câmara de vereadores de bento gonçalves · ruído, da poluição do meio am-biente, do espaço...

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SALA DAS SESSÕES FERNANDO FERRARI, aos três dias do mês de abril de mil novecentos e noventa RTUOL Vereado OSÉ 1Q Vice-Preside ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CAMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES Palácio 11 de Outubro RESOLUÇÃO NQ 03/90, DE 03 DE ABRIL DE 1990. PROMULGA A LEI ORGÂNICA DO MUNI- CÍPIO DE BENTO GONÇALVES. A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES, usan- do das atribuições que lhe confere a Lei e tendo em vista a aprovação dos Senhores Vereadores em Sessão de 03 de abril de 1990, RESOLVE Promulgar a presente LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES, nos termos da lei, e manda a todas as autorida des, às quais couber o seu conhecimento e execução, que a exe- cutem e a façam executar e observar fiel e inteiramente. Publique-se e cumpra-se. Vereador NOR L,I TOMASINI 117 0202t, Q___Qe . Vereado ROBERTO ANTÔNIO CAINELLI Vereador OLAVO FELIPPE CH ELLA 2Q Secretário Processo CM-060/90

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Page 1: Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves · ruído, da poluição do meio am-biente, do espaço aéreo e das águas; IX - regular o tráfego e o trânsito nas vias públicas mu-nicipais,

SALA DAS SESSÕES FERNANDO FERRARI, aos três dias do

mês de abril de mil novecentos e noventa

RTUOL Vereado OSÉ

1Q

Vice-Preside

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CAMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES

Palácio 11 de Outubro

RESOLUÇÃO NQ 03/90, DE 03 DE ABRIL DE 1990.

PROMULGA A LEI ORGÂNICA DO MUNI-

CÍPIO DE BENTO GONÇALVES.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES, usan-

do das atribuições que lhe confere a Lei e tendo em vista a

aprovação dos Senhores Vereadores em Sessão de 03 de abril de

1990,

RESOLVE

Promulgar a presente LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE

BENTO GONÇALVES, nos termos da lei, e manda a todas as autorida

des, às quais couber o seu conhecimento e execução, que a exe-

cutem e a façam executar e observar fiel e inteiramente.

Publique-se e cumpra-se.

Vereador NOR L,I TOMASINI

117 0202t, Q___Qe

. Vereado ROBERTO ANTÔNIO CAINELLI

Vereador OLAVO FELIPPE CH ►ELLA

2Q Secretário

Processo CM-060/90

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LEI ORGÂNICA

DO

MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES - RS

19 9 0

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COMPOSIÇÃO DA MESA DA

CAMARA CONSTITUINTE MUNICIPAL

PRESIDENTE: Vereador IVANOR LUIZ TOMASINI

VICE-PRESIDENTE: Vereador ROBERTO ANTONIO CAINELLI

1Q SECRETÁRIO: Vereador JOSÉ ALBERTO BERTUOL

2Q SECRETÁRIO: Vereador OLAVO CONSTANTE FELIPPE CHIELLA

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COMPOSIÇÃO DA CAMARA CONSTITUINTE

DO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES - RS

PDT PMDB

EUGÊNIO RIZZARDO ZEFERINO MORET

ELVO ANGELO CRISTOFOLI FERNANDO CÉSAR FERRARI

IDALINO CASAGRANDE JOSÉ ALBERTO BERTUOL

VALDEMAR FINATTO LÍRIO TURRI

JUARES BARUFFI NELSON PROVENSI

RENATO MOACIR FERRARI IVAR LEOPOLDO CASTAGNETTI

CLÔRIS PASQUALOTTO

IVANIR ANTONIO FORESTI PT

MARRO GABARDO

PDS

ROBERTO ANTONIO CAINELLI PTB

CARLOS ROBERTO POZZA MAURO ANTONIO VILLA

OLAVO CONSTANTE FELIPPE CHIELLA IVANOR LUIZ TOMASINI

PRIMO AGOSTO CONSOLI

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COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO

PRESIDENTE: Vereador ROBERTO ANTONIO CAINELLI

VICE-PRESIDENTE: Vereador EUGÊNIO RIZZARDO

RELATOR: Vereador CLÓRIS PASQUALOTTO

RELATORES ADJUNTOS: Vereador OLAVO CONSTANTE FELIPPE CHIELLA e

Vereador CARLOS ROBERTO POZZA

Vereador PRIMO AGOSTO CONSOLI

Vereador FERNANDO CÉSAR FERRARI

Vereador MARRO GABARDO

Vereador MAURO ANTONIO VILLA

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COMISSÕES TEMÁTICAS

I - COMISSÃO DE ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO E DOS PODERES

Presidente: Vereador PRIMO AGOSTO CONSOLI

Vice-Presidente: Vereador NELSON PROVENS'

Relator: Vereador CLÕRIS PASQUALOTTO

Vereador IVAR LEOPOLDO CASTAGNETTI

Vereador ELVO ANGELO CRISTOFOLI

II - COMISSÃO DE SISTEMA TRIBUTÁRIO, ORÇAMENTO, FINANÇAS PÚBLICAS,

ORDEM SOCIAL E ECONÔMICA

Presidente: Vereador LÍRIO TURRI

Vice-Presidente: Vereador JUARES BARUFFI

Relator: Vereador OLAVO CONSTANTE FELIPPE CHIELLA

Vereador IVANIR ANTONIO FORESTI

Vereador ZEFERINO MORET

III - COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA, DESPORTO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA

E TURISMO

Presidente: Vereador MÁRIO GABARDO

Vice-Presidente: Vereador EUGENIO RIZZARDO

Relator: Vereador ROBERTO ANTONIO CAINELLI

Vereador RENATO MOACIR FERRARI

Vereador MAURO ANTONIO VILLA

IV - COMISSÃO DE DEFESA DO CIDADÃO, SAÚDE E 00 MEIO AMBIENTE

Presidente: Vereador FERNANDO CÉSAR FERRARI

Vice-Presidente: Vereador JOSÉ ALBERTO BERTUOL

Relator: Vereador CARLOS ROBERTO POZZA

Vereador VALDEMAR FINATTO

Vereador IDALINO CASAGRANDE

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SUMARIO

PREAMBULO

TÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I

DO MUNICÍPIO (arts. 1Q ao 5Q)

CAPÍTULO II

DA COMPETÊNCIA (arts. 6Q ao 9Q)

TÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CAPÍTULO I

DO PODER LEGISLATIVO

SEÇÃO

DISPOSIÇÕES GERAIS (arts. 10 ao 22)

SEÇÃO II

DOS VEREADORES (arts. 23 ao 30)

SEÇÃO III

DAS ATRIBUIÇÕES DA CAMARA MUNICIPAL (arts. 31 ao 33)

SEÇÃO IV

DA COMISSÃO REPRESENTATIVA (art. 34)

SEÇÃO V

DAS LEIS E DO PROCESSO LEGISLATIVO (arts. 35 ao 46)

CAPÍTULO II

DO PODER EXECUTIVO

SEÇÃO I

DO PREFEITO E DO VICE -PREFEITO (arts. 47 ao 56)

SEÇÃO II

DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO (art. 57)

SEÇÃO III

DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO (art. 58)

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SEÇÃO IV

DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO (arts. 59 ao 62)

TITULO III

DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA MUNICIPAL

CAPITULO I

DAS NORMAS DE PLANEJAMENTO MUNICIPAL (arts. 63 ao 66)

CAPITULO II

DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS (arts. 67 ao 71)

CAPITULO III

DOS BENS MUNICIPAIS (arts. 72 ao 75)

CAPITULO IV

DOS SERVIDORES MUNICIPAIS (arts. 76 ao 91)

CAPITULO V

DOS ATOS MUNICIPAIS

SEÇÃO I

DA FORMA (art. 92)

snAo II

DA PUBLICAÇÃO (art. 93)

SEÇÃO III

DO REGISTRO (art. 94)

SEÇÃO IV

DAS CERTIDÕES (art. 95)

TITULO IV

DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

CAPITULO I

DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS (art. 96)

CAPITULO II

DAS LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR (arts. 97 ao 98)

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CAPITULO III

DO ORÇAMENTO (arts. 99 ao 108)

TÍTULO V

DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS (arts. 109 ao 125)

CAPÍTULO II

DA EDUCAÇÃO (arts. 126 ao 144)

CAPÍTULO III

DA CULTURA (arts. 145 ao 148)

CAPÍTULO IV

DO DESPORTO (art. 149)

CAPÍTULO V

DO TURISMO (arts. 150 ao 151)

CAPÍTULO VI

DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA (arts. 152 ao 153)

CAPÍTULO VII

DA DEFESA DO CIDADÃO (arts. 154 ao 158)

CAPITULO VIII

DA SAÚDE (arts. 159 ao 166)

CAPÍTULO IX

DO MEIO AMBIENTE (arts. 167 ao 174)

TÍTULO VI

DISPOSIÇÃO FINAL (art. 175)

ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS (arts. 1Q ao 5Q)

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LEI ORGÂNICA MUNICIPAL

PREÂMBULO

O povo de Bento Gonçalves, por seus representantes, reu-

nidos em Assembléia Constituinte Municipal, com os poderes outor-

gados pelas Constituições da União e do Estado do Rio Grande do

Sul, consolidando a autonomia política e administrativa do Municí-

pio, na busca de uma sociedade justa, igualitária e democrática,

sob a proteção de Deus, a presente Lei Orgânica do Município.

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TITULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPITULO I

DO MUNICÍPIO

Art. 1Q - O Município de Bento Gonçalves, parte inte-grante da República Federativa do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, organizar-se-á autonomamente em tudo o que respeite a seu peculiar inte-resse, regendo-se por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar, respeitados os princí-pios estabelecidos nas Consti-tuições Federal e Estadual.

Art. 2Q - São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legis-lativo e o Executivo.

S 1Q - É vedada a delegação de atribuições entre os pode-res.

S 2Q - O cidadão investido na função de um deles não pode exercer a de outro.

Art. 3Q - É mantido o atual território do Município, cujos limites só poderão ser altera-dos nos termos da legislação estadual.

Art. 4Q - São símbolos do Município o brasão, a bandeira e o hino a Bento Gonçalves.

Art. 5Q - A autonomia do Município se expressa:

I - pela eleição direta dos Vereadores, do Prefeito e Vi-ce-Prefeito;

II - pela administração própria no que diz respeito ao seu peculiar interesse;

III - pela adoção de legis-lação própria.

CAPITULO II

DA COMPETÊNCIA

Art. 6Q - Compete ao Muni-cípio, no exercício de sua au-tonomia:

I - organizar-se adminis-trativamente, observadas as legislações federal e esta-dual;

II - decretar suas leis, expedir decretos e atos rela-tivos aos assuntos de seu pe-culiar interesse;

III - administrar seus bens, adquiri-los e alie-ná-los, aceitar doações, lega-dos e heranças e dispor de sua aplicação;

IV - desapropriar, por ne-cessidade ou utilidade públi-ca, ou por interesse social, nos casos previstos em lei;

V - conceder e permitir os serviços públicos locais e os que lhe sejam concernentes;

VI - estabelecer os quadros de servidores do Município e estabelecer-lhes regime jurí-dico único.

VII - elaborar o Plano Di-retor de Desenvolvimento Inte-grado e o Plano Diretor dos distritos, estabelecendo nor-mas de edificações, loteamen-tos, zoneamentos, bem como di-retrizes urbanísticas, visando à ordenação no território do Município;

VIII - estabelecer normas de prevenção e controle de ruído, da poluição do meio am-biente, do espaço aéreo e das águas;

IX - regular o tráfego e o trânsito nas vias públicas mu-nicipais, atendendo às neces-sidades de locomoção das pes-soas portadoras de deficiência física, além de observar as normas de segurança do cida-dão, vedando-se, inclusive, o transporte de inflamáveis e tóxicos no perímetro central da cidade;

X - estabelecer servidões administrativas, necessárias à realização de seus serviços;

XI -promover, indiscrimina-damente, a coleta, o transpor-te, o tratamento e a destina-ção final dos resíduos sólidos domiciliares e de limpeza ur-bana;

XII - licenciar estabeleci-mentos industriais, comer-

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ciais, de prestação de servi-ços e outros e cassar os alva-rás de licença dos que se tor-narem danosos à saúde, à hi-giene, ao bem-estar público e aos bons costumes;

XIII - fixar os feriados municipais, bem como o horário de funcionamento de estabele-cimentos comerciais, indus-triais, de prestação de servi-ços e outros, na forma da lei;

XIV - legislar sobre os serviços funerários e cemité-rios, encarregando-se da admi-nistração dos públicos e fis-calizando os que pertencem a entidades particulares;

XV - interditar edificações em ruínas ou em condições de insalubridade e fazer demolir construções que ameacem a se-gurança coletiva;

XVI - regulamentar e fisca-lizar as competições esporti-vas, os espetáculos e os di-vertimentos públicos;

XVII - legislar sobre a a-preensão e depósito de semo-ventes, mercadorias e móveis em geral, no caso de trans-gressão de leis e demais atos municipais, bem como sobre a forma e condições de venda das coisas e bens apreendidos;

XVIII - estabelecer, me-diante autorização legislati-va, a política de desenvolvi-mento industrial e comercial, definindo em lei os locais de instalação, ouvindo-se as en-tidades representativas dos respectivos setores;

XIX - cuidar da saúde e as-sistência pública, bem como da proteção e garantia das pes-soas portadoras de deficiên-cia;

XX - promover a criação de programas de prevenção das causas de deficiência física e mental, bem como estabelecer programas de atendimento espe-cializado para os mesmos;

XXI - promover a proteção do patrimônio históri-co-cultural local, observada a legislação e a ação fiscaliza-dora federal e estadual;

XXII - prover sobre a pre-

venção e os serviços de extin-ção de incêndio;

XXIII - prover as institui-ções municipais de cunho cul-tural de condições necessárias para executarem suas ativida-des;

XXIV - suplementar a legis-lação federal e estadual no que couber e naquilo que dis-ser respeito ao seu peculiar interesse.

Art. 7Q - O Município pode celebrar convênios - com a União, o Estado e os Municí-pios, mediante autorização da Câmara Municipal, para execu-ção de suas leis, serviços e decisões, bem como para execu-tar encargos análogos dessas esferas.

S 1Q - Os convênios podem visar à realização de obras ou à exploração de serviços pú-blicos de interesse comum.

S 2Q - Pode ainda o Municí-pio, através de convênios ou consórcios com outros municí-pios da mesma comunidade só-cio-econômica, criar entidades intermunicipais para a reali-zação de obras, atividades ou serviços específicos de inte-resse comum, devendo os convê-nios serem aprovados por leis dos municípios que deles par-ticipem.

Art. 8Q - Compete ainda ao Município, concorrentemente com a União e o Estado, ou su-pletivamente a eles:

I - zelar pela saúde, hi-giene, segurança, assistência pública e meio ambiente;

II - promover o ensino, a educação e a cultura;

III - estimular o melhor a-proveitamento da terra e de-fendê-la contra as formas de exaustão do solo;

IV - abrir e conservar es-tradas e caminhos e determinar a execução de serviços públi-cos;

V - promover a defesa sani-tária vegetal e animal, o con-trole de insetos e animais da-ninhos;

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Vi - proteger os documen-tos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

VII - impedir a evasão, a destruição e a descaracteriza-ção de obras de arte e outros bens de valor histórico, ar-tístico e cultural, desde que considerados pelas entidades de direito;

VIII - amparar a maternida-de, a infância, a velhice e os desvalidos, coordenando e orientando os serviços no âm-bito do Município;

IX - estimular a educação e a prática desportiva;

X - proteger a juventude contra toda exploração, bem como fatores que possam condu-zi-la ao abandono físico, mo-ral e intelectual;

XI - tomar medidas necessá-rias para restringir a morta-lidade e a morbidez infantis, bem como medidas que impeçam a propagação de doenças trans-missíveis;

XII - incentivar o comér-cio, a indústria, a agricultu-ra, o turismo e outras ativi-dades que visem ao desenvolvi-mento econômico;

XIII - fiscalizar a produ-ção, a conservação, o comércio e o transporte dos gêneros alimentícios destinados ao abastecimento público;

XIV - exercer outras atri-buições não vedadas pelas Constituições Federal e Esta-dual;

XV - promover e executar programas de moradias popula-res;

XVI - conservar e proteger as águas superficiais e sub-terrâneas, em ação conjunta com o Estado, devendo estar previsto no Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município o zoneamento de áreas de preservação daqueles mananciais, utilizáveis para abastecimento às populações, sendo, no aproveitamento das águas superficiais e subterrã-

neas, considerado prioritário o abastecimento às populações, com programas permanentes de uso, conservação e proteção contra a poluição e superex-ploração.

Art. 9Q - Ao Município é vedado:

I - instituir ou aumentar tributos sem que a lei o esta-beleça;

II - contrair empréstimo sem prévia autorização da Câ-mara Municipal;

III - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subven-cioná-las, embaraçar-lhes o exercício ou manter com eles ou seus representantes rela-ções de dependência ou alian-ça;

IV - criar distinções entre brasileiros ou preferências em favor de qualquer pessoa de direito público interno;

V - ceder servidores públi-cos municipais, inclusive pro-fessores, exceto para atender relevante interesse público e comunitário.

Parágrafo único - Nos casos previstos no inciso V, o Muni-cípio poderá firmar convênios, mediante aprovação da Câmara Municipal de Vereadores.

TITULO II

DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CAPITULO I

DO PODER LEGISLATIVO

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 10 - O Poder Legisla-tivo do Município é exercido pela Câmara Municipal, compos-ta de Vereadores, segundo o disposto nas legislações fede-ral e estadual a respeito e funciona de acordo com o seu Regimento Interno.

Art. 11 - A Câmara Munici-pal de Vereadores reúne-se,

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independentemente de convoca-ção, no dia 1Q de março de ca-da ano, para abertura de ses-são legislativa, funcionando ordinariamente até 30 de ju-nho, e de 1Q de agosto a 31 de dezembro.

5 19 - Durante o período legislativo ordinário, a Câma-ra Municipal reúne-se, no mí-nimo, em uma sessão ordinária por semana.

5 29 - A forma como será a posse, a instalação, designa-ção das Comissões Representa-tivas e Permanentes, bem como a forma de juramento dos Ve-readores será definida no Re-gimento Interno.

Art. 12 - No primeiro ano de cada legislatura, cuja du-ração coincide com a do manda-to dos Vereadores, a Câmara reúne-se no dia 1(2 de janeiro para dar posse aos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito, bem como eleger sua Mesa Diretora.

Parágrafo único - A Câmara Municipal de Vereadores reú-ne-se em sessão solene de ins-talação, independentemente de número, para posse dos Verea-dores e, estando presente a maioria absoluta destes, pro-ceder-se-á a seguir à eleição da Mesa, individualmente, car-go a cargo, para o primeiro biênio.

Art. 13 - Ao Presidente da Mesa compete a Presidência da Câmara Municipal e, no seu exercício, representá-la judi-cial e extrajudicialmente.

Art. 14 - A Mesa da Câmara será constituída de Presiden-te, Vice-Presidente, Primeiro-Secretário e Segun-do-Secretário, vedada a recon-dução para o mesmo cargo no período subseqüente.

Art. 15 - A Câmara funcio-nará em sua sede própria ou em outro local eventualmente de-signado, no caso de qualquer impedimento.

Parágrafo único - Por de-

liberação do plenário, as ses-sões da Câmara Municipal pode-rão ser realizadas em outro recinto.

Art. 16 - A convocação ex-traordinária da Câmara cabe ao seu Presidente, a um terço (1/3) de seus membros, à Co-missão Representativa ou ao Prefeito.

5 19 - Nas sessões legisla-tivas extraordinárias, a Câma-ra somente poderá deliberar sobre a matéria da convocação.

5 29 - Para reuniões ex-traordinárias, a convocação dos Vereadores será pessoal e com antecedência de quarenta e oito horas.

Art. 17 - A Câmara Munici-pal reúne-se com a presença de, no mínimo, um terço (1/3) dos Vereadores, e as delibera-ções somente serão tomadas ou-vindo-se o voto da maioria ab-soluta de seus membros, salvo os casos previstos nesta Lei Orgânica e no Regimento Inter-no.

5 19 - Quando se tratar de votação do Plano Diretor, do orçamento anual, de emprésti-mos, de auxílio à empresas, de concessão de privilégios, de renumeração do Prefeito, Vi-ce-Prefeito, Vereadores e ser-vidores municipais, ou outra matéria que verse sobre inte-resse particular, além de ou-tras referidas por esta Lei Orgânica ou pelo Regimento In-terno, o número mínimo de pre-senças é de dois terços (2/3) dos membros da Câmara, e as deliberações são tomadas pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores.

S 29 - O Presidente da Câ-mara vota somente quando hou-ver empate, quando a matéria exigir a deliberação de dois terços (2/3) e nas votações secretas.

Art. 18 - As sessões da Câ-mara são públicas, e o voto é aberto.

Parágrafo único - O voto é

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secreto somente nos casos pre-vistos nesta Lei Orgânica, ou por deliberação do plenário.

Art. 19 - Compete à Mesa da Câmara ou a um terço (1/3) dos Vereadores convocar o Prefeito Municipal, secretários munici-pais ou servidores detentores de cargos de direção e asses-soramento, para prestarem in-formações sobre questões espe-cificamente vinculadas às suas áreas de atuação.

§ 12 - Os convocados terão o prazo de quinze (15) dias para comparecer à Câmara Muni-cipal, comunicando através de ofício o dia a hora de seu comparecimento, a fim de pres-tar as informações solicita-das.

§ 24 - Somente a maioria absoluta dos Vereadores poderá deliberar sobre prorrogação de data, que somente será apre-ciada em caso de enfermidade ou por motivo de força maior.

§ 32 - O não comparecimento importará pena de responsabi-lidade.

Art. 20 - A Câmara Municipal apreciará as contas do Municí-pio referentes à gestão finan-ceira do ano anterior, até trinta (30) dias após o rece-bimento do respectivo parecer, emitido pelo Tribunal de Con-tas do Estado, o qual somente deixará de prevalecer por de-cisão de dois terços (2/3) dos membros da Câmara.

Art. 21 - Anualmente, den-tro de sessenta (60) dias a contar do início da sessão le-gislativa, a Câmara receberá em sessão especial o Prefeito, que informará, através de re-latório, a situação em que se encontram os assuntos munici-pais.

Parágrafo único - Sempre que o Prefeito manifestar pro-pósito de expor assuntos de interesse público, a Câmara o receberá em sessão previamente designada.

Art. 22 - A Câmara pode criar comissão parlamentar de inquérito para apurar fato de-terminado, nos termos do Regi-mento Interno, a requerimento de, no mínimo, um terço (1/3) de seus membros.

SEÇÃO II

DOS VEREADORES

Art. 23 - Os Vereadores, eleitos na forma da lei , go-zam de garantias que a mesma lhes assegura, por suas opi-niões, palavras e votos, pro-feridos no exercício do manda- to .

Parágrafo único - Os Verea-dores têm livre acesso aos ór-gãos da administração direta ou indireta do Município, mes-mo sem prévio aviso.

Art. 24 - É vedado ao Ve-reador:

I - desde a expedição do diploma:

a - firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa con-cessionária de serviço públi-co, no âmbito do Município, salvo quando o contrato obede-cer a cláusulas uniformes;

b - aceitar ou exercer cargo em comissão, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior.

II - desde a posse: a - ser proprietário,

controlador ou diretor de em-presa que goze de favor decor-rente de contrato com pessoa jurídica de direito público ou nela exercer função remunera-da; b - patrocinar causa

em que seja interessada qual- quer das entidades a que se refere o inciso I, alínea "a"; c - ser titular de

mais de um cargo público ou mandato eletivo.

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Art. 25 - Sujeita-se à per-da do mandato o Vereador que:

I - infringir qualquer das disposições contidas no artigo anterior;

II - utilizar-se do mandato para a prática de atos de cor-rupção, de improbidade admi-nistrativa ou atentatórios às instituições vigentes;

III - proceder de modo in-compatível com a dignidade da Câmara ou faltar com o decoro na sua conduta pública;

IV - fixar domicílio elei-toral fora do município;

V - deixar de comparecer, injustificadamente, a cinco (05) sessões ordinárias conse-cutivas ou a cinco (05) ses-sões extraordinárias consecu-tivas, durante o recesso da Câmara.

Parágrafo único - Nos ca sos do artigo 25, incisos I a III, a perda do mandato será decidida pela Câmara de Verea-dores, por voto de dois terços (2/3) de seus membros, em vo-tação secreta, mediante provo-cação da Mesa ou de partido político representado na Casa, assegurada ampla defesa.

Art. 26 - Extingue-se auto-maticamente o mandato do Ve-reador quando:

I - ocorrer seu falecimento ou renúncia por escrito;

II - tiver suspensos ou cassados seus direitos políti-cos;

III - ocorrer sua condena-ção por crime funcional ou eleitoral;

IV - deixar de tomar posse, sem motivo justificado, no prazo de quinze (15) dias.

Parágrafo único - Verifica-das as hipóteses do artigo 25, inciso IV e V e artigo 26, in-ciso II, III e IV, a perda do mandato será declarada pela Mesa da Câmara, de ofício ou mediante provocação de qual-quer de seus membros ou de partido político representado na Casa, assegurada ampla de-fesa.

Art. 27 - Nos casos de li-cença e vaga por morte, renún-cia ou extinção automática de mandato, o Vereador será subs-tituído pelo suplente, convo-cado nos termos da lei.

Art. 28 - O Vereador licen-ciado para tratamento de saú-de, perceberá em dobro a parte fixa de seus subsídios, inde-pendentemente do tempo que perdurar a licença.

Art. 29 - O Vereador inves-tido no cargo de secretário municipal ou em cargo de dire-toria equivalente não perderá o mandato desde que se licen-cie do exercício da vereança.

Art. 30 - A remuneração dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito será fixada pela Câmara Municipal, em cada le-gistura, para a subseqüente.

Parágrafo único - A remu-neração será fixada pelo menos sessenta (60) dias antes do pleito de cada legislatura.

SEÇÃO III

DAS ATRIBUIÇÕES DA CAMARA MU-NICIPAL

Art. 31 - Compete à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito:

I - legislar sobre todas as matérias atribuídas ao Municí-pio, pelas Constituições da União e do Estado e por esta Lei Orgânica;

II - votar: a - o plano plurianual; b - a lei de diretrizes or-

çamentárias; c - os orçamentos anuais; d - as metas prioritárias; e - o plano de auxílios e

subvenções. III - editar leis; IV - legislar sobre a cria-

ção e extinção de cargos e funções do Município, bem como fixar e alterar vencimentos e outras vantagens pecuniárias;

V - legislar sobre tributos de competência municipal;

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VI - votar leis que dispo-nham sobre alienação e aquisi-ção de bens imóveis;

VII - legislar sobre a con-cessão de serviços públicos no município;

VIII - dispor sobre a divi-são territorial do município, respeitada a legislação fede-ral e estadual;

IX - legislar sobre a con-cessão e permissão de uso de bens municipais;

X - criar, alterar, refor-mar ou extinguir órgãos públi-cos do município;

XI - deliberar sobre em-préstimos e operações de cré-dito, bem como a forma e os meios de seu pagamento;

XII - transferir, temporá-ria ou definitivamente, a sede do município, quando o inte-resse público o exigir;

XIII - cancelar, nos termos da lei, a dívida ativa do mu-nicípio, autorizar a suspensão de sua cobrança e a relevação de "ónus e juros;

XIV - legislar sobre a aquisição de bens imóveis , quando se tratar de doação com encargo;

XV - deliberar sobre o pro-jeto de lei do Executivo, que o autorize a mobilizar ou alienar os bens, créditos e valores que pertençam ao ativo permanente do Município, bem como amortizar ou resgatar as dívidas fundadas e outras, desde que compreendam o seu passivo permanente;

XVI - legislar sobre a con-cessão de auxílios e doações a terceiros;

XVII - autorizar referendos e convocar plebiscitos , desde que não contrariem leis fede-rais e estaduais.

Art. 32 - É de competência exclusiva da Câmara Municipal:

I - eleger sua Mesa, elabo-rar seu Regimento Interno e dispor sobre sua organização e política;

II - propor a criação e ex-tinção dos cargos de seu qua-dro de pessoal e serviços,

dispor sobre seu provimento, bem como fixar e alterar seus vencimentos e outras vanta-gens;

III - representar, pela maioria de seus membros, para efeito de intervenção no muni-cípio;

IV - autorizar convênios e contratos de interesse munici-pal;

V - exercer a fiscalização da administração financeira e orçamentária do município, com o auxílio do Tribunal de Con-tas do Estado, e julgar as contas do Prefeito;

VI - sustar atos do Poder Executivo que exorbitem da sua competência ou se mostrem con-trários ao interesse público;

VII - fixar por decreto le-gislativo os subsídios e a verba de representação do Pre-feito e Vice-Prefeito, nos termos da Constituição Fede-ral;

VIII - autorizar o Prefeito a afastar-se do Município ou do Estado por mais de dez (10) dias;

IX - solicitar informações por escrito ao Executivo;

X - dar posse ao Prefeito, bem como declarar extinto o seu mandato, nos casos previs-tos em lei;

XI - conceder licença ao Prefeito;

XII - suspender a execução, no todo ou em parte, de qual-quer ato, resolução ou regula-mento municipal que haja sido, pelo Poder Judiciário, decla-rado infringente à Constitui-ção, à Lei Orgânica ou às leis;

XIII - propor ao Prefeito a execução de qualquer obra ou medida que interesse à coleti-vidade ou ao serviço público;

XIV - conceder título de cidadão honorário ou qualquer outra homenagem ou honraria a pessoas que reconhecidamente tenham prestado serviços rele-vantes ao Município, mediante decreto legislativo aprovado por, no mínimo, dois terços (2/3) de seus membros;

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XV - deliberar, mediante resolução, sobre quaisquer as-suntos de sua economia interna e, nos demais casos de sua competência privada que tenham efeitos externos, por meio de decreto legislativo.

Parágrafo único - O Regi-mento Interno regulamentará a forma das autorizações, indi-cações, requerimentos e moções expedidas pela Câmara.

Art. 33 - A Câmara Munici-pal elaborará, trimestralmen-te, relatórios que deverão conter:

I - a realização da receita e despesa, especificando a destinação;

II - o número de servido-res, inclusive os cedidos, com seu respectivo regime de con-tratação, relacionando os que estiverem em gozo de licença, especificando-a, bem como in-dicando a que órgão ou entida-de prestam serviços os cedi-dos.

III - o resumo da folha de pagamento dos servidores, es-pecificando as parcelas de ativos, inativos e pensionis-tas, os valores retidos a tí-tulo de imposto sobre a renda e proventos de qualquer natu-reza e as contribuições previ-denciárias;

IV - os contratos e os con-vênios firmados para a reali-zação de obras e serviços, discriminando o preço, o prazo de execução e, no caso de o-bra, o local em que será rea-lizada, bem como a empresa ou entidade contratada.

Parágrafo único - Os rela-tórios referidos neste artigo serão:

I - afixados na Câmara Mu-nicipal, em local de acesso ao público;

II - remetidos às entida-des, movimentos da sociedade civil organizada, conselhos e associações de classe que os solicitarem;

III - remetidos às lideran-ças partidárias com assento na Cãmara, bem como a qualquer

Vereador que o solicitar.

SEÇÃO IV

DA COMISSÃO REPRESENTATIVA

Art. 34 - A Comissão Repre-sentativa funciona no recesso da Cãmara Municipal e tem as seguintes atribuições:

I - zelar pelas prerrogati-vas do Poder Legislativo;

II - zelar pela observância da Lei Orgânica;

III - autorizar o Prefeito a se ausentar do Município e do Estado;

IV - convocar extraordina-riamente a Câmara;

V - tomar medidas urgentes de competência da Câmara Muni-cipal.

Parágrafo único - No pri-meiro ano de cada legistura, no dia 14 de janeiro, será da-da posse à Comissão Represen-tativa, cujas normas relativas ao desempenho das atribuições, bem como de sua composição, são estabelecidas no Regimento Interno.

SEÇÃO V

DAS LEIS E DO PROCESSO LEGIS-LATIVO

Art. 35 - O processo legis-lativo compreende a elaboração de:

I - emendas à Lei Orgânica; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - decretos legislativos; V - resoluções.

Art. 36 - A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:

I - de um terço (1/3), no mínimo, dos Vereadores;

II - do Prefeito Municipal; III - da população subscri-

ta por cinco por cento (5%) do eleitorado do Município.

S 1 02 - A proposta de emenda será discutida e votada em dois (2) turnos, exigindo-se a presença de, no mínimo, dois terços (2/3) dos seus membros,

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considerando-se aprovada a que obtiver, em ambos os turnos, dois terços (2/3) dos votos dos membros da Câmara.

S 2Q - A emenda será pro-mulgada pela Mesa da Câmara na sessão seguinte àquela em que se der a aprovação , com o respectivo número de ordem.

S 3Q - No caso do inciso III, a subscrição deverá estar acompanhada dos dados identi-ficadores do titulo eleitoral.

S 4Q - A matéria constante da proposta de emenda, rejei-tada ou havida por prejudica-da, só poderá ser objeto de nova proposta após decorridos quatro (4) meses.

Art. 37 - A iniciativa das leis cabe a qualquer Vereador, ao Prefeito Municipal ou aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica.

Art. 38 - São da iniciativa privativa do Prefeito as leis que:

I - disponham sobre matéria financeira;

II - versem sobre matéria tributária e orçamentária, au-torizem abertura de créditos, ou concedam subvenções ou au-xílios;

III - criem cargos ou fun-ções públicas, fixem ou aumen-tem vencimentos ou vantagens dos servidores públicos ou que, de qualquer modo, aumen-tem a despesa pública, ressal-vada a competência privativa, expressamente atribuída à Câ-mara Municipal;

IV - criem ou suprimam ór-gãos ou serviços do Executivo.

Art. 39 - No inicio ou em qualquer fase de tramitação de projeto de lei de iniciativa do Prefeito, este poderá soli-citar à Câmara Municipal que o aprecie no prazo de quarenta e cinco (45) dias, a contar do pedido.

S 12 - Se a Câmara Munici-pal não se manifestar sobre o projeto no prazo estabelecido no "caput" deste artigo, será

ele incluído na ordem do dia, sobrestando-se a deliberação sobre os demais assuntos para que se ultime a votação.

S 2Q - Este prazo não cor-rerá nos períodos de recesso da Câmara Municipal.

Art. 40 - A requerimento de qualquer Vereador, os projetos de lei, decorridos trinta (30) dias de seu recebimento, serão incluídos na ordem do dia, mesmo sem parecer.

Parágrafo único - O projeto de lei somente poderá ser re-tirado da ordem do dia a re-querimento do autor, aprovado em plenário.

Art. 41 - A matéria cons-tante de projeto de lei rejei-tado somente poderá constituir objeto de novo projeto após decorridos quatro (4) meses.

Art. 42 - Os projetos de lei aprovados pela Câmara Mu-nicipal serão enviados ao Pre-feito que, aquiescendo, os sancionará.

S 1Q - Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em par-te, inconstitucional ou con-trário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmen-te, dentro de quinze (15) dias úteis, contados daquele em que o recebeu, comunicando os mo-tivos do veto ao Presidente da Câmara, dentro de quarenta e oito (48) horas.

S 2Q - Vetado o projeto e devolvido à Câmara, será ele submetido, dentro de trinta (30) dias, contados da data de seu recebimento, com ou sem parecer, a discussão única, considerando-se rejeitado se obtiver o voto da maioria ab-soluta da Câmara, caso em que será enviado ao Prefeito para promulgação.

S 3Q - O veto parcial so-mente abrangerá texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea.

S 4Q - O silêncio do Pre-feito, decorrido o prazo do parágrafo 1Q, importa em san-

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ção tácita, cabendo ao Presi-dente da Câmara promulgá-lo.

S 5Q - Não sendo a lei pro-mulgada dentro de quarenta e oito (48) horas pelo Prefeito, nos casos dos parágrafos 2Q e 4Q deste artigo, o Presidente da Câmara a promulgará em igual prazo.

Art. 43 - As leis comple-mentares somente serão aprova-das se obtiverem maioria abso-luta dos votos da Câmara Muni-cipal.

Art. 44 - Serão objeto de leis complementares:

I - o Código Tributário Mu-nicipal;

II - o Código de Obras; III - o Código de Posturas; IV - o Plano Diretor de De-

senvolvimento Integrado; V - lei instituidora do re-

gime jurídico único dos servi-dores;

VI - lei de criação de car-gos, funções e empregos públi-cos.

Art. 45 - A iniciativa po-pular, no processo legislati-vo, será exercida mediante a-presentação de:

I - projeto de lei; II - proposta de emenda a

projeto de lei; III - emenda a projeto de

lei orçamentária, lei de dire-trizes orçamentárias e lei do plano plurianual.

Parágrafo único - A trami-tação dos projetos de lei de iniciativa popular obedecerá às normas relativas ao proces-so legislativo estabelecidas nesta Lei Orgânica.

Art. 46 - São ainda, objeto de deliberação da Câmara Muni-cipal, na forma do Regimento Interno:

I - autorizações; II - indicações; III - requerimentos; IV - moções.

CAPITULO II

DO PODER EXECUTIVO

SEÇÃO I

DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

Art. 47 - O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, au-xiliado pelos Secretários Mu-nicipais.

Art. 48 - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse na sessão solene de instalação da Câmara Municipal, após a posse dos Vereadores, e prestarão o compromisso de manter, defen-der e cumprir a Lei Orgânica, observar as leis e administrar o Município, visando ao bem geral dos munícipes.

Parágrafo único - Se o Pre-feito, ou o Vice-Prefeito, ou ambos não tomarem posse, de-corridos quinze (15) dias da data fixada, salvo motivo de força maior, o cargo será de-clarado vago.

Art. 49 - O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito em seus impedimentos e ausências e su-ceder-lhe-á no caso de vaga.

Art. 50 - Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, realizar-se-á eleição para os cargos vagos no prazo de no-venta (90) dias após a ocor-rência da última vaga, sendo que os eleitos completarão o mandato dos sucedidos.

Parágrafo único - Ocorrendo a vacância de ambos os cargos, após cumpridos três quar-tos(3/4) do mandato do Prefei-to, o Presidente da Câmara de Vereadores assumirá o cargo por todo o período restante.

Art. 51 - O Prefeito, desde a posse, e o Vice-Prefeito, quando assumir a chefia do Executivo Municipal, deverão desincompatilizar-se e ficam sujeitos aos impedimentos, proibições e responsabilidades estabelecidas na Constituição da República e do Estado, nes-ta Lei Orgânica e na legisla-

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ção federal pertinente.

Art. 52 - O Prefeito não poderá exercer outra função pública, nem cargo de adminis-tração em qualquer empresa co-mercial ou industrial benefi-ciada com privilégio, isenção ou favor, em virtude de con-trato com a administração mu-nicipal.

Art. 53 - Por ocasião da posse e ao término do mandato, o Prefeito Municipal, assim como seu cônjuge, farão decla-ração de bens, que será trans-crita em livro próprio, cons-tando de ata o seu resumo.

Art. 54 - O Prefeito deverá solicitar licença à Câmara, sob pena de extinção de manda-to, nos casos de:

I - tratamento de saúde; II - gozo de férias; III - afastamento do Muni-

cípio ou do Estado por mais de dez (10) dias.

Art. 55 - O Prefeito tem direito a gozar férias anuais de trinta (30) dias.

Art. 56 - O Prefeito, regu-larmente licenciado pela Câma-ra, terá direito à remuneração quando:

I - em tratamento de saúde; II - em gozo de férias; III - a serviço ou em mis-

são de representação do Muni-cípio.

SEÇÃO II

DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Art. 57 - Compete privati-vamente ao Prefeito:

I - representar o Município em juízo e fora dele;

II - nomear e exonerar os Secretários Municipais e os demais cargos em comissão, as-sim como os diretores de au-tarquias e departamentos, além de titulares de órgãos e ins-tituições de que participe o Município;

III - iniciar o processo legislativo na forma e nos ca-sos previstos nesta lei;

IV - sancionar, promulgar e fazer publicar leis, bem como expedir decretos e regulamen-tos para sua fiel execução;

V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

VI - dispor sobre a organi-zação e o funcionamento da ad-ministração municipal, na for-ma da lei;

VII - declarar a utilidade ou necessidade pública, ou o interesse social de bens, para fins de desapropriação ou ser-vidão administrativa;

VIII - expedir atos pró-prios de sua atividade admi-nistrativa;

IX - contratar a prestação dos serviços e obras , obser-vado o processo licitatório;

X - planejar e promover a execução dos serviços públicos municipais;

XI - prover os cargos pú-blicos e expedir os demais atos referentes à situação funcional dos servidores;

XII - enviar ao Poder Le-gislativo o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta lei;

XIII - apresentar anual-mente ao Poder Legislativo, dentro de sessenta (60) dias após a abertura do ano legis-lativo, as contas referentes ao exercício anterior e reme-tê-las ao Tribunal de Contas do Estado;

XIV - prestar à Câmara Mu-nicipal, dentro de trinta (30) dias, prorrogáveis por mais quinze (15) dias, as informa-ções solicitadas sobre fatos relacionados ao Poder Executi-vo e sobre matéria legislativa em tramitação na Câmara Muni-cipal ou sujeita à fiscaliza-ção do Poder Legislativo;

XV - colocar à disposição da Câmara Municipal , dentro de quinze (15) dias de sua re-quisição e de uma só vez, as quantias que devem ser despen-

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didas e, até o dia vinte e cinco (25) de cada mês, a par-cela correspondente ao duodé-cimo de sua dotação orçamentá-ria;

XVI - resolver sobre os re-querimentos, reclamações ou representações que lhe forem dirigidos, em matéria de com-petência do Executivo Munici-pal;

XVII - oficializar, obede-cidas as normas urbanísticas aplicáveis, as vias e logra-douros públicos;

XVIII - aprovar projetos de edificações e planos de lotea-mento, arruamento e zoneamento urbano e para fins urbanos, obedecendo às normas técnicas e ao Plano Diretor de Desen-volvimento Integrado;

XIX - solicitar o auxílio da polícia do Estado, para ga-rantia do cumprimento de seus atos legais;

XX - revogar atos adminis-trativos por razões de inte-resse público e anulá-los por vício de legalidade, observado o devido processo legal;

XXI - administrar os bens e as rendas municipais, promover o lançamento, a fiscalização e a arrecadação de tributos;

XXII - propor ao Poder Le-gislativo o arrendamento, o aforamento ou a alienação de próprios municipais, bem como a aquisição de outros;

XXIII - aplicar multas e penalidades previstas em lei, regulamentos e contratos, quando de sua exclusiva compe-tência, e relevá-las na forma e nos casos estabelecidos nes-tes provimentos;

XXIV - fazer publicar ba-lancetes nos prazos fixados em lei;

XXV - comparecer esponta-neamente à Câmara, para expor ou solicitar-lhe providências de competência do Legislativo sobre assuntos de interesse público, observado o que pre-ceitua esta Lei;

XXVI - publicar, trimes-tralmente o número de servido-res, inclusive os cedidos, com

seu respectivo regime de con-tratação, relacionando os que estiverem em gozo de licença, especificando-a, bem como in-dicando a que órgão ou entida-de prestam serviços os cedi-dos.

Parágrafo único - O Prefei-to poderá delegar a seus auxi-liares, por decreto, funções administrativas que não sejam de sua exclusiva competência.

SEÇÃO III

DA RESPONSABILIDADE DO PREFEI-TO

Art. 58 - Importam respon-sabilidade os atos do Prefeito ou do Vice-Prefeito que aten-tem contra a Constituição Fe-deral, Estadual ou a Lei Orgâ-nica Municipal, e especialmen-te:

I - o livre exercício dos poderes constituídos;

II - o exercício dos direi-tos individuais, políticos e sociais;

III - a probidade na admi-nistração;

IV - a lei orçamentária; V - o cumprimento de leis e

decisões judiciais. Parágrafo único - O proces-

so de julgamento do Prefeito e Vice-Prefeito obedecerão, no que couber, ao disposto no ar-tigo 86 da Constituição Fede-ral.

SEÇÃO IV

DOS AUXILIARES DIRETOS DO PRE-FEITO

Art. 59 - Os secretários do Município, de livre nomeação e exoneração pelo Prefeito, de-vem ser brasileiros, maiores de dezoito (18) anos, no gozo dos direitos políticos, e es-tão sujeitos, desde a posse, às mesmas incompatibilidades e proibições estabelecidas para vereadores, no que couber.

Art. 60 - Além das atribui-ções fixadas em lei, compete

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aos secretários do Município: I - orientar, coordenar e

executar as atividades dos ór-gãos e entidades da adminis-tração municipal ,na área de sua competência;

II - referendar os atos do Prefeito e expedir instruções para a execução das leis, de-cretos e regulamentos relati-vos a assuntos de suas secre-tarias;

III - comparecer à Câmara Municipal, nos casos previstos nesta Lei Orgânica;

IV - praticar os atos per-tinentes às atribuições que lhes forem delegadas pelo Pre-feito.

Art. 61 - Aos subprefeitos, como auxiliares diretos do Prefeito e com poderes delega-dos pelo mesmo, compete:

I - cumprir e fazer cumprir as leis, decretos, resoluções, regulamentos e demais atos emanados do Prefeito e da Câ-mara Municipal;

II - fiscalizar os serviços públicos distritais;

III - atender as reclama-ções e solicitações das par-tes, encaminhando-as ao Pre-feito, quando se tratar de ma-téria estranha às suas atri-buições;

IV - exercer o poder de po-licia administrativa em todo o território do distrito para o qual foi nomeado;

V - encaminhar ao Prefeito Municipal os pareceres e deci-sões dos conselhos distritais.

Art. 62 - Os auxiliares di-retos do Prefeito farão decla-ração de bens no ato de posse e no afastamento definitivo do respectivo cargo.

TITULO III

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA MU-NICIPAL

CAPÍTULO I

DAS NORMAS DE PLANEJAMENTO MU-NICIPAL

Art. 63 - O Município ini-ciará o seu processo de plane-jamento, elaborando o Plano Diretor de Desenvolvimento In-tegrado e o Plano Diretor dos Distritos, os quais abrangerão os aspectos físico, econômico, social e administrativo.

Parágrafo único - O Plano Diretor de Desenvolvimento In-tegrado deverá ser adequado às exigências administrativas do Município e aos recursos fi-nanceiros.

Art. 64 - O Município esta-belecerá, em lei, normas de zoneamento urbano, bem como normas de edificação e lotea-mentos urbanos ou para fins de urbanização, atendidas as pe-culiaridades locais e a legis-lação estadual e federal per-tinentes, bem como prevendo as sanções pelo descumprimento das normas nelas previstas.

Art. 65 - Os Poderes Execu-tivo e Legislativo deverão auscultar permanentemente a opinião pública, de modo espe-cial através dos conselhos mu-nicipais e das associações de classe.

Art. 66 - Ambos os poderes tomarão medidas para assegurar a claridade, a celeridade na tramitação e solução dos expe-dientes administrativos, pu-nindo disciplinarmente, nos termos da lei, os servidores faltosos.

CAPITULO II

DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICI-PAIS

Art. 67 - A execução das o-bras públicas municipais deve-rá ser sempre precedida de projeto, elaborado segundo as normas técnicas adequadas.

Parágrafo único - As obras públicas poderão ser executa-das diretamente pela Prefeitu-ra, por suas autarquias e en-tidades paraestatais, ou indi-

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retamente, por terceiros, me-diante licitação, nos termos da legislação federal e esta-dual pertinentes.

Art. 68 - As concessões a terceiros, para execução de serviços públicos, serão fei-tas mediante contrato, após prévia licitação, observadas as normas pertinentes estabe-lecidas na legislação federal e estadual.

Art. 69 - As permissões a terceiros, para execução de serviços públicos, serão sem-pre outorgadas a título precá-rio, mediante decreto.

Art. 70 - O transporte co-letivo é serviço público de competência do Município, que o executará diretamente ou sob regime de concessão ou permis-são, observadas a licitação e a legislação pertinente, ga-rantindo uma tarifa justa, que atenda ao equilíbrio da equa-ção financeira do serviço.

Parágrafo único - A lei que disciplinará o transporte co-letivo disporá sobre:

I - o regime das empresas concessionárias ou permissio-nárias do serviço público;

II - o caráter dos contra-tos e de sua prorrogação, bem como a fiscalização e os casos de rescisão;

III - os critérios de pre-ferência e os casos de priori-dade para novas linhas;

IV - os direitos dos usuá-rios;

V - a política tarifária.

Art. 71 - Serão nulas de pleno direito as concessões e permissões realizadas em desa-cordo com o estabelecido nos artigos antecedentes.

5 1Q - Os serviços concedi-dos ou permitidos ficarão sem-pre sujeitos à fiscalização do Município, incumbindo aos que os executem sua atualização e adequação às necessidades dos usuários, observada, quanto aos primeiros, a legislação

federal. 5 2Q - Nas licitações para

concessão de serviços públi-cos, a publicidade deverá ser ampla.

CAPITULO III

DOS BENS MUNICIPAIS

Art. 72 - São bens munici-pais todos os imóveis, móveis e semoventes, bem como os di-reitos e ações que, a qualquer título, pertençam ao Municí-pio.

Art. 73 - Cabe ao Prefeito a administração dos bens muni-cipais, respeitada a competên-cia da Cãmara quanto àqueles utilizados em seu serviço.

Art. 74 - Todos os bens mu-nicipais deverão ser tombados, e os móveis e semoventes, ca-dastrados e também numerados segundo o estabelecido em re-gulamento.

Art. 75 - O uso por tercei-ros de bens municipais poderá ser efetuado mediante conces-são, permissão ou autorização, conforme o caso e o interesse público exigirem.

5 1Q - A concessão adminis-trativa dos bens públicos mu-nicipais de uso especial e do-miniais dependerá de autoriza-ção legislativa e licitação e far-se-á mediante contrato, sob pena de nulidade do ato.

5 2Q - A concessão adminis-trativa dos bens públicos mu-nicipais de uso comum somente poderá ser outorgada para fi-nalidades escolares, de assis-tência social, ou turísticas, mediante autorização legisla-tiva.

5 3Q - A permissão, que po-derá incidir sobre qualquer bem público, será feita a tí-tulo precário, mediante decre-to.

§ 4Q - A autorização, que somente poderá incidir sobre bens móveis, será feita me-diante portaria, para ativida-

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des ou usos específicos e transitórios, pelo prazo máxi-mo de 60 (sessenta) dias.

CAPÍTULO IV

DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

Art. 76 - São servidores do Município todos os que ocupam cargos, funções ou empregos da administração direta, das au-tarquias e fundações públicas, bem como os admitidos por con-trato, para atender necessida-des temporárias de excepcional interesse do Município, defi-nidas em lei.

Art. 77 - Os cargos, empre-gos e funções públicas munici-pais são acessíveis a todos os brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei.

§ 1Q - A investidura em cargo ou emprego público de-pende de aprovação prévia em concurso público de provas, ressalvadas as nomeações para cargos em comissão, declarados em lei, de livre nomeação e exoneração.

S 2Q - Nos concursos públi-cos, os títulos somente serão utilizados como critério de desempate.

Art. 78 - Ficará em dispo-nibilidade remunerada, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, o servidor estável cujo cargo for decla-rado extinto ou desnecessário.

Art. 79 - O tempo de ve-reança e o tempo de serviço prestado a órgão público fede-ral, estadual ou municipal é computado integralmente para efeitos de aposentadoria.

Art. 80 - Ao servidor, em exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes dispo-sições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado de seu cargo,

emprego ou função; II - investido no mandato

de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sen-do-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador e havendo compati-bilidade de horários, percebe-rá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuí-zo da remuneração do cargo eletivo e, não havendo compa-tibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será con-tado para todos os efeitos le-gais, exceto para promoção por merecimento;

V - para efeito de benefí-cio previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exer-cício estivesse.

Art. 81 - Lei municipal de-finirá os direitos dos servi-dores do Município e acrésci-mos pecuniários por tempo de serviço, assegurada a licen-ça-prêmio por qüinqüênio.

Art. 82 - É vedada: I - a participação de ser-

vidores no produto da arreca-dação de tributos e multas, inclusive da dívida ativa;

II - a acumulação remunera-da de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários, nos seguintes ca-sos:

a - a de dois cargos de professor;

b - a de um cargo de pro-fessor com outro, técnico ou científico;

c - a de dois cargos priva-tivos de médico.

Parágrafo único - A proibi-ção de acumular estende-se a cargos, funções ou empregos em autarquias e outras institui-ções de que faça parte o Muni-cípio.

Art. 83 - O Município res-

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ponderá pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, cau-sarem a terceiros, sendo obri-gação o uso de ação regressiva contra o responsável, nos ca-sos de dolo ou culpa.

Art. 84 - Os vencimentos dos cargos do Poder Legislati-vo não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executi-vo.

Art. 85 - A revisão geral da remuneração dos servidores públicos far-se-á sempre na mesma data e com os mesmos ín-dices.

Art. 86 - A lei assegurará aos servidores da administra-ção direta isonomia de venci-mentos entre cargos de atri-buições iguais ou assemelhadas do mesmo poder ou entre servi-dores dos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de caráter indivi-dual ou as relativas ã nature-za ou ao local de trabalho.

Art. 87 - Lei específica estabelecerá os casos de con-tratação por tempo determina-do, para atender necessidade temporária de excepcional in-teresse público.

Art. 88 - A lei reservará percentual dos cargos e empre-gos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

Art. 89 - É vedada, a quan-tos prestem serviço ao Municí-pio, atividade políti-co-partidária nas horas e lo-cais de trabalho.

Art. 90 - É garantido ao servidor público municipal o direito à livre associação sindical.

Art. 91 - O município faci-litará aos servidores munici-pais de ambos os poderes sua participação em cursos, semi-

nários, congressos e conclaves que lhes propiciem aperfeiçoar seus conhecimentos para melhor desempenho das suas respecti-vas funções.

CAPÍTULO V

DOS ATOS MUNICIPAIS

SEÇÃO I

DA FORMA

Art. 92 - Os atos adminis-trativos de competência do Prefeito devem ser expedidos com a observância das seguin-tes normas:

I - decreto, numerado em ordem cronológica, nos seguin-tes casos:

a - regulamentação de lei; b - instituição e extinção

de atribuições privativas de lei;

c - provimento e vacância dos cargos de auxiliares dire-tos do Prefeito;

d - abertura de créditos extraordinários e até o limite autorizado por lei, de crédi-tos suplementares e especiais;

e - aprovação de regulamen-to ou regimento interno;

f - permissão de serviços públicos e de uso de bens mu-nicipais por terceiros, bem como sua revogação;

g - medidas executórias do Plano Diretor de Desenvolvi-mento Integrado do Município;

h - criação, extinção, de-claração ou modificação de di-reitos dos munícipes e servi-dores municipais do Executivo, não privativos de lei;

i - normas não privativas de lei;

j - fixação e alteração das tarifas ou preços públicos mu-nicipais;

II - portaria, nos seguin-tes casos:

a - provimento e vacância dos cargos ou empregos públi-cos, ressalvada a hipótese da letra "c" do inciso I;

b - lotação e relotação nos

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quadros de pessoal; c - abertura de sindicân-

cias e processos administrati-vos, aplicação de penalidades e demais atos individuais, re-lativos a servidores;

d - autorização de uso por terceiros de bens municipais, exceto bens imóveis;

e - outros casos determina-dos em lei ou decreto.

III - ordens de serviço nos casos de determinações com efeitos exclusivamente inter-nos.

SEÇÃO II

DA PUBLICAÇÃO

Art. 93 - A publicação das leis e dos atos administrati-vos far-se-á sempre por afixa-ção, na sede da Prefeitura ou da Câmara, conforme o caso.

Parágrafo único - Os atos de efeitos externos e inter-nos, de caráter geral, só te-rão eficácia após a sua publi-cação, sendo os primeiros tam-bém pela imprensa.

SEÇÃO III

DO REGISTRO

Art. 94 - O Município terá os livros que forem necessá-rios aos seus serviços e, o-brigatoriamente, os de:

I - termo de compromisso e posse;

II - declaração de bens; III - atas das sessões da

Câmara; IV - registro de leis, de-

cretos, decretos legislativos, resoluções, regulamentos, ins-truções, portarias e ordens de serviço;

V - cópia de correspondên-cia oficial;

VI - protocolo, índice de papéis e livros arquivados;

VII - registro cadastral de habilitação de firmas para li-citações;

VIII - licitações e contra-tos para obras, serviços e aquisições de bens;

IX - contrato de servido-res;

X -contratos em geral; XI - contabilidade e finan-

ças; XII - concessões, permis-

sões e autorizações de servi-ços públicos e de uso de bens municipais por terceiros;

XIII -tombamento de bens imóveis do Município;

XIV - cadastro dos bens mó-veis e semoventes municipais;

XV - registro de termos de doação nos loteamentos aprova-dos.

§ 10 - Os livros serão abertos e encerrados e terão suas folhas rubricadas pelo Prefeito ou pelo Presidente da Câmara, conforme o caso, ou por funcionário regularmente designado para tal fim.

§ 2Q - Os livros referidos neste artigo poderão ser subs-tituídos, conforme o caso, por outro sistema, inclusive por fichas e arquivo de cópias, devidamente numeradas e auten-ticadas, ou por sistema de computadores.

SEÇÃO IV

DAS CERTIDÕES

Art. 95 - A Prefeitura e a Câmara Municipal, ressalvados os casos em que o interesse público, devidamente justifi-cado, impuser sigilo, são o-brigadas a fornecer, no prazo máximo de quinze (15) dias, a qualquer interessado, certi-dões de atos, contratos e de-cisões, sob pena de responsa-bilidade da autoridade ou ser-vidor que negar ou retardar a sua expedição.

Parágrafo único - A certi-dão relativa ao exercício do cargo de Prefeito será forne-cida por secretário da Prefei-tura.

TITULO IV

DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

CAPITULO I

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DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS

Art. 96 - Compete ao Muni-cípio instituir os seguintes tributos:

I - imposto sobre a pro-priedade predial e territorial urbana;

II - imposto sobre trans-missão "intervivos", a qual-quer título por ato oneroso;

a - de bens imóveis por na-tureza ou acessão física;

b - de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garan-tia;

c - de cessão de direitos à aquisição de imóvel.

III - imposto sobre vendas a varejo de combustíveis lí-quidos e gasosos, exceto óleo diesel;

IV - imposto sobre serviços de qualquer natureza, não in-cluídos na competência esta-dual, compreendida no artigo 155, inciso I, alínea "b" da Constituição Federal, defini-dos em lei complementar;

V - taxas: a - em razão do exercício

do poder de polícia; b - pela utilização efetiva

ou potencial de serviços pú-blicos específicos e divisí-veis, prestados ao contribuin-te ou postos a sua disposição.

VI - contribuição de melho-ria, decorrente de obra públi-ca;

VII - contribuição para o custeio de sistemas de previ-dência e assistência social.

S 1Q - O imposto previsto no inciso I será progressivo, na forma a ser estabelecida em lei, de modo a assegurar o cumprimento da função social da propriedade.

S 2Q - O imposto previsto no inciso II.

I - não incide sobre a transmissão de bens ou direi-tos incorporados ao patrimônio de pessoas jurídicas em reali-zação de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direi-tos decorrentes de fusão, in-corporação, cisão ou extinção

de pessoa jurídica, salvo se nesses casos a atividade pre-ponderante do adquirente for a compra e venda destes bens ou direitos, locação de bens imó-veis ou arrendamento mercan-til.

II - incide sobre imóveis situados na zona territorial do Município.

S 3Q - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

S 4Q - A contribuição pre-vista no inciso VII será co-brada dos servidores munici-pais e em benefício destes.

CAPITULO II

DAS LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR

Art. 97 - É vedado ao Muni-cípio:

I - exigir ou aumentar tri-buto, sem lei que o estabele-ça;

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, observada a proi-bição constante do Artigo 150, inciso II, da Constituição Fe-deral;

III - cobrar tributos: a - relativamente a fatos

geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumen-tado;

b - no mesmo exercício fi-nanceiro em que haja publicado a lei que os instituiu ou au-mentou.

IV - utilizar tributo com efeito de confisco;

V - instituir impostos so-bre:

a - patrimônio e serviços da União e dos estados;

b - templos de qualquer culto;

c - patrimônio, renda ou serviços dos partidos políti-cos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das institui-ções de educação e de assis-tência social sem fins lucra-

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tivos, atendidos os requisitos da lei.

VI - conceder qualquer anistia ou remissão que envol-va matéria tributária ou pre-videnciária, senão mediante a edição de lei municipal espe-cífica;

VII - estabelecer diferença tributária entre bens e servi-ços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino;

VIII - instituir taxas que atentem contra:

a - o direito de petição aos poderes públicos, em defe-sa de direitos ou contra ile-galidade ou abuso de poder;

b - a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclare-cimento de situações de inte-resse pessoal.

Art. 98 - O Município di-vulgará, até o último dia do mês subseqüente ao da arreca-dação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, dos recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão nu-mérica dos critérios de ra-teio.

CAPITULO III

DO ORÇAMENTO

Art. 99 - Leis de iniciati-va do Poder Executivo estabe-lecerão:

I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamen-

tárias; III - os orçamentos anuais. § 1Q - A lei que instituir

o plano plurianual estabelece-rá, de forma setorizada, as diretrizes, objetivos, incen-tivos fiscais e metas da admi-nistração, para as despesas de capital e outras delas decor-rentes, bem como as relativas aos programas de duração con-tinuada.

§ 2 ,2 - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da admi-

nistração, incluindo as despe-sas de capital para o exercí-cio financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual e disporá sobre as alterações na legis-lação tributária.

§ 3Q - O Poder Executivo publicará, até trinta (30) dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resu-mido da execução orçamentária, bem como apresentará, trimes-tralmente, ao Poder Legislati-vo a caracterização sobre o Município, suas finanças pú-blicas, devendo constar no de-monstrativo:

I - as receitas e despesas da administração direta e in-direta;

II - os valores ocorridos desde o início do exercício até o último mês do trimestre objeto da análise financeira;

III - a comparação mensal entre os valores do inciso II, com seus correspondentes pre-vistos no orçamento, já atua-lizados por suas alterações;

IV - as previsões atualiza-das de seus valores até o fi-nal do exercício financeiro.

§ 4Q - Os planos e progra-mas setoriais serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pela Câmara Municipal.

Art. 100 - A lei orçamentá-ria anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal re-ferente aos poderes munici-pais, fundos, órgãos e entida-des da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II - o orçamento de inves-timento das empresas em que o município, direta ou indireta-mente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

III - o orçamento da segu-ridade social, abrangendo to-das as entidades e órgãos a elas vinculados, na adminis-tração direta e indireta, bem como fundos e fundações insti-

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tuidas e mantidas pelo Poder Público.

§ 1Q - O projeto de lei orçamentária será instituído com demonstrativo setorizado do efeito sobre as receitas e despesas decorrentes de isen-ções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de na-tureza financeira, tributária e crediticia.

§ 2Q - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a auto-rização para a abertura de créditos suplementares, a con-tratação de operações de cré-dito, inclusive por antecipa-ção de receita, nos termos da lei.

§ 3Q - A abertura de crédi-to suplementar, prevista no parágrafo anterior, não poderá exceder a vinte e cinco por cento (25%)da receita orçada.

Art. 101 - Do orçamento anual previsto pelo Município, serão destinados recursos à instituição de um setor de fo-mento à agricultura, com a fi-nalidade de adquirir equipa-mentos agrícolas para o desen-volvimento da agricultura em geral.

Art. 102 - Os projetos de lei relativos ao orçamento anual, ao plano plurianual e às diretrizes orçamentárias serão enviados pelo Prefeito Municipal ao Poder Legislati-vo, nos seguintes prazos:

I - os projetos de lei de orçamentos anuais, até 30 de setembro de cada ano;

II - o projeto de lei do plano plurianual, até 31 de maio do primeiro ano do manda-to do Prefeito;

III - o projeto de diretri-zes orçamentárias, anualmente, até 31 de junho.

Parágrafo único - Caso o Prefeito não envie o projeto de orçamento anual no prazo legal, o Poder Legislativo adotará como projeto de lei

orçamentária a lei do orçamen-to em vigor, com a correção das respectivas rubricas pelos índices de inflação verificada nos doze (12) meses imediata-mente anteriores a 30 de se-tembro.

Art. 103 - Os projetos de lei de que trata o artigo an-terior, após apreciação pelo Poder Legislativo, serão enca-minhados para a sanção do Pre-feito, nos seguintes prazos:

I - os projetos de lei dos orçamentos anuais, até 30 de novembro de cada ano;

II - o projeto de lei do plano plurianual, até 15 de agosto do primeiro ano de man-dato do Prefeito;

III - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias, até 15 de agosto de cada ano.

Parágrafo único - Não aten-didos os prazos estabelecidos neste artigo, os projetos se-rão promulgados como lei pelo .

Presidente da Câmara Munici-pal.

Art. 104 - Os projetos de lei relativos ao orçamento anual, ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias e aos créditos adicionais serão a-preciados pela Câmara Munici-pal, na forma de seu Regimen-to.

§ 1Q - Caberá à Comissão Técnica Permanente de Finanças e Orçamento:

I - examinar e emitir pare-cer sobre projetos, planos e programas, bem como sobre as contas apresentadas pelo Pre-feito;

II - exercer o acompanha-mento e a fiscalização orça-mentária.

§ 2Q - As emendas serão a-presentadas à Comissão, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas pela Câmara Munici-pal.

§ 3Q - As emendas ao proje-to de lei do orçamento anual ou de créditos adicionais so-mente poderão ser aprovadas quando:

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I - compatíveis com o plano plurianual e com a lei de di-retrizes orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesas, excluídos os que in-cidem sobre:

a - dotação para pessoal e seus encargos;

b - serviços da dívida. III - relacionadas com a

correção de erros ou omissão; IV - relacionadas com os

dispositivos do texto do pro-jeto de lei.

S 4Q - O Poder Executivo poderá enviar mensagem à Câma-ra para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo, enquanto não iniciada a votação da alteração da pro-posta pela Comissão.

S 5Q - Os projetos de lei do plano plurianual, o das di-retrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Prefeito à Câmara Munici-pal, obedecidos os critérios a serem estabelecidos em lei complementar.

S 6Q - Aplicam-se aos pro-jetos mencionados neste arti-go, no que não contrarie o disposto neste capítulo, as demais normas relativas ao processo legislativo.

S 7Q - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei or-çamentária, ficarem sem despe-sas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o ca-so, mediante créditos espe-ciais ou suplementares, com prévia e específica autoriza-ção legislativa.

Art. 105 - São vedados: I - o início de programas

ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

II - a realização de despe-sas ou assunção de obrigações diretas que excedam os crédi-tos orçamentários ou adicio-nais;

III - a realização de ope-rações de créditos que excedam o montante das despesas de ca-

pital, ressalvadas as autori-zadas mediante créditos suple-mentares ou especiais, com fi-nalidade precisa, aprovados pela Câmara por maioria abso-luta;

IV - a vinculação de recei-ta de impostos a órgãos, fun-dos ou despesas, ressalvadas a destinação de recursos para manutenção do desenvolvimento do ensino, como o estabelecido na Constituição Federal, e a prestação de garantias às ope-rações de crédito por anteci-pação de receita;

V - a abertura de crédito suplementar ou especial, sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;

VI - a transposição, o re-manejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra, ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislati-va;

VII - a concessão ou utili-zação de créditos ilimitados;

VIII - a utilização, sem autorização legislativa espe-cífica, de recursos dos orça-mentos fiscal e da seguridade social, para suprir necessida-de ou cobrir déficit de empre-sas, fundações e fundos;

IX - a instituição de fun-dos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislati-va.

S 1Q - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclu-são no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclu-são, sob pena de crime de res-ponsabilidade.

S 2Q - Os créditos espe-ciais e extraordinários terão vigência no exercício finan-ceiro em que forem autoriza-dos, salvo se o ato de autori-zação for promulgado nos últi-mos quatro meses daquele exer-cício, caso em que, reabertos nos limites dos seus saldos, serão incorporados ao orçamen-to do exercício financeiro

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subseqüente. S 3Q A abertura de crédito

extraordinário somente será admitida para atender a despe-sas imprevisíveis e urgentes.

Art. 106 - Os recursos cor-respondentes às dotações orça-mentárias, inclusive créditos suplementares e especiais des-tinados ao Poder Legislativo, ser-lhe-ão entregues até o dia vinte e cinco (25) de cada mês, na forma da lei.

Art. 107 - A despesa com pessoal ativo e inativo do Mu-nicípio não poderá exceder ao limite de cinqüenta e cinco por cento (55%) da receita corrente.

Parágrafo único - A conces-são de qualquer vantagem ou aumento da remuneração, a criação de cargos ou a altera-ção da estrutura de carreira, bem como a admissão de pes-soal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da adminis-tração direta ou indireta, in-clusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:

I - se houver prévia dota-ção orçamentária, suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos a-créscimos dela decorrentes;

II - se houver autorização específica na lei de diretri-zes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e socie-dades de economia mista;

III - se a vantagem ou rea-juste decorrer de decisão ju-dicial, imposição de índice de correção monetária ou norma de ordem legal de direito admi-nistrativo.

Art. 108 - As despesas com publicidade dos Poderes Execu-tivo e Legislativo deverão ser objeto de dotação orçamentária específica.

TÍTULO V

DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 109 - Na organização da economia, em cumprimento do que estabelece a Constituição Federal, a Constituição Esta-dual e esta Lei Orgânica, o Município zelará pelos seguin-tes princípios:

I - promoção do bem-estar do homem com o fim essencial da produção e do desenvolvi-mento econômico;

II - valorização econômica e social do trabalho e do tra-balhador, associada a uma po-lítica de expansão das oportu-nidades de emprego e humaniza-ção do processo social de pro-dução, com a defesa dos inte-resses do povo;

III - democratização do acesso à propriedade dos meios de produção;

IV - planificação do desen-volvimento, determinante para o setor público e indicativo para o setor privado;

V - integração e descentra-lização das ações públicas se-toriais;

VI - proteção da natureza e ordenação territorial;

VII - condenação dos atos de exploração do homem pelo homem e de exploração predató-ria da natureza, consideran-do-se juridicamente ilícito e moralmente indefensável qual-quer ganho individual ou so-cial auferido com base neles;

VIII - integração das ações do Município com as da União e do Estado, no sentido de ga-rantir a segurança social, destinadas a tornar efetivos os direitos ao trabalho, à educação, à cultura, ao des-porto, ao lazer, à saúde, à habitação e à assistência so-cial;

IX - estímulo à participa-ção da comunidade através de suas organizações representa-tivas;

X - preferência aos proje-tos de cunho comunitário nos financiamentos públicos e in-

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centivos fiscais.

Art. 110 - A intervenção do Município no domínio econômico dar-se-á por meios previstos em lei, para orientar e esti-mular a produção, corrigir distorção da atividade econô-mica e prevenir abusos do po-der econômico.

Parágrafo único - No caso de ameaças ou efetiva parali-sação de serviços ou ativida-des essenciais, por decisão patronal, pode o Município in-tervir, tendo em vista o di-reito da população ao serviço ou à atividade, respeitada a legislação federal e estadual e os direitos dos trabalhado-res.

Art. 111 - Na organização de sua ordem econômica e so-cial, o Município procurará combater:

I - a miséria; II - o analfabetismo; III - o desemprego; IV - a usura; V - a propriedade improdu-

tiva; VI - a marginalização do

indivíduo; VII - o êxodo rural; VIII - a economia predató-

ria; IX - todas as formas de de-

gradação da condição humana.

Art. 112 - A lei instituirá incentivos ao investimento e à fixação de atividades econômi-cas no território do Municí-pio, objetivando desenvolver as potencialidades, observadas as peculiaridades municipais.

§ 1Q - O Município terá um planejamento acerca da desti-nação de glebas de terra, para fins de desapropriações futu-ras, objetivando o assentamen-to de indústrias no em seu território.

S 2Q - Os incentivos serão concedidos preferentemente:

I - às formas associativas e cooperativas;

II - às pequenas e microu-nidades económicos.

Art. 113 - Incumbe ao Muni-cípio a prestação de serviços públicos, diretamente ou atra-vés de licitação, sob regime de concessão ou permissão, de-vendo garantir-lhes a qualida-de.

Parágrafo único - Os servi-ços públicos considerados es-senciais não poderão ser obje-to de monopólio privado.

Art. 114 - Os planos de de-senvolvimento econômico do Mu-nicípio terão o objetivo de promover a melhoria da quali-dade de vida da população, a distribuição eqüitativa da ri-queza produzida, o estímulo à permanência do homem no campo e o desenvolvimento social e econômico sustentável.

Art. 115 - Os investimentos do Município atenderão, em ca-ráter prioritário, às necessi-dades básicas da população e deverão estar compatibilizados com o plano de desenvolvimento econômico.

Art. 116 - O plano pluria-nual do Município e seu orça-mento anual contemplarão, ex-pressamente, recursos destina-dos ao desenvolvimento de uma política habitacional de inte-resse social, compatível com os programas estaduais dessa área.

Art. 117 - O Município pro-moverá programas de interesse social destinados a facilitar o acesso da população à habi-tação, priorizando:

I - a regularização fundiá-ria;

II - a dotação de in-fra-estrutura básica e de equipamentos sociais;

III - a implantação de em-preendimentos habitacionais;

IV - a regularização dos loteamentos irregulares exis-tentes até a data da promulga-ção desta Lei Orgânica;

V - a criação de bancos de materiais;

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VI - a avaliação, o desen-volvimento de soluções tecno-

' lógicas e formas alternativas para programas habitacionais.

S 14 - O Município apoiará a construção de moradias popu-lares realizadas pelos pró-prios interessados, por regime de mutirão, por cooperativas habitacionais e outras formas alternativas, dentro de suas condições orçamentárias.

§ 2Q - O Município proibi-rá, de todas as formas, as in-vasões de áreas públicas, áreas verdes e áreas destina-das a equipamentos comunitá-rios.

Art. 118 - Na elaboração do planejamento e na ordenação de usos, atividades e funções de interesse social, o Município visará a:

I - melhorar a qualidade de vida da população;

II - promover a definição e a realização da função social da propriedade urbana;

III - promover a ordenação territorial, integrando as di-versas atividades e funções urbanas;

IV - prevenir e corrigir as distorções do crescimento ur-bano;

✓ - distribuir os benefí-cios e encargos do processo de desenvolvimento do Município, inibindo a especulação imobi-liária, os vazios urbanos e a excessiva concentração urbana;

VI - promover a integração racionalização e otimização da infra-estrutura urbana básica, priorizando os aglomerados de maior densidade populacional e as populações de menor renda;

VII - impedir as agressões ao meio ambiente, estimulando ações preventivas e correti-vas;

VIII - preservar os sítios, as edificações e os monumentos de valor histórico, artístico e cultural;

IX - promover o desenvolvi-mento econômico local;

X - preservar as zonas de proteção de aeródromos.

Art. 119 - O parcelamento do solo para fins urbanos de-verá estar inserido em área urbana ou de expansão urbana, a ser definida em lei.

Art. 120 - A lei estabele-cerá os equipamentos mínimos necessários à implantação de conjuntos habitacionais de in-teresse social.

Art. 121 - O Município, no desempenho de sua organização econômica, planejará e execu-tará políticas voltadas para a agricultura e o abastecimento, especialmente quanto:

I - ao desenvolvimento da propriedade, em todas as suas potencialidades, a partir da vocação e da capacidade de uso do solo, levada em conta a proteção ao meio ambiente;

II - ao fomento à produção agropecuária e de alimentos de consumo interno;

III - ao incentivo à indús-tria;

IV - ao incentivo ao coope-rativismo, ao sindicalismo e ao associativismo;

V - à implantação de cintu-rões verdes;

VI - ao estímulo à criação de centrais de compras para abastecimento de microempre-sas, microprodutores rurais e empresas de pequeno porte, com vistas à diminuição do preço final das mercadorias e produ-tos na venda ao consumidor;

VII - ao incentivo à im-plantação e à conservação da rede de estradas vicinais e da rede de eletrificação rural.

Art. 122 - O Município de-finirá formas de participação na política de combate ao uso de entorpecentes, objetivando a educação preventiva e a as-sistência e recuperação dos dependentes de substâncias en-torpecentes ou que determinem dependência física ou psicoló-gica.

Art. 123 - Lei municipal estabelecerá normas de cons-

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trução dos logradouros e dos edifícios de uso público, a fim de garantir acesso adequa-do às pessoas portadoras de deficiência física ou senso-rial.

Art. 124 - O Município des-tinará, no orçamento munici-pal, verbas para o atendimento do ensino de deficientes físi-cos, sensoriais e mentais.

Parágrafo único - Com estes recursos serão criados progra-mas governamentais para forma-ção educacional, qualificação profissional e ocupação dos deficientes físicos, senso-riais e mentais.

Art. 125 - O Município man-terá, em cooperação com o Es-tado e a União, serviço de as-sistência técnica e extensão rural, destinado ao atendimen-to prioritário aos pequenos produtores rurais, bem como às suas formas associativas, nos limites de suas atribuições.

CAPÍTULO II

DA EDUCAÇÃO

Art. 126 - A educação, di-reito de todos e dever do Es-tado, do Município e da famí-lia, baseada na justiça so-cial, na democracia e no res-peito aos direitos humanos, ao meio ambiente e aos valores culturais, visa ao desenvolvi-mento do educando como pessoa e à sua qualificação para o trabalho e para o exercício da cidadania.

Art. 127 - O ensino será ministrado com base nos se-guintes princípios:

I - igualdade de condições para acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o sa-ber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas coexistentes em instituições

públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino

nos estabelecimentos oficiais; V - valorização dos profis-

sionais do ensino, garantindo, na forma da lei, plano de car-reira para o magistério públi-co, com piso salarial profis-sional, e ingresso exclusiva-mente por concurso público de provas, assegurado regime ju-rídico único;

VI - gestão democrática do ensino público;

VII - garantia de padrão de qualidade.

Parágrafo único - Nos con-cursos públicos para magisté-rio municipal, os títulos se-rão utilizados como critério de desempate.

Art. 128 - O Município a-plicará anualmente, no mínimo, vinte e cinco por cento (25%) da receita resultante de im-postos, compreendida a prove-niente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino público municipal.

§ 1Q - Não menos de dez por cento (10%) dos recursos des-tinados à educação, previsto no "caput" deste artigo, serão aplicados na manutenção e con-servação das escolas públicas municipais, de forma a criar condições para garantir o pa-drão de qualidade e o número de vagas necessárias para su-prir a demanda.

§ 2Q - Não menos de cinco por cento (5%) dos recursos destinados à educação e pre-vistos no "caput" deste artigo serão aplicados na manutenção do ensino especial.

Art. 129 - O Município, em colaboração com o Estado, com-plementará o sistema de ensino público, com programas perma-nentes e gratuitos de material didático, transporte, alimen-tação, assistência à saúde e atividades culturais e espor-tivas.

Parágrafo único - Os pro-gramas de que trata este arti-go serão mantidos nas escolas

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Page 36: Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves · ruído, da poluição do meio am-biente, do espaço aéreo e das águas; IX - regular o tráfego e o trânsito nas vias públicas mu-nicipais,

com recursos financeiros espe-cíficos que não os destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino, e serão implantados com recursos humanos dos res-

. pectivos órgãos da administra-ção pública.

Art. 130 - É dever do Muni-cípio, em colaboração com o Estado, garantir o ensino fun-damental público, obrigatório e gratuito, inclusive aos que a ele não tiveram acesso na idade própria, aos portadores de deficiência e aos superdo-tados.

Art. 131 - O acesso ao en-sino obrigatório e gratuito é direito público.

Parágrafo único - O não oferecimento do ensino obriga-tório gratuito pelo Poder Pú-blico ou a sua oferta irregu-lar importará responsabilidade da autoridade competente.

Art. 132 - A lei estabele-cerá o Plano Municipal de Edu-cação, ouvido o Conselho Muni-cipal de Educação, de duração plurianual, em consonância com os Planos Nacional e Estadual de Educação, visando à:

I - erradicação do analfa-betismo;

II. - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria da qualidade de ensino;

IV - formação para o traba-lho;

V - promoção humanística, científica e tecnológica.

Art. 133 - O Conselho Muni-cipal de Educação, órgão con-sultivo e fiscalizador do Sis-tema Municipal de Ensino, terá autonomia administrativa, com as demais atribuições, compo-sição e funcionamento regula-mentados por lei.

Art. 134 - O Município, em colaboração com o Estado, pro-moverá:

I - política de formação profissional nas áreas em que

houver carência de professores para atendimento de sua clien-tela;

II - cursos de atualização e aperfeiçoamento aos seus professores e especialistas, nas áreas em que estes atuarem e em que houver necessidade;

III - política especial pa-ra formação de professores pa-ra séries iniciais do ensino fundamental.

Parágrafo único - Para a consecução do previsto nos in-cisos I e II, o Município po-derá celebrar convênios com instituições.

Art. 135 - É assegurado aos pais, alunos, professores e funcionários organizarem-se em todos os estabelecimentos de ensino, através de associações e grêmios.

Parágrafo único - Será res-ponsabilizada a autoridade educacional que embaraçar ou impedir a organização ou fun-cionamento das entidades refe-ridas neste artigo.

Art. 136 - Os diretores das escolas municipais serão esco-lhidos mediante eleição direta e uninominal pela comunidade escolar, na forma de lei.

Art. 137 - O Sistema Muni-cipal de Ensino abrange o en-sino pré-escolar e fundamental e estabelecerá normas gerais de funcionamento para as esco-las públicas municipais, em regime de colaboração com os sistemas federal e estadual.

Art. 138 - É assegurada a valorização da qualificação e da titulação do professor, in-dependente do grau ou escola em que atuar.

Art. 139 - As dependências dos estabelecimentos públicos de ensino estarão à disposição da comunidade local para ati-vidades esportivas e cultu-rais, desde que não prejudi-quem as atividades educacio-nais e com a aprovação do Con-

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selho Escolar.

Art. 140 - É vedada às di-reções de escolas públicas mu-nicipais a cobrança de taxas de qualquer natureza.

Art. 141 - As escolas muni-cipais funcionarão em turno integral ou com uma jornada diária mínima de quatro horas, considerando a demanda de va-gas na região, a realidade dos alunos e as condições necessá-rias ao desenvolvimento do processo educativo, conforme definição do Conselho Munici-pal de Educação.

Art. 142 - O Poder Público garantirá, com recursos espe-cíficos que não os destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino, o atendimento em creches e pré-escolas às crianças de zero (0) a seis (6) anos de idade.

§ 10. - Nas escolas públicas de ensino fundamental, haverá, prioritariamente, o atendimen-to ao pré-escolar.

S 2Q - Toda a atividade de implantação, controle e super-visão de creches públicas e pré-escolas fica a cargo dos órgãos responsáveis pela edu-cação.

Art. 143 - O Município de-verá priorizar a implantação do ensino fundamental completo nos bairros e distritos.

Art. 144 - É assegurado o plano de carreira, específico para o magistério, que contem-ple suas peculiaridades.

CAPÍTULO III

DA CULTURA

Art. 145 - O Município es-timulará a cultura em suas múltiplas manifestações, ga-rantindo o pleno e efetivo exercício dos direitos cultu-rais e o acesso às fontes da cultura nacional e regional, apoiando e incentivando a

produção, a valorização e a difusão das manifestações cul-turais.

Parágrafo único - É dever do Município promover e esti-mular as manifestações cultu-rais dos diferentes grupos ét-nicos, formadores da sociedade bento-gonçalvense.

Art. 146 - O Poder Público protegerá o patrimônio cultu-ral por meio de inventários, registros, vigilância, tomba-mentos, desapropriações e ou-tras formas de acautelamento e preservação, com o consenti-mento da comunidade.

S 1Q - Após concretizado o tombamento e a respectiva in- denização, será considerado bem público, sendo vedado qualquer ato de transferência, permuta, venda ou destruição, exceto para entidades públicas que tenham fins específicos de preservação da cultura e do patrimônio, com o consentimen-to da comunidade.

S 2Q - Os danos e as amea-ças ao patrimônio cultural se-rão punidos na forma da lei.

Art. 147 - O Município, sob orientação técnica, manterá cadastramento atualizado do patrimônio histórico e do acervo cultural público e pri-vado.

Art. 148 - O Município pro-piciará o acesso a obras de arte, com a exposição destas em locais públicos, e incenti-vará a instalação e a manuten-ção de bibliotecas na sede e nos distritos.

CAPÍTULO IV

DO DESPORTO

Art. 149 - É dever do Muni-cípio fomentar o desporto, o lazer e a recreação, como di-reito de todos, observados:

I - a promoção prioritária do desporto educacional, em termos de recursos humanos, financeiros e materiais, em

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suas atividades, meio e fim; II - a dotação de instala-

ções esportivas e recreativas para as instituições escolares públicas;

III - auxilio na construção de campos de futebol, quadras polivalentes de esportes, can-chas de bochas e outros equi-pamentos, nos bairros e dis-tritos que ainda não tenham estes recursos;

IV - a garantia de condi-ções para a prática de educa-ção física, do lazer e do es-porte ao deficiente físico, sensorial e mental.

CAPÍTULO V

DO TURISMO

Art. 150 - O Município pro-moverá a prática do turismo a-través de um Plano Municipal de Turismo, aprovado pela Cã-mara Municipal de Vereadores, apoiando e realizando os in-vestimentos na produção, cria-ção e qualificação dos em-preendimentos, equipamentos e instalações de serviços turís-ticos, através de incentivos.

Art. 151 - O Município de-verá definir política pluria-nual de desenvolvimento do tu-rismo, com um calendário de a-trações e eventos, estabele-cendo áreas específicas na zo-na urbana e rural como priori-tárias, buscando uma in-fra-estrutura turística, com recursos próprios ou com a participação da iniciativa privada.

CAPÍTULO VI

DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Art. 152 - Cabe ao Municí-pio promover o desenvolvimento da ciência e da tecnologia:

I - incentivando a pesquisa tecnológica que busque o aper-feiçoamento do uso e o contro-le dos recursos naturais do Município;

II - apoiando e estimulando

as empresas e entidades coope-rativas, fundacionais e autár-quicas que investirem em pes-quisa e desenvolvimento tecno-lógico e na formação e aper-feiçoamento de seus recursos humanos.

Art. 153 - O Município es-tabelecerá, através de seu respectivo conselho municipal, uma política municipal de ciência e tecnologia, com vis-tas à promoção de estudos, pesquisas e outras atividades científicas e tecnológicas, buscando atualizar o desempe-nho das secretarias, empresas e órgãos municipais, aumentan-do qualitativa e quantitativa-mente os produtos e serviços que lhe compete oferecer e prestar à população.

CAPITULO VII

DA DEFESA DO CIDADÃO

Art. 154 - O Município de-senvolverá políticas e progra-mas de assistência social ao idoso, ao menor carente e ao excepcional.

Art. 155 - O Poder Público garantirá a facilidade de acesso às calçadas e aos lo-cais públicos aos portadores de deficiência física ou sen-sorial.

Art. 156 - O Município criará mecanismos, mediante incentivos fiscais, que esti-mulem as empresas a absorver a mão-de-obra dos deficientes sensoriais e mentais.

Art. 157 - O Município de-verá desenvolver ação sistemá-tica de proteção ao consumi-dor, de modo a garantir-lhe especialmente os direitos à saúde, à segurança, à defesa de seus interesses econômicos, à reparação dos danos e à in-formação.

Art. 158 - Compete ao Muni-cípio, em consonância com a

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Constituição Federal, criar mecanismos para garantir a execução de uma política de combate e prevenção da violên-cia contra a mulher, assegu-rando:

I - assistência médica, so-cial e psicológica às mulheres vítimas de violência;

II - criação e manutenção de abrigos para as mulheres vítimas de violência.

CAPITULO VIII

DA SAÚDE

Art. 159 - A saúde é um di-reito de todos e dever do Po-der Público, cabendo ao Muni-cípio, juntamente com o Estado e a União, prover as condições indispensãveis à sua promoção, proteção e recuperação.

§ 1Q - O dever do Poder Pú-blico de garantir a saúde con-siste na formulação e execução de políticas econômicas e so-ciais que visem à redução dos riscos de doenças e outros a-gravos, e no estabelecimento de condições específicas que assegurem acesso universal às ações e serviços públicos de saúde.

§ 2Q - O dever do Poder Pú-blico não exclui aquele ine-rente a cada cidadão, à famí-lia e à sociedade.

Art. 160 - O conjunto de ações e de serviços públicos de saúde, no âmbito do municí-pio, constitui um sistema úni-co, obedecendo aos seguintes princípios e diretrizes:

I - universalidade, inte-gralidade e igualdade no aces-so à prestação dos serviços, respeitada a autonomia das pessoas, eliminando-se os pre-conceitos ou privilégios de qualquer espécie;

II - descentralização polí-tico-administrativa na gestão dos serviços, assegurada ampla participação comunitária;

III - utilização de métodos epidemiológicos para o estabe-lecimento de prioridades, a

alocação de recursos e a orientação dos programas de saúde.

Art. 161 - A iniciativa privada, através de pessoas naturais e instituições, pode-rá participar, em caráter su-pletivo, do Sistema Único Mu-nicipal de Saúde, observadas as diretrizes estabelecidas em lei complementar.

Art. 162 - Ao Município in-cumbe, na forma da lei:

I - a administração do Sis-tema Único Municipal de Saúde;

II - a coordenação e a in-tegração das ações públicas, individuais e coletivas de saúde;

III - a regulamentação, o controle e a fiscalização dos serviços públicos de saúde;

IV - o estímulo à formação da consciência pública, volta-da à preservação da saúde e do meio ambiente;

V - a garantia do pleno funcionamento da capacidade instalada dos serviços públi-cos de saúde, inclusive ambu-latoriais e hospitalares, vi-sando a atender às necessida-des da população;

VI - o desenvolvimento de ações específicas de prevenção e a manutenção de serviços pú-blicos de atendimento especia-lizado e gratuito para crian-ças, adolescentes e idosos, portadores de deficiência fí-sica, sensorial, mental ou múltipla;

VII - a criação de progra-mas e serviços públicos gra-tuitos, destinados ao atendi-mento especializado e integral de pessoas dependentes do ál-cool, entorpecentes e drogas afins;

VIII - o desenvolvimento de programas integrais de promo-ção, proteção e reabilitação de saúde mental e oral, os quais serão obrigatórios e gratuitos para a comunidade escolar da rede pública muni-cipal;

IX - a administração do

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Fundo Municipal de Saúde; X - o fornecimento de re-

cursos educacionais e de meios científicos que assegurem o direito ao planejamento fami-liar, de acordo com a livre decisão do casal.

Art. 163 - O Município po-derá celebrar convênio para auxiliar na manutenção dos serviços básicos de saúde, destinados ao atendimento pú-blico, preferencialmente às pessoas carentes.

Art. 164 - É dever do Muni-cípio a extensão progressiva do saneamento básico a toda a população urbana e rural, como condição básica da qualidade de vida, da proteção ambiental e do desenvolvimento social.

Art. 165 - O Sistema Único de Saúde, no âmbito do Municí-pio, será financiado com re-cursos do orçamento da seguri-dade social, da União, do Es-tado e do Município, além de outras fontes.

Art. 166 - A lei disporá sobre o controle, a fiscaliza-ção, o processamento e a des-tinação do lixo e resíduos ur-banos, industriais e hospita-lares, de forma a não prejudi-car a saúde pública.

CAPITULO IX

DO MEIO AMBIENTE

Art. 167 - Todos têm direi-to ao meio ambiente ecologica-mente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, im-pondo-se ao Poder Público Mu-nicipal e à coletividade o de-ver de defendê-lo e preser-vá-lo para as presentes e fu-turas gerações.

Art. 168 - Para garantir este direito, o Município co-laborará com o Estado e a União:

I - adotando medidas que

visem a um melhor controle no armazenamento e distribuição de agrotóxicos, bem como de resíduos industriais tóxicos, explosivos, detonantes e com-bustíveis, no âmbito de sua jurisdição;

II - criando mecanismos pa-ra efetivar a fixação do homem no campo e racionalizar a pro-dução agrícola, através de mé-todos naturais, sem o uso de agrotóxicos;

III - incentivando o reflo-restamento com espécies nati-vas, em caráter prioritário;

IV - preservando a vegeta-ção existente no cume das mon-tanhas, margens de rios e ar-roios;

V - efetivando a implanta-ção da legislação dos agrotó-xicos;

VI - definindo o uso e ocu-pação do solo, subsolo e águas, através de planejamento que englobe diagnósticos, aná-lise técnica e definição de diretrizes de gestão dos espa-ços, com participação popular e socialmente negociadas, res-peitando a conservação da qua-lidade ambiental;

VII - requisitando a reali-zação periódica de auditorias nos sistemas de controle de poluição e prevenção de riscos de acidentes, nas instalações e atividades de significado potencial poluidor, incluindo a avaliação detalhada dos efeitos de sua operação sobre a qualidade física, química e biológica dos recursos ambien-tais, bem como sobre a saúde dos trabalhadores e da popula-ção afetada;

VIII - estabelecendo, con-trolando e fiscalizando pa-drões de qualidade ambiental considerando os efeitos sinér-gicos e cumulativos da exposi-ção às fontes de poluição, in-cluída a absorção de substân-cia química através da alimen-tação;

IX - garantindo o amplo acesso dos interessados às in-formações sobre fontes e cau-sas da poluição e da degrada-

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ção ambiental e, em particu-lar, aos resultados das moni-torizações e das auditorias realizadas;

X - informando sistematica-mente e amplamente a população sobre os níveis de poluição, a qualidade do meio ambiente, as situações de risco de acidente e a presença de substâncias potencialmente danosas à saú-de, na àgua potável e nos ali-mentos;

XI - estimulando a pesqui-sa, o desenvolvimento e a uti-lização de fontes de energia alternativas, não poluentes, bem como de tecnologias poupa-doras de energia.

Parágrafo único - O Municí-pio poderá realizar análises de produtos hortifrutigranjei-ros, visando a proteger o con-sumidor do uso indevido de a-gro -tóxicos.

Art. 169 - Fica vedada a destinação de recursos públi-cos ou incentivos fiscais de qualquer natureza às ativida-des que atentem contra as nor-mas e padrões de preservação do meio ambiente.

Art. 170 - O Parque da Fe-navinho e a Reserva Biológica do Planalto são patrimônio do Município, e a sua utilização far-se-á na forma da lei, den-tro de condições que preservem a sua mata nativa.

Art. 171 - Caberá ao Poder Executivo fiscalizar e organi-zar o Horto Florestal do Muni-cípio.

Art. 172 - O Município ela-borará e implantará o Plano Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais, que contem-plará a necessidade do conhe-cimento das características e recursos dos meios físicos e biológicos e de sua utiliza-ção, bem como a definição de diretrizes para o seu melhor aproveitamento no processo de desenvolvimento econômico e social.

Art. 173 - São áreas de proteção permanente:

I - as nascentes dos rios; II - as paisagens notáveis.

Art. 174 - O Município de-finirá em lei as sanções e multas a serem aplicadas, bem como a destinação do produto das mesmas, aos infratores que, com sua conduta, atos ou atividades, causarem danos ao meio ambiente.

TITULO VI

DISPOSIÇÃO FINAL

Art. 175 - Esta Lei Orgâni-ca e o Ato das Disposições Transitórias, aprovados e as-sinados pelos integrantes da Câmara Municipal, serão pro-mulgados pela Mesa e entrarão em vigor na data da sua publi-cação, revogadas as disposi-ções em contrário.

ATO DAS DISPOSIÇÕES

TRANSITÓRIAS

Art. 1Q - O Prefeito Muni-cipal, o Presidente da Câmara Municipal de Vereadores e os Vereadores prestarão o compro-misso de manter, defender e cumprir a Lei Orgânica, no ato e na data da sua promulgação.

Art. 2Q - O Município, no máximo até dois (2) anos após a promulgação desta Lei Orgâ-nica, promoverá a revisão da legislação municipal específi-ca.

Art. 3Q - O Município terá prazo de cento e vinte (120) dias, a contar da promulgação desta Lei Orgânica, para ade-quar-se ao disposto no artigo 9Q, inciso V e parágrafo úni-co.

Art. 4Q - O Poder Executivo terá o prazo de cento e oiten-ta (180) dias, a contar da da-ta de promulgação desta Lei

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Orgânica, para remeter à Câma-ra Municipal de Vereadores o Plano Diretor de Desenvolvi-mento Integrado, contendo, além de outras normas, o dis-ciplinamento do uso do solo, para proteção das bacias de contribuição às barragens do Moinho, Arroio Barracão e Ar-roio Burati, e o Plano Diretor dos Distritos.

Art. 5Q - No prazo de um (1) ano, a contar da data da promulgação desta Lei Orgâni-ca, o Município procederá à devida demarcação dos limites dos parcelamentos irregulares, citados no artigo 117, inciso IV, enviando à Câmara Munici-pal o respectivo projeto de lei, acompanhado de parecer das associações de moradores das áreas pertinentes.

SALA DAS SESSÕES FERNANDO FERRARI da Câmara de Vereadores de Bento

Gonçalves, aos 03 de abril de 1990.

"100 anos de Emancipação Política do Município"

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CAMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES

Gabinete da Presidência

Palácio 11 de Outubro

EMENDA À LEI ORGANICA NQ001/90, DE 25 DE JUNHO DE 1990.

ALTERA OS /TENS I e III DO ART.

102 DA LEI ORGANICA MUNICIPAL E

DA OUTRAS PROVIDENCIAS.

A MESA DO PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL DE BENTO GON-

ÇALVES, nos termos do Art. 36, item II da Lei Orgânica Munici-

pal, tendo presente a aprovação do Plenário, promulga as seguin-

tes emendas à Lei Orgânica Municipal:

Art. 1Q - O item I do Art. 102, da Lei Orgânica Mu-

nicipal de Bento Gonçalves, passa a vigo-

rar com a seguinte redação.

"I - Os projetos de Lei de orçamentos anu-

ais, até 30 de outubro de cada ano; e

devolvido para sanção até 30 dias an-

tes do encerramento do exercício finan-

ceiro."

Art. 2Q - O item III do Art. 102, passa a ter a se-

guinte redação:

"III - O projeto de diretrizes orçamentá-

rias, anualmente, ate 30 de junho."

Art. 3Q - Estas emendas à Lei Orgânica Municipal en-

trarão em vigor na data de sua promulga-

ção, revogadas as disposições em contrário.

SALA DAS SESSÕES FERNANDO FERRARI, aos vinte e cin-

co dias mês de ivnh e mil novecentos e noven

czt‘2 ,,e' /4- cu1a-A-Q-2-

Veread ROBERTO A. CAINELLI Vereador IVAN LU Z TOMASINI Vice-Pres te Pre iden

...,-- ....

Vereador OLAVO C. , . CHIELL Vereador,...4:SE ALBERTO BERTUOL 2Q Secretário 1Q Secretário

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REGISTiln-SE J BLIOUE-SE

oral

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Câmara Municipal de Bento Gonçalves

Palácio 11 de Outubro

EMENDA À LEI ORGÂNICA NO 02/94, DE 20 DE SETEMBRO DE 1994.

ALTERA O ARTIGO 128 DA LEI ORGÂNICA

MUNICIPAL E DÂ OUTRAS PROVIDENCIAS

A MESA DIRETORA DO PODER LEGISLATIVO DE BENTO

GONÇALVES, nos termos do Artigo 36, Item I, da Lei Orgânica

Municipal, tendo presente a aprovação do Plenário, promulga a

seguinte emenda à Lei Orgânica Municipal:

Art. 1Q - O Artigo 128 da Lei Orgânica Munici-

pal de Bento Gonçalves, passa a vigo-

rar com a seguinte redação:

"Art. 128 - O Município aplicará anualmente,no

mínimo, trinta por cento (30%) da

receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de

transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino pú-

blico municipal."

Art. 2Q - Esta Emenda à Lei Orgânica Municipal

entrará em vigor na data de sua pro-

mulgação revogadas as disposições em contrário.

Sala das Sessões Fernando Ferrari, aos vinte

dias do mbro de mil novecento e noventa e quatro.

I \.) Vereador JZJARÏS ARUFFI Vereador IVAR EOP@DDO CASTAGNETTI

Vice-Préside Presi

Vereador RISTOFOLI Vereador

retário 1 S cre CÂMARA MUNICIPAL DE C rt fico que... pros

VEREADORES D D. s - !'"A.LVES

Reg. no U'Ir. C) Cé foi pub!icac:::1

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as do mês d 995.

O ç Vereador ROBERTO ANTO CI CL AI Vereador JU

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FI

Presidente

Vereador MARIO ARDO

ice-Pres , ente CÂMARA MUNICIPAL DE Certifico que ......q.... presente

VEREADORE DE B. GO ALVES / PUISLICUE-SE

64 .. .

foi publicado no /uwir

Reg, no Livro da. no dia PP% /

10 Se /

Vereador AL

- Seire =rio

REGISTRE -5

..............

cretário G

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Câmara Municipal de Bento Gonçalves

Palácio 11 de Outubro

EMENDA À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL NO 03 ,DE 29 DE AGOSTO DE 1995.

ALTERA A REDAÇÃO DO ARTIGO 10 DA

LEI ORGÂNICA MUNICIPAL E DA OU-

TRAS PROVIDÊNCIAS.

A Mesa do Poder Legislativo Municipal de Bento Gonçal-

ves, nos termos do Art.36, item I da Lei Orgânica Municipal, ten

do presente a aprovação do Plenário, promulga a seguinte emenda

à Lei Orgânica Municipal:

Art. 10 - O Art. 10 da Lei Orgânica Municipal de Bento

Gonçalves, passa a vigorar com a s eguinte redação: .

"Art. 10 - O Poder Legislativo Municipal é exercido pe

la Camãra Municipal, composta por 21( vinte

e um) Vereadores, funcionando de acordo com o seu Regi

mento Interno."

Art. 2Q - Esta emenda a Lei Orgânica Municipal entrará em vigor na data de sua promulgação, revogadas as disposições em

contrário.

SALA DAS SESSÕES FERNANDO FERRARI, aos vinte e nove di

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Câmara Municipal de Bento Gonçalves

Palácio 11 de Outubro

EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO N° 04, DE 13 DE MAIO DE 1997.

ALTERA A REDAÇÃO DOS INCISOS II E III DOS ARTIGOS 102 E 103 DA LEI OR-GÂNICA DO MUNICÍPIO.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE BENTO GONÇALVES, no uso das atribuições que lhe confere o Art. 36, parágrafo 2° da Lei Orgânica do Município e tendo em vista a aprovação do Plenário resolve promulgar a seguinte Emenda à Lei Orgânica Municipal:

Art. 1° - Os incisos II e III do Art.102 da Lei Orgânica do Muni- cípio passam'a vigorar com a seguinte redação:

"II - O projeto de lei do Plano Plurianual até 30 de junho do primeiro ano do mandato do Prefeito;

III - O projeto de Diretrizes Orçamentárias, anualmente, até 31 de julho."

Art. 2° - Os incisos II e III do Art. 103 da Lei Orgânica do Muni-cípio passam a vigorar com a seguinte redação:

"II - O projeto de lei do Plano Plurianual até 31 de agosto do primeiro ano do mandato do Prefeito;

III - O projeto de Diretrizes Orçamentárias, anualmente, até 31 de agoãto de cada ano."

Art. 3° - Esta emenda à Lei Orgânica do Município vigor na data de sua publicação.

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R LIOPOLDO C Presidente

E PUBLICAM-SEI

~árle Gorai

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Cãmara Municipal de Bento Gonçalves Palácio 11 de Outubro

Art. 4° - Revogam-se as disposições em contrário e, em espe ciai , o Art. 2° da Emenda à Lei Orgânica n°01, de 25

de junho de 1990.

PALÁCIO ONZE DE OUTUBRO, em Bento Gonçalves, aos treze dias do mês de maio de mil novecentos e novent sete.

/b om - -yt,JP Vereadora VITÓRIA C.S.L.BASTOS Vereador IV.

1° Secretária

Vereador PAULO ROBE VONSCH 2° Secretário

Verea NIO DE PARIS Vice-presidente

CAMARA MUNtC1PAL DE VEREADORES DE E. GONÇALVES

Reg. no Livro de tto ..(94//52: à Ft.

Secretaria Geral

Certifico que -a.- presente

foi publicado no lugar de costume

nO dia 19.22_

-dom.dts Secretário Geral

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Câmara Municipal de Bento Gonçalves Palácio 11 de Outubro

EMENDA À LEI ORGÂNICA N° 05, DE 15 DE SETEMBRO DE 1998.

ALTERA A REDAÇÃO DO ART. 14 DA LEI ORGÂNICA MUNICIPAL.

A MESA DIRETORA DO PODER LEGISLATIVO DE BENTO GONÇALVES, nos termos do Art. 36, Item I, da Lei Orgânica do Município, e aprovação do Plenário, promulga a seguinte Emenda à Lei Orgânica Municipal:

Art. 1° - O Art. 14 da Lei Orgânica Municipal passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 14 - A Mesa Diretora será constituída de Presidente, Vice-Presidente, primeiro Secretário e segundo Secretário, sendo permitida a recondução para o mesmo cargo no período subsequente".

Art. 2° - Esta Emenda à Lei Orgânica Municipal entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3° - Revogam-se as disposições em contrário.

SALA DAS SESSÕES FERNANDO F do mês de setembro de mil novecentos e noventa e oito.

RI, aos quinze dias

Vereador PAULO ROBERT ÜNSCH Vereador IV. . LÉOP0). O C STÁGNETTI - 1° Secretário residente

z ,

Verea O DE PARIS ice-Presidente

REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE

A41.0ffitário Geral

CAMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE B. GONÇALVES

Reg. no Livre da

N.. o.s.e v‘st à Fl. 00£

íki~

Secretaria Geral

Certifico que <t presente

foi publicado no lugar de costume

no dia .15,/ 04x-Lr-er—ste.C

Secretário Gerei

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A TIÁGNETTI

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Câmara Municipal de Bento Gonçalves Palácio 11 de Outubro

EMENDA Á LEI ORGÂNICA N° 6, DE 30 DE MAIO DE 2000.

ACRESCE PARÁGRAFO ÚNICO AO ARTIGO 27, DA LEI ORGÂNICA MUNICIPAL.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE BENTO GONÇALVES, tendo em vista a decisão do Plenário resolve promulgar a seguinte Emenda á Lei Orgânica Municipal:

Art. 1° - Ao Artigo 27 da Lei Orgânica Municipal fica acrescido o seguinte Parágrafo Único:

"Parágrafo Único - No caso de falecimento do Vereador, os herdeiros legalmente habilitados terão direito a uma pensão mensal igual ao total da remuneração percebida pelo parlamentar, até final do mandato."

Art. 2° - Esta Emenda à Lei Orgânica Municipal entra em vigor na data de sua publicação. -

Art. 3° - Revogadas as disposições em contrário.

SALA DAS SESSÕES, aos trinta dias do mês de

i r .._ . Vereador IVAR LEOPOLDO

Presidente

NIO DE PARrS Vice-Presidente

Vereador PAULO ROBER 2° Secretário

REGIVTRZ-SE E puiniour.n,

Mcrgáriq Geral

CAMARA MUNICIPAL DE VERru'ADORES r,. CON1:Á'LVES

Reg. no Livro c! ,,

..... à Fi.

Certifico que presente LP: foi publicado no lugar de costume

3 no dia - ./ 1,25" 2u

Secretaria Geral

Secretário Geral

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SALA DA S FERNANDO FERRARI, aos três dias do mês de setembro de dois mil e um.

t (AA4 Vereador ► O DE A Veread ASQUAL 1° Secre rio Presidente

Vereador R 2° Secre

PUSLIGUIE-SE

1T

Secretário Geral

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Câmara Municipal de Bento Gonçalves

Palácio 11 de Outubro

EMENDA À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL N°8, DE 3 DE SETEMBRO DE 2001.

ACRESCE DISPOSITIVOS À LEI ORGÂ-NICA MUNICIPAL.

A MESA DIRETORA DO PODER LEGISLATIVO DE BENTO GONÇALVES, nos termos do Artigo 36, Item I, da Lei Orgânica Municipal, tendo presente a aprovação do Plenário, promulga a seguinte emenda à Lei Orgânica Municipal:

Art. 1° — São acrescidos o § 5°, Inciso I, e § 6° ao Art. 99 da Lei Orgânica Municipal, com as seguintes redações:

"§ 5° — Na última terça—feira, dos meses de maio, setembro e fevereiro, às 20(vinte) horas, os Poderes Executivo e Legislativo demonstrarão e avaliarão o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na Comissão Técnica Permanente de Finanças e Orçamento, observando o que determina a Lei Complementar N° 101, de 04 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal.

I — Em caso de feriado nas datas estabelecidas no parágrafo anterior, a audiência pública será realizada no dia anterior, no mesmo horário.

§ 6° — Para o cumprimento do que determina o artigo 48 da Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000, que trata dos Planos, Orçamentos e Lei de Diretrizes Orçamentárias, a Comissão Técnica Permanente de Finanças e Orçamento com o referendum da Câmara Municipal, determinará as datas das audiências públicas."

Art. 2° — Esta Emenda à Lei Orgânica entra em vigor na data de sua promulgação.

Á Á II a Vereadora ELISABETH LUCI TOSO STEFENON

Vice—Presidente

O. CM-28

CANTARA MUNICIPAL DÉ VEREADORES DE B. CCNCALVES

Reg. no L'vro

.-/ Qat._

eeretaria Geral

Certifico que _0 presente6. L0 foi pu:);:cattso yo Xygar de costume

no dia 1 ./ „2.<2a„‘

Secret. ei° Geral

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Câmara Municipal de Bento Gonçalves Palácio 11 de Outubro

EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO N° 7, DE 17 DE AGOSTO DE 2001.

ALTERA A REDAÇÃO DOS INCISOS I, II E III E PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 102 E INCISOS I, II E III DO ART. 103 DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE . VEREADORES DE BENTO GONÇALVES, no uso das atribuições que lhe confere o art. 36, § 2° da Lei Orgânica do Município e tendo em vista a aprovação do Plenário resolve promulgar a seguinte Emenda à Lei Orgânica Municipal:

Art. 1° - Os incisos, I, II e III e parágrafo único do art. 102 da Lei Orgânica do Município passam a vigorar com as seguintes redações:

"Art.102 - 1 — O projeto de lei do orçamento anual até 20 de novembro de cada ano; II — O projeto de lei do plano plurianual até 31 de julho do primeiro ano do mandato do Prefeito; III — O projeto de lei de diretrizes orçamentárias, anualmente, até 15 de outubro.

Parágrafo único - Caso o Prefeito não envie o projeto de orçamento anual no prazo legal, o Poder Legislativo adotará como projeto de lei orçamentária a lei do orçamento em vigor, com a correção das respectivas rubricas pelos Índices de inflação verificada nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores à 20 de novembro."

Art. 2° ;- Os incisos, I, II e III do art. 103 da Lei Orgânica do Município passam a vigorar com as seguintes redações:

"Art.103 - I — O projeto de lei do orçamento anual até 20 de dezembro de cada ano; II — O projeto de lei do plano plurianual até 15 de setembro do primeiro ano do mandato do Prefeito; III — O projeto de lei de diretrizes orçamentárias, anualmente, até 10 de novembro.

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PALÁCIO ONZE DE OUTUBRO, em Bento essete dias do mês de agosto de dois mil e um. Gonçalves

Ve~readdr ENIO DE PARIS /1a Secretário

Veread • CL e RIS PASQU LOTTO Presidente

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Câmara Municipal de Bento Gonçalves

Palácio 11 de Outubro

Emenda à Lei Orgânica do Município n° 7, de 17.08.2001 — fl. 02

Art. 3° - Esta emenda à Lei Orgânica do Município entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4° - Revogam-se as disposições em contrário.

Vereador ROBERTO LUNELLI Veread ,, a ELISABETH STEFENON 2° Secretário Vice-Presidente

REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE

Secretário Geral

CÂMARA MUNICIPAL DE Certifico que .4.. presente

VnRZADORES DE BB` GO fol publicado no beler de costume

6.L, no dia •Jor2/ Regi. no iro do

N.O à 1. 06/ Secretário Geral

eerefarla Gera l .

. CM-28

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Câmara Municipal de Bento Gonçalves

Palácio 11 de Outubro

EMENDA À LEI ORGÂNICA N° 09 , DE 07 DE MAIO DE 2002.

ALTERA E REVOGA DISPOSITIVOS À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL.

A MESA DIRETORA DO PODER LEGISLATIVO DE BENTO GONÇALVES, nos termos do Artigo 36, Item I, da Lei Orgânica Municipal, tendo presente a aprovação do Plenário, promulga a seguinte emenda à Lei Orgânica Municipal:

Art. 1° — São alterados os parágrafos 5° e 6° do Art. 99 da Lei Orgânica Municipal, que passarão a vigorar com as seguintes redações:

"§ 5° — Nos meses de maio, setembro e fevereiro, os Poderes Executivo e Legislativo demonstrarão e avaliarão o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na Comissão Técnica Permanente de Finanças e Orçamento, observando o que determina a Lei Complementar N° 101, de 04 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal.

§ 6° — Para o cumprimento do que determina o artigo 48 da Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000, que trata dos Planos, Orçamentos e Lei de Diretrizes Orçamentárias, e do parágrafo anterior do art. 99 da Lei Orgânica Municipal, a Comissão Técnica Permanente de Finanças e Orçamento, com a aprovação da maioria de seus membros, determinará as datas das audiências públicas, num prazo de 15(quinze) dias de antecedência."

Art. 2° — Esta Emenda à Lei Orgânica entra em vigor na data de sua promulgação, revogando—se o Inciso I do parágrafo 5° , do art. 99 da Lei Orgânica Municipal.

SALA DAS SE SÕ FERNANDO FERRARI, aos sete dias do mês de maio de dois mil e dois.

or ~ALarro Presidente

411~1111,10 FENON

Vice—Presidenta

Processo n° 104/2002, de 16/04/2002

Veread Vere

Vereador Vereadora Secret o

CÁMÁRA MUNICIPAL DE VEREADORES DE B. GON;ALVES

RCG:STRE-SE E PUB4,4GUE-SE Reg, no gero de 6:-L.0 )1 4.if

N.* 01. 620..1 à Fl. 00

Certifico (rue PreKonte.C4-4 fiel publicado ne bm. da Oettlr.

tal dia .........

ieerrirdrio Geral Secretário Geral

)D. CM-28 Secretaria Geral

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dois mil e cinco.

Vereador VAN LEI D SANTOS 1° Secretário

Vereador AR LEOPOLDO CAST GNETTI residente

Vereador ADELINO CAINELL 2° Secretário

' NãO41 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Câmara Municipal de Bento Gonçalves Palácio 11 de Outubro

EMENDA Á LEI ORGÂNICA N° 10, DE 18 DE OUTUBRO DE 2005.

ALTERA A REDAÇÃO DO ARTIGO 11 DA LEI ORGÂNICA MUNICIPAL.

A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE BENTO GONÇALVES, no uso das atribuições que lhe confere a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara, e tendo em vista deliberação do Plenário, resolve promulgar a seguinte EMENDA Á LEI ORGÂNICA MUNICIPAL:

Art. 1° - O Artigo 11 da Lei Orgânica Municipal, passa a ter a seguinte redação:

"Art. 11 — A Câmara Municipal de Vereadores reúne-se, independente de convocação, no dia 1° de março de cada ano, para a abertura da sessão legislativa, funcionando ordinariamente até 31 de dezembro."

Art. 2° - Esta Emenda à Lei Orgânica Municipal entra em vigor na data de sua publicação.

SALA DAS SESSÕES, aos demito dias do mês de out ro de

REG,40ffIS E PUBLI UE-SE Registrado(a) às fts.

Ída-- e publicado Secretário erat Em 1‘

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de dois mil e oito.

SANTOS Vereado IVAR LEOPOLDO CASTAGNETTI Presidente

Vereador VA 1° Secretário

Vereadór ADELINO CA ELLI 2° Secre

Vere dor ROBERTO ANTONIO CAINELLI Vice-Presidente

Registrado(a) às ft e publicado Em c'21

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REGISTRE-5 LiQUE.-SE.

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Processo n° 004/2007, de 02-01-07.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES

imines, PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

EMENDA Á LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO N° 11, DE 28 DE OUTUBRO DE 2008.

ALTERA E REVOGA DISPOSITIVOS DA LEI ORGÂNICA MUNICIPAL.

A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE BENTO GONÇALVES, no uso das atribuições que lhe confere a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara, e tendo em vista deliberação do Plenário, resolve promulgar a seguinte EMENDA A LEI ORGÂNICA MUNICIPAL:

Art. 1° - O § 2° do Art. 17 da Lei Orgânica Municipal, passa a ter a seguinte redação:

"§ 2° — O Presidente da Câmara vota somente quando houver empate e quando a matéria exigir a deliberação de dois terços (2/3)."

Art. 2° - Fica suprimido o Parágrafo Único do Art. 18 da Lei Orgânica Municipal.

Art. 3° - O Parágrafo único do Inciso V do Art. 25 da Lei Orgânica Municipal, passa a ter a seguinte redação:

"Parágrafo único - nos casos do artigo 25, inciso I a III, a perda de mandato será decidida pela Câmara de Vereadores, por voto de dois terços (2/3) de seus membros, em votação nominal, mediante provocação da Mesa ou de partido político representado na Casa, assegurada ampla defesa."

Art. 4° - Esta Emenda à Lei Orgânica Municipal entra em vigor na data de sua publicação.

SALA DAS SESSÕES, aos v te e oito dias o mês de outubro

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02, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES

ffsid. PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

EMENDA Á LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO N° 12, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2008.

ALTERA E ACRESCE DISPOSITIVOS À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES.

A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE BENTO GONÇALVES, no uso de suas a atribuições que lhe confere a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara, e tendo em vista a deliberação do Plenário, resolve promulgar a seguinte EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO:

Art.1° - O parágrafo único do Artigo 12 da Lei Orgânica do Município passa a ser o § 1°, passando a vigorar com a seguinte redação:

"§ 1° - A Cãmara Municipal de Vereadores reúne-se em Sessão Solene de Instalação, sob a Presidência interina do Vereador que obteve o maior número de votos, para a posse dos Vereadores, e, estando presente a maioria absoluta destes, proceder-se-á a seguir a Eleição da Mesa Diretora, individualmente, cargo a cargo, para o primeiro ano da legislatura."

Art . 2° - É acrescido o § 2° ao artigo 12 da Lei Orgânica do Município que passará a vigorar com a seguinte redação:

"§ 2° - Para a eleição da Mesa Diretora dos anos subseqüentes utilizar-se-á o mesmo critério da eleição do primeiro ano da legislatura."

Art. 3° - O Artigo 14 da Lei Orgânica do Município passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art.14 - A Mesa Diretora será constituída de Presidente, Vice-Presidente, Primeiro Secretário e Segundo Secretário, por votaçã , sendo vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subs qüente, dentro da., mesma legislatura."

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residente

G7LLUCe'''

OBERTO ANTÔNIO CAINELLI 1 Secretário

Vere

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

Emenda à Lei Orgânica do Município n° 12, de 09-12-08.

Art. 4° - Esta Emenda à Lei Orgânica Município entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições da Emenda à Lei Orgânica 05, de 15 de setembro de 1998.

SALA DAS SESSÕES FERNANDO FERRARI, aos nove dias do mês de dezembro de dois mil e oito. /

/ ,

Vereador VA LEI DOS ANTOS Vereador AR LEOPOLDO CASTAGNETTI — ,---

1° Secretário

Vereador D INO CAINELLI 2° Secretário

REGISTP, E PUBLIQUE-SE Registrado(a) às fls. oo4 e pubticado

/-2/Secretári93-Gerai Em 0.9 1 og

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Vereado PESSUTTO 1° Secretário

Vereador V IR RUBBO Presidente

Registrado(a) às fls. 00Á e publicado Em _19 I Og

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES

elemeis, PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO N° 13, DE 14 DE ABRIL DE 2009.

ALTERA A REDAÇÃO DO INCISO XIV DO ARTIGO 57 DA LEI ORGÂNICA MUNICÍPIAL

A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE BENTO GONÇALVES, no uso de suas a atribuições que lhe confere a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara, e tendo em vista a deliberação do Plenário, resolve promulgar a seguinte EMENDA À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL:

Art.1° - O Inciso XIV do Art. 57 da Lei Orgânica Municipal passa a vigorar com a seguinte redação:

"XVI — prestar à Câmara Municipal, dentro do prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, contados da data em que o pedido foi protocolado, as informações solicitadas sobre fatos relacionados do Poder Executivo e sobre matéria legislativa em tramitação na Câmara Municipal ou sujeita à fiscalização do Poder Legislativo, sob pena de responsabilidade." (NR)

Art. 2° - Esta Emenda à Lei Orgânica Municipal entra em vigor na data de sua publicação.

SALA DAS SESSÕES FERNANDO FERRARI, aos catorze dias do mês de abril de dois mil e nove.

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Vereador Gïi AR PE SUTTO 1° Secretário

Verea or OCHIN 2° ecretário

Vereador VA Presi ente

RUBBO

ELVIO ATZLER DE LIMA ce-Presidente

or Geral

le ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES

, iersid PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO N° 14, DE 13 DE OUTUBRO DE 2009.

REVOGA O § 2° DO ART. 128 DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO.

A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE BENTO GONÇALVES, no uso de suas a atribuições que lhe confere a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara, e tendo em vista a deliberação do Plenário, resolve promulgar a seguinte EMENDA À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL:

Art.1° - É revogado o § 2° do art. 128 da Lei orgânica do Município.

Art. 2° - Esta Emenda à Lei Orgânica Municipal entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO ONZE DE OUTUBRO, aos treze dias do mês de outubro de dois mil e n • ve.

REGIS? LIQUE-SE Registrado(a) fls.

Em -1"//0 e2

e publicada

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51 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES

Neeed PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

EMENDA À LEI ORGÂNICA N° 15, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2009.

ALTERA, ACRESCE E REVOGA DISPOSITIVOS DA LEI ORGÂNICA MUNICIPAL.

A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE BENTO GONÇALVES, no uso de suas atribuições que lhe confere a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara, e tendo em vista a deliberação do Plenário, resolve promulgar a seguinte EMENDA À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL:

Art. 1° — O Art. 14 da Lei Orgânica Municipal, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 14 — A Mesa Diretora será constituída de Presidente, Vice-Presidente, primeiro Secretário e segundo Secretário, com mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente."

Art. 2° — O § 2° do Art. 17 da Lei Orgânica Municipal, passa a vigorar com a seguinte redação:

"§ 2° — O Presidente da Câmara vota somente quando houver empate, quando a matéria exigir a deliberação de dois terços (2/3)."

Art. 3° - O Art. 21 da Lei Orgânica Municipal, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 21 — A prestação de contas do Poder Executivo, ocorrerá a cada quatro meses, em audiência pública, na forma do disposto na Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000, - Lei de Responsabilidade Fiscal."

Art. 4° — O Art. 28 da Lei Orgânica Municipal, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 28 — O Vereador licenciado para tratamento de saúde, perceberá a integralidade de seus subsídios independentemente do tempo que perdurar a licença, mediante atestado médico."

Art. 5° — Fica acrescido o Parágrafo Único ao Art. 28 da Lei Orgânica Municipal com a seguinte redação:

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

Emenda à Lei Orgânica n° 15, de 28-12-09.

"Parágrafo Único: Se filiado ao regime da Previdência Social, os primeiros quinze (15) dias serão pagos pela Câmara e após pelo INSS."

Art. 6° — O Parágrafo Único do Art. 30 da Lei Orgânica Municipal, passa a vigorar com a seguinte redação:

" Parágrafo Único: A remuneração será fixada até sessenta (60) dias antes do pleito de cada legislatura."

Art. 7° — Ficam acrescidos os incisos XVIII e XIX ao Art. 31 da Lei Orgânica Municipal com a seguinte redação:

"XVIII — legislar sobre toda matéria que diz respeito ao Plano Diretor;"

"XIX — editar leis sobre a inclusão ou exclusão de bens no Patrimônio Histórico e Cultural do município;"

Art. 8° — O inciso XIV do Art. 32 da Lei Orgânica Municipal, passa a vigorar com a seguinte redação:

"XIV — conceder título de cidadão honorário ou qualquer outra homenagem ou honraria a pessoa que reconhecidamente tenham prestado serviços relevantes ao Município, mediante decreto legislativo subscrito e aprovado por todos os Vereadores;"

Art. 9° — O Art. 33 da Lei Orgânica Municipal, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 33 - A Câmara Municipal apresentará prestação de contas de contas, quadrimestralmente, em audiência pública, na forma da Lei Complementar N° 101, de 04 de maio de 2000 — Lei de Responsabilidade Fiscal."

"Art. 10 — Ficam suprimidos os incisos I, II, III, IV, o Parágrafo Único e seus incisos I, II e III do Art. 33 da Lei Orgânica Municipal."

Art. 11 — O inciso III do Art. 38 da Lei Orgânica Municipal, passa a vigorar com a seguinte redação:

"III — criem cargos ou funções públicas, fixem ou aumentem vencimentos ou vantagens dos servidores públicos ou que, de qualquer modo, aumentem a despesa pública não prevista no orçamento anual, ressalvada a competência privativa, expressamente atribuída à Câmara Municipal;"

Art. 12 - O Art. 39 da Lei Orgânica Municipal, passa a vigorar com a seguinte redação:

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ge; ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES , trid PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

Emenda à Lei Orgânica n° 15, de 28-12-09.

" Art. 39 — No início ou em qualquer fase de tramitação de projeto de lei de iniciativa do Prefeito este poderá solicitar à Câmara Municipal que o aprecie no prazo de quinze (15) dias, a contar do pedido."

"Art. 13 — Fica suprimido o § 2° do Art. 39 da Lei Orgânica Municipal."

Art. 14 — O Art. 41 da Lei Orgânica Municipal, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 41 — A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto após decorridos três (3) meses."

Art. 15 — O Art. 43 da Lei Orgânica Municipal, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 43 — As leis complementares somente serão aprovadas se obtiverem maioria absoluta dos votos da Câmara Municipal, em votação aberta."

Art. 16 — O Art. 44 da Lei Orgânica Municipal, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 44 — Serão objeto de leis complementares, os Códigos e o Plano Diretor."

Art. 17 — Ficam suprimidos os incisos I, II, III, IV , V e VI do Art. 44 da Lei Orgânica Municipal."

Art. 18 — Os incisos XIII, XIV e XV do Art. 57 da Lei Orgânica Municipal, passam a vigorar com a seguinte redação:

"XIII — apresentar a cada quatro (4) meses a prestação de contas em audiência pública na Câmara Municipal, conforme determina a Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000, - Lei de Responsabilidade Fiscal;"

"XIV — prestar à Câmara Municipal, dentro de quinze (15) dias improrrogáveis, as informações solicitadas sobre fatos relacionados ao poder Executivo e sobre matéria legislativa em tramitação na Câmara Municipal ou sujeita à fiscalização do Poder Legislativo;"

"XV — colocar à disposição da Câmara Municipal até o dia vinte (20) de cada mês, o repasse de um doze avos (1/12) do seu orçamento;"

"Art. 19 - Fica suprimido o inciso XXVI do Art. 57 da da Lei Orgânica Municipal."

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Vereador VAL Presidente

10 ATZLER DE LIMA residente

*lb ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES

iiimeeS, PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

Emenda à Lei Orgânica n° 15, de 28-12-09.

"Art. 20 — Fica suprimido o Parágrafo Único do Art. 113 da Lei Orgãnica Municipal."

Art. 21 — O Art. 116 da Lei Orgânica Municipal, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 116 — O plano plurianual do Município e seu orçamento anual contemplarão, expressamente, recursos destinados ao desenvolvimento de uma política habitacional de interesse social, compatível com os programas estaduais e federais desta área."

Art. 22 — Fica acrescido Parágrafo Único ao inciso IV do Art. 149 da Lei Orgânica Municipal com a seguinte redação:

"Parágrafo Único: O município criará fundo para subsidiar o esporte amador em geral."

Art. 23 - Esta Emenda à Lei Orgânica Municipal entra em vigor na data de sua promulgação.

GABINETE DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE BENTO GONÇALVES, aos vinte e oito dias do mês de dezembro de dois mil e nove.

Vereador PESSUTTO 1° Secretário

or NE M OCHIN 2° Secr tário

Processo n° 367/2009.

Registrado(a)

e publicado

Em

à o /i/

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REGA UE-SE

dois mil e dez.

Vereador SUTTO ecretário

Diretor Geral

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Vereador NERI I `1F4 OCHIN 2° Secr ário

Processo n° 070, de 26.02.2010.

Vereador RUBBO Presi • ente

Veread ZLER DE LIMA ce-Presidente

Registrado(a) às fis. Qat V. e publicado Em

te5, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES

ilieed PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO N° 16, DE 30 DE MARÇO DE 2010.

REVOGA O ART. 84 DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO.

A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE BENTO GONÇALVES, no uso de suas atribuições que lhe confere a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara, e tendo em vista a deliberação do Plenário, resolve promulgar a seguinte EMENDA À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL:

Art.1° - É revogado o art. 84 da Lei Orgânica do Município.

Art. 2° - Esta Emenda à Lei Orgânica Municipal entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO ONZE DE OUTUBRO, aos trinta dias do mês de março de

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outubro de dois mil dez.

W q̀101 lá : " Verea UTTO Vereador Pre

UBBO

10 ATZLER DE LIMA e-Presidente

1° Secretário

ea. o - r ■ CHILA 2° Secr tário

Registrado(a) às fls. QQ,L.,?- e publicado. Em ...Z

••• ■••••••••••■•••

Processo n° 497, de 31.08.2010.

%MV

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO N° 17, DE 26 DE OUTUBRO DE 2010.

ALTERA A REDAÇÃO DO ART. 86 DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO.

A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES, no uso de suas atribuições que lhe confere a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara e tendo em vista a deliberação do Plenário, resolve promulgar a seguinte EMENDA À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL:

Art. 1° — O art. 86 da Lei Orgânica do Município, passa • a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 86 — A lei assegurará aos servidores da administração direta, isonomia de vencimentos entre cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ressalvadas as vantagens de caráter individual ou as relativas à natureza ou ao local de trabalho". (NR)

Art. 2° - Esta Emenda à Lei Orgânica do Município entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO 11 DE OUTUBRO, aos vinte e seis dias do mês de

REGISTRE- E PUBLIQUE-SE

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laikt

Si ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO N° 18, DE 26 DE OUTUBRO DE 2010.

ALTERA A REDAÇÃO DO ART. 14 E DO § 1° E § 2° DO ART. 12 DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO.

A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES, no uso de suas atribuições que lhe confere a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara e tendo em vista a deliberação do Plenário, resolve promulgar a seguinte EMENDA À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL:

Art.1° - O art. 14 da Lei Orgânica do Município, alterado pela Emenda à Lei Orgânica n° 15, de 28 de dezembro de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 14 - A Mesa Diretora será constituída de Presidente, Vice-Presidente, Primeiro Secretário e Segundo Secretário, com mandato de dois anos, permitida a recondução." (NR)

Art. 2° — O § 1° e o § 2° do art. 12 da Lei Orgânica do Município, alterado pela Emenda à Lei Orgânica n° 12, de 9 de dezembro de 2008, passam a vigorar com a seguinte redação:

"§ 1° - A Câmara Municipal de Vereadores reúne-se em Sessão Solene de Instalação, sob a Presidência interina do vereador que obteve o maior número de votos, para a posse dos Vereadores, e, estando presente a maioria absoluta destes, proceder-se-á a seguir a Eleição da Mesa Diretora, individualmente, cargo a cargo, para o primeiro biênio da legislatura. (NR)

§ 2° — Para a eleição da Mesa Diretora dos anos subsequentes utilizar-se-á o mesmo critério da eleição do primeiro biênio da legislatura". (NR)

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Registrado(a) às e publicado. Em

•■•••••••••••

Sandra Salini Brustolin Diretora Geral

I MAZZO 2° ecretário

erea

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES

d PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

Emenda à Lei Orgânica do Município n° 18, de 26.10.2010

Art. 3° - Esta Emenda à Lei Orgânica Municipal entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO ONZE DE OUTUBRO, aos vinte e seis dias do mês de outubro de dois il e dez.

4111* J. / Vereado R SSUTTO

1 ecretário Vereador V DE UBBO

Presidente

ATZLER DE LIMA -Presidente

REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE

Processo n° 524, de 08.09.2010.

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novembro de doi I = dez.

Verea R PESSUTTO 1° Secretário

REGISTRE-SE E PUBLIQUE4E

— ... .

Processo n° 557, de 04.10.2010.

erea • or

Vere

VIO ATZLER DE LIMA ce-Presidente

Registrado(a) às fls. QQ.á.v-e publicado. Em ...Q..

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES

land, PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO N° 19, DE 04 DE NOVEMBRO DE 2010.

ALTERA E ACRESCE DISPOSITIVOS AO ART. 44 DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO.

A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES, no uso de suas atribuições que lhe confere a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara e tendo em vista a deliberação do Plenário, resolve promulgar a seguinte EMENDA À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL:

Art. 1° – O artigo 44 da Lei Orgânica do Município de Bento Gonçalves, alterado pela Emenda à Lei Orgânica n° 15, de 28 de dezembro de 2009, que passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 44 – Serão objeto de leis complementares: I - os códigos; II - o Plano Diretor; III - a consolidação das leis municipais". (NR)

Art. 2° – Acresce parágrafo único ao artigo 44 da Lei Orgânica do Município de Bento Gonçalves, alterado pela Emenda n° 15, de 28 de dezembro de 2009, que passa a vigorar com a seguinte redação:

"Parágrafo único – A lei complementar a que se refere o inciso III do caput deste artigo disporá também sobre a elaboração, redação e alteração da legislação municipal".

Art. 3° – Esta Emenda à Lei Orgânica Municipal entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO ONZE DE OUTUBRO, aos quatro dias do mês de

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

EMENDA À LEI ORGÂNICA N° 20, DE 21 DE SETEMBRO DE 2011.

ESTA EMENDA À LEI ORGÂNICA CONSOLIDA O TEXTO DA LEI ORGÂNICA MUNICIPAL PROMULGADA EM 03 DE ABRIL DE 1990.

A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES, no uso das atribuições que lhe confere a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara Municipal e tendo em vista a deliberação do Plenário, resolve promulgar a seguinte Emenda à Lei Orgânica Municipal:

Art. 1° A Lei Orgânica do Município de Bento Gonçalves passa a vigorar com a seguinte redação:

"LEI ORGÂNICA MUNICIPAL

TÍTULO 1

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I

DO MUNICÍPIO

Art. l° O Município de Bento Gonçalves, parte integrante da República Federativa do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, organizar-se-á autonomamente em tudo o que respeite a seu peculiar interesse, regendo-se por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar, respeitados os princípios estabelecidos nas Constituições Federal e Estadual.

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

Art. 2° São poderes cio Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo.

§ 1° É vedada a delegação de atribuições entre os poderes.

§ 2° O cidadão investido na função de um deles não pode exercer a de outro.

Art. 3° É mantido o atual território do Município, cujos limites só poderão ser alterados nos termos da legislação estadual.

Art. 4° São símbolos do Município o brasão, a bandeira e o hino a Bento Gonçalves.

Art. 5° A autonomia do Município se expressa:

I - pela eleição direta dos Vereadores, do Prefeito e Vice-Prefeito;

II - pela administração própria no que diz respeito ao seu peculiar interesse;

III - pela adoção de legislação própria.

CAPÍTULO II

DA COMPETÊNCIA

Art. 6° Compete ao Município, no exercício de sua autonomia:

I - organizar-se administrativamente, observadas as legislações federal e estadual;

II - decretar suas leis, expedir decretos e atos relativos aos assuntos de seu peculiar interesse;

III - administrar seus bens, adquiri-los e aliená-los, aceitar doações, legados e heranças e dispor de sua aplicação;

IV - desapropriar, por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, nos casos previstos em lei.

V - conceder e permitir os serviços públicos locais e os que lhe sejam concernentes;

VI - estabelecer os quadros de servidores do município e estabelecer-lhes regime jurídico único;

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES v. PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

VII - elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado e o Plano Diretor dos distritos, estabelecendo normas de edificações, loteamentos, zoneamentos, bem como diretrizes urbanísticas, visando à ordenação no território do Município;

VIII - estabelecer normas de prevenção e controle de ruído, da poluição do meio ambiente, do espaço aéreo e das águas;

IX - regular o tráfego e o trânsito nas vias públicas municipais, atendendo às necessidades de locomoção das pessoas portadoras de deficiência física, além de observar as normas de segurança do cidadão, vedando-se, inclusive, o transporte de inflamáveis e tóxicos no perímetro central da cidade;

X - estabelecer servidões administrativas, necessárias à realização de seus serviços;

Xl - promover, indiscriminadamente, a coleta, o transporte, o tratamento e a destinação final dos resíduos sólidos domiciliares e de limpeza urbana;

XII - licenciar estabelecimentos industriais, comerciais, de prestação de serviços e outros e cassar os alvarás de licença dos que se tornarem danosos a saúde, à higiene, ao bem-estar público e aos bons costumes;

XIII - fixar os feriados municipais, bem como o horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação de serviços e outros, na forma da lei;

XIV - legislar sobre os serviços funerários e cemitérios, encarregando-se da administração dos públicos e fiscalizando os que pertencem a entidades particulares;

XV - interditar edificações em ruínas ou em condições de insalubridade e fazer demolir construções que ameacem a segurança coletiva;

XVI - regulamentar e fiscalizar as competições esportivas, os espetáculos e os divertimentos públicos;

XVII - legislar sobre a apreensão e depósito de semoventes, mercadorias e móveis em geral, no caso de transgressão de leis e demais atos municipais, bem como sobre a forma e condições de venda das coisas e bens apreendidos;

XVIII - estabelecer, mediante autorização legislativa, a política de desenvolvimento industrial e comercial, definindo em lei os locais de instalação, ouvindo-se as entidades representativas dos respectivos setores;

XIX - cuidar da saúde e assistência pública, bem como da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;

XX - promover a criação de programas de prevenção das causas de deficiência física e mental, bem como estabelecer programas de atendimento especializado para os mesmos;

XXI - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual;

XXII - prover sobre a prevenção e os serviços de extinção de incêndio;

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

XXIII - prover as instituições municipais de cunho cultural de condições necessárias para executarem suas atividades;

XXIV - suplementar a legislação federal e estadual no que couber e naquilo que disser respeito ao seu peculiar interesse.

Art. 7° O Município pode celebrar convênios com a União, o Estado e os Municípios, para execução de suas leis, serviços e decisões, bem como para executar encargos análogos dessas esferas.

§ 1° Os convênios podem visar a realização de obras ou à exploração de serviços públicos de interesse comum.

§ 2° Pode ainda o Município, através de convênios ou consórcios com outros municípios da mesma comunidade sócio-econômica, criar entidades intermunicipais para a realização de obras, atividades ou serviços específicos de interesse comum, devendo os convênios serem aprovados por leis dos municípios que deles participem.

Art. 8° Compete ainda ao Município, concorrentemente com a União e o Estado, ou supletivamente a eles:

I - zelar pela saúde, higiene, segurança, assistência pública e meio ambiente;

II - promover o ensino, a educação e a cultura;

- estimular o melhor aproveitamento da terra e defendê-la contra as formas de exaustão do solo;

IV - abrir e conservar estradas e caminhos e determinar a execução de serviços públicos;

V - promover a defesa sanitária vegetal e animal, o controle de insetos e animais daninhos;

VI - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

VII - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, desde que considerados pelas entidades de direito;

VIII - amparar a maternidade, a infância, o idoso e os desvalidos, coordenando e orientando os serviços no âmbito do município;

IX - estimular a educação e a prática desportiva;

X - proteger a juventude contra toda a exploração, bem como fatores que possam conduzi-la ao abandono físico, moral e intelectual;

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g ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES

Isimd, PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

XI - tomar medidas necessárias para restringir a mortalidade e a morbidez infantis, bem como medidas que impeçam a propagação de doenças transmissíveis;

XII - incentivar o comércio, a indústria, a agricultura, o turismo e outras atividades que visem ao desenvolvimento econômico;

XIII - fiscalizar a produção, a conservação, o comércio e o transporte dos gêneros alimentícios destinados ao abastecimento público;

XIV - exercer outras atribuições não vedadas pelas Constituições Federal e Estadual;

XV - promover e executar programas de moradias populares;

XVI - conservar e proteger as águas superficiais e subterrâneas, em ação conjunta com o Estado, devendo estar previsto no Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município, o zoneamento de áreas de preservação daqueles mananciais, utilizáveis para abastecimento às populações, sendo, no aproveitamento das águas superficiais e subterrâneas, considerado prioritário o abastecimento às populações, com programas permanentes de uso, conservação e proteção contra a poluição e super exploração.

Art. 9° Ao Município é vedado:

1- instituir ou aumentar tributos sem que a lei o estabeleça;

II - contrair empréstimo sem prévia autorização da Câmara Municipal;

III - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-las, embaraçar-lhes o exercício ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança;

IV - criar distinções entre brasileiros ou preferências em favor de qualquer pessoa de direito público interno;

V - ceder servidores públicos municipais, inclusive professores, exceto para atender relevante interesse público e comunitário.

Parágrafo único. Nos casos previstos do inciso V, o Município poderá firmar convênios, mediante a aprovação da Câmara Municipal.

TÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CAPÍTULO I

DO PODER LEGISLATIVO

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL r CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES

PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 10. O Poder Legislativo Municipal é exercido pela Câmara Municipal, composta por 17 (dezessete) Vereadores, funcionando de acordo com o seu Regimento Interno.

Art. 11. A Câmara Municipal reúne-se, independente de convocação, no dia 1° (primeiro) de março de cada ano, para a abertura da sessão legislativa, funcionando ordinariamente até 31 (trinte e um) de dezembro.

§ 1° Durante o período legislativo ordinário, a Câmara Municipal reúne-se, no mínimo, em uma sessão ordinária por semana.

§ 2° A forma como será a posse, a instalação, designação das Comissões Representativas e Permanentes, bem como a forma de juramento dos Vereadores, será definida no Regimento Interno.

Art. 12. No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coincide com a do mandato dos Vereadores, a Câmara reúne-se no dia 1 °(primeiro) de janeiro para dar posse aos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito, bem como eleger sua Mesa Diretora.

§ 1° A Câmara Municipal reúne-se em Sessão Solene de Instalação, sob a Presidência interina do vereador que obteve o maior número de votos, para a posse dos Vereadores, e, estando presente a maioria absoluta destes, proceder-se-á a seguir a Eleição da Mesa Diretora, individualmente, cargo a cargo, para o primeiro biênio da legislatura.

§ 2° Para a eleição da Mesa Diretora dos anos subsequentes utilizar-se-á o mesmo critério da eleição do primeiro biênio da legislatura.

Art. 13. Ao Presidente da Mesa compete a Presidência da Câmara Municipal e, no seu exercício, representá-la judicial e extra-judicialmente.

Art. 14. A Mesa Diretora será constituída de Presidente, Vice-Presidente, Primeiro Secretário e Segundo Secretário, com mandato de dois anos, permitida a recondução.

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL /1111111 CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES

PALÁCIO 11 DE OUTUBRO 3S1

Art. 15. A Câmara funcionará em sua sede própria ou em outro local eventualmente designado, no caso de qualquer impedimento.

Parágrafo único. Por deliberação do Plenário, as sessões da Câmara Municipal poderão ser realizadas em outro recinto.

Art. 16. A convocação extraordinária da Câmara cabe ao seu Presidente, a 1/3 (um terço) de seus membros, à Comissão Representativa ou ao Prefeito.

§ 1° Nas sessões legislativas extraordinárias, a Câmara somente poderá deliberar sobre a matéria da convocação.

§ 2° Para reuniões extraordinárias, a convocação dos Vereadores será pessoal e com antecedência de 48 (quarenta e oito) horas.

Art. 17. A Câmara Municipal reúne-se com a presença de, no mínimo, 1/3 (um terço) dos Vereadores, e as deliberações somente serão tomadas ouvindo-se o voto da maioria absoluta de seus membros, salvo os casos previstos nesta Lei Orgânica e no Regimento Interno.

§ 1° Quando se tratar de votação do Plano Diretor, do orçamento anual, de empréstimos, de concessão de privilégios, de remuneração do Prefeito, Vice-Prefeito, Vereadores e servidores municipais, ou outra matéria que verse sobre interesse particular, além de outras referidas por esta Lei Orgânica ou pelo Regimento Interno, o número mínimo de presenças é de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara, e as deliberações são tomadas pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores.

§ 2° O Presidente da Câmara vota somente quando houver empate e quando a matéria exigir a deliberação de quorum qualificado, de maioria absoluta ou de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara.

Art. 18. As sessões da Câmara são públicas e o voto é aberto.

Art. 19. Compete à Mesa da Câmara ou a 1/3 (um terço) dos Vereadores convocar o Prefeito Municipal, secretários municipais ou servidores detentores de cargos de direção, chefia e assessoramento, para prestarem informações sobre questões especificamente vinculadas às suas áreas de atuação.

§ 1° Os convocados terão o prazo de 15 (quinze) dias para comparecer à Câmara Municipal, comunicando através de ofício o dia a hora de seu comparecimento, a fim de prestar as informações solicitadas.

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

§ 2° Somente a maioria absoluta dos Vereadores poderá deliberar sobre prorrogação de data, que somente será apreciada em caso de enfermidade ou por motivo de força maior.

§ 3° O não comparecimento importará pena de responsabilidade.

Art. 20. A Câmara Municipal apreciará as contas do Município referentes à gestão financeira do ano anterior, até 30 (trinta) dias após o recebimento do respectivo parecer, emitido pelo Tribunal de Contas do Estado, o qual somente deixará de prevalecer por decisão de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara.

Art. 21. A prestação de contas do Poder Executivo, ocorrerá a cada 4 (quatro) meses, em audiência pública, na forma do disposto na Lei Complementar n° 101, de 04 de maio de 2000 — Lei de Responsabilidade Fiscal.

Parágrafo único. Sempre que o Prefeito manifestar propósito de expor assuntos de interesse público, a Câmara o receberá em sessão previamente designada.

Art. 22. A Câmara pode criar comissão parlamentar de inquérito para apurar fato determinado, nos termos do Regimento Interno, a requerimento de, no mínimo, 1/3 (um terço) de seus membros.

SEÇÃO II

DOS VEREADORES

Art. 23. Os Vereadores, eleitos na forma da lei, gozam de garantias que a mesma lhes assegura, por suas opiniões, palavras e votos, proferidos no exercício do mandato.

Parágrafo único. Os Vereadores têm livre acesso aos órgãos da administração direta ou indireta do Município, mesmo sem prévio aviso.

Art. 24. É vedado ao Vereador:

I - desde a expedição do diploma:

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, no âmbito do Município, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo em comissão, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior.

II - desde a posse:

a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público ou nela exercer função remunerada;

b) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso 1, alínea "a";

c) ser titular de mais de um cargo público ou mandato eletivo.

Art. 25. Sujeita-se à perda do mandato o Vereador que:

I - infringir qualquer das disposições contidas no artigo anterior;

II - utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção, de improbidade administrativa ou atentórios às instituições vigentes;

III - proceder de modo incompatível com a dignidade da Câmara ou faltar com o decoro na sua conduta pública;

IV - fixar domicílio eleitoral fora do município;

V - deixar de comparecer, injustificadamente, a 05 (cinco) sessões ordinárias consecutivas ou a 05 (cinco) sessões extraordinárias consecutivas, durante o recesso da Câmara.

Parágrafo único. Nos casos do artigo 25, inciso I a III, a perda de mandato será decidida pela Câmara Municipal, por voto de 2/3 (dois terços) de seus membros, em votação nominal, mediante provocação da Mesa ou de partido político representado na Casa, assegurada ampla defesa.

Art. 26. Extingue-se automaticamente o mandato do Vereador quando:

I - ocorrer seu falecimento ou renúncia por escrito;

II - tiver suspensos ou cassados seus direitos políticos;

III - ocorrer sua condenação por crime funcional ou eleitoral;

IV - deixar de tomar posse, sem motivo justificado, no prazo de 15 (quinze) dias.

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES

finis, PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

Parágrafo único. Verificadas as hipóteses do artigo 25, inciso IV e V e artigo 26, inciso II, III e IV, a perda do mandato será declarada pela Mesa da Câmara, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou de partido político representado na Casa, assegurada ampla defesa.

Art. 27. Nos casos de licença e vaga por falecimento, renúncia ou extinção automática de mandato, o Vereador será substituído pelo suplente, convocado nos termos da lei.

Parágrafo único. No caso de falecimento do Vereador, os herdeiros legalmente habilitados terão direito a uma pensão mensal igual ao total da remuneração percebida pelo parlamentar, até o final do mandato.

Art. 28. O Vereador licenciado para tratamento de saúde, perceberá a integralidade de seus subsídios independentemente do tempo que perdurar a licença, mediante atestado médico.

Parágrafo único. Se filiado ao regime da Previdência Social, os primeiros 15 (quinze) dias serão pagos pela Câmara e após pelo INSS.

Art. 29. A Vereadora licenciada para gozo de licença maternidade, perceberá a integralidade de seus subsídios durante o tempo que perdurar a licença, mediante apresentação de laudo médico.

Parágrafo único. Se filiado ao regime da Previdência Social, os subsídios serão pagos pelo INSS.

Art. 30. O Vereador investido no cargo de Secretário Municipal ou em cargo de diretoria equivalente não perderá o mandato desde que se licencie do exercício da vereança.

Art. 31. A remuneração dos Vereadores, do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Secretários Municipais, do Procurador Geral e do Diretor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano — IPURB, será fixada pela Câmara Municipal, em cada legislatura, para a subsequente.

Parágrafo único. A remuneração será fixada até 60 (sessenta) dias antes do pleito de cada legislatura.

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SEÇÃO III

DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 32. Compete à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito:

I - legislar sobre as matérias atribuídas ao Município, pelas Constituições da União e do Estado e por esta Lei Orgânica;

II - votar:

a) o plano plurianual;

b) a lei de diretrizes orçamentárias;

c) os orçamentos anuais;

d) as metas prioritárias;

e) o plano de auxílios e subvenções.

III - editar leis;

IV - legislar sobre a criação e extinção de cargos e funções do Município, bem como fixar e alterar vencimentos e outras vantagens pecuniárias;

V - legislar sobre tributos de competência municipal;

VI - votar leis que disponham sobre alienação e aquisição de bens imóveis;

VII - legislar sobre a concessão de serviços públicos no município;

VIII - dispor sobre a divisão territorial do município, respeitada a legislação federal e estadual;

IX - legislar sobre a concessão e permissão de uso de bens municipais;

X - criar, alterar, reformar ou extinguir órgãos públicos do município;

XI - deliberar sobre empréstimos e operações de crédito, bem como a forma e os meios de seu pagamento;

XII - transferir, temporária ou definitivamente, a sede do município, quando o interesse público o exigir,.

XIII - cancelar, nos termos da lei, a dívida ativa do município, autorizar a suspensão de sua cobrança e a revelação de ônus e juros;

XIV - legislar sobre a aquisição de bens imóveis, quando se tratar de doação com encargo;

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XV - deliberar sobre o projeto de lei do Executivo, que o autorize a mobilizar ou alienar os bens, créditos e valores que pertençam ao ativo permanente do Município, bem como amortizar ou resgatar as dívidas fundadas e outras, desde que compreendam o seu passivo permanente;

XVI - legislar sobre a concessão de auxílios e doações a terceiros;

XVII - autorizar referendos e convocar plebiscitos, desde que não contrariem leis federais e estaduais;

XVIII - legislar sobre toda matéria que diz respeito ao Plano Diretor;

XIX - editar leis sobre a inclusão ou exclusão de bens no Patrimônio Histórico e Cultural do Município.

Art. 33. É de competência exclusiva da Câmara Municipal:

I - eleger sua Mesa, elaborar seu Regimento Interno e dispor sobre sua organização e política;

II - propor a criação e extinção dos cargos de seu quadro de pessoal e serviços, dispor sobre seu provimento, bem como fixar e alterar seus vencimentos e outras vantagens;

III - representar, pela maioria de seus membros, para efeito de intervenção no município;

IV - exercer a fiscalização da administração financeira e orçamentária do município, com auxílio do Tribunal de Contas do Estado, e julgar as contas do Prefeito;

V - sustar atos do Poder Executivo que exorbitem da sua competência ou se mostrem contrários ao interesse público;

VI - fixar por Lei Municipal os subsídios do Prefeito, Vice-Prefeito, Secretários Municipais, Procurador-Geral, Diretor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano - IPURB e Vereadores, em cada Legislatura para a subsequente, nos termos da Constituição Federal;

VII - autorizar o Prefeito a afastar-se do Município ou do Estado por mais de 10 (dez) dias;

VIII - solicitar informações por escrito ao Executivo;

IX - dar posse ao Prefeito, bem como declarar extinto o seu mandato, nos casos previstos em lei;

X - conceder licença ao Prefeito;

XI - suspender a execução, no todo ou em parte, de qualquer ato, resolução ou regulamento municipal que haja sido, pelo Poder Judiciário, declarado infringente à Constituição, à Lei Orgânica ou às leis;

XII - propor ao Prefeito a execução de qualquer obra ou medida que interesse à coletividade ou ao serviço público;

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XIII - conceder título de cidadão honorário ou qualquer outra homenagem ou honraria a pessoa que reconhecidamente tenha prestado serviços relevantes ao Município, mediante decreto legislativo subscrito e aprovado por todos os Vereadores;

XIV - deliberar, mediante resolução, sobre quaisquer assuntos de sua economia interna e, nos demais casos de sua competência privada que tenham efeitos externos, por meio de decreto legislativo.

Parágrafo único. O Regimento Interno regulamentará a forma das autorizações, indicações, requerimentos e moções expedidas pela Câmara.

Art. 34. A Câmara Municipal apresentará prestação de contas, quadrimestralmente, em audiência pública, na forma da Lei Complementar n° 101, de 04 de maio de 2000 — Lei de Responsabilidade Fiscal.

SEÇÃO IV

DA COMISSÃO REPRESENTATIVA

Art. 35. A Comissão Representativa funciona no recesso da Câmara Municipal e tem as seguintes atribuições:

I - zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo;

II - zelar pela observância da Lei Orgânica;

III - autorizar o Prefeito a se ausentar do Município e do Estado;

IV - convocar extraordinariamente a Câmara;

V - tomar medidas urgentes de competência da Câmara Municipal.

Parágrafo único. No primeiro ano de cada legislatura, no dia 1 °(primeiro) de janeiro, será dada posse à Comissão Representativa, cujas normas relativas ao desempenho das atribuições, bem como de sua composição, são estabelecidas no Regimento Interno.

SEÇÃO V

DAS LEIS E DO PROCESSO LEGISLATIVO

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Art. 36. O processo legislativo compreende a elaboração de:

1- emendas à Lei Orgânica;

II - leis complementares;

III - leis ordinárias;

IV - decretos legislativos;

V — resoluções.

Art. 37. A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:

I - de 1/3 (um terço), no mínimo, dos Vereadores;

- do Prefeito Municipal;

III - da população subscrita por 5% (cinco por cento) do eleitorado do Município.

§ 1° A proposta de emenda será discutida e votada em 02 (dois) turnos, com interstício mínimo de 10 (dez) dias, exigindo-se a presença de, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos seus membros, considerando-se aprovada a que obtiver, em ambos os turnos, 2/3 (dois terços) dos votos dos membros da Câmara.

§ 2° A emenda será promulgada pela Mesa da Câmara na sessão seguinte àquela em que se der a aprovação, com o respectivo número de ordem.

§ 3° No caso do inciso III, a subscrição deverá estar acompanhada dos dados identificadores do título eleitoral.

§ 4° A matéria constante da proposta de emenda, rejeitada ou havida por prejudicada, só poderá ser objeto de nova proposta após decorridos 4 (quatro) meses.

Art. 38. A iniciativa das leis cabe a qualquer Vereador, ao Prefeito Municipal ou aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica.

Art. 39. São da iniciativa privativa do Prefeito as leis que:

I - disponham sobre matéria financeira;

II - versem sobre matéria tributária e orçamentária, autorizem abertura de créditos ou concedam subvenções ou auxílios;

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III - criem cargos ou funções públicas, fixem ou aumentem vencimentos ou vantagens dos servidores públicos ou que, de qualquer modo, aumentem a despesa pública não prevista no orçamento anual, ressalvada a competência privativa, expressamente atribuída à Câmara Municipal;

IV - criem ou suprimam órgãos ou serviços do Executivo.

Art. 40. No início ou em qualquer fase de tramitação de projeto de lei de iniciativa do Prefeito este poderá solicitar à Câmara Municipal que o aprecie no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do pedido.

Parágrafo único. Se a Câmara Municipal não se manifestar sobre o projeto no prazo estabelecido no "caput" deste artigo, será ele incluído na ordem do dia, sobrestando-se a deliberação sobre os demais assuntos para que se ultime a votação.

Art. 41. A requerimento de qualquer Vereador, os projetos de lei, decorridos 30 (trinta) dias de seu recebimento, serão incluídos na ordem do dia, mesmo sem parecer.

Parágrafo único. O projeto de lei somente poderá ser retirado da ordem do dia a requerimento do autor, aprovado em plenário.

Art. 42. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto após decorridos 3 (três) meses.

Art. 43. Os projetos de lei aprovados pela Câmara Municipal serão enviados ao Prefeito que, aquiescendo, os sancionará.

§ 1° Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, veta-lo-á total ou parcialmente, dentro de 15 (quinze) dias úteis, contados daquele em que o recebeu, comunicando os motivos do veto ao Presidente da Câmara, dentro de 48 (quarenta e oito) horas.

§ 2° Vetado o projeto e devolvido à Câmara, será ele submetido, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data de seu recebimento, com ou sem parecer, a discussão única, considerando-se rejeitado se obtiver o voto da maioria absoluta da Câmara, caso em que será enviado ao Prefeito para sanção.

§ 3° O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea.

§ 4° O silêncio do Prefeito, decorrido o prazo do parágrafo 1°, importa em sanção tácita, cabendo ao Presidente da Câmara promulgá-lo.

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§ 5° Não sendo a lei promulgada dentro de 48 (quarenta e oito) horas pelo Prefeito, nos casos dos parágrafos 2° e 4° deste artigo, o Presidente da Câmara a promulgará em igual prazo.

Art. 44. As leis complementares somente serão aprovadas se obtiverem maioria absoluta dos votos da Câmara Municipal, em votação aberta.

Art. 45. Serão objeto de leis complementares:

I - os Códigos;

II - o Plano Diretor;

III — a consolidação das leis municipais.

Parágrafo único. A lei complementar a que se refere o inciso III do "caput" deste artigo disporá também sobre a elaboração, redação e alteração da legislação municipal.

Art. 46. A iniciativa popular, no processo legislativo, será exercida mediante apresentação de:

I - projeto de lei;

II - proposta de emenda a projeto de lei;

III - emenda a projeto de lei orçamentária, lei de diretrizes orçamentárias e lei do plano plurianual.

Parágrafo único. A tramitação dos Projetos de Lei de iniciativa popular obedecerá às normas relativas ao processo legislativo estabelecidas nesta Lei Orgânica.

Art. 47. São ainda, objeto de deliberação da Câmara Municipal, na forma do Regimento Interno:

I - autorizações;

II - indicações;

III - requerimentos;

IV — moções.

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CAPÍTULO lI

DO PODER EXECUTIVO

SEÇÃO I

DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

Art. 48. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários Municipais.

Art. 49. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse na Sessão Solene de instalação da Câmara Municipal, após a posse dos Vereadores, e prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir a Lei Orgânica, observar as leis e administrar o Município, visando ao bem geral dos munícipes.

Parágrafo único. Se o Prefeito ou o Vice-Prefeito, ou ambos não tomarem posse, decorridos 15 (quinze) dias da data fixada, salvo motivo de força maior; o cargo será declarado vago.

Art. 50. O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito em seus impedimentos e ausências e suceder-lhe-á no caso de vaga.

Art. 51. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, realizar-se-á eleição para os cargos vagos no prazo de 90 (noventa) dias após a ocorrência da última vaga, sendo que os eleitos completarão o mandato dos sucedidos.

Parágrafo único. Ocorrendo a vacância de ambos os cargos, após cumpridos 3/4 (três quartos) do mandato do Prefeito, o Presidente da Câmara Municipal assumirá o cargo por todo o período restante.

Art. 52. O Prefeito, desde a posse, e o Vice-Prefeito, quando assumir a chefia do Executivo Municipal, deverão desincompatibilizar-se e ficam sujeitos aos impedimentos, proibições e responsabilidades estabelecidas na Constituição da República e do Estado, nesta Lei Orgânica e na legislação federal pertinente.

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Art. 53. O Prefeito não poderá exercer outra função pública, nem cargo de administração em qualquer empresa comercial ou industrial beneficiada com privilégio, isenção ou favor, em virtude de contrato com a administração municipal.

Art. 54. Por ocasião da posse e ao término do mandato, o Prefeito Municipal, assim como seu cônjuge, farão declaração de bens, que será transcrita em livro próprio, constando de ata o seu resumo.

Art. 55. O Prefeito deverá solicitar licença à Câmara, sob pena de extinção de mandato, nos casos de:

I - tratamento de saúde;

II - gozo de férias;

III - afastamento do Município ou do Estado por mais de 10 (dez) dias.

Art. 56. O Prefeito tem direito a gozar férias anuais de 30 (trinta) dias.

Art. 57. O Prefeito, regularmente licenciado pela Câmara, terá direito à remuneração quando:

I - em tratamento de saúde;

II - em gozo de férias;

III - a serviço ou em missão de representação do Município.

SEÇÃO

DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Art. 58. Compete privativamente ao Prefeito:

I - representar o Município em juízo e fora dele;

II - nomear e exonerar os Secretários Municipais e os demais cargos em comissão, assim como os diretores de autarquias e departamentos, além de titulares de órgãos e instituições de que participe o Município;

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III - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos nesta lei;

IV - sancionar, promulgar e fazer publicar leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;

V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

VI - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração municipal, na forma da lei;

VII - declarar a utilidade ou necessidade pública ou o interesse social de bens, para fins de desapropriação ou servidão administrativa;

VIII - expedir atos próprios de sua atividade administrativa;

IX - contratar a prestação dos serviços e obras, observado o processo licitatório;

X - planejar e promover a execução dos serviços públicos municipais;

XI - prover os cargos públicos e expedir os demais atos referentes à situação funcional dos servidores.

XII - enviar ao Poder Legislativo o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta lei;

XIII - apresentar a cada 4 (quatro) meses a prestação de contas em audiência pública na Câmara Municipal, conforme determina a Lei Complementar n° 101, de 04 de maio de 2000 —Lei de Responsabilidade Fiscal;

XIV - prestar à Câmara Municipal, dentro de 15 (quinze) dias improrrogáveis, as informações solicitadas sobre fatos relacionados ao Poder Executivo e sobre matéria legislativa em tramitação na Câmara Municipal ou sujeita à fiscalização do Poder Legislativo;

XV - colocar à disposição da Câmara Municipal até o dia 20 (vinte) de cada mês, o repasse de 1/12 (um doze avos) do seu orçamento;

XVI - resolver sobre os requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem dirigidos, em matéria de competência do Executivo Municipal;

XVII - oficializar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis, as vias e logradouros públicos;

XVIII - aprovar projetos de edificações e planos de loteamento, arruamento e zoneamento urbano e para fins urbanos, obedecendo às normas técnicas e ao Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;

XIX - solicitar o auxílio da polícia do Estado, para a garantia do cumprimento de seus atos legais;

XX - revogar atos administrativos por razões de interesse público e anulá-los por vício de legalidade, observado o devido processo legal;

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XXI - administrar os bens e as rendas municipais, promover o lançamento, a fiscalização e a arrecadação de tributos;

XXII - propor ao Poder Legislativo o arrendamento, o aforamento ou a alienação de próprios municipais, bem como a aquisição de outros;

XXIII - aplicar multas e penalidades previstas em lei, regulamentos e contratos, quando de sua exclusiva competência, e relevá-las na forma e nos casos estabelecidos nestes provimentos;

XXIV - fazer publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

XXV - comparecer espontaneamente à Câmara, para expor ou solicitar-lhe providências de competência do Legislativo sobre assuntos de interesse público, observado o que preceitua esta lei;

Parágrafo único. O Prefeito poderá delegar a seus auxiliares, por decreto, funções administrativas que não sejam de sua exclusiva competência.

SEÇÃO III

DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO

Art. 59. Importam responsabilidade os atos do Prefeito ou do Vice-Prefeito que atentem contra a Constituição Federal, Estadual ou a Lei Orgânica Municipal, e especialmente:

I - o livre exercício dos poderes constituídos;

II - o exercício dos direitos individuais, políticos e sociais;

III - a probidade na administração;

IV - a lei orçamentária;

V - o cumprimento de leis e decisões judiciais.

Parágrafo único. O processo de julgamento do Prefeito e Vice-Prefeito obedecerão, no que couber, ao disposto no artigo 86 da Constituição Federal.

SEÇÃO IV

DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO

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Art. 60. Os Secretários do Município, de livre nomeação e exoneração pelo Prefeito, devem ser brasileiros, maiores de 18 (dezoito) anos, no gozo dos direitos políticos, e estão sujeitos, desde a posse, às mesmas incompatibilidades e proibições estabelecidas para Vereadores, no que couber.

Art. 61. Além das atribuições fixadas em lei, compete aos Secretários do Município:

I - orientar, coordenar e executar as atividades dos órgãos e entidades da administração municipal, na área de sua competência;

II - referendar os atos do Prefeito e expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos relativos a assuntos de suas secretarias;

III - comparecer à Câmara Municipal, nos casos previstos nesta Lei Orgânica;

IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem delegadas pelo Prefeito.

Art. 62. Aos Coordenadores Distritais, como auxiliares diretos do Prefeito e com poderes delegados pelo mesmo compete:

I - cumprir e fazer cumprir as leis, decretos, resoluções, regulamentos e demais atos emanados do Prefeito e da Câmara Municipal;

II - fiscalizar os serviços públicos distritais;

III - atender as reclamações e solicitações das partes, encaminhando-as ao Prefeito, quando se tratar de matéria estranha às suas atribuições;

IV - exercer o poder de polícia administrativa em todo o território do distrito para o qual foi nomeado;

V - encaminhar ao Prefeito Municipal os pareceres e decisões dos conselhos distritais.

Art. 63. Os auxiliares diretos do Prefeito farão declaração de bens no ato de posse e no afastamento definitivo do respectivo cargo.

TÍTULO III

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA MUNICIPAL

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CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

CAPITULO I

DAS NORMAS DE PLANEJAMENTO MUNICIPAL

Art. 64. O processo de planejamento do Município, reger-se-á pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado e pelo plano Diretor dos Distritos, os quais abrangerão os aspectos físico, econômico, social e administrativo.

Parágrafo único. O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado deverá ser adequado às exigências administrativas do Município e aos recursos financeiros.

Art. 65. O Município estabelecerá, em lei, normas de zoneamento urbano, bem como normas de edificação e loteamentos urbanos ou para fins de urbanização, atendidas as peculiaridades locais e a legislação estadual e federal pertinentes, bem como prevendo as sanções pelo descumprimento das normas nelas previstas.

Art. 66. Os Poderes Executivo e Legislativo deverão auscultar permanentemente a opinião pública, de modo especial através dos conselhos municipais e das associações de classe.

Art. 67. Ambos os Poderes tomarão medidas para assegurar a claridade, a celeridade na tramitação e solução dos expedientes administrativos, punindo disciplinarmente, nos termos da lei, os servidores faltosos.

CAPÍTULO II

DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS

Art. 68. A execução das obras públicas municipais deverá ser sempre precedida de projeto, elaborado segundo as normas técnicas adequadas.

Parágrafo único. As obras públicas poderão ser executadas diretamente pela Prefeitura, por suas autarquias e entidades paraestatais, ou indiretamente, por terceiros, mediante licitação, nos termos da legislação federal e estadual pertinentes.

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Art. 69. As concessões a terceiros, para execução de serviços públicos, serão feitas mediante contrato, após prévia licitação, observadas as normas pertinentes estabelecidas na legislação federal e estadual.

Art. 70. As permissões a terceiros, para execução de serviços públicos, serão sempre outorgadas a título precário, mediante decreto.

Art. 71. O transporte coletivo é serviço público de competência do Município, que o executará diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, observadas a licitação e a legislação pertinente, garantindo uma tarifa justa, que atenta ao equilíbrio da equação financeira do serviço.

Parágrafo único. A lei que disciplinará o transporte coletivo disporá sobre:

1- o regime das empresas concessionárias ou permissionárias do serviço público;

II - o caráter dos contratos e de sua prorrogação, bem como a fiscalização e os casos de rescisão;

III - os critérios de preferência e os casos de prioridade para novas linhas;

IV - os direitos dos usuários;

V - a política tarifária.

Art. 72. Serão nulas de pleno direito as concessões e permissões realizadas em desacordo com o estabelecido nos artigos antecedentes.

§ 1° Os serviços concedidos ou permitidos ficarão sempre sujeitos à fiscalização do município, incumbindo aos que os executem sua atualização e adequação às necessidades dos usuários, observada, quanto aos primeiros, a legislação federal.

§ 2° Nas licitações para concessão de serviços públicos, a publicidade deverá ser ampla.

CAPÍTULO III

DOS BENS MUNICIPAIS

Art. 73. São bens municipais todos os imóveis, móveis e semoventes, bem como os direitos e ações que, a qualquer título, pertençam ao Município.

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Art. 74. Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a competência da Câmara quanto àqueles utilizados em seu serviço.

Art. 75. Todos os bens municipais deverão ser tombados, e os móveis e semoventes, cadastrados e também numerados segundo o estabelecimento em regulamento.

Art. 76. O uso por terceiros de bens municipais poderá ser efetuado mediante concessão, permissão ou autorização, conforme o caso e o interesse público exigirem.

§ 1° A concessão administrativa dos bens públicos municipais de uso especial e dominiais dependerá de autorização legislativa e licitação e far-se-á mediante contrato, sob pena de nulidade do ato.

§ 2° A concessão administrativa dos bens públicos municipais de uso comum somente poderá ser outorgada para finalidades escolares, de assistência social, ou turísticas, mediante autorização legislativa.

§ 3° A permissão, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita a título precário, mediante decreto.

§ 4° A autorização, que somente poderá incidir sobre bens móveis, será feita mediante portaria, para atividades ou usos específicos e transitórios, pelo prazo máximo de 60 (sessenta) dias.

CAPÍTULO IV

DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

Art. 77. São servidores do Município todos os que ocupam cargos, funções ou empregos da administração direta, das autarquias e fundações públicas, bem como os admitidos por contrato, para atender necessidades temporárias de excepcional interesse do Município, definidas em lei.

Art. 78. Os cargos, empregos e funções públicas municipais são acessíveis a todos os brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei.

Parágrafo único. A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas, ressalvadas as nomeações para cargos em comissão, declarados em lei, de livre nomeação e exoneração.

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Art. 79. Ficará em disponibilidade remunerada, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, o servidor estável cujo cargo for declarado extinto ou desnecessário.

Art. 80. O tempo de vereança e o tempo de serviço prestado a órgão público federal, estadual ou municipal é computado integralmente para efeitos de aposentadoria.

Art. 81. Ao servidor, em exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador e havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.

Art. 82. Lei Municipal definirá os direitos dos servidores do município e acréscimos pecuniários por tempo de serviço, assegurada a licença-prêmio por quinquênio.

Art. 83. É vedada:

I - a participação de servidores no produto da arrecadação de tributos e multas, inclusive da dívida ativa;

II - a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários, nos seguintes casos:

a) a de dois cargos de professor;

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b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;

c) a de dois cargos privativos de médico.

Parágrafo único. A proibição de acumular estende-se a cargos, funções ou empregos em autarquias e outras instituições de que faça parte o Município.

Art. 84. O Município responderá pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, sendo obrigação o uso de ação regressiva contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa.

Art. 85. A revisão geral da remuneração dos servidores públicos far-se-á sempre na mesma data e com os mesmos índices.

Art. 86. A lei assegurará aos servidores da administração direta, isonomia de vencimentos entre cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ressalvadas as vantagens de caráter individual ou as relativas à natureza ou ao local de trabalho.

Art. 87. Lei específica estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para atender necessidade temporária de excepcional interesse público.

Art. 88. A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas com deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

Art. 89. É vedada, a quantos prestem serviço ao Município, atividade político-partidária nas horas e locais de trabalho.

Art. 90. É garantido ao servidor público municipal o direito à livre associação sindical.

Art. 91. O município facilitará aos servidores municipais de ambos os Poderes sua participação em cursos, seminários, congressos e conclaves que lhes propiciem aperfeiçoar seus conhecimentos para melhor desempenho das suas respectivas funções.

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CAPÍTULO V

DOS ATOS MUNICIPAIS

SEÇÃO

DA FORMA

Art. 92. Os atos administrativos de competência do Prefeito devem ser expedidos com a observância das seguintes normas:

I - decreto, numerado em ordem cronológica, nos seguintes casos:

a) regulamentação de lei;

b) instituição e extinção de atribuições privativas de lei;

c) provimento e vacância dos cargos de auxiliares diretos do Prefeito;

d) abertura de créditos extraordinários e até o limite autorizado por lei, de créditos suplementares e especiais;

e) aprovação de regulamento ou regimento interno;

f) permissão de serviços públicos e de uso de bens municipais por terceiros, bem como sua revogação.

g) medidas executórias do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município;

h) criação, extinção, declaração ou modificação de direitos dos munícipes e servidores municipais do Executivo, não privativos de lei;

i)normas não privativas de lei;

j) fixação e alteração das tarifas ou preços públicos municipais;

ll - portaria, nos seguintes casos:

a) provimento e vacância dos cargos ou empregos públicos, ressalvada a hipótese da letra "c" do inciso I;

b) lotação e relotação nos quadros de pessoal;

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c) abertura de sindicâncias e processos administrativos, aplicação de penalidades e demais atos individuais, relativos a servidores;

d) autorização de uso por terceiros de bens municipais, exceto bens imóveis;

e) outros casos determinados em lei ou decreto.

III - ordens de serviço nos casos de determinações com efeitos exclusivamente internos.

SEÇÃO II

DA PUBLICAÇÃO

Art. 93. A publicação das leis e dos atos administrativos far-se-á sempre por afixação, na sede da Prefeitura ou da Câmara, conforme o caso.

Parágrafo único. Os atos de efeitos externos e internos, de caráter geral, só terão eficácia após a sua publicação, sendo os primeiros também pela imprensa.

SEÇÃO Ill

DO REGISTRO

Art. 94. O Município manterá os livros e registros que forem necessários aos seus serviços e, especialmente, os de:

I - termo de compromisso e posse dos Administradores;

II - declaração de bens;

III - atas das sessões da Câmara;

§ 1° Os livros serão abertos e encerrados e terão suas folhas rubricadas por funcionário regularmente designado para tal fim.

§ 2° Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos, conforme o caso, por outro sistema, inclusive por fichas e arquivo de cópias, devidamente numeradas e autenticadas, ou por sistema informatizado e/ou eletrônico.

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SEÇÃO IV

DAS CERTIDÕES

Art. 95. A Prefeitura e a Câmara Municipal, ressalvados os casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser sigilo, são obrigadas a fornecer, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a qualquer interessado, certidões de atos, contratos e decisões, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua expedição.

Parágrafo único. A certidão relativa ao exercício do cargo de Prefeito será fornecida por secretário da Prefeitura.

TÍTULO IV

DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

CAPÍTULO I

DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS

Art. 96. Compete ao Município instituir os seguintes tributos:

I - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana;

II - imposto sobre transmissão "intervivos", a qualquer título por ato oneroso:

a) de bens imóveis por natureza ou acessão física;

b) de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia;

c) de cessão de direitos à aquisição de imóvel.

III - imposto sobre serviços de qualquer natureza, não incluídos na competência estadual, compreendida no artigo 155, inciso 1, alínea "b" da Constituição Federal, definidos em lei complementar;

IV - taxas:

a) em razão do exercício do poder de polícia;

b) pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.

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V - contribuição de melhoria, decorrente de obra pública;

VI - contribuição para o custeio de sistemas de previdência e assistência social.

§ 1° O imposto previsto no inciso I será progressivo, na forma a ser estabelecida em lei, de modo a assegurar o cumprimento da função social da propriedade .

§ 2° O imposto previsto no inciso II:

I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoas jurídicas em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se nesses casos a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda destes bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;

II - incide sobre imóveis situados na zona territorial do Município.

§ 3° As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

§ 4° A contribuição prevista no inciso VI será cobrada dos servidores municipais e em benefício destes.

CAPÍTULO II

DAS LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR

Art. 97. É vedado ao Município:

I - exigir ou aumentar tributo, sem lei que o estabeleça:

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, observada a proibição constante do Artigo 150, inciso II, da Constituição Federal;

III - cobrar tributos:

a) relativamente a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja publicado a lei que os instituiu ou aumentou.

IV - utilizar tributo com efeito de confisco;

V - instituir impostos sobre:

a) patrimônio e serviços da União e dos Estados;

b) templos de qualquer culto;

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c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei.

VI - conceder qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária ou previdenciária, senão mediante a edição de lei municipal específica;

VII - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino;

VIII - instituir taxas que atentem contra:

a) o direito de petição aos poderes públicos, em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.

Art. 98. O Município divulgará, até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, dos recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio.

CAPÍTULO

DO ORÇAMENTO

Art. 99. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais.

§ 1° A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma setorizada, as diretrizes, objetivos, incentivos fiscais e metas da administração, para as despesas de capital e outras delas decorrentes, bem como as relativas aos programas de duração continuada.

§ 2° A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro

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subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual e disporá sobre as alterações na legislação tributária.

§ 3° O Poder Executivo publicará, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária, bem como apresentará, trimestralmente, ao Poder Legislativo a caracterização sobre o Município, suas finanças públicas, devendo constar no demonstrativo:

I - as receitas e despesas da administração direta e indireta;

II - os valores ocorridos desde o início do exercício até o último mês do trimestre, objeto da análise financeira;

III - a comparação mensal entre os valores do inciso II, com seus correspondentes previstos no orçamento, já atualizados por suas alterações;

IV - as previsões atualizadas de seus valores até o final do exercício financeiro.

§ 4° Os planos e programas setoriais serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pela Câmara Municipal.

§ 5° Nos meses de maio, setembro e fevereiro, os Poderes Executivo e Legislativo demonstrarão e avaliarão o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na Comissão Técnica Permanente de Finanças e Orçamento, observando o que determina a Lei Complementar n° 101, de 04 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal.

§ 6° Para o cumprimento do que determina o artigo 48 da Lei Complementar n° 101, de 04 de maio de 2000, que trata dos Planos, Orçamentos e Lei de Diretrizes Orçamentárias, e do § 5° deste artigo, a Comissão Técnica Permanente de Finanças e Orçamento, com a aprovação da maioria de seus membros, determinará as datas das audiências públicas, num prazo de 15 (quinze) dias de antecedência.

Art. 100. A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos poderes municipais, fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

- o orçamento de investimento das empresas em que o município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a elas vinculadas, na administração direta e indireta, bem como fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

§ 1° O projeto de lei orçamentária será instituído com demonstrativo setorizado do efeito sobre as receitas e despesas decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.

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§ 2° A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para a abertura de créditos suplementares, a contratação de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, nos termos da lei.

§ 3° A abertura de crédito suplementar, prevista no parágrafo anterior, não poderá exceder a 25% (vinte e cinco por cento) da receita orçada.

Art. 101. Do orçamento anual previsto pelo Município, serão destinados recursos à instituição de um setor de fomento à agricultura, com a finalidade de adquirir equipamentos agrícolas para o desenvolvimento da agricultura em geral.

Art. 102. Os projetos de lei relativos ao orçamento anual, ao Plano Plurianual e as Diretrizes Orçamentárias, serão enviados pelo Prefeito ao Poder Legislativo, nos seguintes prazos:

I — O projeto de lei do Orçamento anual até 10 (dez) de novembro de cada ano;

II — O projeto de lei do Plano Plurianual até 31 (trinta e um) de julho do primeiro ano de mandato do Prefeito;

III — O projeto de lei de diretrizes orçamentárias, anualmente, até 05 (cinco) de outubro;

Parágrafo único. Caso o Prefeito não envie o projeto de orçamento anual no prazo legal, o Poder Legislativo adotará como projeto de lei orçamentária a lei do orçamento em vigor, com a correção das respectivas rubricas pelos índices de inflação verificada nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores à 10 (dez) de novembro.

Art. 103. Os projetos de lei de que trata o artigo anterior, após apreciação pelo Poder Legislativo, serão encaminhados para a sanção do Prefeito, nos seguintes prazos:

I - o projeto de lei do orçamento anual até 10 (dez) de dezembro de cada ano;

II - o projeto de lei do plano plurianual até 15 (quinze) de setembro do primeiro ano do mandato do Prefeito;

III - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias, anualmente, até 1° (primeiro) de novembro.

Parágrafo único. Não atendidos os prazos estabelecidos neste artigo, os projetos serão promulgados como Lei pelo Presidente da Câmara Municipal.

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Art. 104. Os projetos de lei relativos ao orçamento anual, ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias e aos créditos adicionais serão apreciados pela Câmara Municipal, na forma de seu Regimento.

§ 1° Caberá à Comissão Técnica Permanente de Finanças e Orçamento:

1- examinar e emitir parecer sobre projetos, planos e programas, bem como sobre as contas apresentadas pelo prefeito;

II - exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária.

§ 2° As emendas serão apresentadas à Comissão, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas pela Câmara Municipal.

§ 3° As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou de créditos adicionais somente poderão ser aprovadas quando:

I - compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias:

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesas, excluídos os que incidem sobre:

a) dotação para pessoal e seus encargos;

b) serviços da dívida.

III - relacionadas com a correção de erros ou omissão;

IV - relacionadas com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 4° O Poder Executivo poderá enviar mensagem a Câmara para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo, enquanto não iniciada a votação da alteração da proposta pela Comissão.

§ 5° Os projetos de lei do plano plurianual, o das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviadas pelo Prefeito à Câmara Municipal, obedecidos os critérios a serem estabelecidos em lei.

§ 6° Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrarie o disposto neste capítulo, as demais normas relativas ao processo legislativo.

§ 7° Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

Art. 105. São vedados:

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I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

II - a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;

III - a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais, com finalidade precisa, aprovados pela Câmara por maioria absoluta;

IV - a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundos ou despesas, ressalvada a destinação de recursos para manutenção do desenvolvimento do ensino, como o estabelecido na Constituição Federal, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita;

V - a abertura de crédito suplementar ou especial, sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra, ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social, para suprir as necessidades ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos;

IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

§ 1° Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

§ 2° Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites dos seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

§ 3° A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes.

Art. 106. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, inclusive créditos suplementares e especiais destinados ao Poder Legislativo, ser-lhe-ão entregues até o dia 25 (vinte e cinco) de cada mês, na forma da lei.

Art. 107. A despesa total com pessoal do Município não poderá exceder ao limite de 60% (sessenta por cento) da receita corrente líquida, sendo 54% (cinquenta e quatro por cento) para o Executivo e 6% (seis por cento) para o Legislativo.

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Parágrafo único. A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos ou a alteração da estrutura de carreira, bem como a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:

I - se houver prévia dotação orçamentária, suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e sociedades de economia mista;

III - se a vantagem ou reajuste decorrer de decisão judicial, imposição de índice de correção monetária ou norma de ordem legal de direito administrativo.

Art. 108. As despesas com publicidade dos Poderes Executivo e Legislativo deverão ser objeto de dotação orçamentária específica.

TÍTULO V

DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL

CAPITULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 109. Na organização da economia, em cumprimento do que estabelece a Constituição Federal, a Constituição Estadual e esta Lei Orgânica, o Município zelará pelos seguintes princípios:

I - promoção do bem-estar do homem com o fim essencial da produção e do desenvolvimento econômico;

II - valorização econômica e social do trabalho e do trabalhador, associada a uma política de expansão das oportunidades de emprego e humanização do processo social de produção, com a defesa dos interesses do povo;

III - democratização do acesso à propriedade dos meios de produção;

IV - planificação do desenvolvimento, determinante para o setor público e indicativo para o setor privado;

V - integração e descentralização das ações públicas setoriais;

VI - proteção da natureza e ordenação territorial;

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VII - condenação dos atos de exploração do homem pelo homem e de exploração predatória da natureza, considerando-se juridicamente ilícito e moralmente indefensável qualquer ganho individual ou social auferido com base neles;

VIII - integração das ações do Município com as da União e do Estado, no sentido de garantir a segurança social, destinadas a tornar efetivos os direitos ao trabalho, à educação, à cultura, ao desporto, ao lazer, à saúde, à habitação e à assistência social;

IX - estímulo à participação da comunidade através de suas organizações representativas;

X - preferência aos projetos de cunho comunitário nos financiamentos públicos e incentivos fiscais.

Art. 110. A intervenção do Município no domínio econômico dar-se-á por meios previstos em lei, para orientar e estimular a produção, corrigir distorção da atividade econômica e prevenir abusos do poder econômico.

Parágrafo único. No caso de ameaças ou efetiva paralisação de serviços ou atividades essenciais, por decisão patronal, pode o Município intervir, tendo em vista o direito da população ao serviço ou à atividade, respeitada a legislação federal e estadual e os direitos dos trabalhadores.

Art. 111. Na organização de sua ordem econômica e social, o Município procurará combater:

I - a miséria;

II - o analfabetismo;

- o desemprego;

IV - a usura;

V - a propriedade improdutiva;

VI - a marginalização do indivíduo;

VII - o êxodo rural;

VIII - a economia predatória;

IX - todas as formas de degradação da condição humana.

Art. 112. A lei instituirá incentivos ao investimento e à fixação de atividades econômicas no território do Município, objetivando desenvolver as potencialidades, observadas as peculiaridades municipais.

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§ 1° O Município terá um planejamento acerca da destinação de glebas de terra, para fins de desapropriações futuras, objetivando o assentamento de indústrias em seu território.

§ 2° Os incentivos serão concedidos preferencialmente:

I - às formas associativas e cooperativas;

II - às pequenas e micro-unidades econômicas.

Art. 113. Incumbe ao Município a prestação de serviços públicos, diretamente ou através de licitação, sob o regime de concessão ou permissão, devendo garantir-lhes a qualidade.

Art. 114. Os planos de desenvolvimento econômico do Município terão o objetivo de promover a melhoria da qualidade de vida da população, a distribuição equitativa da riqueza produzida, o estímulo à permanência do homem no campo e o desenvolvimento social e econômico sustentável.

Art. 115. Os investimentos do Município atenderão, em caráter prioritário, às necessidades básicas da população e deverão estar compatibilizados com o plano de desenvolvimento econômico.

Art. 116. O plano plurianual do Município e seu orçamento anual contemplarão, expressamente, recursos destinados ao desenvolvimento de uma política habitacional de interesse social, compatível com os programas estaduais e federais desta área.

Art. 117. O Município promoverá programas de interesse social destinados a facilitar o acesso da população à habitação, priorizando:

I - a regularização fundiária;

II - a dotação de infra-estrutura básica e de equipamentos sociais;

III - a implantação de empreendimentos habitacionais;

IV - a regularização dos loteamentos irregulares existentes;

V - a criação de bancos de materiais;

VI - a avaliação, o desenvolvimento de soluções tecnológicas e formas alternativas para programas habitacionais.

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§ 1° O Município apoiará a construção de moradias populares realizadas pelos próprios interessados, por regime de mutirão, por cooperativas habitacionais e outras formas alternativas, dentro de suas condições orçamentárias.

§ 2° O Município proibirá, de todas as formas, as invasões de áreas públicas, áreas verdes e áreas destinadas a equipamentos comunitários.

Art. 118. Na elaboração do planejamento e na ordenação de usos, atividades e funções de interesse social, o Município visará a:

I - melhorar a qualidade de vida da população;

- promover a definição e a realização da função social da propriedade urbana;

Iii - promover a ordenação territorial integrando as diversas atividades e funções urbanas;

IV - prevenir e corrigir as distorções do crescimento urbano;

V - distribuir os benefícios e encargos do processo de desenvolvimento do Município, inibindo a especulação imobiliária, os vazios urbanos e a excessiva concentração urbana;

VI - promover a integração, racionalização e otimização da infra-estrutura urbana básica, priorizando os aglomerados de maior densidade populacional e as populações de menor renda;

VII - impedir as agressões ao meio ambiente, estimulando ações preventivas e corretivas;

VIII - preservar os sítios, as edificações e os monumentos de valor histórico, artístico e cultural;

IX - promover o desenvolvimento econômico local;

X - preservar as zonas de proteção de aeródromos.

Art. 119. O parcelamento do solo para fins urbanos deverá estar inserido em área urbana ou de expansão urbana, a ser definida em lei.

Art. 120. A lei estabelecerá os equipamentos mínimos necessários à implantação de conjuntos habitacionais de interesse social.

Art. 121. O Município, no desempenho de sua organização econômica, planejará e executará políticas voltadas para a agricultura e abastecimento, especialmente quanto:

I - ao desenvolvimento da propriedade, em todas as suas potencialidades, a partir da vocação e da capacidade de uso do solo, levada em conta a proteção ao meio ambiente;

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II - ao fomento à produção agropecuária e de alimentos de consumo interno;

III - ao incentivo à indústria;

IV - ao incentivo ao cooperativismo, ao sindicalismo e ao associativismo;

V - à implantação de cinturões verdes;

VI - ao estímulo à criação de centrais de compras para abastecimento de microempresas, micro-produtores rurais e empresas de pequeno porte, com vistas à diminuição de preço final das mercadorias e produtos na venda ao consumidor;

VII - ao incentivo à implantação e à conservação da rede de estradas vicinais e da rede de eletrificação rural.

Art. 122. O Município definirá formas de participação na política de combate a uso de entorpecentes, objetivando a educação preventiva e assistência e recuperação dos dependentes químicos ou que determinem dependência física ou psicológica.

Art. 123. Lei Municipal estabelecerá normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público, a fim de garantir acesso adequado às pessoas com deficiência.

Art. 124. O Município destinará, no orçamento municipal, verbas para o atendimento do ensino à pessoas com deficiência.

Parágrafo único. Com estes recursos serão criados programas governamentais para a formação educacional, qualificação profissional e ocupação por pessoas com deficiência.

Art. 125. O Município manterá, em cooperação com o Estado e a União, serviço de assistência técnica e extensão rural, destinado ao atendimento prioritário aos pequenos produtores rurais, bem como às suas formas associativas, nos limites de suas atribuições.

CAPÍTULO lI

DA EDUCAÇÃO

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Art. 126. A educação, direito de todos e dever do Estado, do Município e da família, baseada na justiça social, na democracia e no respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente e aos valores culturais, visa o desenvolvimento do educando como pessoa e a sua qualificação para o trabalho e para o exercício da cidadania.

Art. 127. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, da rede pública;

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VII - garantia de padrão de qualidade;

VIII — desenvolvimento do ser humano e a garantia de seu aperfeiçoamento contínuo;

IX - formação de cidadãos capazes de compreender criticamente a realidade social, conhecendo os seus direitos e responsabilidades frente à sociedade como um todo;

X - preparo do cidadão para o acesso à cultura, à pesquisa, aos conhecimentos científicos e tecnológicos;

Xl - valorização e difusão do saber, mediante a produção do conhecimento, voltados a transformação social e a busca da consciência de classe para a construção de estruturas humanas, individuais e coletivas.

Art. 128. O Município aplicará anualmente, no mínimo, 30% (trinta por cento) da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino público municipal.

Parágrafo único. Dos recursos destinados à educação, previstos no "caput" deste artigo, deverão ser aplicados percentuais proporcionalmente a realidade de cada estabelecimento de ensino, com manutenção e conservação, de forma a criar condições para garantir o padrão de qualidade e o número de vagas necessárias para suprir a demanda.

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Art. 129. O Município, em colaboração com o Estado complementará o sistema de ensino público, com programas permanentes e gratuitos de material didático, transporte escolar, alimentação, assistência à saúde e atividades culturais e esportivas.

Parágrafo único. Os programas de que trata este artigo serão mantidos nas escolas com recursos financeiros específicos que não os destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino e serão implantados com recursos humanos dos respectivos órgãos da administração pública.

Art. 130. É dever do Município, em colaboração com o Estado, garantir o ensino fundamental público, obrigatório e gratuito, inclusive aos que a ele não tiverem acesso na idade própria.

Parágrafo único. O Município atuará prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.

Art. 131. O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público.

Parágrafo único. O não oferecimento do ensino obrigatório gratuito pelo poder público ou a sua oferta irregular importará responsabilidade da autoridade competente.

Art. 132. A lei estabelecerá o Plano Municipal de Educação, elaborado democraticamente sob a coordenação do Conselho Municipal de Educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a:

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria da qualidade de ensino;

IV - formação para o trabalho;

V - promoção humanística, científica e tecnológica.

VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto.

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sgad. PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

Art. 133. O Conselho Municipal de Educação, órgão normativo, deliberativo, consultivo e fiscalizador do Sistema Municipal de Ensino, tem autonomia administrativa e financeira, a fim de garantir o desempenho de suas atribuições, regulamentadas em lei própria.

Art. 134. O Município, em colaboração com o Estado, promoverá e assegurará:

I - ensino fundamental, diurno, noturno, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiverem acesso na idade própria;

II - política de formação articulada entre as Redes de Ensino, a fim de qualificar a formação dos futuros docentes através do Curso Normal, de nível médio.

III - cursos de atualização e aperfeiçoamento aos trabalhadores em educação, nas áreas em que estes atuarem e em que houver necessidades;

IV — oferta gradativa de ensino supletivo, buscando especialmente a erradicação do analfabetismo e o acesso ao ensino fundamental para todos;

V — atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência, preferencialmente, na rede regular de ensino, nos termos da lei vigente;

VI - atendimento em escolas municipais infantis às crianças de O (zero) a 5 (cinco) anos de idade;

VII — gestão democrática do ensino público.

Art. 135. É assegurado aos pais ou responsáveis, direção, alunos, professores e funcionários dos estabelecimentos de ensino municipais, organizarem-se através de conselhos, associações, grêmios ou outras entidades afins, com a finalidade de fortalecer a gestão democrática e elevar a qualidade do ensino, na forma da lei.

Parágrafo único. Será responsabilizada a autoridade educacional que embaraçar ou impedir a organização ou funcionamento das entidades referidas no "caput" deste artigo.

Art. 136. Os diretores das escolas municipais serão escolhidos mediante eleição direta e uninominal pela comunidade escolar, com observância dos preceitos da gestão democrática, na forma de lei.

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, vii PALÁCIO 11 DE OUTUBRO ,L1

Art. 137. O Sistema Municipal de Ensino é composto pela Secretaria Municipal de Educação — SMED, Conselho Municipal de Educação - CME, Escolas Municipais Infantis — EMIs, Escolas Municipais de Ensino Fundamental - EMEF, Escolas Municipais de Ensino Médio - EMEM, Escolas Infantis Privadas, que estabelecerá normas gerais de funcionamento para a educação no Município.

Art. 138. É assegurada a valorização da qualificação e da titulação do professor, independente do grau ou escola em que atuar.

Art. 139. É vedada às direções de escolas públicas municipais a cobrança de taxas de qualquer natureza.

Art. 140. As escolas públicas municipais funcionarão com jornada diária mínima de 4 (quatro) horas e buscarão sua progressiva expansão com vistas ao turno integral, considerando o censo escolar, os estudos de demanda do Conselho Municipal de Educação - CME e da Secretaria Municipal de Educação - SMED, a realidade e necessidade das comunidades atendidas e a viabilidade de recursos financeiros.

Parágrafo único. O plano de implantação do regime de turno integral na Rede Municipal de Ensino, deve compor o Plano Municipal de Educação.

Art. 141. O Município deverá priorizar a implantação do ensino fundamental completo nos bairros e distritos.

Art. 142. É assegurado o plano de carreira, específico para o magistério, que contemple suas peculiaridades.

CAPÍTULO

DA CULTURA

Art. 143. O Município estimulará a cultura em suas múltiplas manifestações, garantindo o pleno e efetivo exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura nacional e regional, apoiando e incentivando a produção, a valorização e a difusão das manifestações culturais.

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lants, PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

Parágrafo único. É dever do Município promover e estimular as manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos, formadores da sociedade bento-gonçalvense.

Art. 144. O Poder Público promoverá e protegerá o patrimônio cultural por meio de inventários, registros, vigilância, tombamentos, desapropriações e outras formas de acautelamento e preservação, com a colaboração da comunidade.

§ 1° Após concretizado o tombamento e a respectiva indenização, será considerado bem público, sendo vedado qualquer ato de transferência, permuta, venda ou destruição, exceto para entidades públicas que tenham fins específicos de preservação da cultura e do patrimônio, com o consentimento da comunidade.

§ 2° Os danos e as ameaças ao patrimônio cultural serão punidos na forma da lei.

Art. 145. O Município, sob orientação técnica, manterá cadastramento atualizado do patrimônio histórico e do acervo cultural público e privado.

Art. 146. O Município propiciará o acesso a obras de arte, com a exposição destas em locais públicos, e incentivará a instalação e a manutenção de bibliotecas na sede e nos distritos.

CAPÍTULO IV

DO DESPORTO

Art. 147. É dever do Município fomentar o desporto, o lazer e a recreação, como direito de todos, observados:

I - a promoção prioritária do desporto educacional, em termos de recursos humanos, financeiros e materiais, em suas atividades, meio e fim;

II - a dotação de instalações esportivas e recreativas para as instituições escolares públicas;

- auxílio na construção de campos de futebol, quadras polivalentes de esportes, canchas de bochas e outros equipamentos, nos bairros e distritos que ainda não tenham estes recursos;

IV - a garantia de condições para a prática de educação física, do lazer e do esporte às pessoas com deficiência;

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

mi=ci CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES , PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

V - fixar normas, fiscalizar, organizar, administrar o desporto educacional e estabelecer critérios e habilitação adequada para o funcionamento de escolas para a prática do desporto e da educação física;

VI - estimular a participação voluntária da população em práticas desportivas não-formais;

VII - assegurar espaços urbanos e rurais provendo-os com a infra-estrutura adequada;

VIII - difundir os valores do desporto, especialmente os relacionados com a preservação da saúde física e mental, promoção do bem-estar e elevação da qualidade de vida da população.

CAPÍTULO V

DO TURISMO

Art. 148. O Município promoverá a prática do turismo através de um Plano Municipal de Turismo, aprovado pela Câmara Municipal, apoiando e realizando os investimentos na produção, criação e qualificação dos empreendimentos, equipamentos e instalações de serviços turísticos, através de incentivos.

Art. 149. O Município deverá definir política plurianual de desenvolvimento do turismo, com um calendário de atrações e eventos, estabelecendo áreas específicas na zona urbana e rural como prioritárias, buscando uma infra-estrutura turística, com recursos próprios ou com a participação da iniciativa privada.

CAPÍTULO VI

DA CIÉNCIA E TECNOLOGIA

Art. 150. Cabe ao Município promover o desenvolvimento da ciência e da tecnologia:

I - incentivando a pesquisa tecnológica que busque o aperfeiçoamento do uso e o controle dos recursos naturais do Município;

II - apoiando e estimulando as empresas e entidades cooperativas, fundacionais e autárquicas que investirem em pesquisa e desenvolvimento tecnológico e na formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos.

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Art. 151. O Município estabelecerá, através de seu respectivo Conselho Municipal, uma política municipal de ciência e tecnologia, com vistas à promoção de estudos, pesquisas e outras atividades científicas e tecnológicas, buscando atualizar o desempenho das secretarias, empresas e órgãos municipais, aumentando qualitativa e quantitativamente os produtos e serviços que lhe compete oferecer e prestar a população.

CAPÍTULO VII

DA DEFESA DO CIDADÃO

Art. 152. O Município desenvolverá políticas e programas de assistência social à pessoas da terceira idade, à criança e ao adolescente e à pessoa com deficiência.

Art. 153. O Poder Público garantirá a acessibilidade nos locais públicos as pessoas com deficiência.

Art. 154. O Município criará mecanismos, mediante incentivos fiscais, que estimulem as empresas a absorver a mão-de-obra das pessoas com deficiência.

Art. 155. O Município deverá desenvolver ação sistemática de proteção ao consumidor, de modo a garantir-lhe especialmente os direitos á saúde, à segurança, à defesa de seus interesses econômicos, à reparação dos danos e à informação.

Art. 156. Compete ao Município, em consonância com a Constituição Federal, criar mecanismos para garantir a execução de uma política de combate e prevenção da violência contra a mulher, assegurando:

I - assistência médica, social e psicológica às mulheres vítimas de violência;

II - criação e manutenção de abrigos para as mulheres vítimas de violência.

CAPÍTULO VIII

DA SAÚDE

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Art. 157. A saúde é direito de todos e dever do Poder Público, garantida mediante políticas sociais, econômicas e ambientais, que visem à redução ou à eliminação do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços de sua proteção, promoção e recuperação.

Art. 158. As ações e serviços públicos de saúde, no âmbito do município, integrarão o Sistema Único de Saúde, dentro de uma rede regionalizada e hierarquizada, observadas as seguintes diretrizes:

I - universalidade, integralidade e igualdade no acesso à prestação dos serviços, respeitada a autonomia das pessoas, eliminando-se os preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;

II - descentralização político-administrativa na gestão dos serviços, assegurada ampla participação comunitária;

III - utilização de métodos epidemiológicos para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação dos programas de saúde.

IV - participação popular;

V - formulação, gestão, controle e fiscalização das políticas de saúde, através do Conselho Municipal de Saúde, com função deliberativa e composto por representantes das entidades de usuários, dos trabalhadores em saúde e das instituições gestoras dos serviços de saúde.

Art. 159. A iniciativa privada, através de pessoas naturais e instituições, poderá participar, em caráter supletivo, do Sistema Único Municipal de Saúde, observadas as diretrizes estabelecidas em lei.

Art. 160. Ao Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, além de suas atribuições inerentes, incumbe, na forma da lei:

I - a coordenação e a integração das ações públicas, individuais e coletivas de saúde;

II - a regulamentação, o controle e a fiscalização dos serviços públicos de saúde;

III - o estímulo à formação da consciência pública, voltada à preservação da saúde e do meio ambiente;

IV - a garantia do pleno funcionamento da capacidade instalada dos serviços públicos de saúde, inclusive ambulatoriais e hospitalares, visando atender às necessidades da população;

V - o desenvolvimento de ações específicas de prevenção e a manutenção de serviços públicos de atendimento especializado e gratuito para crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência;

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sianis, PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

VI - a criação de programas e serviços públicos gratuitos, destinados ao atendimento especializado e integral de dependentes químicos;

VII - o desenvolvimento de programas integrais de promoção, proteção e reabilitação de saúde mental e oral, os quais serão obrigatórios e gratuitos para a comunidade escolar da rede pública municipal;

VIII - o fornecimento de recursos educacionais e de meios científicos que assegurem o direito ao planejamento familiar, de acordo com a livre decisão do casal.

Art. 161. O Município poderá celebrar convênio para auxiliar na manutenção dos serviços básicos de saúde, destinados ao atendimento público, preferencialmente às pessoas carentes.

Art. 162. É dever do Município a extensão progressiva do saneamento básico a toda população urbana e rural, como condição básica da qualidade de vida, da proteção ambiental e do desenvolvimento social.

Art. 163. O Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, será financiado com recursos do orçamento da seguridade social, da União, do Estado e do Município, além de outras fontes.

Parágrafo único. A lei disporá sobre o volume mínimo de recursos da receita do Município a ser destinada anualmente.

Art. 164. A lei disporá sobre o controle, a fiscalização, o processamento e a destinação do lixo e resíduos urbanos, industriais e hospitalares, de forma a não prejudicar a saúde pública e o meio ambiente.

CAPÍTULO IX

DO MEIO AMBIENTE

Art. 165. Todos têm direito a um meio ambiente saudável e ecologicamente equilibrado, considerado como bem de uso comum da população e essencial à adequada qualidade de vida, impondo-se a todos e, em especial, ao Poder Público Municipal, o dever de defendê-lo e preservá-lo para o benefício das gerações atuais e futuras.

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Art. 166. Para assegurar a efetividade do direito previsto no artigo anterior, incumbe ao Poder Público:

I - adotar medidas que visem um melhor controle no armazenamento e distribuição de agrotóxicos, bem como de resíduos industriais tóxicos, explosivos, detonantes e combustíveis, no âmbito de sua jurisdição;

II - criar mecanismos para efetivar a fixação do homem no campo e racionalizar a produção agrícola, através de métodos naturais, sem o uso de agrotóxicos;

III - incentivar e promover o reflorestamento ecológico em áreas degradadas, objetivando, especialmente, a proteção de encostas e de recursos hídricos, bem como a consecução de índices mínimos de cobertura vegetal;

IV - preservar a vegetação existente no cume das montanhas, margens de rios e arroios;

V — garantir o cumprimento da legislação que disciplina o uso de agrotóxicos;

VI - definir o uso e ocupação do solo, subsolo e águas, através de planejamento que englobe diagnósticos, análise técnica e definição de diretrizes de gestão dos espaços, com participação popular e socialmente negociadas, respeitando a conservação da qualidade ambiental;

VII - requisitar a realização periódica de auditorias nos sistemas de controle de poluição e prevenção de riscos de acidentes, nas instalações e atividades de significado potencial poluidor, incluindo a avaliação detalhada dos efeitos de sua operação sobre a qualidade física, química e biológica dos recursos ambientais, bem como sobre a saúde dos trabalhadores e da população afetada;

VIII - estabelecer, controlar e fiscalizar padrões de qualidade ambiental considerando os efeitos sinérgicos e cumulativos da exposição às fontes de poluição, incluída a absorção de substância química através da alimentação;

IX - garantir o amplo acesso dos interessados às informações sobre as fontes e as causas de poluição e de degradação ambiental e, em particular, aos resultados das monitorações e das auditorias realizadas;

X - informar sistematicamente e amplamente a população sobre os níveis de poluição, a qualidade do meio ambiente, as situações de risco de acidente e a presença de substâncias potencialmente danosas à saúde, na água potável e nos alimentos;

XI — estimular a pesquisa, o desenvolvimento e a utilização de fontes de energia alternativas não poluentes, bem como, de tecnologias poupadoras de energia.

XII - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o remanejamento ecológico das espécies e ecossistemas;

XIII - preservar e restaurar a diversidade e a integridade do patrimônio genético, biológico e paisagístico;

XIV - promover assistência técnica aos agricultores no manejo e uso do solo;

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lims. PALACIO 11 DE OUTUBRO

XV - prevenir, combater e controlar a poluição e a erosão em qualquer de suas formas;

XVI - fiscalizar e normatizar a produção, o armazenamento, o transporte, o uso, a embalagem e o destino final de produtos e substâncias potencialmente perigosas à saúde e aos recursos naturais;

XVII - proteger a flora, a fauna e a paisagem natural, sendo vedadas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica e paisagística, provoquem extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade;

XVIII - definir critérios ecológicos em todos os níveis de planejamento político, social e econômico;

XIX - incentivar e auxiliar movimentos comunitários e entidades de caráter cultural, científico e educacional com finalidades ecológicas;

XX - promover o manejo ecológico dos solos, respeitando sua natureza quanto à capacidade de uso;

XXI - combater as queimadas, através de assistência técnica aos agricultores, responsabilizando-os em caso de reincidência.

Art. 167. O causador de poluição ou dano ambiental será responsabilizado, nos termos da lei, e deverá assumir ou ressarcir ao Município, se for o caso, todos os custos financeiros, imediatos ou futuros, do saneamento do dano.

Art. 168. Fica vedada a destinação de recursos públicos ou incentivos fiscais de qualquer natureza às atividades que atentem contra as normas e padrões de preservação do meio ambiente.

Art. 169. O Parque da FENAVINHO e a Reserva Biológica Dárvin João Geremia são patrimônio do Município e a sua utilização far-se-á na forma da lei, dentro de condições que preservem sua mata nativa.

Art. 170. São áreas de proteção permanente:

I - os banhados, lagos e fontes naturais;

II - as nascentes e/ou olho d'água dos rios;

III - as que abriguem exemplares raros da fauna e flora;

IV - as que sirvam de local de pouso ou reprodução de espécies migratórias;

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,issmd PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

V - as paisagens notáveis;

VI - as que apresentem indícios ou vestígios de sítios paleontológicos e arqueológicos;

VII - bacias de captação de água potável.

Art. 171. O Município aplicará as sanções e multas, bem como a destinação do produto das mesmas, aos infratores que, com sua conduta, atos ou atividades, causarem danos ao meio ambiente.

Art. 172. O Conselho Municipal do Meio ambiente é o responsável para formular a política ambiental do Município.

Art. 173. A construção, instalação ou funcionamento de empresa ou atividades potencial ou efetivamente poluidoras, dependerá de prévio licenciamento do órgão competente, antes da expedição do alvará, sem prejuízo de outras licenças federais ou estaduais exigidas em lei.

Parágrafo único. Aos estudos de impacto ambiental, exigidos em lei, dar-se-á ampla publicidade.

Art. 174. O Município deve estruturar, na forma da lei, a administração integrada dos recursos ambientais, podendo participar da gestão da bacia hidrográfica com outros Municípios e representantes dos usuários das bacias hidrográficas.

Art. 175. O saneamento básico é serviço essencial como atividade preventiva das ações de saúde e meio ambiente, sendo dever do Município a extensão desses serviços a toda população, como condição essencial à qualidade de vida, proteção ambiental e desenvolvimento social.

TÍTULO VI

DISPOSIÇÃO FINAL

Art. 176. Esta Lei Orgânica e o Ato das Disposições Transitórias, aprovados e assinados pelos integrantes da Câmara Municipal, serão promulgados pela Mesa e entrarão em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário."

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Verea ILMAR PESSUTTO

Presidente

1° Secretário

LVIO ATZLER DE LIMA

Presidente

HIN

2° Sec tário

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CAMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES , 186,1 PALÁCIO 11 DE OUTUBRO

Art. 2° Esta Emenda à Lei Orgânica entra em vigor na data de sua publicação.

setembro de dois mil e onze. PALÁCIO 11 DE OUTUBRO, aos vinte e um dias do mês de

REGISTRE-SE E PUBLIQUE -SE

Registrado e publicado

EM Z-1 .1 Z.011

Sandra Salini Brustoiin Diretora Geral

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Vereador V Vice-Presidente

TOS

Vereador ADELINO CAINE 2 2 Secretário

REGISTRE-S E PUBLIQUE-SE G

Estado do Rio Grande do Sul CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES Palácio 11 de Outubro

EMENDA À LEI ORGÂNICA N 2 21, DE 09 DE SETEMBRO DE 2014.

Altera o artigo 93 da Lei Orgânica.

A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICPAL DE BENTO GONÇALVES, no uso das atribuições que lhe confere a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara Municipal e tendo em vista a deliberação do Plenário, resolve promulgar a seguinte Emenda à Lei Orgânica Municipal:

Art. 1 2 Fica alterado o art. 93 da Lei Orgânica, que passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 93 Os atos da administração pública obedecerão aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e economicidade.

§ 1 2 Os atos administrativos serão públicos;

§ 22 As leis e os atos administrativos externos alcançam a sua eficácia com a publicação no órgão oficial de comunicação do Município, conforme dispuser a Lei."

Art. 22 Esta Emenda à Lei Orgânica entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO 11 DE OUTUBRO, aos nove dias do mês de setembro dh dois mil e quatorze.

1 12 Secretário

Registrado e publica o

EM. ? 1 1

(é-er

Av. Dr. Casagra de, 270 — Caixa Postal 351 — Bento Gonçalv s — RS — CEP 95700-000 Fone: 54 2105.9700 — E-mail: [email protected]

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Estado do Rio Grande do Sul CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES Palácio 11 de Outubro

EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO N° 22, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2014.

Altera e acresce dispositivos ao artigo 42 da Emenda à Lei Orgânica n° 20, de 21 de setembro de 2011.

A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas pela Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara e tendo em vista a deliberação do Plenário, resolve promulgar a seguinte EMENDA À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL:

Art.1° O artigo 42 da Emenda à Lei Orgânica n° 20, de 21 de setembro de 2011, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 42 A matéria constante das proposições rejeitadas somente poderá constituir objeto de nova proposição após decorridos 12 (doze) meses." (NR)

Art. 2° Fica acrescido o Parágrafo Único ao artigo 42 da Emenda à Lei Orgânica n° 20, de 21 de setembro de 2011, que passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 42 "Parágrafo único. A matéria constante das proposições rejeitadas, poderá retornar a pauta a qualquer tempo através de requerimento assinado por 2/3 dos membros da Câmara". (NR)

Av. Dr. Casagrande, 270 — Caixa Postal 351 — Bento Gonçalves — RS — CEP 95700-000 Fone: 54 2105.9700 — E-mail: [email protected]

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Vereador Pr- ente

Cã& Estado do Rio Grande do Sul CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES Palácio 11 de Outubro

Emenda à Lei Orgânica do Município n° 22, de 19.11.2014

Art. 3° Esta Emenda à Lei Orgânica entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO ONZE DE OUTUBRO, aos dezenove dias do mês de novembro de dois mil e quatorze.

1

Verea•MAR PESSUTTO 1° Secretário

Verea r AD LINO C LLI 2° Secretário

e ' Vereador V Á NDERL ANTOS

Vice-Presidente

Processo n° 196, de 11.09.2014.

REGISTRE-SE E PUBLIQUE -SE Registrado e publicado

EM 5 / II /W4. 4

Av. Dr. Casagrande, 270 — Caixa Postal 351 — Bento Gonçalves — RS — CEP 95700-000 Fone: 54 2105.9700 — E-mail: [email protected]

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Estado do Rio Grande do Sul CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES Palácio 11 de Outubro

EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO N° 23, DE 13 DE ABRIL DE 2015.

Altera, acresce e revoga dispositivos da Lei Orgânica Municipal.

A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas pela Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara e tendo em vista a deliberação do Plenário, resolve promulgar a seguinte EMENDA À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL:

Art. 1° 0 "caput" do artigo 7° da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 7° O Município pode celebrar convênios com a União, o Estado e os Municípios, para execução de suas leis, serviços e decisões, bem como para executar encargos análogos dessas esferas."

Art. 2° O inciso VIII do artigo 8° da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"VIII - amparar a maternidade, a infância, o idoso e os desvalidos, coordenando e orientando os serviços no âmbito do município;"

Art. 3° O artigo 10 da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 10. O Poder Legislativo Municipal é exercido pela Câmara Municipal, composta por 17 (dezessete) Vereadores, funcionando de acordo com o seu Regimento Interno."

Art. 4° 0 "caput" do artigo 11 da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 11. A Câmara Municipal reúne-se, independente de convocação, no dia 1° (primeiro) de fevereiro de cada ano, para a abertura da Sessão Legislativa, funcionando ordinariamente até 31 (trinte e um) de dezembro."

Art. 5° O § 2° do artigo 17 da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"§ 2° O Presidente da Câmara vota somente quando houver empate e quando a matéria exigir a deliberação de quorum qualificado, de maioria absoluta ou de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara."

Art. 6° O Parágrafo único do artigo 28 da Lei Orgânica, passa a ser § 1°.

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Art. 7° Fica incluído § 2° ao artigo 28 da Lei Orgânica, com a seguinte redação:

"§ 2° A Vereadora licenciada para gozo de licença maternidade, perceberá a integralidade de seus subsídios durante o tempo que perdurar a licença, mediante apresentação de laudo médico, e se filiada ao regime da Previdência Social, os subsídios serão pagos pelo INSS."

Art. 8° Fica alterado o "caput" do artigo 30, da Lei Orgânica, que passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 30 A remuneração dos Vereadores, do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais, será fixada por lei de iniciativa da Câmara Municipal, em cada legislatura, para a subsequente."

Art. 9° Os incisos VII e VIII, do artigo 32, da Lei Orgânica, passam a vigorar com a seguinte redação:

"VII - fixar por lei municipal de iniciativa da Câmara Municipal os subsídios do Prefeito, Vice-Prefeito, Secretários Municipais e Vereadores, em cada Legislatura para a subsequente, nos termos da Constituição Federal; VIII - autorizar o Prefeito a afastar-se do Município por mais de 15 (quinze) dias."

Art. 10 O § 1°, do artigo 36, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"§ 1° A proposta de emenda será discutida e votada em 02 (dois) turnos, com interstício mínimo de 10 (dez) dias, exigindo-se a presença de, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos seus membros, considerando-se aprovada a que obtiver, em ambos os turnos, 2/3 (dois terços) dos votos dos membros da Câmara."

Art. 11 O artigo 41, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 41 A matéria constante das proposições rejeitadas somente poderá constituir objeto de nova proposição após decorridos 12 (doze) meses.

Parágrafo único. A matéria constante das proposições rejeitadas, poderá retornar a pauta a qualquer tempo através de requerimento assinado por 2/3 dos membros da Câmara"

Art. 12 O artigo 54, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 54 O Prefeito deverá solicitar licença à Câmara, sob pena de extinção de mandato, no caso de afastamento do Município por mais de 15 (quinze) dias.

Parágrafo único. Nos casos de tratamento de saúde e gozo de férias, a Câmara Municipal deverá ser apenas previamente comunicada."

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Art. 13 O "caput", do artigo 61, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 61. Aos Coordenadores Distritais, como auxiliares diretos do Prefeito e com poderes delegados pelo mesmo compete:"

Art. 14 O "caput", do artigo 63, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 63. O processo de planejamento do Município, reger-se-á pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado e pelo Plano Diretor dos Distritos, os quais abrangerão os aspectos físico, econômico, social e administrativo."

Art. 15 Fica revogado o § 2° do artigo 77, da Lei Orgânica.

Art. 16 O artigo 94, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 94. O Município manterá os livros e registros que forem necessários aos seus serviços e, especialmente, os de: I - termo de compromisso e posse dos Administradores; II - declaração de bens; III - atas das sessões da Câmara;

§ 1° Os livros serão abertos e encerrados e terão suas folhas rubricadas por funcionário regularmente designado para tal fim.

§ 2° Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos, conforme o caso, por outro sistema, inclusive por fichas e arquivo de cópias, devidamente numeradas e autenticadas, ou por sistema informatizado e/ou eletrônico."

Art. 17 Fica revogado o inciso III, do artigo 96, da Lei Orgânica.

Art. 18 O inciso I, do artigo 102, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"I - O projeto de Lei do Orçamento Anual até 10 (dez) de novembro de cada ano;"

Art. 19 O inciso III, do artigo 102, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"III - O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, anualmente, até 05 (cinco) de outubro;"

Art. 20 Fica revogado o parágrafo único, do artigo 102, da Lei Orgânica.

Art. 21 O inciso I, do artigo 103, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"I - o projeto de Lei do Orçamento Anual até 10 (dez) de dezembro de cada ano;"

Art. 22 O inciso III, do artigo 103, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

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"III - o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, anualmente, até 1° (primeiro) de novembro."

Art. 23 O parágrafo 5°, do artigo 104, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"§ 5° Os projetos de lei do Plano Plurianual, o das Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento Anual serão enviadas pelo Prefeito à Câmara Municipal, obedecidos os critérios a serem estabelecidos em lei."

Art. 24 O "caput", do artigo 107, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 107. A despesa total com pessoal do Município não poderá exceder ao limite de 60% (sessenta por cento) da receita corrente líquida, sendo 54% (cinquenta e quatro por cento) para o Executivo e 6% (seis por cento) para o Legislativo."

Art. 25 O inciso IV, do artigo 117, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"IV - a regularização dos loteamentos irregulares existentes; "

Art. 26 Os incisos IV, V e VI, do artigo 127, da Lei Orgânica, passam a vigorar com a seguinte redação:

"IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, da rede pública; VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;"

Art. 27 Ficam incluídos os incisos VIII, IX, X e XI, no artigo 127, da Lei Orgânica, que passam a vigorar com a seguinte redação:

"VIII - desenvolvimento do ser humano e a garantia de seu aperfeiçoamento contínuo; IX - formação de cidadãos capazes de compreender criticamente a realidade social, conhecendo os seus direitos e responsabilidades frente à sociedade como um todo; X - preparo do cidadão para o acesso à cultura, à pesquisa, aos conhecimentos científicos e tecnológicos; XI - valorização e difusão do saber, mediante a produção do conhecimento, voltados a transformação social e a busca da consciência de classe para a construção de estruturas humanas, individuais e coletivas. "

Art. 28 Fica revogado o Parágrafo único do artigo 127, da Lei Orgânica.

Art. 29 O § 1°, do artigo 128, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"§ 1° Dos recursos destinados à educação, previstos no "caput" deste artigo, deverão ser aplicados percentuais proporcionalmente a realidade de cada estabelecimento de ensino, com manutenção

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e conservação, de forma a criar condições para garantir o padrão de qualidade e o número de vagas necessárias para suprir a demanda. "

redação:

redação:

redação:

Art. 30 O artigo 130, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte

"Art. 130. É dever do Município, em colaboração com o Estado, garantir o ensino fundamental público, obrigatório e gratuito, inclusive aos que a ele não tiverem acesso na idade própria.

Parágrafo único. O Município atuará prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil."

Art. 31 O artigo 132, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte

"Art. 132. A lei estabelecerá o Plano Municipal de Educação, elaborado democraticamente sob a coordenação do Conselho Municipal de Educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - melhoria da qualidade de ensino; IV - formação para o trabalho; ( )

V - promoção humanística, científica e tecnológica; VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto."

Art. 32 O artigo 133, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte

"Art. 133. O Conselho Municipal de Educação, órgão normativo, deliberativo, consultivo e fiscalizador do Sistema Municipal de Ensino, tem autonomia administrativa e financeira, a fim de garantir o desempenho de suas atribuições, regulamentadas em lei própria."

redação: Art. 33 O artigo 134, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte )

"Art. 134. O Município, em colaboração com o Estado, promoverá\ \, \ e assegurará:

I - ensino fundamental, diurno, noturno, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiverem acesso na idade própria; II - política de formação articulada entre as Redes de Ensino, a fim de qualificar a formação dos futuros docentes através do Curso Normal, de nível médio; III - cursos de atualização e aperfeiçoamento aos trabalhadores

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redação:

em educação, nas áreas em que estes atuarem e em que houver necessidades; IV - oferta gradativa de ensino supletivo, buscando especialmente a erradicação do analfabetismo e o acesso ao ensino fundamental para todos; V - atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência, preferencialmente, na rede regular de ensino, nos termos da lei vigente; VI - atendimento em escolas municipais infantis às crianças de O (zero) a 5 (cinco) anos de idade; VII - gestão democrática do ensino público. "

Art. 34 O artigo 135, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte

"Art. 135. É assegurado aos pais ou responsáveis, direção, alunos, professores e funcionários dos estabelecimentos de ensino municipais, organizarem-se através de conselhos, associações, grêmios ou outras entidades afins, com a finalidade de fortalecer a gestão democrática e elevar a qualidade do ensino, na forma da lei.

Parágrafo único. Será responsabilizada a autoridade educacional que embaraçar ou impedir a organização ou funcionamento das entidades referidas no "caput" deste artigo. "

Art. 35 O artigo 137, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 137. O Sistema Municipal de Ensino é composto pela Secretaria Municipal de Educação — SMED, Conselho Municipal de Educação - CME, Escolas Municipais Infantis — EMIs, Escolas Municipais de Ensino Fundamental - EMEF, Escolas Municipais de Ensino Médio - EMEM, Escolas Infantis Privadas, que estabelecerá normas gerais de funcionamento para a educação no Município."

Art. 36 Fica revogado o artigo 139, da Lei Orgânica.

redação: Art. 37 O artigo 141, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte

"Art. 141. As escolas públicas municipais funcionarão com jornada diária mínima de 4 (quatro) horas e buscarão sua progressiva expansão com vistas ao turno integral, considerando o censo escolar, os estudos de demanda do Conselho Municipal de Educação - CME e da Secretaria Municipal de Educação - SMED, a realidade e necessidade das comunidades atendidas e a viabilidade de recursos financeiros.

Parágrafo único. O plano de implantação do regime de turno integral na Rede Municipal de Ensino, deve compor o Plano Municipal de Educação."

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Art. 38 Fica revogado o artigo 142, da Lei Orgânica.

Art. 39 O "caput" do artigo 146, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 146. O Poder Público promoverá e protegerá o patrimônio cultural por meio de inventários, registros, vigilância, tombamentos, desapropriações e outras formas de acautelamento e preservação, com a colaboração da comunidade."

redação:

Art. 40 O artigo 149, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte

"Art. 149. É dever do Município fomentar o desporto, o lazer e a recreação, como direito de todos, observados: I - a promoção prioritária do desporto educacional, em termos de recursos humanos, financeiros e materiais, em suas atividades, meio e fim; II - a dotação de instalações esportivas e recreativas para as instituições escolares públicas; III- auxílio na construção de campos de futebol, quadras polivalentes de esportes, canchas de bochas e outros equipamentos, nos bairros e distritos que ainda não tenham estes recursos; IV - a garantia de condições para a prática de educação física, do lazer e do esporte às pessoas com deficiência; V - fixar normas, fiscalizar, organizar, administrar o desporto educacional e estabelecer critérios e habilitação adequada para o funcionamento de escolas para a prática do desporto e da educação física; VI - estimular a participação voluntária da população em práticas desportivas não-formais; VII - assegurar espaços urbanos e rurais provendo-os com a infra-estrutura adequada; VIII - difundir os valores do desporto, especialmente os relacionados com a preservação da saúde física e mental, promoção do bem-estar e elevação da qualidade de vida da população."

Art. 41 O artigo 154, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte

"Art. 154. O Município desenvolverá políticas e programas de assistência social à pessoas da terceira idade, à criança e ao adolescente e à pessoa com deficiência."

Art. 42 O artigo 155, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte

"Art. 155. O Poder Público garantirá a acessibilidade nos locais públicos as pessoas com deficiência."

Art. 43 O artigo 156, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte

redação:

redação:

redação:

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"Art. 156. O Município criará mecanismos, mediante incentivos fiscais, que estimulem as empresas a absorver a mão-de-obra das pessoas com deficiência."

Art. 44 O artigo 159, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 159. A saúde é direito de todos e dever do Poder Público, garantida mediante políticas sociais, econômicas e ambientais, que visem à redução ou à eliminação do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços de sua proteção, promoção e recuperação. "

Art. 45 O artigo 160, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 160. As ações e serviços públicos de saúde, no âmbito do município, integrarão o Sistema Único de Saúde, dentro de uma rede regionalizada e hierarquizada, observadas as seguintes diretrizes: I - universalidade, integralidade e igualdade no acesso à prestação dos serviços, respeitada a autonomia das pessoas, eliminando-se os preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; II - descentralização político-administrativa na gestão dos serviços, assegurada ampla participação comunitária; III - utilização de métodos epidemiológicos para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação dos programas de saúde; IV - participação popular; V - formulação, gestão, controle e fiscalização das políticas de saúde, através do Conselho Municipal de Saúde, com função deliberativa e composto por representantes das entidades de usuários, dos trabalhadores em saúde e das instituições gestoras dos serviços de saúde."

Art. 46 O artigo 161, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 161. A iniciativa privada, através de pessoas naturais e instituições, poderá participar, em caráter supletivo, do Sistema Único Municipal de Saúde, observadas as diretrizes estabelecidas em lei."

redação: Art. 47 O artigo 162, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte

"Art. 162. Ao Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, além de suas atribuições inerentes, incumbe, na forma da lei: I - a coordenação e a integração das ações públicas, individuais e coletivas de saúde; II - a regulamentação, o controle e a fiscalização dos serviços públicos de saúde; III - o estímulo à formação da consciência pública, voltada à preservação da saúde e do meio ambiente;

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IV - a garantia do pleno funcionamento da capacidade instalada dos serviços públicos de saúde, inclusive ambulatoriais e hospitalares, visando atender às necessidades da população; V - o desenvolvimento de ações específicas de prevenção e a manutenção de serviços públicos de atendimento especializado e gratuito para crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência; VI - a criação de programas e serviços públicos gratuitos, destinados ao atendimento especializado e integral de dependentes químicos; VII - o desenvolvimento de programas integrais de promoção, proteção e reabilitação de saúde mental e oral, os quais serão obrigatórios e gratuitos para a comunidade escolar da rede pública municipal; VIII - o fornecimento de recursos educacionais e de meios científicos que assegurem o direito ao planejamento familiar, de acordo com a livre decisão do casal. "

Art. 48 Fica incluído parágrafo único ao artigo 165, da Lei Orgânica, com a seguinte redação:

"Parágrafo único. A lei disporá sobre o volume mínimo de recursos da receita do Município a ser destinada anualmente."

Art. 49 O artigo 166, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 166. A lei disporá sobre o controle, a fiscalização, o processamento e a destinação do lixo e resíduos urbanos, industriais e hospitalares, de forma a não prejudicar a saúde pública e o meio ambiente."

Art. 50 O artigo 167, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

redação:

"Art. 167. Todos têm direito a um meio ambiente saudável e ecologicamente equilibrado, considerado como bem de uso comum da população e essencial à adequada qualidade de vida, impondo-se a todos e, em especial, ao Poder Público Municipal, o dever de defendê-lo e preservá-lo para o benefício das gerações atuais e futuras."

Art. 51 O artigo 168, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte

"Art. 168. Para assegurar a efetividade do direito previsto no artigo anterior, incumbe ao Poder Público: I - adotar medidas que visem um melhor controle no armazenamento e distribuição de agrotóxicos, bem como de resíduos industriais tóxicos, explosivos, detonantes e combustíveis, no âmbito de sua jurisdição; II - criar mecanismos para efetivar a fixação do homem no campo e racionalizar a produção agrícola, através de métodos naturais, sem o uso de agrotóxicos;

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III - incentivar e promover o reflorestamento ecológico em áreas degradadas, objetivando, especialmente, a proteção de encostas e de recursos hídricos, bem como a consecução de índices mínimos de cobertura vegetal; IV - preservar a vegetação existente no cume das montanhas, margens de rios e arroios; V - garantir o cumprimento da legislação que disciplina o uso de agrotóxicos; VI - definir o uso e ocupação do solo, subsolo e águas, através de planejamento que englobe diagnósticos, análise técnica e definição de diretrizes de gestão dos espaços, com participação popular e socialmente negociadas, respeitando a conservação da qualidade ambiental; VII - requisitar a realização periódica de auditorias nos sistemas de controle de poluição e prevenção de riscos de acidentes, nas instalações e atividades de significado potencial poluidor, incluindo a avaliação detalhada dos efeitos de sua operação sobre a qualidade física, química e biológica dos recursos ambientais, bem como sobre a saúde dos trabalhadores e da população afetada; VIII - estabelecer, controlar e fiscalizar padrões de qualidade ambiental considerando os efeitos sinérgicos e cumulativos da exposição às fontes de poluição, incluída a absorção de substância química através da alimentação; IX - garantir o amplo acesso dos interessados às informações sobre as fontes e as causas de poluição e de degradação ambiental e, em particular, aos resultados das monitorações e das auditorias realizadas; X - informar sistematicamente e amplamente a população sobre os níveis de poluição, a qualidade do meio ambiente, as situações de risco de acidente e a presença de substâncias potencialmente danosas à saúde, na água potável e nos alimentos; XI - estimular a pesquisa, o desenvolvimento e a utilização de fontes de energia alternativas não poluentes, bem como, de tecnologias poupadoras de energia; XII - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o remanejamento ecológico das espécies e ecossistemas; XIII - preservar e restaurar a diversidade e a integridade do patrimônio genético, biológico e paisagístico; XIV - promover assistência técnica aos agricultores no manejo e uso do solo; XV - prevenir, combater e controlar a poluição e a erosão em qualquer de suas formas; XVI - fiscalizar e normatizar a produção, o armazenamento, o transporte, o uso, a embalagem e o destino final de produtos e substâncias potencialmente perigosas à saúde e aos recursos naturais; XVII - proteger a flora, a fauna e a paisagem natural, sendo vedadas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica e paisagística, provoquem extinção de espécies ou submetam os

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animais à crueldade; XVIII - definir critérios ecológicos em todos os níveis de planejamento político, social e econômico; XIX - incentivar e auxiliar movimentos comunitários e entidades de caráter cultural, científico e educacional com finalidades ecológicas; XX - promover o manejo ecológico dos solos, respeitando sua natureza quanto à capacidade de uso; XXI - combater as queimadas, através de assistência técnica aos agricultores, responsabilizando-os em caso de reincidência."

Art. 52 Fica incluído parágrafo único ao artigo 168, da Lei Orgânica, com a seguinte redação:

"Parágrafo único. O causador de poluição ou dano ambiental será responsabilizado, nos termos da lei, e deverá assumir ou ressarcir ao Município, se for o caso, todos os custos financeiros, imediatos ou futuros, do saneamento do dano."

Art. 53 O artigo 170, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 170. O Parque da FENAVINHO e a Reserva Biológica Dárvin João Geremia são patrimônio do Município e a sua utilização far-se-á na forma da lei, dentro de condições que preservem sua mata nativa."

Art. 54 Ficam revogados os artigos 171 e 172 da Lei Orgânica.

redação: Art. 55 O artigo 173, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte

"Art. 173. São áreas de proteção permanente: I - os banhados, lagos e fontes naturais; II - as nascentes e/ou olho d'água dos rios; III - as que abriguem exemplares raros da fauna e flora; IV - as que sirvam de local de pouso ou reprodução de espécies migratórias; V - as paisagens notáveis; VI - as que apresentem indícios ou vestígios de sítios paleontológicos e arqueológicos; VII - bacias de captação de água potável."

Art. 56 O artigo 174, da Lei Orgânica, passa a vigorar com a seguinte

"Art. 174. O Município aplicará as sanções e multas, bem como a destinação do produto das mesmas, aos infratores que, com sua conduta, atos ou atividades, causarem danos ao meio ambiente."

redação:

Art. 57 Fica acrescido o artigo 174-A, à Lei Orgânica, com a seguinte redação:

"Art. 174-A. O Conselho Municipal do Meio Ambiente é o responsável para formular a política ambiental do Município. "

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Verea VA ECyI UE 3O President

(,<"

Vereador Gl ._ AR SUTTO Vice-Presidente

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redação:

redação:

redação:

Art. 58 Fica acrescido o artigo 174-B, à Lei Orgânica, com a seguinte

"Art. 174-B. A construção, instalação ou funcionamento de empresa ou atividades potencial ou efetivamente poluidoras, dependerá de prévio licenciamento do órgão competente, antes da expedição do alvará, sem prejuízo de outras licenças federais ou estaduais exigidas em lei.

Parágrafo único. Aos estudos de impacto ambiental, exigidos em lei, dar-se-á ampla publicidade. "

Art. 59 Fica acrescido o artigo 174-C, à Lei Orgânica, com a seguinte

"Art. 174-C. O Município deve estruturar, na forma da lei, a administração integrada dos recursos ambientais, podendo participar da gestão da bacia hidrográfica com outros Municípios e representantes dos usuários das bacias hidrográficas."

Art. 60 Fica acrescido o artigo 174-D, à Lei Orgânica, com a seguinte

"Art. 174-D. O saneamento básico é serviço essencial como atividade preventiva das ações de saúde e meio ambiente, sendo dever do Município a extensão desses serviços a toda população, como condição essencial à qualidade de vida, proteção ambiental e desenvolvimento social. "

Art. 61 Esta Emenda à Lei Orgânica entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 62 Fica revogada a Emenda a Lei Orgânica n° 20, de 21 de setembro de 2011 e a Emenda a Lei Orgânica n° 22, de 19 de novembro de 2014.

PALÁCIO 11 DE OUTUBRO, aos treze dias do mês de abril de dois mil e quinze.

VereadOr MÁRCI PIL 1P Secretário

r v /

c _ Verear—P.A. O ?9BETÓCAVALL I

`2° Secretário

REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE Registrado e publicado

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