câmara municipal de criciúma comissÃo especial · instituída pela resolução nº 006/2015 ......
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ESTADO DE SANTA CATARINA
Câmara Municipal de Criciúma
COMISSÃO ESPECIAL
Instituída pela Resolução nº 006/2015 de 13/10/2015 com prazo de 90 (noventa) dias com o objetivo de analisar os documentos encaminhados pela UNESC-Universidade do Extremo Sul Catarinense, IPARQUE-Parque Cientifico e Tecnológico da UNESC e Poder Executivo Municipal em resposta aos Requerimentos 169/15 e 170/15 acerca da existência de dívidas pendentes entre si no período de 01/01/2012 a 27/07/2015.
RELATÓRIO FINAL
Composição
Presidente – Ver. José Paulo Ferrarezi - PMDB
Relator – Ver. José Carlos Mello – PT
Secretário – Ver. Moacir Dajori – PSDB
Demais membros – Ver. Itamar da Silva – PROS
Ver. Daniel Costa Freitas - PP
Ver. Ézio Jevis Manoel – PDT
Vereadora – Camila do Nascimento - PSD (licenciada)
Vereadora – Thatianne Ferro Teixeira - PSD
Servidor Efetivo Assessor da Comissão – Valdair Amoroso
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ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO
A Comissão Permanente de Fiscalização, Controle e Orçamento do Poder
Legislativo de Criciúma, no âmbito de suas prerrogativas em fiscalizar a aplicação
dos recursos públicos quando da entrada em vigor da Lei nº 6.337/13 de 04 de
outubro de 2013, que tinha como objetivo aplicar os recursos obtidos com a venda
do Complexo Educacional Nereu Guidi, na ampliação e reformas de escolas neste
Município.
A Comissão de Fiscalização fez pedido de informações à Prefeitura Municipal
de Criciúma, procurando saber a quantia de recursos já recebidos com a venda do
Complexo Educacional Nereu Guidi e como estava a aplicação dos recursos nas
escolas relacionadas no anexo II da Lei nº 6.337/13. Pelos relatórios encaminhados
à Comissão em 22/04/2015, os recebimentos com a venda do Complexo
Educacional, totalizaram R$ 1.770.000,00, correspondentes a 1ª até a 8ª parcela.
Também foi veiculado na imprensa local que o pagamento da aquisição do
Complexo Educacional pela UNESC, seria feito através de “encontro de contas”
com a Prefeitura oriundo de dívidas do convênio das bolsas de estudos.
No final do mês de junho/2015 houve reunião dos Vereadores na Prefeitura
Municipal de Criciúma com o Secretário da Fazenda, Sr. Cloir da Soler para saber
de como a UNESC estava pagando a compra do Complexo Educacional Nereu
Guidi e também sobre a existência de dívidas no ano de 2012 para com a UNESC.
O Secretário foi taxativo. “Não existe dívida contabilizada no ano de 2012 para com
a UNESC e os recebimentos com a venda do Complexo Educacional Nereu Guidi
até o momento foi recebido em torno de R$ 1.700.00,00 ou R$ 1.800.000,00 não
sabendo precisar exatamente.”
Tomando conhecimento da informação veiculada na imprensa local, sobre
encontro de contas e dívidas da Prefeitura com a UNESC, a Comissão de 2
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Fiscalização agendou uma audiência com o Reitor da UNESC, Dr. Gildo Volpato
com o objetivo de saber da existência da dívida e como estava sendo feito o
“encontro de contas”. Foi informada pelo Reitor que não estava sendo feito o
pagamento através de “encontro de contas”. Mas que estava com dificuldades no
pagamento em dia das parcelas contratadas, uma vez que a Prefeitura Municipal de
Criciúma estava lhe devendo em torno de aproximadamente R$ 6.000.000,00 (seis
milhões de reais) relativos às bolsas de estudos, referente ao ano de 2012. Ainda
solicitou aos Vereadores presentes nesta audiência que intercedesse junto à
Prefeitura para acertar esta dívida.
PROCEDIMENTO
A partir da fala do Reitor Dr. Gildo Volpato, informando da existência da
dívida, os Vereadores reunidos no Plenarinho deste Poder Legislativo aprovaram a
elaboração de requerimento com pedido de informação para a Prefeitura Municipal
de Criciúma e a UNESC. Assim, em 27/07/2015 o plenário do Poder Legislativo
aprovou requerimento nº 169/15 de diversos Vereadores solicitando informações à
Prefeitura Municipal de Criciúma e o requerimento nº 170/15 solicitando informações
à UNESC-Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina- e ao IPARQUE-Parque
Cientifico e Tecnológico da UNESC.
Pela aprovação do Requerimento 170/15, em 27/07/15 foi elaborado o oficio
Presi nº 367/15 de 29/07/2015 e encaminhado via protocolo com data de
recebimento em 11/08/15 à Prefeitura Municipal de Criciúma. Resposta recebida
somente em 22/09/15 conforme protocolo nº 32510 neste Poder Legislativo.
Teor das perguntas do Requerimento 170/15 e respostas recebidas:
1 – Se existe dívida da Prefeitura Municipal de Criciúma com a Universidade
do Extremo Sul Catarinense-UNESC Fundação Educacional de Criciúma-FUCRI e
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ao Instituto de Pesquisas Ambiental e Tecnológica IPAT, para o seguinte período:
01/01/2012 a 27/07/2015.
Resposta da Secretaria Municipal da Fazenda: Para efeito de registro de
dívida, por meio de empenhamento de despesa ou contabilizado do
comprometimento financeiro por conta de parcelas de convênio, são necessárias as
formalidades previstas na Lei Federal nº 4.320/61, sendo que foram registrados
todos os eventos autorizados e protocolados na Contabilidade. Neste aspecto, os
compromissos financeiros empenhados foram liquidados (pagos) na forma da
legislação pertinente.
2 – Não havendo dívidas com as instituições acima, que seja formalizada, via
documento, informando a não existência de débito.
Resposta da Secretaria Municipal da Fazenda: Com base nos registros
contábeis, tenho a informar que inexiste dívida formal.
3 – Havendo dívidas, solicitamos o encaminhamento dos seguintes
documentos:
a) Copia dos contratos ou convênios entre as partes;
b) Cópia dos empenhos;
c) Cópia das liquidações de empenhos com os seus respectivos documentos
que serviram de base para o referido empenhamento.
d) Cópia das ordens de pagamento que foram pagas;
e) Cópia das transferências bancárias ou recibos de quitações.
Resposta da Secretaria Municipal da Fazenda: Não há valores a informar
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4 – Relação de todos os alunos em qualquer modalidade de ensino, esporte
ou condições sociais que estejam vinculados nas obrigações financeiras da
Prefeitura de Criciúma com as instituições acima.
Resposta da Gerencia de Gestão de Pessoas: Em resposta ao oficio nº
367/2015 da Câmara Municipal de Criciúma, referente ao requerimento nº
170/15 item 4, encaminhamos em anexo relação de todos os alunos
beneficiados com bolsas na UNESC no boleto de setembro. Cabe ressaltar
que essas informações requerem sigilo por se tratar de informações de
caráter pessoal e financeiro. Atenciosamente Darci Antônio Filho – Gerente
de Gestão de Pessoas. Anexo Relatório de atletas, UNESC Graduação,
UNESC Pós, Estagiários (setembro) Relatório da bolsa Minha Chance de
Acesso ao Ensino Superior, emitido pela UNESC.
5 – Valores recebidos até 27/07/2015 do contrato de nº 231/PMC/2014 e do
aditivo nº 01 ao contrato nº 231/PMC/2014 entre Prefeitura Municipal de
Criciúma e a Universidade do Extremo Sul Catarinense-UNESC.
Resposta: relatório em anexo. Recebidos em 2014 – R$ 1.584.000,00.
Recebidos em 2015 até 10/04/2015 R$ 300.000,00
6 – Informar reunião ocorrida em 2012 na Prefeitura Municipal de Criciúma
com a UNESC, que acertaram que a dívida da Prefeitura com a UNESC,
estaria suspensa em 2012 para que fosse cobrada somente em 2013.
a) Informar a data da reunião;
b) Nome das pessoas que participaram da reunião;
c) Documentação que serviu de base para a tomada de decisão na reunião.
Pergunta não respondida.
Pela aprovação do Requerimento 169/15, em 27/07/15, foi elaborado o ofício
Presi nº 366/15 de 29/07/2015 e encaminhado via protocolo com data de 5
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recebimento em 11/08/15 ao Diretor do IPARQUE/UNESC, Prof. Marcos Back.
Elaborado oficio Presi 365/15 de 29/07/2015 e encaminhado via protocolo com data
de recebimento em 11/08/15 ao Presidente do Conselho Superior de Administração
da FUCRI, Dr. Gildo Volpato. Elaborado ofício Presi 364/15 de 29/07/2015 e
encaminhado via protocolo com data de recebimento em 11/08/15 à UNESC-
Universidade do Extremo Sul Catarinense, Magnífico Reitor Prof. Dr. Gildo Volpato.
Resposta recebida somente nem 29/09/15 pelo oficio nº 128/2015 de origem da
Reitoria, conforme protocolo nº 32615 desta Casa Legislativa.
Teor das perguntas do Requerimento 169/15 e respostas recebidas:
1 – Pedido de informações à Universidade do Extremo Sul Catarinense
UNESC, Fundação Educacional de Criciúma-FUCRI e ao Instituto de Pesquisas
Ambiental e Tecnológica-IPARQ o que segue abaixo: Período de 01/01/2012 a
27/07/2015.
2 – Informar a este Poder Legislativo se existe créditos a receber da
Prefeitura Municipal de Criciúma por serviços prestados no período acima.
Resposta: Em nossos registros constam créditos a receber da Prefeitura
Municipal de Criciúma referentes a: Prestação de serviços do IPARQUE – Parque
Cientifico e Tecnológico da UNESC. Repasses de bolsas de estudo do ano de 2012.
Repasse de bolsas de estudo dos meses de julho a agosto de 2015.
3 – Não havendo dívidas com a Prefeitura Municipal de Criciúma, que seja
formalizado via documento informando a não existência do crédito.
Resposta: Há dívidas conforme relatado acima.
4 – Havendo créditos, solicitamos o encaminhamento dos seguintes
documentos:
a) Cópia dos documentos fiscais que deram origem aos créditos e que já
foram recebidos;
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b) Cópia dos documentos fiscais que deram origem aos créditos e que não
foram ainda recebidos.
Resposta: Os documentos solicitados seguem em anexo.
5 – Relação de todos os alunos, em qualquer modalidade de ensino, esporte
ou condições sociais que estejam vinculados nos créditos financeiros de obrigações
da Prefeitura de Criciúma com as instituições acima.
Resposta: A relação supramencionada está de posse da Prefeitura Municipal
de Criciúma, visto que foi encaminhada diretamente ao Prefeito Municipal por
intermédio do oficio nº 87/2015/REITORIA cuja cópia se encontra em anexo.
Nota 1: Oficio nº 87/2015/REITORIA datado em 27/07/2015 (mesma data do requerimento 169/15 com pedido de informação)
Nota 2: relação de alunos não veio em anexo.
6 – Valores pagos até 27/07/2015 do contrato de nº 231/PMC/2014 e do
aditivo nº 01 ao contrato nº 231/PMC/2014 entre a Universidade do Extremo Sul
Catarinense-UNESC e a Prefeitura Municipal de Criciúma.
Resposta: Até a presente data foi pago o montante de R$ 1.984.000,00 (um
milhão e novecentos e oitenta e quatro mil reais) em decorrência do contrato ora em
comento.
7 – Atas do Conselho de Administração e Fiscal que trataram das dívidas da
Prefeitura Municipal de Criciúma relativo às bolsas de estudos e demais serviços
prestados pela UNESC, FUCRI, IPARQ e atas que trataram da compra do Complexo
Educacional Nereu Guidi.
Resposta: Os documentos solicitados seguem em anexo ao presente.
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8 – Informar a reunião ocorrida em 2012 na Prefeitura Municipal de Criciúma
com a UNESC, que acertaram que a dívida da Prefeitura com a UNESC, estaria
suspensa em 2012 para que fosse cobrada somente me 2013.
a) Informar a data da reunião;
b) Nome das pessoas que participaram da reunião;
c) Documentação que serviu de base para a tomada da decisão na reunião.
Resposta: Não possuímos registro formal de tal reunião.
FATO MOTIVADOR DA COMISSÃO ESPECIAL
Em face do material recebido, e das divergências nas informações prestadas,
em 30/09/2015 diversos Vereadores encaminharam requerimento de nº 237/15
solicitando a constituição de uma Comissão Temporária Especial, composta por um
Vereador de cada bancada, conforme capítulo III do Regimento Interno, para no
prazo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual período, analisar os documentos
encaminhados pela Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina-UNESC, o
Instituto Ambiental e Tecnológico –IPAT atualmente IPARQUE e o Poder Executivo
Municipal, em resposta aos requerimentos nº 169/15 e 170/15, respectivamente, em
que foram solicitadas informações acerca da existência de dívida entre aqueles, no
período de 01/01/20102 a 27/07/2015. Tal medida, considerando as divergências
constatadas nas respostas, faz-se necessária, para fins de esclarecimentos da real
situação.
Em reunião ordinária do Poder Legislativo na sessão do dia 06/10/2015
acatou o requerimento 237/15 que foi lido em plenário e aprovado de plano, pela
maioria a constituição da Comissão Especial a qual foi instituída pela Resolução nº
006/2015 de 13/10/2015. Criada a Comissão Especial a mesma iniciou seus
trabalhos de abertura em 23/10/2015.
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ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Ata nº 01 – Ordinária de 23/10/2013
Reunião de instalação da Comissão Especial. Eleição do Presidente, Ver.
José Paulo Ferrarezi – PMDB. Eleição do Relator, Ver. José Carlos Mello - PT.
Eleição do Secretário Ver. Moacir Dajori - PSDB. Demais membros componentes
representante de cada partido com assento nesta Casa Legislativa: Itamar da Silva-
PROS, Camila do Nascimento-PSD, Daniel Freitas – PP. Ézio Jevis Manoel – PDT.
Nesta reunião foi lido o esboço do Regimento Interno da Comissão Especial que
deverá ser aprovado na próxima reunião. Deliberado que os documentos fornecidos
pela UNESC e Prefeitura será entregue uma cópia para cada Vereador membro da
Comissão Especial.
Ata nº 02 – Ordinária de 27/10/2015
Debate e consenso sobre os dias e horários das reuniões da Comissão
Especial. Distribuição de cópia do Regimento Interno da Comissão.
Ata nº 03 – Ordinária de 29/10/2015
Analisado a qualidade do material fornecido pela UNESC e IPARQUE
constatou-se a má qualidade de algumas notas fiscais de prestação de serviço e
algumas planilhas com dificuldade de leitura das colunas. Foi deliberado o envio de
ofício a UNESC, para reprodução de melhoria dos documentos solicitados.
Ata nº 04 – Ordinária de 03/11/2015
Em votação alteração do artigo 8º e inclusão do parágrafo único no
Regimento Interno. Aprovado. Apresentação e votação do oficio CE nº001/15 de
03/11/2015 solicitando documentação mais legível e informações de contrato do
IPARQUE. Aprovado.
Ata nº 05 – Ordinária de 05/11/2015
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Oficio da Vereadora Camila do Nascimento que se afasta por trinta dias e
indica como substituta a Vereadora Thatianne Ferro Teixeira. O Presidente informou
que protocolou ofício CE nº 001/15 em 04/11/2015 na Reitora da UNESC.
Ata nº 06 – Ordinária de 10/11/2015
Questionado a falta de presença de outros membros da Comissão sem
justificativa da ausência. O Presidente pedirá questão de ordem em plenário para
chamar a responsabilidade dos membros faltantes. Informado aos presentes o
recebimento dos documentos solicitados à UNESC/IPARQUE. Em uma análise
preliminar do material apresentado, surgiram várias dúvidas quanto à composição
dos relatórios enviados pela Prefeitura à UNESC e como a UNESC processa esta
documentação. Diante destas dúvidas foi solicitado fazer-se convite ao funcionário
da UNESC, Sr. Janir de Quadra Paim, Gerente do Depto de Finanças e
Contabilidade, para que venha a esta Comissão prestar alguns esclarecimentos das
contas.
Ata nº 07 – Ordinária de 12/11/2015
Apresentado documentação fornecida pela UNESC, para o exercício de
janeiro e fevereiro de 2012. Relatórios de créditos da UNESC, somente aparecem os
valores a receber. Relatórios da PMC, não traz informações de valores das bolsas.
Somente uma relação de alunos e o percentual que seria pago. Estagiários possuem
uma relação de nomes e valores das bolsas. Analisada a documentação
apresentada, ficou definida a vinda na terça-feira do funcionário da UNESC. Sr. Janir
de Quadra Paim, Gerente do Depto de Finanças e Contabilidade para que possa dar
esclarecimento aos membros da Comissão.
Ata nº 08 – Ordinária de 17/11/2015
A convite desta Comissão faz-se presente hoje, o Sr. Janir Quadra Paim,
Gerente do Depto de Finanças e Contabilidade da UNESC para dar alguns
esclarecimentos sobre a dívida da Prefeitura Municipal de Criciúma para com a
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UNESC. Feita a apresentação da documentação encaminhada pela UNESC em
dois momentos, quanto às perguntas na solicitação dos documentos e as respostas
enviadas. Quanto à documentação do IPARQUE, sobre prestação de serviços para
a PMC, conforme relatórios há um saldo a pagar pela PMC de R$ 491.994,81 o qual,
ainda se faz necessário analisar as notas fiscais que foram encaminhadas. Quanto
ao leilão do Complexo Educacional Nereu Guidi, o Sr. Janir Quadra Paim confirmou
que os pagamentos estão sendo feito com atraso de três parcelas, sendo que as
parcelas não estão sendo corrigidas monetariamente no ato do pagamento. A falta
de correção atual vai gerar um passivo no final do contrato. Não está havendo
encontro de contas, conforme havia sido dito anteriormente. Perguntado quanto à
reunião havida em 2012 na Prefeitura Municipal de Criciúma, a qual se tratou do
acerto das bolsas que não seriam pagas em 2012, foi confirmado pelo Sr. Janir. O
mesmo informou que participou da tal reunião e estavam presentes o Sr. Celito
Cardoso do Comitê Gestor, o Sr Miguel Mastela, Secretário do Sistema Econômico
o Sr. Darci Antônio Filho, Gerente do RH, as meninas encarregadas do controle das
bolsa no RH, o Sr Gildo Volpato, Reitor da UNESC e o Sr. Janir Quadra Paim,
Gerente do Depto de Finanças e Contabilidade da UNESC. Questionado o Sr. Janir
quanto ao oficio n.º 87/2015/Reitoria, onde encaminha ao Prefeito proposta de
parcelamento referente aos meses de julho a dezembro/2012, entendeu haver
engano, uma vez que a dívida da PMC é de janeiro a dezembro/2012. Confirmou
que a dívida da PMC com UNESC no ano de 2012 é de R$ 5.438.180,25 onde
atualizado pelo IPCA até junho/2015 é de R$ 6.073.070,85; Confirmou também que,
todos os meses eram enviados os relatórios das bolsas para a Prefeitura, porém a
Prefeitura não fazia os pagamento. Relatórios estes que estão na Comissão
Especial. Questionado quanto à qualidade das informações nos relatórios, informou
que naquela época, era assim que se geravam as informações. Atualmente já foi
melhorado o sistema de controle e novos relatórios mais informativos, estão sendo
elaborados e com melhor clareza nas informações. Questionado quanto à forma de
se chegar ao valor das mensalidades dos alunos, informou que é o valor do
semestre dividido pelo número de meses. Exemplo: Se o aluno se matricula com
atraso, é a partir do mês que se matriculou, dividido pelo valor do semestre.
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Questionado quanto aos relatórios enviados pela PMC da relação de alunos para a
UNESC, onde consta, por exemplo: bolsa 50%, bolsa 30%, bolsa 100%, disse ser
um pouco complicada aquela informação para quem não está envolvido com a
atividade no dia a dia. Perguntado como poderia melhorar estas informações e gerar
um relatório mais claro quanto ao valor do semestre, valor da mensalidade e o
desconto gerado em cada bolsa, para que se possa fazer uma análise mais
profunda da situação da dívida. Foi proposto a elaboração de ofício a ser remetido à
UNESC, onde o Reitor deverá encaminhar ao Sr. Janir Quadra Paim para gerar
novos relatórios com maior clareza de informação das bolsas.
Ata nº 09 – Ordinária de 24/11/2015
Leitura do oficio CE nº 002/15 de 19/11/2015, endereçado à UNESC, com
pedido de novos documentos. Feito contato telefônico e conversado diretamente
com o Sr. Janir Quadra Paim, este informou que já recebeu o ofício e pretende
encaminhar a documentação semana que vem. No dia 26/11 não haverá reunião da
Comissão, enquanto aguarda mais informações que serão remetidas pela UNESC
Ata nº 10 – Ordinária de 01/12/2015
Não houve trabalho por falta de quorum. Presente os Ver. José Paulo
Ferrarezi e Moacir Dajori. As informações da UNESC não tinham chegado à
Comissão, portanto não tinha o que discutir.
Ata nº 11 – Ordinária de 08/12/2015
Aos oito dias do mês de dezembro de dois mil e quinze, reuniu-se a Comissão
Especial às 14h00min horas na sala 306 deste Poder Legislativo. Presente os
Vereadores José Paulo Ferrarezi (Presidente) e Moacir Dajori (Secretário), José
Carlos Mello (Relator), Itamar da Silva e Ézio Jevis Manoel. Aberta os trabalhos o
Presidente solicitou ao Secretário que fizesse a leitura da ata nº 10 de 01/12/2015.
Ata aprovada por unanimidade. Está presente hoje nesta Comissão como
convidados o Sr. Janir de Quadra Paim, Gerente do Depto de Finanças e 12
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Contabilidade e o Sr. João Carlos Medeiros Rodrigues, Procurador Jurídico. Neste
ato o Sr. Janir de Quadra Paim trouxe em mãos resposta documental em
atendimento ao ofício CE nº 002/15. Feito a entrega formal, os mesmos ficaram a
disposição para alguma pergunta. Informaram que possivelmente já estaria
tramitando nesta Casa Legislativa projeto do Executivo que já estava reconhecendo
a dívida. Surpresa para a Comissão onde os trabalhos ainda estavam em
andamento faltando maior aprofundamento na matéria.
ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES
1 – REQUERIMENTO 170/15 – PODER EXECUTIVO
O Poder Executivo limitou-se a informar muito sucintamente, invocando a Lei
4.320/64, o que aqui se transcreve:
Primeira análise é com relação aos contratos com IPARQUE (fl. 04) relação
de contratos e notas fiscais.
Executado Nº
Notas Fiscais
Data Emissão
Notas Fiscais
Valores Faturados e Recebidos
Valores Faturados Vencidos
Valores a faturar
Valores ref.
contratos suspensos
13.903 12/04/2011 134.464,47
pag. 25 a 50 algumas notas fiscais não assinadas
14.087 12/05/2011 45.000,00 14.257 01/06/2011 45.000,00 14.506 07/07/2011 45.000,00 14.507 07/07/2011 45.000,00 14.899 25/08/2011 45.000,00 15.223 07/10/2011 45.000,00 15.309 20/10/2011 45.000,00 15.814 08/01/2012 45.000,00 16.007 não visível 45.000,00 16.199 16/03/2012 45.000,00 16.441 17/04/2012 45.000,00
123 18/05/2012 45.000,00 1.116 02/10/2012 45.000,00 1.117 02/10/2012 45.000,00 1.451 22/11/2012 45.000,00 2.464 21/03/2013 22.499,87 2.465 21/03/2013 22.499,87 3.969 07/08/2013 22.499,87
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3.970 07/08/2013 22.499,87 3.971 07/08/2013 22.499,87 3.972 07/08/2013 22.499,87 3.973 07/08/2013 22.499,87 3.974 07/08/2013 22.499,87
1.496 30/11/2012 45.000,00 (nota assinada e não empenhada) pg. 49
989.463,43 45.000,00 3.539 03/07/2013 23.049,80
pg. 61 a 64 somente uma copia assinada 6.988 26/03/2014 114.245,16
7.070 07/04/2014 44.743,72 202.278,36 182.038,68 0,00 202.278,36 5.890 19/12/2013 88.308,00 pg. 84 - nota fiscal não assinada 16.113 05/03/2012 8.431,39
16.114 05/03/2012 12.647,09 16.468 20/04/2012 20.479,63 16.469 20/04/2012 13.653,09 100 16/05/2012 7.068,34 103 16/05/2012 4.712,22 9.878 15/09/2014 40.900,26 pg. 100 sem assinatura 66.991,76 40.900,26 12.192 07/01/2015 13.624,40
13.590 24/03/2015 13.621,40 14.625 09/06/2015 13.621,40 14.626 09/06/2015 13.621,40 14.627 09/06/2015 13.621,40 17.033 31/07/2015 13.621,40 27.245,80 54.485,60 16.101 24/07/2015 393,85 pg. 130 -valor não corresponde ao serviço - Vanessa Tomazi Limas - 16.405 29.394,95 não veio nota fiscal 16.406 24/07/2015 404,21 pg. -131 -valor não corresponde ao serviço - Juliana Paiano Spindola 9.889 15/09/2014 29.394,95
pg. 130 a 142 - sem assinatura
9.890 15/09/2014 29.394,95 9.891 15/09/2014 29.394,95 9.892 15/09/2014 29.394,95 9.893 15/09/2015 29.394,95 9.894 15/09/2014 29.394,95 9.895 15/09/2014 29.394,95 9.896 15/09/2014 29.394,95 9.897 15/09/2014 29.394,95 14.183 07/05/2015 29.394,95 2.308 08/03/2013 70.000,00
pg. 152 a 154 - sem assinatura 2.309 08/03/2013 70.000,00 2.771 18/04/2013 60.000,00 200.000,00 10.943 21/10/2014 420.724,50
pg. 159 a 161 valor da nota diferente do relatório nf 17.343 13.595 24/03/2015 47.034,26
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17.343 07/08/2015 33.656,00 467.758,76 33.656,00 491.744,81
Resposta do Executivo. Para efeito de registro de dívida, por meio de empenhamento de despesa ou contabilizado do comprometimento financeiro por conta de parcelas de convênio, são necessárias as formalidades previstas na Lei Federal nº 4.320/61, sendo que foram registrados todos os eventos autorizados e protocolados na Contabilidade. Neste aspecto, os compromissos financeiros empenhados foram liquidados (pagos) na forma da legislação pertinente.
A pergunta feita pelo requerimento 170/15 item 1, era “se existe dívida da
Prefeitura Municipal de Criciúma com a Universidade do Extremo Sul Catarinense –
UNESC, Fundação Educacional de Criciúma-FUCRI e o Instituto de Pesquisa
Ambiental e Tecnológica-IPAT.
Pelo relatório levantado e pelos documentos fornecidos pela UNESC, não se
tem dúvidas que existem dívidas da Prefeitura Municipal de Criciúma com o Instituto de Pesquisa Ambiental e Tecnológico-IPAT, atualmente IPARQUE nos seguintes valores:
Anos Valores Devidos
2012 45.000,00
2013 288.308,00
2014 40.900,26
2015 117.536,55
Total 491.744,81
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Ocorre que, se as notas fiscais foram emitidas, obviamente os serviços foram
prestados. Se o prestador dos serviços não buscou os seus créditos, alguma coisa
não está fechando . Por que a Prefeitura não empenhou se o serviço foi prestado?
Não é prática e muito menos regra, na Administração Pública, receber os serviços
prestados com a emissão de nota fiscal e não processar o devido empenhamento.
Se isso está acontecendo é bom consultar a Lei 4.320/64 em seus artigos 35 e 36,
ou seja:
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: I – as receitas nele arrecadadas: II – as despesas nele legalmente empenhadas. Art. 36 Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas, até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas.
Não processando a despesa dentro do exercício em que ela incorreu em
atendimento a normas da Lei 4.320/64, duas ilegalidades estão sendo cometidas,
descumprindo a primeira que é a obrigatoriedade do empenhamento da despesa
executada, a segunda, trata-se da LC/101//2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal)
em seu artigo 42.
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
O não empenhamento da despesa no exercício em que ela ocorreu, sem o saldo
financeiro suficiente para o seu devido pagamento, não vai existir restos a pagar, ou seja, a dívida não foi empenhada. Prática esta que deve ser combatida. Também
penalizando o Gestor Público como medida profilática e educativa como norma de
gestão. Não é uma boa prática contábil deixar de reconhecer a dívida dentro do
exercício em que ela ocorreu. É necessário o reconhecimento da dívida até para se
ter uma clareza da situação patrimonial, seja ela entidade pública ou empresa
privada. 16
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Portanto as perguntas do item 1, 2 e 3 do requerimento ficaram mascaradas
na exposição dos fatos acima.
É preocupante esta situação, uma vez que a Prefeitura não sabe nem quanto deve aos prestadores de serviços e mais lamentável é que possui contrato com estas entidades.
Com relação à pergunta do item 4 o Setor de RH se limitou a anexar relatórios
com relação de alunos referente ao mês de setembro de 2015. Nada fez de
referência ao período de: 01/01/2012 a 27/07/2015.
Cabe aqui abrir uma ressalva:
Reportando-se ao problema maior que é a dívida das bolsas de estudos no
ano de 2012 com a UNESC. Em atendimento ao artigo 58 de Lei 4.320/64 temos:
Art. 58 O empenho de despesa é o ato emanado da autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
Ocorre que a UNESC, prestou os serviços de ensino, mês a mês em 2012.
Este tipo de despesa por suas características que é prestação de serviço é
obrigatório o seu empenhamento e consequentemente a sua liquidação. O
serviço educacional foi prestado. Obviamente no mínimo as duas fases da
despesa já estão cumpridas que seja o empenho da despesa e a liquidação da despesa. Prevaricou o gestor quando não processou o devido
empenhamento deste tipo de despesa. O serviço educacional foi entregue, foi
liquidado. Aplica-se o disposto no artigo 63 da Lei 4.320/64.
Pergunta do item 5 foi anexado relatório de arrecadação de receitas relativo
aos anos de 2014 e 2015 sobre a venda do Complexo Educacional Nereu Guidi,
onde no ano de 2014 foi recebido R$ 1.584.000,00 (um milhão quinhentos e oitenta
e quatro mil reais). Exclui-se deste valor recebido a quantia de R$ 214.000,00 17
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(duzentos e quatorze mil reais) que corresponde a “caução do leilão” que deverá ser
devolvido corrigido monetariamente ao comprador no fim do contrato total pago. No
ano de 2014 foram recebidos R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais). O relatório foi
emitido para o período de 01/01/2015 a 31/07/2015. Portanto já de deduz que foram
pagas as parcela 5ª no valor de R$100.000,00 (cem mil) com vencimento
12/01/2015. Parcela 6ª no valor de R$100.000,00 (cem mil) com vencimento em
12/02/2015. Parcela 7ª no valor de R$ 100.000,00 (cem mil) com vencimento em
12/03/2015 e parcela 8ª no valor de R$100.000,00 (cem mil) com vencimento em
12/04/2015. Portanto parcela 9ª, com vencimento em 12/05/2015, parcela 10ª com vencimento em 12/06/2015 e parcela 11ª com vencimento em 12/07/2015, ainda não foram pagas como demonstra o relatório.
Por último restou a pergunta de item 6.
Não respondida.
Em que pese a formulação da pergunta feita, e esta pergunta teve origem no
Poder Legislativo, através do requerimento 170/15, aprovado em plenário na sessão
do dia 27/07/2015. O Poder Executivo não poderia deixar de responder, sob
hipótese alguma, independente de sua interpretação ou relevância quanto a
pergunta formulada. É dever, como também obrigação da comunicação entre
Poderes dar resposta ás perguntas oficiadas.
2 – REQUERIMENTO 169/15 – UNESC / FUCRI / IPAT
A primeira pergunta feita a UNESC/FUCRI e IPARQUE completada com a
segunda, era se existia dívida da Prefeitura Municipal de Criciúma para com as
instituições nominadas.
A resposta foi positiva informando que existem créditos a receber no período
de 01/01/2012 a 27/07/2015 ao IPARQUE. Quanto a bolsas de estudo, tem crédito a
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receber de janeiro a dezembro de 2012. Tem crédito a receber de bolsas de estudos
nos meses de julho e agosto de 2015.
Quanto ao IPARQUE, forneceu uma planilha que já foi “colada” neste
relatório, informando os valores pendentes e os documentos fiscais. Ressalva-se
aqui que alguns documentos não foram assinados e outros dois não são de
responsabilidade da Prefeitura. São eles, notas fiscais nº 16.101 emitida em
24/07/2015 no valor de R$ 393,85 contra Vanessa Tomazi Lima e a nota fiscal nº
16+406 emitida em 24/07/2015 no valor de R$ 404,21 contra Juliana Paiano
Spindola.
Nota: no relatório, a nota fiscal 16.101, no valor de R$ 29.394,95 foi emitida contra a Prefeitura. Idem para a nota fiscal 16.406 no valor de R$ 29.394,95.
Á terceira pergunta, foram anexados relatórios do balanço patrimonial da
UNESC, para o exercício de 2012. No balanço aparece nota explicativa nº. 06 sobre
mensalidade de bolsas PMC a receber, no valor de R$ 5.438.180,25 (cinco milhões
quatrocentos e trinta e oito mil, cento e oitenta reais e vinte e cinco centavos).
Á quarta pergunta, limitou-se a informar que a relação supramencionada está
de posse da Prefeitura Municipal de Criciúma, visto que foi encaminhada
diretamente ao Prefeito Municipal por intermédio do oficio nº 87/2015/REITORIA,
(anexo).
Portanto esta pergunta não foi atendida quanto ao seu conteúdo.
À quinta pergunta, informou que já foi pago à Prefeitura Municipal de Criciúma
a quantia de R$ 1.984.000,00 por conta da aquisição do Complexo Educacional
Nereu Guidi, relativo ao contrato nº 231/PMC/2014. Lembrar que deste valor R$
214.000,00 (duzentos e quatorze mil reais) refere-se à caução do leilão.
Na sexta pergunta foi solicitado o envio das atas do Conselho Fiscal e de
Administração que tratavam das dívidas das bolsas de estudo e não foi atendido o 19
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pedido. Nota-se que as atas encaminhadas tratavam da possibilidade de participar
do leilão e com isso abater os pagamento da aquisição do Complexo Educacional
com as dívidas da Prefeitura. Anexaram somente cópias das atas que trataram do
leilão.
A oitava pergunta era sobre a reunião que ocorreu em 2012 para acertarem
que as dívidas da Prefeitura com a UNESC de 2012 só seriam pagas em 2013.
Limitaram-se a informar que: Não possuímos registro formal de tal reunião.
3 – NOVOS PEDIDOS DE INFORMAÇÕES À UNESC.
3.1 - Ofício CE nº 001/15 de 03 de novembro de 2015. Data do protocolo em
04/11/2015. Solicitação dos seguintes documentos:
a) cópia dos relatórios de alunos do 1º e 2º semestre de 2012;
Remessa de relatório de alunos que compõem a dívida contabilizada em
2012 pela UNESC.
b) cópia dos documentos que servem como base para empenhamento na
Prefeitura.
Resposta: os documentos que encaminhávamos a PMC são os relatórios
com os valores de bolsas geradas e o nome dos alunos beneficiados,
assim entende-se que estas informações são a base de empenho para
pagamento da PMC. Estas informações estão contempladas nos
documentos referidos do questionamento anterior.
c) cópia dos contratos habite-se III no valor de R$ 352.739,40 e Apoio a
Fiscalização III no valor R$ 197.867,16.
Resposta: estes contratos não foram formalizados.
3.2 – Ofício CE nº 002/15 de 19 de novembro de 2015. Data do protocolo em
19/11/2015. Atendido em 08/12/2015.
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Solicitação dos seguintes documentos:
a) valores das mensalidades geradas no 1º e 2º semestre de 2012 para os
seguintes auxílio/convênio de bolsas: deficiente/carente, estagiários,
minha chance de acesso ao ensino superior, funcionário e atletas;
b) valores da diferença que é de obrigação financeira da Prefeitura, quando
se refere a bolsa 30%, 40%, 50% 60%, 70%, 80%.
c) valores da diferença que é de obrigação financeira do aluno relativo ao
item “b”
d) valores do encontro de contas usando a retenção do Imposto de Renda
para o exercício de 2012.
DOCUMENTOS ENCAMINHADOS PARA ANALISE EM 08/12/2015.
CONCLUSÕES
Ao concluir este trabalho, cabe ressaltar a função da Comissão Especial que
se destina a elaboração e apreciação, bem como o estudo e análise de fatos
relevantes que sugerem a intervenção do Poder Legislativo. Não tem natureza de
sentença, punição, indiciação, ou intervenção político-administrativa. É um trabalho
de entendimento. De saber como a coisa pública está sendo gerida. Como ocorre
esta relação financeira entre Poder Público e a Instituição de Ensino. Tem seu ponto
de partida através dos documentos que lhes são encaminhados. A partir da
documentação fornecida pela Prefeitura Municipal de Criciúma e das instituições
UNESC / FUCRI / IPARQUE é que se busca por concluir o trabalho desejado. 21
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Destacar o cruzamento de informações entre Poder Executivo e Instituição de
Ensino. É muito estranho quando o Executivo afirma não haver dívidas
contabilizadas e não pagas. Ocorre que, se a documentação chega ao órgão
tomador dos serviços (Prefeitura) e esta não processa o devido empenhamento no
exercício de sua competência, é evidente que não vai haver dívida. Ela não foi
empenhada. Lembrar ao gestor público quanto ao descumprimento dos artigos 35 e
36 da Lei 4.320/64 e remeter para o disciplinamento do artigo 42 de Lei
Complementar 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Quando os serviços prestados referem-se à educação, significa entender que
mês a mês os serviços de ensino são prestados normalmente. É uma despesa já
liquidada. O serviço foi prestado. A boa gestão pública recomenda o
empenhamento desta despesa. O mesmo procedimento serve para as notas fiscais
do IPARQUE, se os serviços foram prestados e a notas fiscais já foram emitidas e
assinadas, só cabe aqui é processar o seu empenhamento, a liquidação e o
conseqüente pagamento. Em não havendo pagamento, evidentemente que vai
constituir os restos a pagar para o exercício seguinte. Mas deixar de empenhar é
deixar de evidenciar a situação patrimonial naquele momento ou exercício. Prática
não recomendada, seja ele gestor público ou privado.
Ressalte-se aqui, o tempo de funcionamento da Comissão Especial e a
remessa dos documentos encaminhados. Pelos relatórios, notas fiscais e planilhas
encaminhadas, maiores cruzamentos precisariam ser feito. Alguns pontos ainda
ficaram obscuros nesta relação entre Executivo e Instituição de Ensino no que se
refere à documentação vistoriada. Na forma como é levantado o valor que a
Prefeitura precisa pagar. Quais documentos são encaminhados para a Prefeitura?
Caberia para este fato a abertura de CPI, com uma investigação mais profunda
sobre as partes envolvidas.
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Ficou muito claro com a documentação que foi apresentada que, em 2012, as
bolsas de estudos na forma como era processado naquela época, mês a mês, a
UNESC fez a remessa dos relatórios e a Prefeitura assinou o recebimento e só não
empenhou ou pagou por questões outras. Fato não recomendado ao gestor daquela
época. Diante dos fatos documentais apreciados, onde não foram empenhadas as
despesas com bolsas de estudos no convenio Prefeitura e UNESC, realizadas em
2012, gerando, conforme demonstrado no balanço patrimonial da UNESC, um
crédito de R$ 5.438.180,25 (cinco milhões quatrocentos e trinta e oito mil, cento e
oitenta reais e vinte e cinco centavos), atualizado até junho/2015 em R$
6.073.070,86 (seis milhões setenta e três mil, setenta reais e oitenta e seis
centavos).
ENCAMINHAMENTOS:
a) Seja encaminhada cópia deste relatório ao Ministério Público do Estado de
Santa Catarina para que o mesmo possa promover as competentes ações
que julgar necessárias, até como medida profilática e educativa à boa
prática na gestão dos recursos públicos;
b) Seja encaminhada cópia deste relatório ao Tribunal de Contas do Estado
de Santa Catarina e como sugestão, que se proceda à reabertura do
balanço encerrado em 2012, e já aprovado pelo Poder Legislativo de
Criciúma, por inconsistência do não empenhamento de despesa no valor
de R$ 5.438.180,25 (cinco milhões quatrocentos e trinta e oito mil, cento e
oitenta reais e vinte e cinco centavos) gerando um passivo a descoberto e
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conseqüentemente burlando a Lei 4.320/64 e Lei Complementar 101/2000
(Lei de Responsabilidade Fiscal);
c) Seja encaminhada cópia deste relatório à Prefeitura Municipal de Criciúma
para conhecimento e providências a serem adotadas evitando com isso
futuros passivos imprevistos não compatíveis com a boa prática de gestão;
d) Seja encaminhada cópia deste relatório à Universidade do Extremo Sul
Catarinense para conhecimento e providências que julgar necessário.
Criciúma, 15 de dezembro de 2015
Ver. JOSE CARLOS MELLO Relator
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