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Cadernos Temáticos ANEEL Ouvidoria Setorial

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Cadernos Temáticos ANEEL

Ouvidoria Setorial

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA

Cadernos Temáticos ANEEL

OUVIDORIA SETORIAL

Brasília DFdezembro / 2013

ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica

Diretoria

Diretor-geralRomeu Donizete Rufino

DiretoresAndré Pepitone da Nóbrega Edvaldo Alves de SantanaJosé Jurhosa Júnior

A265o Agência Nacional de Energia Elétrica (Brasil).

Ouvidoria setorial / Agência Nacional de Energia Elétrica. – Brasília : ANEEL, 2013.

33 p. : il. – (Cadernos temáticos ANEEL)

1. Ouvidoria. 2. Teleatendimento. 3. Mediação e conciliação. I. Título. II. Série.

CDU: 347.451.031

Catalogação na FonteCentro de Documentação - CEDOC

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

INTRODUÇÃO

1. O CONTEXTO HISTÓRICO DA REGULAÇÃO

2. A AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL

2.1. Missão da ANEEL

2.2. Competências

3. A OUVIDORIA SETORIAL

3.1. Estrutura de atendimento

3.2. Rotina de tratamento das solicitações

3.3. Processos administrativos de Ouvidoria Setorial

3.4. Ouvidoria Institucional

4. OUVIDORIA SETORIAL EM NÚMEROS

5. INTELIGÊNCIA ANALÍTICA

6. DESCENTRALIZAÇÃO

7. RECONHECIMENTO

8. DÚVIDAS FREQUENTES DO CONSUMIDOR

9. O CAMINHO DO ENTENDIMENTO

.............................................................................. 7

................................................................................. 9

.......................................... 10

.......................... 12

................................................................ 12

..................................................................... 12

............................................................... 15

...................................................... 15

....................................... 17

.......................... 21

.......................................................... 22

............................................... 23

.............................................................. 25

.................................................................... 26

..................................................................... 28

....................................... 29

.................................................. 33

APRESENTAÇÃO

O Decreto nº 2.335, de 6 de outubro de 1997, que constituiu a Agência Nacional de

Energia Elétrica (ANEEL), estabeleceu como uma das diretrizes para sua ação a

“educação e informação dos agentes e demais envolvidos sobre as políticas,

diretrizes e regulamentos do setor de energia elétrica”. Dessa forma, reduzir a

assimetria de informações e disseminar a cultura da regulação são importantes

desafios enfrentados por uma agência reguladora. E essa tarefa é ainda mais

desafiadora quando se trata da regulação do setor elétrico brasileiro, cuja

complexidade decorre tanto das dimensões do território quanto do universo de

consumidores e agentes envolvidos.

Nesse sentido, é de fundamental importância tornar públicas e acessíveis todas as

informações de interesse da sociedade relativas ao setor elétrico, a fim de ensejar

o equilíbrio nas relações travadas entre os consumidores e os agentes, de modo

que ambas as partes tenham compreensão do alcance e dos desdobramentos da

atividade regulatória.

Num esforço constante para alinhar-se às melhores práticas de transparência e

publicidade regulatória, portanto, a Agência utiliza canais e oportunidades

diversas para comunicar-se com os seus públicos, dentre as quais podemos

elencar: a ampla divulgação da Resolução nº 414/2010, que estabelece as

condições gerais do fornecimento (com os respectivos direitos e deveres do

consumidor e das distribuidoras); a publicação do Relatório Anual da ANEEL; as

reuniões públicas de Diretoria, transmitidas pela internet; as audiências públicas

realizadas pela Agência; e, ainda, a disponibilização da Central de

Teleatendimento 167, que recebe os pedidos de informação e registros de

reclamações dos consumidores.

Embora muito já tenha sido feito nesse campo, a ANEEL empenha-se para fazer

sempre mais – e, se possível, ainda melhor. Para tanto, a iniciativa de relançar (e

reatualizar) a coleção Cadernos Temáticos ratifica esse compromisso de dar

conhecimento ao público dos temas relevantes da regulação do setor elétrico

brasileiro. E, ao abordar esses assuntos em linguagem simples e direta, a ANEEL

espera contribuir para esclarecer a população e, consequentemente, qualificar o

07

debate sobre a qualidade da prestação do serviço de energia elétrica no país.

Nas páginas seguintes, o presente caderno apresenta uma visão panorâmica

acerca do funcionamento da Ouvidoria Setorial, que tem a atribuição de dirimir

conflitos no setor elétrico, mediante o registro e tratamento de pedidos de

informação, reclamações, denúncias e elogios dos consumidores do serviço

público de energia elétrica. E, para o pleno desempenho dessa função, os serviços

da Ouvidoria Setorial primam pela estrita observância da isonomia, transparência

e efetividade na condução das questões demandadas.

Mais informações sobre o tema podem ser obtidas diretamente com a

Superintendência de Mediação Administrativa, Ouvidoria Setorial e Participação

Pública – SMA/ANEEL ou no portal da Agência na internet (www.aneel.gov.br). Brasília, dezembro de 2013

Romeu Donizete RufinoDiretor-Geral

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INTRODUÇÃO

No âmbito das relações de consumo, as expectativas das partes são muito claras e

definidas: enquanto o consumidor almeja o produto ou serviço contratado, o

fornecedor espera receber o respectivo pagamento.

Embora as premissas básicas dessa relação sejam evidentes, a complexidade do

mundo contemporâneo suscita desdobramentos e arranjos institucionais

inovadores, os quais acabam inserindo novos atores nas demandas de consumo.

Dentro desse contexto, é inegável, também, uma mudança no nível de exigência

do consumidor. Se antes o simples recebimento do produto ou a prestação do

serviço eram suficientes, agora o consumidor exige do fornecedor a observância

de padrões de qualidade e a tempestividade na entrega, além de preços justos e

cortesia no atendimento.

E é para atender a essa expectativa da sociedade que, conforme será

demonstrado neste Caderno Temático, a Ouvidoria Setorial da ANEEL trabalha

incessantemente, mobilizando todos os recursos e esforços a fim de que, cada vez

mais, as distribuidoras de energia elétrica prestem um serviço de qualidade a seus

consumidores.

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1. O CONTEXTO HISTÓRICO DA REGULAÇÃO

Antes de aprofundar o relato sobre os serviços prestados pela Ouvidoria Setorial

da ANEEL, é preciso compreender o contexto, as razões e o momento histórico no

qual foram criadas as agências reguladoras.

O tamanho e as formas de atuação do Estado são, desde muito, temas recorrentes

em quaisquer foros internacionais de debates sobre a capacidade estatal de

prover serviços públicos de qualidade à cidadania. E, naturalmente, não seria

diferente no Brasil.

Na recente história nacional, esse debate voltou à tona com força ao término do

regime militar. Ao mesmo tempo em que o país experimentou a

redemocratização, ficou claro, também, o esgotamento da estratégia

desenvolvimentista até então praticada.

O intervencionismo estatal na economia foi construído às custas de um brutal

endividamento externo, e a execução dessa estratégia ao longo dos anos resultou

num Estado pesado e ineficiente, sem recursos para realizar investimentos em

setores chave da economia – infraestrutura de comunicações e energia elétrica,

por exemplo – e incapaz de cumprir até mesmo com as suas responsabilidades

mais urgentes, tais como saúde e educação.

Foi preciso, pois, repensar o papel do Estado, com vistas a torná-lo mais enxuto e

capaz de prestar bons serviços à cidadania. E, para tanto, era imprescindível uma

redução significativa do número de empresas estatais – estavam estabelecidas,

assim, as coordenadas do processo de desestatização de economia (Plano

Nacional de Desestatização – Lei nº 8.031/90).

Com essa inspiração, o Estado deixa de executar determinadas atividades,

repassando-as a empresas privadas. Ou seja: para dar resposta a uma demanda

reprimida da população, o Estado não teve outra saída senão conceder a

particulares o direito à exploração de serviços públicos.

Todavia, por se tratarem de setores estratégicos ao desenvolvimento do país, o

Poder Público não podia simplesmente privatizar o serviço e deixá-lo totalmente à

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mercê do mercado, eximindo-se a partir de então de quaisquer responsabilidades

sobre o mesmo.

Dessa forma, na mesma medida em que diminuiu a sua atuação direta na

economia, o Estado reservou-se o direito de exercer o controle sobre os serviços

públicos prestados por empresas privadas. E, para fiscalizar esses mercados e

exigir eficiência da iniciativa privada na prestação do serviço público, o Estado

passa a atuar na condição de regulador, conforme previsão constitucional:

Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o

Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e

planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo

para o setor privado.

(...)

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob

regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a

prestação de serviços públicos.

Parágrafo único. A lei disporá sobre:

I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços

públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem

como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão

ou permissão;

II - os direitos dos usuários;

III - política tarifária;

IV - a obrigação de manter serviço adequado.

11

2. A AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL

2.1. Missão da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL

2.2. Competências

Em substituição ao Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE), a

Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, criou a Agência Nacional de Energia

Elétrica (ANEEL), cujo regulamento foi definido no Decreto nº 2.335, de 6 de

outubro de 1997. O decreto estabelece as diretrizes da ANEEL, suas atribuições e

estrutura básica, incorporando aos seus dispositivos o princípio da

descentralização, que permite ao Orgão Regulador estender sua ação aos mais

diversos pontos do País.

A ANEEL foi concebida com a missão de "proporcionar condições favoráveis para

que o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e

em benefício da sociedade". Em outras palavras, isso significa harmonizar os

interesses de diversos agentes, contrabalançando-os para sustentar o nível de

investimentos necessários ao bom desenvolvimento do setor.

Nesse sentido, a busca do equilíbrio entre uma pluralidade de agentes, sendo um

deles o próprio Estado, requer que a Agência atue também ativamente como uma

mediadora, com neutralidade e imparcialidade.

A Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, instituiu a ANEEL com a finalidade

essencial de exercer a regulação e fiscalização sobre a geração, transmissão,

comercialização e distribuição de energia elétrica. Além dessa sinalização

norteadora abrangente, o art. 3º da lei estabeleceu também outras competências

mais específicas da Agência, tais como:

?promover, mediante delegação, os procedimentos licitatórios para a

contratação de concessionárias e permissionárias de serviço público para

produção, transmissão e distribuição de energia elétrica (inciso II);

?dirimir, na esfera administrativa, as demandas surgidas entre os agentes do

setor, bem como entre os agentes e os seus respectivos consumidores (inciso V);

12

?fazer cumprir a legislação referente à defesa da concorrência no setor de

energia elétrica (inciso IX);

?fixar as eventuais multas administrativas para fins de imposição aos

agentes do setor (inciso X);

?estabelecer as metas das distribuidoras no tocante à universalização do

fornecimento de energia elétrica (inciso XII);

?promover os processos licitatórios necessários para atender a demanda do

mercado (inciso XV); e,

?determinar a tarifa pelo uso dos sistemas de distribuição e transmissão

(inciso XVIII).

Esse rol, por si só, permite dimensionar o tamanho do desafio a ser enfrentado

pela ANEEL. E, analisando o conjunto das competências de forma contextual, é

possível identificar quatro macrofunções: regular, fiscalizar, dirimir conflitos e, por

delegação do Poder Concedente, realizar os leilões de energia.

Sem desmerecer suas demais funções, é importante destacar a extrema

importância da atuação da Instituição no apaziguamento das relações e na

solução das divergências surgidas no âmbito do setor elétrico, uma vez que,

geralmente, o consumidor encontra-se numa posição de hipossuficiência em

relação ao prestador do serviço.

A propósito, a qualidade do atendimento ao consumidor é um tema que está em

crescente destaque na pauta de debates da sociedade, a qual está cada vez mais

exigente e orientada para o indivíduo. Assim, é inegável o aumento das necessidades

dos consumidores, que, por conta de uma percepção mais aguçada dos seus direitos,

requerem uma atenção personalizada e de maior qualidade. Inevitável, portanto,

que também nos serviços públicos comecem a ser exigidos níveis de qualidade no

atendimento semelhantes aos já existentes em outros mercados competitivos.

Atualmente, o consumidor demanda facilidade para entrar em contato com as

empresas e com os órgãos públicos, respostas rápidas às suas solicitações,

pontualidade na prestação de serviços e cordialidade no atendimento.

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Ciente dessa responsabilidade social, desde a sua criação a ANEEL sempre

dedicou especial atenção à defesa dos direitos dos consumidores de energia

elétrica do país. Prova disso é o fato de que a própria lei que instituiu a Agência

incumbiu a um dos diretores do colegiado o exercício da função de Diretor-

Ouvidor, a quem cabe zelar pela qualidade dos serviços prestados, mediante o

recebimento e pronta apuração das reclamações recebidas (Lei nº 9.427, art. 4º,

parágrafo 1º).

Nesse sentido, a ANEEL está alinhada com o Decreto nº 7.963, de 15 de março de

2013, que instituiu o Plano Nacional de Consumo e Cidadania, que, entre outras

medidas, estabeleceu como um dos seus eixos de atuação a prevenção e redução

de conflitos.

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3. A OUVIDORIA SETORIAL

3.1. Estrutura de atendimento

O Regimento Interno da ANEEL (anexo à Portaria MME nº 349, de 28/11/1997)

estabelece a competência da Superintendência de Mediação Administrativa,

Ouvidoria Setorial e Participação Pública – SMA para intermediar a relação entre

os agentes do setor elétrico, operacionalizar os mecanismos de audiência e

consulta pública, apoiar os conselhos de consumidores e, também, gerir o

processo de Ouvidoria Setorial, pelo qual a Agência recebe e trata os pedidos de

informação, reclamações, denúncias e críticas da cidadania quanto aos serviços

prestados pelas distribuidoras de energia elétrica.

Num país de dimensões continentais como o Brasil, onde há mais de 70 milhões

de unidades consumidoras (algumas localizadas em grandes metrópoles, e outras

em vilarejos isolados), é evidente que os usuários de energia elétrica constituem

um público bastante heterogêneo. E, por conta disso, a Ouvidoria Setorial precisa

disponibilizar canais de acesso múltiplos, que contemplem essa diversidade na

origem das demandas.

Historicamente, o canal de acesso mais utilizado para contatar a Ouvidoria

Setorial da ANEEL é, sem sobra de dúvida, a Central de Teleatendimento – CTA,

acessível pelo telefone 167. Por motivos de economicidade – e no interesse da

Administração Pública –, a CTA é operada por uma empresa terceirizada, estando

estruturada para prestar informações e orientações aos consumidores sobre os

assuntos atinentes à regulação do setor elétrico, bem como para registrar as sua

reclamações quanto à qualidade dos serviços prestados pelas distribuidoras de

energia elétrica.

Em média, a Central recebe 500 ligações por hora. Desse total, aproximadamente

92% dos contatos são finalizados no ato, mediante prestação das informações e

esclarecimentos requeridos pelo consumidor. A cada três minutos há o registro de

uma reclamação, cujo esclarecimento sobre a procedência (ou improcedência) do

pedido demanda tratamento pelo segundo nível técnico.

15

A fim de dinamizar os seus serviços, a CTA utiliza um sistema de atendimento que

integra uma plataforma de comunicação de voz diretamente com o banco de

dados da ANEEL. Importante ressaltar, sob o ponto de vista da inteligência do

processo, que tanto os treinamentos de capacitação dos teleatendentes quanto a

elaboração dos scripts de atendimento são de responsabilidade da SMA.

Além disso, a Agência mantém um controle contínuo sobre a qualidade do

atendimento prestado aos consumidores que contatam o teleatendimento,

mediante aferição de uma série de indicadores de nível de serviço a serem

observados (sob pena de imposição de penalidades administrativas em caso de

descumprimento), dentre os quais podemos destacar:

?tempo médio de espera;

?tempo médio de atendimento;

?chamadas atendidas no primeiro toque;

?chamadas atendidas em até 15 segundos;

?chamadas atendidas em até 30 segundos;

?percentual de finalização/solução no primeiro nível.

As ligações gratuitas para o telefone 167 constituem o canal de acesso

preferencial dos consumidores para interagir com a Ouvidoria Setorial. Nos

últimos anos, por conta do irreversível processo de inclusão digital e de

popularização no uso da informática, é cada vez maior o quantitativo de registro

de reclamações (ou pedidos de informação) que vêm sendo feitos pelo portal da

Agência na internet (www.aneel.gov.br), onde o consumidor tem à sua disposição

o espaço “Fale Conosco”.

Na página inicial do “Fale Conosco” é disponibilizada, primeiramente, uma seção

de perguntas e respostas frequentes, selecionadas com base no histórico das

solicitações junto à ANEEL. O objetivo dessa funcionalidade é oferecer ao

consumidor a possibilidade de, numa rápida leitura, eventualmente encontrar

resposta para a dúvida que ensejou o seu contato com a Agência, sem a

necessidade de quaisquer desdobramentos ou providências posteriores.

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Todavia, nem sempre a dúvida do consumidor guarda correspondência com as

questões ali elencadas. Em situações tais, duas são as alternativas de

encaminhamento possíveis no “Fale Conosco”: a primeira delas é o

preenchimento de formulário, no qual o consumidor pode, com as suas próprias

palavras e nos termos que julgar convenientes, redigir o seu reclame, o qual será

encaminhado ao segundo nível técnico da SMA para as providências cabíveis.

Em sintonia com as modernas tecnologias de comunicação, o “Fale Conosco”

oferece ao consumidor uma segunda ferramenta de contato: o atendimento via

chat. Nessa modalidade de atendimento, o consumidor tem a opção de, num

ambiente estilo “bate-papo”, conversar com um atendente, a fim de esclarecer

suas dúvidas e/ou efetuar o registro de reclamações.

Afora os registros recebidos da CTA e do “Fale Conosco” (tanto via formulário

quanto chat), a SMA trata ainda de solicitações de ouvidoria geradas a partir de

correspondências encaminhadas por via postal para o endereço da Agência,

havendo também a possibilidade de atendimento presencial do consumidor na

sede da ANEEL.

E, nas audiências públicas com reuniões presenciais, geralmente um servidor da

SMA é deslocado para o local, a fim de recepcionar os consumidores que,

aproveitando a presença da ANEEL em sua cidade, querem efetuar o seu registro

junto à Ouvidoria Setorial.

Independentemente do canal de acesso escolhido pelo consumidor para contatar

a Ouvidoria Setorial (teleatendimento, formulário, chat, carta, presencial), todas

as solicitações são registradas no Sistema de Gestão de Ouvidoria – SGO. Graças a

sua concepção e arquitetura tecnológica, o SGO promove a interligação (on line,

via web) da ANEEL com os consumidores, distribuidoras e Agências Estaduais

conveniadas.

Em função da característica e da complexidade de cada solicitação, a Ouvidoria

Setorial adota uma estrutura com níveis de atendimento escalonados. Ao

contatar a CTA, por exemplo, na maioria das ligações o consumidor tem a sua

3.2. Rotina de tratamento das solicitações

17

dúvida esclarecida, sendo finalizado o atendimento já no primeiro nível. Há casos,

entretanto, que não se caracterizam como um pedido de informação – são

reclamações propriamente ditas, e, em casos tais, a solicitação é encaminhada

para tratamento no segundo nível de atendimento, pelos servidores técnicos da

Agência.

No “Fale Conosco”, a modalidade de chat observa a mesma lógica da CTA,

havendo possibilidade tanto de finalização no primeiro nível quanto

encaminhamento para tratamento técnico no segundo nível. Os registros

efetuados via formulário, por sua vez, são encaminhados diretamente ao segundo

nível, face à inexistência de qualquer filtro prévio de retenção – e da mesma forma

os documentos recebidos por correspondência.

Nas solicitações de reclamações recepcionadas pelo segundo nível de

atendimento, frequentemente os servidores do quadro técnico da Agência não

têm informações suficientes para oferecer um posicionamento imediato ao

consumidor. Assim, a fim de que seja garantido o direito ao contraditório, a

solicitação é encaminhada via SGO para a distribuidora, sendo-lhe concedido um

prazo para avaliar a demanda e responder ao órgão regulador. Esse prazo, contado

sempre em dias úteis, varia de acordo com a complexidade das diferentes

tipologias de classificação das reclamações – entre cinco e dez dias, no primeiro

questionamento.

Com base na resposta oferecida pela distribuidora, os técnicos da SMA fazem um

juízo de valor sobre a pertinência da reclamação do consumidor, ou sobre a

adequação das providências adotadas pela empresa distribuidora no caso em

apreço. Na hipótese das informações prestadas pela distribuidora serem

insuficientes para a análise técnica e posicionamento da Ouvidoria Setorial, a

solicitação é devolvida à concessionária para os devidos esclarecimentos

adicionais.

Concluída a avaliação sobre os fatos reclamados, seja a reclamação considerada

procedente ou improcedente, o consumidor receberá uma comunicação da

Agência (por carta ou e-mail, conforme preferência manifesta), dando conta do

entendimento regulatório aplicável.

18

Fluxo simplificado de tratamento das solicitações de ouvidoria

Por conta dessa sistemática de tratamento, o banco de dados do SGO acumulou,

ao longo dos anos, milhares de registros (conforme demonstrado no quadro

abaixo), os quais constituem um valioso material para subsidiar as atividades de

regulação e fiscalização da Agência. Nesse sentido, as solicitações registradas no

Sistema de Gestão de Ouvidoria – SGO serviram de fundamento para muitas das

inovações trazidas pela Resolução Normativa nº 414/2010, que substituiu a

Resolução nº 456/2000, que trata das condições gerais do fornecimento, bem

como dos direitos e deveres do consumidor.

19

A Ouvidoria Setorial também recebe

reclamações pelo Fale Conosco e atendimento

presencial

Após contatar a distribuidora e analisar as providências, a Ouvidoria

Setorial responde ao consumidor via carta ou

e-mail

No ano de 2012, a ANEEL tratou 84.720 dessas

reclamações, com prazo médio de resposta de 19

dias

As solicitações não finalizadas na Central de

Teleatendimento são encaminhadas para

tratamento no segundo nível técnico

Aproximadamente 92% das solicitações

são finalizadas na Central de atendimento, mediante prestação de informações

A central de teleatendimento

(CTA/167) é o canal de contato

preferencial dos consumidores

Informações

100.000

80.000

60.000

40.000

20.000

02007 2008 2009 2010 2011 2012

Reclamações

800.000

600.000

400.000

200.000

2013

02007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Quadro Histórico das Solicitações de Ouvidoria

A propósito do quadro anterior, é interessante observar que, nos últimos anos, há

uma tendência de queda do quantitativo total de solicitações, bem como dos

pedidos de informação. O número de reclamações, todavia, tem apresentado um

aumento significativo sobre o total das solicitações registradas, fato este que

admite, entre outras, duas explicações possíveis.

Por um lado, tal fenômeno indica que os consumidores e a sociedade em geral

confiam no potencial de resolutividade da Ouvidoria Setorial – do contrário, não

recorreriam aos seus serviços. De outra parte, significa que a ANEEL deve

aprofundar o acompanhamento que já faz do tratamento dispensado pelas

distribuidoras às reclamações dos seus consumidores. E não foi por outra razão

que, no ano de 2011, foi publicada a Resolução Normativa nº 470, que

estabeleceu a obrigatoriedade de instalação formal de Ouvidorias em todas as

distribuidoras do país.

Quanto ao mérito, as informações e posicionamentos prestados pela Ouvidoria

Setorial buscam atender aos princípios da isonomia, da eficiência e da celeridade,

e derivam do conhecimento acumulado ao longo dos anos no tratamento

específico das solicitações dos consumidores. Tais manifestações constituem uma

20

AnoInformações Reclamações 1/Outros

2/Total Total Total Total% % %

2007

2008

2009

2010

2011

2012

642.007

693.453

626.296

709.803

626.041

565.112

92,8

92,1

91,3

90,6

89,0

86,6

42.466

53.010

56.842

71.343

75.789

84.720

6,1

7,0

8,3

9,1

10,8

13,0

6.989

6.619

2.573

2.041

1.587

2.374

1,0

0,9

0,4

0,3

0,2

0,4

691.462

753.082

685.711

783.187

703.417

652.206

1/ Inclui elogios, denúncias e críticas;2/ Inclui atendimentos registrados na CTA e as solicitações à ANEEL e exclui registros duplicados; Observação: os números da Ouvidoria Setorial contêm as solicitações registradas na ANEEL e também nas agências estaduais conveniadas. Posição de: set/2013. No gráfico, os valores de 2013 foram anualizadosFonte: Relatório da Superintendência de Mediação Administrativa, Ouvidoria Setorial e Participação Pública SMA

2013 410.621 85,4 67.572 14,1 2.646 0,6 480.839

síntese do entendimento regulatório existente nas diversas superintendências da

Agência, retratando o posicionamento reiterado da Diretoria Colegiada da ANEEL

na análise dos processos administrativos que lhe são submetidos.

Havendo discordância com o encaminhamento recomendado no âmbito da

Ouvidoria Setorial, tanto o consumidor quanto a concessionária têm o direito de

questionar as informações apresentadas pela SMA, a qual poderá reconsiderar e

dar encaminhamento diverso do inicial, mediante a apresentação de fatos ou

documentos que possam acrescentar novos elementos à análise.

Caso persista a insatisfação, a ANEEL não pode se omitir de seu “dever de decidir”,

previsto tanto no Capítulo XI da Lei nº 9784/1999 quanto no art. 6º da Resolução

ANEEL nº 273/2007. Nessas situações, a SMA constitui um Processo

Administrativo de Ouvidoria Setorial e profere a decisão em primeira instância

administrativa, conforme previsto na Portaria nº 109, de 11 de julho de 2005, a

qual delega competência decisória à SMA.

O Processo Administrativo de Ouvidoria Setorial será instaurado por solicitação

escrita e expressa do consumidor, da distribuidora, ou de ofício pela própria SMA,

depois de esgotadas as providências cabíveis e sem que tenham sido acatadas

pela reclamada as conclusões da análise da solicitação de ouvidoria.

Quando for interposto recurso administrativo à decisão, a SMA emitirá juízo de

reconsideração e, sendo mantida a decisão recorrida, o recurso será

encaminhado para deliberação pela Diretoria Colegiada da ANEEL.

Existem, também, Processos Administrativos de Ouvidoria Setorial oriundos das

Agências Estaduais, os quais são julgados em última instância administrativa pela

Diretoria Colegiada da ANEEL, após análise da Comissão Técnica de Avaliação de

Processos. A Comissão – constituída por um assessor de cada Diretor, por um 1representante da Procuradoria Federal e por um representante da SMA, SRC e

2SRD –, analisa os processos com a finalidade de simplificar o trabalho dos

diretores-relatores, permitindo, sobretudo, que as decisões do Colegiado sejam

tomadas com segurança e a agilidade necessária, visto que as recomendações da

3.3. Processos administrativos de Ouvidoria Setorial

21

Comissão devem ser decorrentes de um consenso entre as áreas técnicas

envolvidas e o orgão jurídico.

Para realizar a mediação e a resolução de conflitos entre agentes regulados e

usuários do serviço, a ANEEL disponibiliza os serviços da Ouvidoria Setorial. Tal

serviço não se confunde, porém, com os afazeres de uma Ouvidoria Institucional,

que tem competência para a revisão e o aprimoramento dos procedimentos

adotados pelo órgão, por meio do tratamento de solicitações relacionadas à

própria Agência.

No caso da ANEEL, nem na Lei nº 9.427/1996 (que a institui) e tampouco no

Decreto nº 2.335/1997 (que regulamentou as suas atribuições e a estrutura de

funcionamento) havia referência às funções de Ouvidoria Institucional. A

competência da Superintendência de Mediação Administrativa, Ouvidoria

Setorial e Participação Pública (SMA) consistia em “executar as atividades

relacionadas aos processos de consulta aos agentes econômicos, a consumidores

de energia elétrica e à sociedade e de atendimento às suas reclamações”.

Por disposição legal, portanto, a Agência contava única e exclusivamente com uma

ouvidoria setorial externa. E as demandas de cunho institucional, dada a

inexistência de estrutura própria e previsão de outra forma de procedimento,

acabavam também sendo tratadas pela SMA, no âmbito da Ouvidoria Setorial.

Tal situação, entretanto, começa a mudar a partir da Resolução Normativa nº 503,

de 7 de agosto de 2012, que acresceu ao Regimento Interno da Agência o art. 17-

A, o qual dispõe que “o Diretor-Ouvidor, apoiado pela(s) unidade(s) e/ou

comissão(ões) com atribuições afetas ao tema, será também responsável por

coordenar o processo de tratamento às críticas, sugestões, reclamações ou

denúncias recebidas em face da atuação de unidades organizacionais ou de

servidores da ANEEL”. E, em outubro de 2013, a Diretoria decidiu formalizar a

Ouvidoria Institucional no âmbito da ANEEL (Portaria nº 2.884/2013, que aprova a

Norma de Organização nº 44/2013).

3.4. Ouvidoria Institucional

22

1 SRC - Superintendência de Regulação dos Serviços Comerciais2 SRD - Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição

4. OUVIDORIA SETORIAL EM NÚMEROS

No intuito de manter-se alinhada às melhores práticas de prestação de contas à

sociedade, e guardando coerência com as diretrizes de transparência e de

publicidade regulatória da ANEEL, desde o ano de 2011 a ANEEL tem publicado a

revista “Ouvidoria Setorial em Números”.

A publicação oferece uma visão panorâmica do setor elétrico, fundamentada nos

registros anuais dos consumidores no Sistema de Gestão de Ouvidoria – SGO. Os

números retratam, com fidelidade, a dimensão e a responsabilidade do trabalho

realizado pela Ouvidoria Setorial.

Quanto ao conteúdo informativo, a publicação apresenta as séries históricas de

pedidos de informação e reclamações relativas a cada distribuidora, além das

tipologias/assuntos mais recorrentes no ano correspondente àquela edição. Há,

também, referência à variação percentual de demandas em relação ao ano

anterior, bem como indicação do percentual de procedência das reclamações do

consumidor em cada tipologia. Esses dados são extremamente úteis às

distribuidoras, uma vez que podem constituir um parâmetro balizador para

eventual revisão de rotinas e procedimentos.

Afora os dados quantitativos extraídos do sistema, a publicação lista ainda o nome

do Ouvidor de cada distribuidora, o número de unidades consumidoras atendidas

e os seus respectivos canais de acesso para registro de demandas, além de divulgar

o resultado da pesquisa do Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor (IASC).

23

Com a disponibilização dessas informações, a ANEEL reafirma uma vez mais seu

firme propósito de reduzir a assimetria de informação e difundir a cultura da

regulação no setor elétrico, acreditando que a transparência da sua atuação é uma

poderosa ferramenta na busca pela prevenção de novos e potenciais conflitos.

A publicação está disponível no portal da Agência na internet (www.aneel.gov.br),

mediante consulta à Biblioteca Virtual, na seção ‘Livros’.

24

5. INTELIGÊNCIA ANALÍTICA

Os números elencados no Capítulo 3 demonstram, de forma inequívoca, a magnitude

do desafio enfrentado pela Ouvidoria Setorial. E, a despeito de receber milhares de

solicitações por ano, a equipe da SMA/ANEEL tem o compromisso de tratar toda e

qualquer demanda de consumidor com o mesmo zelo, seja qual for o assunto ou os

valores envolvidos.

Todavia, sem desmerecer o mérito desse trabalho, a Ouvidoria Setorial não pode

considerar que a sua missão se esgota ao emitir uma resposta ao consumidor, dando

ciência do entendimento regulatório relativo ao caso concreto. Além de atentar para a

individualidade de cada situação apresentada, é preciso também amplificar o espectro

de observação, pois essas mesmas solicitações, vistas em contexto, compõem um novo

(e rico) universo de análise.

Portanto, os registros do Sistema de Gestão de Ouvidoria – SGO detêm um potencial

inestimável para a implementação de análises estatísticas e uso de técnicas de

inteligência analítica, as quais permitem detectar problemas de forma mais eficaz e mais

célere, antecipando ações e decisões a serem tomadas pela Agência – e não apenas no

âmbito da SMA, mas também nas atividades de regulação e fiscalização dos serviços.

Além de prevenir conflitos potenciais entre consumidores e agentes do setor elétrico,

esse trabalho possibilita que a SMA consiga planejar melhor as ações de educação ao

consumidor e aprimorar a estrutura de atendimento de acordo com as necessidades

apontadas – dimensionamento, treinamento de pessoal, etc.

Como exemplo dessa nova forma de reflexão e ação baseada nos dados do SGO, é

possível citar os trabalhos em curso na Agência para implementação do

georreferenciamento das solicitações dos consumidores. Mediante utilização

dessa ferramenta, será possível estabelecer relações entre o banco de dados do

SGO e as diversas características de uma localidade, desde a estrutura da rede de

energia no local até informações socioeconômicas de sua população. Isso

permitirá, entre outras coisas, um melhor direcionamento das atividades de

fiscalização, bem como a sinalização às distribuidoras sobre a eventual

necessidade de melhorias em suas redes e/ou sistemas comerciais.

25

6. DESCENTRALIZAÇÃO

Considerando a extensão do território nacional e a inexistência de escritórios de

representação regional, a ANEEL, valendo-se de prerrogativa disposta na Lei nº

9.427/1996, descentraliza atividades a Agências Estaduais mediante convênio.

Devido ao conhecimento mais próximo da realidade de cada estado – e, por

conseguinte, das demandas cidadãs –, a ANEEL delega às Agências Estaduais as

atividades relativas à fiscalização econômica e financeira das concessionárias e dos

serviços e instalações de energia elétrica, o tratamento das solicitações e reclamações

de consumidores (ouvidoria e mediação) e, complementarmente, o apoio aos

processos regulatórios e de outorgas, quando autorizado pelo Poder Concedente.

Atualmente, a ANEEL mantém convênio para descentralização plena das

atividades de Ouvidoria Setorial com Agências Estaduais de nove unidades da

federação: Paraíba, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Ceará, Pará, Rio Grande do

Norte, São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco – além de Alagoas e Goiás,

onde a agência conveniada funciona apenas como canal de acesso.

26

ARCON (PA)

AGER (MT)

AGEPAN (MS)

AGERGS (RS)

AGR (GO)

ARSESP (SP)

ARCE (CE)

ARSEP (RN)

ARPB (PB)

ARPE (PE)

ARSAL (AL)

No âmbito da descentralização, em 2012 passou a vigorar a nova metodologia

estabelecida pela Resolução Normativa nº 417/2010, que reforça o foco do processo

na qualidade dos produtos apresentados e na busca de maior eficiência, tomando

por base o histórico de parceria da ANEEL com as Agências Estaduais. O caráter

inovador da referida resolução consiste no manejo de uma metodologia atualizada

de gestão da descentralização, com estímulo à eficiência e à busca por parcerias

duradouras, uma vez que os convênios têm vigência por prazo indeterminado.

No processo de constante interlocução com a sociedade, a ANEEL e as Agências

Estaduais conveniadas têm o compromisso de tratar as demandas e interesses de

consumidores e agentes do setor elétrico de forma isonômica, transparente e efetiva,

buscando sempre o equilíbrio entre as partes, contribuindo assim, de forma reflexa,

para difundir a cultura da regulação e reduzir a assimetria de informação.

A fim de reafirmar e reforçar esse compromisso, a ANEEL promove anualmente

um evento denominado “A Busca do Entendimento”, que propicia uma

oportunidade de efetiva integração entre as equipes da SMA e das Agências

Estaduais. Por meio de palestras e trabalhos em grupo, busca-se trocar

experiências e nivelar os procedimentos indispensáveis à resolução de conflitos

envolvendo as distribuidoras e seus consumidores.

Em termos de estrutura tecnológica e rotinas, as solicitações de ouvidoria

tratadas pelas Agências Estaduais conveniadas observam os mesmos trâmites

praticados na SMA.

Com vistas a aumentar a eficiência e economicidade das atividades

descentralizadas – mediante unificação dos procedimentos de custos, divulgação

e instrumentos de controle –, em 2012 houve a implantação do 0800-727-0167,

de abrangência nacional, em substituição aos números locais da Ouvidoria de

cada Agência Estadual.

27

7. RECONHECIMENTO

No ano de 2012, a Ouvidoria Setorial da ANEEL sagrou-se vencedora do XIII Prêmio

Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente, na categoria Serviços

Públicos Federais. A premiação, promovida pela Revista Consumidor Moderno,

reconhece as empresas que possuem a melhor estratégia na busca pela

excelência na prestação de seus serviços e difunde as melhores práticas de

relacionamento entre as organizações e os consumidores de todo o país.

O prêmio, tido como o “Oscar do Atendimento ao Consumidor no Brasil”, constitui

um reconhecimento público aos serviços prestados pela Ouvidoria Setorial, que

prima pela estrita observância da isonomia, transparência e efetividade no trato

das questões demandadas.

No ano seguinte, a Ouvidoria Setorial da ANEEL recebeu, também, o Prêmio de

Ouvidorias Brasil 2013, sendo a única instituição do setor público premiada.

Concedida pela revista Consumidor Moderno – com apoio da Associação

Brasileira de Ouvidores (ABO) e da Associação Brasileira de Relações Empresa-

Cliente (Abrarec) –, a premiação tem por objetivo selecionar os dez melhores

cases de ouvidoria que incorporem conceitos de inovação, desempenho,

governança, integridade e responsabilidade social.

O trabalho premiado da ANEEL diz respeito ao processo de regulamentação das

ouvidorias do setor elétrico, que estabeleceu a obrigatoriedade de criação de

ouvidorias nas concessionárias do serviço público de distribuição de energia elétrica.

Apesar do reconhecimento obtido com essas conquistas, a Ouvidoria Setorial da

ANEEL considera que o seu ativo intangível mais valioso é, sem dúvida, a satisfação de

cada um dos milhares de consumidores que, diariamente, recorrem aos seus serviços.

28

8. DÚVIDAS FREQUENTES DO CONSUMIDOR

Resposta: Independentemente do canal de acesso escolhido, a partir do registro

no SGO, todas as demandas obedecem aos mesmos trâmites, não havendo

qualquer distinção relativa ao canal de entrada. Caso o consumidor opte por

enviar documentos por via postal à ANEEL, o registro ocorrerá após o devido

recebimento da correspondência, cujo tempo de entrega é de responsabilidade

dos Correios.

Resposta: Sendo constatada a existência de múltiplos registros do mesmo

consumidor, com assunto e pedido idênticos, todos serão anexados numa única

solicitação (preferencialmente a mais antiga), a qual seguirá os trâmites praticados

usualmente na Ouvidoria Setorial, sem quaisquer prioridades e/ou preferências.

Resposta: A atuação da ANEEL é administrativa. Portanto, para restabelecimento

do serviço, o consumidor deve manter contato com a sua distribuidora, a qual

conta com estrutura para atendimentos de rotina e emergenciais, dispondo para

tanto de equipes e veículos necessários para a manutenção e correção dos

sistemas e redes.

29

Se eu registar a minha reclamação em diferentes

canais de acesso, ou efetuar vários registros

consecutivos, ela terá prioridade de tratamento?

Qual canal de acesso da Ouvidoria Setorial eu devo

utilizar para obter um posicionamento mais

rápido?

A minha residência está sem energia e eu preciso

que a ANEEL restabeleça o serviço com urgência. É

possível?

Resposta: Caso a distribuidora não tenha cumprido as orientações da Agência,

conforme estabelecido na comunicação de ouvidoria encaminhada, o consumidor

deve retornar o contato com a Ouvidoria Setorial, informando tal circunstância – e,

preferencialmente, fazendo menção ao número da solicitação encerrada.

Resposta: Em caso de insatisfação com o teor da resposta recebida, o consumidor

pode solicitar uma reanálise da solicitação de ouvidoria, preferencialmente

agregando fatos novos à análise. Persistindo ainda a insatisfação, o consumidor

pode requerer a abertura de processo administrativo.

Resposta: No âmbito da Ouvidoria Setorial, as reclamações registradas no SGO

são analisadas mediante um contraponto entre o relato do consumidor e as

informações prestadas pela distribuidora, a fim de constatar a procedência ou

improcedência da demanda. Dessa forma, não há necessidade de verificação ‘in

loco’ para elaboração do posicionamento administrativo da Ouvidoria Setorial.

30

A distribuidora descumpriu o que foi informado na

comunicação da ANEEL. Como eu devo proceder

nesse caso?

Não concordo com o posicionamento da ANEEL

sobre a minha reclamação. O que devo fazer?

Eu desejo que um técnico da ANEEL venha a minha

unidade consumidora para comprovar a veracidade

do meu relato. Posso agendar essa visita?

Resposta: Todas as informações prestadas no âmbito da Ouvidoria Setorial devem

ficar registradas no SGO, para fins de comprovação e rastreabilidade futura. E,

como a Ouvidoria Setorial não dispõe de sistema para gravação de chamadas

ativas (mas apenas para o recebimento de chamadas pelo telefone 167), o registro

fica inviável, razão pela qual todas as comunicações de ouvidoria são

encaminhadas via e-mail ou correspondência.

Resposta: O prazo médio de resposta é de 19 dias, contados a partir do registro da

solicitação de ouvidoria junto à ANEEL. Todavia, a complexidade do caso concreto

e a consistência dos esclarecimentos prestados pela distribuidora influirão no

prazo de tratamento por parte da Ouvidoria Setorial – podendo ficar aquém ou,

eventualmente, exceder a média informada, pois é entendimento da Agência que

a busca pela celeridade não pode comprometer a qualidade da análise do caso e

da resposta ao consumidor.

Resposta: Assim como em toda a Administração Pública, também na Ouvidoria

Setorial vigora o princípio da impessoalidade, e, por conta disso, a

responsabilidade pelo tratamento das solicitações de ouvidoria não é atribuível a

este ou aquele servidor, constituindo um posicionamento da ANEEL.

31

Não quero receber a resposta da minha solicitação

por escrito. Alguém da ANEEL pode telefonar para

mim?

Quanto tempo demora até que eu receba resposta

da minha reclamação junto à Ouvidoria Setorial?

Posso saber o nome do técnico que tratou da

minha solicitação de ouvidoria?

Resposta: Para tratar das solicitações de consumidores em relação aos serviços

prestados pelas distribuidoras, o canal adequado é a Ouvidoria Setorial. Caso

registre sua reclamação por meio do sistema eletrônico do Serviço de

Informações ao Cidadão (e-SIC), o consumidor será orientado quanto às formas

de acesso à Ouvidoria Setorial (telefone, internet, correspondência, presencial).

32

É possível que a minha reclamação contra a

distribuidora seja tratada nos termos e prazos da

Lei de Acesso à Informação?

9. O CAMINHO DO ENTENDIMENTO

Ao solicitar o fornecimento ou a troca de titularidade à distribuidora, o

consumidor assume a responsabilidade pelas obrigações referentes àquela

unidade consumidora. O contrato de fornecimento, porém, disciplina não só os

deveres do consumidor, mas também os seus direitos em relação à prestação do

serviço.

Dessa forma, se estiver insatisfeito com a qualidade dos serviços prestados, o

consumidor deve contatar primeiramente a sua distribuidora, diretamente nos

postos de atendimento ou por meio do serviço gratuito de telefonia, cujo número

consta na fatura de energia (conta de luz).

Caso não seja atendido, ou se entender que o atendimento foi insatisfatório, o

consumidor pode contatar a Ouvidoria da distribuidora, que tem a

responsabilidade de avaliar o tratamento conferido à questão no primeiro nível.

Persistindo ainda a insatisfação, o consumidor tem a possibilidade de registrar

uma solicitação de ouvidoria junto à Agência Estadual conveniada à ANEEL.

Não havendo Agência Reguladora conveniada no seu Estado, o consumidor tem à

disposição, então, os diversos canais de acesso à Ouvidoria Setorial da ANEEL:

33

Telefone/Fax

167Segunda a Sexta-feira das 8h às 20h

Internet

www.aneel.gov.brEspaço do Consumidor/ Ouvidoria / Fale Conosco

Atendimento eletrônico via Chat ou Formulário

Correspondência

ANEEL – Agência Nacional de Energia ElétricaSMA - Superintendência de Mediação Administrativa, Ouvidoria Setorial e Participação Pública

SGAN, Quadra 603, Módulo I, 1º andar - Brasília/DF - CEP 70830-110

Atendimento Presencial na sede da ANEELSegunda a Sexta-feira das 8h às 18h