calagem

68
CALAGEM Eng° Agr° Lindomar de Souza Machado Eng° Agr° Luan Peroni Venancio Eng° Agr° Vinícius José Ribeiro Universidade Federal do Espírito Santo – UFES Centro de Ciências Agrárias – CCA Programa de Pós-graduação em Produção Vegetal Fertilidade do Solo 1

Upload: lindomar-souza-machado

Post on 22-Dec-2014

2.980 views

Category:

Documents


6 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Calagem

1

CALAGEM

Eng° Agr° Lindomar de Souza MachadoEng° Agr° Luan Peroni VenancioEng° Agr° Vinícius José Ribeiro

Universidade Federal do Espírito Santo – UFESCentro de Ciências Agrárias – CCA

Programa de Pós-graduação em Produção VegetalFertilidade do Solo

Page 2: Calagem

2

Histórico:

“Operação Tatu” no final da década de 60;

Sucesso da operação: aumento de produtividade e rentabilidade das lavouras.

Luan
Essa operação proporcionou ganhos de produtividade no RS bastante significativos. Exemplos
Luan
A história da calagem no Brasil teve inicio com essa operação. Essa operação aconteceu no final da década de 60, no estado do RS. Foram experimentos que visavam demonstrar ao agricultor, que as práticas de calagem e adubação, quando bem utilizadas, podem aumentar a produtividade e renda.
Page 3: Calagem

3

Cultura

Rendimento - kg/há

Média/estado Adubo Adubo + calcário

Efeito da calagem (%)

Milho 1.100 5.190 6.560 26

Trigo 900 1.500 2000 33

Soja 1.200 2.500 3.200 28

Forragem 2.000 4.000 12.000 200

Fonte: E. Malavolta. Calagem, Adubação e Produtividade agrícola. Piracicaba, SP.

Page 4: Calagem

4

Histórico:

Falta de politica efetiva;

Programas de incentivo a partir de 1975;

Crescimento da indústria moageira de calcário.

Luan
Tais politicas serviram como incentivo para o crescimento das indústrias moageira de calcário, para atender a demanda já existente.
Luan
Apesar disso o Brasil não possuía uma politica efetiva para o incentivo do uso do calcário pelos agricultores.
Luan
O governo brasileiro no intuito de posicionar o país na ranking mundial como forte produtor de grãos e proteínas, lançou, a partir de 1975, vários programas, os quais, sem duvidas alguma impulsionou a agricultura, calcada principalmente em uma politica de crédito agrícola, estrategicamente implantada.
Page 5: Calagem

5

Projeções para 1975:

Quantidade de hectares cultivados no país1,5 toneladas/háDurante 3 anos60 milhões de toneladas

Programa Nacional do Calcário Agrícola (PROCAL);

Luan
Então no inicio da década de 1970 estimava-se que no ano de 1975 seriam necessárias, aproximadamente, 60 milhões de toneladas de calcário para uma completa correção da acidez dos solos, considerando os hectares cultivados no país e a quantidade média de 1,5 toneladas por hectare durante 3 anos, considerando-se as áreas ocupadas com lavouras e suas projeções para o ano de 1975 e a estimativa das áreas já tratadas com calcário no período desde 1972 a 1975.
Luan
Tendo em vista a estimativa feita e com objetivo atenuar a influencia dos fatores negativos que afetam o setor de produção de calcário agrícola, o Governo Federal, por intermédio do Conselho Monetário Nacional, houve por bem aprovar em 8 de janeiro de 1975, o Regulamento do Programa Nacional do Calcário Agrícola (PROCAL).
Page 6: Calagem

6

Programa Nacional do Calcário Agrícola - PROCAL (1975-1979);Demanda concentrada na Regiões Centro e Sul;

Problemas: Altos preços finais dos produtos;

Inadequação dos prazos concedidos pelos créditos bancários para a aquisição e comercialização do calcário;

Deficiência quanto a difusão do conhecimento da importância das práticas de correção.

Luan
A demanda efetiva de corretivos no Brasil estava concentrada basicamente nas regiões Centro e Sul, onde se costumava praticar uma agricultura em níveis tecnológicos mais avançados.
Luan
aAtos preços finais dos produtos, provocados tanto na fase de produção(processos rudimentares) , como na etapa de transportes;
Luan
Em 1979....O PROCAL, embora houvesse cumprido importante papel no sentido de aumentar a oferta do insumo pela modernização e expansão do parque moageiro e pelo significativo incremento no uso de calcário pelos produtores rurais, infelizmente foi interrompido, entre outras causas, por denuncias de desvio de recurso publico.
Luan
Até mesmo nessas regiões, costumava-se verificar problemas que afetam a industrialização e comercialização do calcário, impedindo a melhor difusão do produto entre os agricultores. Esse elenco de problemas pode ser representado principalmente pelos seguintes itens:
Page 7: Calagem

7

Associação brasileira de produtores de calcário (ABRACAL) e associados;

Em 1998 foi criado o Plano Nacional de Calcário Agrícola (PLANACAL);

Novas áreas de cultivos: solos pobres, ácidos e erodidos;

Muitas pesquisas científicas.

Luan
Com o fim do PROCAL, foi criada ABRACAL em 1992. Ela e seus associados, cientes de seu papel e de seus compromissos com uma crescente participação do Brasil na oferta mundial de grãos e proteínas, e preocupada com o nível de desnutrição de boa parte da população brasileira, alertou para a necessidade de se investir forte em tecnologia de produção que resultem em produtividade, qualidade de produtos e aumento de produção, sem que isso viesse afetar drasticamente o meio ambiente.
Luan
Embasado sobre a questão da acidez dos solos brasileiros e quanto custa para um país que cresce á base de um processo horizontal, por incorporação de áreas nem sempre aptas à atividade exploratória, ano após ano.
Luan
Ele é fundamentado, também na correção da acidez so solo brasileiro, enfatizando que essa acidez é um fator limitante da produtividade agrícola e, por conseguinte, inibidor do crescimento da renda da agricultura.
Luan
O esgotamento das terras férteis e o surgimento do processo de erosão dessas áreas, via de regra, próximas aos centros consumidores, empurraram a agricultura brasileira para as regiões de solos ácidos, pobres e erodidos. Havendo necessidade ainda maior de calagem para se ter sucesso nos cultivos.
Luan
Há vasta literatura cientifica, trabalhos de pesquisa experimental e resultados de campos de cultivo evidenciando a correlação existente entre o grau de acidez de um solo e a sua produtividade das culturas atuam como uma engrenagem para tal plano.
Page 8: Calagem

8

Estratégias do PLANACAL:Educacional;Promocional.

Impactos do PLANACAL:Aumento da produção e da produtividade de grãos;Fixação do homem no campo;Retorno do Plano de cerca de R$ 2,4 para cada real

investido;Efeito na arrecadação de ICMS e de divisas externas (soja,

açúcar, café, frutas, etc.)

Luan
Criar e implementar campanhas de educação e de esclarecimento ao produtor rural, através do rádio, da televisão, do jornal, do corpo a corpo com a população, de instituições de ensino, pesquisa e extensão rural, demonstrando os benefícios do uso do calcário agrícola.
Luan
Tratava-se de envolver o agricultor e conscientizar a população dos centros urbanos, que estamos no centro de um processo de mudança na economia brasileira e que a agricultura tem papel fundamental nesta empreitada de estabilização.
Page 9: Calagem

9

Criação do Programa de incentivo ao uso de corretivos de solos (PROSOLO) em 1998.

Objetivo: elevar os níveis de produtividade da agricultura brasileira, mediante a intensificação do uso adequado de corretivos de solo, proporcionada por uma linha de credito permanente para financiar a aquisição, frete e aplicação de corretivos agrícolas (calcário e outros).

Luan
O PROSOLO contempla, além de correção de acidez, a adubação no sentido de corrigir as deficiências do solo.
Luan
Com o grande avanço para novas áreas a elevação da produtividade agrícola de forma vertical é uma proposta mais sustentável, no que diz a respeito ao desenvolvimento agrícola, do que o aumento de produção de forma horizontal, e dentro desse raciocínio foi criado o PROSOLO.
Page 10: Calagem

10

Criação do Programa Nacional de Recuperação de Pastagens Degradas (PROPASTO) em 2001.

Objetivo: solucionar o problema das pastagens brasileiras degradadas.

Luan
Como é nítida a importância do setor para o país, as lideranças governamentais tiveram a iniciativa de criar o programa para solucionar o problema das pastagens brasileiras, nativas e plantadas, na recuperação de áreas de pastagens degradas.
Luan
Pegando carona criousse também o PROPASTO. Dada que a pecuária no Brasil contribui expressivamente na pauta de exportações agrícolas, porém ela necessita de incrementos na sua produtividade, principalmente na qualidade nutricional das pastagens, ou seja, no alimento que o gado come para haver uma elevação tanto quantitativa quanto qualitativamente no tangente a produtividade, de carne leite e seus derivados
Page 11: Calagem

11

Constatada a grande importância da calagem e mediante a grande preocupação com as questões ambientais e recursos hídricos.

O departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), acatou as ponderações e solicitações da secretaria de Recursos Hídricos (SRH) , do ministério do Meio Ambiente (MMA), no sentido de aprofundar o estudos sobre o calcário agrícola.

Luan
E como cartada final em relação aos programas relacionados ao calcário e constatada...
Page 12: Calagem

12

Universidade Federal do Paraná.

Calcário – Recurso Mineral na Sustentabilidade Agropecuária e Melhorias dos Recursos Hídricos.

Convênio no 49/2002Esse estudo avaliou todos os aspectos relativos ao calcário agrícola no Brasil para então, formular estratégias relacionados ao uso do calcário.

Luan
Tem como objetivo principal, subsidiar o governo, organismos e instituições de pesquisas relacionadas, com informações amplas e concretas indicando um novo caminho, novas alternativas para o incremento do uso do calcário agrícola.
Luan
Esse trabalho constituiu- se numa obra de consulta obrigatória a todos os órgãos responsáveis pela implementação de politicas voltadas ao setor mineral, agricultura, meio ambiente e hidrologia.Como se fosse a Biblia do calcário.
Page 13: Calagem

13

Calagem;

Calagem em solos tropicais;

Neste contexto, a prática da calagem passou a ser rotina dentro do sistema de produção em várias regiões agrícolas do Brasil.

Retorno econômico.

Luan
A calagem em solos tropicais é praticamente obrigatória, dado a elevada acidez desses solos.
Luan
Pesquisas agrícolas exaustivas e abundantes comprovam que os solos brasileiros são em sua maioria muito ácidos e que a correção de sua acidez pela calagem é imprescindível para se obter sucesso no cultivo. Em alguns solos, são for realizado a calagem os rendimentos das colheitas são baixas que torna seu cultivo economicamente inviável.
Luan
Visto que nossos solos são ácidos.
Luan
Portanto, a calagem em condições tropicais, éprática importante para garantir taxas de retorno econômico aceitáveis para atividade agrícola, que permitem maior sustentabilidade da agricultura brasileira.
Luan
Dentre as tecnologias disponíveis à agricultura, talvez o que promove maior retorno econômico é o calcário, pois, na região tropical, tem-se, com alta freqüência, solos com reação ácida, que limitam o crescimento e produção da maioria das culturas comerciais.
Luan
Calagem é a prática de aplicação de corretivos de acidez.A correção da acidez do solo e a adubação das culturas, são tidas como práticas comprovadamente indispensáveis ao manejo dos solos.
Luan
Para incorporação destes solos ao processo produtivo brasileiro, é imprescindível a correção desses problemas através da prática da calagem que é a maneira mais simples para atingir este objetivo.
Luan
Além do mais, o calcário é um insumo relativamente barato, abundante no País, essencial para o aumento da produtividade, de tecnologia de produção simples e, sobretudo, poucas práticas agrícolas dão retornos tão elevados a curto prazo.
Page 14: Calagem

14

Fundamentação da calagem

Em que MX é um sal que cede ao solo seu cátion. (CaCO3, MgCO3).

O ânion X tem de ser um ácido fraco para atuar como receptor de prótons (HCO3).

H + MX M + HX

Luan
Os materiais que contêm MX são corretivos de acidez do solo.
Luan
A calagem está fundamentada no fenômeno de troca catiônica.
Page 15: Calagem

15

Princípios da calagem:

1. Efetuar a reação - o cátion (X) do sal deve trocar com H+ Al3+ e outros cátions trocáveis de caráter acido e de dissociar parte de H.

2. Produto da reação - após a troca, deve-se formar HX.

3. Elemento essencial - M deve ser um nutriente.

Luan
Assim, além de efetuar a correção da acidez do solo, irá fornercer um nutriente as plantas.
Luan
que geralmente é um produto insoluvel sem caracteristicas de toxidez.
Luan
Muitos materiais podem ter capacidade de promover troca iônica, mas, para serem corretivos, necessitam de atender alguns principios.
Page 16: Calagem

16

Finalidades da pratica de calagem:

Corrigir a acidez do solo, pela neutralização do H+;

Fornecimento Ca e Mg;

Corrigir a toxidez do Al e de Mn por reações de precipitação desses elementos.

Luan
Através da neutralização do H+.
Luan
Concentrações de elementos, tais como o Al e o Mn, podem atingir níveis tóxicos, porque sua solubilidade aumenta nos solos ácidos; O Al é totalmente precipitado quando o pH do solo atinge valores em torno de 5,5 . Essa precipitação, pode também ocorrer com alguns micronutrientes metálicos, como o cobre, ferro e zinco, diminuindo a disponibilidade dos mesmos.
Luan
São nutrientes esssencias, corrigindo possiveis deficiencias.Um dos critérios para ser corretivo é o fornecimento de nutrientes.
Page 17: Calagem

17

Benefícios da calagem:

Aumentar a atividade biológica do solo;

Aumentar a disponibilidade dos nutrientes;

Aumentar a CTC do solo.

Luan
Principalmente quanto a fixação biologica de nitrogênio e a colonização de fungos micorrizicos, e promover maior mineralização da M.O.A bactéria simbiótica da soja é mais eficiente em pH variando de 6,0 a 6,2.
Page 18: Calagem

18

Page 19: Calagem

19

Benefícios da calagem:

Diminui a fixação do P;

Aumentar a eficiência dos fertilizantes;

Propiciar condições para melhor crescimento do sistema radicular.

Luan
Através da neutralização do sitios de cargas positivas dos oxihidróxidos de Fe e Al.
Page 20: Calagem

20

I. Método da curva de Incubação com CaCO3;

II. Método da neutralização da acidez trocável (teor de Al3+ trocável);

III. Métodos da solução-tampão (SMP);

IV. Método do pH e de matéria orgânica do solo;

V. Método da neutralização da acidez trocável e elevação dos teores

de Ca2+ e Mg2+ trocáveis;

VI. Método da saturação de bases.

Determinação da Necessidade de Calagem

Page 21: Calagem

21

I. Método da curva de Incubação com CaCO3

Método:

Calcário p.a;

80% da Capacidade de Campo;

Período de Incubação de 45 a 90 dias;

Utilização de doses crescentes de carbonatos para determinar a curva.

Page 22: Calagem

22

I. Método da curva de Incubação com CaCO3

Page 23: Calagem

23

Page 24: Calagem

24

DESVANTAGEM:

Superestimação da necessidade de calcário – Mineralização da MOS intensa durante a incubação;

Erros na determinação do pH em água – Aumento dos sais solúveis influenciam a força iônica da solução;

Não é prático, é demorado e trabalhoso;

Não considera a produção das plantas

Normalmente utilizado para calibração de outros métodos (pesquisa)

(Paula et al.,1991)

Page 25: Calagem

25

II. Método da neutralização da acidez trocável

Critério da neutralização da acidez trocável (Al³⁺), (Cate, 1965).

NC= 1,5 X Al³⁺

Catani & Alonso(1969) ajustaram o método para que o valores de pH entre 5,5 e 5,7.

NC=0,08+1,22 Al³⁺

Page 26: Calagem

26

Segundo Alvares V. et al. (1990):

doses definidas por este método não elevam o pH aos valores esperados;

neutralizar a maior parte do Al trocável;

Insuficiente para corrigir excesso de Mn e deficiências de Ca e Mg.

II. Método da neutralização da acidez trocável

Page 27: Calagem

27

pH de uma solução tampão de acetato de amônio 1 molL⁻¹ pH 7 em contato com o solo: solução 1:10 (Brown,1943);

Woodruff (1948) propôs o uso de uma solução de acetato de cálcio 0,5 molL⁻¹ e óxido de magnésio a pH 7.

III. Método da Solução Tampão (SMP)

Page 28: Calagem

28

III. Método da Solução Tampão (SMP)

Shoemaker et al. (1961) propôs o uso de solução com maior

poder tampão composta de:

p-nitrofenol;

Trietanolamina;

Cromato de potássio;

Cloreto de cálcio;

Acetato de cálcio;

Ajustada a pH 7,5;

Relação Solo : Água : Planta – 10 : 10 : 5.

Page 29: Calagem

29

III. Método da Solução Tampão (SMP)

Page 30: Calagem

30

III. Método da Solução Tampão (SMP)

Page 31: Calagem

31

VANTAGENS:

Simplicidade do método, necessitando apenas das medidas de pHSMP;

Bom fundamento teórico – Considera o poder tampão do solo;

Método utilizado nos estados SC e RS.

III. Método da Solução Tampão (SMP)

Page 32: Calagem

32

Baseia-se no poder tampão da matéria orgânica;

correlação CTC do solo MO (Defelipo et al.,1982);

pH do solo até 6,0;

NC = 1,6 (6,0 - pH) M.O.

IV. Método do pH e do teor de matéria orgânica do solo.

Page 33: Calagem

33

IV. Método do pH e do teor de matéria orgânica do solo.

Alvares V. (1996) ajustou a formula para os solos de Minas Gerais utilizados na cultura do café para evitar a superestimação:

NC= 1,87 [ MO (6 – pH)]⁰̕I ⁷³¹¹¹⁸

Page 34: Calagem

34

Neste método, a calagem deve ser suficiente para neutralizar o Al trocável e assegurar teores adequados de Ca e Mg no solo;

O valor de pH tem interesse secundário;

Não considera o poder tampão dos solos, não considera as exigências de cada cultura;

(Mohr,1960; Coleman et al., 1958, Cate, 1965; kamprath,1967, 1970).

V. Método de neutralização da acidez trocável e da elevação dos teores de Ca2+ e Mg2+

Page 35: Calagem

35

V. Método de neutralização da acidez trocável e da elevação dos teores de Ca2+ e Mg2+

NC= CA +CD

NC= necessidade de calagem;

CA= Correção de acidez até certo valor de m (saturação dor Al³⁺);

CD= correção de deficiência de Ca e Mg.

 

Page 36: Calagem

36

CA = Y [Al3+ - (mt . t/100)]

Al3+ = acidez trocável em cmolc/dm3

mt = máxima saturação por Al3+ tolerada pela cultura, em %

t = CTC efetiva em cmolc/dm3

CD= X – (Ca2+ + Mg2+) Ca2+ + Mg2+ = Teores de Ca e de Mg trocáveis em, cmolc/dm3

NC = Y [ Al3+ - (mt . t/100)] + [ X – (Ca2+ + Mg2+)]

Page 37: Calagem

37

Solo Argila -% YArenoso 0-15 0,0 a 1,0

Textura média 15 a 35 1,0 a 2,0

Argiloso 35 a 60 2,0 a 3,0

Muito argiloso 60 a 100 3,0 a 4,0

Y = Valor variável (tabela)

Valores de Y em função da Argila do solo

V. Método de neutralização da acidez trocável e da elevação dos teores de Ca2+ e Mg2+

Page 38: Calagem

38

Valores de Y em função dos valores de P-remanescente

P-remanescente 1/ Y

mg/L

0 - 5 4,5 - 3,5 5 - 10 3,5 - 2,5 10 - 20 2,5 - 1,7 20 - 30 1,7 - 1,0 30 - 45 1,0 - 0,6 45 - 60 0,6 - 0,0

V. Método de neutralização da acidez trocável e da elevação dos teores de Ca2+ e Mg2+

Page 39: Calagem

39

Tabela - Valores máximos de saturação por Al3+ tolerado.

Pastagens mt ( %) X Cmolc/dm3 Ve (%)

Cereais (Milho, Trigo, Arroz ) 15-25 2,0 50

Leguminosas (Feijão, Soja, Adubos verdes)

20 2,0 50

Hortaliças (Tomate, Repolho, Alho, Ervilha)

 5

 3,5 60-70

Café 25 3,5 60

Frutas Tropicais (Mamoeiro, Citros, Banana, Abacaxi)

5-15 2,0-3,5 60-80

V. Método de neutralização da acidez trocável e da elevação dos teores de Ca2+ e Mg2+

Page 40: Calagem

40

Catani & Gallo (1955) propuseram a NC com base na relação entre pH e saturação de bases do solo; Raij (1981) ajustou para a seguinte formula:

NC =T(Ve – Va)/100

T = CTC a pH=7,0 = SB + (H +Al) em cmolc/dm3

SB = Soma de Bases = Ca2+ + Mg 2+ + K+ + Na+, cmolc/dm3

Va = Saturação de bases atual do solo = 100 SB/T, em %

Ve = Saturação por bases desejada ou esperada

VI. Método da saturação por bases

Page 41: Calagem

41

VI. Método da saturação por bases

A vantagem desse método está na flexibilidade de recomendação da calagem para diferentes culturas.

Observar as recomendações para solos:

Arenosos com CTC < 4 cmol ̜ dcm⁻³ Superestimação da recomendação;

Argilosos com CTC > 12 cmol ̜ dcm⁻³Subestimação da recomendação

Page 42: Calagem

42

Os critérios utilizados para recomendação do calcário estão bem regionalizados no BRASIL.

Região sul utiliza predominantemente o método de SMP para atingir pH em água de 5,5; 6,0 ou 6,5.

Nas parte da regiões Sudeste e Centro Oeste utiliza o método de saturação de bases variando entre 30 a 70 %, e a outra parte dessas regiões juntamente com a região Norte e Nordeste utiliza o critério do Al, Ca e Mg trocáveis.

Page 43: Calagem

43

Precisa Considerar:

1) Que % da superfície será coberta apela calagem;

2) Até que profundidade (cm) será incorporado o calcário (p);

3) PRNT do calcário.

QC = NC x SC x P x 100

100 20 PRNT

Quantidade de calcário a ser usada

Page 44: Calagem

44

OBS: Se a análise de solo acusar níveis médios a baixos de magnésio, deve-se preferir o calcário magnesiano ou o dolomítico.

Pelos teores de Mg os calcários podem ser classificados em:

a) Calcítico – menos de 50 g/kg de MgO

b) Magnesianos – entre 50 e 120 g/kg de MgO

c) Dolomíticos – mais de 120 g/kg de MgO

Escolha do Corretivo a ser utilizado

Page 45: Calagem

45

Tipos de corretivos

Tipos de Corretivo Fórmula Nº Mol/kg VN (%)Carbonato de cálcio CaCO3 20,0 100

Carbonato de magnésio MgCO3 23,7 119

Hidróxido de Cálcio Ca (OH)2 27,0 135

Hidróxido de Magnésio Mg (OH)2 34,3 172

Óxido de Cálcio CaO 49,6 248Óxido de Magnésio MgO 23,7 119

Silicato de cálcio CaSiO3 17,2 86

Silicato de magnésio MgSiO3 19,9 100

Page 46: Calagem

46

Reações dos corretivos1 – Carbonatos

CaCO3 + H2O Ca²+ +OH- +HCO3

H+ + HCO3 H2O +CO2

2- Silicatos

CaSiO3 Ca+2 + SiO3-2

SiO3 –2 + H2O (solo) HSiO3 + OH-

HSiO3- + H2O (solo) H2SiO3 + OH –

H2SiO3 + H2O (solo) H4SiO4

3- Gesso

CaSO4 . 2 H2O CaSO40 Ca2+ + SO4

-2

Page 47: Calagem

47MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA – MME (2009)

Page 48: Calagem

48

Page 49: Calagem

49

Legislação Atual

Para granulometria do calcário:(Portaria SEFIS N 03 de 12/06/86)

ART. 1º Características físicas mínimas:

Passar 100% em peneira de 2 mm (ABNT n. 10)Passar 70% em peneira de 0,84 mm (ABNT n. 20)Passar 50% em peneira de 0,30 mm (ABNT n. 50)Tolerância de 5% na peneira de 2 mm (ABNT n. 10)

Page 50: Calagem

50

MateriaisCorretivos

Calcários

Cal Virgem Agrícola

Cal HidratadaAgrícolaEscórias

Calc. Calci. Agrícola

Outros

PN% CaCO3

67

125

94

60

80

67

SOMA% CaO + % MgO

38

68

50

30

43

38

ART. 2° Corretivos passarão a ser comercializados de acordo com suas característica próprias e com os valores mínimos constantes na descrição abaixo:

Page 51: Calagem

51

Art. 3°. Valores mínimos para calcários .PN = 67%PRNT = 45%

Art. 4°. Classificação dos calcários:

A) Quanto à concentração de MgOCalcítico - < 5 dag kg-1

Magnesiano – 5,1 a 12 dag kg-1 Dolomítico - >12 dag kg-1

B) Quanto ao PRNTGrupo A – PRNT entre 45% e 60% Grupo B – PRNT entre 60,1% e 75% Grupo C – PRNT entre 75,1% e 90 Grupo D – PRNT entre superior a 90%

Page 52: Calagem

52

Conteúdo de Ca e Mg

Relação Ca:Mg - 4:1 até 10:1

De acordo com a ABNT

Page 53: Calagem

53

TOMADA DE DECISÃO

Tem que se considerar obrigatoriamente:

a) % CaO, %MgO

b) Granulometria

c) PRNT

d) Preço por tonelada efetiva:

= preço por tonelada na propriedade

PRNT(%)

Page 54: Calagem

54

CALAGEM E SILICATAGEM EM SOLO INCUBADO

Page 55: Calagem

55

Page 56: Calagem

56

Page 57: Calagem

57

Page 58: Calagem

58

Matéria seca de aveia em área de primeiro ano sob pastagem degradada. Embrapa Soja/COAMO

Moreira Sales – 09/2005

Page 59: Calagem

59

pH do solo 12 meses após a aplicação superficial de calcário em área de primeiro ano de soja. Embrapa Soja/COAMO

Moreira Sales - 2006

Page 60: Calagem

60

pH do solo 12 meses após a aplicação superficial de calcário em área de primeiro ano de soja. Embrapa Soja/COAMO

Moreira Sales - 2006

Page 61: Calagem

61

pH do solo 12 meses após a aplicação superficial de calcário em área de primeiro ano de soja. Embrapa Soja/COAMO

Moreira Sales - 2006

Page 62: Calagem

62

Efeitos da calagem e da adubação no rendimento de feno de Alfafa (t/ha)

Page 63: Calagem

63

Efeitos da calagem (4 t/ha) no rendimento da pastagem consorciada de gramíneas e leguminosas e na porcentagem de leguminosas ( trevo

branco e cornichão)

A calagem aumentou o rendimento total da pastagem em 60% no primeiro ano e em 30% no segundo ano.A proporção de leguminosas praticamente dobrou com a calagem nos dois anos.

Page 64: Calagem

64

Efeito da calagem na população de bactérias em quatro solos do RS

Aumentos de rendimento de pasto de 50% foram obtidos em pesquisas no RS com a calagem superficial aumenta também a proporção de leguminosas, o que

melhora a quantidade da pastagem.

Page 65: Calagem

65

Efeitos da aplicação de calcário no desenvolvimento, no estado nutricional de na produção de matéria seca de mudas

de maracujazeiro Prado et al., 2004

Page 66: Calagem

66

Page 67: Calagem

67

Com calcárioem 2003

Sem calcário

Triticale – Inverno de 2006Piraí do Sul – PRProblemas com acidez em condições de déficit hídrico

Page 68: Calagem

68

Duvidas?

Obrigado Pela Atenção!