por rotura de cisterna de camião;

– Derrame de derivados de petróleo na orla costeira do Município;

Page 20: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 20 de 241

Ocorrência de outras situações que, não estando previstas neste Plano, produzam

danos severos na atividade normal do Município e das populações, e que por

acordo da maioria dos membros da CMPC justifique a ativação do PMEPCL.

8. Programa de Exercícios

O PMEPCL deve ser regularmente treinado através de exercícios que simulam

acidentes graves e situações de calamidade previstas no mesmo.

A realização de exercícios de proteção civil tem como finalidade testar a

adequabilidade e operacionalidade do plano para os diferentes cenários de

situações de emergência, familiarizar e rotinar os intervenientes com os

procedimentos a adotar em situações reais de emergência, de modo a se obter e

manter a prontidão e eficiência de todos os agentes de proteção civil e garantir a

eficácia do plano.

Existem dois tipos de exercícios que podem ser efetuados:

– Comand Post Exercise (CPX ), que se realizam em contexto de sala de

operações e tem como Objetivos testar o estado de prontidão e a capacidade

de resposta e de mobilização de meios das diversas entidades envolvidas nas

operações de emergência;

– Live Exercise (LivEx) , que é um exercício de ordem operacional, no qual se

desenvolvem missões no terreno, com meios humanos e equipamento,

permitindo avaliar as disponibilidades operacionais e as capacidades de

execução das entidades envolvidas.

Os exercícios serão realizados com a periodicidade mínima bienal, alternadamente

do tipo CPX ou LivEx.

Após aprovação do presente plano será realizado um exercício no prazo máximo

de 180 dias.

A realização de exercícios poderá ser convocada pelo Diretor do Plano ou pela

Comissão Municipal de Proteção Civil.

Page 21: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 21 de 241

Os exercícios devem ser devidamente planeados e avaliados, de modo a introduzir

melhorias no presente Plano.

No processo de preparação do simulacro é fundamental a realização de um briefing

com a presença de todos os intervenientes, no qual deve ser transmitida a

informação abaixo indicada:

– O tipo de exercício a realizar;

– Os intervenientes;

– Os Objetivos;

– O enquadramento temporal (horas e tempo de duração do exercício);

– O enquadramento geográfico (local e área abrangida pelo exercício);

– A descrição do cenário;

– Os meios necessários;

– A descrição da estrutura de comando e controlo;

– Referência ao Guião do Exercício e a forma como os incidentes serão

injetados;

– A descrição do programa de observadores (forma como irão ser observados,

registados, e reportados todos dados relativos ao exercício);

– Sistema de comunicações entre os vários intervenientes;

– A descrição das regras de segurança do exercício;

– A informação pública a ser transmitida.

No final de cada exercício deve ser realizado um defriefing com a presença de

todos os intervenientes, com vista a analisar e avaliar as operações efetuadas na

resposta à situação de emergência, identificando essencialmente as falhas, os

aspetos a melhorar e a lições a reter para a melhoria do Plano e da realização de

exercícios futuros.

Page 22: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 22 de 241

As situações de emergência, o tipo de exercício, entidades e alguns dos recursos a

envolver nos possíveis exercícios a realizar no âmbito do PMEPCL encontram-se

no Quadro 1 .

Situação de emergência Tipo exercício Entidades Recursos

Sismo LivEx ou CPX

CMPC, SMPC; SRPCBA; BVPD; USL; PSP; IDSA; CNE; Exército e outras entidades e organismos de apoio.

Equipamento de escavação, camiões, autogruas, compressores, martelo demolidor, ambulâncias, viatura de desencarceramento, tendas, geradores, cozinha rodada, …

Erupção vulcânica

LivEx ou CPX

CMPC, SMPC; SRPCBA; BVPD; USL; PSP; IDSA; CNE; Exército e outras entidades e organismos de apoio.

Veículos de transporte coletivo, ambulâncias, tendas, banhos e sanitários.

Deslizamento de terras

LivEx ou CPX

CMPC, SMPC; SRPCBA; BVPD; USL; PSP; Exército e outras entidades e organismos de apoio.

Equipamentos de escavação, viaturas basculantes, material de desencarceramento, ambulâncias; material de escoramento;.

Ciclones e tempestades

LivEx ou CPX

CMPC, SMPC; BVPD; USL; PSP; e organismos de apoio.

Auto gruas, serras elétricas, material de desencarceramento, bombas de água, ambulâncias.

Enxurradas e inundações

LivEx ou CPX

CMPC, SMPC; BVPD; USL; PSP; IDSA; CNE; Exército e outras entidades e organismos de apoio.

Autotanques, bombas de água.

Tsunamis

LivEx ou CPX CMPC, SMPC; Autoridade Marítima; BVPD.

Veículos das entidades.

Incêndios Urbanos

LivEx ou CPX

CMPC, SMPC; BVPD; USL; PSP; e outras entidades e organismos de apoio.

Veículos de combate a incêndios, ambulâncias.

Incêndios Florestais

LivEx ou CPX CMPC, SMPC; BVPD. Veículos de combate a incêndios, ambulâncias.

Acidentes Industriais

LivEx ou CPX

CMPC, SMPC; BVPD; USL; PSP; e outras entidades e organismos de apoio.

Veículos de combate a incêndios, ambulâncias, equipamentos de descontaminação.

Acidentes rodoviários

LivEx ou CPX CMPC, SMPC; SRPCBA; BVPD; USL; PSP; Hospital.

Ambulâncias, viaturas de desencarceramento, material para limpeza e contenção de derrames.

Secas LivEx ou CPX CMPC, SMPC; BVPD; Exército.

Autotanques, depósitos.

Colapso de estruturas

LivEx ou CPX CMPC, SMPC; BVPD; PSP; LREC.

Equipamentos de escoramento e de demolição.

Page 23: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 23 de 241

Situação de emergência Tipo exercício Entidades Recursos

Epidemias LivEx ou CPX

CMPC, SMPC; BVPD; USL; PSP; e outras entidades e organismos de apoio.

Ambulâncias, instalações para tratamento e isolamento, máscaras e fatos de proteção.

Quadro 1 - Exercícios de emergência de proteção civil

Sem prejuízo de outros a serem definidos pelo Diretor do Plano, no Quadro 2

encontram-se descritos alguns exemplos de Objetivos específicos para os

exercícios de proteção civil.

Situação emergência Objetivos específicos

Sismos

• Testar as ações de socorro, busca e salvamento em cenários de

escombros;

• Avaliar a capacidade de requisição de equipamentos de escavação

para a desobstrução de vias de comunicação;

• Avaliar a ativação de centros de acolhimento;

• Verificar os procedimentos de evacuação e utilização de percursos

alternativos;

• Avaliar as ações de mortuária;

• Testar as comunicações por rádio;

• Avaliar a gestão de informação pública.

Erupção vulcânica

• Testar a evacuação das populações de uma localidade;

• Avaliar a capacidade logística de fornecimento de alojamento,

alimentação e agasalho às populações evacuadas;

• Testar a manutenção da ordem pública na localidade evacuada.

Movimentos de massa

em vertentes

• Testar a mobilização dos meios necessários para remoção,

estabilização de terras e redireccionamento de águas;

• Avaliar a capacidade de deteção de zonas instáveis;

• Testar o fornecimento de água potável e efetuar o controlo da

qualidade da água no ponto de saída dos equipamentos de purificação.

Ciclones e

tempestades

• Avaliar a interdição do acesso a zonas costeiras, saída de

embarcações e informação da população afetada;

• Avaliar a capacidade de recuperação, limpeza e remoção de destroços

das áreas afetadas, nomeadamente, de árvores de grande porte;

Page 24: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 24 de 241

Situação emergência Objetivos específicos

• Testar a capacidade de dotar instalações críticas de energia elétrica e

comunicações, em caso de interrupção do seu fornecimento;

• Testar a capacidade de bombeamento em zonas inundadas e avaliar a

capacidade de bombeamento de águas com lamas.

Enxurradas e inundações

• Testar a capacidade de evacuação de populações isoladas;

• Avaliar a capacidade de recuperação e limpeza das áreas inundadas.

• Testar a capacidade de bombeamento em zonas inundadas e avaliar

a capacidade de bombeamento de águas com lamas;

• Avaliar a ativação dos meios necessários para operacionalizar centros

de acolhimento e a eficiência da organização do acolhimento.

Tsunamis

• Avaliar a evacuação e interdição do acesso a zonas costeiras;

• Avaliar a informação da população afetada.

• Testar a coordenação com a Autoridade Marítima.

Incêndios

Urbanos

• Verificar as acessibilidades das viaturas dos bombeiros nos centros

urbanos, bem com a disponibilidade de água;

• Testar a capacidade de evacuação e isolamento num perímetro

urbano;

• Testar os Planos de Segurança Interno, nomeadamente dos

estabelecimentos de ensino, centro de dia e Centro de Saúde.

Incêndios

Florestais

• Testar a capacidade de fornecimento de água destinada a apoiar o

combate a incêndios;

• Testar as acessibilidades dos meios de combate a incêndios e de

evacuação de feridos.

Acidentes em estabelecimento

industrial

• Testar a capacidade para detetar e identificar substâncias químicas

perigosas na atmosfera;

• Verificar da capacidade para o combate a acidentes com substâncias

químicas perigosas e da capacidade de descontaminação;

• Avaliar a informação pública.

Acidentes

rodoviários

• Testar a capacidade de socorro e evacuação de acidentes com um

grande número de feridos;

• Avaliar a abertura de corredores de emergência;

• Testar o controlo do tráfego rodoviário, nomeadamente, com o seu

desvio para vias alternativas;

• Testar a utilização de equipamentos (remoção mecânica) e de

Page 25: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 25 de 241

Situação emergência Objetivos específicos

substâncias dispersantes no caso de se tratar de derrames de

petróleo e seus derivados;

• Avaliar e testar a capacidade de trasfega de materiais perigosos para

reservatórios/cisternas em caso de comprometimento da integridade

estrutural do reservatório inicial;

• Testar a limpeza e neutralização de substâncias perigosas na zona

afetada.

Colapso de estruturas

• Testar o isolamento do perímetro de segurança;

• Testar a colaboração com o LREC no escoramento do edifício.

Epidemias

• Testar medidas de isolamento de edifícios, áreas ou localidades para

controlo de epidemias;

• Testar a capacidade de evacuação e tratamento de um número

elevado de doentes;

• Avaliar as ações de mortuária.

Quadro 2 - Objetivos específicos dos exercícios de emergência de proteção civil

Page 26: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 26 de 241

PARTE II – ORGANIZAÇÃO DA RESPOSTA

Page 27: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 27 de 241

1. Conceito de Atuação

Na iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, o Presidente da

Câmara Municipal de Lagoa tenciona exercer as funções de responsável municipal

de proteção civil, de acordo com os seguintes princípios orientadores:

– Prioridade do desempenho das funções de âmbito de proteção civil sobre as

restantes, que lhe são inerentes;

– Prioridade ao socorro e assistência a pessoas em perigo, socorro a animais,

proteção de bens e valores culturais, ambientais de elevado interesse público,

por esta ordem;

– Desenvolver todos os esforços para facultar às entidades intervenientes nas

operações de socorro as condições indispensáveis à sua intervenção;

– Unidade de comando no plano operacional de todos os agentes intervenientes,

sem prejuízo da respetiva dependência hierárquica e funcional;

– Cooperação com os cidadãos, entidades públicas e privadas do concelho e

com o SRPCBA;

– Assegurar a divulgação das informações relevantes em matéria de proteção

civil.

A resposta a situações de emergência de proteção civil é feita de acordo com o

presente Plano, pelo Serviço Municipal de Proteção Civil e agentes de proteção

civil de âmbito municipal, sob a direção, coordenação e controlo, das entidades

abaixo indicadas, cujas principais atribuições são também referidas.

Direção – Presidente da Câmara Municipal de Lagoa é o Diretor do Plano, convoca

e preside à CMPC.

Coordenação – Comissão Municipal de Proteção Civil, determina o acionamento

do PMEPCL.

Comando – Comandante das Operações de Socorro, assume o comando das

operações de socorro.

Page 28: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 28 de 241

1.1. Comissão Municipal de Proteção Civil

A Comissão Municipal de Proteção Civil é um órgão de coordenação, que tem por

missão assegurar que todas as entidades e instituições de âmbito municipal

imprescindíveis às manobras de operação e socorro, emergência e assistência,

previsíveis ou decorrentes de acidentes graves ou catástrofes, que se articulem

entre si, garantindo os meios considerados adequados à gestão da ocorrência de

cada caso concreto.

Integram a Comissão Municipal de Proteção Civil os seguintes elementos:

– O Presidente da Câmara Municipal, que preside;

– Um elemento do comando dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada;

– O Delegado de Saúde;

– O Diretor da Unidade de Saúde de Lagoa (é por inerência o Delegado de

Saúde);

– O comandante da Esquadra da Lagoa da Polícia de Segurança;

– Um representante do Instituto da Segurança Social dos Açores;

– Um representante do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores;

– Um representante do Exército caso se verifique a sua participação nas

operações de proteção civil;

– Representantes de outros agentes de proteção civil, entidades e serviços,

implementados no município ou não, cujas atividades e áreas funcionais

possam, de acordo com os riscos existentes, intervir em as ações de proteção

civil.

Os presidentes de junta de freguesia podem participar nas reuniões e em todas as

ações da CMPC sempre que estejam em causa as respetivas áreas geográficas de

jurisdição.

Na iminência ou ocorrência de um acidente grave ou catástrofe que afete todo ou

parte do Município, a CMPL é ativada por decisão do Diretor do Plano ou, na sua

ausência ou impedimento, pelo vereador substituto.

Page 29: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 29 de 241

A ativação da CMPC deve ser comunicada de imediato ao SRPCBA.

As competências da CMPC são as seguintes:

– Acionar a elaboração do plano municipal de emergência, remetê-lo para

aprovação pelo SRPCBA e acompanhar a sua execução;

– Determinar o acionamento do Plano, quando tal se justifique;

– Garantir que as entidades e instituições que integram a CMPC acionem, ao

nível municipal, no âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os

meios necessários ao desenvolvimento das ações de proteção civil;

– Efetuar exercícios e treinos que contribuem para a eficácia dos agentes,

entidades e organismos de apoio intervenientes em ações de proteção civil;

– Difundir comunicados e avisos às populações e às instituições, incluindo os

órgãos de comunicação social.

O local principal de funcionamento da CMPC é no edifício dos Paços do Concelho

de Lagoa, e o local alternativo de funcionamento é o Parque Municipal de

Máquinas, sito ao Caminho da Guia, na freguesia de Nossa Senhora do Rosário.

Os contactos do local principal e alternativo de funcionamento da CMPC são os

indicados no Quadro 3 .

Principal

Telefone 296 960 600

Telemóvel 916 782 323

E-mail [email protected]

Alternativo

Telefone 296 960 600

Telemóvel 910 021 680

E-mail [email protected]

Quadro 3 - Contactos dos locais de funcionamento da CMPC

1.2. Centros de Coordenação Operacional

Não aplicável.

Page 30: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 30 de 241

2. Execução do Plano

Em caso de iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as operações

gerais de proteção civil municipal são as seguintes:

– Alerta e mobilização dos meios de socorro que devem intervir, fase à situação de emergência;

– Declaração de alerta;

– Convocação da CMPC;

– Ativação do PMEPCL;

– Resposta à emergência;

– Reposição da normalidade.

O alerta dos meios de socorro antes da iminência de uma situação de emergência

é feito pelo SRPCBA pela difusão de avios meteorológicos e de comunicados do

CIVISA.

O alerta dos meios de socorro após a ocorrência da situação de emergência é feita,

na fase inicial da ocorrência, por quem a deteta, normalmente para os BVPD, PSP,

Autoridade Marítima, dependendo da situação de emergência, o qual por sua vez

comunica a outros meios de socorro concorrentes na resposta à emergência.

Quando acionada a CMPC o acionamento dos meios de socorro, até então não

intervenientes, é da competência da mesma.

A mobilização dos meios é da competência das respetivas forças de socorro.

A declaração de alerta e a convocação da CMPC são da competência do

Presidente da Câmara Municipal de Lagoa.

Compete à CMPC a ativação do PMEPCL.

O Diretor do Plano ou o seu substituto, que é o Vereador a tempo inteiro, assume a

direção das atividades de proteção civil, e preside à CMPC, competindo-lhe

assegurar a conduta da mesma.

A resposta à emergência é feita pelos agentes de proteção civil, entidades e

organismos de apoio, segundo as missões que se lhes encontram atribuídas no

presente Plano.

Page 31: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 31 de 241

O PMEPCL é executado pela seguinte estrutura de meios operacionais:

Figura 1 – Estrutura dos meios operacionais de resp osta à emergência

Legendas

Dependência Hierárquica

Dependência operacional

Coordenação Institucional

Dependência Funcional

Director do Plano SRPCBA

CML

Unidade orgânica Apoio Geral

Unidade orgânica Recursos Humanos e Técnicos

SMPC

COS CMPC GI

Agentes Proteção Civil

B.V.P.D

PSP – Esq. da Lagoa

Autoridades Marítimas e Aeronáutica

Unidade de Saúde Lagoa

Organismos e Entidades de Apoio

Exército

Juntas de Freguesia

ISSA

Escuteiros

SCMSA

Cruz Vermelha

Banco Alimentar

Cáritas

EDA

SFSM

O.C.S

Euroscut Açores

LREC

OVGA

Paróquias

Polícia Judiciária

Rádio Amadores

Departamento Geociências da UAç

Gabinete Medicina Legal de Ponta Delgada

PT e Operadores móveis

Operadores transporte público

Empresas de construção civil

Page 32: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 32 de 241

Para efeitos de execução do PMEPCL, o território municipal constitui-se um Teatro

de Operações (TO), podendo consoante o âmbito da situação de emergência,

organizar-se em sectores a que corresponde zonas geográficas.

O comando operacional do TO compete ao Comandante das Operações de

Socorro (COS). Quando o TO for organizado em sectores, cada sector é

comandado por um COS, que atua na dependência hierárquica do Diretor do

Plano.

Dentro do TO podem ser definidas zonas de sinistro, zonas de apoio, zonas de

concentração e reserva e zona de receção de reforços.

A zona de sinistro (ZS) é a superfície na qual se desenvolve a ocorrência da

situação de emergência, a qual deve ser de acesso restrito, onde se encontram

exclusivamente os meios necessários à intervenção direta, sob a responsabilidade

do posto de comando operacional.

A zona de apoio (ZA) é uma zona adjacente à ZS, de acesso condicionado, onde

se encontram os meios de apoio logísticos estritamente necessários ao suporte dos

meios de intervenção ou onde estacionam meios de intervenção imediata.

A zona de concentração (ZC) é uma zona de apoio logístico, da responsabilidade

do Diretor do Plano, de receção de meios e recursos disponíveis, sem missão

imediata.

A execução do Plano compreende duas fases distintas: a fase de emergência e a

fase de reabilitação. A primeira fase tem por objetivo executar as ações de

resposta e a segunda as ações e medidas de recuperação destinadas à reposição

urgente da normalidade.

2.1. Fase de Emergência

A fase de emergência caracteriza as ações de resposta a tomar e desenvolver nas

primeiras horas após um acidente grave ou catástrofe e destina-se a providenciar,

através de uma resposta concertada, as condições e meios indispensáveis à

minimização das consequências, nomeadamente as que impactem nos cidadãos,

no património e no ambiente.

Page 33: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 33 de 241

Assim, as ações gerais de resposta a adotar são as seguintes:

– Convocar de imediato a Comissão Municipal de Proteção Civil, para efeitos de

ativação do PMEPCL;

– Declarar a situação de alerta;

– Acionar o aviso às populações em perigo/risco;

– Notificar os agentes de proteção civil, entidades e organismos de apoio da

situação de emergência;

– Esclarecer a situação recolhendo as informações necessárias para o cabal

conhecimento da situação de emergência, bem como sobre a sua evolução;

– Decidir em cada momento, as ações mais convenientes em função da

emergência, e a aplicação das medidas de proteção, tanto para a população

como para os intervenientes na resposta à emergência;

– Coordenar e promover a atuação dos meios de socorro, de modo a controlar o

mais rapidamente possível as situações e prestar o socorro adequado às

pessoas em perigo, procedendo à sua busca e salvamento;

– Promover a evacuação dos feridos e doentes para os locais destinados ao seu

tratamento;

– Ativar o Gabinete de Imprensa (GI) que passa a ser o elo de ligação com os

Órgãos de Comunicação Social, assumindo a responsabilidade pela divulgação

da informação disponível, difundindo comunicados, bem como avisos e medidas

de autoproteção às populações e promovendo, se necessário, conferências de

imprensa;

– Coordenar e promover a evacuação das zonas de risco, bem como as medidas

para o transporte, alojamento temporário, alimentação e agasalho das

populações evacuadas;

– Assegurar a manutenção da lei e da ordem e garantir a circulação nas vias de

acesso necessárias para a movimentação dos meios de socorro e evacuação

das populações em risco;

Page 34: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 34 de 241

– Proceder à desobstrução das vias de comunicação de modo a prestar socorro

às populações;

– Acionar os pedidos de meios e reforços das diversas entidades, nos termos da

lei;

– Promover as ações de mortuária adequadas à situação;

– Garantir assistência e bem-estar às populações e promover a reunião de

famílias;

– Promover a salvaguarda do património histórico e cultural;

– Declarar o final da emergência.

Declaração da situação de alerta

A situação de alerta pode ser declarada quando é reconhecida a necessidade de

adotar medidas preventivas e ou especiais de reação, face à ocorrência ou

iminência de ocorrência de um acidente grave ou catástrofe.

Nos termos do artigo 13.º da Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho, que aprova a Lei de

Bases da Proteção Civil, compete ao presidente da câmara municipal declarar a

situação de alerta de âmbito municipal ou inframunicipal.

O ato que declara a situação de alerta deve mencionar expressamente:

– A natureza do acontecimento que originou a situação declarada;

– O âmbito territorial e temporal;

– A estrutura de coordenação e controlo dos meios e recursos a disponibilizar.

A declaração de situação de alerta produz efeitos imediatos. A sua divulgação deve

a mais ampla e rápida possível.

Declarada a situação de emergência, todos os cidadãos e entidades privadas na

área abrangida, ficam nos termos do artigo 11.º da Lei de Bases da Proteção Civil,

obrigados a prestar às autoridades de proteção civil a colaboração pessoal que

lhes for requerida, respeitando as ordens e orientações que lhes forem dirigidas e

correspondendo às respetivas solicitações.

Page 35: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 35 de 241

A declaração da situação de alerta determina nos termos do n.º 2 do artigo 15.º da

Lei de Bases da Proteção Civil, uma obrigação especial de colaboração dos meios

de comunicação social, em particular rádios e televisões com a CMPC.

Notificação dos agentes de proteção civil, entidade s e organismos

Os agentes de proteção civil, entidades e organismos a notificar são função da

natureza da situação de emergência a prevenir ou enfrentar e da gravidade e

extensão dos seus efeitos atuais e potenciais. Os principais intervenientes são os

abaixo indicados:

– Presidente da Câmara Municipal de Lagoa;

– Comissão Municipal de Proteção Civil;

– Serviço Municipal de Proteção Civil de Lagoa,

– Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores;

– Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada;

– Polícia de Segurança Pública - Esquadra de Lagoa;

– Unidade de Saúde de Lagoa;

– Autoridade Marítima;

– Presidentes das juntas de freguesia;

– Serviços sociais;

– Escuteiros;

– EDA;

– Operadores de telecomunicações.

Page 36: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 36 de 241

Os principais intervenientes face à tipologia de risco são as indicadas no Quadro 4 .

Risco Principais Intervenientes

Sismos SMPC, BVPD, Unidade de Saúde, Hospital, PSP,

Serviços Sociais, Exército, Escuteiros, Rádios Locais, Portugal Telecom, Vodafone, TMN, Optimus, EDA.

Deslizamentos/Acidentes Geomorfológicos SMPC, BVPD, Unidade de Saúde, Hospital, PSP,

Empresas Construção Civil, CIVISA.

Fenómenos Meteorológicos Adversos SMPC, BVPD, Unidade de Saúde.

Incêndios Urbanos SMPC, BVPD, PSP, Unidade de Saúde, Serviços

Sociais.

Incêndios Florestais SMPC, BVPD, GNR, PSP, SFSM.

Colapso de Estruturas CMPC, BVPD, Unidade de Saúde, Hospital, PSP,

LREC.

Acidentes Graves de Tráfego Rodoviário SMPC, BVPD, Unidade de Saúde, Hospital, PSP,

Eurosecut Açores.

Transporte de Matérias Perigosas SMPC, BVPD, PSP, Unidade de Saúde, Hospital,

Conselheiro de Segurança, Eurosecut Açores.

Acidentes Industriais Graves SMPC, BVPD, PSP, Unidade de Saúde, Hospital.

Acidente Marítimo SMPC, Autoridade Marítima, BVPD.

Acidentes Aéreos SMPC, Autoridade Aeronáutica, PSP, Unidade de

Saúde, Hospital.

Quadro 4 - Principais entidades intervenientes por tipologia de risco

Critérios relativos à mobilização de recursos

Os meios e recursos a utilizar para prevenir ou responder a situações de

emergência são os definidos no presente Plano. Em caso de ausência ou

insuficiência, os meios e recursos a empregar são os determinados pelo Diretor do

PMEPCL.

Page 37: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 37 de 241

A mobilização de meios e recursos do sector público e privado devem ser feita de

acordo com os seguintes critérios:

– Utilizar os meios e recursos adequados ao objetivo, não excedendo o

estritamente necessário;

– Dar preferência à utilização de meios e recursos públicos;

– Dar preferência à utilização de meios e recursos detidos por entidades com

as quais tenha sido celebrado protocolo;

– Obedecer a critérios de proximidade.

– Obedecer a critérios de disponibilidade.

2.2. Fase de Reabilitação

A fase de reabilitação caracteriza-se pelo conjunto de ações e medidas de

recuperação destinadas à reposição urgente da normalização das condições de

vida das populações atingidas, ao rápido restabelecimento das Infraestruturas e

dos serviços públicos e privados essenciais e à prevenção de novos acidentes.

Assim, a fase de reabilitação caracteriza-se pelo seguinte conjunto de ações e

medidas a implementar o mais rapidamente possível:

– Restabelecer a circulação das vias de acesso, com prioridade para as das

zonas urbanas;

– Restabelecer os serviços públicos e privados de abastecimento de água,

energia e comunicações;

– Inspecionar edifícios e estruturas e proceder às demolições que se afigurem

necessárias;

– Remover destroços e entulhos;

– Proceder ao levantamento e inventariação de todos os prejuízos sofridos,

acompanhados das respetivas estimativas;

– Reabilitar os serviços públicos essenciais, nomeadamente, escolas, creches,

Centro de Saúde, serviços municipais e da segurança social;

Page 38: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 38 de 241

– Promover o regresso das populações, dos bens e dos animais deslocados;

– Implementar as medidas adequadas com vista à prevenção de novos acidentes

ou diminuição dos seus danos;

– Obter fundos externos, recolher e armazenar donativos;

– Proceder à distribuição e controle de meios e subsídios a conceder;

– Elaborar um relatório final relativo a todas as operações de socorro e

assistência desenvolvidas, com base nos relatórios elaborados pelas entidades

intervenientes.

3. Articulação e Atuação de Agentes, Organismos e E ntidades

A resposta a uma situação de emergência de proteção civil é dada por diversas

entidades. Para que esta resposta seja eficaz e eficiente é necessários que os

mesmos sabem claramente o que têm a executar e como se articular entre si e a

entidade coordenadora das operações.

Para o efeito, abaixo são indicadas as orientações de funcionamento e missões

dos agentes de proteção civil e das entidades e organismos de apoio envolvidos

numa operação de proteção civil.

Em conformidade com a Lei de Bases de Proteção Civil, são agentes de Proteção

Civil, de acordo com as suas atribuições próprias:

– Os corpos de bombeiros;

– As forças de segurança;

– As Forças Armadas;

– As autoridades marítima e aeronáutica;

– Os serviços de saúde.

A Cruz Vermelha Portuguesa exerce, em cooperação com os demais agentes e de

harmonia com o seu estatuto próprio funções de proteção civil nos domínios da

intervenção, apoio, socorro e assistência sanitária e social.

Page 39: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 39 de 241

Os organismos e entidades são todos os serviços e instituições, públicos ou

privados, com dever especial de cooperação com os agentes de proteção civil ou

com competências específicas em domínios com interesse para a prevenção, a

atenuação e o socorro às pessoas, aos bens e ao ambiente. Entre eles contam-se:

– Câmara Municipal de Lagoa;

– Juntas de Freguesia do Município de Lagoa;

– Gabinete de Medicina Legal de Ponta Delgada;

– Instituto para o Desenvolvimento Social dos Açores;

– Escuteiros;

– Santa Casa da Misericórdia de Santo António;

– Banco Alimentar Conta a Fome;

– Caritas de S. Miguel.

3.1. Missão dos Agentes de Proteção Civil:

3.1.1. Fase de Emergência

Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada

– Prevenir e combater incêndios;

– Socorrer as populações nas situações de emergência, nomeadamente em

caso de incêndios, inundações, e desabamentos;

– Socorrer e transportar acidentados e doentes, incluindo a urgência pré-

hospitalar;

– Proceder a ações de busca e salvamento;

– Colaborar com a autoridade marítima no socorro a náufragos e em buscas

subaquáticas;

– Participar na difusão de avisos e informação pública às populações, através de

veículos próprios com equipamentos adequados;

Page 40: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 40 de 241

– Apoiar as autoridades policiais na evacuação das populações;

– Colaborar na evacuação das populações com necessidades especiais;

– Colaboração nas ações de mortuária, nomeadamente, na remoção e transporte

de cadáveres;

– Colaborar na montagem de tendas destinadas a alojamento provisório;

– Colaboração em outras atividades de proteção civil, no âmbito do exercício das

funções específicas que lhe forem atribuídas;

– Elaborar Relatórios de Situação Imediatos enviando-os à CMPC, de forma a

mantê-la sempre informada sobre a situação e sua evolução, conforme previsto

no PMEPCL.

Policia de Segurança Pública

– Garantir a segurança dos cidadãos, a proteção de bens e propriedades nas

zonas sinistradas;

– Controlar o tráfego rodoviário;

– Abrir corredores de emergência e evacuação;

– Controlar os acessos a zonas sinistradas orientando o trânsito para as vias

alternativas;

– Orientar a evacuação e a movimentação das populações;

– Efetuar operações de busca com o apoio da equipa cinotécnica ,

– Assegurar a manutenção da ordem pública;

– Asseguram a participação na difusão de avisos e informação pública às

populações através de veículos próprios com equipamentos adequados;

– Promover as condições de segurança, para que os diversos agentes e

entidades de proteção civil, possam realizar as suas ações sem interferências

estranhas;

Page 41: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 41 de 241

– Colaborar nas ações de mortuária garantindo a segurança nas áreas de

depósito de cadáveres;

– Exercem quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências;

– Elaborar Relatórios de Situação Imediatos enviando-os à CMPC conforme

previsto no PMEPCL.

Unidade de Saúde de Lagoa

– Coordenar todas as atividades de saúde em ambiente pré-hospitalar, a triagem

e evacuações primárias e secundárias;

– Montar postos médicos avançados e assegurar a assistência médica e

medicamentosa à população;

– Realizar a triagem e o apoio psicológico a prestar às vítimas no local da

ocorrência, com vista à sua estabilização emocional e posterior referenciação

para as entidades adequadas;

– Definir e implementar as medidas de proteção da Saúde Pública e Ambiental na

área do acidente grave e/ou catástrofe;

– Requisitar serviços e estabelecimentos profissionais de saúde, nos casos de

epidemias graves ou quando ocorrem outras situações de emergência;

– Colaborar com as Juntas de Freguesia na identificação dos munícipes cujas

incapacidades físicas levam à necessidade de emprego de meios especiais em

caso de evacuação;

– Elaborar registos de internados e de mortos e envia-los para o Centro de

Pesquisa de Desaparecidos;

– Exercer quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências;

– Elaborar Relatórios de Situação Imediatos conforme previsto no presente

Plano;.

Page 42: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 42 de 241

Autoridade Marítima

A autoridade marítima é a entidade responsável pela execução da política de

proteção civil em áreas de direito público marítimo, desempenhando funções nos

domínios do alerta, aviso, intervenção, busca e salvamento, apoio e socorro.

Compete à autoridade marítima nomeadamente as seguintes missões:

– Coordenar as ações de busca e salvamento relativas a acidentes ocorridos no

mar;

– Zelar pela ordem e segurança nas zonas afetadas e da sua jurisdição,

garantindo a proteção de pessoas;

– Promover as condições de segurança e livre circulação dos diversos agentes e

entidades da proteção civil para que possam realizar as ações de socorro de

forma rápida e eficiente;

– Controlar os acessos às zonas afetadas, delimitando o perímetro das

operações;

– Colaborar nas tarefas de evacuação das populações afetadas pela emergência.

Autoridade Aeronáutica

A autoridade aeronáutica – INAC (Instituto Nacional da Aviação Civil) é a entidade

responsável por:

– Promover a segurança aeronáutica;

– Participar nos sistemas nacionais de coordenação civil e militar em matéria de

utilização do espaço aéreo, de busca e salvamento, de proteção civil, de

planeamento civil de emergência e de segurança interna;

– Cooperar com a entidade responsável pela prevenção e investigação de

acidentes e incidentes com aeronaves civis.

Page 43: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 43 de 241

Exército

Colabora, de acordo com os planos próprios e disponibilidade de recursos:

– No apoio logístico às forças de proteção e socorro, nomeadamente no

abastecimento de refeições e água;

– Na evacuação da população;

– Nas ações de busca e salvamento e apoio sanitário;

– No abastecimento de água às populações;

– Na instalação de abrigos e campos de deslocados;

– No reforço e/ou ativação de rede de telecomunicações.

Cruz Vermelha – Delegação de Ponta Delgada

– Distribuição de agasalho às populações carenciadas.

3.1.2. Fase de Reabilitação

Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada

– Realizar ações de rescaldo a incêndios;

– Colaborar na desobstrução das vias de comunicação;

– Colaborar na inspeção de edifícios e estruturas, procedendo a escoramentos,

demolições e desobstruções;

– Apoiar as ações de instalação dos centros de acolhimento provisório, bem

como a assistência e bem-estar das populações;

– Efetuar o abastecimento de água às populações;

– Colaborar na recolha dos cadáveres dos locais sinistrados;

– Elaborar Relatórios de Situação Periódicos ou Finais, enviando-os à CMPC, de

forma a mantê-la sempre informada sobre a situação e sua evolução, conforme

previsto no PMEPCL.

Page 44: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 44 de 241

Policia de Segurança Pública

– Garantir o policiamento das zonas sinistradas;

– Controlar o tráfego rodoviário;

– Detetar, investigar e prevenir as atividades criminosas;

– Garantir o isolamento de áreas de acesso restrito;

– Orientar o regresso das populações;

– Elaborar Relatórios de Situação Periódicos ou Finais, enviando-os à CMPC, de

forma a mantê-la sempre informada sobre a situação e sua evolução, conforme

previsto neste PMEPCL.

Unidade de Saúde de Lagoa

– Garantir o acompanhamento médico e psicológico da população afetada;

– Definir e implementar as medidas de proteção da saúde pública na área da

catástrofe;

– Tomar as medidas necessárias para assegurar o controlo de doenças

transmissíveis;

– Prestar serviços de mortuária;

– Exercem quaisquer outras atividades no âmbito das suas competências;

– Elaborar Relatórios Periódicos e Finais, enviando-os à CMPC, de forma a

mantê-la sempre informada sobre a situação e sua evolução, conforme previsto

neste PMEPCE.

Autoridade Marítima

– Executar as medidas necessárias à reposição da normalidade das populações

atingidas pela emergência e de acordo com as orientações emanadas pelo

Diretor do PMEPCL.

Page 45: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 45 de 241

Autoridade Aeronáutica

– Sem missões atribuídas.

Exército

Colabora, de acordo com os planos próprios e disponibilidade de recursos:

– No apoio logístico às forças de proteção e socorro;

– No regresso das populações;

– No apoio sanitário;

– Na manutenção de campos de deslocados;

– No abastecimento de água às populações.

Cruz Vermelha

– Presta assistência sanitária e social;

– Colabora no apoio psicossocial;

– Apoia na distribuição de roupas e alimentos às populações evacuadas;

– Colaborar nas ações de informação e sensibilização pública;

– Obtenção de fundos externos, recolha e armazenamento de donativos, controlo

e emprego de pessoal voluntário.

3.2. Missão dos Organismos e Entidades de Apoio

3.2.1. Fase de Emergência

Gabinete de Apoio Pessoal (CML)

Disponibiliza elementos para a constituição do Gabinete de Imprensa, cujas

missões são as seguintes:

Page 46: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 46 de 241

– Apoiar o Diretor do Plano e a CMPC na informação a prestar aos órgãos de

comunicação social (OCS), nomeadamente, na elaboração e difusão de

comunicados;

– Estabelecer a ligação com os OCS, com vista à difusão da informação;

– Atuar como porta-voz único para os OCS, em nome do Diretor do Plano e do

Comandante de Operações de Socorro.

Juntas de Freguesia

– Mobilizar os meios próprios necessários ao apoio à intervenção;

– Promover a identificação dos munícipes com incapacidades físicas ou outras;

– Participar localmente na difusão de avisos e informação pública às populações

em coordenação com o Gabinete de Imprensa;

– Apoiar as forças de segurança na evacuação das populações e colocar meios

próprios disponíveis à disposição da evacuação das populações com

necessidades especiais.

EDA

– Mobilizar os meios próprios necessários à intervenção, assegurando o apoio,

com meios humanos e materiais, para cumprimento das ações que lhe forem

atribuídas no âmbito das suas competências.

EuroscutAçores

– Disponibilizar meios humanos e materiais para a intervenção na via rodoviária

sob a sua jurisdição, nomeadamente em matérias relacionadas com a

segurança, interrupção e desvio de tráfego;

– Colabora no controlo e limpeza de derrames.

Page 47: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 47 de 241

PT e Operadores de Redes Moveis

– Assegurar o restabelecimento e reforço das comunicações telefónicas em

situações de emergência;

– Garantir a prioridade de ligação a entidades com missões essenciais em

situação de emergência.

Rádio Amadores

– Prestar apoios de comunicações às entidades designadas pelo Diretor do Plano,

quando solicitado.

Órgãos de Comunicação Social

– Colaborar na divulgação dos avisos e alertas

– Divulgar medidas de autoproteção das populações;

– Difundir a informação disponível, em situação de emergência.

Escolas

– Ativar o Plano de Segurança Interno face às situações de emergência que se

encontram expostas.

Empresas de construção civil

– Colaborar na desobstrução de vias para acesso às zonas sinistradas com a

disponibilização de camiões e equipamentos de movimentação de terras, bem

como os respetivos condutores e manobradores.

Operadores de Transportes Públicos de Passageiros

– Disponibilizar camionetas e respetivos condutores para as operações de

evacuação e retorno das populações.

Page 48: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 48 de 241

3.2.2. Fase de Reabilitação

Gabinete de Apoio Pessoal (CML)

Disponibiliza elementos para a constituição do Gabinete de Imprensa, cujas

missões são idênticas às da fase de emergência.

Unidade Orgânica de Administração Geral (CML)

– Realizar contractos de disponibilização de meios e recursos necessários às

operações de socorro;

– Controlar o sistema de requisições e proceder à aquisição dos bens e serviços

requisitados pelo SMPC;

– Administrar os donativos, subsídios e outros apoios materiais e financeiros

recebidos;

– Propor as medidas indispensáveis à obtenção de fundos externos.

Unidade Orgânica de Recursos Humanos e Técnicos (CM L)

– Disponibilizar meios humanos e de informática para apoio à CMPC;

– Colaborar no apoio psicossocial às vitimas;

– Gerir e controlar os armazéns de emergência;

– Colaborar na avaliação e quantificação dos danos;

Juntas de Freguesia

– Coordenar o posto local de recenseamento de voluntários;

– Colaborar na distribuição de alimentação e água potável à população;

– Promover ações destinadas à obtenção e gestão de fundos externos, recolha e

armazenamento de donativos em coordenação com a Unidade Orgânica de

Administração Geral;

Page 49: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 49 de 241

– Apoiar as forças de segurança no regresso das populações;

– Colaborar na assistência e bem-estar das populações evacuadas para os

centros de acolhimento provisório;

– Colaborar na avaliação e quantificação dos danos.

Gabinete Médico Legal de Ponta Delgada

– Colaborar na identificação das vítimas mortais.

Instituto para o Desenvolvimento Social dos Açores

– Apoiar as ações de instalação e gestão dos centros de acolhimento, bem como

a assistência e bem-estar das populações;

– Colaborar no apoio psicológico a prestar às populações.

Escuteiros

– Colaborar na distribuição de alimentação, agasalhos e água potável à

população;

– Colaborar na recolha e distribuição de donativos;

– Participar em equipas de estafetas caso sejam solicitados.

EDA

– Exercer assessoria técnica especializada à direção do plano;

– Desenvolve ações de restabelecimento da distribuição de energia elétrica.

PT e Operadores de Redes Moveis

– Exercer assessoria técnica especializada à direção do plano;

– Desenvolve ações de restabelecimento das comunicações.

Page 50: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 50 de 241

Operadores de Transportes Públicos de Passageiros

– Disponibilizar os meios e recursos das suas empresas para cumprimento das

ações que lhes forem distribuídas.

Instituições Particulares de Solidariedade Social

– Apoiar as ações de instalação e gestão dos centros de acolhimento, bem como

a assistência e bem-estar das populações;

– Colaborar na recolha, armazenamento e distribuição de donativos.

Escolas

– Disponibilizar instalações para centros de acolhimento provisório;

– Confecionar refeições.

Laboratório Regional de Engenharia Civil

– Avaliar da estabilidade das estruturas, propondo nomeadamente, a demolição

ou estabilização das mesmas;

– Orientar a execução da estabilização das estruturas.

Empresas de construção civil

– Participar na remoção de entulhos e abertura de acessos nas operações de

socorro e salvamento, com a disponibilização de equipamentos de demolição,

elevação e transporte de cargas;

– Participar no escoramento de estruturas e de taludes, nomeadamente com a

disponibilização de equipamentos de cofragem e estabilização de terras.

Page 51: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 51 de 241

Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores

– Apoio técnico e cientifico nas áreas de Vulcanologia, da Sismologia, da

Geotermia, da Geotecnia, da Hidrogeologia e do Ambiente.

Departamento de Geociências da Universidade dos Aço res

– Fornecimento de informação e aconselhamento na prevenção de novos

acidentes de origem natural, nomeadamente da estabilidade de taludes e

vertentes.

Rádio Amadores

– Prestar apoios com meios humanos e materiais para o cumprimento das ações

que lhes forem atribuídas, quando solicitado conforme previsto nas

comunicações.

Órgãos de Comunicação Social

– Colaborar na divulgação dos avisos e alertas;

– Divulgar medidas de autoproteção das populações;

– Difundir a informação disponível.

Polícia Judiciária

– Apoiar as ações de prevenção e investigação da criminalidade e de mortuária.

Paróquias

– Participar na recolha e armazenamento de donativos;

– Colaborar no apoio logístico às populações, nomeadamente, na distribuição de

vestuário e alimentação.

Page 52: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 52 de 241

PARTE III – ÁREAS DE INTERVENÇÃO

Page 53: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 53 de 241

A organização geral das operações de resposta a um acidente grave ou catástrofe

encontra-se estruturada por áreas de intervenção.

As áreas de intervenção são as indicadas nos títulos dos pontos da Parte III. A sua

ativação depende da natureza concreta de cada acidente grave ou catástrofe, das

necessidades operacionais e da evolução da resposta operacional.

1. Administração de Meios e Recursos

A resposta a situações de emergência requer a utilização de meios e recursos

cujas disponibilidades existentes na Câmara Municipal de Lagoa podem não ser

suficientes, pelo que se encontra prevista a necessidade de recorrer a meios e

recursos pertencentes a entidades públicas e privadas.

A área de intervenção de administração de meios e recursos estabelece os

procedimentos e instruções de coordenação quanto às atividades de gestão

administrativa e financeira, inerentes à mobilização, requisição e utilização dos

meios e recursos utilizados aquando da ativação do PMEPCL.

Inserem-se ainda nas atividades de administração de meios e recursos, a criação e

a gestão das ações de obtenção de fundos externos, recolha e armazenamento do

produto de dádivas, bem como controlo e emprego de pessoal voluntário não

especializado.

Estrutura de Coordenação

A presente área de intervenção é da responsabilidade da Unidade Orgânica de

Administração Geral, da Câmara Municipal de Lagoa.

A responsável é Eng.ª Andreia Delfim, tendo por substituto a Vereadora Dra.

Cristina Decq Mota.

Page 54: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 54 de 241

Missões:

Compete à Unidade Orgânica de Administração Geral as seguintes missões:

– Proceder à gestão financeira e de custos das operações de emergência de

proteção civil;

– Realização das negociações contratuais com vista à utilização de recursos e

equipamentos;

– Gestão dos tempos de utilização dos recursos e equipamentos;

– Gestão dos processos de seguros indispensáveis às operações de proteção

civil;

– Gestão de eventuais donativos, subsídios e outros apoios materiais e

financeiros recebidos em dinheiro com destino às operações de proteção civil.

Compete ao Serviço Municipal de Proteção Civil no âmbito da administração de

meios e recursos, a identificação das necessidades para implementação do

PMEPCL, a identificação dos fornecedores públicos e privados e respetivos

contactos, a manutenção de informação sobre as disponibilidades, por fornecedor.

Prioridade de Ação

– Garantir a permanente atualização do inventário de meios e recursos

municipais.

– Manter atualizada informação sobre os fornecedores, seus contactos e

disponibilidades.

– Elaborar acordos de fornecimento e aluguer de recursos e equipamentos.

– Elaborar requisições relativas à aquisição de bens e serviços para apoio às

operações.

– Registar a utilização de meios e recursos, nomeadamente, no tempo,

quantidades e local de aplicação.

Page 55: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 55 de 241

– Definir e implementar os processos de identificação e credenciação do pessoal

ligado às operações de socorro.

Procedimentos e Instruções de Coordenação

Pessoal empenhado:

– A Câmara Municipal de Lagoa nomeia e remunera o pessoal pertencente aos

seus quadros.

– O pessoal integrado nas operações de proteção civil pertencentes a agentes de

proteção civil, entidades e organismos é remunerado pela respetiva entidade

empregadora.

– O pessoal voluntário pertencente aos BVPD, organismos e entidades de apoio

não é remunerado, mas é abonado de alimentação nos dias que presta serviço.

– O pessoal voluntário, cuja colaboração seja aceite, a título benévolo, deverá

apresentar-se nos locais de recrutamento de voluntários, designadamente nas

Juntas de Freguesia e outros locais a designar, para posterior encaminhamento.

– O pessoal voluntário, devidamente integrado, pode ser abonado de alimentação

nos dias que preste serviço.

Gestão de meios:

– Os meios e recursos a empenhar durante a fase de emergência e reabilitação

serão prioritariamente os indicados no PMEPCL.

– Os meios e recursos pertencentes aos agentes de proteção civil, aos

organismos e entidades de apoio serão colocados à disposição do Diretor do

Plano que os afetará de acordo com as necessidades.

– O Diretor do Plano e o Comandante das Operações de Socorro são autónomos

para a gestão de meios existentes, assim como para a gestão de meios de

reforço que lhes forem atribuídos.

Page 56: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 56 de 241

– No emprego dos meios e recursos são utilizados em primeiro lugar os públicos,

seguidos pelos detidos por entidades com as quais tenham sido celebrados

protocolos, e por último, os das entidades privados sem contractos prévios.

– Os pedidos de reforço de meios só são considerados válidos quando

apresentados pela respetiva cadeia de comando.

– Compete á Unidade Orgânica de Administração Geral elaborar requisições

relativas a aquisição de bens e serviços para apoio às operações de proteção

civil inerentes à ativação do PMEPCL, que após a respetiva aprovação, são

adquiridos e liquidados nos termos da Lei.

– A gestão dos tempos de utilização dos recursos e equipamentos previstos no

Plano é da responsabilidade do SMPC.

– A recolha do produto de dádivas será feita nomeadamente pelas Juntas de

Freguesia, Delegação de Ponta Delgada da Cruz Vermelha Portuguesa, Caritas,

paróquias, escuteiros e pela Santa Casa da Misericórdia de Santo António.

Na Secção III da Parte IV do presente Plano encontram-se identificados os

contactos de fornecedores públicos e privados de equipamentos, artigos e

materiais necessários às operações de emergência de proteção civil.

Gestão financeira:

– A liquidação das despesas será efetuada pela Unidade Orgânica de

Administração Geral, segundo as Normas de Contabilidade Pública;

– Os agentes de proteção civil e as diversas entidades intervenientes são

responsáveis pelas despesas efetuadas nas operações de proteção civil, as

quais poderão ser reembolsadas ou comparticipadas de acordo com o disposto

na Lei.

– As despesas de manutenção e reparação de material são encargos das

respetivas entidades. No caso de haver despesas extraordinárias estas serão

liquidadas pela Unidade Orgânica de Administração Geral, através de verbas

destinadas para o efeito ou da Conta Especial de Emergência, após analisar

individualmente cada processo.

Page 57: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 57 de 241

– No caso de uma determinada área do Município ser declarada em Situação de

Calamidade os auxílios serão concedidos de acordo com a legislação em vigor;

– Os subsídios e donativos recebidos em dinheiro, com destino às operações de

emergência, são administrados pela Unidade Orgânica de Administração Geral

através da Conta Especial de Emergência;

– A alimentação, abrigo provisório e agasalho das populações evacuadas, serão

da responsabilidade da Unidade Orgânica de Recursos Humanos e Técnicos,

através de verbas disponibilizadas superiormente para o efeito.

2. Logística

A área de intervenção logística destina-se a prover os recursos e os meios de

apoio às operações de proteção civil realizadas pelas forças de intervenção, bem

como os bens essenciais de sobrevivências às populações deslocadas ou

desalojadas.

Estrutura de Coordenação

A área de intervenção logística é da responsabilidade do SMPC / Unidade Orgânica

de Administração Geral, da Câmara Municipal de Lagoa.

A responsável é Eng.ª Andreia Delfim, tendo por substituto a Vereadora Dra.

Cristina Decq Mota.

Missões:

As missões específicas de âmbito logístico atribuídas aos intervenientes abaixo

indicados, sem prejuízo de outras a atribuir pelo Diretor do Plano, são as seguintes:

Diretor do Plano

– Autoriza a realização de despesas.

Page 58: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 58 de 241

SMPC

– Coordena e executa atividades de logística de apoio às forças de

intervenção;

– Mantém permanentemente atualizada a base de dados de meios e recursos,

bem como as listas de inventários que possibilita a sua atualização;

– Estabelece os procedimentos para a requisição das necessidades logísticas

adicionais por parte dos agentes, entidades e organismos de apoio;

– Elabora e submete a autorização às requisições de bens e serviços para

apoio às operações.

Unidade Orgânica de Administração Geral

– Estabelece os procedimentos para a aquisição das necessidades logísticas

dos departamentos da Câmara Municipal para apoio às atividades de

proteção civil;

– Contacta e propõe protocolos com entidades fornecedoras de bens e

géneros;

– Procede à aquisição dos bens e serviços requisitados pelo SMPC;

– Propõe a constituição, gere e controla os armazéns de emergência;

– Controla o sistema de requisições feitas aos armazéns de emergência;

– Monta um sistema de recolha e armazenamento de dádivas;

– Propõe as medidas indispensáveis à obtenção de fundos externos;

– Administra os donativos, subsídios e outros apoios materiais e financeiros

recebidos;

– Garante os transportes disponíveis necessários;

– Monta um sistema de manutenção e reparação de equipamentos;

– Fornece os equipamentos e artigos disponíveis essenciais às ações de

administração e logística.

Page 59: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 59 de 241

Exército

Aquando da intervenção do Exército em operações de proteção civil no Município,

as missões de âmbito logístico suscetível de atribuição são as seguintes:

– Confecionar e distribuir refeições às forças de intervenção;

– Apoiar com pessoal e equipamento o fornecimento, confeção e distribuição

de bens alimentares, alojamento provisório e higiene das populações

evacuadas;

– Colaborar no fornecimento de transporte e de outros artigos disponíveis;

– Contribuem com pessoal e viaturas para a recolha e armazenamento do

produto de dádivas.

Juntas de freguesia

– Constituem e coordenam postos locais de recenseamento voluntário;

– Apoiam o sistema de recolha e armazenamento de dádivas.

Prioridade de Ação:

– Apoiar as forças de intervenção com os recursos e equipamentos necessários à

prossecução das missões de socorro, salvamento e assistência;

– Fornecer alimentação, alojamento, agasalho e higiene pessoal às populações

evacuadas ou desalojadas;

– Fornecer água potável e cuidados de saúde à população em geral;

– Estabelecer protocolos com fornecedores públicos e privados de

disponibilização de equipamentos de apoio às operações de proteção civil,

nomeadamente para a desobstrução expedita de vias de comunicação e

itinerários de socorro, demolições, escoramentos, desobstruções, drenagem e

escoamento de águas;

– Promover a reparação e manutenção de viaturas essenciais à conduta das

operações de emergência.

Page 60: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 60 de 241

– Criar e gerir ações destinadas à obtenção de fundos externos, recolha e

armazenamento de donativos.

2.1. Apoio logístico às forças de intervenção

O apoio logístico às forças de intervenção pode processar-se no fornecimento de

alimentação, combustíveis, manutenção e reparação de equipamentos,

transportes, material sanitário, material de mortuária e outros artigos essenciais à

prossecução das missões de socorro, salvamento e assistência.

As necessidades logísticas iniciais do pessoal envolvido são encargo dos próprios

agentes de proteção civil, organismos e entidades de apoio.

Procedimentos e Instruções de Coordenação

Alimentação:

– A alimentação do pessoal dos agentes de proteção civil, entidades e

organismos intervenientes nas operações de socorro estarão a cargo destas.

– Nas operações de socorro cuja duração ultrapasse as 24 horas e reunidas as

condições para a confeção e distribuição de alimentação, a alimentação de todo

ou parte do pessoal acima referido, pode ser centralizada e coordenada pelo

SMPC.

– A alimentação dos elementos da CMPC é encargo do SMPC, quando outro

procedimento não for determinado pelo Diretor do Plano.

– A alimentação do pessoal voluntário, sempre que possível é encargo do SMPC.

– Caso algumas das forças de intervenção não tenha capacidade logística para

fornecimento de refeições, e quando a dispensa de pessoal para tomar

refeições não se afigure aconselhável, cabe ao SMPC o fornecimento de

refeições ligeiras.

– A refeição ligeira tipo consta da Secção III da Parte IV. Os seus componentes

são adquiridos pela Unidade Orgânica de Administração Geral e preparados por

entidades e organismos de apoio. A distribuição é encargo do SMPC.

Page 61: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 61 de 241

– Em substituição da refeição ligeira tipo, pode ser distribuída uma ração de

combate, a adquirir ao Exército, à qual se deve juntar dois papo-secos ou um

pão médio.

– As refeições quentes são distribuídas após o primeiro dia de intervenção. A sua

confeção e distribuição, sempre que possível, deve ser realizada pelo Exército.

Em alternativa, a alimentação pode ser confecionada em cantinas de

estabelecimentos de ensino ou em restaurantes, sendo a sua distribuição da

responsabilidade do SMPC.

– Deve a Unidade Orgânica de Administração Geral estabelecer protocolos com

restaurantes do concelho de Lagoa para a confeção das refeições acima

referidas.

Combustíveis:

– O reabastecimento das viaturas dos agentes de proteção civil, entidades e

organismos intervenientes nas operações de socorro deve realizar-se segundo

as normas estabelecidas pelos mesmos.

– Por motivos de celeridade as viaturas acima referidas poderão ser

reabastecidas nos postos de combustíveis, através de guias de fornecimento.

– Em alternativa, o reabastecimento das viaturas poderá realizar-se “in situ”

através de autotanque de combustível ou de viatura acoplada com depósito de

combustível.

– O autotanque pode ser solicitado às empresas abastecedoras de combustível.

– As viaturas acopladas com depósito podem ser requisitadas a empresas de

construção civil. O abastecimento dos depósitos realiza-se nos postos de

combustíveis, através de guias de fornecimento.

– As guias de fornecimento serão liquidadas posteriormente, pela Unidade

Orgânica de Administração Geral, através da sua Conta Especial de

Emergência ou por verbas consignadas para o efeito.

Page 62: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 62 de 241

Manutenção e reparação de viaturas e equipamentos:

– As despesas de manutenção e reparação de viaturas e equipamentos são

encargo dos agentes de proteção civil, entidades e organismos a que pertence o

material. No caso de haver despesas extraordinárias estas serão liquidadas pela

Unidade Orgânica de Administração Geral, através de verbas destinadas para o

efeito ou da sua Conta Especial de Emergência.

Transportes:

– As necessidades de transporte de pessoal e de material das forças de

intervenção, devem ser apresentadas ao COS, que as deve procurar suprimir

com os meios existentes no TO.

– Quando os meios existentes no TO são insuficientes para a satisfação das

necessidades acima referidas, o COS solicita ao Diretor do Plano o reforço de

meios, os quais são obtidos preferencialmente, junto das empresas com as

quais se tenha protocolos.

Material sanitário:

– O material sanitário necessário às operações de socorro realizadas

nomeadamente pelos bombeiros, Centro de Saúde e Exército, são fornecidos

pelas respetivas cadeias de reabastecimento.

– Em caso de rotura de abastecimento, o Diretor do Plano deve diligenciar junto

das autoridades regionais de saúde a reposição de stocks.

Material de mortuária:

– Os sacos para recolha de mortes são obtidos junto dos BVPD e do SRPCBA.

Outros artigos:

– Outros artigos essenciais à prossecução das missões de socorro, salvamento e

assistência, que as forças de intervenção normalmente não possuem, ou que se

existentes são insuficientes, devem ser solicitados através do COS, ou dos

representantes presentes na CMPC.

Page 63: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 63 de 241

– O Diretor do Plano diligenciará no sentido da satisfação dos pedidos

apresentados, preferencialmente, junto das empresas com protocolos firmados.

Identificação de pessoas e viaturas:

– A identificação de pessoas e viaturas é requerida para o controlo de acessos.

– Consideram-se naturalmente identificados as pessoas uniformizadas ou

envergando coletes ou agasalhos com a inscrição de Proteção Civil.

– Consideram-se naturalmente identificadas as viaturas dos agentes de proteção

civil e a das entidades e organismos detentoras de logótipos identificativos.

– O SMPC deve providenciar a obtenção de coletes para a identificação dos

elementos do respetivo serviço, CMPC e de voluntários.

– As viaturas requisitadas devem ostentar um dístico com autorização de

circulação no para brisas, a elaborar pelo SMPC.

2.2. Apoio logístico às populações

O apoio logístico às populações deslocadas ou desalojadas realiza-se nos centros

de acolhimento, onde são prestados os seguintes serviços:

– Alojamento;

– Alimentação;

– Higiene pessoal;

– Vestuário;

– Cuidados de saúde.

Os centros de acolhimento devem situar-se fora da zona de sinistro e da zona de

apoio. Cabe ao Diretor do Plano a ativação dos centros de acolhimento, em função

da localização das áreas evacuadas e das suas condições de utilização, optando-

se, preferencialmente, pelos definidos na Secção III da Parte IV.

Em função do número de pernoitas no centro de acolhimento, este é classificado

de curta (uma pernoita) ou de média duração (mais de uma pernoita), e deve

satisfazer as condições mínimas expressas no Quadro 5 .

Page 64: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 64 de 241

Requisitos Curta duração Média duração

Sanitários √ √

Balneário e vestuário √

Camas √

Refeitório √

Lugares sentados √

Parqueamento * √ √

Energia elétrica √

Água potável √ √

Meios de combate a incêndio √ √

Meios de primeiros socorros √ √

Telefone fixo √**

Estrutura resistente a sismos √ √

Quadro 5 - Requisitos mínimos dos centros de acolhi mento

* A movimentação da população deve ser feita, prioritariamente através das viaturas pessoais.

** Requisito desejável.

O acolhimento das populações pode ocorrer em edifícios ou em acampamentos.

Em cada centro de acolhimento deve ser nomeado um responsável, encarregue de

organizar e coordenar as pessoas do centro para a realização de atividades, bem

como para servir de elemento de ligação à CMPC:

Os deslocados e desalojados devem participar nas ações que lhes sejam

requeridas, relacionadas com a vivencia no centro, nomeadamente na limpeza e

arrumação, distribuição de alimentação e de lavandaria.

Sempre que necessário os centros de acolhimento funcionarão como pontos de

reunião para controlo dos residentes e despiste de eventuais desaparecidos.

Page 65: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 65 de 241

Procedimentos e Instruções de Coordenação

Receção e registo:

– A primeira Ação a desenvolver sempre que alguém dê entrada num centro de

acolhimento é o registo.

– O registo pressupõe a recolha da seguinte informação: nome, idade, morada

anterior e necessidades especiais.

– Deve também ser feito o registo de familiares desaparecidos ou mortos.

Alojamento:

– Sempre que possível, o alojamento das populações deve se realizar por

famílias;

– O alojamento em edifícios públicos com diversos compartimentos amplos, coso

das salas de aula, casernas e enfermarias, com vista a melhorar a privacidade,

as pessoas devem ser alojadas por sexo, podendo as crianças até aos 10 anos

ficar com qualquer familiar;

– Compete ao SMPC organizar, dirigir e coordenar a instalação dos

acampamentos.

– Para efeitos das presentes instruções, considera-se uma tenda equivalente a

um compartimento.

– Crianças órfãos e cujos pais se encontram em paradeiro incerto, devem ficar em

permanência ao cuidado de assistentes sociais e em compartimentos

independentes;

– Idêntico tratamento deve ser ministrado a pessoas com deficiência mental sem

familiares presentes no centro de acolhimento;

– As pessoas acamadas que não requerem cuidados hospitalares, podem ficar

nos centros de acolhimento, sendo reservados para esses e seus familiares,

sempre que possível, compartimentos independentes;

– Pessoas com mobilidade reduzida ou condicionada devem ficar em

compartimentos localizados no piso térreo e se possível, junto de saídas.

Page 66: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 66 de 241

– O SMPC é o responsável pelo apedrejamento dos centros com colchões,

almofadas, cobertores, e se possível, lençóis e fronhas.

– Em todos os compartimentos deve ser previsto a instalação de contentores

fechados para a recolha de lixos.

– Quando se afigure recomendável, podem ser criadas divisórias nos

compartimentos, nomeadamente, com recurso a cabos fixos nas paredes para

suporte de cortinas.

– Semanalmente deve ser providenciado a lavagem da roupa de cama.

– Diariamente deve ser realizada a ventilação dos espaços.

– Todos os ocupantes do centro de acolhimento devem receber informação sobre

a evacuação do mesmo, bem como participar num simulacro de evacuação.

– Devem ser designadas pessoas para auxiliar na evacuação das pessoas

acamadas, com mobilidade condicionada, crianças com idade inferior a 6 anos e

pessoas com dificuldade de perceção da ordem de evacuação.

– As vias horizontais e verticais de evacuação devem se manter

permanentemente desobstruídas, nomeadamente de mobiliário e bens das

populações.

– Os centros de acolhimento devem ser dotados de um gerador de emergência

para o caso de falha da energia elétrica.

Alimentação:

– Sempre que possível a alimentação será confecionada nos centros de

acolhimento. Para o efeito devem ser disponibilizados meios de confeção e

conservação de alimentos.

– A cada deslocado/desalojado são distribuídos pratos, talheres e copo, o qual é

responsável para sua guarda e limpeza. Excetua-se desta obrigação as pessoas

com manifesta incapacidade para o efeito.

– Compete ao SMPC providenciar louça e os locais de lavagem da mesma.

Page 67: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 67 de 241

– Compete ao SMPC providenciar mesas, bancos ou cadeiras para os locais de

tomar refeições, caso não sejam existentes nos centros de acolhimento.

– Como já referido, as pessoas alojadas no centro devem participar na

preparação, confeção e distribuição da alimentação.

– Devem ser providenciados contentores fechados para depósitos dos resíduos

alimentares e proceder à sua evacuação diária.

– Nas proximidades dos refeitórios devem existir lavatórios.

– As águas provenientes dos lavatórios e pias devem ser canalizadas para a rede

de afluentes. Caso a rede de esgotos se encontre danificada, deve ser

estabelecido um sistema provisório de evacuação dos esgotos.

Sanitários:

– Sempre que possível, os sanitários devem estar separados por sexo.

– Os sanitários devem estar dotados no mínimo de sanita e lavatório.

– Deve existir uma sanita para cada 30 pessoas.

– Os sanitários devem ser dotados de papel higiénico, escova de piaçaba e

contentor para colocação de papéis.

– A limpeza deve ser diária e sempre que se justifique, mais do que uma vez ao

dia.

– Semanalmente deve ser realizada a desinfeção com creolina ou produto de

efeito equivalente.

– As águas sanitárias devem ser canalizadas para a rede de afluentes

domésticos. Caso esses se encontrem danificados, a forma como deverá ser

feita a drenagem dos esgotos e o destino a dar-lhe, nomeadamente pela

construção de redes de drenagem e estações de depuração, serão resolvidos

caso a caso, tendo em consideração o número de pessoas no centro, previsão

do tempo de permanência no mesmo e a natureza do solo, de modo a

assegurar as condições de higiene e a não contaminação de aquíferos.

Page 68: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 68 de 241

Local de banhos e vestiários:

– Os locais de acolhimento devem ser providos de locais de banho e de

vestuários, separados por sexo e sempre que possível, dotados de água

quente.

– Quando existir apenas um local de banho e um vestiário, deve ser estabelecidas

horas de utilização por sexos.

– Devem ser ainda previsto um horário e pessoal para banhos assistidos.

– Os vestiários devem ser contíguos aos locais de banho e serem dotados de

assentos.

– Quando montados ao ar livre devem ser resguardados das vistas e o chão

forrado de estrados.

– As águas provenientes dos duches devem ser canalizadas para a rede de

afluentes. Caso a rede de esgotos se encontre danificada, deve ser

estabelecido um sistema provisório de evacuação dos esgotos.

Vestuário:

– O fornecimento de vestuário às pessoas necessitadas está a cargo das Caritas

e Delegação de Ponta Delgada da Cruz Vermelha, auxiliados pelos escuteiros

do Município.

– O vestuário proveniente da recolha de donativos será distribuído pelas

entidades acima mencionadas ou outras designadas para o efeito.

– A distribuição de vestuário será realizada preferencialmente em armazéns de

recolha e armazenamento, os quais devem dispor de locais de prova

resguardados das vistas.

Cuidados de saúde:

– Os cuidados de saúde aos utentes dos centros de acolhimento, serão

preferencialmente prestados nos mesmos, com a deslocação dos profissionais

de saúde.

Page 69: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 69 de 241

– Os cuidados de saúde à população não desalojada serão prestados na Unidade

de Saúde de Lagoa e/ou nos postos médicos avançados.

Abastecimento de água à população não desalojada:

– Em caso de interrupção do fornecimento domiciliário de água, o abastecimento

de água potável será assegurado por agentes de proteção civil a designar, em

locais e horários a estabelecer.

Voluntários:

– Compete às Juntas de Freguesia a receção e registo de voluntários.

– Os Presidentes das Juntas de Freguesia comunicam diariamente ao Diretor do

Plano as disponibilidades em voluntários.

– O SMPC com base nas listas de voluntários e segundo as orientações do

Diretor do Plano, reforça as áreas de intervenção, de acordo com a

especialidade técnica dos voluntários.

Donativos:

– Em casa de insuficiência de meios, nomeadamente devido à extensão da

catástrofe, podem ser realizadas ações de recolha de donativos.

– A criação das ações destinadas à obtenção de fundos externos é feita através

da comunicação social, ficando a sua gestão a cargo do Diretor do Plano.

– As entidades vocacionadas para a receção e armazenamento de donativos

(alimentos, agasalhos, roupas, entre outros) são o Banco Alimentar Contra a

Fome, a Delegação de Ponta Delgada da Cruz Vermelha Portuguesa, as Caritas

e paróquias, a Santa Casa da Misericórdia de Santo António, os Escuteiros e as

Juntas de Freguesia.

– O Diretor do Plano é apoiado na gestão dos donativos pelo Centro de Gestão de

Donativos, a constituir pela Unidade Orgânica de Administração Geral.

Centros de Registo, Pesquisa e Localização:

– Nas situações de catástrofe em que se verifique um elevado número de

desaparecidos é acionado o Centro de Registo, Pesquisa e Localização (CRPL).

Page 70: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 70 de 241

– O CRPL constitui-se numa célula da CMPC, reforçada se necessário, com

pessoal do SMPC.

– A sua missão, é como o nome indica, o registo, a pesquisa e a localização de

desaparecidos.

– O registo de desaparecidos compete aos Presidentes de Junta ou pessoas por

estes indicados e aos responsáveis pelos centros de acolhimento, os quais são

enviados ao CRPL.

– O Hospital, CSL e os serviços mortuários elaboram registos diários de doentes e

mortos, os quais são enviados para a CMPC.

– Os centros de acolhimento mantêm atualizados registos das pessoas recolhidas

nos mesmos, os quais são enviados diariamente à CMPC.

– O CRPL com base na informação disponível procura determinar o paradeiro dos

desaparecidos.

– Contribuem para a pesquisa e localização de desaparecidos as forças no TO

com missões de busca e salvamento.

Apoio Psicológico:

– O apoio psicológico às vítimas e seus familiares será coordenado pelo Centro

de Saúde de Lagoa, que para o efeito deve solicitar apoio em psicólogos.

3. Comunicações

Nas operações de proteção civil devem ser utilizados todos os meios disponíveis

de comunicações.

Para efeitos do presente Plano, designa-se por sistema de comunicações

operacionais de proteção civil ao conjunto de meios, procedimentos, frequências,

indicativos de chamada e endereços dos intervenientes previstos no PMEPCL.

Os meios do sistema de comunicações operacionais de proteção civil são os

indicados na Figura 2 .

Page 71: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE

Figura 2 - Meios do sistema de comunicações operacionais de

Missões:

As missões específicas de âmbito

abaixo indicados, sem prejuízo de outras a atribuir pelo

seguintes:

SMPC:

– Assegura a operacionalidade permanente dos equipamentos de comunicações

do SMPC;

Telecomunicações

Telefone fixo

Telemóvel

Telefax

Internet

LANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL

PLANO GERAL Revisão: 0

Meios do sistema de comunicações operacionais de proteção

As missões específicas de âmbito das comunicações, atribuídas aos intervenientes

abaixo indicados, sem prejuízo de outras a atribuir pelo Diretor do Plano, são as

Assegura a operacionalidade permanente dos equipamentos de comunicações

Meios

Telecomunicações

Públicas

Telefone fixo

Telemóvel

Telefax

Internet

Redes Rádio

SRPCBA

Câmara Municipal

PSP

GNR

Policia Marítima

Exército

EDA

Rádio Amadores

Hospital

Edição: 02

Revisão: 02 Setembro 2015

Página 71 de 241

proteção civil.

das comunicações, atribuídas aos intervenientes

r do Plano, são as

Assegura a operacionalidade permanente dos equipamentos de comunicações

Page 72: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 72 de 241

– Promove a formação e treino dos elementos da Câmara Municipal de Lagoa

com funções de proteção civil, nomeadamente quanto á utilização dos

procedimentos de comunicações;

– Garante a atualização permanente da Lista de Contactos;

– Identifica necessidades quando ao reforço de meios e de pessoal para o

funcionamento das comunicações.

BVPD:

– Reforço com telefonistas, se solicitado, as comunicações na CMPC.

PSP:

– Se necessário e dentro das suas disponibilidades, assegura o serviço de

estafetas.

Exército:

– Se solicitado, estabelece e assegura uma rede rádio entre o Diretor do Plano e

o COS;

– Se necessário e dentro das suas disponibilidades, colabora no serviço de

estafetas

Escuteiros:

– Se necessário colaboram no serviço de estafetas.

Procedimentos e Instruções de Coordenação

O local principal e alternativo de funcionamento da CMPC deve ser dotado de 2 ou

mais telefones fixos, um fax e dispor de Internet, preferencialmente, sem fios, bem

como de rede rádio.

O Posto de Comando Avançado, local onde se localiza o COS, deve dispor, no

mínimo, de meio rádio.

Os agentes de proteção civil, entidades e organizações de apoio utilizam nas

comunicações internas e na ligação com o seu representante na CMPC, as redes e

meios próprios de telecomunicações.

Page 73: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 73 de 241

À data da elaboração do presente Plano não existem radioamadores localizados no

concelho de Lagoa. Caso venham a existir e se encontrem licenciados, podem ser

chamados a colaborar no sistema de comunicações operacionais de proteção civil,

sob a coordenação do SMPC.

Em caso de falha total das telecomunicações, será montado um serviço de

estafetas, a guarnecer, consoante a disponibilidade, pela Polícia de Segurança

Pública, Exército, escuteiros ou voluntários, preferencialmente, motociclistas. A

coordenação do serviço de estafetas fica a cargo do SMPC.

O SMPC é responsável pela elaboração, manutenção e atualização da Lista de

Contactos, da qual consta a designação do agente de proteção, entidade e órgão

de apoio, responsável e substituto, telefone fixo, telemóvel e e-mail do serviço.

A Lista de Contactos encontra-se na Secção III da Parte IV.

Da Lista de Centros de Acolhimento deve contar o número de telefone fixo e e-mail,

quando aplicáveis.

Após o acionamento do PMEPCL, o SMPC estabelece e mantém as comunicações

necessárias com o SRPCBA, CMPC e o COS.

Nas comunicações operacionais não é autorizada a utilização de linguagem

codificada e serão observadas, como regras, a não sobreposição de

comunicações, a utilização exclusiva dos meios para comunicações de serviço e o

respeito pelos procedimentos estabelecidos e prioridades de mensagem.

Para efeito de comunicação via rádio o organograma das comunicações, o

diagrama de redes e os procedimentos rádio são os abaixo indicados.

Page 74: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 74 de 241

Organograma do sistema de comunicações operacionais

O sistema de comunicações operacionais previsto no PMPCL, representado no

organograma da Figura 3 , utiliza infraestruturas de telecomunicações públicas que

se agrupam em redes do serviço telefónico fixo e móvel, serviço de telefax e

Internet, e as redes rádios do SRPCBA, dos agentes de proteção civil e dos

radioamadores.

Figura 3 – Organograma do sistema de comunicações o peracionais

Sistema de Comunicações

Telecomunicações Públicas

Rede de Serviço Telefónico Fixo

Rede de Serviço Telefónico Móvel

Rede de Serviço de Telefax

Internet

Redes de Rádio

SRPCBA

Forças de Segurança

Forças Armadas

Radioamadores

Page 75: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 75 de 241

Procedimentos de comunicações rádio

A clareza, simplicidade e rapidez nas comunicações rádio são obtidas por

expressões rádio, algumas das quais se apresentam nos quadros seguintes.

Expressão Significado

Aqui Após estas expressões segue-se o indicativo do posto que está a emitir

Escuto Terminei a minha mensagem e aguardo uma mensagem do posto que contactei

Terminado Terminei a minha mensagem e não aguardo resposta do posto que contactei. A ligação terminou e o canal fica de novo livre.

No local Estou no local da ocorrência

Disponível Estou fora da unidade, apto para prestar serviço

De regresso Regresso ao quartel (posso ou não estar disponível)

INOP Estou avariado (incapaz de prestar qualquer serviço)

Na unidade Cheguei à minha unidade e vou desligar o rádio. Para me mobilizar comunique com a unidade.

Acuse repetindo Repita a mensagem exatamente como a recebeu

Afirmativo Sim

Aguarde Mantenha-se na escuta pois em breve será enviada nova mensagem (a ligação deve ser terminada de seguida, utilizando os procedimentos definidos para fecho)

Algarismos Seguem-se algarismos ou números

Assim farei Percebi a sua mensagem e vou atuar como solicitado

Confirme Repita a informação solicitada (ou prestada)

Correto A informação recebida está correta (se tiver indicações para cumprir, serão cumpridas)

Errado A mensagem estava errada

Eu repito Vou repetir (toda ou parte da mensagem)

Eu soletro Vou soletrar (letra a letra) a palavra anterior

Hora Segue-se a indicação horária

Informe Preste a informação solicitada

Negativo Não

Recebido Recebido Recebi (entendi) a sua mensagem

Silêncio (repetindo 3 vezes)

Cessar imediatamente todas as emissões neste canal, exceto as referentes ao acidente atual

Silêncio cancelado O silêncio foi cancelado, retomar as comunicações no regime normal.

Quadro 6 - Expressões de mensagem

Page 76: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 76 de 241

Expressão Significado Expressão Significado

Alfa A November N

Bravo B Oscar O

Charlie C Papa P

Delta D Quebéc Q

Écho (lê-se equo) E Romeo (lê-se rómio) R

Fox-Trot F Sierra S

Golf G Tango T

Hotel H Uniform U

India I Victor V

Juliete (lê-se juliéte) J Whiskey W

Kilo K X-Ray (lê-se ecsrei) X

Lima L Yankee (lê-se ianqui) Y

Mike (lê-se maique) M Zulu Z

Quadro 7 - Alfabeto fonético

Hora Linguagem comum Expressão

24.00 Meia-noite Horas, vinte e quatro

00.05 Meia-noite e três Horas, vinte e quatro, zero três

00.70 Sete horas Horas, sete, zero, zero

11.25 Onze e vinte cinco Horas, onze, vinte cinco

14.45 Um quarto para as três Horas, catorze, quarenta e cinco

Quadro 8 - Transmissão de horas

4. Gestão da Informação

A gestão da informação consiste no processo de receção, confirmação, recolha,

tratamento e transmissão de informação relativa a uma situação de emergência.

Assim, a gestão da informação envolve:

– A receção da informação, que consiste na transmissão de dados sobre uma

dada situação de emergência por populares;

Page 77: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 77 de 241

– Confirmação da informação, realizada pelos agentes de proteção civil, entidades

e organismos de apoio, relativamente à informação rececionada pelos

populares;

– Recolha de informação, que consiste na transmissão de dados sobre uma

situação de emergência pelos agentes de proteção civil, entidades e organismos

de apoio;

– Tratamento de informação, consiste na análise da informação com vista a

determinar ações subsequentes, identificar destinatários da informação e

proceder ao seu registo;

– Registo e disponibilização de informação, realizado no Comando Coordenador

de Emergência.

– Transmissão de informação, que consiste na comunicação pela estrutura de

coordenação e comando de informações aos agentes de proteção civil,

entidades, organismos de apoio, população e órgão de comunicação social;

Os principais Objetivos da gestão da informação são:

– O esclarecimento da situação de emergência;

– Potenciar a afetação de recursos nos locais de sinistro e no tempo de resposta;

– Informar os agentes de proteção civil, entidades e organismos de apoio;

– Avisar e informar a população.

A gestão da informação encontra-se dividida em três componentes:

– Gestão da informação entre as entidades atuantes nas operações;

– Gestão da informação às entidades intervenientes do plano;

– Informação Pública.

4.1. Gestão da informação entre as entidades atuant es nas operações

A gestão da informação entre as entidades atuantes no TO e a estrutura de

coordenação e comando realiza-se nos sentidos ascendente e descendente.

Page 78: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 78 de 241

No sentido ascendente com a recolha e confirmação de informação pelas entidades

e sua transmissão à estrutura de coordenação e comando.

No sentido descendente pelo estrutura de coordenação e comando às entidades

com informação complementar sobre a situação no TO, bem como informação

relativa a condições meteorológicas, crises sísmicas, perigos detetados nas

estradas, entre outros.

Sempre que possível, e de modo a aliviar o COS, a transmissão da informação

deve se realizar pelos elementos da CMPC às organizações a que pertencem,

acumulando desta forma as funções de elementos de ligação.

A participação na gestão de informação de emergência é uma responsabilidade de

todos. O tipo de informação a ser reportado pelas forças de intervenção é o

seguinte:

– De situação: descrição geral da ocorrência com indicação de:

• Localização;

• Hora de ocorrência;

• Tipo de ocorrência (acidente de transito, inundação, derrame, fuga de

gás, sismo, …);

• Danos pessoais com indicação do número de mortes, feridos graves e

ligeiros, situação dos acidentados, sexo e idades;

• Danos ambientais, por ex. existência de derrames, incêndios, emissões

de gases;

• Danos materiais, em veículos, edifícios, viadutos e outras estruturas

• Danos em animais, acidentados ou mortos.

– De necessidades: indicação de recursos para dar resposta à situação de

emergência os quais, à data do reporte, não se encontram no local. A título de

exemplo de recursos indica-se especialistas para avaliação do perigo de

colapso de escombros, ou a necessidade de grua par a remoção dos mesmos

para acesso a acidentados.

Page 79: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 79 de 241

– De circulação: dados relativos a obstruções encontradas nas vias rodoviárias

com indicação do tipo e sua localização.

– De perigos: indicação do tipo de perigo e sua localização. Exemplos: linhas

elétricas caídas, colapso parcial de estradas, eminência de queda de taludes.

A transmissão da informação ocorre por um dos seguintes meios:

– Por voz (rádio, telefone, telemóvel);

– Escrita (fax, e-mail, documento em papel);

– Presencial, nomeadamente com a realização de briefings;

– Videoconferência.

Diariamente os agentes de proteção civil, entidades e organismos devem elaborar

relatórios de situação conforme modelos da Secção III da Parte IV, e remete-los ao

Diretor do Plano.

Quando a duração da resposta a situações de emergência ultrapassar as 24horas,

deve ser estabelecido pelo Diretor do Plano a realização de briefings diários, no

local de reunião da CMPC.

Os briefings têm por finalidades informar os intervenientes da evolução da situação

de emergência e coordenar atividades futuras.

Participam nos briefings para além do Diretor do Plano e da CMPC, o COS, os

comandantes das forças dos agentes de proteção e os responsáveis das entidades

e organizações de apoio.

4.2. Gestão da informação às entidades intervenient es do plano

Os agentes de proteção civil, entidades e organismos de apoio não intervenientes

na fase inicial de resposta a uma situação de emergência, cuja atuação no TO seja

espectável, devem ser informados da ocorrência e seu desenvolvimento, com vista

ao seu aprontamento.

Compete ao Diretor do Plano a ordem de aprontamento, a qual deve ser

acompanhada das previsíveis missões a atribuir.

Page 80: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 80 de 241

Compete ao Gabinete de Apoio da CML a atualização da informação a prestar,

sempre que se considere pertinente, mas nunca excedendo períodos de 24 horas.

Os agentes de proteção civil, entidades e organismos de apoio com ordem de

aprontamento devem ser convocados aquando da realização de briefings.

4.3. Informação Pública

Destina-se a avisar e manter informada a população sobre a ocorrência de uma

situação de emergência, bem como a relembrar as medidas de autoproteção a

adotar.

O aviso às populações pode ser desencadeado através da utilização dos seguintes

meios, em separado ou em simultâneo:

– Radiodifusão de comunicações pelas rádios e RTP/A;

– Avisos sonoros e instruções difundidos pelos altifalantes dos veículos da Policia

de Segurança Pública, dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada e veículos

da Câmara Municipal;

– Via telefone ou telemóvel para estabelecimentos de grande concentração de

público, nomeadamente, estabelecimentos de ensino, superfícies comerciais e

fábricas;

– Pessoalmente através de elementos dos agentes de proteção civil, entidades e

organismos de apoio, nomeadamente, com recurso a megafones;

– Sinos das igrejas.

Estes sinais deverão ser definidos e divulgados junto das populações, de modo a

que a população afetada possa facilmente reagir ao estímulo sonoro.

No estabelecimento dos procedimentos de aviso e informação pública, há que ter

em conta que:

– Parte dos munícipes poderá ignorar, não ouvir ou não entender os avisos das

autoridades, bem como as informações ou instruções que lhe são destinadas;

– Algumas pessoas poderão necessitar de atenção especial, tendo em conta as

incapacidades de que sofrem ou do local de residência;

Page 81: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 81 de 241

– Quando a ocorrência atingir uma área superior à do Município de Lagoa, a

informação poderá vir a ser vinculada através das estações de televisão e de

radiodifusão nacionais e regionais.

A informação pública será realizada preferencialmente através dos OCS.

Nos centros de acolhimento a informação pública poderá realizar-se pela leitura e

afixação de comunicados.

O Gabinete de Apoio garante a ligação com os órgãos de comunicação social,

diligenciando para que sejam emitidos na íntegra e em tempo útil, os avisos,

comunicados, notas de imprensa e outras formas de difusão de informações, no

âmbito da sua missão de serviço público.

A informação a disponibilizar deverá informar acerca de:

– Situação atual da ocorrência;

– Ações em curso para o socorro e assistência;

– Áreas de acesso restrito;

– Medidas de autoproteção

– Locais de reunião, acolhimento provisório ou assistência;

– Números de telefone e locais de contacto para informações;

– Números de telefone e locais para recebimento de donativos e serviço

voluntário;

– Instruções para regresso de populações evacuadas.

A periodicidade da divulgação da informação é da responsabilidade do Diretor do

Plano devendo, contudo, ser feito pelo menos um press release diário.

5. Procedimentos de Evacuação

A evacuação consiste na movimentação de pessoas de um local de risco real ou

potencial, para um local seguro.

Dependendo da natureza do risco e do tempo de resposta, a evacuação pode

ainda abranger animais, documentos e bens.

Page 82: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 82 de 241

A evacuação das populações pode ocorrer de uma área, localidade ou edifício.

Relativamente à localidade, a evacuação pode ser total ou parcial.

A evacuação pode realiza-se segundo dois modos:

– Evacuação imediata: a desencadear na eminência da ocorrência ou após a

ocorrência do sinistro, onde o afastamento imediato do local de risco é essencial

para a salvaguarda da vida humana;

– Evacuação horária: evacuação a concretizar-se até uma dada hora, o que

possibilita às populações a salvaguarda de documentos, bens e animais.

A ordem de evacuação é proposta pelo Comandante das Operações de Socorro e

validada pelo Diretor do Plano.

Os principais cenários de evacuação de populações são os seguintes:

– Erupção vulcânica (lançamento de gases e cinzas): implica a evacuação total de

pessoas e animais;

– Crise sísmica: evacuação parcial das populações de zonas densamente

urbanizadas e com falta ou com poucos espaços livres;

– Tsunami: afastamento das populações da costa e praias;

– Incêndio urbano: evacuação das populações dos edifícios em risco;

– Incêndio florestal: evacuação total das populações, e se possível de animais,

dos edifícios em risco;

– Risco de colapso (perda de estabilidade estrutural dos edifícios na sequência de

incêndio, sismo ou de outro evento), evacuação das populações dos edifícios

em risco;

– Inundação: afastamento das populações do leito de ribeiras.

– Emissão de gases tóxicos: evacuação total de pessoas e se possível, de

animais;

– Acidente rodoviário com camião cisterna, com risco de incêndio e explosão:

afastamento das populações para além do perímetro de segurança.

Page 83: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 83 de 241

De forma a se sistematizar os procedimentos de evacuação das populações

considera-se que a mesma comporta as seguintes fases:

– Aviso das populações;

– Movimentação;

– Apoio na evacuação;

– Confirmação da evacuação;

– Isolamento das áreas evacuadas ou sinistradas.

Aviso:

O aviso das populações realiza-se conforme descrito no ponto 4.3 Informação

pública.

Da informação de aviso deve constar os locais para onde as populações se devem

deslocar, os quais podem ser:

– Para além do perímetro de segurança;

– Para zonas de concentração local;

– Para zonas de reunião e irradiação;

– Para centros de acolhimento.

As Zonas de Concentração Local (ZCL), localizam-se na proximidade da zona de

sinistro, são locais de concentração provisórios de pessoas que não possuem

meios de transporte. São estabelecidos pelos agentes de proteção civil aquando da

ocorrência e comunicados ao SMPC para disponibilização de meios.

A responsabilidade pelas populações presentes nas ZCL é do agente de proteção

civil que a estabeleceu e cessa com a recolha das mesmas.

As Zonas de Reunião e Irradiação (ZRI) são locais amplos e seguros, previstos no

PMEPCL, para onde convergem as populações pelos próprios meios e as

recolhidas das diversas ZCL. Têm por principais finalidades a reunião de famílias, o

registo de desaparecidos e a organização dos grupos com destino aos centros de

acolhimento.

Page 84: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 84 de 241

Compete ao SMPC a organização, direção e coordenação das ZRI.

Movimentação:

A movimentação das populações realiza-se pelos meios próprios.

Quando a distância do local de risco ao local de segurança é curta, a deslocação

realiza-se a pé. Para maiores distancias, as pessoas devem utilizar os seus

próprios veículos.

As pessoas que não possuem de meios de transporte são encaminhadas para

ZCL, sendo posteriormente recolhidas.

A orientação da evacuação e a movimentação das populações é da

responsabilidade das Forças de Segurança.

O tráfego rodoviário deve ser reencaminhado pelas forças de segurança, de modo

a não interferir com a movimentação das populações a evacuar, nem com a

mobilidade das forças de intervenção.

Ao longo das vias rodoviárias de evacuação, sempre que se afigure necessário, as

Forças de Segurança devem criar de barreiras de encaminhamento de tráfego e

pontos de controlo, que se destinam a prestar assistência aos evacuados e a

manter o fluxo da movimentação em direção às ZCI.

O Gabinete de Apoio deve emitir comunicados para os OCS com a indicação dos

locais para onde as populações se devem dirigir e a solicitar às populações não

evacuadas que não se dirigem para a zona sinistrada, se mantenham nas suas

residências, de modo a não congestionar as vias de evacuação.

O regresso das populações às áreas anteriormente evacuadas é controlado pelas

forças de segurança, tendo em vista a manutenção das condições de tráfego.

Apoio na evacuação:

O apoio na evacuação abrange as pessoas com mobilidade condicionada e com

limitações na perceção de riscos. Encontram-se nestas condições as pessoas:

– Presentes nas suas moradias e que se encontram acamadas, idosos que vivem

sozinhos, deficientes motores e mentais e idosos com crianças a seu cargo.

Page 85: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 85 de 241

– Populações que se encontrem em lares de idosos, centros de dia, creches e

infantários, estabelecimentos de ensino especial.

Compete ao SMPC conjuntamente com as Juntas de Freguesia e o IDSA a

referenciação e atualização da Lista de Pessoas com Mobilidade Condicionada, a

qual se destina exclusivamente a evacuação horária.

A evacuação imediata é da responsabilidade das respetivas instituições, a qual se

deve proceder em conformidade com os procedimentos em caso de emergência ou

plano de emergência interno.

Na lista acima referenciada, relativamente às instituições deve contar a morada,

número de utentes, número de funcionário e horário de funcionamento.

O apoio à evacuação é assegurado com o transporte adequado à situação dos

evacuados e com efetivos para orientarem e executarem as evacuações.

Confirmação da evacuação:

A confirmação da evacuação de edifícios é da responsabilidade dos respetivos

proprietários ou de quem detiver a exploração do edifício, a qual deve ser feita de

acordo com as medidas previstas no plano de evacuação.

A confirmação da evacuação de áreas e localidades é da responsabilidade dos

agentes de proteção civil.

Isolamento das áreas evacuadas ou sinistradas:

Compete às Forças de Segurança o isolamento das áreas evacuadas ou

sinistradas.

O Exército colabora no isolamento das áreas referidas.

Sempre que a situação de emergência aconselha um maior afastamento dos

agentes da autoridade ou se assista à falta de meios humanos, o isolamento das

áreas evacuadas será realizado com a colocação de obstáculos das vias de

acesso, complementados com sinais de proibição e de aviso, e eventualmente, com

informação escrita complementar dos perigos presentes.

Page 86: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 86 de 241

Corredores de emergência

Compete às Forças de Segurança a abertura e manutenção de corredores de

emergência, quando solicitados pelo Diretor do Plano.

Evacuação de documentos, bens e animais

Com vista à salvaguarda do património artístico, cultural e histórico, compete a

cada organização a definição dos documentos e bens a serem evacuados, bem

como a nomeação das pessoas responsáveis pela sua evacuação.

O SMPC, quando solicitado, disponibiliza meios de transporte e pessoal para

auxílio à evacuação.

A evacuação dos animais é responsabilidade dos respetivos donos, podendo o

SMPC auxiliar na sua evacuação se para tal houver disponibilidade.

Os agentes de proteção civil ao encontrarem animais presos, que se encontram ou

podem vir a se encontrar em risco de vida, devem libertar os mesmos.

Evacuação dos agentes de proteção civil

Têm competência para ordenar a evacuação dos meios de intervenção do local do

sinistro o comandante da força de intervenção presente no local.

6. Manutenção da Ordem Pública

A manutenção da ordem pública é da competência das Forças de Segurança.

Todos os agentes de proteção civil, entidades e organismos de apoio devem

colaborar com as Forças de Segurança com vista à manutenção da ordem pública.

Contribuem para a manutenção da ordem pública a informação das populações, a

audição das suas necessidades e a satisfação, dentro do possível, das mesmas.

Em situação de emergência assume particular importância a manutenção da ordem

pública na zona de sinistro e de apoio, nas vias de circulação, localidades

evacuadas, edifícios e recintos indispensáveis às operações de proteção civil.

Page 87: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 87 de 241

O acesso às zonas de sinistro e de apoio deve ser limitado às forças de

intervenção, entidades e organismos de apoio. Para o efeito, as Forças de

Segurança executam o controlo de acessos, nomeadamente, através de barreiras

colocadas nas vias de circulação e pela delimitação de perímetro com fita de

sinalização.

O controlo do tráfego é fundamental para facilitar o acesso dos meios de socorro e

de apoio ás zonas de sinistro e a evacuação de feridos e populações. Compete às

Forças de Segurança o estudo da rede viária do município com vista ao

estabelecimento de circuitos alternativos de circulação e ao estabelecimento de

pontos de controlo de tráfego.

A segurança de bens das localidades evacuadas é assegurada pelas Forças de

Segurança, com a colaboração do Exército, com a realização de patrulhamentos

apeados e/ou motorizados. Poderá ser decretado o recolher obrigatório com vista a

impedir roubos e pilhagens, incluindo a possibilidade de detenção de todos os

indivíduos ai encontrados sem autorização.

Quando as condições de segurança não permitirem a realização de patrulhamentos

nas localidades, a segurança é garantida com a presença com barreiras vigiadas

em todas as vias de acesso (incluindo os caminhos rurais) e a realização de

patrulhamentos pelo perímetro de segurança.

A segurança dos estabelecimentos comerciais e industriais é da responsabilidade

dos respetivos empresários, devendo para o efeito, recorrer a empresas privadas

de segurança, cujos vigilantes se devem apresentar uniformizados. Esta situação

não é aplicada em caso de evacuação de localidades.

Quando se afigure necessário, a segurança dos edifícios e recintos indispensáveis

às operações de proteção civil é garantida pelas Forças de Segurança ou do

Exército.

A manutenção da ordem pública nos centros de acolhimento é assegurada em

permanência por agentes das Forças de Segurança.

Page 88: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 88 de 241

7. Serviços Médicos e Transporte de Vítimas

Nos procedimentos e instruções de coordenação estão identificados os meios e as

responsabilidades dos agentes de proteção civil e entidades de apoio, quanto às

atividades de saúde e evacuação, face a um elevado número de vítimas.

Prioridade de Ação:

– Garantir a prestação de cuidados médicos de emergência nas áreas atingidas,

nomeadamente a triagem, estabilização e transporte das vítimas para as

unidades de saúde;

– Caso se verifique necessário, assegurar a montagem, organização e

funcionamento de Postos Médicos Avançados onde se processarão as ações de

triagem secundária;

– Coordenar as ações de saúde pública e assistência nas áreas atingidas.

Procedimentos e Instruções de Coordenação

– A triagem primária, realizada no local afetado pelo acidente grave ou catástrofe,

é da competência dos tripulantes das ambulâncias de socorro dos BVPD.

– Os tripulantes das ambulâncias de socorro prestam os primeiros socorros às

vítimas que se encontrem nas zonas afetadas;

– O primeiro médico ou enfermeiro ao chegar ao local assume a função de

coordenador da triagem secundária. Na presença de um médico e enfermeiro

no local de sinistro, a função de coordenador é assumida pelo médico.

– O coordenador deve interligar-se com o Comandante das Operações de

Socorro e tentar fazer uma avaliação rápida, sobre:

• O que aconteceu;

• Possíveis perigos;

• Número provável de vítimas;

• Meios no local;

Page 89: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 89 de 241

• Ações já desenvolvidas;

• Necessidades imediatas.

– Esta avaliação e todas as subsequentes devem ser transmitidas ao Diretor do

Plano, para que este possa:

• Garantir o eventual reforço de meios humanos e materiais;

• Garantir a drenagem hospitalar.

– O reforço de ambulâncias e respetivas tripulações é assegurado pelos BVPD.

Esgotada a sua capacidade, o Diretor do Plano deve solicitar ao SRPCBA o

reforço de ambulâncias, nomeadamente dos bombeiros voluntários da Ribeira

Grande e de Vila Franca do Campo.

– O Regimento de Guarnição n.º 2 dispõe de uma ambulância todo o terreno,

enfermeiros e socorristas, cujo apoio pode também ser solicitado através do

SRPCBA.

– Os meios de desencarceramento são fornecidos pelos BVPD, sem prejuízo do

reforço por outras cooperações de bombeiros.

– O transporte da população que apresente ferimentos ligeiros ou que se encontra

ilesa é coordenado e assegurada pelo SMPC.

– O transporte das vítimas é efetuado pelas ambulâncias presentes sob a

orientação do profissional de saúde coordenador.

– Os profissionais de saúde presentes no local devem colocar-se sob a orientação

do médico coordenador.

Em medicina de catástrofe as prioridades não são impostas pela gravidade das

lesões apresentadas mas sim pelas probabilidades de sobrevivência. Perante isto é

primordial a triagem.

Entende-se por triagem a avaliação e classificação das vítimas quanto ao tipo e

gravidade das lesões apresentadas, com o objetivo de definir prioridades no

respetivo tratamento.

Page 90: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 90 de 241

– A triagem:

• Deve ser feita rapidamente

• Poderá ser feita diretamente no local

• Invariavelmente repetida no Posto de Triagem

– Em articulação com o Comandante das Operações de Socorro deve ser definido

o local para instalação de:

• Posto de Triagem

• Parque de Ambulâncias

• Área de Recolha de Mortos

– O Posto de Triagem:

• Pode ser qualquer área ou local que ofereça condições para a reunião,

triagem, estabilização, registo e identificação das vítimas e do respetivo

destino;

• Deve situar-se entre o local de sinistro e o parque de ambulâncias, possuir

espaço amplo, com áreas de entrada e saída distintas e corredores de

sentido único.

– O Posto de Triagem, pode ser reforçado pelo SRPCBA com:

• Kit de catástrofe;

• Viatura de emergência médica dos BVRG;

• Helicóptero da Força Aérea preparado para a emergência médica.

– A PSP controla o acesso e garante a segurança dos postos de triagem.

– Após a triagem deve ser iniciado o tratamento, o que será feito de acordo com

os critérios definidos e a gravidade das lesões.

– As vítimas podem ser agrupadas em três grupos:

• Urgência Absoluta

• Urgência Relativa

Page 91: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 91 de 241

• Não Urgentes

Urgência Absoluta: vítimas que necessitam de cuidados imediatos como os

inconscientes, hemorragias graves, paragem cárdio pulmonar, choque, T.C.E.,

queimaduras graves, lesões graves do tórax e abdómen.

Urgência Relativa: vítimas que necessitam de tratamento urgente e que ainda

podem aguardar, como as fraturas, queimaduras moderadas ou leves, pequenas

hemorragias.

Não Urgentes: vítimas que apresentam ferimentos ligeiros, alterações psicológicas,

mortos e ilesos.

– Dar prioridade na atuação aos casos com maior probabilidade de sobrevivência.

– Deve existir no Posto de Triagem um elemento com funções de secretariado.

– Deve adotar-se um meio de identificação das vítimas e seu agrupamento.

– A orientação da drenagem hospitalar deve:

• Ser efetuada de forma concertada entre o médico no local e o médico das

Urgências do Hospital Divino Espírito Santo;

• Ter em consideração o número de ambulâncias, o respetivo equipamento e

a formação dos elementos que as tripulam.

– Na presença de um número elevado de feridos, o Centro de Saúde de Lagoa

deve receber e tratar as vítimas não urgentes, podendo também receber parte

das vítimas de urgência relativa.

– O Hospital do Divino Espírito Santo e a Unidade de Saúde de Lagoa procedem

ao registo dos sinistrados atendidos e mantêm os mesmos, permanentemente

atualizados. Esta informação deverá ser disponibilizada ao Diretor do Plano.

– O Diretor do Plano em coordenação com o HDES e a Unidade de Saúde de

Lagoa devem procurar informar o mais rapidamente possível os familiares das

vítimas.

– Caso se revele necessário, a autoridade de saúde, em articulação com o Diretor

do Plano, deve mobilizar a farmácia do concelho que se localize mais próximo

Page 92: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 92 de 241

do local da situação de emergência, para apoio e auxílio às atividades de

assistência médica.

– Compete à autoridade de saúde de Lagoa a elaboração de comunicados sobre

recomendações às populações de carácter sanitário, a serem entregues no

Gabinete de Imprensa, para posterior difusão pelos OCS.

8. Socorro e Salvamento

As ações de socorro, busca e salvamento são exercidas, de acordo com as suas

atribuições próprias, pelos agentes de proteção civil.

A intervenção inicial face a um acidente grave ou catástrofe cabe, prioritariamente

aos BVPD que, para tal, dispõem de um conjunto de meios que utilizam

habitualmente nas ocorrências diárias.

Se a ocorrência se verificar no mar, a intervenção inicial cabe à Autoridade

Marítima, apoiada pelos BVPD.

Estrutura de Comando e Coordenação

O comando das operações de socorro, busca e salvamento integradas em

operações de proteção civil é realizado pelas entidades abaixo designadas:

– Diretor do Plano;

– Comandante das Operações de Socorro.

A coordenação e colaboração institucional entre os agentes de proteção civil são

asseguradas a nível regional pelo SRPCBA, e a nível municipal, pela CMPC, a qual

integra representantes dos agentes de proteção civil envolvidos na ocorrência.

Missões

No âmbito das operações de socorro, busca e salvamento as missões atribuídas

são as abaixo indicadas:

– Entidades de comando: comando das operações;

Page 93: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 93 de 241

– CMPC: gestão da participação operacional de cada força, através do respetivo

representante, bem como assegurar os meios necessários ao desenvolvimento

das operações por parte da mesma.

– Agentes de proteção civil: as definidas no ponto 3.1.1 Fase de Emergência.

Prioridade de Ação

– Prioridade às operações de socorro sobre as de busca e salvamento.

Procedimentos e Instruções de Coordenação

Comandante das Operações de Socorro

– O chefe da primeira equipa de intervenção dos BVPD assume a função de

Comandante das Operações de Socorro.

– O comando das operações de socorro é assumido pelo elemento de maior

graduação dos BVPD presente no local da ocorrência:

– Quando a ocorrência ocorra no mar, o comando das operações de socorro é da

Autoridade Marítima.

– Quando exista a atuação conjunta de vários agentes de proteção civil, o COS é

da entidade a quem cabe a gestão primária da situação de emergência.

– O COS elabora o mais rapidamente possível o Relatório de Situação Imediato e

transmite-o à central de comunicações da força a que pertence, a qual, por sua

vez, o transmite ao Diretor do Plano.

– Quando a situação de emergência não seja pontual, haverá tantos COS quanto

as frentes de socorro.

– Na situação acima identificada, e em outras cuja duração da resposta ultrapasse

as 24 horas, o COS pode ser elemento de agente de proteção não à entidade a

quem cabe a gestão primária da situação de emergência.

– Sempre que exista transferência de comando deverá ocorrer um briefing para o

próximo Comandante e uma notificação a todo o pessoal informando da mesma.

Page 94: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 94 de 241

– Os COS dependem operacionalmente do COM.

Termo da fase de emergência

O Diretor do Plano, em articulação com o COS, determina o fim da fase de

intervenção e a passagem á fase de reabilitação, quando estiverem completadas

todas as necessidades relativas á supressão da ocorrência, no que respeita ao

socorro e salvamento de vítimas.

Terminada a fase de emergência, deve proceder-se á desmobilização dos meios

não necessários à fase reabilitação.

Cabe ao Diretor do Plano a decisão sobre o regresso das populações desalojadas

às áreas consideradas seguras.

9. Serviços Mortuários

A remoção, transporte e inumação de cadáveres, de cidadãos nacionais ou

estrangeiros é feito de acordo com o Decreto-Lei n.º 411/98, de 30 de Dezembro e

respetivas atualizações.

No presente ponto são definidas os procedimentos e as instruções de coordenação

a aplicar em acidentes graves e catástrofes com um elevado número de vítimas

mortais, relativamente:

– À recolha e reunião de mortos;

– Instalação de morgues provisórias;

– Sepultamento de emergência.

Estrutura de Coordenação

A presente área de intervenção é da responsabilidade do Delegado de Saúde do

Concelho de Lagoa.

Page 95: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 95 de 241

Prioridade de Ação

– Garantir de acordo com os procedimentos operacionais previstos pelas forças

de segurança, um Correto tratamento de cadáveres.

– Definir as zonas de reunião de mortos.

– Recolher todas as informações necessárias que permitam um desenvolvimento

eficaz das operações de identificação dos cadáveres.

– Assegurar a presença das forças de segurança nas zonas onde decorrem as

operações de mortuária, e garantir a manutenção de perímetros de segurança.

– Garantir a capacidade de transporte de cadáveres, assim como todos os

procedimentos legais para a entrega dos corpos identificados.

– Garantir a preservação de provas, a recolha das mesmas e a sua análise,

através da manutenção da integridade das zonas onde foram recolhidos

cadáveres.

Procedimentos e Instruções de Coordenação

Recolha e reunião de vítimas mortais

– Quando, nos termos da legislação aplicável, não houver lugar à realização de

autópsia médico-legal e, por qualquer motivo, não for possível assegurar a

entrega do cadáver a qualquer das pessoas ou entidades indicadas no artigo 3.º

do Decreto-Lei nº411/98, de 30 de Dezembro a fim de se proceder à sua

inumação ou cremação dentro do prazo legal, o mesmo é removido para uma

morgue provisória.

– Conforme o disposto no ponto 2 do artigo 5º do Decreto-Lei nº411/98, de 30 de

Dezembro, a remoção de cadáveres compete à autoridade de polícia, podendo

estes solicitar a colaboração dos bombeiros ou qualquer entidade pública.

– São autoridades de polícia a PSP, a GNR e a Autoridade Marítima.

– Compete à autoridade de polícia proceder à recolha, arrolamento e guarda do

espólio dos cadáveres.

Page 96: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 96 de 241

– Antes da recolha dos cadáveres é feita a verificação do óbito pelo Delegado de

Saúde.

– A recolha dos cadáveres ou partes destes é feita para sacos de mortos. Na falta

destes, para lençóis, cobertores ou outros elementos equivalentes.

– O transporte dos cadáveres é feito em ambulâncias dos BVPD. Perante a

insuficiência de meios deve ser solicitado meios de transporte alternativos ao

SMPC.

– Os cadáveres que se encontrem nos postos médicos avançados, são

transportados para as morgues provisórias.

Morgues provisórias

– As morgues provisórias são locais onde as equipas de medicina legal/delegado

de saúde desenvolvem o seu trabalho, que culmina com a identificação e

entrega dos corpos para serem sepultados.

– As morgues provisórias devem ser instalações com um piso em espaço aberto,

plano e fácil de limpar, com boa drenagem, boa ventilação natural, provido de

água corrente e energia elétrica. Na seleção dos locais devem ser tidas em

conta, ainda, as acessibilidades, as comunicações (telefónicas ou

radiocomunicações), a privacidade, a disponibilidade e as facilidades de

segurança.

– Os locais selecionados para a instalação de morgues provisórias encontram-se

na Secção III da Parte IV.

– Compete ao SMPC providenciar os meios de apoio necessários à realização do

trabalho do Delegado de Saúde, designadamente de mesas de trabalho e

macas.

– Compete ao Delegado de Saúde assumir a gestão da morgue, ou na sua

incapacidade, nomear um gestor.

– Deverá ser assegurada a presença de representantes do Instituto de Registos e

Notariado nas morgues, para proceder ao assento de óbitos e garantir toda a

tramitação processual e documental associada.

Page 97: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 97 de 241

– Para os cadáveres decorrentes do incidente que se encontrem no Hospital do

Divino Espírito Santo ou na Unidade de Saúde de Lagoa, adotam-se os

procedimentos habituais de identificação de cadáver e de confirmação do óbito.

– A identificação de cadáveres resulta exclusivamente de técnicas médico-legais

e policiais, registadas em formulários próprios.

– Compete às entidades gestoras das morgues fornecer listas atualizadas das

vítimas mortais ao Gabinete de Imprensa.

– Em caso de perigo para a saúde pública, o Delegado de Saúde de Lagoa

ordena por escrito a inumação ou cremação dos cadáveres e partes de cadáver

que não forem entregues a pessoas com legitimidade para o requerer.

– As Forças de Segurança garantem a segurança nas morgues provisórias.

Inumação e cremação

– A inumação consiste na colocação de cadáver em sepultura, jazigo ou local de

consumpção aeróbia.

– Nenhum cadáver pode ser inumado, cremado ou encerrado em caixão de zinco

antes de decorridas vinte e quatro horas sobre o óbito.

– Nenhum cadáver pode ser inumado, cremado ou encerrado em caixão de zinco

sem que tenha sido previamente lavrado o respetivo assento ou auto de

declaração de óbito ou emitido boletim de óbito.

– A inumação não pode ter lugar fora de cemitério público.

– A ocorrência de um elevado número de vítimas mortais numa freguesia pode

originar a falta de capacidade de receção de corpos no cemitério local. Nesta

situação deve-se proceder ao sepultamento das vítimas pelos cemitérios do

concelho, ou fora deste.

– É proibida a inumação em sepultura comum não identificada, salvo em situação

de calamidade pública.

– A entidade responsável pela administração do cemitério pode ordenar a

cremação de cadáveres ou ossadas, em caso de calamidade pública.

Page 98: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 98 de 241

– Para a cremação é solicitado à Câmara Municipal de Ponta Delgada a

disponibilização do crematório do cemitério de S. Joaquim, em Ponta Delgada.

Quando por motivo legal o cadáver não possa ser inumado ou cremado,

nomeadamente para a realização de autópsia e identificação, sendo portanto

necessário a sua retenção, deve ser removido para uma casa mortuária dotada de

câmara frigorifica. Na sua ausência ou quando o número de cadáveres for elevado,

deve ser previsto o aluguer de um contentor frigorífico ou a remoção para câmaras

frigorificas de superfícies comerciais ou de industria agroalimentar existentes no

concelho.

Sepultamento de emergência

O sepultamento de emergência é aplicado nas situações em que é decretado o

estado de calamidade pública e:

– os cemitérios não têm capacidade para enterrar o número de vítimas

existente;

– os cemitérios tenham sido gravemente danificados pela ocorrência;

– é necessário celeridade nos enterros por motivos de saúde pública;

– existe insuficiência de caixões.

Os locais para sepultamento de emergência devem localizar-se sempre que

existem, em terrenos contíguos aos cemitérios. Na sua inexistência, em locais a

designar pelo Diretor do Plano.

O sepultamento de emergência consiste na inumação em sepultura comum não

identifica, aberta com meios mecânicos de escavação.

10. Protocolos

Não existem protocolos no momento da elaboração da segunda edição do

PMECPL.

Prever-se o estabelecimento de protocolos de cooperação em termos de cedência

de equipamentos, de apoio logístico, de comunicações e apoio social entre a

Câmara Municipal de Lagoa e diversos agentes de proteção civil, organismos e

Page 99: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 99 de 241

entidades de apoio, públicas e privadas, de modo a potencializar todos os recursos

e ações que se tornem necessários em caso de acidente ou catástrofe.

Neste âmbito será importante estabelecer protocolos com:

– empresas de construção civil, para determinar a existência de equipamentos e

maquinaria de engenharia e construção civil que poderão ser rapidamente

mobilizadas em caso de emergência;

– empresas de transporte de passageiros e mercadorias, pois estas poderão

prestar apoio em diversas atividades de proteção civil em caso de emergência;

– entidades responsáveis por Infraestruturas de alojamento e acolhimento, de

modo a assegurar alojamento temporário às pessoas evacuadas em caso de

acidente grave ou catástrofe;

– empresas de combustíveis e lubrificantes, devido à necessidade de

abastecimento das forças de segurança, socorro, proteção civil, emergência

médica, máquinas de engenharia e transporte, etc.;

– Laboratório Regional de Engenharia Civil, para apoio cientifico e técnico no

diagnóstico, avaliação e reabilitação de patologias em construções e na

inspeção, diagnóstico e recuperação/reabilitação de edificações/património

construído.

A responsabilidade da ativação e manutenção dos protocolos é da Unidade

Orgânica de Administração Geral.

Page 100: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 100 de 241

PARTE IV – INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Page 101: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 101 de 241

Secção I

1. Organização Geral da Proteção Civil na Região Au tónoma dos Açores

Na Região Autónoma dos Açores as políticas e ações de proteção civil são da

responsabilidade do Governo Regional dos Açores (n.º 2 da Lei n.º 27/2006, de 3

de Julho).

A estrutura da proteção civil na Região Autónoma dos Açores compreende o

SRPCBA e os serviços municipais de proteção civil.

O SRPCBA assegura o desempenho das atribuições e competências cometidas à

administração regional dos Açores no âmbito da proteção civil, dos bombeiros e do

transporte terrestre de doentes.

O SRPCBA é tutelado pelo Secretário Regional da Saúde.

2. Mecanismos da Estrutura de Proteção Civil

2.1. Composição, Convocação e Competências da Comis são de Proteção Civil

A composição e as competências da CMPC encontram-se estabelecidas no Lei n.º

65/2007, de 12 de Novembro.

Integram a Comissão Municipal de Proteção Civil os seguintes elementos:

– O Presidente da Câmara Municipal, que preside;

– Um elemento do comando dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada;

– O Delegado de Saúde;

– O Diretor da Unidade de Saúde de Lagoa (é por inerência o Delegado de

Saúde);

– O Comandante da Esquadra da Lagoa da Polícia de Segurança;

– Um representante do Instituto para o Desenvolvimento Social dos Açores;

– Um representante do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores;

Page 102: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 102 de 241

– Representantes de outras entidades e serviços, implementados no município,

cujas atividades e áreas funcionais possam, de acordo com os riscos existentes,

contribuir para as ações de proteção civil;

– Um representante do Exército caso se verifique a sua participação nas

operações de proteção civil.

Os presidentes de junta de freguesia têm direito a participar nas reuniões e em

todas as ações da CMPC sempre que estejam em causa as respetivas áreas

geográficas de jurisdição.

Em anexo ao presente Plano é junto a Lista de Contactos da CMPC, cuja

atualização compete ao SMPC.

As competências da CMPC são as seguintes:

– Acionar a elaboração do plano municipal de emergência, remetê-lo para

aprovação pelo SRPCBA e acompanhar a sua execução;

– Acompanhar as políticas diretamente ligadas ao sistema de proteção civil que

sejam desenvolvidas por agentes públicos;

– Determinar o acionamento do Plano, quando tal se justifique;

– Garantir que as entidades e instituições que integram a CMPC acionem, ao

nível municipal, no âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os

meios necessários ao desenvolvimento das ações de proteção civil;

– Difundir comunicados e avisos às populações e às instituições, incluindo os

órgãos de comunicação social;

– Assegurar a coordenação e colaboração institucional entre os diversos agentes

de proteção civil, entidades e organismos de apoio, intervenientes nas

operações de proteção civil;

– Efetuar a gestão da participação operacional de cada força ou serviço nas

operações de socorro a desencadear.

A convocação da CMPC compete ao Presidente da Câmara de Lagoa.

Page 103: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 103 de 241

A convocação da CMPC ocorre:

– Da necessidade de ativação do PMEPCL;

– Quando for declarada a situação de alerta, de contingência, ou de calamidade,

para o todo ou em parte do território do Município;

– Aquando da realização de exercícios de proteção civil;

– Para a elaboração e/ou acompanhamento da execução do Plano, suas

alterações, acompanhamento das políticas de proteção civil, ou outros assuntos

de carácter não urgente.

– Quando for declarada a situação de alerta, de contingência, ou de calamidade,

para o todo ou em parte do território do Município.

Para as duas primeiras situações acima descritas, a convocação da CMPC deve se

efetuar de forma expedita, através do meio mais célere para o efeito, sem prejuízo

de posterior formalização. Para as restantes situações a CMPC é convocada por

escrito, com um mínimo de 10 dias de antecedência.

2.2. Critérios e Âmbito para a Declaração da Situaç ão de Alerta

Os critérios para a declaração da situação de alerta são o reconhecimento da

necessidade de adotar medidas preventivas e ou medidas especiais de reação face

à iminência ou ocorrência de um acidente grave ou catástrofe.

A declaração da situação de alerta face à iminência de um acidente grave ou

catástrofe, tem por fundamento os Avisos Meteorológicos e os Comunicados

Sismológicos.

Os critérios para a declaração da situação de alerta, após a ocorrência de um

acidente grave ou catástrofe são aqueles que determinam a ativação do PMEPCL,

referidos no ponto 7.2.

O âmbito territorial da declaração da situação de alerta depende da extensão

territorial dos efeitos reais ou potenciais da ocorrência ou iminência da ocorrência

do acidente grave ou catástrofe, podendo abranger todos ou parte do Munícipe de

Lagoa.

Page 104: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 104 de 241

2.3. Sistema de Monitorização, Alerta e Aviso

Monitorização e Alerta

O Município de Lagoa encontra-se abrangido pelos sistemas de monitorização do

Instituto de Meteorologia (IM), do Sistema de Vigilância Sismológica dos Açores

(SIVISA) e Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).

O Instituto de Meteorologia (IM) mantém e desenvolve sistemas de monitorização,

informação e vigilância meteorológica e da composição da atmosfera, relativas a

situações meteorológicas adversas, através do Sistema de Avisos Meteorológicos,

possuindo a exclusividade de emissão de avisos de mau tempo de carácter

meteorológico às entidades públicas e privadas. O IM dispondo para o efeito de

uma rede de estações meteorológicas e de postos udométricos para monitorização

climatológica, nomeadamente, precipitação, vento, queda de neve, trovoada, frio,

calor, nevoeiro e agitação marítima.

O Sistema de Avisos Meteorológicos tem por objetivo emitir avisos meteorológicos

ao SRPCBA e à população em geral sempre que se preveja ou se observe a

ocorrência de fenómenos meteorológicos adversos, que nas próximas 24 horas

possam causar danos ou prejuízos a diferentes níveis, dependendo da sua

intensidade.

No que respeita ao Município de Lagoa, os avisos são emitidos à escala do Grupo

Oriental, para diferentes parâmetros meteorológicos, segundo uma tabela de cores,

que reflete o grau de intensidade do fenómeno. As cores dos níveis de avisos

meteorológicos devem ser interpretadas da forma indicada no Quadro 9

Nível de Aviso Considerações consoante o nível de aviso

Verde Não se prevê nenhuma situação meteorológica de risco.

Amarelo Situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica. Acompanhar a evolução das condições meteorológicas.

Laranja Situação meteorológica de risco moderado a elevado. Manter-se ao corrente da evolução das condições meteorológicas e seguir as orientações do SRPCBA.

Vermelho Situação meteorológica de risco extremo. Manter-se regularmente ao corrente da evolução das condições meteorológicas e seguir as orientações do SRPCBA

Quadro 9 - Níveis de Avisos Meteorológicos

Page 105: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 105 de 241

A emissão de avisos meteorológicos obedece a critérios e varia consoante cada

situação. Os critérios dos avisos meteorológicos são os constantes do Quadro 10 .

Variável Climática Parâmetro

Aviso Meteorológico Unidades

Amarelo Laranja Vermelho

Vento

Velocidade média

50-70 70-90 > 90 Km/h

Rajada máxima

70-90 90-130 > 130 Km/h

Precipitação

Chuva 10-20 20-40 > 40 mm/1h

Chuva 30-40 40-60 > 60 mm/6h

Trovoada Descargas elétricas

Frequentes e dispersas

Frequentes e concentradas

Muito frequentes e

excessivamente concentradas

Nevoeiro Visibilidade >= 48h >= 72h >= 96h Horas

Tempo quente Temperatura

máxima 32 a 36 37 a 38 > 38 ºC

Tempo frio Temperatura

mínima 1 a -1 -2 a -3 < -3 ºC

Agitação marítima

Altura significativa das ondas

4-5 5-7 > 7 m

Quadro 10 - Critérios dos avisos meteorológicos

Caso sejam emitidos para duas ou mais situações meteorológicas distintas, com

diferentes níveis de aviso, o Grupo Oriental aparecerá com a cor referente ao

parâmetro que tem o risco mais elevado.

O Sistema de Vigilância Sismológica dos Açores (SIVISA) é uma estrutura criada

em Abril de 1997 através de um protocolo de cooperação técnica e científico

assinado entre o Instituto de Meteorologia e a Universidade dos Açores. O

protocolo visa garantir a complementaridade e a rendibilidade dos meios técnicos e

humanos necessários para a vigilância da atividade sísmica na região dos Açores,

por forma a melhorar o sistema de monitorização à data existente e a incrementar a

capacidade de resposta às autoridades regionais e nacionais.

Page 106: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 106 de 241

O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) é uma

associação privada sem fins lucrativos, criada em 2008 pelo Governo Regional dos

Açores (representado pelo SRPCBA) e pela Universidade dos Açores (através do

Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos). Tem como missão

assegurar a monitorização e a avaliação dos perigos geológicos nos Açores, para

assessorar técnica e cientificamente as autoridades regionais e locais de proteção

civil na mitigação dos riscos que possam colocar em causa a segurança de

pessoas e bens.

As principais atividades a desenvolver pelo CIVISA consistem na vigilância dos

perigos geológicos - erupções vulcânicas, sismos, explosões de vapor, libertação

de gases tóxicos, movimentos de massa e tsunamis - através da aplicação

integrada de técnicas de monitorização geofísica, geodésica, geoquímica e

meteorológica.

O CIVISA emite Comunicados Sismológicos os quais são disponibilizados nos sites

dos seus associados. O SRPBA procede também à difusão dos Comunicados

Sismológicos pelos OCS dos Açores.

Para a emissão de alertas, o CIVISA dispõe ainda de uma rede privativa de rádio

para ligação ao SRPCBA e autarquias.

O Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos (CVARG) é uma

unidade pluridisciplinar de investigação da Universidade dos Açores, cujas

atividades se desenrolam em torno da prevenção e da previsão de desastres,

catástrofes e calamidades naturais, privilegiando a cooperação técnica e científica,

nacional e internacional, no domínio da Vulcanologia e dos fenómenos associados,

incluindo erupções vulcânicas, sismos, explosões de vapor, emanações gasosas,

poluição atmosférica e contaminação de aquíferos, movimentos de massa,

inundações, cheias e tsunamis, entre outros.

No domínio da monitorização e vigilância sismovulcânica, o CVARG compreende o

Observatório Vulcanológico e Sismológico dos Açores, que se constitui como a

unidade operacional do CIVISA.

Page 107: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 107 de 241

As unidades científicas do CVARG que realizam monitorização são as abaixo

indicadas:

– Movimentos de Vertente e Cheias: garante a monitorização da estabilidade de

vertentes, sendo responsável pela gestão da rede hidrometeorólogica do

Governo Regional dos Açores, constituída por 10 estações meteorológicas e 20

udométricas. Adicionalmente gere 17 estações hidrométricas suscetíveis de

serem utilizadas num futuro programa de monitorização para a prevenção de

cheias.

– Neotectónica e Deformação Crustal: esta unidade científica garante a

monitorização sísmica e geodésica na região dos Açores, avaliando a

estabilidade dos sistemas tectónicos regionais e locais que se desenvolvem na

zona de contacto das placas litosféricas Eurasiática, Africana e Americana. No

domínio da Sismologia gere uma rede permanente constituída por 37 estações

analógicas distribuídas pelas diferentes ilhas do arquipélago e no âmbito das

observações geodésicas garante a operacionalidade de uma rede composta por

10 estações GPS permanentes instaladas em S. Miguel (5), Terceira (2) e Pico

(3). Tais redes são complementadas por equipamento portátil utilizado no

desenvolvimento de campanhas regulares e no acompanhamento de crises,

para o que se dispõe de 7 recetores GPS.

– Geoquímica de Gasesesta unidade científica garante a monitorização dos gases

vulcânicos expressos de forma permanente ao nível de emanações gasosas

pontuais (fumarolas) e difusas (desgaseificação ao nível dos solos). Neste

contexto, para além de um laboratório para a análise de gases, gere uma rede

fixa de 6 estações de fluxo para a determinação de dióxido de carbono e (CO2)

e sulfureto de hidrogénio (H2S), incluindo componentes para a determinação

dos fatores meteorológicos que mais influenciam as taxas de emissão, situadas

nos campos de desgaseificação dos vulcões Furnas (2) e Fogo (2) (S. Miguel),

Pico Alto (Terceira) e Vulcão Central (Graciosa). Adicionalmente, opera

equipamentos portáteis para a realização de campanhas destinadas à deteção e

quantificação do fluxo (2) e/ou concentração de gases (3) como o CO2, H2S,

CH4 e Rn.

Page 108: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 108 de 241

– Hidrogeologia e Geologia Ambiental esta unidade científica garante a

monitorização físico-química de águas frias e termais, realizada em laboratório

na sequência de campanhas de amostragem regulares em diversos pontos de

referência definidos na área de influência dos sistemas vulcânicos ativos dos

Açores.

Adicionalmente, garante a monitorização de sinais sísmicos de natureza vulcânica

gerados ao nível dos sistemas vulcano-tectónicos que se desenvolvem na área de

influência dos principais vulcões ativos dos Açores. Neste contexto, opera 1 array

sísmico de 12 elementos de 1Hz, 3 estações sísmicas digitais portáteis M24 de

1Hz, 2 estações sísmicas portáteis digitais de fabrico próprio de 1Hz e 2 estações

sísmicas digitais de banda larga.

Aviso às populações

O aviso destina-se informar as populações da iminência ou ocorrência de um

acidente grave ou catástrofe, para que:

– Nos locais de trabalho e residências possam agir de modo a salvaguardar vidas

e a proteger bens;

– Evitem locais onde esses possam ocorrer ou ocorreram;

– Procedem à evacuação de um edifício, área ou localidade para um local seguro.

Os Avisos Meteorológicos e os comunicados do CIVISA são difundidos para as

populações através dos OCS, por iniciativa do SRBPCA. Quando esta informação

seja recebida no SMPC durante o período de funcionamento normal deste serviço e

a previsão da ocorrência seja de poucas horas, o SMPC informa de imediato as

entidades constantes de um lista por si a elaborar, devendo na mesma constar os

estabelecimento de ensino, Centro de Saúde e entidades e organismos de apoio

previstos no PMEPCL.

Os avisos às populações de iniciativa do Diretor do Plano ocorrem para efeitos de

evacuação e devem conter a seguinte informação:

– As zonas potencialmente afetadas;

– Itinerários de evacuação;

Page 109: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 109 de 241

– Os locais de abrigo onde se devem dirigir e o que devem levar consigo;

– Outras medidas de proteção da sua segurança pessoal e dos seus bens

(medidas de autoproteção).

Os avisos à população realizam-se conforme descrito no ponto 4 - Gestão da

Informação, da Parte III.

Para que as populações saibam o que fazer na iminência ou ocorrência de um

acidente grave ou catástrofe, compete ao SMPC a elaboração de um Plano de

Sensibilização e Formação que abrange o mandado camarário, a ser aprovado

pelo Diretor do Plano.

Page 110: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 110 de 241

Secção II

1. Caracterização Geral

A Lagoa é uma cidade situada na costa sul da ilha de São Miguel do arquipélago

dos Açores, com 45,57 km² de área e 14 416 habitantes (2011), subdividida em

5 freguesias. O município é limitado a norte pelo município da Ribeira Grande, a

leste por Vila Franca do Campo, a oeste por Ponta Delgada e a sul pelo Oceano

Atlântico. Foi elevada a cidade por deliberação do parlamento dos Açores a 22 de

Março de 2012.

Figura 4 – Identificação do Concelho da Lagoa no Ar quipélago dos Açores

Figura 5 – Mapa de Lagoa

A Lagoa começou a ser povoada pouco depois da descoberta da Ilha de S. Miguel

(1427 pelo navegador português Diogo de Silves). Os seus primeiros habitantes

Concelho de Lagoa

Page 111: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 111 de 241

estabeleceram-se onde mais tarde surgiram as Vilas de Lagoa e Água de Pau. Foi

na zona da atual Igreja de Santa Cruz que os fundadores da Vila da Lagoa se

fixaram (junto a uma lagoa ali existente, razão do nome atribuído ao povoado). Ao

longo do séc. XV, a população da ilha continua a aumentar e na Lagoa o seu

povoado foi-se desenvolvendo para oeste, em direção a uma baía que acolheu os

primeiros barcos de pesca: o Porto dos Carneiros. A leste da Vila de Lagoa foram-

se fixando algumas famílias atraídas por prometedoras terras de cultivo e um

excelente curso de água – Água de Pau.

A 11 de Abril de 1522 a Lagoa é elevada a Vila e sede de Concelho, altura em que

já contava com 1600 habitantes e 300 habitações. A Vila era considerada uma das

melhores regiões agrícolas da ilha, predominando as culturas de trigo, do pastel e

do vinho. O seu porto desempenhava um papel importante na atividade económica

(exportação de trigo e venda de peixe).

Entretanto, a introdução da cultura de laranja, no século XVIII, e a subsequente

exportação para a Europa fez prosperar a Vila de Lagoa e Água de Pau.

Com a doença que destruiu os laranjais, estes foram substituídos pela cultura do

ananás. A construção de moradias intensifica-se assim como solares e capelas. A

prosperidade acentuou-se no séc. XIX quando a Vila de Lagoa viu surgir fábricas

de cerâmica e destilação de álcool. No séc. XX, surgiram novas fábricas,

designadamente de óleo vegetal, sabão e de ração para animais. A exploração

agropecuária e a pesca também ganharam expressão no Concelho.

No final do séc. XX e na atualidade o sector terciário assume-se como o principal

empregador do Concelho (58,2% da população ativa) e o número de empresas

deste sector sedeadas na Lagoa, cresceu na ordem dos 17,2%, de 2001 para

2004. Na atualidade, pode-se afirmar que a Lagoa começa a despontar para o

desenvolvimento turístico e as empresas de serviços começam a crescer em

número e em importância na economia do Concelho.

Page 112: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 112 de 241

Água de Pau

Água de Pau é uma vila que está situada a cerca de 7 km da sede do concelho.

Apresenta 17,43 km² de área e cerca de 3000 habitantes, com uma densidade

populacional de 175,2 hab./km².

Grande parte da sua população dedica-se à agropecuária e à agricultura, sendo

também de registar o número daqueles que têm a sua ocupação na construção

civil, nos serviços e no comércio. O artesanato tem forte implantação na localidade,

sendo de realçar os trabalhos em vime e de tecelagem.

No contexto do povoamento do arquipélago dos Açores é uma freguesia muito

antiga, constituída em 28 de Julho de 1500. Viria a ser elevada a Vila em 1515 e foi

sede de Concelho até 19 de Outubro de 1853, ficando desde então integrada no

concelho de Lagoa.

A fixação dos primeiros habitantes na sua área terá ocorrido devido à presença de

nascentes de água potável, por ser atravessada por uma ribeira que serviu como

fonte de energia-motriz e, por último, devido ao facto de as suas terras serem

férteis e abrigadas.

No século XVI, a principal cultura terá sido a do pastel, contudo na zona do Paul

existiam "pomares de muita fruta" e na da Caloura predominavam a vinha e

as figueiras.

No que respeita às atividades económicas destaca-se o comércio, pequena

indústria, agropecuária e serviços.

Em relação a eventos, de realçar as festas de Nossa Senhora dos Anjos

comemorada a 15 de Agosto, a festa do Pescador, a festa do Emigrante e as festas

dedicadas ao Divino Espírito Santo.

Esta Vila apresenta um rico e vasto património edificado, por exemplo, a Igreja

paroquial, fontanários, a Casa do Capitão, a Casa da Junta, lavadouros, mercado

de peixe, o convento da Caloura, Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, Ermida de

Nossa Senhora de Monserrate, Ermida de Nossa Senhora do Monte Santo, Igreja

de São Pedro, Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Igreja de São Sebastião, Igreja

Page 113: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 113 de 241

de Nossa Senhora das Dores e Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Em termos

de arquitetura militar, contou para sua defesa com o: Bateria de Nossa Senhora da

Conceição de Caloura, Forte da Canada do Castelo, Forte de Nossa Senhora da

Vitória de Água de Pau. Importante referir, ainda, a Serra de Água de Pau como

património natural.

Cabouco

Cabouco é uma freguesia com 5,15 km² de área, situada a cerca de 3 km da Vila

da Lagoa e com, aproximadamente, 1 900 habitantes. Apresenta uma densidade

populacional de 391,0 hab/km². Esta freguesia é denominada por Cabouco por

outrora ali terem existido grandes “caboucos” ou pedreiras. Foi elevada a freguesia

em 1980, sendo a mais nova freguesia do Concelho da Lagoa.

Povoada desde o século XV, Cabouco começou a registar um grande crescimento

depois da construção da igreja paroquial. A igreja, consagrada a Nossa Senhora da

Misericórdia, é o mais interessante monumento da freguesia. Mandou-a edificar,

em 1690, o capitão Manuel Rodrigues Canejo e sua mulher.

Atualmente, o Cabouco é uma freguesia em grande crescimento. É a freguesia do

Concelho que regista o maior índice de procura de casas e terrenos para

construção.

A agropecuária, a agricultura, a indústria e comércio são as atividades económicas

que predominam nesta freguesia.

A festa de Nossa Senhora da Misericórdia celebrada no último domingo de

Setembro é o evento a destacar.

Em relação ao património destaca-se os Fontanários, a Igreja Matriz e Casa

Brasonada. De realçar, ainda, o Museu etnográfico e zona de caça.

Nossa Senhora do Rosário

Nossa Senhora do Rosário é uma freguesia que apresenta uma área de 6,21 km²

que inclui o lugar de Atalhada, e uma densidade populacional de 827,5 hab/km².

Page 114: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 114 de 241

Em termos de população é constituída por 5396 habitantes e constitui, junto com

Santa Cruz, a Vila da Lagoa. Nesta freguesia, atualmente, concentram-se alguns

dos serviços de primordial importância para a sua população.

Elevada a vila em 22 de Abril de 1522, Lagoa contava apenas, nessa altura, com

uma paróquia, a de Santa Cruz. Meio século depois, o seu crescimento

populacional e territorial justificou bem a criação de uma segunda paróquia, a de

Nossa Senhora do Rosário. Assim, esta freguesia viria a ser criada em 5 de Abril

de 1595.

Nossa Senhora do Rosário da Lagoa é uma freguesia essencialmente industrial.

Sectores como a indústria de óleos, rações, sabões, confeções, álcool, cerâmica,

tintas, laticínios, construção civil, serralharia, carpintaria, metalomecânica, serração

de madeiras, pesca, comércio, serviços e hotelaria, além de muitos outros,

desempenham importante papel na economia da sua população. O comércio e o

turismo são também atividades significativas.

No primeiro domingo de Julho, nesta freguesia, celebra-se o dia do Sagrado

Coração de Jesus. O dia de Nossa Senhora do Rosário é festejado no segundo

domingo de Outubro. Salienta-se ainda a Festa da Juventude no Porto dos

Carneiros no terceiro fim-de-semana de Julho, as festas do Divino Espírito Santo e

as festas em honra de Nossa Senhora das Necessidades.

No que respeita a património destaca-se a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, o

solar do Fischer e a casa da Atalhada.

De destacar, também, o museu municipal, o núcleo da tanoaria, com a reprodução

de uma antiga oficina e outros locais como a orla marítima, piscinas naturais,

parque de merendas e parque de campismo.

Ribeira Chã

Ribeira Chã é uma freguesia com 2,52 km² de área e 396 habitantes (2011), o que

corresponde a uma densidade populacional de 158,6 hab/km². Confronta com o

mar e com as freguesias de Água de Pau e Água D’Alto (Concelho de Vila Franca

do Campo) e situa-se a cerca de 10 km da Vila da Lagoa.

Page 115: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 115 de 241

Apesar do povoamento ser antigo, existindo antes de 1637, o povoado apenas foi

elevado a curato em 1902 e a freguesia e paróquia em 1966, tendo até então

funcionado sempre na área de influência da antiga vila de Água de Pau.

O seu nome advém da ribeira que corre nas suas proximidades e que desagua no

mar, por uma grota coberta de lajes rasas.

A agricultura, a pecuária e o comércio são as atividades económicas que

predominam.

No primeiro domingo de Agosto, a população desta freguesia festeja a sua festa

religiosa – Santíssimo Sacramento.

Em termos de património a igreja paroquial, consagrada a S. José, foi construída

em 1962 de modo a substituir a primitiva ermida do século XIX, é um bom cartão

de visita.

Não esquecer o Museu de Arte Sacra e Etnografia e o Museu Agrícola.

Em termos de património natural, o miradouro do Pisão oferece encantadoras

paisagens.

Santa Cruz

Santa Cruz é uma freguesia, integrando o lugar dos Remédio, com 14,26 km² de

área, 3 671 habitantes (2011) e uma densidade populacional de 257,2 hab/km².

Foi na zona da atual igreja de Santa Cruz que os fundadores da Vila da Lagoa se

fixaram, junto a uma lagoa então aí existente e que viria a dar nome ao povoado.

A 22 de Abril de 1522 D. João III elevava Lagoa à categoria de vila e esta freguesia

a sede do concelho.

A agricultura, a agropecuária, o comércio e a indústria são as atividades

económicas de referência.

Celebra a sua festa religiosa no primeiro domingo de Agosto, em honra ao

Santíssimo. Anualmente, a 13 de Junho, realizam-se as tradicionais festas de

Santo António, promovidas pela Junta de Freguesia.

Page 116: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 116 de 241

É nesta freguesia que se situa o Edifício dos Paços do Concelho, mais

concretamente no Largo D. João III. Importante referir, também, em termos de

património a Igreja Matriz, o Convento dos Franciscanos, a Ermida de Nossa

Senhora do Cabo, a Ermida de Nossa Senhora dos Remédios e o núcleo da tenda

do ferreiro e ferrador do museu municipal. Outros locais como o Jardim do

Convento dos Franciscanos, o miradouro da estrada da Lagoa do Fogo, o parque

de merendas da Chã de Marcela e a orla marítima são pontos de referência desta

freguesia.

2. Caracterização Física

Orografia

No que respeita à orografia, o concelho de Lagoa apresenta pequenas nascentes

de água, como a Ribeira de São Tiago na freguesia de Água de Pau e a Ribeira do

Porto na freguesia do Cabouco.

A Serra de Água de Pau domina todo o concelho no sentido Norte/Sul situando-se

numa altitude de 939 m. De realçar, que a freguesia de Água de Pau é a que

apresenta uma maior altitude média e a freguesia de Nossa Senhora do Rosário a

menor altitude média.

Geotecnia

O relevo deste concelho é integrado na ilha de São Miguel, sendo caracterizado

por basalto e andesito.

Sismicidade

Em relação à atividade sísmica o arquipélago dos Açores caracteriza-se por uma

atividade sísmica de origem tectónica ou vulcânica. Assim, existe uma forte

probabilidade de ocorrência de atividade sísmica no arquipélago possível de

provocar danos de elevada intensidade.

Page 117: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 117 de 241

Clima

O clima é ameno e húmido, com temperaturas médias que variam entre os 14 ºC e

os 22 ºC, e com uma precipitação regular ao longo do ano. A humidade apresenta

valores médios anuais que rondam os 83%.

3. Caracterização Socioeconómica

Analisando o quadro abaixo apresentado verifica-se que Região Autónoma dos

Açores (RAA) ultrapassou, em 2011, os 246 mil habitantes, representando uma

variação positiva de 2,1% em relação a 2001. Contudo, face a 2001, verifica-se

uma variação negativa em quase todas as ilhas exceto nas seguintes: São Miguel

(4,7%), Terceira (1,1%) e Corvo (1,2%).

Local de Residência 2001 (Nº) 2011 (Nº) Variação 2001/2011 (%)

RAA 241.763 246.746 2,1

Santa Maria 5.578 5.552 -0,5

São Miguel 131.609 137.830 4,7

Terceira 55.833 56.437 1,1

Graciosa 4.780 4.391 -8,1

São Jorge 9.674 9.171 -5,2

Pico 14.806 14.148 -4,4

Faial 15.063 14.994 -0,5

Flores 3.995 3.793 -5,1

Corvo 425 430 1,2

Quadro 11 - Número de habitantes na RAA, por ilhas

Fonte: INE, Censos 2001; Censos 2011 (dados provisórios)

Entre 2001 e 2011 verifica-se, analisando os concelhos do arquipélago, que o

concelho de Lagoa apresenta uma variação positiva de 2,1%, sendo um dos 7

concelhos dos Açores a crescer entre 2001 e 2011.

Page 118: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 118 de 241

Local de residência População Residente (Nº.) Variação 2011/2001

(%) 2001 2011

Região Autónoma dos Açores 241.763 246.746 2,1

Vila do Porto 5.578 5.552 -0,5

Lagoa 14.126 14.416 2,1

Nordeste 5.291 4.937 -6,7

Ponta Delgada 65.854 68.809 4,5

Povoação 6.726 6.327 -5,9

Ribeira Grande 28.462 32.112 12,8

Vila Franca do Campo 11.150 11.229 0,7

Angra do Heroísmo 35.581 35.402 -0,5

Vila da Praia da Vitória 20.252 21.035 3,9

Santa Cruz da Graciosa 4.780 4.391 -8,1

Calheta 4.069 3.773 -7,3

Velas 5.605 5.398 -3,7

Lajes do Pico 5.041 4.711 -6,5

Madalena 6.136 6.049 -1,4

São Roque do Pico 3.629 3.388 -6,6

Horta 15.063 14.994 -0,5

Lajes das Flores 1.502 1.504 0,1

Santa Cruz das Flores 2.493 2.289 -8,2

Corvo 425 430 1,2 Quadro 12 - Número de habitantes na RAA, por concel hos

Fonte: INE, Censos 2001; Censos 2011 (dados provisórios)

No que respeita à população residente, verifica-se que a freguesia de Nossa

Senhora do Rosário, em 2011, é a que apresenta o maior número de residentes

(37,4%).

Local de residência População residente 2001 População residente 2011

(N.º) (%) (N.º) (%)

Lagoa (R.A.A.) 14.126 100,0% 14.416 100,0%

Água de Pau 3.122 22,1% 3.058 21,2%

Cabouco 1.736 12,3% 1.895 13,1%

Lagoa (Nossa Senhora do Rosário) 5.401 38,2% 5.396 37,4%

Lagoa (Santa Cruz) 3.501 24,8% 3.671 25,5%

Ribeira Chã 366 2,6% 396 2,7% Quadro 13 - População residente por freguesia entre os anos 2001 e 2011

Fonte: INE, Censos 2001; Censos 2011 (dados provisórios)

Page 119: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 119 de 241

A população residente no concelho de Lagoa, em 2011, atinge os 14 416 mil

habitantes representando uma variação positiva de 2,1% face a 2001. Analisando a

variação da população do concelho de Lagoa, verifica-se que a freguesia do

Cabouco tem o maior aumento, ou seja, 9,2%, sendo que, em situação contrária, a

freguesia de Água de Pau tem o maior decréscimo de -2,0%.

Local de Residência População residente

2001 2011 Var (%)

2011/2001 Lagoa (R.A.A.) 14.126 14.416 2,1%

Água de Pau 3.122 3.058 -2,0%

Cabouco 1.736 1.895 9,2%

Lagoa (Nossa Senhora do Rosário) 5.401 5.396 -0,1%

Lagoa (Santa Cruz) 3.501 3.671 4,9%

Ribeira Chã 366 396 8,2% Quadro 14 - População residente por freguesia

Fonte: INE, Censos 2001; Censos 2011 (dados provisórios)

No que respeita à análise do quadro abaixo apresentado, de destacar a freguesia

de Nossa Senhora do Rosário, com densidade acima dos 800 habitantes/Km².

Local de Residência Densidade Populacional 2011 (N.º/Km2)

Lagoa (R.A.A.) 316,2

Água de Pau 175,2

Cabouco 391,0

Lagoa (Nossa Senhora do Rosário) 827,5

Lagoa (Santa Cruz) 257,2

Ribeira Chã 158,6 Quadro 15 - Densidade populacional em 2011

Fonte: INE, Censos 2011 (dados provisórios)

O concelho de Lagoa, segundo os dados preliminares dos Censos de 2011,

apresenta uma população com mais mulheres (50,4%) do que homens (49,6%),

conforme nos mostra o quadro seguinte.

Page 120: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 120 de 241

Local de Residência

Sexo

2011

H (Nº) H (%) M (Nº) M (%)

Lagoa (R.A.A.) 7.153 49,6% 7263 50,4%

Água de Pau 1.532 50,1% 1526 49,9%

Cabouco 936 49,4% 959 50,6%

Lagoa (Nossa Senhora do Rosário) 2.637 48,9% 2759 51,1%

Lagoa (Santa Cruz) 1.849 50,4% 1822 49,6%

Ribeira Chã 199 50,3% 197 49,7% Quadro 16 - Proporção de sexo feminino e masculino da população no concelho de Lagoa

Fonte: INE, Censos 2011 (dados provisórios)

Em relação ao estado civil no concelho de Lagoa, segundo os Censos de 2011,

verifica-se que 44,7% da população residente era solteira, 45,6% era casada,

sendo que 5,6% eram viúvos e 4,0% divorciados ou separados.

Fonte: INE, Censos 2011 (dados provisórios)

Local de Residência

Estado Civil

2011 Solteiro

(Nº) Solteiro

(%) Casado

(Nº) Casado

(%) Viúvo (Nº)

Viúvo (%)

Div./Sep. (Nº)

Div./Sep. (%)

Lagoa (R.A.A.) 6.448 44,7% 6.579 45,6% 810 5,6% 579 4,0%

Água de Pau 1.383 45,2% 1.419 46,4% 173 5,7% 83 2,7%

Cabouco 808 42,6% 942 49,7% 93 4,9% 52 2,7% Lagoa (Nossa Senhora do Rosário)

2.402 44,5% 2.422 44,9% 293 5,4% 279 5,2%

Lagoa (Santa Cruz) 1.690 46,0% 1.599 43,6% 224 6,1% 158 4,3%

Ribeira Chã 165 41,7% 197 49,7% 27 6,8% 7 1,8%

Quadro 17 - Estado Civil da população do concelho d e Lagoa

Page 121: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 121 de 241

Através dos dados disponíveis pelo INE (quadros abaixo) à data podemos verificar

que em 2011 o concelho de Lagoa apresenta uma população maioritariamente com

idade entre os 25 e os 64 anos de idade.

Local de Residência

Grupo Etário

2011

0-14 (Nº)

0-14 (%)

15-24 (Nº)

15-24 (%)

25-64 (Nº)

25-64 (%)

65+ anos (Nº)

65+ anos (%)

Lagoa (R.A.A.) 3023 21,0% 2221 15,4% 7711 53,5% 1461 10,1%

Água de Pau 644 21,1% 488 16,0% 1609 52,6% 317 10,4%

Cabouco 433 22,8% 279 14,7% 1032 54,5% 151 8,0% Lagoa (Nossa Senhora do Rosário)

1051 19,5% 831 15,4% 2930 54,3% 584 10,8%

Lagoa (Santa Cruz) 809 22,0% 573 15,6% 1947 53,0% 342 9,3%

Ribeira Chã 86 21,7% 50 12,6% 193 48,7% 67 16,9% Quadro 18 - Grupo etário da população do concelho d e Lagoa

Fonte: INE, Censos 2011 (dados provisórios)

Page 122: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 122 de 241

No que respeita à escolaridade, podemos verificar que 22,9% da população não possui nenhum nível de

escolarização/formação, 27,9% possui o 1º Ciclo, 19,5% o 2º Ciclo, 14,9% possui o 3º Ciclo, 7,8% o ensino secundário e

apenas 6,1% possui o ensino superior.

Local de residência

Nenhum (Nº.)

Nenhum (%)

Básico - 1.º ciclo

(Nº.)

Básico - 1.º ciclo

(%)

Básico - 2.º ciclo

(Nº.)

Básico - 2.º ciclo

(%)

Básico - 3.º ciclo

(Nº.)

Básico - 3.º ciclo

(%)

Secundário (Nº.)

Secundário (%)

Pós-secundário

(Nº.)

Pós-secundário

(%)

Superior (Nº.)

Superior (%)

Lagoa (R.A.A.) 3306 22,9% 4029 27,9% 2815 19,5% 2153 14,9% 1126 7,8% 111 0,8% 876 6,1%

Água de Pau 800 26,2% 978 32,0% 560 18,3% 397 13,0% 196 6,4% 11 0,4% 116 3,8%

Cabouco 470 24,8% 486 25,6% 414 21,8% 275 14,5% 156 8,2% 14 0,7% 80 4,2%

Lagoa (Nossa Senhora do Rosário)

1141 21,1% 1299 24,1% 964 17,9% 888 16,5% 533 9,9% 54 1,0% 517 9,6%

Lagoa (Santa Cruz) 812 22,1% 1132 30,8% 791 21,5% 537 14,6% 216 5,9% 30 0,8% 153 4,2%

Ribeira Chã 83 21,0% 134 33,8% 86 21,7% 56 14,1% 25 6,3% 2 0,5% 10 2,5%

Quadro 19 - Quadro 19 – Habilitações da população d o concelho de Lagoa

Fonte: INE, Censos 2011 (dados provisórios)

Page 123: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 02 Setembro 2015

Página 123 de 241

Em relação aos alojamentos, segundo os dados provisórios dos Censos de

2011, verifica-se que no concelho de Lagoa um total de 5.050 alojamentos.

Destes 5.034 são alojamentos familiares clássicos, 6 são alojamentos

familiares não clássicos e 10 caracterizam-se por ser alojamentos coletivos.

Local

Alojamentos

2011

Total Alojamentos familiares

Alojamentos Familiares -Clássicos

Alojamentos Familiares –

Não clássicos

Alojamentos coletivos

Lagoa (R.A.A.) 5.050 5.040 5.034 6 10

Água de Pau 1.083 1.081 1.081 0 2

Cabouco 592 592 591 1 0

Lagoa (Nossa Senhora do Rosário)

1.983 1.978 1.975 3 5

Lagoa (Santa Cruz) 1.191 1.188 1.186 2 3

Ribeira Chã 201 201 201 0 0

Quadro 20 - Alojamento em 2011

Fonte: INE, Censos 2011 (dados provisórios)

No que respeita aos edifícios o concelho de Lagoa conta com um total de 4657

edifícios, sendo a freguesia de Nossa Senhora do Rosário a apresentar o maior

número de edifícios por freguesia.

Page 124: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 124 de 241

Local

Edifícios 2011

Total

Clássico construído estruturalmente

para possuir 1 ou 2 alojamentos

Clássico construído estruturalmente

para possuir 3 ou mais alojamentos

Outro tipo

Lagoa (R.A.A.) 4.657 4.560 91 6 Água de Pau 1.051 1.042 7 2 Cabouco 579 578 1 0 Lagoa (Nossa Senhora do Rosário)

1.737 1.682 52 3

Lagoa (Santa Cruz) 1.091 1.059 31 1 Ribeira Chã 199 199 0 0

Quadro 21 - Edifícios em 2011

Fonte: INE, Censos 2011 (dados provisórios)

No quadro abaixo podemos observar diversos indicadores demográficos

referentes a 2010.

Ano Indicadores Demográficos Unid. R.A. Açores S. Miguel Lagoa

2010

Densidade Populacional Hab/km2 105,9 180,9 350,9

Taxa de Natalidade

11,1 12,9 12,5

Taxa de Mortalidade 10,0 8,9 5,9

Taxa de Nupcialidade 4,9 5,3 3,4

Taxa de Fecundidade 42,5 47,7 45,6

Taxa de Divórcio 3,0 3,1 2,8

Nados-Vivos Fora do Casamento

%

27,1 24,3 25,3

Casamentos Católicos 23,0 23,2 20,8

Índice de Envelhecimento 68,8 50,3 47,2 Quadro 22 - Indicadores demográficos referentes a 2 010

Fonte: SREA, Anuário de 2010

A taxa de atividade refere-se à razão entre a população empregada e a

população residente, numa determinada área e num determinado tempo, assim

verifica-se, no quadro abaixo apresentado, que o concelho de Lagoa, em 2001,

apresenta uma taxa de atividade de 42,7%.

Segundo o SREA a taxa de atividade média para o ano de 2010 é de 48,2%

para a Região Autónoma dos Açores.

Page 125: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 125 de 241

Local de Residência Taxa de Atividade (%)

RAA 42,0

São Miguel 41,7

Lagoa (R.A.A.) 42,7

Água de Pau 39,8

Cabouco 41,7

Lagoa (Nossa Senhora do Rosário) 45,0

Lagoa (Santa Cruz) 42,7

Ribeira Chã 37,9 Quadro 23 - Taxa de atividade em 2001

Fonte: INE, Censos 2011

A taxa de desemprego expressa a relação entre a população desempregada e

a população ativa. Em 2001, a taxa de desemprego do concelho de Lagoa

(7,6%) apresentava valores muito semelhantes à da ilha e superiores aos do

arquipélago, como se pode evidenciar no quadro abaixo apresentado.

Segundo o SREA, em 2011, a taxa de desemprego média anual foi de 11,5%,

estimando que o valor médio anual de desempregados na RAA foi de 13. 848.

Local Taxa de Desemprego (%)

RAA 6,7

São Miguel 7,7

Lagoa 7,6 Quadro 24 - Taxa de desemprego em 2001

Fonte: INE, Censos 2001

No que respeita ao tecido empresarial, em 2009, segundo o SREA o concelho

da Lagoa possuía as seguintes empresas por CAE.

CAE Nº de Empresas

Pesca e aquicultura 27

Indústrias extrativas 0

Indústrias transformadoras 54

Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição 1

Construção 186

Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos 192

Transportes e armazenagem 21

Page 126: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 126 de 241

CAE Nº de Empresas

Alojamento, restauração e similares 77

Atividades de informação e de comunicação 4

Atividades imobiliárias 11

Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 63

Atividades administrativas e dos serviços de apoio 35

Educação 48

Atividades de saúde humana e apoio social 38

Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas 29

Outras atividades de serviços 134

Total 920

Quadro 25 - Empresas por CAE em 2009

Fonte: SREA

4. Caracterização das Infraestruturas

Administração Local

Edifício da Câmara Municipal de Lagoa (Paços do Concelho)

Serviço de Finanças

Instituto de Segurança Social

Centro De Prestações Pecuniárias De Segurança Social

Cartório Notarial do Concelho da Lagoa

RIAC

Conservatória do Registo Civil / Predial / Comercial

Junta de Freguesia de Água de Pau

Junta de Freguesia de Santa Cruz

Junta de Freguesia de Nossa Senhora do Rosário

Junta de Freguesia de Ribeira Chã

Junta de Freguesia de Cabouco

Page 127: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 127 de 241

Educação

Escola Secundária de Lagoa

Escola Básica Integrada de Lagoa

Escola EB/JI Dr. Francisco M. Faria e Maia

Escola EB/JI Marquês de Jácome Correia

Escola EB/JI Dr. Francisco Carreiro da Costa

Escola EB/JI Prof. Octávio Gomes Filipe

Escola EB/JI Tavares Canário

Escola EB/JI Dr. José Pereira Botelho

Escola EB/JI D. Manuel Medeiros Guerreiro

Escola 2,3 Padre João José do Amaral

Básica Integrada de Água de Pau

Escola EB/JI João Ferreira da Silva

Escola EB/JI Padre João Caetano Flores

Escola Profissional de Lagoa

Saúde

Centro de Saúde de Lagoa

Centro de Saúde de Água de Pau

Unidade de Saúde de Lagoa

Segurança

Polícia de Segurança Pública de Lagoa

Complexos Industriais

Fábrica do Sabão/Rações – situado na Rua da Fábrica (Freguesia de Rosário);

Page 128: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 128 de 241

Fábrica do Álcool – situado na Rua da Fábrica (Freguesia do Rosário);

Parque Industrial do Chã Rego D’Água (freguesia do Cabouco);

Complexo Industrial da Zona da Malaca (Freguesia do Cabouco).

Portos

Porto dos Carneiros

Porto da Caloura

Património/Cultura

Casa do Pescador;

Casa Museu de Maria dos Anjos Melo

Centro Cultural da Caloura;

Museu Agrícola e Quintal Etnográfico;

Museu da Cerâmica Vieira;

Museu das Lavadeiras;

Museu de Arte Sacra e Etnografia;

Museu do Alambique;

Museu do Presépio Açoriano;

Museu Etnográfico do Cabouco;

Oficina de Tanoaria;

Presépio Movimentado;

Tenda do Ferreiro Ferrador;

Núcleos Museológicos da Junta de Freguesia de Água de Pau;

Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores;

Igreja Matriz de Santa Cruz;

Convento dos Franciscanos;

Page 129: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 129 de 241

Igreja de Nossa Senhora do Rosário;

Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Misericórdia;

Igreja Paroquial de Nossa Senhora dos Anjos;

Igreja Paroquial de São José;

Ermida Nossa Senhora do Cabo;

Ermida Nossa Senhora dos Remédios;

Ermida de Nossa Senhora do Monte Santo;

Ermida de São Pedro;

Ermida de São Tiago;

Convento da Caloura;

Biblioteca Municipal de Lagoa;

Cineteatro da Lagoa.

Consultar em anexo, as fichas dos edifícios.

5. Caracterização do Risco

No presente ponto é feita a identificação dos perigos potenciais que podem

afetar o Município de Lagoa, a análise dos riscos associados aos perigos

identificados e propostas para mitigação dos riscos.

Para efeitos de planeamento de emergência, “perigo” pode definir-se como o

evento ou a situação, de génese natural, tecnológica ou antrópica, suscetível

de causar ou de criar um impacto negativo considerável na comunidade.

Por impacto negativo na comunidade entende-se o potencial do evento ou

situação de causar danos em termos de lesões ou ferimentos no corpo

humano, danos para a saúde, danos para o património, danos para o ambiente,

ou uma combinação destes.

A identificação dos perigos é o processo de reconhecer a existência de um

perigo e de definir as suas características.

Page 130: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 130 de 241

A identificação dos perigos teve por base a caracterização do Município ao

nível físico, geográfico, social, económico, infraestrutural e nos registos

históricos de ocorrência de situações de emergência.

Os perigos potenciais no Município de Lagoa, classificados segundo a sua

origem, encontram-se agrupados em 4 grupos:

– Perigos Naturais, os que resultam do funcionamento dos sistemas naturais;

– Perigos Tecnológicos, os que resultam de acidentes, frequentemente

súbitos e não planeados, decorrentes da atividade humana,

– Perigos Mistos, os que resultam da combinação de ações continuadas da

atividade humana com o funcionamento dos sistemas naturais;

– Perigos de saúde, os que resultam de epidemias.

A identificação dos perigos que afetam uma dada comunidade é um processo

contínuo que nunca está completamente finalizado. Os resultados da análise

das vulnerabilidades do território carecem de uma atualização face a novas

indústrias, urbanizações, vias de acesso e à melhoria dos conhecimentos

científicos relativos às várias tipologias de riscos. O Quadro 26 apresenta os

perigos potenciais identificados no Município de Lagoa.

Perigos Categoria Designação

Naturais

Condições meteorológicas

adversas

Ciclones e tempestades tropicais

Tornados

Enxurradas e inundações

Galgamentos costeiros

Geologia

Sismos

Vulcões

Tsunamis

Movimentos de massa em vertentes

Tecnológicos

Transportes

Acidente grave rodoviário

Acidente grave marítimo

Acidente grave aéreo

Acidente no transporte de mercadorias perigosas

Page 131: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 131 de 241

Perigos Categoria Designação

Vias de comunicação Colapso de viadutos e pontões

Acidente em parque industrial

Acidente em instalações de combustíveis

Áreas urbanas Incêndios em edifícios

Colapso de estruturas

Mistos Incêndios florestais

Acidentes de poluição

Saúde Doença Epidemias

Quadro 26 - Perigos potencias no Município de Lagoa

Compete ao SMPC o registo da ocorrência dos perigos acima identificados e

danos causados, de modo a manter um registo histórico das situações de

emergência no Município.

5.1. Análise de risco

No âmbito do planeamento de emergência de proteção civil, “risco” é definido

como a combinação da probabilidade de ocorrência de um evento ou situação

perigoso e respetiva estimativa das suas consequências sobre pessoas, bens e

o ambiente.

O método usado para a análise do risco é baseado nos cenários de acidente

associados a cada perigo identificado e aplicação de uma matriz de risco com

base na estimativa do grau de gravidade dos danos potenciais e na

probabilidade de ocorrência do risco.

A “probabilidade” é a medida da maior ou menor possibilidade da ocorrência ou

frequência da ocorrência de um evento ou situação perigosa. A “gravidade” é

definida como as consequências de um evento ou situação perigosa,

expressas em termos de escala de intensidade das consequências negativas

para a população, bens e ambiente. Associado ao grau de gravidade está o

conceito de “vulnerabilidade” , a qual pode ser definida como o potencial para

gerar vítimas, bem como perdas económicas para os cidadãos, empresas ou

organizações, em resultado de uma dada ocorrência.

Page 132: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 132 de 241

O risco é então calculado pelo produto da probabilidade pela gravidade.

Os critérios para a definição dos graus de probabilidade são indicados no

Quadro 27 .

Probabilidade Descrição

Elevada

É expectável que ocorra em quase todas as circunstâncias; E ou nível elevado de incidentes registados; E ou fortes evidências; E ou forte probabilidade de ocorrência do evento; E ou fortes razões para ocorrer; Pode ocorrer uma vez por ano ou mais.

Média-Alta

Irá provavelmente ocorrer em quase todas as circunstâncias; E ou registos regulares de incidentes e razões fortes para ocorrer; Pode ocorrer uma vez em cada cinco anos. Pode ocorrer uma vez em períodos de 5-10 anos.

Média

Poderá ocorrer em algum momento; E ou com uma periodicidade incerta, aleatória e com fracas razões para ocorrer; Pode ocorrer uma vez em cada 20 anos. Pode ocorrer uma vez em períodos de 20-50 anos.

Média-baixa

Não é provável que ocorra; Não há registos ou razões que levem a estimar que ocorram; Pode ocorrer uma vez em cada 100 anos.

Baixa Poderá ocorrer apenas em circunstâncias excecionais. Pode ocorrer uma vez em cada 500 anos ou mais.

Quadro 27 - Critérios de definição dos graus de pro babilidade

Page 133: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 133 de 241

Os critérios para a definição dos graus de gravidade são indicados no Quadro

28.

Classificação Impacto Descrição

Residual

População

Não há feridos nem vítimas mortais. Não há mudança/retirada de pessoas ou apenas de um número restrito, por um período curto (até 12 horas). Pouco ou nenhum pessoal de apoio necessário (não há suporte ao nível monetário nem material). Danos sem significado.

Ambiente Não há impacte no ambiente.

Socioeconomia

Não há ou há um nível reduzido de constrangimentos na comunidade. Não há perda financeira.

Reduzida

População

Pequeno número de feridos mas sem vítimas mortais. Algumas hospitalizações e retirada de pessoas por um período inferior a 24 horas. Algum pessoal de apoio e reforço necessário. Alguns danos.

Ambiente Pequeno impacte no ambiente sem efeitos duradoiros.

Socioeconomia Disrupção (inferior a 24 horas). Alguma perda financeira.

Moderada

População

Tratamento médico necessário, mas sem vítimas mortais. Algumas hospitalizações. Retirada de pessoas por um período de 24 horas. Algum pessoal técnico necessário. Alguns danos.

Ambiente Pequeno impacte no ambiente sem efeitos duradoiros.

Page 134: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 134 de 241

Classificação Impacto Descrição

Socioeconomia Alguma disrupção na comunidade (menos de 24 horas). Alguma perda financeira.

Acentuada

População

Número elevado de feridos e de hospitalizações. Número elevado de retirada de pessoas por um período superior a 24 horas. Vítimas mortais. Recursos externos exigidos para suporte ao pessoal de apoio. Danos significativos que exigem recursos externos.

Ambiente

Alguns impactes com efeitos a longo prazo.

Socioeconomia

Funcionamento parcial da comunidade com alguns serviços indisponíveis. Perda significativa e assistência financeira necessária

Critica

População

Grande número de feridos e de hospitalizações. Retirada em grande escala de pessoas por uma duração longa. Significativo número de vítimas mortais. Pessoal de apoio e reforço necessário.

Ambiente Impacte ambiental significativo e ou danos permanentes.

Socioeconomia A comunidade deixa de conseguir funcionar sem suporte significativo.

Quadro 28 - Critérios de definição dos graus de gra vidade

Page 135: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 135 de 241

A avaliação do risco dos cenários de acidente associados a cada perigo

identificado é feita pela aplicação da matriz de risco apresentada na Quadro 29 .

Probabilidade

Gravidade

Residual Reduzida Moderada Acentuada Critica

Elevada

Risco

Baixo

Risco

Moderado

Risco

Elevado

Risco

Estremo

Risco

Estremo

Média-alta

Risco

Baixo

Risco

Moderado

Risco

Elevado

Risco

Elevado

Risco

Estremo

Média

Risco

Baixo

Risco

Moderado

Risco

Moderado

Risco

Elevado

Risco

Estremo

Média-baixa

Risco

Baixo

Risco

Baixo

Risco

Moderado

Risco

Elevado

Risco

Estremo

Baixa

Risco

Baixo

Risco

Baixo

Risco

Moderado

Risco

Moderado

Risco

Elevado

Quadro 29 - Matriz de Risco – Grau de Risco

Os riscos são classificados (grau de risco) do seguinte modo:

– Risco extremo (vermelho);

– Risco elevado (cor de laranja);

– Risco moderado (amarelo);

– Risco baixo (verde).

O risco baixo é um risco aceitável, pelo que não implica a adoção de medidas

de mitigação do mesmo.

Page 136: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 136 de 241

Os graus dos riscos associados aos perigos potenciais identificados no

Município de Lagoa são os indicados no Quadro 30 .

Grupo Designação

Gravidade

Probabilidade Grau Risco

População Ambiente Sócio economia

Per

igos

Nat

urai

s

Ciclones e tempestades naturais

Moderada Reduzida Acentuada Elevada Elevado

Tornados Reduzida Reduzida Moderada Média Moderado Enxurradas inundações

Acentuada Reduzida Acentuada Média-alta Moderado

Galgamento costeiros Moderada Reduzida Acentuada Elevada Elevado Sismos Acentuada Reduzida Acentuada Média-alta Elevado Vulcões Acentuada Acentuada Acentuada Média-baixa Elevado Tsunamis Moderada Reduzida Moderada Média-baixa Moderado Movimentos de massa em vertentes

Acentuada Residual Reduzida Média Elevado

Tec

noló

gico

s

Acidente rodoviário Acentuada Reduzida Reduzida Média Elevado Acidente marítimo Reduzida Acentuada Residual Média-baixa Baixo Acidente aéreo Residual Acentuada Residual Média-baixa Baixo Acidente transporte mercadorias perigosas

Moderada Moderada Moderada Média Moderado

Colapso viadutos Reduzida Residual Reduzida Baixa Baixo Colapso de pontões Reduzida Residual Reduzida Média Moderado Incêndio parque industrial

Reduzida Moderada Moderada Média-baixa Moderado

Incêndio/explosão posto abastecimento combustíveis

Acentuada Moderada Moderada Média Elevado

Incêndio edifícios Moderada Reduzida Moderada Média Moderado Colapso estruturas Acentuada Reduzida Acentuada Média-alta Elevado

Mis

tos

Incêndio florestal Reduzida Reduzida Reduzida Média-baixa Baixo

Acidente poluição Reduzida Acentuada Reduzida Baixa Baixo

Saú

de

Epidemias Acentuada Residual Acentuada Baixa Moderado

Quadro 30 - Graus dos riscos associados aos perigos potenciais identificados no Município de Lagoa

Page 137: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 137 de 241

Da análise do quadro anterior constata-se que os perigos naturais são aqueles

que apresentam riscos mais elevados no Município de Lagoa.

Ciclones e Tempestades Tropicais

Os Açores são visitados com relativa frequência por tempestades tropicais,

algumas das quais assumam uma intensidade elevada, passando a serem

designadas de ciclones.

Se considerarmos como tendo atingido os Açores os ciclones tropicais cujo

centro passou a menos de 100 km de qualquer das ilhas, no período 1950-

2000 (ou seja em 50 anos), os Açores foram atingidos por 24 ciclones tropicais,

o que dá uma frequência de 0,48/ano. Tal significa que nos Açores os ciclones

tropicais ocorrem com um período de retorno de sensivelmente dois anos.

Produzem ventos e chuvas fortes e são capazes de gerar ondas fortíssimas e

a maré de tempestade, uma elevação do nível do mar também causado pelos

ventos intensos quando o sistema se aproxima de uma região costeira. Estes

fatores secundários podem ser tão devastadores quanto os ventos e as chuvas

fortes.

As chuvas torrenciais podem causar enchentes severas e as marés de

tempestade podem causar inundações costeiras

Os ventos fortes são suscetíveis de provocarem danos materiais, resultantes

da remoção, entre outros, de coberturas, vedações, árvores e objetos, bem

como a quebra de vidros. Da projeção destes elementos pode resultar danos

em termos de ferimentos em pessoas, bem como a respetiva morte.

Avalia-se de elevada a probabilidade, de moderada gravidade para a

população, de acentuada a gravidade socioeconómica, e de reduzida a

gravidade para o ambiente. Está-se na presença de um risco elevado.

Tornados

O último registo de tornado no concelho data de 18 de Dezembro de 2006,

quando uma zona da então Vila de Lagoa foi atingida por um mini-tornado,

Page 138: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 138 de 241

causando prejuízos em moradias, escolas, estabelecimentos comerciais e

Infraestruturas públicas, não se tendo registado vitimas.

Na Ilha de S. Miguel o último registo data de 27 de Setembro de 2011, quando

um tornado classificado de F0 (escala de Fujita) atingiu os Fenais da Luz.

Com alguma frequência o SRPCBA aciona alerta de chuvas e ventos fortes e

tornados.

Alguns autores advogam que devido às alterações climáticas este fenómeno

será cada vez mais corrente.

Pelo acima exposto, avalia-se de média a probabilidade.

Pelos registos de danos verificados com a ocorrência de tornados na Ilha de S.

Miguel, avalia-se a gravidade de reduzida para a população e ambiente e de

moderada para a socioeconomia.

Este perigo potencial tem um risco associado de moderado.

Enxurradas e Inundações

Uma enxurrada é um grande volume de água que corre com grande força,

resultante de chuvas intensas. Nas enxurradas as águas correm com

velocidade significativa, arrastando terras, pedras, madeiras e outros objetos

que encontra na sua passagem, provocando inundações, arrastamento de

pessoas e viaturas e o derrube de pontões e edifícios.

As inundações podem ainda ter origem no transbordamento de ribeiras devido

a precipitações elevadas durante um curto período de tempo e nas ondas do

mar que invadem a terra, devido a violentas tempestades acompanhadas de

fortes chuvas.

No concelho as linhas de água são geralmente de pequena extensão tendo

igualmente associadas pequenas bacias hidrográficas. É na Serra da Água de

Pau que nasce grande parte das linhas de água existentes no concelho de

Lagoa, com caudais geralmente fracos. Contudo, devido aos frequentes

registos de enxurradas e inundações verificadas na Ilha de São Miguel, avalia-

se a probabilidade de média.

Page 139: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 139 de 241

Avalia-se de residual a moderada a gravidade para a população e a

socioeconomia e de reduzida a gravidade para o ambiente. Está-se em

presença de um risco moderado.

Galgamentos Costeiros

Os galgamentos costeiros ocorrem fundamentalmente devido a ondas de

grande altura produzidas no decurso de temporais violentos e a tsunamis. A

sua ocorrência pode originar inundações, arrastamento de pessoas e viaturas e

danos em edificações nas zonas costeiras de baixa altitude.

A sua principal ocorrência no Ilha de São Miguel resulta de temporais violentos,

pelo que este risco se considera inserido no dos Ciclones e Tempestades

Tropicais. Assim, a sua avaliação é idêntica a esses.

Avalia-se de elevada a probabilidade, de moderada gravidade para a

população, de acentuada a gravidade socioeconómica, e de reduzida a

gravidade para o ambiente. Está-se na presença de um risco elevado.

Sismos

Devido ao enquadramento geodinâmico da ilha de S. Miguel, situada no limite

das placas tectónicas da Eurásia e Núbia, a mesma está sujeita a uma elevada

atividade sísmica, com génese nas atividades tectónica e vulcânica, quase

permanente, por vezes com picos de intensidade microssísmica muito elevado.

Os principais eventos sísmicos registados em S. Miguel desde o séc. XVI, são

abaixo indicados.

Ano Intensidade Máxima Local 1522 X Vila Franca do Campo

1591 ? Vila Franca do Campo

1852 VII S. Miguel

1932 VIII Povoação

1935 VIII Povoação

1937 VII Povoação

1952 VIII Ribeira Quente

1977 VI – VII Lagoa do Congro

1983 IV – V Mosteiros e Água Retorta

Page 140: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 140 de 241

Ano Intensidade Máxima Local

1988 VI – VII S. Miguel

1989 V S. Miguel

1990 V Furnas Povoação e Água Retorta

1990 V – VI Furnas

1991 V Povoação

1996 V Mosteiros

1997 V Mosteiros, Várzea e Ginetes

1998 V – VI Várzea

1998 V Mosteiros, Várzea, Ginetes, Candelária e Sete Cidades

1999 V – VI Várzea e Mosteiros

2001 III-V Povoação

2002 III Vila Franca do Campo

2003 IV-V Vila Franca do Campo

2004 III-IV Vila Franca do Campo

2005 VI Vila Franca do Campo

2006 IV Vila Franca do Campo Quadro 31 - Atividade sísmica registada em São Migu el

Da análise do quadro verifica-se que a ilha de S. Miguel se encontra

historicamente exposta a riscos sísmicos, e que a intensidade dos mesmos é

variável.

Avalia-se de média-alta a probabilidade, de reduzida a acentuada a gravidade

para a população e a socioeconomia, e de reduzida a gravidade para o

ambiente. Está-se na presença de um risco que se pode assumir de moderado

a elevado.

Vulcões

Na ilha de São Miguel apenas se verificaram quatro erupções terrestres, desde

o início do povoamento, que data aproximadamente de 1444. Estas erupções

ocorreram duas no vulcão de Água de Pau e duas no das Furnas.

Nos mares a oeste da ilha têm ocorrido também algumas explosões

submarinas do tipo explosivo.

No maciço do Fogo e das Furnas podem ocorrer erupções vulcânicas de

diferentes estilos e desencadear diversos fenómenos geológicos secundários,

tais como escoadas lávicas, blocos de projeção balística, cinzas e lapilli de

Page 141: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 141 de 241

queda, surges e escoadas de lama. As erupções serão provavelmente

precedidas de fortes sismos.

Embora não se tenham registado erupções vulcânicas nos últimos séculos na

Ilha de São Miguel, as condições para a sua ocorrência mantêm-se, o que

configura um cenário plausível.

Todo o município se encontra nas proximidades do maciço do Fogo.

Avalia-se de média-baixa a probabilidade, de grave moderada a acentuada a

gravidade para as populações e a socioeconomia, e de acentuada a gravidade

para o ambiente. Está-se na presença de um risco médio a elevado.

Tsunamis

A existência de edificações e vias rodoviárias na proximidade da orla marítima

e a poucos metros acima do nível médio das águas do mar, especialmente na

zona costeira da cidade de Lagoa e Atalhada, expõe as mesmas ao perigo de

tsunami.

Nos Açores há registos de pelo menos 23 tsunamis. A referência mais antiga

data de 1522 e a mais recente de 1 de Janeiro de 1980, na Ilha Terceira com

0,5 m de altura.

O maior de todos os tsunamis nos Açores foi originado pelo sismo de 1 de

Novembro de 1755, com ondas entre os 11 e os 15 metros de altura na

Terceira, embora tenha atingido todas as ilhas. Outros tsunamis chegaram a ter

ondas de 10 metros, como os de 1856 e 1899, que atingiram S. Jorge.

A maior parte dos tsunamis está associada a sismos, mas os deslizamentos de

terras, por exemplo, também os pode causar

Avalia-se de média-baixa a probabilidade, de moderada a gravidade para a

população e a socioeconomia e de reduzida a gravidade para o ambiente.

Está-se na presença de um risco moderado.

Page 142: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 142 de 241

Movimentos de Massa em Vertentes

Um movimento de massa define-se como todo o deslocamento de massas

instabilizadas de rocha ou solos devido à ocorrência de rutura. Estes

movimentos são fortemente condicionados pela força da gravidade e

características geológicas (tipo e disposição das rochas no terreno, grau de

alteração e fracturação) e geomorfológicas (dependendo do declive e

conjugação com a gravidade), sendo desencadeados pela precipitação, Ação

do Homem e forças extremas, geralmente associadas sismos ou tempestades.

Os movimentos de massa ocorrem quando a estabilidade de uma determinada

vertente sofre alterações de tal ordem que passa a ser caracterizada como

instável, podendo resultar em prejuízos materiais e humanos significativos ao

afetar zonas habitacionais, zonas agrícolas, zonas ecológicas, vias de

comunicação.

As classes altimétricas no concelho de Lagoa situam-se entre os 0 e os 943 m

de altitude. As maiores altitudes desenvolvem-se na região Nordeste do

concelho, correspondendo à Serra da Água de Pau e Pico da Barrosa.

Contudo, verifica-se que a maioria dos aglomerados urbanos ocorre em zonas

altimétricas até aos 200m.

Relativamente aos declives constate-se que no concelho existem variações

significativas sobretudo na área da Serra da Água de Pau e nalgumas áreas

costeiras, verificando-se a ocorrência de declives superiores a 30º. As zonas

mais planas ocorrem na cidade de Lagoa e na área Este do concelho.

As zonas de maior risco de instabilidade de vertentes que abrangem zonas

urbanas, verificam-se na Ribeira Chã e em Água de Pau.

A zona de maior risco de instabilidade de vertentes que abrange uma via

rodoviária principal, localiza-se na estrada regional a Sul da Ribeira Chã, no

troço Água de Pau Vila Franca do Campo, a qual foi objeto de intervenções que

permitem controlar esse risco.

Page 143: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 143 de 241

Assim, avalia-se de média a probabilidade, de acentuada a gravidade para a

população, de reduzida a gravidade para a socioeconomia e de residual a

gravidade para o ambiente. Está-se na presença de um risco elevado.

Acidente Grave Rodoviário

Para efeitos do presente Plano considera-se um acidente grave rodoviário

aquele que possa desencadear a ativação do PMEPCL. Assim, em

conformidade com os critérios de ativação do plano estipulados no ponto 7. da

Parte I, são acidentes graves aqueles onde se verificam um número de feridos

igual ou superior a dez e/ou, um número de mortos igual ou superior a cinco.

Os cenários de ocorrência de um acidente grave rodoviário envolvem o choque

em cadeira entre vários veículos ligeiros, entre um veículo ligeiro e um pesado

de transporte de pessoal, ou o despiste/capotamento de um pesado de

transporte de passageiros.

Avalia-se de média a probabilidade, de acentuada a gravidade para a

população e de reduzida a gravidade para a socioeconomia e o ambiente.

Está-se na presença de um risco elevado.

Acidente Grave Marítimo

Possuindo o Município de Lagoa orla costeira admite-se o cenário de

encalhamento de navio mercante ou de cruzeiro na mesma, existindo um

registo da sua ocorrência.

No dia 21 de Novembro de 2009, o navio mercante "S. Gabriel", da Box Line,

encalhou no Baixio do Outro, na costa sul da ilha de S. Miguel, entre a Lagoa e

a Ponta de Água de Pau.

Para o cenário acima apontado bem como para o cenário de salvamento de

tripulantes de embarcações ao largo da costa do município de Lagoa, compete

ao Centro de Busca e Salvamento Marítimo de Ponta Delgada a coordenação

das operações de salvamento, pelo que este cenário não é considerado no

presente Plano.

Page 144: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 144 de 241

Avalia-se de média-baixa a probabilidade, de reduzida a gravidade para a

população e a socioeconomia e de reduzida a acentuada a gravidade para o

ambiente, esta última, para o caso de ocorrência de derrame de combustível.

Está-se na presença de um risco baixo.

Acidente Grave Aéreo

Nos Açores ocorreram os seguintes acidentes aéreos:

– No dia 5 de Agosto de 1948, após ter deslocado de São Miguel rumo a

Santa Maria, o Beechcraft D18S CS-TAA “Açor” despenhou-se no mar,

vitimando os 2 tripulantes e os 4 passageiros.

– No dia 27 de Outubro de 1949 um avião da Air France caiu no Pico da Vara,

São Miguel, tendo morrido toda a tripulação e passageiros.

– No dia 8 de Fevereiro de 1989, durante a aproximação ao Aeroporto

Internacional de Santa Maria, um avião do tipo Boing 707 da Independent

Air, despenhou-se na Serra do Pico Alto, em Santa Maria, vitimando 137

passageiros e 7 membros da tripulação, sendo até à presente data o maior

desastre aéreo em Portugal.

– No dia 27 de Outubro de 1995, um avião C-160, da Força Aérea Alemã,

com destino a St John's, Canadá, caiu ao mar depois de ter atingido um

poste na descolagem em Ponta Delgada, matando todos os 7 ocupantes.

– No dia 11 de Dezembro de 1999, o ATP matriculado CS-TGM da SATA Air

Açores, descolado de Ponta Delgada, embateu no Pico da Esperança, São

Jorge, causando a morte a todos os 35 ocupantes.

Três fatores potenciam a ocorrência de um acidente aéreo no munícipe de

Lagoa devido a erro humano:

– a sua proximidade à rota de aproximação do Aeroporto João Paulo II;

– a Serra de Água de Pau, cujo ponto mais elevado, o Pico da Barrosa tem

947 m;

– a frequente ocorrência de condições meteorológicas adversas.

Page 145: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 145 de 241

Avalia-se de média-baixa a probabilidade e de residual a acentuada a

gravidade para a população (não abrange a tripulação e tripulantes), a

socioeconomia e o ambiente. Avalia-se de acentuada a gravidade para a

população e a socioeconomia se a queda de aeronave ocorrer numa zona

urbana. Se a queda da aeronave originar um incêndio, avalia-se de acentuada

a gravidade para o ambiente.

Como cenário mais provável de queda de aeronave no município de Lagoa

admite-se o despenhamento na Serra de Água de Pau. Para este cenário

avalia-se de residual a gravidade para a população e a socioeconomia e de

acentuada a gravidade para o ambiente, dada a possível ocorrência de

incêndio.

Acidente no Transporte de Mercadorias Perigosas

São consideradas mercadorias perigosas as substâncias ou preparações que

devido à sua inflamabilidade, ecotoxicidade, corrosividade ou radioatividade,

por meio de derrame, emissão, incêndio ou explosão podem provocar

situações com efeitos negativos para o Homem e para o Ambiente.

Embora não se possuem dados sobre o transporte rodoviário de mercadorias

perigosas no concelho de Lagoa, julga-se que são predominantemente

combustíveis líquidos (gasolina e gasóleo) e combustíveis gasosos (propano e

butano), destinados ao concelho ou em trânsito pelo mesmo.

Para além destes, em menor frequência e quantidade admite-se o transporte

de substâncias explosivas, com destaque para os materiais pirotécnicos, bem

como de produtos corrosivos e tóxicos.

O cenário de acidente no transporte de mercadorias perigosas pode ocorrer

devido a colisão entre veículos, choque contra obstáculo ou capotamento de

veículo.

Um acidente envolvendo o transporte de matérias perigosas no Município de

Lagoa poderá ocorrer em algum momento, com uma periodicidade incerta e

aleatória, pelo que se avalia a sua probabilidade de média.

Page 146: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 146 de 241

Quanto à gravidade, admite-se dois cenários. Para um acidente em zona

urbana avalia-se de reduzida a acentuada a gravidade para a população,

socioeconomia e ambiente. Para um acidente fora de zona urbana avalia-se de

residual a gravidade para a população e a socioeconomia, e de reduzida a

acentuada a gravidade para o ambiente.

Está-se em presença de um risco moderado a alto.

Colapso de Viadutos

Os viadutos existentes no Município de Lagoa são os existentes no eixo Sul da

concessão rodoviária da Euroscut Açores, cuja probabilidade de ocorrência de

colapso só se admite para o cenário de sismo de grande magnitude.

Assim, avalia-se de baixa a probabilidade, de residual a gravidade para o

ambiente, de reduzida a gravidade para a população e a socioeconomia, esta

última sem entrar em conta as perdas financeiras e considerando que existe

uma alternativa rodoviária existente, a estrada regional.

Está-se na presença de um risco baixo.

Colapso de Pontões

Os pontões existentes no Município de Lagoa são na sua maioria destinados à

transposição de ribeiras e grotas. O cenário de colapso destas estruturas pode

ocorrer devido a sismo ou enxurradas conjuntamente com o arrastamento de

matérias lenhosos e pétreos.

Avalia-se de média a probabilidade, de residual a gravidade para o ambiente,

de reduzida a gravidade para a população e a socioeconomia, esta última sem

entrar em conta as perdas financeiras e considerando que existe uma

alternativa rodoviária existente, a via rápida Ponta Delgada – Vila Franca do

Campo. Está-se na presença de um risco moderado.

Page 147: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 147 de 241

Acidente em Parque Industrial

As atividades industriais predominantes no Município de Lagoa estão ligadas a

sectores que pelo tipo de produtos manuseados, fabricados ou armazenados

apresentam como principal perigo potencial o risco de incêndio. Na sequência

deste podem ocorrer explosões e emissão de gases tóxicos.

As causas de incêndio em unidades industriais são muito variadas mas, na sua

generalidade, resultam da atividade humana.

De entre as fontes de ignição de incêndio mais comuns, podem destacar-se:

– Fontes de origem térmica (fósforos, cigarros, fornos, soldadura, viaturas a

gasolina ou gasóleo),

– Fontes de origem elétrica (interruptores, disjuntores, aparelhos elétricos

defeituosos, eletricidade estática);

– Fontes de origem mecânica (chispas provocadas por ferramentas,

sobreaquecimento devido à fricção mecânica).

– Fontes de origem química (reação química com libertação de calor, reação

de substâncias auto-oxidantes).

A maioria da atividade industrial no concelho encontra-se localizada no Parque

Industrial do Chã do Rego de Água e no Parque Industrial dos Portões

Vermelhos, locais não habitados, onde a deteção de um incêndio pode ocorrer

numa fase avançada deste e já se tendo propagado a instalações vizinhas.

Avalia-se de média-baixa a probabilidade, de reduzida a gravidade para a

população, de moderada a gravidade para a socioeconomia e o ambiente.

Está-se na presença de um risco moderado.

Incêndio/Explosão em Posto de Abastecimento de Comb ustíveis

Três dos quatro postos de abastecimento de combustíveis localizam-se em

zonas urbanas.

Um incêndio/explosão num estabelecimento deste tipo pode ter origem no

desrespeito das medidas de prevenção, nomeadamente fumar durante o

Page 148: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 148 de 241

abastecimento da viatura, numa colisão de viatura com as bombas de

abastecimento, num incêndio em moradia vizinha, ou resultar de um sismo.

Dada a sua presença nas zonas urbanas avalia-se de acentuada a gravidade

para a população e de moderada a gravidade para a socioeconomia e o

ambiente. Avalia-se de média a probabilidade. Está-se em presença de um

risco elevado.

Incêndio em Edifícios

Os incêndios em edifícios podem ocorrer a qualquer momento. As causas mais

comuns de incêndios em habitações são devidas a descuidos ou

desconhecimento relacionadas com o cozinhar, aquecimento, fumar, velas,

instalações elétricas, aparelhos elétricos, brincadeiras de crianças e

desatenção de idosos.

Contribuem para a diminuição do risco de incêndio a pequena altura da

generalidade do edificado e o apetrechamento de meios humanos e materiais

dos BVPD. Contribuem para o aumento do risco de incêndio a pequena largura

das vias, caso da zona urbana da cidade de Lagoa localizada a Sul da estrada

regional e a inexistência hidrantes em algumas vias públicas para

reabastecimentos dos meios de combate a incêndios.

Avalia-se de média a probabilidade, de moderada a gravidade para a

população e a socioeconomia e de reduzida a gravidade para o ambiente.

Está-se na presença de um risco moderado.

Colapso de Estruturas

O cenário mais provável do colapso de estruturas no concelho ocorre aquando

de sismos, pelo que este risco se considera integrado no do risco de sismos.

O colapso de estruturas pode ocorrer ainda na sequência de incêndios,

enxurradas ou galgamentos costeiros.

Avalia-se o risco de colapso de estruturas de forma idêntica ao risco de sismos.

Page 149: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 149 de 241

Incêndio Florestal

Cerca de 20% da área do Município de Lagoa é ocupada por folhosas. Destas,

30% correspondendo à vegetação natural das altas altitudes da Serra de Água

de Pau e os restantes 70% a criptomérias, acácias, eucaliptos e incensos.

As características climáticas da Ilha de São Miguel, sem temperaturas elevadas

e muita humidade, e a ausência de ocorrência de incêndios florestais no

concelho nos últimos anos, com a exceção de pequenos incêndios durante a

realização de queimadas, leva a avaliar-se a probabilidade de média-baixa.

Avalia-se de reduzida a gravidade para a população, ambiente e

socioeconomia.

Está-se em presença de um risco baixo.

Acidente de Poluição

Os cenários mais prováveis de ocorrência de poluição no Município de Lagoa,

para além da poluição resultante de incêndios, resultam de um encalhamento

de navio e consequente derrame de combustível, derrame de petróleo de um

petroleiro na sequencia de acidente com este, ou derrame de combustível de

um camião cisterna na sequencia de acidente deste.

Avalia-se de baixa a probabilidade de ocorrência dos cenários referidos, de

reduzida a gravidade para a população e a socioeconomia e de acentuada o

impacto para o ambiente. Está-se na presença de um risco baixo.

Epidemias

Uma epidemia ocorre quando uma doença se desenvolve num local de forma

rápida, causando um grande número de casos de doença, num curto intervalo

de tempo.

Ocorrem geralmente quando a população de uma determinada região entra em

contacto pela primeira vez com um agente patogênico (vírus, bactéria). Neste

caso, o sistema imunológico das pessoas não está preparado para combater a

doença, que se espalha rapidamente fazendo várias vítimas.

Page 150: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 150 de 241

Os Açores no passado foram afetados por diversas epidemias que causaram

milhares de mortes.

Na atualidade a globalização favorece a transmissão de epidemias, mas o

desenvolvimento científico possibilita uma resposta mais célere às possíveis

ameaças.

Campanhas de vacinação em massa são importantes para evitar epidemias.

Este perigo embora evidenciado no presente Plano não é no mesmo tratado

por se considerar que a resposta ao mesmo é da competência das autoridades

nacional e regional de saúde.

Avalia-se de baixa a probabilidade, e de moderada a acentuada a gravidade

para a população, de reduzida a acentuada a gravidade para a socioeconomia

e de residual para o ambiente. Está-se na presença de um risco moderado.

5.2. Análise de Vulnerabilidades

A vulnerabilidade pode ser definida como o potencial para gerar vítimas, bem

como perdas económicas a cidadãos, empresas ou organizações, em resultado

de uma dada ocorrência. Assim, a análise da vulnerabilidade pretende

identificar “quem” e “o quê” vão ser afetados e “com que gravidade”, no caso de

ocorrer um acidente grave ou uma catástrofe.

A análise de venerabilidade passa-se a efetuar para os acidentes e situações

de emergência com maior grau de risco associado. Para cada um destes

eventos são considerados dois cenários: o mais provável e o mais

desfavorável.

Sismo

Cenário mais provável: sismo de grau V ou VI na escala de Mercalli (em

conformidade com a maioria dos registos históricos)

V - Forte Sentido fora de casa; pode ser avaliada a direção do movimento; as

pessoas são acordadas; os líquidos oscilam e alguns extravasam; pequenos

objetos em equilíbrio instável deslocam-se ou são derrubados. As portas

Page 151: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 151 de 241

oscilam, fecham-se ou abrem-se. Os estores e os quadros movem-se. Os

pêndulos dos relógios param ou iniciam ou alteram o seu estado de oscilação.

VI - Bastante forte Sentido por todos. Muitos assustam-se e correm para a

rua. As pessoas sentem a falta de segurança. Os pratos, as louças, os vidros

das janelas, os copos, partem-se. Objetos ornamentais, livros, etc., caem das

prateleiras. Os quadros caem das paredes. As mobílias movem-se ou tombam.

Os estuques fracos e alvenarias do tipo D fendem. Pequenos sinos tocam

(igrejas e escolas). As árvores e arbustos são visivelmente agitados ou ouve-se

o respetivo ruído.

Espectável pequeno número de feridos e danos ligeiros nas moradias mais

antigas. Atinge todo o município.

Cenário mais desfavorável: sismo de grau IX ou X na escala de Mercalli (em

conformidade com os maiores registos históricos em S. Miguel)

IX – Desastroso Pânico geral. Alvenaria D destruída; alvenaria C grandemente

danificada, às vezes com completo colapso; as alvenarias B seriamente

danificadas. Danos gerais nas fundações. As estruturas, quando não ligadas,

deslocam-se das fundações. As estruturas são fortemente abanadas. Fraturas

importantes no solo. Nos terrenos de aluvião dão-se ejeções de areia e lama;

formam-se nascentes e crateras arenosas

X – Destruidor A maioria das alvenarias e das estruturas são destruídas com

as suas fundações. Algumas estruturas de madeira bem construídas e pontes

são destruídas. Danos sérios em barragens, diques e aterros. Grandes

desmoronamentos de terrenos. As águas são arremessadas contra as

muralhas que marginam os canais, rios, lagos, etc.; lodos são dispostos

horizontalmente ao longo de praias e margens pouco inclinadas. Vias-férreas

levemente deformadas.

Na sequência de sismos desta natureza são espectáveis deslizamentos de

terras e tsunamis.

Maior vulnerabilidade nas zonas urbanas com construções mais antigas, com

destruição total das mesmas. Espectável um elevado número de feridos,

mortes e desalojados.

Page 152: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 152 de 241

Destruição de viadutos, colapso de pontões e rotura de estradas. Destruição

das estruturas de abastecimento de água, energia elétrica e de comunicações,

bem como das redes de águas pluviais e domésticas. Elevados prejuízos

financeiros e sociais. Atinge todo o município.

Vulcão

Para o Município de Lagoa o cenário mais perigoso é um vulcão no maciço do

fogo, que dada a sua proximidade, deve ser provavelmente do tipo explosivo,

bem como devido à presença da Lagoa do Fogo, podendo ocorrer a rotura das

suas paredes.

Efeitos catastróficos para as populações, edificado, agricultura e pecuária, com

a destruição das mesmas. Grave desastre natural com poluição e alterações

climáticas. Interrupção do tráfego aéreo devido às cinzas. Intoxicações pelos

gases e poeiras. Chuvas ácidas.

Ciclones e Tempestades Tropicais

Cenário mais provável: tempestade tropical (ventos sustentados de 55-61 a 88-

102 Km/h)

A tempestade tropical provoca ventos, chuva e agitação marítima fortes.

Os ventos podem arrancar ramos de árvores, telhas, placas, vedações e outros

objetos, que projetados podem provocar ferimentos ou mesmo a morte de

pessoas e animais, bem como danos em veículos e edifícios.

A chuva intensa pode originar inundações, derrocadas e colapso de pontões.

As inundações originam danos no recheio dos edifícios (mobiliário,

eletrodomésticos, mercadorias, soalho, entre outros) e em veículos, pela

entrada de água nestes ou pelo seu arrastamento. As derrocadas podem

provocar a obstrução total ou parcial das vias rodoviárias, e caso atingem

veículos, o arrastamento ou soterramento dos seus ocupantes. Quando

atingem edifícios podem provocar desde danos ligeiros à destruição parcial ou

total, com a morte dos seus ocupantes por soterramento. O colapso dos

Page 153: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 153 de 241

pontões ao ocorrer com a passagem de veículos, originará provavelmente a

morte dos ocupantes. Provocam a interrupção da circulação rodoviária e

pedonal na via com fortes constrangimentos e custos ao nível socioeconómico.

A agitação marítima, sobretudo durante a preia-mar (maré cheia) pode originar

inundações em zonas costeiras, caso do Porto dos Carneiros e o arremesso de

pedras e outros materiais para as vias rodoviária. As embarcações presentes

no Porto dos Carneiros e no Porto da Caloura podem sofrer danos e o seu

naufrágio, caso se encontram no mar.

Cenário mais desfavorável: ciclone tropical (ventos sustentados superiores a

103-117 Km/h)

O ciclone tropical ou furação provoca ventos de grandes velocidades e altas

taxas de precipitação e podem também dar origem a ondas de grande

dimensão e a marés de tempestade (variações de altitude da superfície da

água durante as tempestades) de valores consideráveis.

Os ventos fortes podem danificar ou destruir veículos, edifícios, viadutos e

instalações de comunicações e eletricidade. Podem empurrar veículos em

andamento para fora da estrada, arrancar telhados, derrubar paredes e árvores

de grande porte, partir vidros e outros objetos/estruturas, transformando

detritos soltos em projéteis voadores possivelmente mortais.

A chuva intensa pode originar inundações, derrocadas e o colapso de pontões,

com as consequências apontadas para o cenário anterior.

Ocorrem galgamentos costeiros provocando inundações e danos nas

estruturas portuárias, edificações e vias rodoviárias contíguas à orla costeira.

Destruição parcial ou total das embarcações presentes nos portos do concelho.

Espectável um elevado número de feridos, alguns mortos, bem como a

interrupção do fornecimento de energia elétrica e das comunicações durante

vários dias. Obstruções e danos significativos na rede rodoviária no Município.

Movimentos de Massa em Vertentes

Cenário mais provável: nas vertentes de vias rodoviárias sem danos pessoais.

Page 154: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 154 de 241

Interrupção da circulação rodoviária ou condicionamento na mesma, até à

remoção das obstruções.

Cenário mais desfavorável: uma das seguintes hipóteses:

– O que atinge uma via rodoviária com circulação de veículos e/ou

transeuntes.

– O que atinge uma zona urbana.

Para a primeira hipótese prevê-se a morte das pessoas atingidas, quer estejam

em veículos ou a pé, por esmagamento e/ou soterramento. Os veículos

atingidos são destruídos, bem com o troço da via abrangida. No cenário mais

favorável a via rodoviária ficará obstruída.

O movimento de massas que atinja uma zona urbana provoca a destruição

parcial ou completa das habitações abrangidas, feridos e mais provavelmente,

mortes resultantes de soterramento ou esmagamento.

A obstrução da via rodoviária origina a interrupção da circulação rodoviária ou o

condicionamento na mesma, até à remoção das obstruções.

Acidente Rodoviário

Cenário mais provável: acidente rodoviário em que o número de feridos e/ou

mortes é inferior ao número estipulado como critério para a ativação do Plano.

Cenário mais desfavorável: uma das seguintes hipóteses:

– choque em cadeira entre vários veículos ligeiros,

– colisão entre um veículo ligeiro e um pesado de transporte de pessoal

– despiste/capotamento de um pesado de transporte de passageiros.

A este cenário está também associado o perigo de incêndio/explosão de um ou

mais veículos. Em zona urbana o incêndio pode-se propagar a moradias

contíguas. Assim, podem ser vitimas desta ocorrência os condutores e

passageiros, os transeuntes, e em caso de incêndio propagando a moradia, os

respetivos moradores.

Page 155: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 155 de 241

Para qualquer das hipóteses do cenário mais desfavorável existe um número

elevado de feridos e/ou mortes.

São abrangidos com danos materiais os veículos intervenientes na ocorrência

e as estruturas objeto de colisão e/ou incêndio. Neste tipo de ocorrência os

danos mais severos resultam na destruição total dos veículos e na destruição

parcial de estruturas.

Incêndio/Explosão em Posto de Abastecimento de Comb ustível

Cenário mais provável: incêndio originado pelo ato de fumar ou foguear durante

o abastecimento de viatura com gasolina.

Neste cenário podem ocorrer queimaduras em quem efetua o abastecimento,

ou quem combate o incêndio e/ou ocupantes da viatura. Os danos materiais

restringem-se à viatura reabastecida.

Cenário mais desfavorável: explosão de depósito de combustível resultante de

incêndio.

Associada à explosão existe uma onda de choque que provoca vibrações no

solo e no ar, que podem originar a projeção de pessoas, viaturas e destroços,

alguns dos quais a arder, o que originará novos focos de incêndio.

Neste cenário é espectável um número significativo de feridos e mortos,

resultantes principalmente de queimaduras, projeções contra estruturas, queda

de objetos e esmagamento por colapso de estruturas.

Estima-se que a Zona de Sinistro com um raio de 150 m, com origem no posto

de abastecimento, com diminuição dos danos à medida que se afasta do

centro. Contudo, como já referido, a projeção de matérias inflamados pode

aumentar a ZS.

Atendendo à ZS podem ser vitimas da ocorrência, para além dos elementos

que combatem o mesmo, as pessoas que se encontram na proximidade a

observar, os transeuntes nas vias contíguas e os moradores das habitações

abrangidas pela ZS.

Page 156: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 156 de 241

Os danos nas estruturas podem variar de mínimos, com janelas partidas e

fissuração nas paredes, a graves com o colapso parcial ou total de edificações

de construção mais antigas. O posto de abastecimento e as edificações

contíguas seriam destruídas.

Tornado

Cenário mais provável: tornado F0 ou F1 na escala Fujita

Tornado F0: velocidades de vento inferiores a 117 km/h. Normalmente

causam poucos danos. Tornado F1: velocidades de vento entre 117 e

180 km/h. Estes tornados podem levantar telhas e mover carros em movimento

para fora da estrada.

Ferimentos ligeiros em pessoas e animais provocados por queda de objetos e

objetos arremessados pelo vento. Danos ligeiros a moderados em veículos e

edifícios.

Cenário mais desfavorável: tornado F2 ou superior na escala Fujita

Tornado F2: velocidades de vento entre 182 e 252 km/h. Os telhados de

algumas casas começarão a levantar. Tornado F3: velocidades de vento entre

253 e 333 km/h. Árvores pesadas serão levantadas com raiz e paredes e

telhados de edifícios sólidos serão arrancados. Tornado F4: velocidades de

vento entre 334 e 419 km/h. Haverá devastação total. Tornado F5: velocidades

de vento entre 420 e 511 km/h. Tornados com esta intensidade destroem tudo

em seu caminho. A sua força é semelhante à de uma bomba atómica.

Espectável grande número de feridos, mortes e destruição de tudo o que

encontre na trajetória do tornado.

Enxurradas e Inundações

Cenário mais provável: inundações em algumas moradias.

O Plano não é ativado. Pequenos prejuízos materiais

Page 157: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 157 de 241

Cenário mais desfavorável: inundações em vários edifícios com altura

significativa do nível das águas, arrastamento de pessoas e viaturas e o

derrube de pontões e paredes de edifícios

Espectáveis alguns feridos e eventualmente mortes por afogamento. Danos

significativos no recheio das moradias afetadas e dos veículos atingidos.

Colapso de alguns pontões e paredes de edifícios. Afetação da

socioeconomia devido a danos nas vias rodoviárias.

Tsunami

Cenário mais provável: pequena altura da onda

Para este cenário não são espectáveis danos pessoais ou materiais.

Cenário mais desfavorável: altura da onda permite o galgamento das áreas

costeiras

Espectáveis inundações nas zonas costeiras de Atalhada, Santa Cruz, Rosário

e Caloura, com destruição de recheio dos edifícios e de veículos. Impraticável a

circulação nas vias rodoviárias até à limpeza das mesmas. Danos severos ou

destruição das embarcações presentes no Porto dos Carneiros e no Porto da

Caloura.

Acidente no Transporte de Mercadorias Perigosas

Cenário mais provável: tombo de veículo de transporte de combustíveis

líquidos

Se ocorrer fora de uma zona urbana só implica o desvio do tráfego durante

algumas horas. O Plano não é ativado. A ocorrer em zona urbana, para além

do desvio do tráfego implica por precaução a evacuação dos moradores da

zona de risco. Para esta hipótese, o Plano pode ser ativado.

Cenário mais desfavorável: tombo de veículo de transporte de combustíveis

líquidos com derrame, incêndio/explosão

Page 158: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 158 de 241

Se ocorrer fora de uma zona urbana é expectável a ocorrência de feridos e de

mortos nos ocupantes dos veículos envolvidos e entre as forças de socorro,

bem como a destruição dos veículos envolvidos no sinistro e eventual

destruição ou danos nos veículos de socorro ao mesmo. Numa zona urbana é

expectável a ocorrência de feridos e de mortes entre os transeuntes e

moradores, bem como a destruição ou danos severos de moradias e de

veículos presentes na zona incêndio/explosão.

Interrupção do tráfego rodoviário durante um período prolongado.

Do derrame de combustíveis pode resultar na contaminação do solo e/ou de

aquíferos.

Colapso de Pontões

Cenário mais provável: colapso de pontão para transposição de ribeira.

Expectável ferimentos graves e mesmo a morte dos ocupantes de veículos e

transeuntes que na altura do acidente se encontrassem no pontão. Alguma

disrupção na comunidade por um período temporal de alguns meses.

Cenário mais desfavorável: colapso de pontão que é uma travessia superior

Expectável ferimentos graves e mesmo a morte dos ocupantes de veículos e

transeuntes que na altura do acidente se encontrassem no pontão ou na zona

de queda da via rodoviária inferior. Expectável ferimentos graves e mesmo a

morte dos ocupantes de veículos e transeuntes que na altura do acidente se

encontrassem no pontão.

Incêndio em Parque Industrial

Cenário mais provável: incêndio em edifício sem propagação aos edifícios

contíguos.

Este cenário não origina a ativação do Plano.

Cenário mais desfavorável: incêndio em edifício com propagação a dois ou

mais edifícios contíguos

Page 159: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 159 de 241

Para este cenário assume maior vulnerabilidade os edifícios germinados, com

carga de incêndio elevada, carpintarias, locais de pintura ou aplicação de

vernizes e locais onde são depositados, armazenados ou manipulados líquidos

inflamáveis.

A propagação de um incêndio a edifícios contíguos tem maior probabilidade de

ocorrer com uma deteção tardia, ou seja, fora dos períodos de laboração

normal, pelo que neste cenário não é previsível a existência de vitimas, sendo

no entanto espectável a uma destruição em alto grau dos edifícios sinistrados.

Incêndio em Edifícios

Cenário mais provável: incêndio em edifício sem propagação aos edifícios

contíguos.

Este cenário não origina a ativação do Plano.

Cenário mais desfavorável: uma das seguintes hipóteses:

– incêndio em edifício com permanência de pessoas acamadas ou

destinadas a receber crianças com idade não superior a seis anos ou

pessoas limitadas na mobilidade ou nas capacidades de percpção e

reação a um alarme;

– incêndio em edifício que recebe um grande número de pessoas

(escolas, igrejas, centro paroquial, pavilhões e recintos desportivos);

– incêndio em vários edifícios de uma zona urbana ou com

depósitos/reservatórios de gás propano.

Na primeira hipótese encontram-se as creches, os jardins de infância, os lares

de idosos e os centros de dia. Devidas às limitações apontadas dos seus

ocupantes e em caso de evacuação tardia e mal planeada/executada, podem

ocorrer feridos nomeadamente por queimaduras e mortes por intoxicação. O

incêndio pode originar a destruição parcial ou total do edifício e eventualmente,

propagar-se a edifícios vizinhos.

Na segunda hipótese encontram-se as escolas, igrejas, centros paroquiais,

edifícios dos escuteiros, Câmara Municipal de Lagoa, Unidade de Saúde de

Page 160: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 160 de 241

Lagoa, grandes superfícies comerciais e pavilhões desportivos. Se o incêndio

ocorrer com o edifício desocupado é previsível apenas danos materiais, com a

destruição parcial ou total do mesmo. Também nesta hipótese é previsível o

alastramento do incêndio a edifícios contíguos. Caso o incêndio ocorra com a

ocupação do edifício e se gere pânico, é espectável um número significativo de

feridos, bem como a destruição parcial do edifício.

A terceira hipótese pode ocorrer em qualquer zona urbana mais assuma maior

vulnerabilidade em algumas zonas urbanas na cidade de Lagoa, onde a

dificuldade de combate ao fogo é maior, devido à pouca acessibilidade dos

meios de combate causada pelo arruamento estreito, agravado pelo

estacionamento de viaturas e pela ausência de hidrantes.

Devido ao risco de explosão um incêndio contíguo a um depósito de gás é

também um dos cenários mais desfavoráveis.

5.3. Estratégias para a Mitigação de Riscos

A mitigação de risco pode ser definida como qualquer Ação sustentada para

reduzir ou eliminar os riscos a longo prazo para as pessoas e os bens, dos

perigos e dos seus efeitos.

Um dos primeiros instrumentos para a mitigação dos riscos é a legislação

nacional e regional, nomeadamente a que versa o ordenamento do território, a

segurança contra incêndios em edifícios e a construção anti-sismica, as quais

suportam medidas e posturas municipais de prevenção de riscos e da sua

mitigação em caso de ocorrência.

No âmbito das competências da CML as principais estratégias para a mitigação

dos riscos associados aos perigos naturais e/ou tecnológicos presentes ou

potenciais no Município estão associadas aos seguintes instrumentos e

medidas:

– Plano Diretor Municipal;

– Medidas estruturais;

– Formação, sensibilização e treino;

Page 161: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 161 de 241

– Sistema de alerta e aviso;

– Inspeção;

– Conhecimento científico.

O Plano Diretor Municipal da Lagoa permite a implementação de medidas de

ordenamento do território, as quais devem visar a regulação das áreas de risco

ou a previsão de requalificação das mesmas. Este Plano deve ser

permanentemente articulado com o Plano Regional de Ordenamento do

Território dos Açores, Plano de Ordenamento da Orla Costeira da Costa Sul da

Ilha de S. Miguel.

As medidas estruturais compreendem intervenções físicas nas áreas afetadas

ou em risco, nomeadamente em forma de obras de proteção da orla costeira,

contenção de paredes de ribeiras ou de encostas, drenagem, reformulação de

taludes, demolições de edificações em risco de ruína, ou limpeza de grotas e

ribeiras. Nas medidas estruturais integram-se ainda a manutenção e o reforço

dos hidrantes com vista ao abastecimento dos veículos de combate a

incêndios.

A sensibilização em proteção civil destina-se à população do concelho, com

especial incidência na população escolar, com vista a informar dos perigos e

das medidas de autoproteção a adotar. A presença do Observatório

Vulcanológico e Geotérmico dos Açores, localizado no lugar da Atalhada, deve

ser potenciada neste vetor de sensibilização da população.

A formação e o treino destina-se aos intervenientes no PMEPCL e visa à

aquisição de conhecimentos em proteção civil e das disposições do presente

Plano, bem como familiarizar e rotinar os intervenientes com os procedimentos

a adotar em situações reais de emergência, de modo a se obter e manter a

prontidão e eficiência de todos os agentes de proteção civil e garantir a eficácia

do Plano.

O sistema de alerta e aviso destina-se informar as populações da iminência ou

ocorrência de um acidente grave ou catástrofe de modo a poderem

salvaguardar as suas vidas e bens, evitar locais de risco ou procederem à

Page 162: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 162 de 241

evacuação para um local seguro. Este sistema de informação das populações

deve ser testado aquando da realização de simulacros.

O alerta e aviso aos intervenientes no Plano deve ser posto em prática

aquando da difusão de alertas e avisos pelas entidades competentes, com

confirmação da receção dos mesmos pelos destinatários, com vista a aumentar

o grau de prontidão na resposta, bem como a rotinar procedimentos.

No instrumento da inspeção encontram-se aquelas que são da competência da

CML, bem como as da competências de outras entidades, mas que pela

edilidade sejam solicitadas. Como instrumento de proteção civil a inspeção

destina-se a detetar situações de não conformidade legal ou regulamentar que

possam potenciar riscos tecnológicos e minimizar as consequências da

ocorrência de riscos naturais.

O conhecimento científico obtido nomeadamente pelas unidades cientificas do

Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos referente a zonas de

risco e a manifestações de atividade sismo-vulcânica deve ser tido em conta na

atualização do presente Plano e do PDM.

6. Cenários

No presente ponto são apresentadas as linhas de Ação para cada um dos

cenários dos perigos potenciais identificados no Município de Lagoa, cujo grau

do risco associado seja elevado ou moderado. As linhas de Ação reportam-se à

fase de emergência e compreendam as prioridades de Ação, as

responsabilidades e atribuições de cada um dos intervenientes, os recursos a

mobilizar e as principais medidas a adotar. Faz-se apenas referidos aos

principais aspetos a ter em conta na resposta ao acidente ou situação de

emergência, cabendo a sua pormenorização aos Planos Especiais.

Sismos

Prioridades de Ação

– Alerta de tsunami;

– Socorrer os feridos;

Page 163: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 163 de 241

– Realizar ações de busca e salvamento;

– Desobstruir as vias rodoviárias com vista às ações de socorro, busca e

salvamento;

– Alojamento temporário;

– Recolha e sepultamento.

Responsabilidades e atribuições

CML:

– Coordenar as operações de resposta à calamidade;

– Vistoriar os edifícios afetados de modo a determinar se se encontram

em condições de segurança para a sua ocupação;

– Fornecer alojamento temporário aos desalojados.

BVPD:

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Proceder a ações de busca e salvamento (eventual);

– Combater eventuais incêndios;

– Colaboração nas ações de mortuária, nomeadamente, na remoção e

transporte de cadáveres;

– Colaborar na montagem de tendas destinadas a alojamento provisório;

– Distribuição de água.

PSP:

– Controlar os acessos às zonas sinistradas.

– Garantir a segurança de bens e propriedades nas zonas sinistradas.

– Colaborar nas ações de mortuária garantindo a segurança nas áreas de

depósito de cadáveres.

USL:

– Triagem e assistência médica.

Page 164: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 164 de 241

– Apoio psicológico.

– Definir e implementar as medidas de proteção da Saúde Pública.

Delegado de Saúde:

– Verificação de óbitos.

Empresas de construção civil:

– Colaborar na desobstrução de vias para acesso às zonas sinistradas

com a disponibilização de camiões e equipamentos de movimentação de

terras, bem como os respetivos condutores e manobradores.

Recursos a mobilizar

– Os meios próprios dos intervenientes.

– Equipamentos de engenharia.

– Alojamento temporário.

Medidas a adotar

– Difundir alerta de tsunami;

– Socorrer os feridos.

– Realizar ações de busca e salvamento caso haja desaparecidos,

nomeadamente com a remoção de escombros.

– Estabelecer um Posto Médico Avançado e enfermaria.

– Proceder à desobstrução das vias rodoviárias com vista o socorro às

populações atingidas.

– Evacuar as populações das áreas que apresentam perigo no caso de

réplicas.

– Realojar os desalojados.

– Fornecer vestuário e alimentação aos desalojados.

– Recolha e sepultamento de cadáveres.

– Distribuição de água às populações.

Ciclones e Tempestades Tropicais

Prioridades de Ação

Page 165: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 165 de 241

– Aviso das populações e informação das medidas de autoproteção;

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Controlar os acessos às zonas sinistradas;

– Desobstruir as vias rodoviárias;

– Proceder à remoção de tudo o que se encontre instável e possa cair.

Responsabilidades e atribuições

BVPD:

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Proceder a ações de busca e salvamento (eventual);

– Colaborar na desobstrução das vias rodoviárias com o corte de árvores

caídas;

– Colaborar na remoção de tudo o que se encontre instável e possa cair.

PSP:

– Controlar os acessos às zonas sinistradas.

– Garantir a segurança de bens e propriedades nas zonas sinistradas.

CML:

– Proceder à desobstrução e limpeza das vias rodoviárias;

– Vistoriar os edifícios afetados de modo a determinar se se encontram

em condições de segurança para a sua ocupação;

– Proceder à remoção de tudo o que se encontre instável e possa cair;

– Fornecer alojamento temporário aos desalojados.

USL:

– Triagem e assistência médica.

– Apoio psicológico.

Recursos a mobilizar

– Os meios próprios dos intervenientes.

Page 166: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 166 de 241

– Meios para remoção e limpeza.

– Alojamento temporário.

Medidas a adotar

– Aviso das populações e informação das medidas de autoproteção.

– Socorrer e transportar os acidentados para a USL, onde se procede à

tiragem e eventual evacuação para o hospital.

– Proceder à desobstrução das vias rodoviárias com vista o socorro às

populações atingidas (eventual).

– Vistoriar as edificações atingidas com vista a determinas se se

encontram em condições de segurança para a sua ocupação.

– Proceder à remoção de tudo o que se encontre instável e que possa

cair.

– Realojar os desalojados.

– Realizar a limpeza das vias rodoviárias.

Vulcões

Prioridades de Ação

– Aviso e evacuação das populações.

– Fornecimento de alojamento temporário.

Responsabilidades e atribuições

CML:

– Coordenar o aviso e evacuação das populações;

– Fornecer alojamento e alimentação aos desalojados.

BVPD:

– Participar na difusão de avisos e informação pública às populações,

através de veículos próprios com equipamentos adequados;

– Transportar as pessoas com mobilidade condicionada.

Page 167: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 167 de 241

PSP:

– Participar na difusão de avisos e informação pública às populações,

através de veículos próprios com equipamentos adequados;

– Orientar a evacuação e a movimentação das populações;

– Colaborar na criação de um perímetro de segurança e no controlo de

acessos ao mesmo;

– Garantir a segurança de bens e propriedades nas zonas evacuadas.

Recursos a mobilizar

– Os meios próprios dos intervenientes.

– Viaturas de transporte coletivo.

– Alojamento temporário.

Medidas a adotar

– Avisar as populações.

– Informar as populações das medidas de autoproteção.

– Evacuar pessoas, animais, documentos e bens.

– Confirmar a evacuação.

– Criar um perímetro de segurança e controlar os acessos ao mesmo.

– Realojar os deslocados e fornecer alimentação.

Movimentos de massa em vertentes

Prioridades de Ação

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Criar um perímetro de segurança.

– Monitorizar a vertente.

Page 168: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 168 de 241

Responsabilidades e atribuições

BVPD:

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Realizar ações de busca e salvamento (eventual).

PSP:

– Criar um perímetro de segurança;

– Controlar os acessos à zona sinistrada orientando o trânsito para as vias

alternativas, caso necessário.

CML:

– Acompanhar as operações;

– Realojar os desalojados (eventual);

– Proceder à limpeza das estradas municipais.

USL:

– Triagem e assistência médica.

– Prestar apoio psicológico.

Delegado de Saúde:

– Verificação de óbitos.

Recursos a mobilizar

– Os meios próprios dos intervenientes.

– Camiões e equipamentos de movimentação de terras.

Medidas a adotar

– Montar um Posto de Triagem (eventual).

– Estabelecer o local para o parque de ambulâncias (eventual).

– Socorrer e transportar os acidentados.

– Abrir corredores de emergência (eventual).

Page 169: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 169 de 241

– Criar um perímetro de segurança.

– Controlar os acessos a zona sinistrada orientando o trânsito para as vias

alternativas.

– Monitorizar a vertente.

– Em caso de vitimas mortais, proceder à verificação do óbito antes da

remoção dos cadáveres.

– Estabelecer o local para recolha de cadáveres.

– Realizar a remoção e limpeza da via rodoviária, caso o movimento de

massas ocorra sobre a mesma.

– Realojar e distribuir alimentação e vestuário aos desalojados, caso o

movimento de massas ocorra numa zona edificada.

– Presta apoio psicológico.

Acidente Rodoviário

Prioridades de Ação

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Criar corredores de evacuação (eventual);

– Criar um perímetro de segurança

Responsabilidades e atribuições

BVPD:

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Colocar farelos ou materiais equivalentes em derrames de combustíveis

e de óleos.

PSP:

– Criar um perímetro de segurança;

– Abrir corredores de emergência;

Page 170: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 170 de 241

– Controlar os acessos à zona sinistrada orientando o trânsito para as vias

alternativas, caso necessário.

CML:

– Acompanhar as operações.

– Proceder à limpeza das estradas municipais.

USL:

– Triagem e assistência médica.

Delegado de Saúde:

– Verificação de óbitos.

Eurosecut Açores:

– Colaborar com a PSP na balizagem do acidente e no desvio do tráfego,

caso o acidente ocorra na via rápida.

– Proceder à limpeza da via rápida.

Recursos a mobilizar

– Os meios próprios dos intervenientes.

– Pronto socorro.

Medidas a adotar

– Montar um Posto de Triagem.

– Estabelecer o local para o parque de ambulâncias.

– Socorrer e transportar os acidentados.

– Abrir corredores de emergência.

– Criar um perímetro de segurança.

– Controlar os acessos a zona sinistrada orientando o trânsito para as vias

alternativas.

– Controlar derrame de combustível e óleos.

Page 171: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 171 de 241

– Em caso de vitimas mortais, proceder à verificação do óbito antes da

remoção dos cadáveres.

– Realizar a remoção das viaturas sinistradas.

– Proceder à limpeza da via rodoviária.

Incêndio/Explosão em Posto de Abastecimento de Comb ustíveis

Prioridades de Ação

– Salvar vítimas sujeitas à Ação do fogo sem possibilidade de fugir pelos

seus próprios meios;

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Circunscrever o incêndio;

– Combater o incêndio;

– Criar um perímetro de segurança.

Responsabilidades e atribuições

BVPD:

– Combater o incêndio;

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Colaborar na evacuação transportando pessoas com mobilidade

condicionada;

– Proceder às ações de rescaldo.

PSP:

– Criar um perímetro de segurança;

– Controlar os acessos a zona sinistrada orientando o trânsito para as vias

alternativas, caso necessário;

– Colaborar na evacuação das pessoas para fora do perímetro de

segurança;

– Garantir a proteção de bens e propriedades na zona sinistrada.

Page 172: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 172 de 241

CML:

– Evacuar Verificar a estabilidade dos edifícios sinistrados;

– Proceder às demolições que se afigurem necessárias;

– Proceder à limpeza e remoção de escombros presentes na via

rodoviária.

USL:

– Triagem e assistência médica.

Polícia Judiciária:

– Investigar a origem do fogo (eventualmente).

Recursos a mobilizar

– Os meios próprios dos intervenientes.

– Equipamento de engenharia para ações de demolição e remoção dos

escombros (eventual).

Medidas a adotar

– Salvar vítimas sujeitas à Ação do fogo sem possibilidade de fugir pelos

seus próprios meios.

– Socorrer e transportar os acidentados para a USL, onde se procede à

tiragem e eventual evacuação para o hospital.

– Atacar o incêndio, procurando circunscrevê-lo ao menor espaço

possível.

– Extinguir o fogo circunscrito.

– Proceder às operações de rescaldo.

– Criar um perímetro de segurança.

– Evacuar as pessoas dos edifícios abrangidos pelo perímetro de

segurança.

– Controlar os acessos a zona sinistrada orientando o trânsito para as vias

alternativas, caso necessário.

Page 173: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 173 de 241

– Vistoriar os edifícios e proceder às demolições que se afigurem

necessárias;

– Proceder ao alojamento temporário dos desalojados, bem como

vestuário e alimentação.

– Prestar apoio psicológico.

– Proceder à limpeza e remoção de escombros presentes na via

rodoviária.

Enxurradas e Inundações

Prioridades de Ação

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Realizar ações de busca e salvamento (eventual);

– Balizar zonas destruídas ou obstruídas nas vias rodoviárias;

– Controlar os acessos às zonas sinistradas.

Responsabilidades e atribuições

BVPD:

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Proceder a ações de busca e salvamento (eventual);

– Bombear a água presente nos edifícios atingidos por inundações.

PSP:

– Controlar os acessos à zona sinistrada orientando o trânsito para as vias

alternativas, caso necessário.

– Garantir a segurança de bens e propriedades nas zonas sinistradas.

CML:

– Proceder à desobstrução e limpeza das vias rodoviárias;

– Vistoriar os edifícios afetados de modo a determinar se se encontram

em condições de segurança para a sua ocupação;

Page 174: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 174 de 241

– Balizar zonas destruídas ou obstruídas nas vias rodoviárias;

– Vistoriar taludes instáveis nas proximidades de moradias;

– Fornecer alojamento temporário aos desalojados.

USL:

– Triagem e assistência médica.

– Prestar apoio psicológico aos sinistrados.

Recursos a mobilizar

– Os meios próprios dos intervenientes.

– Meios para remoção e limpeza.

– Alojamento temporário.

Medidas a adotar

– Socorrer e transportar os acidentados para a USL, onde se procede à

tiragem e eventual evacuação para o hospital.

– Realizar ações de busca e salvamento caso haja desaparecidos;

– Proceder à desobstrução das vias rodoviárias com vista o socorro às

populações atingidas (eventual).

– Proceder à bombagem de água presente nos edifícios.

– Balizar zonas destruídas ou obstruídas nas vias rodoviárias.

– Controlar os acessos às zonas sinistradas.

– Vistoriar taludes instáveis nas proximidades de moradias.

– Vistoriar as edificações atingidas com vista a determinas se se

encontram em condições de segurança para a sua ocupação.

– Realojar os desalojados.

– Realizar a limpeza das vias rodoviárias.

Page 175: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 175 de 241

Tornado

Prioridades de Ação

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Controlar os acessos às zonas sinistradas;

– Desobstruir as vias rodoviárias;

– Proceder à remoção de tudo o que se encontre instável e possa cair.

Responsabilidades e atribuições

BVPD:

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Proceder a ações de busca e salvamento (eventual);

– Colaborar na desobstrução das vias rodoviárias com o corte de árvores

caídas;

– Colaborar na remoção de tudo o que se encontre instável e possa cair.

PSP:

– Controlar os acessos à zona sinistrada orientando o trânsito para as vias

alternativas, caso necessário.

– Garantir a segurança de bens e propriedades nas zonas sinistradas.

CML:

– Proceder à desobstrução e limpeza das vias rodoviárias;

– Vistoriar os edifícios afetados de modo a determinar se se encontram

em condições de segurança para a sua ocupação;

– Proceder `*a remoção de tudo o que se encontre instável e possa cair;

– Fornecer alojamento temporário aos desalojados.

USL:

– Triagem e assistência médica.

Page 176: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 176 de 241

Recursos a mobilizar

– Os meios próprios dos intervenientes.

– Meios para remoção e limpeza.

– Alojamento temporário.

Medidas a adotar

– Socorrer e transportar os acidentados para a USL, onde se procede à

tiragem e eventual evacuação para o hospital.

– Proceder à desobstrução das vias rodoviárias com vista o socorro às

populações atingidas (eventual).

– Vistoriar as edificações atingidas com vista a determinas se se

encontram em condições de segurança para a sua ocupação.

– Proceder à remoção de tudo o que se encontre instável e que possa

cair.

– Realojar os desalojados.

– Realizar a limpeza das vias rodoviárias.

Tsunamis

Prioridades de Ação

– Aviso e evacuação das populações das zonas de risco.

– Controlo de acessos às zonas de risco.

Responsabilidades e atribuições

Autoridade Marítima:

– Colaborar nas tarefas de aviso e evacuação das populações presentes

nas zonas de risco.

PSP:

– Participar na difusão de avisos e informação pública às populações

através de veículos próprios com equipamentos adequados;

Page 177: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 177 de 241

– Realiza o controlo dos acessos a zonas de risco.

BVPD:

– Participar na difusão de avisos e informação pública às populações,

através de veículos próprios com equipamentos adequados;

– Apoiar as autoridades policiais na evacuação das populações;

– Colaborar na evacuação de pessoas com mobilidade condicionada.

CML:

– Disponibiliza um local de recolha temporária de pessoas.

– Acompanha as operações de aviso, evacuação e de isolamento das

zonas de risco.

Recursos a mobilizar

– Os meios próprios dos intervenientes.

Medidas a adotar

– Aviso e evacuação das populações das zonas de risco.

– Interditar os acessos às zonas de risco.

– Difundir o fim do alerta.

Acidente de Transporte de Combustíveis Líquidos

Prioridades de Ação

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Combater incêndio (eventual);

– Controlar derrame (eventual);

– Criar um perímetro de segurança

Responsabilidades e atribuições

BVPD:

– Socorrer e transportar os acidentados;

Page 178: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 178 de 241

– Combater incêndio (eventual);

– Colaborar no controlo de derrame (eventual).

PSP:

– Criar um perímetro de segurança;

– Controlar os acessos à zona sinistrada orientando o trânsito para as vias

alternativas, caso necessário.

CML:

– Acompanhar as operações.

USL:

– Triagem e assistência médica.

Companhia de distribuição:

– Coordena as operações de transfega do combustível e a remoção de

viatura de transporte do mesmo, através do Conselheiro de Segurança;

– Realiza o controlo do derrame, a remoção, limpeza e descontaminação

de via rodoviária e solos contaminados;

– Obtém os meios necessários para a realização das operações da sua

responsabilidade.

Eurosecut Açores:

– Colabora com a PSP na balizagem do acidente e no desvio do tráfego,

caso o acidente ocorra na via rápida.

Recursos a mobilizar

– Os meios próprios dos intervenientes.

– Os necessários às operações de remoção da viatura (eventualmente

auto-grua), transfega, limpeza e descontaminação.

Medidas a adotar

– Socorrer e transportar os acidentados para a USL, onde se procede à

tiragem e eventual evacuação para o hospital.

Page 179: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 179 de 241

– Combater um eventual incêndio.

– Controlar derrame de combustível (eventual).

– Criar um perímetro de segurança e controlar os acessos a zona

sinistrada orientando o trânsito para as vias alternativas.

– Em caso de vitimas mortais, proceder à verificação do óbito antes da

remoção dos cadáveres.

– Proceder à transfega do combustível.

– Realizar a remoção da viatura de transporte.

– Proceder à limpeza e descontaminação da via rodoviária e dos terrenos

contaminados.

Colapso de Pontões

Prioridades de Ação

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Proceder a ações de busca e salvamento, caso necessário;

– Balizar o obstáculo e proceder ao desvio do tráfego.

Responsabilidades e atribuições

BVPD:

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Executar ações de busca e salvamento (eventual);

– Colaborar com a PSP na remoção de cadáveres (eventual).

PSP:

– Controlar o tráfego rodoviário orientando-o para as vias alternativas;

– Proceder à recolha, arrolamento e guarda do espólio dos cadáveres

(eventual).

Page 180: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 180 de 241

CML:

– Balizar o obstáculo e implementar a sinalização temporária de desvio do

tráfego;

– Verificar a estabilidade dos encontros e se necessário proceder ao seu

escoramento ou demolição.

USL:

– Triagem e assistência médica.

Delegado de Saúde:

– Verificação do óbito.

Recursos a mobilizar

– Os meios próprios dos intervenientes.

– Equipamento de engenharia para ações de demolição e remoção dos

escombros (eventual).

Medidas a adotar

– Socorrer e transportar os acidentados para a USL, onde se procede à

tiragem e eventual evacuação para o hospital.

– Desencadear ações de busca e salvamento de desaparecidos.

– Controlar os acessos a zona sinistrada orientando o trânsito para as vias

alternativas.

– Em caso de vitimas mortais, proceder à verificação do óbito antes da

remoção dos cadáveres.

– Balizar o corte da estrada e implementar sinalização temporária do

desvio do tráfego.

– Verificar a estabilidade dos encontros e se necessário proceder ao seu

escoramento ou demolição.

– Proceder à limpeza e remoção de escombros presentes na via

rodoviária (caso de pontão de passagem superior) ou da ribeira/grota.

Page 181: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 181 de 241

Incêndio em Parque Industrial

Prioridades de Ação

– Salvar vítimas sujeitas à Ação do fogo sem possibilidade de fugir pelos

seus próprios meios;

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Circunscrever o incêndio;

– Combater o incêndio.

Responsabilidades e atribuições

BVPD:

– Combater o incêndio;

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Proceder às ações de rescaldo.

PSP:

– Criar um perímetro de segurança;

– Controlar os acessos a zona sinistrada orientando o trânsito para as vias

alternativas, caso necessário;

– Garantir a proteção de bens e propriedades na zona sinistrada.

CML:

– Verificar a estabilidade dos edifícios sinistrados;

– Proceder às demolições que se afigurem necessárias;

– Proceder à limpeza e remoção de escombros presentes na via

rodoviária.

USL:

– Triagem e assistência médica.

Polícia Judiciária:

– Investigar a origem do fogo (eventualmente).

Page 182: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 182 de 241

Recursos a mobilizar

– Os meios próprios dos intervenientes.

– Equipamento de engenharia para ações de demolição e remoção dos

escombros (eventual).

Medidas a adotar

– Salvar vítimas sujeitas à Ação do fogo sem possibilidade de fugir pelos

seus próprios meios.

– Socorrer e transportar os acidentados para a USL, onde se procede à

tiragem e eventual evacuação para o hospital.

– Atacar o incêndio, procurando circunscrevê-lo ao menor espaço

possível.

– Extinguir o fogo circunscrito.

– Proceder às operações de rescaldo.

– Criar um perímetro de segurança.

– Controlar os acessos a zona sinistrada orientando o trânsito para as vias

alternativas, caso necessário.

– Vistoriar os edifícios e proceder às demolições que se afigurem

necessárias;

– Proceder ao alojamento temporário dos desalojados, bem como

vestuário e alimentação.

– Prestar apoio psicológico.

– Proceder à limpeza e remoção de escombros presentes na via

rodoviária.

Incêndio em Edifícios

Prioridades de Ação

– Salvar vítimas sujeitas à Ação do fogo sem possibilidade de fugir pelos

seus próprios meios;

Page 183: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 183 de 241

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Circunscrever o incêndio;

– Combater o incêndio.

Responsabilidades e atribuições

BVPD:

– Combater o incêndio;

– Socorrer e transportar os acidentados;

– Proceder às ações de rescaldo.

PSP:

– Criar um perímetro de segurança;

– Controlar os acessos a zona sinistrada orientando o trânsito para as vias

alternativas, caso necessário.

CML:

– Realojar os desalojados;

– Contactar entidades previstas no Plano covista ao eventual fornecimento

de vestuário e alimentação;

– Verificar a estabilidade dos edifícios sinistrados;

– Proceder às demolições que se afigurem necessárias;

– Proceder à limpeza e remoção de escombros presentes na via

rodoviária.

USL:

– Triagem e assistência médica.

Recursos a mobilizar

– Os meios próprios dos intervenientes.

– Alojamento provisório (eventual).

– Vestuário e alimentação (eventual).

Page 184: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 184 de 241

– Equipamento de engenharia para ações de demolição e remoção dos

escombros (eventual).

Medidas a adotar

– Salvar vítimas sujeitas à Ação do fogo sem possibilidade de fugir pelos

seus próprios meios.

– Socorrer e transportar os acidentados para a USL, onde se procede à

tiragem e eventual evacuação para o hospital.

– Atacar o incêndio, procurando circunscrevê-lo ao menor espaço

possível.

– Extinguir o fogo circunscrito.

– Proceder às operações de rescaldo.

– Criar um perímetro de segurança.

– Controlar os acessos a zona sinistrada orientando o trânsito para as vias

alternativas, caso necessário.

– Vistoriar os edifícios e proceder às demolições que se afigurem

necessárias;

– Proceder ao alojamento temporário dos desalojados, bem como

vestuário e alimentação.

– Prestar apoio psicológico.

– Proceder à limpeza e remoção de escombros presentes na via

rodoviária.

Page 185: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 185 de 241

7. Cartografia

A cartografia constante do PMEPCL tem como objetivo ser um instrumento de

apoio às operações de socorro. A informação cartográfica encontra-se em

suporte digital, da qual foi extraído um conjunto de informação que se

considera ser essencial ser publicado no corpo do Plano.

Figura 6 - Mapa de Risco Sísmico

Figura 7 - Mapa de Risco Vulcânico – Atividade Stro mboliana/Hawaiana

Page 186: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 186 de 241

Figura 8 - Mapa de Risco Vulcânico – Erupções Freát icas e Freotomagmáticas

Figura 9 - Mapa de Risco de Movimentos de Massa

Page 187: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 187 de 241

Figura 10 - Mapa de Risco de Erosão Hídrica

Figura 11 - Mapa de Risco de Tsunami, Galgamento do Mar, Cheias e Enxurradas

Page 188: CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA - lagoa-acores.ptlagoa-acores.pt/filecontrol/site/doc/pt_plano_municipal_de_emergen... · tecnológica com possibilidade de atingir o Município nomeadamente,

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL Edição: 02

PLANO GERAL Revisão: 01 Janeiro 2014

Página 188 de 241

Figura 12 – Mapa de declives do Concelho de Lagoa

Figura 13 - Mapa Digital do Terreno