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CADERNOS BDMG Publicação do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais Departamento de Planejamento e Estudos Econômicos Nº 20 | ABRIL | 2010 Belo Horizonte Periodicidade Semestral ISSN 1806-3187 Cad. BDMG | Belo Horizonte | n. 20 | p.5-112 | abr. 2010

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CADER NOS BDMG

Publicação do Banco de Desenvolvimento de Minas GeraisDepartamento de Planejamento e Estudos Econômicos

Nº 20 | ABRil | 2010

Belo Horizonte

Periodicidade Semestral

iSSN 1806-3187

Cad. BDMG | Belo Horizonte | n. 20 | p.5-112 | abr. 2010

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Cadernos BDMG. – N. 1 (mar. 1968)–. –Belo Horizonte: BDMG, 1968– v.: il.

SemestralPublicado pelo: Departamento de Planejamento, Programas e Estudos Econô-micos do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais. Nome alterado para, Departamento de Planejamento e Programas em 2007. Nome alterado para Departamento de Planejamento e Estudos Econômicos em jun. de 2009.

Suspenso em 1968 no n. 3 até 2001. Reiniciou em jan. 2002 no n. 4.iSSN: 1806-3187

1. Desenvolvimento econômico i. Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais. Departamento de Planejamento e Estudos Econômicos.

CDU 330.34(05)

CADER NOS BDMG

Revista semes tral edi ta da pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A. - BDMG

Conselho de Administração

Ângela Maria Prata Pace Silva de Assis Presidente

Sérgio BarrosoVice-Presidente

Fábio Proença DoyleFuad Jorge Noman FilhoMauro lobo Martins Jr.Paulo de Tarso Almeida PaivaRondon PachecoSimão Cirineu Dias

Diretoria Paulo de Tarso Almeida Paiva Presidente

José Augusto Trópia Reis Vice-Presidente

Fernando lage de Melo Jorge luiz Schmitt-Prym Ronaldo lamounier locatelli

Coordenação Editorial João Édison Vaz lopes Mônica de Matos Vieira Tonyedson Pereira e lanaKátia Vasconcelos Monferrariiara Faria Gohn

Editor Técnico Jornalista Maria José Goulart Taucce Reg. Nº 1991 – DRT-MG

Foto CapaMarina Valle Noronha

Editoração Agência Fosfato

Impressão Gráfica e Editora O lutador

Endereço para Correspondência CADERNOS BDMG D.PERua da Bahia, 1600 – 30160-907 Belo Horizonte – MG [email protected]

AS iDEiAS E OPiNiÕES EXPOSTAS NOS ARTiGOS SÃO DE RESPONSABiliDADE DOS AUTORES, NÃO REFlETiNDO NECESSARiAMENTE A OPiNiÃO DO BDMG.

É PERMiTiDA A REPRODUÇÃO TOTAl OU PARCiAl DOS ARTiGOS DESTA REViSTA, DESDE QUE CiTADA A FONTE.

BDMG

Catalogação na fonte: Biblioteca do BDMG

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APRE SEN TA ÇÃO

Os Cadernos BDMG publicam, semestralmente, estudos que abordam aspectos importantes

para o desenvolvimento econômico e social mineiro. A presente edição dedica-se a um tema de

especial relevância neste debate: o desenvolvimento humano em Minas Gerais.

O texto, “Aspectos do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizon-

te – Análise comparada com o estado e Belo Horizonte” de Fernando Martins Prates, Maria luiza

A. Marques e Olinto J. O. Nogueira, pesquisadores da Fundação João Pinheiro (FJP), faz uma

análise comparada do desenvolvimento humano para a Região Metropolitana de Belo Horizonte

(RMBH), o estado de Minas Gerais e a cidade de Belo Horizonte, traçando uma visão espacial

da evolução dos indicadores que compõe o Índice de Desenvolvimento Humano (iDH) nestas

áreas.

A pesquisa mostrou que os indicadores pertinentes ao desenvolvimento humano vêm me-

lhorando nas últimas décadas na RMBH. Dentre as melhoras observadas, destaca-se a queda

substancial da pobreza que, em função do avanço significativo da renda per capita nos últimos

anos, vem fazendo com que haja uma aproximação entre os indicadores das áreas periféricas de

Belo Horizonte e os da capital mineira. Apesar disso, verificou-se que a desigualdade de renda

ainda permanece em patamar muito elevado, devendo ser, portanto, alvo de políticas públicas

específicas.

Em função dos avanços recentes obtidos nas dimensões avaliadas pelo iDH, os autores su-

gerem ainda que novos indicadores sejam adotados para avaliar o desenvolvimento humano no

país, tornando-os mais “exigentes” e, portanto, mais adequados à nova realidade.

Finalmente, com o objetivo de obter um retrato ainda mais nítido das disparidades existen-

tes na RMBH, os autores promoveram uma desagregação maior dos dados, tanto por meio da

segmentação da população (segundo a renda familiar per capita), quanto pela avaliação dos

dados censitários (para analisar as Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs). Em ambos

os casos, os indicadores refletiram realidades socioeconômicas muito distintas entre classes,

municípios e até mesmo bairros, mostrando que ainda há um grande avanço para ser feito na

promoção do desenvolvimento humano em Minas Gerais.

Paulo de Tarso Almeida Paiva

Presidente

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ASPECTOS DO DESENVOlViMENTO HUMANO NA REGiÃO

METROPOliTANA DE BElO HORiZONTE – ANáliSE COMPARADA COM O ESTADO E BElO HORiZONTE

FERNANDO MARTiNS PRATES*MARiA lUiZA DE AGUiAR MARQUES*OliNTO JOSÉ OliVEiRA NOGUEiRA*

* Os autores são pesquisadores da Fundação João Pinheiro. Este trabalho constitui um dos itens do compromisso assumido com a Fapemig, como contrapartida para o recebimento de uma Bolsa de Incentivo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Tecnológico (BIPDT), no período de agosto 2008 a agosto 2010.

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INTRODUÇÃO .........................................................................................................................9

1. ANÁLISE GERAL: toda a população ..............................................................................11

1.1. Dinâmica demográfica ...................................................................................................11

1.2. O iDHM e seus subíndices ............................................................................................19

1.3. A dimensão Renda .........................................................................................................27

1.4. A dimensão Educação ....................................................................................................35

2. ANÁLISE SEGMENTADA: 60% mais pobres X 40% mais ricos .....................................44

3. ANÁLISE INFRARREGIONAL: municípios e UDHs .......................................................48

3.1. Análise do iDHM e de seus subíndices ..........................................................................51

3.2. Aspectos da dimensão Renda .........................................................................................57

3.3. Aspectos da dimensão Educação ...................................................................................69

3.4. Aspectos da dimensão longevidade ...............................................................................71

TEXTOS COMPLEMENTARES

1. Calculando o iDH e o iDHM .........................................................................................17

2. Desenvolvimento humano recente nos estados e nas regiões metropolitanas do Brasil ......22

3. Mercado de trabalho – alguns indicadores da década atual ...........................................34

4. Desempenho escolar no ensino fundamental .................................................................42

5. As unidades de desenvolvimento humano (UDHs) ........................................................49

6. Correlações entre o iDHM e seus sub-índices, com base nas estimativas para as UDHs da região metropolitana de Belo Horizonte ..........................74

REFERÊNCIAS .........................................................................................................................78

ANEXO ESTATÍSTICO .............................................................................................................81

SUMáRiO

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INTRODUÇÃO

Neste texto é feita uma análise comparada do desenvolvimento humano na Região

Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais e no município de Belo Horizonte, abarcan-

do os períodos 1991 a 2000 e 2001 a 2008. As principais fontes de dados utilizadas para o pri-

meiro período são o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil e o Atlas do Desenvolvimento

Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que, por sua vez, estão baseados nos

resultados dos dois últimos Censos Demográficos do iBGE; para o segundo período, as fontes

básicas são as Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (PNADs) de 2001 a 2008, tam-

bém do iBGE. Evidentemente, dada a abrangência e a complexidade do tema, serão tratados

aqui apenas alguns aspectos do desenvolvimento humano.

O texto está dividido em três capítulos. No primeiro, a análise é geral, ou seja, abarca toda

a população da região, do estado e do município. Busca avaliar o desenvolvimento humano

recente na região metropolitana, já incluindo os resultados da última PNAD realizada no país

(2008).

Mostra-se nesse capítulo que a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) é a terceira

metrópole mais populosa do Brasil e que nela vive um de cada quatro habitantes do estado de

Minas Gerais. Belo Horizonte, que ainda concentra quase metade dessa população, tem perdido

participação, configurando-se um processo de “periferização”, com o adensamento popula-

cional de áreas situadas junto aos limites da capital. Verifica-se também que a situação dessa

região metropolitana, em termos de desenvolvimento humano, vem melhorando ao longo dos

dois períodos analisados. Essa melhora tem sido mais intensa na década atual, apontando para

uma aproximação entre os indicadores de Belo Horizonte e do “restante” da região. Mostra-se

ainda que a renda per capita vem crescendo em ritmo maior que na década passada e, princi-

palmente, que na década atual seu ritmo é maior para as parcelas mais pobres da população,

repercutindo em queda significativa da pobreza. A despeito disso, a desigualdade de renda per-

manece em patamar muito elevado. Por fim, ao mesmo tempo em que se destaca a importância

da dimensão Educação nessa evolução, fruto de políticas explícitas de governo, reconhece-se

a necessidade de serem considerados, na construção do Índice de Desenvolvimento Humano

Municipal (iDHM), indicadores mais exigentes do que os tradicionalmente utilizados – a taxa

de alfabetização e a taxa bruta de freqüência à escola -, que já alcançam seu limite máximo

na região. Ao se fazer isso, mostra-se uma realidade mais precária, tanto em termos de grau de

escolaridade como de qualidade do ensino.

No segundo capítulo, procurando contornar a limitação colocada anteriormente (referente

à inviabilidade de uma maior desagregação espacial com os dados disponíveis das PNADs),

procedeu-se a uma segmentação da população da região, segundo sua renda familiar per

capita, confrontando-se os indicadores referentes aos 60% mais pobres e aos 40% mais ricos.

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Explicitou-se, assim, a grande disparidade existente entre esses dois grupos, ainda que, nos últi-

mos anos, ela venha se reduzindo. No caso da dimensão Renda, a maior taxa de crescimento da

renda per capita dos mais pobres não foi suficiente para assegurar a esse grupo a maior redução

do hiato do índice, em função do elevado nível de desigualdade existente. No caso da dimensão

Educação, a grande disparidade entre os grupos surge quando se levam em consideração níveis

mais elevados de escolaridade e a freqüência nos ensinos médio e superior. As condições em

que os jovens mais pobres estão ingressando na vida adulta e no mercado de trabalho não só

deixam muito a desejar, mormente em se tratando de um ambiente metropolitano cosmopolita,

como apontam para uma permanência da desigualdade de renda em níveis elevados (ainda

mais quando são considerados, além das disparidades em escolaridade, o grau de acesso dife-

renciado a boas escolas e outros fatores de diferenciação no mercado de trabalho). Na dimensão

longevidade, as piores condições do grupo mais pobre traduzem-se em três anos a menos em

sua expectativa de vida ao nascer.

Um retrato mais nítido das disparidades internas existentes na RMBH e que permita localizá-

las espacialmente só é possível para os anos censitários. É o que se faz no terceiro capítulo,

no qual são analisados os indicadores gerados, a partir dos resultados dos dois últimos Censos

Demográficos (1991 e 2000), para as 287 Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs) que

resultaram da divisão espacial da RMBH (as UDHs são aproximações de bairros e 160 dessas

unidades espaciais pertencem a Belo Horizonte).

Dessa forma, o terceiro capítulo expõe as grandes disparidades que se encontram por trás

de índices e indicadores médios para a região e, principalmente, para a capital. Ao se superpor

o mosaico das UDHs mais afluentes ao do das mais carentes, aparecem os enormes contrastes.

Realidades socioeconômicas muito distintas - com indicadores tão ou mais díspares quanto

aqueles dos municípios mais e menos desenvolvidos de Minas Gerais - convivem lado a lado,

separadas, muitas vezes, por apenas um muro. Nascer de um lado ou de outro pode fazer gran-

de diferença, a diferença de mais de dez anos de vida, de uma vida de mais oportunidades e

qualidade.

Depois de 2000, esses contrastes devem ter se reduzido um pouco, como apontam as

conclusões dos capítulos anteriores. No entanto, um novo retrato com a mesma nitidez só será

viável com os resultados do próximo censo, a ser realizado no final de 2010.

À parte do texto principal, composto pelos três capítulos acima descritos, foram inseridos

seis pequenos textos complementares, com explicações e análises adicionais relacionadas aos

temas tratados, bem como um anexo estatístico contendo os índices e indicadores levantados

das PNADs.

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1. ANÁLISE GERAL: toda a população

Neste capítulo é feita uma análise do desenvolvimento humano recente na RMBH, com

base na evolução do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (iDHM) e dos seus três

subíndices – Educação (iDHM-E), Renda (iDHM-R) e longevidade (iDHM-l).

No caso das dimensões Renda e Educação, outros indicadores, além daqueles que entram

na composição dos índices, são utilizados para permitir uma melhor compreensão da situação.

inicialmente, é feita uma avaliação do comportamento dos componentes da dinâmica

demográfica que explicam a conformação populacional recente.

1.1. Dinâmica demográfica

Em 2008, a RMBH concentra pouco mais de 5 milhões de habitantes e é a terceira região

metropolitana mais populosa do Brasil, após a do Rio de Janeiro e a de São Paulo. Considerando

apenas o núcleo dessa região - Belo Horizonte, municípios que lhe fazem fronteira e Betim -,

ainda assim ela continua como a terceira maior metrópole brasileira. Nesse núcleo concentram-

se 90% de toda a população da região, sendo que quase a metade desta (48%) reside no muni-

cípio de Belo Horizonte (tabela 1.1).

A população da RMBH expandiu-se bem mais que a de Minas Gerais e, com isso, sua parti-

cipação na população total do estado subiu de 22,4% em 1991 para 24,4% em 2000, chegando

a 25,4% em 2008. É interessante notar que essa expansão na participação deve ser creditada

não a Belo Horizonte, mas aos outros municípios da região metropolitana: entre 1991 e 2008,

enquanto a capital praticamente mantém sua participação na população total do estado em

torno de 12,5%, os outros municípios da região aumentam sua participação de 9,5% para 13%.

No contexto nacional, quando comparada às demais capitais, Belo Horizonte também

perde posição em termos de tamanho populacional: da 4ª posição em 1991, atrás de São Paulo,

Rio de Janeiro e Salvador, passa para o 6º lugar em 2008, ultrapassada por Brasília e Fortaleza.

Considerando-se apenas o núcleo da RMBH, tal como definido acima, o resultado de seu

crescimento demográfico na década de 90 representou cerca de 700 mil novos habitantes, o que

corresponde à incorporação de uma população maior do que a de qualquer outro município do

estado, à exceção de Belo Horizonte. Nos sete primeiros anos da década atual, a despeito do

arrefecimento desse crescimento, o núcleo incorporou uma população adicional de aproxima-

damente 500 mil habitantes, ou seja, inferior apenas à população dos três maiores municípios

mineiros - Belo Horizonte, Uberlândia e Contagem.

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Esses elevados e crescentes contingentes populacionais do núcleo da RMBH determinam

uma alta densidade populacional em quase todos os seus municípios, principalmente em Belo

Horizonte, que atinge, em 2008, 7,3 mil habitantes por km², 11ª maior densidade entre todos

os municípios do país.

A conformação da distribuição espacial da população da RMBH resulta do poder de atração

e repulsão que o município de Belo Horizonte exerce sobre toda a região. Os dados do “Atlas

de Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de Belo Horizonte” demonstram que

o crescimento de bairros em municípios confrontantes com Belo Horizonte é resultado de um

processo de transbordamento da população da capital, reproduzindo-se, no seu entorno, regi-

ões com alta densidade demográfica e baixo nível de renda per capita, como muitas existentes

dentro do espaço de Belo Horizonte.

Tabela 1.1 – População, área e densidade demográficaMinas Gerais, RMBH, Belo Horizonte e Entorno 1991-2000 e 2001-2008

Municípios

População - década de 90 (1000 hab.) População - década atual (1000 hab.)

Área (Km2)

Densidade (hab./km2)

1991 2000Ranking em MG 2000

Taxa de crescimento 1991-2000 (% ao ano)

2001 2008Ranking em MG 2008

Taxa de crescimento 2001-2008 (% ao ano)

2000 2008

Minas Gerais 15.743 17.891 1,43 18.297 19.850 1,17 586.552 31 34

RMBH 3.523 4.358 2,39 4.494 5.045 1,66 9.487 459 532

Belo Horizonte 2.020 2.239 1 1,15 2.280 2.435 1 0,94 332 6.745 7.335

Contagem 450 538 2 2,02 554 618 3 1,5 7 195 2.756 3.165

Betim 171 307 6 6,71 326 430 5 4,01 347 884 1.238

Ribeirão das Neves 144 247 9 6,18 262 340 7 3,82 155 1.597 2.199

Santa luzia 138 185 11 3,32 192 227 11 2,43 234 789 970

ibirité 77 133 15 6,32 141 155 14 1,39 73 1.815 2.119

Sabará 90 115 18 2,83 120 125 20 0,67 304 379 412

Vespasiano 46 76 36 5,84 80 100 27 3,14 70 1.087 1.416

Nova lima 52 64 49 2,32 66 76 43 1,86 430 150 176

Brumadinho 19 27 114 3,63 28 34 94 2,81 634 42 53

Sub-total (BH + Entorno) 3.206 3.931 2,29 4.049 4.539 1,65 2.775 1.417 1.636

Outros Municípios da RMBH 317 427 3,38 445 506 1,83 6.712 64 75

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Censos Demográficos, 1991 e 2000 e Revisão de Populações feitas pelo iBGE em 2008Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)

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Mapa 1.1 – Densidade demográfica (hab/Km2) – 2000Região Metropolitana de Belo Horizonte – Todas as UDHs

De fato, pode-se dizer que todas as UDHs1 que fazem fronteira com o município de Belo

Horizonte estão entre as mais densas e as de menor renda per capita da região. A única exceção

é a UDH JARDIM CANADÁ/SÃO SEBASTIÃO DAS ÁGUAS CLARAS/MORRO DO CHAPÉU/

LAGOA DOS INGLESES, em Nova lima, que tem sido ocupada por condomínios de luxo.

isso pode ser observado no mapa 1.2. A grosso modo, a partir do “epicentro” de maior nível

de renda per capita (acima de R$ 1200,00, a preços de agosto de 20002), localizado na região

administrativa Centro-sul da capital, nota-se, à medida que se caminha para a periferia, uma

gradativa queda desse nível, chegando, nos municípios fronteiriços, a valores entre R$ 300,00 e

R$ 600,00 de renda per capita.

1 Ver texto complementar sobre as UDHs no capítulo 3 deste texto.2 Os valores de renda per capita do mapa 1.2 encontram-se a preços de agosto de 2000, data do último Censo De-mográfico. Convertidos para reais de agosto de 2009 (data de referência utilizada para os valores monetários ao longo do resto do texto), os valores superiores de cada intervalo do mapa 1.2 são: 224,45; 561,14; 1.122,27; 2.244,54; e 5.365,13. Para a conversão foi utilizado o iNPC, do iBGE.

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de Belo Horizonte. 2006. Elaboração própria.

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Mapa 1.2 – Renda per Capita – R$ de agosto/2000Região Metropolitana de Belo Horizonte – Todas as UDHs

A análise dos componentes da dinâmica demográfica da região (tabela 1.2) mostra que

todo o crescimento da RMBH é resultado de participações praticamente iguais do crescimento

vegetativo e do saldo migratório positivo.

Apenas na RMBH a migração tem papel de destaque; em Belo Horizonte e, principalmente,

em Minas Gerais, o crescimento vegetativo é o maior determinante do crescimento demográfico.

O baixo crescimento demográfico observado, tanto na região como no estado, está dire-

tamente relacionado ao baixo poder de atração populacional que exercem e ao baixo cresci-

mento vegetativo. Este último, por sua vez, é explicado (pelo lado da natalidade) pela taxa de

fecundidade total (TFT), que está cada vez mais baixa, situando-se, em 2008, abaixo do nível de

reposição de 2,1 filhos por mulher em idade reprodutiva (1,9 em Minas Gerais, 1,8 na RMBH e

1,5 em Belo Horizonte).

Tabela 1.2. – Componentes do Crescimento Demográfico (por mil)Minas Gerais, RMBH e Belo Horizonte – 2008

Taxa de crescimento demográfico

Taxa bruta de natalidade

Taxa bruta de mortalidade

Taxa de crescimento vegetativo

Taxa líquida de migração

Minas Gerais 11,71 15,18 5,87 9,30 2,41

RMBH 16,64 14,74 6,32 8,42 8,22

Belo Horizonte 9,42 12,00 6,01 5,99 3,43

Fonte: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE) / PNAD 2008. Elaboração: própria Obs: taxas padronizadas por Minas Gerais

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de Belo Horizonte. 2006. Elaboração própria.

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Outro aspecto importante a ser considerado é o comportamento das taxas específicas de

mortalidade. Essas taxas tornam-se particularmente importantes para as grandes aglomerações

urbanas, nas quais, cada vez mais, a mortalidade infantil deixa de ser a variável determinante

na composição total da esperança de vida ao nascer (devido, por um lado, à sua queda e, por

outro, ao aumento da mortalidade em outras faixas etárias).

Os dados do Sistema de informações de Mortalidade (SiM), do DATASUS, não deixam

dúvidas a este respeito, principalmente quando desagregados por sexo3. O gráfico 1.1 mostra

o comportamento da mortalidade por faixa etária na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Gráfico 1.1 – Óbitos na Região Metropolitana de BH segundo faixa etáriaMédia de 2005-2007

0

5

10

15

20

25

30

35

Menor de 1

1-4 5-9 10-14 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 80 e +

% d

e ób

itos

Faixas EtáriasFeminino Masculino Total

Se as curvas para ambos os sexos praticamente se sobrepõem nas primeiras faixas etárias,

elas passam nitidamente a se descolar na faixa dos 15 a 19 anos. A partir daí, a mortalidade

masculina é sempre maior que a feminina, particularmente na faixa de 20 a 29 anos, quando

forma-se uma protuberância na curva masculina, enquanto a feminina segue com a mesma

concavidade. É interessante observar que, a partir dos 15 anos, a mortalidade masculina passa

a ser maior que na primeira faixa etária (0 a 1 ano), o que, no caso das mulheres, só ocorre a

partir dos 40 anos. Pode-se dizer que os ganhos obtidos nas últimas décadas com a queda na

mortalidade infantil foram praticamente anulados com o aumento da mortalidade masculina,

principalmente do grupo etário de 20 a 29 anos. É esse aumento desproporcional, sem dúvida

3 Todos os resultados foram estimados a partir de uma média simples das observações verificadas para os anos de 2004, 2005 e 2006.

Fonte: MS/SVS/DASiS - Sistema de informações sobre Mortalidade - SiM Elaboração: própria

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associado à prevalência da mortalidade designada como por “causas externas”4, que faz com

que a esperança de vida ao nascer para os homens seja significativamente menor que a das

mulheres. Enquanto este tipo de mortalidade representa 11% do total de mortes em Minas

Gerais, na RMBH ele responde por 17%. Tanto no estado como na região metropolitana, os

homens são os mais atingidos: respectivamente, 83% e 85% das mortes por causas externas

referem-se ao sexo masculino; e, desse total, quase metade (49% em Minas e 43% na RMBH)

incidia sobre homens entre 20 e 39 anos.

Na RMBH, a sobremortalidade masculina nessa faixa etária é quase três vezes maior que a

feminina: entre as mulheres, 7% dos óbitos totais ocorrem na faixa de 20 a 39 anos, enquanto

entre os homens esse percentual é de 20%. Cabe observar, por fim, que, na RMBH, 24% dos

homens morrem por causas externas, enquanto, para as mulheres, essa taxa é de apenas 8%.

Tabela 1.3 – Número de óbitos, por sexo e faixa etáriaRegião Metropolitana de Belo Horizonte – Média de 2005 e 2006

Faixas EtáriasMortalidade total Mortalidade por causas externas

Feminina Masculina Total Feminina Masculina Total

Total 10.737 14.832 25.574 651 3.683 4.334

Menor de 1 423 531 958 10 9 19

1-4 76 88 163 13 21 34

5-9 43 64 107 13 24 37

10-14 44 102 146 17 64 80

15-19 103 628 732 59 560 619

20-29 292 1.622 1.914 113 1.367 1.480

30-39 459 1.315 1.774 91 698 790

40-49 906 1.719 2.626 85 427 513

50-59 1.251 2.060 3.310 60 236 296

60-69 1.646 2.330 3.975 54 122 176

70-79 2.248 2.389 4.637 54 96 150

80 e mais 3.245 1.981 5.226 82 57 139

Fonte: MS/SVS/DASiS - Sistema de informações sobre Mortalidade - SiMElaboração: própria

4 Entende-se Mortalidade por Causas Externas aquelas provocadas por: homicídios, acidentes de trânsito, suicídios, quedas acidentais, afogamentos, etc. O segmento populacional mais vulnerável à incidência de tais mortes é consti-tuído por homens jovens e adultos jovens.

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Texto complementar 1

CalCulando o IdH e o IdHM

O iDH é um índice criado pela ONU para avaliar e comparar o nível de desenvolvimento humano entre os países. Sintetiza o nível de sucesso atingido pela sociedade no atendimento a três necessidades básicas e universais do ser humano: acesso ao conhecimento (dimensão educação); direito a uma vida longa e saudável (dimensão longevidade) e direito a um padrão de vida digno (dimensão renda).

Para a construção do iDH são necessárias várias escolhas: indicadores para traduzir as três necessidades básicas definidas, parâmetros para a normalização dos indicadores e atribuição de pesos aos indicadores e dimensões.

Seleção dos indicadores: Para a dimensão educação (iDH-E), os indicadores selecionados foram a taxa de alfa-betização da população de 15 anos ou mais de idade e a taxa bruta combinada de matrícula nos três níveis de ensino (fundamental, médio e superior), que mede o acesso das pessoas ao sistema de ensino. O primeiro mostra o percentual da população naquela faixa etária que sabe ler e escrever um bilhete simples. O segundo, o total de pessoas matricu-ladas nos três níveis de ensino, em relação à população na faixa etária de referência para esses níveis (7 a 22 anos).

Para a dimensão Renda (iDH-R), o indicador utilizado é o logaritmo do PiB per capita, medida da capaci-dade da população em adquirir os bens e serviços, ou seja, da possibilidade de acesso a outras dimensões não abordadas diretamente pelo iDH. O logaritmo é utilizado para traduzir o pressuposto de que, à medida que o PiB per capita cresce, seu retorno, em termos de desenvolvimento humano, é gradativamente menor, ou seja, de que o crescimento do PiB per capita tem retornos decrescentes nesses termos. Além disso, o PiB per capita em moeda nacional é convertido para dólares pela paridade do poder de compra (dólares PPC), para levar em consideração o poder de compra diferenciado das moedas nacionais em relação a uma cesta padrão de consumo (a taxa de conversão é calculada pelo Banco Mundial).

Para a dimensão longevidade (iDH-l), o indicador utilizado é a expectativa de vida ao nascer.

Normalização: criar um índice sintético a partir de indicadores tão distintos como PiB per capita, expec-tativa de vida ao nascer, taxas de alfabetização e de matrícula, com diferentes unidades de medida – valores monetários, anos de vida, percentagens - implica normalizá-los, transformando-os em valores puros, sem unidade de medida, ou seja, em índices.

O processo utilizado consiste na definição dos parâmetros de pior e melhor valores para cada indicador e sua normalização se dá através da equação:

i = (valor observado – pior valor) / (melhor valor – pior valor)

Nesta equação, o denominador corresponde a uma determinada distância a percorrer e o numerador, o quanto desse caminho já foi percorrido.

Dessa forma, quanto mais próximo o valor observado está do pior valor (início do caminho), mais próximo o índice fica de 0, a pior situação. De modo contrário, quanto mais próximo o valor observado está do melhor valor, mais o numerador e o denominador se aproximam e o índice tende para 1, a melhor situação.

Os valores adotados como parâmetros são definidos através da observação das tendências mundiais dos indicadores para o longo prazo, de forma que os mesmos possam permanecer fixos por bastante tempo, permi-tindo comparações temporais dos índices obtidos.

Escolha dos pesos: na construção do iDH-Educação, atribui-se peso 2 para o índice referente à taxa de alfabetização e peso 1 para o índice da taxa bruta de matrícula. Assim, o iDH-Educação é uma média ponderada desses dois índices. Já na construção do iDH, são atribuídos pesos iguais para os índices da três dimensões – iDH-Educação, iDH-Renda e iDH-longevidade; portanto, o iDH é uma média simples desses três índices.

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Sintetizando a fórmula de cálculo para cada um desses índices, explicitando o pior e o melhor valores estipulados, tem-se:

iDH-longevidade = (valor observado da esperança de vida - 25)/ (85 –25);

iDH-Educação = (2 x i-Alf + i-TBM)/3, sendo que, na construção dos índices da taxa de alfabetização (i-Alf) e da taxa bruta de matrícula (i-TBM), o pior e o melhor valores, tanto para um como para o outro, são, respec-tivamente, 0% e 100%;

iDH-Renda = [ln (valor observado do PiB per capita) – ln (100) ] / [ ln (40.000) – ln (100) ], onde os valores se encontram em dólares PPC.

adaptações para a construção do IdH- Municipal (IdHM)

O iDHM é resultado de algumas adaptações feitas ao iDH, para efeito de cálculo desse índice para os municípios brasileiros.

O iDH foi inicialmente idealizado para ser calculado para países, cujas fronteiras são, em princípio, rela-tivamente fechadas, tanto do ponto de vista econômico (no sentido de que os membros da sociedade são os proprietários da maior parte dos fatores de produção) quanto do ponto de vista demográfico (no sentido de que não há migração temporária). Municípios, no entanto, são espaços geopolíticos relativamente mais abertos, em ambos os sentidos acima.

Por este motivo, o iDHM, embora mantenha a mesma concepção básica do iDH, difere deste em sua meto-dologia de cálculo, em função de duas alterações realizadas: na dimensão Renda, o indicador PiB per capita foi substituído pela Renda per capita e, na dimensão Educação, a taxa bruta de matrícula foi substituída pela taxa bruta de frequência à escola. Para garantir a maior comparabillidade com o iDH dos países, foram mantidos os mesmos parâmetros (melhor e pior valores) adotados por esse índice. Sobre isso, algumas considerações devem ser feitas:

PIB per capita X Renda Familiar per capita: Para uma economia relativamente fechada, o PiB per capita é um bom indicador da renda apropriada pela população local e, portanto, do seu potencial de realização de bem estar. No entanto, pode ocorrer que grande parte do PiB gerado num município sirva apenas para remunerar fatores de produção pertencentes a indivíduos não residentes no município (como, por exemplo, em um município pequeno no qual está instalada uma empresa muito grande, responsável por quase todo o PiB local). Desta forma, o PiB municipal não representa adequadamente a renda disponível dos moradores do município. Assim, com o objetivo de melhor caracterizar as reais possibilidades de concretização de bem estar da população local, optou-se por substituir o PiB per capita pela Renda per capita do município. Para adequação dos parâmetros, os valores US$100 PPC e US$40,000 PPC, utilizados como pior e melhor valores na fórmula do iDH-Renda, foram convertidos para, respectivamente, R$3,90 e R$1.559,24, utilizando-se, para isso, a relação entre o PiB per capita do Brasil em dóla-res PPC do ano de 2000 e a Renda per capita do país, em reais, conforme apurada do Censo Demográfico de 2000.

Taxa Bruta de Matrícula X Taxa Bruta de Frequência: Em uma sociedade pouco sujeita à emigração ou imigração, a matrícula nos diversos níveis do sistema educacional é um bom indicador para representar o acesso de sua população ao sistema de ensino. A migração temporária, contudo, motivada pela busca de serviços edu-cacionais eventualmente concentrados em alguns poucos municípios (como é o caso da educação superior), leva a que o total de matrículas em um dado município possa não ser um bom indicador do acesso real da população local. Assim, no iDHM utiliza-se a taxa bruta de freqüência, ao invés da de matrícula.

Essa substituição apresenta vantagens. Em primeiro lugar, como os dados de frequência são obtidos dire-tamente das pessoas, e não nos estabelecimentos de ensino, como no caso da matrícula, evitam-se problemas como o da duplicidade de contagem, quando uma mesma pessoa se matricula em mais de uma instituição de ensino, e o das desistências ocorridas após a realização da matrícula. Além disso, com a taxa de freqüência, mede-se o efetivo acesso ao sistema de ensino pela população de um município, não importando se ele se dá em outro município.

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1.2. O IDHM e seus subíndices

A tabela 1.4 traz os dados básicos para esta análise, referentes aos anos-limite do período

2001-2008. incluem-se nela também, para efeito de comparação entre períodos, indicadores da

evolução dos mesmos índices no período 1991-2000.

Há diferentes formas de se medir e comparar o ritmo de evolução dos índices e subíndices.

As duas mais usuais são através da variação absoluta e da variação relativa ou taxa de crescimen-

to. Nesse caso, comparando-se a evolução dos índices em duas regiões (ou, para uma mesma

região, em dois períodos), para uma mesma variação absoluta, a variação relativa será menor

naquela região (ou período) em que o índice era maior no início do período. De outra forma,

para que a região de maior índice apresente a mesma taxa de crescimento será preciso que a

sua variação absoluta seja maior que na região de menor índice.

TABELA 1.4 – EVOLUÇÃO DO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E DE SEUS SUBÍNDICES

Minas Gerais, RMBH e Belo Horizonte – 1991-2000 e 2001-2008ÍNDICE FINAL ÍNDICES E SUBÍNDICES DAS DIMENSÕES

IDHMIDHM-FUND*

EDUCAÇÃO RENDA LONGEVIDADE

Índices Subíndices

IDHM-R IDHM-LiDHM-E

iDHM-E-FUND*

AlfabetizaçãoFrequência

Bruta

2001

MG 0,781 0,673 0,854 0,531 0,883 0,797 0,688 0,801

RMBH 0,802 0,710 0,908 0,631 0,943 0,839 0,735 0,764

BH 0,836 0,760 0,947 0,717 0,965 0,912 0,787 0,775

2008

MG 0,824 0,734 0,906 0,636 0,914 0,892 0,736 0,830

RMBH 0,850 0,776 0,962 0,742 0,956 0,974 0,778 0,810

BH 0,880 0,823 0,986 0,816 0,964 1,030 0,830 0,824

VARiAÇÃO ABSOlUTA MÉDiA ANUAl (x 1000) **

1991-2000

MG 8,44 9,58 11,00 14,41 6,89 19,11 6,56 7,78

RMBH 6,00 7,81 7,30 12,72 3,21 15,50 4,50 6,20

BH 5,33 7,33 7,00 13,00 2,78 15,33 5,44 3,56

2001-2008

MG 6,14 8,65 7,43 14,98 4,36 13,58 6,73 4,25

RMBH 6,82 9,54 7,73 15,88 1,89 19,42 6,17 6,56

BH 6,28 9,11 5,65 14,15 -0,02 16,98 6,19 6,99

VARiAÇÃO RElATiVA MÉDiA ANUAl (%)

1991-2000

MG 1,16 1,57 1,39 3,32 0,82 2,77 0,97 1,08

RMBH 0,77 1,16 0,84 2,35 0,35 2,05 0,60 0,85

BH 0,66 1,02 0,78 2,11 0,30 1,92 0,68 0,48

2001-2008

MG 0,77 1,24 0,85 2,61 0,49 1,62 0,95 0,52

RMBH 0,83 1,29 0,83 2,35 0,20 2,17 0,82 0,84

BH 0,73 1,16 0,59 1,87 -0,00 1,77 0,77 0,88Continua

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ÍNDICE FINAL ÍNDICES E SUBÍNDICES DAS DIMENSÕES

IDHMIDHM-FUND*

EDUCAÇÃO RENDA LONGEVIDADE

Índices Subíndices

IDHM-R IDHM-LiDHM-E

iDHM-E-FUND*

AlfabetizaçãoFrequência

Bruta

REDUÇÃO MÉDiA ANUAl DO HiATO (%) **

1991-2000

MG 2,52 2,07 3,79 2,13 3,31 4,21 1,76 2,28

RMBH 2,27 2,02 3,90 2,28 3,18 4,30 1,57 1,95

BH 2,32 2,17 4,37 2,69 3,41 4,86 2,25 1,24

2001-2008

MG 2,59 2,46 4,46 2,92 3,37 5,64 2,03 2,01

RMBH 3,14 3,00 6,83 3,83 3,01 9,12 2,18 2,57

BH 3,45 3,42 8,28 4,39 -0,06 12,94 2,68 2,85

CONTRiBUiÇÃO AO CRESCiMENTO DO iDHM NO PERÍODO (%)

1991-2000

MG 43,42 56,88 41,75 57,91 25,88 30,70

RMBH 40,60 70,68 29,31 70,74 25,03 34,48

BH 43,75 81,24 26,46 73,02 34,03 22,22

2001-2008

MG 40,4 57,7 39,1 60,9 36,6 23,1

RMBH 37,8 55,5 16,3 83,7 30,2 32,1

BH 30,0 51,8 -0,3 100,3 32,9 37,1

Fontes: FJP/PNUD/iPEA - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil - 1991 e 2000; FJP - Atlas do Desenvolvimento Humanona Região Metropolitana de Belo Horizonte; iBGE, PNADs de 2001 a 2008. Elaboração própria.* iDHM-FUND E iDHM-E-FUND: Calculados com o % da população de 18 anos ou mais que tem 8 anos de estudo completos (fundamental com-

pleto) e não com o % de pessoas de 15 anos ou mais alfabetizadas.

** Redução do hiato: variação absoluta no período em relação à distância a percorrer, no início do período, para atingir o melhor valor (= 1).

Entretanto, cabe notar que, à medida que se avança, em geral torna-se mais difícil conseguir

a mesma variação absoluta. Exemplos disso são a taxa de analfabetismo e a taxa de mortalida-

de infantil: a partir de certo nível, qualquer avanço é mais penoso, envolvendo maior tempo e

investimento. No caso do iDHM-Renda, isso acontece devido à própria forma de construção

do índice, baseado no logaritmo da renda per capita: iguais variações absolutas na renda per

capita resultam em variações absolutas cada vez menores à medida que o nível de renda per

capita se eleva.

Nesse sentido, levando em conta as considerações acima, uma terceira medida torna-se

mais adequada – a taxa de redução do hiato. Nesse caso, a distância percorrida em um deter-

minado período (variação absoluta) é referenciada não à distância já percorrida anteriormente

(valor no início do período), como no caso da taxa de crescimento, mas à distância que faltava

percorrer para se atingir a meta ou o valor máximo do índice. Dessa forma, exige-se da região

mais “atrasada” avanços absolutos maiores para ter os mesmos resultados da região mais “avan-

çada” (inversamente, ao se utilizar a taxa de crescimento, exige-se dessa região mais “atrasada”

avanços absolutos menores).

Continuação

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Passando-se à análise da tabela 1.4, cabe observar, em primeiro lugar, a evolução do iDHM.

Por qualquer das três medidas acima, verifica-se que a situação da RMBH melhorou ao longo

dos dois períodos e que a melhora tem sido mais intensa na década atual. Também no estado

de Minas Gerais, a evolução foi positiva em ambos períodos, podendo-se também afirmar que

ela foi mais intensa na década atual: o avanço absoluto foi menor, mas a redução do hiato foi

maior. Entretanto, verifica-se que o crescimento do índice da RMBH, que foi inferior ao do esta-

do na década passada, na década atual foi superior, o que torna-se mais significativo quando se

leva em consideração que esse maior crescimento se deu sobre uma base inicial maior e com

avanços absolutos maiores. Ampliou-se, dessa forma, o diferencial entre a RMBH e o estado: o

iDHM da RMBH, partindo de 0,802 em 2001, atinge 0,850 em 2008, ao passo que o índice do

estado passa de 0,781 para 0,824.

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Texto complementar 2

DESENVOLVIMENTO HUMANO RECENTE NOS ESTADOS E NAS REGIÕES METROPOLITANAS DO BRASIL

O valor máximo que o iDH e o iDHM podem alcançar é 1,000. Pelo Relatório publicado pela ONU em

2009, a Noruega é o país com maior iDH - 0,971 – e o último colocado é a Nigéria, com iDH de 0,340. O Brasil,

com um índice de 0,813, está apenas na 75ª posição entre todos os 182 países e na 6ª posição entre os países da

América latina, atrás do Chile (44º), Argentina (49º), Uruguai (50º), México (53º) e Venezuela (58º).

Pelas estimativas feitas para os estados brasileiros, com base nas informações das PNADs de 2005 a 2008, o

Distrito Federal possui o maior iDHM – 0,883 – e Santa Catarina, o segundo maior – 0,848 (tabela 1.5). O estado

com o menor índice é o de Alagoas – 0,699, seguido pelo Maranhão – 0,705. Minas Gerais aparece em 8º lugar,

com iDHM de 0,812, figurando entre os 11 estados com índices superiores ao do Brasil.

Considerando-se que a meta dos países e estados é atingir o valor máximo do índice, a diferença entre o

valor atingido em um determinado momento e o valor máximo representa o hiato que falta percorrer até a meta

(1,000). Assim, comparando-se o que se percorreu entre 2 momentos (a variação absoluta do índice) com o hiato

existente no primeiro momento, obtém-se a taxa de redução do hiato. No Brasil, por exemplo, a taxa média anual

de redução do hiato do iDHM entre 1991 e 2000 foi de 2,33%. Essa taxa é um pouco menor quando se toma a

evolução mais recente: entre a média do período 2001- 2004 e a média do período 2005-2008 (portanto, em um

intervalo de 4 anos), a taxa média anual de redução do hiato foi de 2,24%. Ou seja, houve uma queda no rítmo

de redução do hiato na década atual, comparada à década passada.

Ao contrário, em muitos (12) estados brasileiros o ritmo de redução do hiato é maior na década atual. Entre

eles, quatro se destacam com as maiores reduções do hiato no período recente - Distrito Federal, Mato Grosso do

Sul, Minas Gerais e Paraná. Em Minas Gerais, isso significa também subir uma posição no ranking dos estados.

São Paulo é o estado da região Sudeste com menor taxa de redução do hiato nesta década (13º entre todos os

estados), mas mesmo assim, essa taxa foi maior que na década passada. Da região Nordeste inclui-se também,

nesse grupo de 12 estados, Bahia, Alagoas e Piauí. Entre eles, a Bahia também se destaca com o maior ritmo de

redução do hiato (maior entre os estados nordestinos e 8º entre os estados brasileiros). Entre os estados nordesti-

nos, o pior desempenho fica com o Ceará, o que significou uma inversão em relação à década anterior, quando

apresentou a 4ª maior taxa de redução entre os estados brasileiros. Na região Sul, Paraná e Santa Catarina vêm

se mantendo entre os estados de melhor desempenho, em termos de taxa de redução do hiato. Nessa região, o

Rio Grande do Sul se destaca negativamente: embora tenha ficado em 9º lugar na década anterior, recentemente

seu desempenho está entre os piores (19º).

Cabe destacar ainda os estados de Mato Grosso do Sul e do Rio de Janeiro, que estão entre os que mais

evoluíram nesta década (2º e 7º) e entre os de pior desempenho na década passada (19º e 18º, respectivamente).

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TABELA 1 – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) Brasil e Unidades da Federação 1991, 2000, 2001-2004 e 2005-2008

BRASIL / Ufs * Sigla

IDHM Var. absoluta e tx. redução do hiato

(médias anuais)

1991 2000 2001-04 ** 2005-081991/2000 2001-04/2005-08

Absoluta Hiato (%) Absoluta Hiato (%)

Brasil BR 0,696 0,766 0,783 0,803 0,008 2,33 0,005 2,24

Distrito Federal DF 0,799 0,844 0,863 0,883 0,005 2,27 0,005 3,44

Santa Catarina SC 0,748 0,822 0,828 0,848 0,008 2,90 0,005 2,70

São Paulo SP 0,778 0,820 0,824 0,841 0,005 1,94 0,004 2,35

Rio de Janeiro RJ 0,753 0,807 0,822 0,840 0,006 2,22 0,005 2,52

Rio Grande do Sul RS 0,753 0,814 0,824 0,839 0,007 2,48 0,004 2,08

Paraná PR 0,711 0,787 0,807 0,830 0,008 2,63 0,006 2,85

Mato Grosso do Sul MS 0,716 0,778 0,791 0,816 0,007 2,22 0,006 2,89

Minas Gerais MG 0,697 0,773 0,786 0,812 0,008 2,52 0,006 2,87

Goiás GO 0,700 0,776 0,789 0,810 0,008 2,54 0,005 2,47

Espírito Santo ES 0,690 0,765 0,786 0,808 0,008 2,44 0,005 2,41

Mato Grosso MT 0,685 0,773 0,786 0,806 0,010 2,78 0,005 2,27

Amapá AP 0,691 0,753 0,772 0,788 0,007 2,05 0,004 1,69

Amazonas AM 0,664 0,713 0,773 0,788 0,005 1,52 0,004 1,62

Rondônia RO 0,660 0,735 0,772 0,782 0,008 2,24 0,003 1,10

Roraima RR 0,692 0,746 0,757 0,778 0,006 1,81 0,005 2,07

Tocantins TO 0,611 0,710 0,751 0,777 0,011 2,55 0,007 2,57

Acre AC 0,624 0,697 0,767 0,771 0,008 1,99 0,001 0,42

Pará PA 0,650 0,723 0,756 0,766 0,008 2,13 0,002 0,96

Bahia BA 0,590 0,688 0,727 0,755 0,011 2,41 0,007 2,48

Sergipe SE 0,597 0,682 0,732 0,754 0,009 2,15 0,006 2,02

Rio Grande do Norte RN 0,604 0,705 0,718 0,746 0,011 2,56 0,007 2,35

Ceará CE 0,593 0,700 0,709 0,732 0,012 2,63 0,006 1,91

Pernambuco PE 0,620 0,705 0,703 0,730 0,009 2,27 0,007 2,15

Paraíba PB 0,561 0,661 0,700 0,727 0,011 2,31 0,007 2,24

Piauí Pi 0,566 0,656 0,691 0,720 0,010 2,12 0,007 2,28

Maranhão MA 0,543 0,636 0,678 0,705 0,010 2,08 0,007 1,98

Alagoas Al 0,548 0,649 0,666 0,699 0,011 2,27 0,008 2,36

Fontes: (1) FJP/PNUD/iPEA - Atlas de desenvolvimento Humano doa Municípios Brasileiros 1991 e 2000 (2) Fundação instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (iBGE) / PNADs 2001-2008. Elaboração própria.(*) Unidades da Federação em ordem decrescente de seu iDHM para o período 2005-2008.(**) Entre 2001 e 2003 as PNADs consideram apenas a área urbana da Região Norte

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De acordo com a classificação da ONU e com os dados da tabela 1, 12 estados brasileiros já alcançaram o Alto

Desenvolvimento Humano (iDHM maior ou igual a 0,800), nível no qual se situavam apenas cinco no final da década

passada. Os demais 15 estados estão ainda no nível Médio Desenvolvimento Humano (iDHM entre 0,500 e 0,799).

Entre as nove regiões metropolitanas consideradas na tabela 2, apenas as do Recife e de Fortaleza não atin-

giram, na média do período 2005-2008, o nível Alto Desenvolvimento Humano. Nos dois períodos analisados,

o ranking entre as regiões não se alterou. A Região Metropolitana de Porto Alegre manteve-se em 1º lugar, com

iDHM de 0,853, e a Região Metropolitana de Belo Horizonte, na 5ª posição. Esta última se destaca, no entanto,

por apresentar a maior variação absoluta e a maior taxa de redução do hiato entre os dois períodos: seu iDHM

passa de 0,808 para 0,838, aproximando-se do das demais regiões metropolitanas do Sudeste e das do Sul, ainda

à sua frente.

TABELA 2 – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e IDHM-Fundamental*Regiões Metropolitanas – Média dos períodos 2001-2004 e 2005-2008

Regiões Metropolitanas ****IDHM IDHM-Fundamental* Variações IDHM

Variações IDHM-Fundamental

2001-2004** 2005-2008 2001-2004** 2005-2008 Absoluta Hiato (%) *** Absoluta Hiato (%) ***

Porto Alegre 0,838 0,853 0,748 0,774 0,015 9,4 0,026 10,2

Curitiba 0,828 0,848 0,746 0,776 0,020 11,5 0,030 11,7

Rio de Janeiro 0,824 0,844 0,741 0,775 0,020 11,4 0,034 13,1

São Paulo 0,823 0,842 0,742 0,774 0,020 11,2 0,032 12,4

Belo Horizonte 0,808 0,838 0,721 0,761 0,029 15,4 0,040 14,4

Salvador 0,797 0,817 0,719 0,751 0,021 10,2 0,032 11,4

Belém 0,790 0,810 0,706 0,738 0,021 9,8 0,032 10,9

Recife 0,771 0,792 0,686 0,718 0,022 9,5 0,032 10,2

Fortaleza 0,768 0,784 0,686 0,714 0,015 6,7 0,027 8,7

Fonte: Fundação instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (iBGE) / PNADs 2001-2008. Elaboração própria. * Refere-se ao iDHM calculado com o percentual da população de 18 anos ou mais de idade com menos de 8 anos de estudo.** Entre 2001 e 2003 as PNADs consideram apenas a área urbana da Região Norte*** Refere-se à taxa de redução do hiato no período.**** Em ordem decrescente do iDHM de 2005-2008.

Como discutido em outras partes deste trabalho, principalmente em se tratando de regiões metropolitanas, a

taxa de alfabetização, que é um dos indicadores do iDHM, é muito pouco exigente. Calculou-se então o iDHM

substituindo a taxa de alfabetização por aquela que se passou a chamar taxa de analfabetismo fundamental, ou

seja, o percentual da população de 18 anos e mais que não tinham oito anos de estudo.

Esta simples mudança provoca uma queda muito significativa no índice de desenvolvimento humano das

metrópoles, com alterações também em seu ranking. Dessa forma, todas elas passam do nível Alto para o nível

Médio de desenvolvimento humano. As maiores variações absolutas são observadas para as regiões de Porto

Alegre e de Belo Horizonte. Mas, enquanto esta mantém sua posição no ranking, a região de Porto Alegre perde

duas posições. As regiões de Curitiba e do Rio de Janeiro ganham uma posição, assumindo os dois primeiros

lugares na ordenação pelo iDHM calculado com a taxa de analfabetismo fundamental.

Não se pode esquecer, por fim, que, por trás desses índices médios, encontram-se, em todas as regiões

metropolitanas, enormes disparidades internas. isso significa que, para grandes parcelas de sua população, o

nível de desenvolvimento humano é bem mais baixo (ver capítulo 3, para o caso da região metropolitana de

Belo Horizonte).

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A comparação dos dados da região com os do município de Belo Horizonte indica que

essa diferença de nível entre região e estado deve-se estritamente ao maior nível do índice da

capital, que atingiu 0,880 em 2008; ou seja, o “restante” da RMBH está em um nível próximo

à média do estado. O mesmo não se pode dizer da evolução desse índice. A capital tem apre-

sentado maiores reduções do hiato em ambos os períodos, mas, em termos absolutos e relativos,

a região metropolitana como um todo tem evoluído mais, apontando para uma aproximação

entre os índices da capital e do “restante” da RMBH.

Para melhor entendimento dessa evolução, passa-se a analisar o comportamento dos três

subíndices que compõem o iDHM.

a) Na RMBH, assim como no estado, o subíndice que mais contribuiu para a evolução do

IDHM, em ambos os períodos analisados, é o da dimensão Educação, embora essa contribuição

tenha caído no último período. Ressalta mais essa afirmação o fato de que o nível desse subíndi-

ce era, desde o início, bem superior ao dos dois outros e que o cálculo da contribuição é base-

ado na variação absoluta. Em decorrência, constata-se que a Educação foi também a dimensão

com maior redução do hiato nos dois períodos. Em 2008, o iDHM-Educação da região (0,962)

e do estado (0,906) indicam uma situação muito boa nessa dimensão.

Entretanto, essa situação e sua evolução devem ser melhor qualificadas e relativizadas. O

iDHM-Educação considera dois indicadores em sua construção, a taxa de alfabetização e a

taxa bruta de frequência, o primeiro com peso duas vezes maior. Mesmo assim, foi a evolução

da taxa de frequência que respondeu pela maior parte do crescimento observado no subíndice

Educação, tanto na década passada como na atual. isto porque, por um lado, a taxa de alfabeti-

zação na região já se encontrava em um patamar elevado desde a década passada, só podendo

mesmo apresentar pequenos avanços; e, por outro lado, pelo esforço empreendido, desde então,

no sentido de estimular a frequência à escola.

Na verdade, a taxa de analfabetismo é um indicador muito pouco exigente para a época

atual, em termos de inserção produtiva e sócio-cultural, principalmente em um contexto metro-

politano. Se, ao invés dela, considera-se a taxa de “analfabetismo fundamental”, ou seja, o

percentual de pessoas (de 18 anos ou mais) que não completaram o ensino fundamental, a

situação mostrada pelo índice piora significativamente e amplia-se o diferencial entre região e

estado: em 2008, por exemplo, o iDHM-Educação da região cai de 0,986 para 0,816, fazendo

seu iDHM regredir de 0,880 para 0,823; em Minas Gerais, essa queda é maior, de 0,906 para

0,636 e de 0,824 para 0,734, respectivamente. Por outro lado, os maiores avanços obtidos na

taxa de analfabetismo “fundamental”, em função dos estímulos à universalização desse nível

de ensino, tornam ainda mais relevante a contribuição do iDHM-Educação ao crescimento do

iDHM, vis-à-vis os demais subíndices, tanto para a região como para o estado.

Pode-se dizer que, no tocante à dimensão Educação, a RMBH tem evoluído mais que

Minas Gerais. No período 1991-2000, o menor avanço absoluto no iDHM-Educação da região

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foi suficiente para assegurar-lhe uma maior redução do hiato. Na década atual, a evolução na

região foi maior tanto em termos de avanço absoluto como da redução do hiato. Porém, quando

se considera o analfabetismo fundamental, nota-se uma convergência entre a região e o estado

em ambos os períodos.

A comparação da RMBH com Belo Horizonte, segundo o iDHM-Educação, mostra que o

crescimento absoluto e relativo desse índice tem sido maior na RMBH, embora o hiato tenha

se reduzido mais na capital. Com isso, pode-se deduzir que, tal como observado no caso do

IDHM, a situação do restante da RMBH na dimensão Educação se aproximou da situação da

capital.

b) Na RMBH, a dimensão Renda é a que menos tem contribuído para a evolução do IDHM.

Em ambos os períodos, o iDHM-Renda não só apresentou as menores variações absolutas e

relativas, como também a menor redução do hiato, comparativamente aos índices das demais

dimensões. Houve crescimento nos dois períodos, mas, ao contrário do observado no caso da

Educação, o crescimento e a contribuição do IDHM-Renda tem sido maior na década atual

que na anterior.

Também ao contrário da Educação, no caso da dimensão Renda o índice da RMBH tem

evoluído menos do que no estado: a variação absoluta foi maior em Minas Gerais nos dois perí-

odos, implicando na redução da diferença existente entre região e estado. Mas essa conclusão

deve ser relativizada, pois a menor variação na região tem sido suficiente para assegurar-lhe

uma maior redução do hiato5.

Na comparação da RMBH com Belo Horizonte, verifica-se que, embora na década passada

o iDHM-Renda da capital tenha crescido mais que o da região, na década atual vem ocorrendo

o inverso. Portanto, a exemplo do observado na dimensão Educação, também na dimensão

Renda vem ocorrendo uma aproximação entre o restante da região e a capital.

c) No tocante à dimensão longevidade, cabe destacar, inicialmente, que esta é a única

dimensão cujo índice é calculado a partir de cálculos indiretos, aplicando-se o método de Brás.

Foram utilizadas, para isso, as tábuas de vida disponibilizadas pelo iBGE para os estados brasi-

leiros, sendo que a mesma tábua de Minas Gerais foi usada para a RMBH e para Belo Horizonte.

O crescimento do IDHM-Longevidade vem respondendo por cerca de 1/3 do avanço do

IDHM na RMBH. Tomando-se o último período, esse crescimento correspondeu a uma eleva-

ção da esperança de vida ao nascer na região de 2 anos e 9 meses, com esse indicador passando

de 70,8 anos em 2001 para 73,6 anos em 2008. Mas, mesmo que esse crescimento tenha sido

5 Cabe lembrar também que, como o nível da renda per capita na região é maior que no estado e o iDHM-Renda leva em consideração o logaritmo da renda per capita, para que estado e região apresentassem a mesma variação no índice, a taxa de crescimento na região teria que ser superior à do estado. Ver texto complementar sobre a construção do iDHM, nesta seção.

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maior do que o observado em Minas Gerais, no estado a esperança de vida é superior (pelas

estimativas, passou de 73 para 74,8 anos).

As estimativas mostram também que a esperança de vida é maior em Belo Horizonte que

na RMBH. Além disso, na década atual, ela vem crescendo mais na capital, o que indica uma

ampliação da diferença entre esta e o restante da região metropolitana. Sendo assim, esta é a

única dimensão em que não tem havido uma aproximação entre Belo Horizonte e o restante

da região.

Nas seções seguintes, é feita uma análise mais detalhada da situação da RMBH nas dimen-

sões Renda e Educação, utilizando-se, para isso, outros indicadores6. De fato, a análise feita

nesta seção mostra que, cada vez mais, o IDHM torna-se uma medida insuficiente ou inade-

quada para avaliar o desenvolvimento humano na região. Como visto, o índice e os subíndices

da dimensão Educação já atingiram praticamente seu limite superior, não tendo mais como

avançar. Nesse sentido, a substituição da taxa de analfabetismo pela taxa de analfabetismo

funcional ou fundamental e a incorporação de indicadores de adequação idade-nível de ensino

(como as taxas líquidas de freqüência) e de qualidade da educação devem ser consideradas.

Quanto às dimensões Renda e longevidade, o problema é que seus índices são baseados

em indicadores médios, não captando a desigualdade. O problema é maior no caso da Renda,

tendo em vista a grande desigualdade de renda per capita existente nos estados e regiões metro-

politanas do país. Uma forma de levar em conta a desigualdade de renda no IDHM-Renda

seria, por exemplo, calculá-lo a partir da renda per capita dos 80% mais pobres, já que a maior

parte da desigualdade existente resulta da diferença entre o nível de renda per capita dos 10%

ou 20% mais ricos e a do restante da população.

1.3 A dimensão Renda

Nesta seção é feita uma análise da evolução recente da renda per capita, da desigualdade

na sua distribuição e da pobreza.

Conforme a tabela 1.5, a renda per capita da RMBH cresceu 32,6% no período 2001-

2008, o que equivale a uma taxa média anual de 3,8%, atingindo, nesse último ano, o valor de

R$ 771,107. Esse valor é 28,9% superior ao de Minas Gerais (R$ 598,39), mas 27% inferior ao

de Belo Horizonte (R$ 1.056,61). Considerando-se que na capital vivem 48% da população

metropolitana, pode-se estimar, para o restante da RMBH, uma renda per capita de cerca de

R$ 508,00, ou seja, 15% inferior à média do estado.

6 Buscou-se obter dos dados da PNAD os mesmos indicadores considerados no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, baseados no Censos Demográficos de 1991 e 2000, no sentido de assegurar a comparabilidade entre os dois períodos.7 Todos os valores monetários desta seção encontram-se a preços de agosto de 2009, tendo-se utilizado, como defla-tor, o iNPC.

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TABELA 1.5 – EVOLUÇÃO DA RENDA PeR CaPITaMinas Gerais, RMBH e Belo Horizonte – 1991-2000 e 2001-2008

RENDA PeR CaPITa (R$ de agosto de 2009)

TOTAlDOS QUiNTOS DA POPUlAÇÃO

DO TRABAlHO1o 2o 3o 4o 5o

2001

MG 451 56 151 254 420 1.375 340

RMBH 595 80 198 319 553 1.825 458

BH 814 100 248 428 801 2.495 614

2008

MG 598 102 236 376 577 1.700 449

RMBH 771 126 287 448 723 2.272 594

BH 1.056 147 360 572 1.004 3.196 790

TAXA MÉDIA ANUAL DE CRESCIMENTO (%)

1991-2000

MG 4,04 2,53 4,58 4,41 3,96 4,02 1,97

RMBH 2,75 1,19 2,72 2,66 2,46 2,88 0,79

BH 3,33 1,94 2,84 2,92 3,09 3,55 1,43

2001-2008

MG 4,12 8,89 6,59 5,80 4,63 3,08 4,05

RMBH 3,77 6,74 5,44 4,96 3,92 3,18 3,80

BH 3,78 5,59 5,48 4,23 3,28 3,60 3,68

Fontes: FJP/PNUD/iPEA - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil - 1991 e 2000; FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte; iBGE, PNADs de 2001 a 2008. Elaboração própria.

Essa desigualdade de renda per capita entre a capital e o restante da RMBH se manteve

constante ao longo do período 2001-2008, uma vez que as taxas de crescimento da capital e

da região foram praticamente iguais. Entretanto, em relação ao estado, ela vem caindo: a renda

per capita de Minas Gerais teve um crescimento superior à de ambos (32,6% contra 29,5%).

O mesmo ocorreu no período anterior, com a diferença de que, ao longo dele, aprofundou-

se a desigualdade entre a região e a capital. Assim, entre 1991 e 2000, a renda per capita do

estado cresceu 42,9%, enquanto na RMBH e em Belo Horizonte o crescimento foi de 27,6% e

34,3%, respectivamente.

Mas outras diferenças podem ser notadas entre os dois períodos. O ritmo de crescimento da

renda per capita tem sido maior na década atual, destacadamente no caso da RMBH (e, espe-

cialmente, do “restante” da região). isso indica, por um lado, que na década atual o processo de

convergência entre estado e região, em termos de nível de renda per capita, prossegue, mas em

menor ritmo; e, por outro lado, que o processo de divergência entre capital e restante da RMBH,

observado na década anterior, estancou-se na atual.

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Sem dúvida, a maior diferença está na “forma” desse crescimento. Na década atual, ele vem

acompanhado por uma redução na desigualdade de renda entre as pessoas e de uma queda

significativa na pobreza, enquanto no período 1991-2000, apesar do crescimento e da redução

na pobreza, a desigualdade de renda elevou-se. Nota-se também que, na década atual, ao con-

trário da passada, o crescimento da renda per capita proveniente do trabalho cresceu no mesmo

ritmo da renda per capita proveniente de outras fontes, mantendo, portanto, sua participação na

renda total, em torno de 77%.

Essa evolução da desigualdade de renda entre as pessoas8 pode ser verificada na tabela 1.5,

que mostra o crescimento diferenciado da renda per capita dos quintos da população, e na tabe-

la 1.6, que mostra a evolução de dois índices sintéticos – o Gini e a Razão 20/40 (que compara

a renda per capita dos 20% mais ricos com a dos 40% mais pobres).

De fato, no período 2001-2008, o crescimento da renda per capita foi sistematicamente

maior para os quintos mais pobres da população (a única exceção é o maior crescimento para o

quinto mais rico da população de Belo Horizonte em relação ao 2º quinto mais rico). Observe-

se que a renda per capita do quinto mais pobre evolui a um ritmo mais de duas vezes superior

à do quinto mais rico, tanto na RMBH como em Minas Gerais. Na região, por exemplo, a renda

per capita dos 20% mais pobres cresceu 59,7% nesse período (6,7% ao ano) e a dos 20% mais

ricos, apenas 24,5% (3,2% ao ano). Vale observar ainda que a queda na desigualdade foi maior

no estado que na RMBH, e maior nesta do que na capital.

TABELA 1.6 – EVOLUÇÃO DA POBREZA E DA DESIGUALDADE DE RENDAMinas Gerais, RMBH e Belo Horizonte – 1991-2000 e 2001-2008

PROPORÇÃO DE POBRES (%) DESiGUAlDADE

lp=R$141,22 * lp=R$232,50 * Gini Razão 20/40

2001

MG 27,4 47,1 0,57 13,3

RMBH 18,5 36,7 0,57 13,2

BH 13,5 28,9 0,57 14,3

2008

MG 14,2 29,9 0,52 10,1

RMBH 9,8 23,3 0,54 11,0

BH 7,6 17,6 0,56 12,6

VARiAÇÃO ABSOlUTA MÉDiA ANUAl

1991-2000

MG -1,5 0,001 0,0

RMBH -0,7 0,001 0,1

BH -0,5 0,001 0,2

2001-2008

MG -1,9 -2,5 -0,006 -0,5

RMBH -1,2 -1,9 -0,004 -0,3

BH -0,8 -1,6 -0,002 -0,2

8 Segundo sua renda familiar per capita.

Continua

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PROPORÇÃO DE POBRES (%) DESiGUAlDADE

lp=R$141,22 * lp=R$232,50 * Gini Razão 20/40

VARiAÇÃO ABSOlUTA MÉDiA ANUAl

1991-2000

MG 3,1 -0,5 -0,1

RMBH 2,4 -0,5 -1,2

BH 2,5 -0,5 -2,0

2001-2008

MG 5,8 4,6 3,4 7,0

RMBH 5,7 4,5 2,2 5,0

BH 5,3 4,8 1,1 3,5

Fontes: FJP/PNUD/iPEA - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil - 1991 e 2000; FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropoli-tana de Belo Horizonte; iBGE, PNADs de 2001 a 2008. Elaboração própria.* valor a preços de agosto de 2009, corrigido pelo iNPC. Equivale a 1/2 salário mínimo de agosto de 2000.

** valor a preços de agosto de 2009, corrigido pelo iNPC. Equivale a 1/2 salário mínimo de agosto de 2009.

Entretanto, mesmo com essa evolução positiva, a desigualdade permanece em um nível

muito elevado, principalmente em Belo Horizonte, o que pode ser melhor visualizado nos grá-

ficos 1.2 (que mostra o nível de renda per capita diferenciado por quintos da população) e 1.3

(que traz a participação dos quintos da população no “bolo” da renda total) e na tabela 1.6.

No gráfico 1.2 destaca-se, em primeiro lugar, que em todos os quintos mais pobres a renda

per capita é inferior à média; em segundo lugar, o baixíssimo nível da renda per capita do quinto

mais pobre, tanto em termos absolutos (na RMBH, pouco mais de ¼ do salário mínimo) quanto

comparado à média (na RMBH, equivale a 16% dela) e, principalmente, à renda per capita do

quinto mais rico (na RMBH, corresponde a 5,5% dela); em terceiro lugar, que o maior “pulo” se

dá entre a renda per capita do quinto mais rico e a do quinto imediatamente anterior (na RMBH,

a renda per capita do 4º quinto não chega a 1/3 da do quinto mais rico), ou seja, a desigualda-

de de renda cairia muito se fossem considerados apenas os 80% mais pobres da população no

cálculo. Já no gráfico 1.3, verifica-se mesmo com a queda na desigualdade ocorrida nas duas

últimas décadas que os 20% mais ricos ainda detêm mais da metade do “bolo”, enquanto os

20% mais pobres ficam com ínfimos 3%, e que 20% da população ficam com uma fatia maior

que a dos restantes 80%9.

9 Na verdade, pode-se argumentar que a desigualdade é maior do que a mostrada pelos dados da PNAD, a partir de 2 pressupostos: de que há uma significativa sub-declaração dos ganhos de capital e de que ela é proporcionalmente maior para as classes mais ricas. Nesse sentido, dado o elevado peso do rendimento do trabalho na PNAD (no caso da RMBH, a parcela da renda proveniente do trabalho na renda total é de cerca de 77%), a desigualdade mostrada estaria captando principalmente a desigualdade de rendimentos do trabalho.

Continuação

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Gráfico 1.2 – Renda Per capita por Quintos da PopulaçãoMinas Gerais, RMBH e Belo Horizonte - 2008

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

Total 1o 2o 3o 4o 5o

Ren

da fa

mili

ar p

er c

apita

(R$

de a

gost

o/20

09)

Quintos da população (em ordem crescente da renda familiar per capita )

MG RMBH BH

Quanto à pobreza (considerada aqui em termos estritamente monetário), o crescimento

da renda per capita e a melhora em sua distribuição levaram a um decréscimo substantivo da

proporção de pobres e, como nesta década a renda per capita dos quintos mais pobres cresceu

mais, provavelmente isso seria comprovado por qualquer linha de pobreza que se utilizasse.

Neste trabalho, foram empregadas duas linhas de pobreza. Pela primeira, também utilizada

no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, foram consideradas pobres as pessoas que

vivem em famílias com renda per capita inferior a ½ salário mínimo de agosto de 2000, ou seja,

R$141,22 (a preços de agosto de 2009); pela segunda linha, aplicada apenas para o período

mais recente, são pobres as pessoas com renda familiar per capita inferior a ½ salário mínimo

de agosto de 2009, ou seja, R$232,50 (também a preços de agosto de 2009).

Fonte: iBGE, PNAD de 2008. Elaboração própria.

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Gráfico 1.3 – Participação dos Quintos da População no Total da RendaMinas Gerais, RMBH e Belo Horizonte - 1991 e 2008

2.5% 5.5%

9.4%

16.7% 65.8%

MG - 1991

3.4% 7.9%

12.6%

19.3% 56.8%

MG - 2008

2.4% 5.4%

9.2%

17.0% 66.0%

RMBH - 1991

3.3% 7.4%

11.6%

18.8% 58.9%

RMBH - 2008

2.4% 5.3%

9.3%

18.2% 64.9%

Belo Horizonte - 1991

2.8% 6.8%

10.8%

19.0% 60.5%

Belo Horizonte - 2008

Fontes: FJP/PNUD/iPEA. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil – 1991-2000; FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte; iBGE, PNAD de 2008. Elaboração própria.

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

Pela primeira linha, a proporção de pobres na RMBH caiu quase pela metade (47,2% ou,

em média, 5,7% ao ano) entre 2001 e 2008, chegando ao nível de 9,8% nesse último ano. Pela

segunda, a queda foi de pouco mais de 1/3 (36,5% ou, em média, 4,5% ao ano) e, em 2008, a

proporção de pobres chega a 23,3%10.

A tabela 1.6 mostra ainda que, por ambas as linhas, a redução no hiato da proporção de

pobres no estado e na capital foi quase da mesma magnitude da observada na região metropoli-

tana, embora pela primeira se possa detectar um processo de convergência entre Belo Horizonte

e o “restante” da RMBH e, pela segunda, um processo inverso, com a proporção de pobres

recuando mais na capital.

Pode-se verificar também, pela primeira linha, que a queda na pobreza vem sendo mais

intensa no período 2001-2008 do que foi entre 1991 e 2000, tanto na região como no estado

e na capital. No entanto, ainda que mantidas as mesmas taxas de redução do hiato observadas

nesse último período11, a pobreza, sob o enfoque aqui tratado, ainda levaria cerca de 12,5 anos

para ser eliminada no estado e na região (15,5 anos, no caso da adoção da segunda linha).

10 isso mostra a grande sensibilidade desse indicador (proporção de pobres) a pequenas variações absolutas na linha de pobreza, tendo em vista os baixos níveis de renda familiar per capita da maior parte da população. Assim, bas-tou elevar o valor da linha de pobreza em R$91,28 (64,6%), para a proporção de pobres na RMBH passar de 9,8% para 23,3%. Com uma nova elevação da linha em R$131,64 (56,6%) essa proporção subiria para 40%. Em Minas Gerais, a proporção de pobres passa de 14,2% para 29,9% com o primeiro aumento de R$91,28 na linha de pobreza e bastaria uma nova elevação de R$64,02 (27,5%) nessa linha para a proporção de pobres atingir 40%. Outra obser-vação é que, considerando o crescimento demográfico no período, o ritmo de queda do número de pobres foi menor: na RMBH, enquanto a proporção de pobres recuou 47,2%, o número de pobres caiu 40,6%. Em 2008, 37% do total de pobres da RMBH viviam em Belo Horizonte. 11 Há que considerar, por trás dessa evolução recente da pobreza e da desigualdade, além da expansão das transfe-rências governamentais (Bolsa Família, aposentadorias e pensões, BPC-Benefício de Prestação Continuada, etc) e do crescimento da produção, do emprego e do crédito, os aumentos reais no valor do salário mínimo (com impactos diretos nas aposentadorias/pensões e nas transferências via BPC).

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Texto complementar 3

MERCADO DE TRABALHO – alguns indicadores da década atual

No período recente 2001-2008, houve uma melhora significativa nos indicadores do mercado de trabalho na RMBH e também no estado e em sua capital.

Como mostram os dados da tabela abaixo, com o aumento da taxa de atividade, a população economica-mente ativa cresceu mais que a população em idade ativa (10 anos e mais), mas, como a ocupação cresceu ainda mais, a taxa de desocupação na RMBH recuou bastante, passando de 12,7% para 7,0%. O mesmo se verificou, em menor ritmo, no estado e na capital.

Indicadores Selecionados do Mercado de TrabalhoMinas Gerais, Região Metropolitana de Belo Horizonte e Belo Horizonte - 2001 e 2008

PEA *(milhões)

Taxa deatividade

(%)

Ocupados(milhões)

Taxa dedesocupação

(%)

Trabalhocom carteira

(%)

Escolaridade (anos de estudo) Renda médiados ocupados(R$ ago/09)< 8 anos < 11 anos Superior

**

2001

MG 9,29 61,9 8,42 9,4 50,1 57,7 73,1 8,9 740

RMBH 2,29 61,8 2,00 12,7 66,2 42,8 62,1 13,1 1.029

Capital 1,15 61,5 1,01 11,8 71,4 33,2 51,1 21,3 1.337

2008

MG 10,85 63,8 10,19 6,1 59,0 44,6 62,2 14,0 872

RMBH 2,79 64,5 2,59 7,0 70,3 32,1 50,7 19,5 1.147

Capital 1,35 63,4 1,26 6,8 74,9 22,9 39,8 29,3 1.514

VARIAÇÃO ABSOLUTA NO PERÍODO

MG 1,57 1,9 1,78 -3,3 8,9 -13,1 -11,0 5,1 133

RMBH 0,50 2,7 0,60 -5,7 4,1 -10,7 -11,4 6,3 119

Capital 0,20 2,0 0,25 -5,0 3,5 -10,3 -11,3 8,1 177

TAXA DE CRESCIMENTO NO PERÍODO(%)

MG 16,9 3,1 21,1 -35,1 17,7 -22,6 -15,0 57,1 17,9

RMBH 21,9 4,4 29,8 -45,0 6,2 -24,9 -18,3 48,3 11,6

Capital 17,8 3,2 24,4 -42,2 4,9 -31,1 -22,1 37,9 13,2

Fonte: Fundação instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (iBGE) / PNADs 2001-2008. Elaboração própria.* População Econômicamente Ativa: considerou-se a população de 10 anos ou mais** Com pelo menos um ano completo no ensino superior.

Além da menor desocupação, no final do período o percentual de trabalhadores com carteira assinada na RMBH é superior (70,3% em 2008 contra 66,2% em 2001), representando uma maior formalização no mercado de trabalho, situação que tende a ser vantajosa para o trabalhador. Nesse aspecto, cabe observar que a RMBH evoluiu menos que o estado, mas chega em 2008 em situação bem melhor (e vice-versa com relação a Belo Horizonte).

Do ponto de vista educacional, a melhora foi grande na RMBH entre 2001 e 2008. O percentual de ocu-pados com fundamental incompleto cai de 42,8% para 32,1%, enquanto o de ocupados com ensino médio incompleto passa de 62,1% para 50,7%. Entretanto, é preciso destacar que ainda são 1/3 e metade dos ocupados nessa situação.

Os ocupados com pelo menos um ano completo no ensino superior também não chegam a 1/5 do total de ocupados na RMBH, apesar do impulso ocorrido nesta década.

Por fim, houve um crescimento real do rendimento médio dos ocupados que, se não foi não muito signifi-cativo, certamente o foi mais que no período anterior. Na RMBH, esse crescimento representou um ganho médio anual de 1,6%, inferior tanto ao dos ocupados do estado (2,4%) quanto ao dos de Belo Horizonte (1,8%).

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1.4. A dimensão Educação

Conforme ressaltado na seção 1.2, Educação foi a dimensão que mais contribuiu para o crescimento do iDHM no estado de Minas Gerais, na RMBH e na capital, nos dois períodos considerados nesta análise. Destacou-se também que os indicadores adotados no iDHM para avaliar o desenvolvimento nessa dimensão são muito básicos e já se encontram em níveis muito elevados, particularmente no caso da região metropolitana e de Belo Horizonte.

Por um lado, para medir a capacidade das pessoas de terem acesso ao conhecimento e, com isso, de expandir suas necessidades e capacidades, o iDHM utiliza a taxa de alfabetização, que exige das pessoas apenas saber ler e escrever um bilhete simples. Por outro lado, para medir o esforço que está sendo feito para garantir educação formal às pessoas, o iDHM utiliza a taxa bruta de frequência aos três níveis de ensino – fundamental, médio e superior.

Argumentou-se, dessa forma, pela necessidade de serem considerados outros indicadores

mais exigentes, como percentual da população adulta com o ensino fundamental incompleto,

para o primeiro caso, e, para o segundo, taxas líquidas de frequência escolar, que permitem veri-

ficar a situação do atraso escolar ou adequação idade-série. Esses indicadores estão, na verdade,

interligados: o nível de escolaridade de uma população é o resultado do seu acesso ao sistema

de ensino em períodos anteriores.

Mas, se a educação formal é de má qualidade, mesmo esses indicadores mais exigentes

tornam-se frágeis12. Por isso, destacou-se também anteriormente a necessidade de levar em con-

sideração a qualidade do ensino. Para isso, no entanto, tem-se que recorrer a outras fontes que

não os Censos e as PNADs do iBGE. Esta lacuna é parcialmente coberta por texto complementar

a esta seção, que utiliza indicadores de desempenho educacional para os municípios da RMBH,

baseados nos resultados do Plano de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (PROEB).

O objetivo desta seção é, portanto, aprofundar a discussão sobre o tema, acrescentando

novos indicadores educacionais à análise. inicialmente, é analisada a evolução do acesso ao

sistema de ensino, em cada um de seus níveis, e, em seguida, a situação resultante em termos

do grau de escolaridade da população.

1.4.1. Acesso ao sistema de ensino

Durante os períodos considerados na análise, os indicadores de acesso ao sistema educacio-

nal mostram um avanço muito significativo, conforme sintetizado na tabela 1.7.

12 Alguns estudos têm demonstrado, de fato, que no Brasil muitas pessoas com 4 ou mesmo 8 anos de estudo podem ser consideradas praticamente analfabetas.

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O indicador de acesso do iDHM - a taxa bruta combinada de frequência nos três níveis de ensino - fundamental, médio e superior13 - passa, no estado, de 62% em 1991 para 89% em 2008, crescendo mais no primeiro período (1991-2000) do que no segundo (2001-2008). Na RMBH e na capital, passou, respectivamente, de 70% para 97% e de 74% para mais de 100%14, sendo que o avanço foi mais significativo no segundo período.

O desdobramento desta taxa bruta para os três níveis de ensino e a verificação do compor-tamento dos outros indicadores selecionados - taxas de atendimento por faixas etárias e taxas líquidas de frequência por nível de ensino – permitem um melhor retrato da evolução do acesso ao sistema educacional no estado e na RMBH:

a) Atingiu-se praticamente a universalização do ensino fundamental e, pela política de não repetência, conseguiu-se reduzir a defasagem idade-série entre as crianças de 7 a 14 anos.

Pode-se observar que, para elas, os indicadores de freqüência à escola (taxa de atendimento) e de adequação idade-nível (taxa líquida de freqüência ao fundamental) estão bastante próximos entre si e com valores acima de 90% nas três unidades espaciais consideradas, indicando uma quase universalização do acesso para essa faixa etária, com reduzido atraso escolar.

Tabela 1.7 – Evolução dos indicadores de acesso ao sistema de ensinoMinas Gerais, RMBH e Belo Horizonte 1991-2000 e 2001-2008

Minas Gerais

Taxa bruta de frequência (%) Crianças (7 a 14 anos) Adolesc. (15 a 17 anos) Jovens (18 a 24 anos)

Nos 3 níveis de ensino

No ensino fundamental

No ensino médio

No ensino superior (1)

No ensino superior (2)

% na escola% no

fundamental% na escola

% no ensino médio

% na escola% no ensino

superior

1991 61,72 98,86 31,83 8,64 - 82,78 80,76 48,01 13,88 - 3,63

2000 78,93 118,87 85,59 14,84 - 95,89 91,11 76,04 39,27 - 6,43

2001 79,14 120,81 79,26 15,73 11,66 96,99 94,79 78,82 37,49 28,38 6,72

2008 89,20 118,52 92,61 39,06 28,16 98,38 95,54 85,35 56,03 28,79 13,97

variação absoluta 91 - 00 1,91 2,22 5,97 0,69 - 1,46 1,15 3,11 2,82 - 0,31

variação relativa (%) 91 - 00 2,77 2,07 11,62 6,19 - 1,65 1,35 5,24 12,25 - 6,56

redução no hiato* (%) 91 - 00 4,21 38,34 6,67 0,73 - 6,49 4,90 4,91 2,91 - 0,32

variação absoluta 01 -08 1,44 -0,33 1,91 3,33 2,36 0,20 0,11 0,93 2,65 0,06 1,04

variação relativa (%) 01-08 1,72 -0,27 2,25 13,88 13,43 0,20 0,11 1,14 5,91 0,21 11,03

redução no hiato* (%) 01 - 08 5,78 1,50 7,35 3,55 2,48 5,59 1,94 3,91 3,78 0,08 1,08

13 Total de pessoas de qualquer idade matriculadas em um dos três níveis de ensino, dividido pelo total de pessoas entre 7 e 22 anos de idade. Essa taxa corresponde, assim, à média ponderada das taxas brutas por nível de ensino, sendo o peso de cada nível igual à participação da faixa etária correspondente (7 a 14 anos para o fundamental, 15 a 17 anos para o médio e 18 a 22 anos para o superior) na população de 7 a 22 anos. Pode-se argumentar que, conside-rando as condições de acesso ao ensino superior no país, o limite de 22 anos para o término do curso superior é baixo e que seria mais adequado estendê-lo para 24 anos. Para garantir a comparabilidade internacional (com os relatórios do PNUD para os países) e com os índices constantes do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, optou-se por manter, no cálculo do iDHM-Educação, a faixa etária de 18 a 22 para o superior, mas, na sequência deste texto, ao se contrapor as taxas bruta e líquida por nível de ensino, adotou-se, para o ensino superior, a população de referência de 18 a 24 anos. Note-se que, com essa mudança, a taxa bruta desse nível cai significativamente: em 2008, por exemplo, na RMBH, ela passa de 57,6% para 40,5% (ver tabela 1.7). 14 Para efeito de cálculo do iDHM-Educação, quando esta taxa supera 100%, ela é limitada nesse valor.

Continua

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Região Metropolitanade Belo Horizonte

Taxa bruta de frequência (%) Crianças (7 a 14 anos) Adolesc. (15 a 17 anos) Jovens (18 a 24 anos)

Nos 3 níveis de ensino

No ensino fundamental

No ensino médio

No ensino superior (1)

No ensino superior (2)

% na escola% no

fundamental% na escola

% no ensino médio

% na escola% no ensino

superior

2000 83,69 123,60 101,14 21,33 - 95,61 93,52 84,07 46,32 - 9,14

2001 82,77 121,37 103,67 21,29 15,38 97,76 95,18 86,03 46,40 34,33 8,23

2008 97,45 117,31 106,60 57,58 40,55 98,70 95,85 90,00 62,54 34,63 18,25

variação absoluta 91 - 00 1,55 1,71 6,17 0,73 - 1,23 0,66 2,54 3,01 - 0,34

variação relativa (%) 91 - 00 2,05 1,49 9,25 4,18 - 1,38 0,74 3,59 10,28 - 4,60

redução no hiato* (%) 91 - 00 4,30 -198,48 8,13 0,83 - 6,18 4,45 5,28 3,27 - 0,35

variação absoluta 01 -08 2,10 -0,58 0,42 5,18 3,60 0,13 0,10 0,57 2,31 0,04 1,43

variação relativa (%) 01-08 2,36 -0,48 0,40 15,27 14,86 0,14 0,10 0,65 4,36 0,13 12,05

redução no hiato*(%) 01 - 08 9,20 2,52 -20,54 5,57 3,79 5,11 1,89 3,64 3,83 0,07 1,49

Belo Horizonte

Taxa bruta de frequência (%) Crianças (7 a 14 anos) Adolesc. (15 a 17 anos) Jovens (18 a 24 anos)

Nos 3 níveis de ensino

No ensino fundamental

No ensino médio

No ensino superior (1)

No ensino superior (2)

% na escola% no

fundamental% na escola

% no ensino médio

% na escola% no ensino

superior

2000 87,89 123,39 108,91 33,91 - 97,81 94,33 86,78 52,23 - 14,95

2001 89,16 123,57 106,89 37,13 26,03 98,22 95,16 91,62 50,30 41,97 14,40

2008 103,04 116,32 112,59 79,67 56,23 98,82 95,88 91,06 65,45 40,58 25,65

variação absoluta % 91 - 00 1,53 0,75 5,91 1,34 - 0,63 0,53 2,09 3,04 - 0,63

variação relativa % 91 - 00 1,91 0,62 7,73 5,02 - 0,67 0,57 2,75 8,59 - 5,44

redução % no hiato* 91 - 00 4,86 -5,56 9,16 1,61 - 6,22 4,26 5,27 3,51 - 0,68

variação absoluta % 01 -08 1,98 -1,03 0,81 6,08 4,32 0,09 0,10 -0,08 2,16 -0,20 1,61

variação relativa % 01-08 2,09 -0,86 0,75 11,53 11,63 0,09 0,11 -0,09 3,83 -0,48 8,60

redução % no hiato* 01 - 08 12,50 3,90 -22,19 7,66 5,01 4,27 2,01 -0,98 3,87 -0,35 1,78

Fontes: FJP/PNUD/iPEA - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil - 1991 e 2000; FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte; iBGE, PNADs de 2001 a 2008. Elaboração própria.*Redução do hiato: variação absoluta no período em relação à distância que faltava percorrer, no início do período, para atingir o melhor valor (= 100%).

DEFINIÇÕES- Taxa bruta de frequência nos 3 níveis de ensino: total de pessoas de qualquer idade frequentando o fundamental, o médio ou o superior dividido pelo

total das pessoas de 7 a 22 anos, vezes 100.- Taxa bruta de frequência no ensino fundamental: total de pessoas de qualquer idade frequentando o fundamental dividido pelo total das pessoas de 7

a 14 anos, vezes 100.- Taxa bruta de frequência no ensino médio: total de pessoas de qualquer idade frequentando o ensino médio, dividido pelo total das pessoas de 15 a

17 anos, vezes 100.- Taxa bruta de frequência no ensino superior(1): total de pessoas de qualquer idade frequentando o ensino superior, dividido pelo total das pessoas de

18 a 22 anos, vezes 100.- Taxa bruta de frequência no ensino superior(2): total de pessoas de qualquer idade frequentando o ensino superior, dividido pelo total das pessoas de

18 a 24 anos, vezes 100.- % de crianças de 7 a 14 anos de idade na escola: crianças de 7 a 14 anos frequentando qualquer nível de ensino, dividido pelo total das crianças nessa

idade, vezes 100.- % de crianças de 7 a 14 anos de idade no fundamental: crianças de 7 a 14 anos frequentando o ensino fundamental, dividido pelo total das crinaças

nessa idade, vezes 100.- % de adolescentes de 15 a 17 anos de idade na escola: adolescentes de 15 a 17 anos frequentando qualquer nível de ensino, dividido pelo total dos

adolescentes nessa idade, vezes 100.- % de adolescentes de 15 a 17 anos de idade no ensino médio: adolescentes de 15 a 17 anos frequentando o ensino médio, dividido pelo total dos

adolescentes nessa idade, vezes 100.- % de jovens de 18 a 24 anos de idade na escola: jovens de 18 a 24 anos frequentando qualquer nível de ensino, dividido pelo total dos jovens nessa

idade, vezes 100.- % de jovens de 18 a 24 anos de idade no ensino superior: jovens de 18 a 24 anos frequentando o ensino superior, dividido pelo total dos jovens nessa

idade, vezes 100.

Continuação

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38

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A taxa de acesso bruto ao ensino fundamental cresce no primeiro período (ultrapassando os 100%) e diminui no segundo, tanto no estado como na RMBH e na capital. Tendo em vista a uni-versalização do ensino fundamental para as crianças, essa redução não implica uma piora, mas, pelo contrário: indica uma queda no atraso escolar entre os adolescentes, como se discute a seguir.

b) Houve uma expansão do acesso ao ensino médio, com saltos significativos na taxa bruta de frequência para este nível: entre 1991 e 2008, ela passou de 32% para 93% no estado, de 46% para 107% na RMBH e de 56% para 113% em Belo Horizonte. Partindo de patamares muito baixos, seu crescimento foi maior na década passada.

Vale lembrar, no entanto, que essa taxa contempla todos os matriculados no nível de ensino, relacionando-os com a população na faixa etária de 15 a 17 anos. Ao se contrapor a taxa de atendimento e a taxa líquida de frequência ao ensino médio para essa população, constata-se que, entre os adolescentes, há ainda muito que se caminhar no sentido da universalização do ensino médio e do combate ao atraso escolar, a despeito dos avanços já conseguidos. Ainda há um importante contingente de adolescentes fora da escola e sua defasagem série-idade ainda é muito significativa.

De fato, em 2008, 85% dos adolescentes de Minas Gerais estavam freqüentando escola e

somente 52% frequentavam o ensino médio. Na RMBH, a situação é um pouco melhor: 90%

dos adolescentes estavam na escola e 63%, no nível médio (na capital, esses percentuais são

bem próximos, 91% e 65%). Em resumo, em 2008, cerca de 165 mil adolescentes estavam fora

da escola em Minas Gerais (24 mil da RMBH e 8 mil da capital).

c) O acesso ao ensino superior teve grande expansão, mas ainda continua pequeno. Neste

caso, são mais acentuadas as diferenças entre o estado e a RMBH e entre esta e Belo Horizonte,

onde se concentra a oferta de instituições de ensino superior.

No estado, a taxa bruta de acesso ao ensino superior passou, entre 1991 e 2008, de 9% para

39%, na RMBH, de 15% para 58% e, em Belo Horizonte, de 22% para 80%.

É também muito relevante a diferença entre os dois períodos considerados, sendo que na

década atual, impulsionado por uma política específica de governo, o crescimento foi substan-

cialmente maior. Mas as possibilidades de expansão do acesso a este nível de ensino são ainda

muito grandes, embora não se possa esperar, neste caso, a universalização.

No estado, 28% dos jovens entre 18 e 24 anos de idade freqüentavam a escola (em qualquer

nível de ensino), mas apenas 14% estavam matriculados em curso superior. Na RMBH, 33% dos

jovens estavam na escola e 18%, no ensino superior. Em Belo Horizonte, esses percentuais eram

maiores, de 41% e 26%, respectivamente.

A grande diferença entre as taxas bruta e líquida de freqüência ao superior mostra que

a maioria das pessoas que freqüentam este nível de ensino são adultos (25 anos ou mais).

Tomando-se como exemplo a RMBH em 2008, para cerca de 230 mil pessoas no superior, ape-

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nas 104 mil (45% do total) estavam na faixa etária de 18 a 24. Por outro lado, contrapondo-se

as taxas de atendimento e de frequência líquida ao superior para os jovens nessa faixa etária,

conclui-se que grande parte deles apresenta atraso escolar. Assim, em 2008, dos cerca de 570

mil jovens que viviam na RMBH, aproximadamente 93 mil (16,4%) ainda frequentavam o ensi-

no básico, 104 mil (18,3%) frequentavam o superior e o restante (65,4%) estava fora da escola.

Por fim, cabe ressaltar que, ao contrário do ensino básico, para o qual se espera que as taxas

brutas não excedam 100%, de acordo com a política de combate ao atraso escolar, no caso

do ensino superior, taxas acima de 100% podem ser vistas como auspiciosas, na medida em

que demonstram o interesse e a capacidade da população adulta em ampliar e aprofundar seus

conhecimentos, seja para uma melhor inserção no mercado de trabalho, seja para seu próprio

desenvolvimento humano.

1.4.2. Nível educacional

Os reflexos da expansão do acesso ao sistema de ensino nas duas últimas décadas são

observados nas mudanças do nível de escolaridade da população, particularmente para as gera-

ções mais jovens, conforme os indicadores da tabela 1.8.

A taxa de analfabetismo da população de 15 anos e mais cai, no estado, de 20% em 1991

para 9% em 2008; na RMBH, de 10% para 4%; e, na capital, de 5% para menos de 4%. Em

todos os casos, o ritmo da queda foi menor na década atual. Tal comportamento, bem como o

fato da maior queda ter ocorrido no estado e a menor na capital, é claramente uma questão de

patamar inicial do indicador. Quando já se chegou a um patamar muito baixo, como em Belo

Horizonte, reduzi-lo ainda mais requer políticas específicas e bem focalizadas, que sejam capa-

zes de atingir um contingente relativamente pequeno, espacialmente disperso e, muitas vezes,

refratário de pessoas que ainda se encontram na condição de analfabetas. Na ausência dessas

políticas, as alterações ficam praticamente dependentes do ingresso paulatino das gerações

mais jovens (com melhor nível de escolaridade) na faixa etária de referência para essa taxa (15

anos ou mais), ao mesmo tempo em que as gerações mais velhas dela se retiram. Dessa forma,

a redução do analfabetismo será realmente lenta e dependente do ritmo de “renovação” desse

grupo etário.

Na análise da evolução do grau de escolaridade da população, cabe examinar, em um

primeiro corte, o analfabetismo funcional, ou seja, a proporção da população com menos de 4

anos de estudo, para diferentes faixas etárias.

iniciando pela faixa de 25 anos e mais de idade, verifica-se que, no estado, 43% dessa

população não tinha 4 anos de estudo completos em 1991, e, em 2008, 25%. Na RMBH e em

Belo Horizonte, esses percentuais passaram de 27% para 16% e de 21% para 13%, respectiva-

mente. De forma geral, as reduções foram maiores na década de 90 do que entre 2001 e 2008.

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Para as gerações mais jovens, que tiveram acesso substancialmente mais facilitado ao siste-

ma de ensino, o analfabetismo funcional é muito menor. Assim, em 2008, apenas 4% dos ado-

lescentes de 15 a 17 anos de idade não tinham quatro anos de estudo no estado e, na RMBH e

na capital, só 2%. Entre os jovens de 18 a 24 anos, essas taxas são apenas ligeiramente maiores.

Tabela 1.8 – Evolução dos indicadores de escolaridade da população, por faixa etáriaMinas Gerais, RMBH e Belo Horizonte 1991-2000 e 2001-2008

Minas Gerais

% de analfabetos % com menos de 4 anos de estudo % com menos de 8 anos de estudo % com 12 anos ou mais

de estudo população de 25 anos ou

mais de idade

população de 15 anos ou mais de

idade

população de 25 anos ou mais de

idade

população de 15 anos ou mais de

idade

população de 25 anos ou mais de

idade

população de 15 a 17 anos

de idade

população de 18 a 24 anos

de idade

população de 25 anos ou mais de

idade

população de 15 a 17 anos

de idade

população de 18 a 24 anos

de idade

1991 19,99 21,90 37,25 43,30 25,49 21,39 76,02 82,96 66,26 6,15

2000 11,96 14,79 26,94 32,80 9,67 12,58 67,93 54,56 44,48 7,83

2001 11,70 15,07 26,45 32,65 6,72 10,32 65,86 56,03 37,62 8,43

2008 8,65 10,76 20,61 25,30 4,35 4,50 54,79 38,89 21,11 12,54

variação absoluta 91 - 00 -0,89 -0,79 -1,15 -1,17 -1,76 -0,98 -0,90 -3,16 -2,42 0,19

variação relativa (%) 91 - 00 -5,55 -4,27 -3,54 -3,04 -10,21 -5,73 -1,24 -4,55 -4,33 2,72

variação absoluta 01 -08 -0,25 -0,36 -0,49 -0,63 -0,18 -0,48 -0,96 -1,11 -1,49 0,30

variação relativa (%) 01-08 -0,26 -2,74 -2,08 -2,15 -3,39 -7,23 -1,57 -2,39 -5,19 3,11

Região Metropolitana de Belo Horizonte

% de analfabetos % com menos de 4 anos de estudo % com menos de 8 anos de estudo % com 12 anos ou mais

de estudo população de 25 anos ou

mais de idade

população de 15 anos ou mais de

idade

população de 25 anos ou mais de

idade

população de 15 anos ou mais de

idade

população de 25 anos ou mais de

idade

população de 15 a 17 anos

de idade

população de 18 a 24 anos

de idade

população de 25 anos ou mais de

idade

população de 15 a 17 anos

de idade

população de 18 a 24 anos

de idade

1991 16,70 11,78 22,76 26,90 15,66 11,23 63,02 77,26 54,11 10,81

2000 9,57 8,07 16,64 20,46 6,20 7,19 53,37 48,99 34,79 12,36

2001 5,73 7,55 15,12 19,05 3,53 5,58 52,81 49,51 27,94 12,24

2008 4,41 5,36 12,83 15,55 2,37 2,53 42,17 33,56 12,05 17,59

variação absoluta 91 - 00 -0,79 -0,41 -0,68 -0,72 -1,05 -0,45 -1,07 -3,14 -2,15 0,17

variação relativa (%) 91 - 00 -6,00 -4,12 -3,42 -2,99 -9,78 -4,83 -1,83 -4,94 -4,79 1,50

variação absoluta 01 -08 -0,19 -0,31 -0,33 -0,50 -0,16 -0,44 -1,52 -2,28 -2,27 0,76

variação relativa (%) 01-08 -0,23 -0,29 -0,15 -0,18 -0,33 -0,55 -0,20 -0,32 -0,57 0,44

Belo Horizonte

% de analfabetos % com menos de 4 anos de estudo % com menos de 8 anos de estudo % com 12 anos ou mais

de estudo população de 25 anos ou

mais de idade

população de 15 anos ou mais de

idade

população de 25 anos ou mais de

idade

população de 15 anos ou mais de

idade

população de 25 anos ou mais de

idade

população de 15 a 17 anos

de idade

população de 18 a 24 anos

de idade

população de 25 anos ou mais de

idade

população de 15 a 17 anos

de idade

população de 18 a 24 anos

de idade

1991 7,12 8,88 17,82 20,88 12,32 8,92 53,81 71,64 46,10 12,59

2000 4,82 5,82 12,66 15,21 5,25 5,81 44,83 43,31 28,48 19,21

2001 3,54 4,59 10,38 12,95 2,70 3,54 42,35 46,70 21,48 19,72

2008 3,55 4,29 10,62 12,65 2,84 2,17 32,76 30,49 8,55 26,05

variação absoluta 91 - 00 -0,26 -0,34 -0,57 -0,63 -0,79 -0,35 -1,00 -3,15 -1,96 0,74

variação relativa (%) 91 - 00 -4,24 -4,59 -3,73 -3,46 -9,04 -4,65 -2,01 -5,44 -5,21 4,81

variação absoluta 01 -08 0,00 -0,04 0,03 -0,04 0,02 -0,20 -1,37 -2,32 -1,85 0,91

variação relativa (%) 01-08 0,00 -0,06 0,02 -0,02 0,06 -0,39 -0,23 -0,35 -0,60 0,32

Fontes: FJP/PNUD/iPEA - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil - 1991 e 2000; FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte; iBGE, PNADs de 2001 a 2008. Elaboração própria.

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Considerando-se, como segundo corte, a proporção da população com o ensino fundamen-tal incompleto (taxa de analfabetismo fundamental), as deficiências são ainda grandes, mesmo após os significativos avanços no período. Para a população adulta (25 anos ou mais), essa proporção passou de 76% em 1991 para 55% em 2008 em Minas Gerais, de 63% para 42% na RMBH, e de 54% para 33% em Belo Horizonte.

Mesmo para a população jovem (entre 18 e 24 anos), a situação, embora tenha melhorado substancialmente, é ainda insatisfatória, tendo em vista que se trata de pessoas que estão ingres-sando no mercado de trabalho sem ter completado o ensino fundamental: em 2008, 21% desses jovens se encontravam nessa condição no estado, 12% na RMBH e 9% em Belo Horizonte.

Finalmente, cabe verificar, em um terceiro corte, a proporção da população com 12 anos ou

mais de estudo, ou seja, que concluiu pelo menos um ano do ensino superior. Como já se ana-

lisou anteriormente o acesso da população mais jovem ao ensino superior, cabe aqui destacar

apenas a situação para a população de 25 anos ou mais de idade no tocante a esse indicador.

Assim, verifica-se que, em 2008, mesmo após sete anos de grande expansão, o percentual

de adultos com pelo menos um ano completo de faculdade atingia apenas 13% no estado, 18%

na RMBH e 26% em Belo Horizonte15. Se a isso se acrescenta a comprovada baixa qualidade

do ensino em muitas dessas instituições, conclui-se que há muito ainda a trilhar nessa questão.

Resumindo, não há dúvida de que as políticas encetadas nas últimas décadas, contrapondo-se

ao “descuido” de décadas anteriores, garantiram uma expansão do acesso ao sistema de ensino e

uma redução do atraso escolar, o que vem repercutindo no incremento gradativo do nível de esco-

laridade da população. Mas, além da meta de universalização do ensino médio e de ampliação do

acesso ao ensino superior, é preciso promover uma “revolução” na qualidade do ensino em todos

os níveis, sem o que não se pode alardear a “revolução educacional” que estaria ocorrendo no

país e que os dados apresentados nesta seção parecem comprovar para Minas Gerais.

15 Com curso superior completo, os percentuais são ainda menores para essa faixa etária: 9%, 12% e 19%, respecti-vamente, para o estado, RMBH e Belo Horizonte (em 2008).

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Texto complementar 4

Desempenho escolar no ensino fundamental

Todos os indicadores de educação contidos nos Atlas de Desenvolvimento Humano referem-se ao acesso

ao sistema de ensino ou ao nível de escolaridade da população. Neste texto, aborda-se a qualidade do ensino, a

partir das notas obtidas pelos alunos da última série do fundamental nos testes de Matemática e de Português do

PROEB (2006 e 2007). Mais especificamente, o indicador utilizado é a proporção de alunos de 8ª série (9º ano)

do ensino fundamental que obtiveram notas acima do nível básico nesses testes1.

Cabe lembrar que, conforme o capítulo 1 do texto principal, este nível de ensino está praticamente universa-

lizado entre as crianças de 7 a 14 anos, de forma que, ao se manter essa universalização, o percentual de jovens

e adultos com fundamental completo deverá gradativamente se elevar. Mas isso não é garantia de expansão das

capacidades e das oportunidades, nem da inserção em um mercado de trabalho mais exigente em qualificação da

mão de obra, principalmente em se tratando de regiões metropolitanas cosmopolitas. Não apenas por ser ainda

um nível de ensino abaixo do básico (que compreende o ensino médio), mas, principalmente, pela qualidade

desse ensino, como os percentuais da tabela abaixo deixam transparecer.

De fato, são percentuais muito baixos e preocupantes (principalmente por a nota de corte considerada

corresponder a um nível apenas intermediário, ou seja, ainda pouco exigente em termos de aprendizado): em

Belo Horizonte, dos alunos que fizeram os testes, somente 12,5% obtiveram nota acima do nível básico em

Matemática e, em Português, 24,5%. O percentual mais alto encontrado para Matemática é o de Rio Manso, com

33% e, para Português, o de Rio Acima, com 40%.2 Para os municípios que fazem fronteira com Belo Horizonte

esses percentuais vão de 7,5% a 19% em Matemática e de 17,5% a 27,5% em Português.

1 Acima de 300 pontos em Matemática e acima de 275 pontos em Português. Alunos que obtiveram essa nota revelaram domi-nar um conjunto mínimo recomendado de conhecimentos, habilidades e competências compatíveis com o período de escolari-dade em que se encontram. Em Matemática, os alunos foram classificados em quatro níveis de acordo com sua nota: insuficiente (de 0 a 225); Básico (de 225 a 300); Recomendado (de 300 a 350); Avançado (de 350 a 500). Em Português, os quatro níveis são: insuficiente (de 0 a 200); Básico (de 200 a 275); Recomendado (de 275 a 325); Avançado (de 325 a 500).2 A melhor nota relativa de municípios pequenos nestas provas pode indicar realmente uma boa escola ou uma distorção na seleção de alunos que fizeram a prova. De qualquer forma, o que mais importa chamar atenção nesta análise não é o nível relativo entre os municípios e sim o nível absoluto de todos eles, que é muito baixo.

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Percentual de alunos da 8ª série (9ºano) do fundamental com notas acima do nível básico*Municípios da RMBH – 2006/07

MunicípiosMédias dos anos de 2006 e 2007 (%)

Matemática Português

Baldim 11,0 17,0

Belo Horizonte 12,5 24,5

Betim 10,5 24,0

Brumadinho 19,0 24,5

Caeté 16,5 25,5

Capim Branco 9,5 17,0

Confins 11,5 25,0

Contagem 13,5 26,5

Esmeraldas 9,5 22,0

Florestal 20,5 32,0

ibirité 7,5 17,5

igarapé 18,5 26,0

itaguara 26,5 41,5

itatiaiuçu 23,5 31,5

Jaboticatubas 14,5 21,5

Juatuba 20,0 28,0

lagoa Santa 15,5 31,5

Mário Campos 6,0 17,0

Mateus leme 12,5 25,0

Matozinhos 11,0 21,5

Nova lima 14,5 24,5

Nova União 12,5 23,0

Pedro leopoldo 17,0 32,0

Raposos 9,5 20,5

Ribeirão das Neves 7,5 19,5

Rio Acima 21,5 40,0

Rio Manso 33,0 30,5

Sabará 10,5 23,0

Santa luzia 9,0 19,5

São Joaquim de Bicas 15,5 28,5

São José da lapa 15,0 27,0

Sarzedo 8,0 23,0

Taquaraçu de Minas 11,5 28,0

Vespasiano 12,0 27,5

FONTE: Fundação João Pinheiro (FJP) / Índice Mineiro de Responsabilidade Social, 2009*acima de 300 pontos em matemática e 275 pontos em português

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2. ANÁLISE SEGMENTADA: 60% mais pobres X 40% mais ricos

A análise apresentada anteriormente, feita a partir de índices e indicadores para a região

metropolitana como um todo e para o município de Belo Horizonte, indicou significativa melho-

ra na década passada e na atual, em termos de desenvolvimento humano.

Contudo, como ficará mais claro no terceiro capítulo deste trabalho, quando os espaços

metropolitano e municipal são estudados a partir de recortes espaciais – as denominadas

UDHs –, esses resultados pouco dizem sobre as disparidades intrarregionais e intramunicipais.

De fato, uma análise mais desagregada espacialmente só é possível com os dados censitários;

para períodos intercensitários, a desagregação máxima permitida pelas informações das PNADs

é a adotada acima (estado, região metropolitana e capital).

Mesmo desconsiderando a distribuição espacial, os índices e muitos dos indicadores até

aqui analisados são médias, ou seja, referem-se a toda a população. Apenas no caso da dimen-

são Renda foi apresentada uma análise da desigualdade, destacando as diferenças existentes

entre os quintos da população, quando esta é ordenada pelo nível de renda familiar per capita.

Assim, neste capítulo é feito um corte na população, segmentando-a em dois grupos – os

60% mais pobres e os 40% mais ricos –, segundo sua renda familiar per capita, e, para esses

grupos, são analisados os mesmos indicadores analisados no primeiro capítulo16. No entanto,

aqui optou-se por contrapor não os dados pontuais dos anos-limite do período 2001-2008,

mas a média dos indicadores dos quatro primeiros anos (2001 a 2004) e a dos quatro últimos

(2005-2008), conforme apresentados na tabela 2.1 (como referência adicional, foram incluídos

também nessa tabela os dados para toda a população). A análise se atém à RMBH, mas os dados

para Minas Gerais e Belo Horizonte são disponibilizados no anexo estatístico.

Pode-se verificar, na região, o menor grau de desenvolvimento humano do grupo dos 60%

mais pobres: no período mais recente (2005-2008), seu iDHM é 15% inferior ao do grupo dos

40% mais ricos. isso significa que, à mesma velocidade observada entre os dois períodos, o

índice desse grupo só alcançaria o nível já alcançado pelo índice dos mais ricos em 17 anos.

16 Para se ter uma idéia melhor, em 2008, o corte entre os dois grupos corresponde ao valor de R$ 545,54 de renda familiar per capita (a preços de agosto de 2009), enquanto a renda per capita média dos 60% mais pobres e a dos 40% mais ricos equivalem, respectivamente, a R$ 287 e R$1497.

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TABELA 2.1 – ÍNDICES E INDICADORES SELECIONADOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO40% mais ricos X 60% mais pobres*

RMBH – Média dos períodos 2001-2004 e 2005-2008

INDICADORES / ÍNDICES2001-2004 2005-2008

100% 60% + pobres 40% + ricos 100% 60% + pobres 40% + ricos

Taxa de analfabetismo (%)

15 anos ou mais 5,74 8,35 2,26 4,84 7,15 2,12

18 a 24 anos 1,16 1,69 0,30 0,94 1,48 0,20

25 anos ou mais 7,46 11,35 2,82 6,00 9,22 2,55

Taxa de analfabetismo funcional (%)

15 anos ou mais 14,74 20,51 6,96 12,94 18,04 6,95

18 a 24 anos 4,56 6,68 1,02 2,71 4,07 0,64

25 anos ou mais 18,54 26,85 8,54 15,95 23,09 8,35

Taxa de analfabetismo fundamental (%)

18 anos ou mais 44,85 59,75 25,80 39,12 52,37 24,26

18 a 24 anos 22,99 31,93 7,79 14,16 20,36 4,71

25 anos ou mais 50,61 68,05 29,72 44,34 59,96 27,72

Menos de 11 anos de estudo (%)

18 a 24 anos 50,69 64,57 27,83 42,04 55,21 22,84

25 anos ou mais 65,31 83,64 43,37 59,96 78,01 40,78

Superior completo (%)

25 anos ou mais 9,38 1,15 19,22 11,06 1,77 20,88

Taxa líquida de frequência (%)

Fundamental 95,78 95,56 96,47 95,43 95,31 95,86

Médio 52,55 45,44 71,26 58,07 51,72 73,00

Superior 11,80 2,60 27,25 16,21 5,92 31,11

Taxa bruta combinada de frequência (%) 85,89 79,69 101,67 92,39 85,39 110,03

Renda per capita (R$ de agosto/2009) 594,71 199,08 1.188,15 722,18 257,73 1.418,87

Esperança de vida ao nascer (anos) 71,5 70,3 73,93 73,2 72,00 75,05

Índices e subíndices de desenvolvimento Humano

IDHM (1) 0,808 0,728 0,883 0,838 0,761 0,900

IDHM-FUND (2) 0,721 0,614 0,831 0,762 0,660 0,851

IDHM-Longevidade 0,775 0,755 0,815 0,804 0,783 0,834

IDHM-Renda 0,735 0,552 0,850 0,767 0,595 0,880

IDHM-Educação 0,915 0,877 0,985 0,942 0,904 0,986

IDHM-Educação (FUND) 0,654 0,534 0,828 0,714 0,602 0,838

Fonte: Fundação instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (iBGE) / PNADs 2001 a 2008. Elaboração própria.(1) Calculado com o iDHM-Educação, que considera a taxa bruta de frequência e o % de pessoas de 15 anos ou mais de idade que são alfabetizadas.(2) Calculado com o iDHM-Educação-FUND, que considera a taxa bruta de frequência e o % de pessoas de 18 anos ou mais que tem pelo menos 8 anos de estudo completos (fundamental completo).*segundo a renda familiar per capita

A disparidade entre os dois grupos é destacadamente maior no tocante à dimensão Renda.

A renda per capita dos 60% mais pobres corresponde a somente 18% da dos 40% mais ricos,

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o que se reflete em um iDHM-Renda 32% menor. Com a mesma simulação anterior, os mais

pobres levariam quase 26 anos para alcançar os mais ricos se a renda desses estagnasse.

Quanto às dimensões longevidade e Educação, no último período, os índices para os 60%

mais pobres são bem mais próximos aos dos mais ricos – apenas 5% e 8% inferiores, respectiva-

mente. Ao nascer, os mais pobres têm uma esperança de vida 2,6 anos menor que os mais ricos,

sua taxa bruta de frequência à escola é 22% menor e sua taxa de analfabetismo (da população

de 15 anos ou mais), mais de três vezes maior17.

É quando se calcula o índice da dimensão Educação com a taxa de analfabetismo funda-

mental que a disparidade entre os dois grupos fica maior: o iDHM-Educação cai 33% para os

mais pobres e 15% para os mais ricos fazendo com que o índice dos mais pobres passe a ser

28% menor que o dos mais ricos. Conseqüentemente, o iDHM dos mais pobres passa a ser 22%

inferior ao dos mais ricos.

Tabela 2.2 – Evolução dos índices de desenvolvimento humano 60% mais pobres e 40% mais ricos *

RMBH – Média do período 2001-2004 – média do período 2005-2008

ÍndicesVariação absoluta Variação relativa (%) Redução do hiato (%) (1)

60% + pobres 40% + ricos 60% + pobres 40% + ricos 60% + pobres 40% + ricos

iDHM (2) 0,008 0,004 1,11 0,46 2,89 3,36

iDHM-FUND (3) 0,012 0,005 1,85 0,58 2,89 2,78

iDHM-longevidade 0,007 0,005 0,93 0,57 2,79 2,45

iDHM-Renda 0,011 0,007 1,90 0,86 2,32 4,61

iDHM-Educação 0,007 0,000 0,76 0,03 5,08 1,60

iDHM-Educação (FUND) 0,017 0,003 3,05 0,31 3,47 1,47

Fonte: Fundação instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (iBGE) / PNADs 2001 a 2008. Elaboração própria.(1) Redução do hiato: variação absoluta no período em relação à distância a percorrer, no início do período, para atingir o melhor valor (= 1).(2) Calculado com o iDHM-Educação, que considera a taxa bruta de frequência e o % de pessoas de 15 anos ou mais de idade que são alfabetizadas.(3) Calculado com o iDHM-Educação-FUND, que considera a taxa bruta de frequência e o % de pessoas de 18 anos ou mais que tem pelo menos 8 anos de estudo completos (fundamental completo).* segundo a renda familiar per capita.

Passando-se a analisar a evolução recente dos índices, cabe destacar que, pela variação

absoluta e pela taxa de crescimento, os resultados sugerem uma certa redução na disparidade

entre os dois grupos entre os dois períodos considerados, com o maior crescimento dos índices

do grupo mais pobre (tabela 2.2). Nota-se, entretanto, que a redução do hiato do iDHM foi

maior para os mais ricos, o que ocorreu devido exclusivamente à menor redução do hiato da

dimensão Renda para os mais pobres.

17 Note-se que, embora a taxa de analfabetismo seja mais de 3 vezes menor, seu complemento – a taxa de alfabetiza-ção, que é o indicador considerado no iDHM-Educação – é somente 5% menor; e, por outro lado, que, ao se restringir em 100% o valor da taxa bruta, como se faz na construção do iDHM, a taxa para os 60% mais pobres passa a ser somente 17% menor que para os mais ricos.

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isso, a despeito do fato de a renda per capita dos 60% mais pobres ter crescido bem mais

que a dos 40% mais ricos entre os períodos: 29,4% e 19,4%, respectivamente. Esse compor-

tamento diferenciado já foi bem comentado na primeira parte deste trabalho. Cabe apenas

destacar, por um novo ângulo, a desigualdade entre eles, que permanece elevadíssima: apenas

o acréscimo na renda per capita dos mais ricos entre os dois períodos, de R$230,72, é quase

equivalente ao valor da renda per capita dos mais pobres no último período (R$257,73).

Com relação à Longevidade, os dados mostram uma convergência entre os dois grupos

pelas três medidas, mas as diferenças na evolução de seus índices não são tão marcantes quanto

no caso da Educação. Embora os dados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil não

permitam esta segmentação, é provável que a convergência tenha sido maior na década ante-

rior. Algumas hipóteses podem ser levantadas para explicar isso e o fato dos índices dos dois

grupos não serem tão discrepantes nesta dimensão. Entre elas, a disseminação dos avanços na

medicina (que, em um primeiro momento atinge mais os ricos), que já teria ocorrido na década

anterior, e a grande redução prévia das taxas de mortalidade infantil, com a difusão do soro

caseiro e a maior assistência às gestantes e recém-nascidos. No caso das mortes por causas

externas, que, como visto, vem afetando fortemente a população jovem masculina, uma hipó-

tese é de que, se os homicídios incidem mais sobre os jovens mais pobres, os jovens mais ricos

são mais vitimados por acidentes de trânsito. De qualquer forma, é preciso considerar que há

inúmeros e imponderáveis fatores que afetam a esperança de vida.

Na dimensão Educação, a convergência é maior quando se considera, no cálculo do índice,

a taxa de analfabetismo fundamental, ao invés da simples taxa de analfabetismo. Nota-se que

não há convergência pela taxa bruta de frequência (manteve-se a relação entre os dois grupos e

aumentou a distância absoluta), mas que ela ocorre em termos das taxas líquidas (tabela 2.1)18.

Entretanto, apesar dos significativos ganhos para os mais pobres e do processo de conver-

gência apontado, chamam atenção, na tabela 2.1, as diferenças de nível dos indicadores de

escolaridade e a precária situação dos mais pobres no último período, particularmente a dos

adultos. Entre esses, 9,2% são analfabetos, 23,1% são analfabetos funcionais, 60% não têm o

fundamental completo, 78% não completaram o ensino médio e somente 1,8% terminaram o

curso superior. Esses indicadores são bem melhores para as gerações mais jovens, embora ainda

sejam ruins: 1/5 dos jovens de 18 a 24 anos buscam se inserir no mercado de trabalho sem ter

completado o ensino fundamental, e mais da metade (55%) desses jovens não terminaram o

ensino médio. Cabe salientar que, entre os jovens as diferenças relativas entre os mais pobres e

os mais ricos são maiores - nesse último grupo, apenas 4,7% não tinham o fundamental e 22,8%

não completaram o ensino médio – e até crescentes.

18 No primeiro caso, no entanto, é preciso ressalvar que, para efeito da construção do índice dessa dimensão, a taxa é restringida em 100%, o que implica que a evolução da taxa bruta de frequência para os mais pobres teve grande contribuição para a convergência desse índice (já que, para os mais ricos, a taxa bruta já ultrapassara os 100% no período 2001-2004).

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Quanto às taxas líquidas de freqüência, à exceção da observada para o ensino fundamental

(nível no qual, como já foi dito, ocorreu uma universalização), as diferenças relativas entre os

dois grupos também aumentaram. No último período, somente 52% dos adolescentes do grupo

mais pobre frequentavam o ensino médio e, entre os jovens de 18 a 24 anos desse grupo, apenas

5,9% estavam frequentando o ensino superior, taxas que, para os mais ricos, atingiam, respec-

tivamente, 73% e 31,1%.

Até o ponto em que se aceite a existência de uma relação entre grau de escolaridade e renda

do trabalho, as marcantes diferenças ainda existentes entre os dois grupos, relativas a nível de

escolaridade, frequência e atraso escolar, constituem, sem dúvida, um óbice à maior redução

da desigualdade de renda per capita entre eles. E isso será tanto mais verdade considerando a

diferença da qualidade de ensino para um e outro grupos e outros fatores de diferenciação no

mercado de trabalho.

3. ANÁLISE INFRARREGIONAL: municípios e UDHs

Neste capítulo faz-se uma análise espacialmente desagregada do desenvolvimento humano

na RMBH. São considerados dois níveis de desagregação, quais sejam, o municipal e o infra-

municipal.

Este último refere-se à divisão do espaço metropolitano em 287 Unidades de Desenvolvimento

Humano – as UDHs. Nesse processo, buscou-se o maior grau de homogeneidade possível den-

tro dessas unidades e, por outro lado, que elas fossem de fácil reconhecimento, ou seja, que

fossem aproximações de bairros existentes na região. Cabe observar que 22 UDHs coincidem

com municípios, ou seja, apenas 12 dos 34 municípios que compõem a RMBH puderam ser

subdivididos. São eles: Belo Horizonte (160 UDHs), Betim (20), Caeté (2), Contagem (37),

Esmeraldas (2), ibirité (7), lagoa Santa (2), Nova lima (3), Pedro leopoldo (3), Ribeirão das

Neves (12), Sabará (5), Santa luzia (9) e Vespasiano (4). Assim, 75% das UDHs localizam-se nos

3 municípios mais populosos da RMBH e 55% somente em Belo Horizonte19.

Recorreu-se, como fonte de informação, aos índices e indicadores do Atlas de Desenvolvimento

Humano da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Atlas da RMBH), construídos a partir dos

resultados dos dois últimos Censos Demográficos, referentes aos anos de 1991 e 200020.

19 Na verdade, os índices e indicadores do Atlas da RMBH foram calculados para 223 UDHs. Algumas dessas UDHs, no entanto, são compostas por sub-áreas não contíguas, que, embora apareçam relacionadas como UDHs, seus indi-cadores replicam os valores da UDH original. Para maiores informações, ver texto complementar no capítulo 1.20 Nesses dois níveis de desagregação, a análise só poderá ser atualizada com os resultados do próximo Censo, a ser realizado no final deste ano de 2010. A análise feita aqui resulta de um projeto mais abrangente de levantamento de indicadores de desenvolvimento humano para níveis mais desagregados que estado, que começou pelos municípios brasileiros, com o lançamento de dois Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, e desembocou em diversos Atlas de Desenvolvimento Humano para regiões metropolitanas e grandes aglomerações urbanas brasileiras, entre os quais, o Atlas de Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que serve, neste capítulo, de fonte de dados.

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Texto complementar 5

AS UNIDADES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (UDHs)

Trabalhos como o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, que abrangem todos os municípios do país,

oferecem um leque de comparações muito amplo e permitem que se coloque lado a lado municípios de tama-

nhos muito distintos. Um grande aglomerado urbano abriga em seu território enormes diversidades de desen-

volvimento humano e seus bairros são na maioria das vezes mais populosos que grande parcela dos municípios

do país. O estudo das condições de desenvolvimento humano nos grandes aglomerados urbanos requer recortes

espaciais para um melhor entendimento da situação. Neste sentido, a equipe da Fundação João Pinheiro que

participou da elaboração do Atlas dos municípios brasileiros direcionou sua pesquisa para o desenvolvimento de

estudos para as regiões metropolitanas do país, procurando desagregá-las espacialmente. Partindo da constatação

de que a maior parte das desigualdades sócio-econômicas brasileiras são intramunicipais, buscava-se não só

medi-la, mas também localizá-la e identificá-la no espaço metropolitano.

Evidentemente que os resultados e, por conseguinte, as conclusões obtidas a partir da desagregação espa-

cial estão diretamente relacionadas com a forma como ela foi realizada. Por isto, uma boa parcela do esforço

de pesquisa nesta área foi despendida com o processo de divisão espacial, com a delimitação das denominadas

Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs).

Essa tarefa contou com a imprescindível mobilização e o envolvimento de equipes multidisciplinares de

vários órgãos/instituições da região a ser estudada. O papel da Fundação João Pinheiro nessa etapa foi decisivo,

na coordenação e no suporte crítico, garantindo princípios metodológicos mínimos comuns.

Por um lado, buscou-se que as UDHs tivessem o máximo de homogeneidade sócio-econômica possível e

que elas preservassem o máximo possível as identidades sociais de conformações espaciais históricas. Assim, a

grosso modo, as UDHs resultaram de agregações ou subdivisões de bairros constituídos formalmente (por lei) ou

estabelecidos informalmente pelo reconhecimento popular.

Por outro lado, como todas as informações são obtidas dos Censos Demográficos, únicas pesquisas de

alcance nacional com garantia de uniformidade metodológica e comparabilidade, a delimitação das UDHs teve

que adaptar-se aos pré-requisitos exigidos para a sua utilização, como por exemplo:

• As UDHs são, necessariamente, somatórios de setores censitários, que são as unidades mínimas de

disponibilização das informações da pesquisa dos censos demográficos/universo.

• Como a maioria dos indicadores da pesquisa é obtida dos resultados originados da parte do censo

que é baseada em um plano amostral, a UDH deve corresponder a uma área de ponderação. O que

garante a confiabilidade dessa área de ponderação é ela conter, no plano amostral dos censos, um

mínimo de 400 domicílios amostrados. Portanto, todas as UDHs devem ter essa representatividade.

Operacionalmente, a pesquisa adotou como critério de tamanho populacional o limite mínimo acei-

tável de 16 mil habitantes por UDH. Por esse critério é que, como os bairros podem ter muito menos

ou muito mais do que esse limite populacional estipulado, as UDHs resultaram de agregações ou

desagregações de bairros.

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Esses pré-requisitos cerceiam, até certo ponto, a busca por uma maior homogeneidade interna das UDHs.

Vale lembrar que os próprios setores censitários podem ser altamente heterogêneos. No entanto, contando com

equipes de especialistas locais com grande conhecimento do espaço metropolitano, considera-se que se conse-

guiu conciliar satisfatoriamente os critérios e pré-requisitos na delimitação dessas unidades.

Outra questão diz respeito à contigüidade. Via de regra, as UDHs são agregações de setores censitários

contíguos, ou seja, representam áreas contínuas. Excepcionalmente, no entanto, os indicadores foram calculados

para um conjunto de áreas não contíguas com visíveis semelhanças em termos de condições sócio-econômicas

mas que, isoladamente, não perfaziam o total de 16 mil habitantes. A cada uma dessas áreas corresponde uma

UDH, mas seus indicadores referem-se a seu conjunto (todas elas apresentam os mesmos indicadores).

Tal procedimento se justifica, por exemplo, quando existem áreas carentes bem pequenas incrustadas em bairros

afluentes. Ou, inversamente, quando existem, por exemplo, condomínios de luxo incrustados em bairros carentes.

Configurações obtidas para a RMBH

Um critério bastante razoável para avaliação dos resultados da divisão das UDHs é a análise posterior dos

indicadores de desigualdade de renda. Espera-se que todas elas apresentem índices de desigualdade de renda

relativamente baixos, uma vez que buscou-se isolar sub-espaços com o máximo de homogeneidade possível.

Em 2000, o Índice de Gini obtido para a RMBH foi de 0,62. Apenas em três UDHs o índice superou esse

valor. Todas as três referem-se a municípios que, devido ao tamanho populacional, permitiram poucas subdivi-

sões: pertencem aos municípios de Caeté, Esmeraldas e Nova lima, basicamente subdivididos em duas UDHs, a

área central e seu entorno. A maior desigualdade é a da UDH de Nova lima JARDiM CANADá/SÃO SEBASTiÃO

DAS.áGUAS ClARAS/MORRO DO CHAPÉU/lAGOA DOS iNGlESES, com Gini de 0,74. É uma UDH extre-

mamente grande, com área total de 278 km² (o município de Belo Horizonte tem área total de 332 km²) e com

uma população bastante rarefeita o que demandou uma agregação grande de área para atender ao pré-requisito

de 400 domicílios amostrados. Notadamente esta é uma região de expansão estreitamente ligada à população de

Belo Horizonte com alta renda per capita.

A UDH mais populosa observada e que teoricamente poderia estar subdividida em duas UDHs diferentes é

a denominada Favela da Serra no município de Belo Horizonte com uma população total de 33 mil habitantes.

Contudo, pelos critérios acima isto não se justificaria, dado que demonstra uma homogeneidade interna bastante

significativa: seu índice de Gini é de 0,41, o segundo menor entre todas as UDHs.

Uma outra forma de se avaliar a divisão efetuada do espaço metropolitano consiste em verificar quanto da

desigualdade de renda entre seus habitantes é “isolada”, ou seja, provém da desigualdade entre as UDHs (nota-

se que, quanto mais homogêneas internamente forem as UDHs, maior a parcela da desigualdade que advém do

componente inter-UDHs). Na RMBH, por exemplo, quando se considera a divisão municipal, apenas 16% da

desigualdade é isolada, mas, com a divisão por UDHs, esse percentual sobe para 44%.

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3.1 – Análise do IDHM e de seus subíndices

Em 2000, o iDHM dos municípios da RMBH variava de 0,700, em Nova União, a 0,839, em

Belo Horizonte, que, juntamente com Nova lima e Pedro leopoldo, eram os únicos que haviam

alcançado o nível de alto desenvolvimento humano (tabela 3.1). Note-se que apenas os 2 pri-

meiros tinham índices superiores ao da RMBH como um todo e que, em 22 dos 34 municípios,

o índice era inferior ao da RMBH em 1991.

TABELA 3.1 – EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO E DO IDHMMunicípios da RMBH - 1991-2000

REGIÕES

POPULAÇÃO IDHM

2000(mil habit.)

Tx.cresc.(% a.a.)

Particip.(%)

2000Variaçãoabsoluta

Tx.cresc.(%)

Reduçãohiato (%)

BELO HORIZONTE 2.238,5 1,1 51,4 0,839 0,048 6,1 23,0

NOVA liMA 64,4 2,3 1,5 0,821 0,077 10,3 30,1

PEDRO lEOPOlDO 54,0 2,9 1,2 0,807 0,059 7,9 23,4

FlORESTAl 5,6 1,2 0,1 0,794 0,091 12,9 30,6

CAETÉ 36,3 1,0 0,8 0,789 0,093 13,4 30,6

CONTAGEM 538,0 2,0 12,3 0,789 0,059 8,1 21,9

lAGOA SANTA 37,9 4,1 0,9 0,783 0,055 7,6 20,2

BETiM 306,7 6,7 7,0 0,775 0,080 11,5 26,2

MATOZiNHOS 30,2 2,8 0,7 0,774 0,071 10,1 23,9

CONFiNS 4,9 4,2 0,1 0,773 0,097 14,3 29,9

SABARá 115,4 2,8 2,6 0,773 0,077 11,1 25,3

BRUMADiNHO 26,6 3,6 0,6 0,773 0,077 11,1 25,3

RAPOSOS 14,3 0,0 0,3 0,758 0,047 6,6 16,3

SANTA lUZiA 184,9 3,3 4,2 0,754 0,068 9,9 21,7

iGARAPÉ 24,8 5,0 0,6 0,753 0,060 8,7 19,5

JUATUBA 16,4 6,3 0,4 0,751 0,096 14,7 27,8

CAPiM BRANCO 7,9 2,5 0,2 0,751 0,056 8,1 18,4

RiBEiRÃO DAS NEVES 246,8 6,2 5,7 0,749 0,075 11,1 23,0

ESMERAlDAS 47,1 7,6 1,1 0,748 0,095 14,5 27,4

SARZEDO 17,3 6,3 0,4 0,748 0,061 8,9 19,5

VESPASiANO 76,4 5,8 1,8 0,747 0,070 10,3 21,7

SÃO JOSÉ DA lAPA 15,0 5,8 0,3 0,747 0,045 6,4 15,1

MATEUS lEME 24,1 3,6 0,6 0,745 0,073 10,9 22,3

iTAGUARA 11,3 0,6 0,3 0,743 0,073 10,9 22,1

BAlDiM 8,2 -0,3 0,2 0,742 0,077 11,6 23,0

RiO ACiMA 7,7 0,9 0,2 0,735 0,094 14,7 26,2

TAQUARAÇU DE MiNAS 3,5 0,3 0,1 0,735 0,080 12,2 23,2

JABOTiCATUBAS 13,5 0,7 0,3 0,731 0,100 15,8 27,1

iBiRiTÉ 133,0 6,3 3,1 0,729 0,061 9,1 18,4

Continua

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REGIÕES

POPULAÇÃO IDHM

2000(mil habit.)

Tx.cresc.(% a.a.)

Particip.(%)

2000Variaçãoabsoluta

Tx.cresc.(%)

Reduçãohiato (%)

iTATiAiUÇU 8,5 1,6 0,2 0,727 0,079 12,2 22,4

MáRiO CAMPOS 10,5 6,3 0,2 0,711 0,076 12,0 20,8

RiO MANSO 4,6 0,5 0,1 0,708 0,100 16,4 25,5

SÃO JOAQUiM DE BiCAS 18,2 5,3 0,4 0,707 0,073 11,5 19,9

NOVA UNiÃO 5,4 1,2 0,1 0,700 0,087 14,2 22,5

RMBH 4.357,9 2,4 100,0 0,813 0,054 7,1 22,4

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

Entre 1991 e 2000, o iDHM subiu em todos os municípios da RMBH. Belo Horizonte

apresentou um dos menores avanços em termos de variação absoluta e o menor em termos de

variação relativa; mas, como seu índice era o mais elevado e, portanto, seu hiato era o menor,

o município ocupou uma posição intermediária (17º) em termos da taxa de redução do hiato21.

Dos municípios mais populosos da região, Betim é o que mais se destaca pelos 3 critérios.

Na RMBH e na maioria de seus municípios, os avanços mais significativos ocorreram no

índice da dimensão Educação e os menores, no da dimensão Renda, conforme o gráfico 3.1.

Gráfico 3.1 – Contribuição das dimensões para o crescimento do IDHMRMBH e seus municípios – 1991-2000

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

CA

ETÉ

RIO

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NFI

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RMB

H

%

EDUCAÇÃO LONGEVIDADE RENDA

21 Todos os municípios com taxa de redução do hiato maior que a de Belo Horizonte apresentam, conseqüentemen-te, variação absoluta e relativa também maior que a dessa capital.

Continuação

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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Gráfico 3.2. – IDHMUDHs da RMBH – 1991-2000

0.500

0.550

0.600

0.650

0.700

0.750

0.800

0.850

0.900

0.950

1.000

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

% DAS UDHS1991 2000 RMBH-1991 RMBH-2000 BH-2000 Nova União-2000

Entre as UDHs, o iDHM variava, em 2000, de 0,685 (em ESPLANADA/POMPEIA-Vila

Nossa Senhora do Rosário, FAVELA CABEÇA DE PORCO, FAVELA DO PERRELA e TAQUARil/

CASTANHEiRAS, em Belo Horizonte) a 0,973 (em CARMO/SiON, também em BH). Tal dispari-

dade é, em termos absolutos, maior que a existente entre os municípios de Minas Gerais, cujos

índices iam de 0,568 (em Setubinha) a 0,841 (em Poços de Caldas).

Enquanto 30% das UDHs apresentavam índices superiores à da RMBH, 50% ainda não

haviam alcançado o patamar da região em 1991 (gráfico 3.2). Em 2000, os melhores e piores

valores encontravam-se em unidades do município de Belo Horizonte, como visto, o de maior

iDHM da região. Assim, das UDHs com índices melhores que o da capital (17%), quase todas

(à exceção de 3) a ela pertenciam; e, no outro extremo, todas as 14 UDHs em pior situação que

a de Nova União (município de menor iDHM da região) eram vilas ou favelas da capital. Nos

mapas 3.1 e 3.2 pode-se ver a distribuição espacial das UDHs da RMBH e de Belo Horizonte,

de acordo com o iDHM e com os mesmos cortes do gráfico 3.2.

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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Mapa 3.1 – IDHM – 2000Todas as UDHs da RMBH

Mapa 3.2 – IDHM – 2000UDHs do município de Belo Horizonte

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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Entre 1991 e 2000, todas as UDHs elevaram seu nível de desenvolvimento humano (medido

pelo iDHM) e, como pode-se observar no gráfico 3.2, isso ocorreu de forma a reduzir ligeiramente

a disparidade existente entre elas (medida pela distância entre os maiores e menores valores). Este

último fato é o resultado de evoluções bem diferenciadas, como se pode verificar pelo gráfico 3.3.

Nesse gráfico, as UDHs se encontram ordenadas pela variação absoluta do iDHM no perí-

odo, cabendo destacar as seguintes evoluções:

a) Unidades que, já com elevado nível de desenvolvimento humano em 1991, apresenta-

ram, como era de se esperar22, pequenas variações absolutas do índice, mas suficientes

para assegurar elevadas taxas de redução do hiato (que já era pequeno em 1991). É o

caso, por exemplo, das seguintes unidades: CARMO/SiON, SERRA/SÃO lUCAS, SÃO

PEDRO/SANTO ANTôNiO e CRUZEiRO/ANCHiETA;

Gráfico 3.3 – Evolução do IDHM nas UDHs da RMBH1991-2000

0.000

0.200

0.400

0.600

0.800

1.000

1.200

1.400

0

10

20

30

40

50

60

70

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

IDH

M-1

991

e V

aria

ção

abso

luta

Redu

ção

do h

iato

(%

)

% das UDHs (em ordem crescente da variação absoluta)

REDUÇÃO HIATO (%) IDHM-1991" VARIAÇÃO ABSOLUTA (x10)

b) Unidades que, mesmo possuindo nível de desenvolvimento humano relativamente

elevado em 1991, apresentaram significativas variações absolutas, garantindo elevadas

reduções do hiato. O grande destaque, neste caso, é BURiTiS/ESTORil/MANSÕES,

22 Como já destacado no capítulo 1, quanto mais elevado o índice, menores e mais difíceis tendem a ser as variações absolutas: novos incrementos no logaritmo da renda per capita passam a exigir maiores aumentos da renda per capita; quedas adicionais na esperança de vida ao nascer exigem investimentos maiores em saúde e combate à criminalidade violenta; reduções na taxa de analfabetismo passam a requerer programas mais focalizados e incentivos para popula-ções mais idosas de analfabetos; o crescimento da taxa bruta de freqüência passa a depender dos acréscimos na fre-qüência ao ensino superior, e esse indicador tende mesmo a recuar em função de melhoras na educação relacionadas à queda no atraso escolar de crianças e adolescentes.

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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que teve a maior redução do hiato (62%) no período, cabendo também citar PARQUE

URSOliNA DE MElO/CASTElO/RECREiO/iTAMARATi (ambas de BH);

c) Unidades cujos índices eram relativamente baixos em 1991, mas apresentaram grandes

variações absolutas, que lhes asseguraram grande redução do hiato. O caso de maior

destaque é o de ESTAÇÃO/AlTO DO TANQUE/CARREiRA COMPRiDA/MG20 (Santa

luzia), com a maior variação absoluta entre as UDHs. Pode-se incluir aqui também a

unidade J.CANADá/S.SEB.áGUAS ClARAS/M.CHAPÉU/lG.iNGlESES (Nova lima);

d) Unidades com índices baixos em 1991 e que, tendo apresentado pequenas variações

absolutas, reduziram muito pouco o hiato existente. É a evolução mais desfavorá-

vel, encontrada, por exemplo, nas seguintes unidades: Recanto Nossa Senhora da

Boa Viagem, CHÁCARAS REUNIDAS SANTA INÊS-Jaqueline, SÃO BERNARDO-Vila

Aeroporto, TUPI-Vila Ribeiro de Abreu, VILA SÃO TOMÁS-Aeroporto da Pampulha,

ACAIACA-Beira Linha, ALVORADA-Vila São Benedito, CONCÓRDIA-Vila Tiradentes,

DOM JOAQUIM-Vila de Sá, PAULO VI-Beira Linha, SÃO GABRIEL-Vila Três Marias,

SÃO PAULO-Carioca/Modelo, SÃO PAULO-Vila São Paulo e VILA MARIA (todas de

BH).

Em 60% das UDHs, a dimensão Educação foi a que mais contribuiu para o avanço do

iDHM no período. A dimensão Renda, por outro lado, só teve contribuição preponderante em

15% das unidades, destacando-se que, em 7%, sua contribuição foi negativa, ou seja, houve

queda na renda per capita.

O gráfico 3.4 mostra um retrato geral da situação das UDHs nas três dimensões do iDHM,

em 200023. Verifica-se que: a) na dimensão Renda, o grau de disparidade e desigualdade entre

as unidades é bem superior ao existente em termos do iDHM e das outras 2 dimensões, especial-

mente Educação, cuja distribuição é bem mais homogênea; b) o índice da dimensão Educação

é o que mais contribui para o valor do iDHM em 2000, o que ocorre em 96% das unidades (nas

demais 4%, o maior índice é o da dimensão Renda).

23 Note-se que, no gráfico 3.4, as UDHs são ordenadas independentemente por cada índice.

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Gráfico 3.4 – IDHM e subíndices educação, renda e longevidadeUDHs da RMBH – 1991-2000

0,500

0,550

0,600

0,650

0,700

0,750

0,800

0,850

0,900

0,950

1,000

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

% DAS UDHS

IDHM IDHM-Renda IDHM-Longevidade IDHM-Educação

3.2 Aspectos da dimensão Renda

Nota-se, entre os municípios que compõem a RMBH, uma grande disparidade em termos do nível

de renda per capita, que varia de R$141,00 em Taquaraçu de Minas a R$557,00 em Belo Horizonte

(tabela 3.2)24. Apenas a capital e o município de Nova lima apresentavam, em 2000, renda per capita

superior à média da RMBH. Com esse nível de renda per capita e com mais da metade da população

regional, Belo Horizonte detinha, nesse ano, quase ¾ da renda total da região metropolitana.

24 Neste capítulo, os valores monetários foram mantidos a preços de agosto de 2000, data do Censo desse ano, mesmo porque o maior interesse aqui é destacar as disparidades e desigualdades intermunicipais e inter-UDHs.

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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TABELA 3.2 – RENDA PER CAPITA – NÍVEL E COMPOSIÇÃOMunicípios da RMBH – 1991-2000

MUNICÍPIOS

% darenda

daRMBH

Renda per capita - 2000(R$ de ago/2000)

Taxa média anual de crescimentoda renda per capita - 1991-2000

% da populaçãodependente de

transfer. govern.Total das

fontesTrabalho

Transfer.govern.

Outrasfontes

Total dasfontes

TrabalhoTransfer.govern.

Outrasfontes 2000 Tx.cresc.

MATOZiNHOS 0,4 234 171 38 24 6,3 5,0 10,7 12,2 12,1 65,1

BRUMADiNHO 0,4 274 201 51 22 5,7 4,6 7,7 15,2 15,7 60,8

NOVA UNiÃO 0,0 153 93 33 27 7,8 4,5 13,1 21,3 18,8 68,8

CAETÉ 0,6 259 165 63 32 6,4 4,1 11,0 14,9 20,4 73,0

RiO ACiMA 0,1 183 118 30 35 5,9 3,6 5,5 24,8 12,9 12,3

ESMERAlDAS 0,5 185 138 23 23 5,2 3,5 8,3 19,9 10,1 40,0

JUATUBA 0,2 187 133 27 27 5,3 3,5 8,2 17,2 12,3 40,0

NOVA liMA 1,5 405 260 84 60 5,7 3,5 7,8 20,5 15,9 35,1

CONFiNS 0,1 192 136 27 29 5,3 3,4 6,3 21,1 10,4 33,5

RiO MANSO 0,0 146 97 30 18 5,5 3,3 10,7 16,2 17,9 77,3

lAGOA SANTA 0,6 292 211 40 41 3,9 3,1 6,0 7,0 11,0 22,4

VESPASiANO 0,9 197 138 26 32 4,3 2,6 8,9 11,2 10,7 61,7

MáRiO CAMPOS 0,1 170 121 23 26 4,5 2,5 7,0 20,8 10,6 24,0

JABOTiCATUBAS 0,1 184 123 33 29 5,2 2,4 10,2 22,2 13,7 75,2

iTAGUARA 0,1 208 140 35 33 4,3 1,9 7,9 19,2 14,2 67,5

SARZEDO 0,2 184 138 27 20 3,4 1,8 6,8 21,0 12,4 71,9

MATEUS lEME 0,3 218 149 46 23 4,3 1,7 12,6 17,9 16,6 113,9

PEDRO lEOPOlDO 0,9 269 187 49 33 3,5 1,6 9,1 10,3 14,8 90,6

BElO HORiZONTE 72,3 557 387 91 79 3,3 1,4 7,5 12,7 13,0 64,0

SÃO JOSÉ DA lAPA 0,2 211 151 28 32 3,5 1,4 6,4 22,4 9,9 79,3

CONTAGEM 8,9 281 202 40 38 3,3 1,3 9,2 16,0 11,3 104,0

RiBEiRÃO DAS NEVES 2,3 159 117 19 24 3,0 1,2 6,0 15,3 8,9 42,5

S. JOAQUiM DE BiCAS 0,2 164 118 25 21 2,5 1,1 6,7 8,4 11,5 59,2

iTATiAiUÇU 0,1 168 115 27 26 3,4 1,0 6,3 22,6 12,4 25,6

iGARAPÉ 0,3 199 135 26 37 3,6 0,8 8,4 22,9 9,5 79,0

SANTA lUZiA 2,0 192 136 25 32 3,1 0,6 7,1 23,1 9,7 62,5

BETiM 3,7 203 147 27 29 2,6 0,5 6,9 17,9 10,4 73,9

TAQUARAÇU DE MiNAS 0,0 141 91 32 18 2,3 0,5 10,6 2,4 19,8 133,0

CAPiM BRANCO 0,1 180 124 29 27 2,5 0,4 5,2 18,8 11,1 27,1

BAlDiM 0,1 157 97 35 25 3,6 0,3 9,9 17,9 20,0 120,0

iBiRiTÉ 1,1 150 101 20 29 2,9 0,3 7,9 16,8 10,8 87,0

RAPOSOS 0,2 189 115 47 27 2,1 -0,4 4,6 19,6 19,7 36,1

SABARá 1,4 214 144 33 37 2,1 -0,5 4,4 25,4 12,5 34,8

FlORESTAl 0,1 227 153 37 36 1,9 -0,9 7,6 21,0 14,6 81,1

RMBH 100,0 394 276 61 57 2,7 0,8 6,8 13,7 12,2 63,3

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Mas, entre 1991 e 2000, a participação da capital na renda da região caiu. isto se deu estritamente em função de sua perda de participação na população total, pois sua renda per capita cresceu acima da média regional. A renda per capita cresceu em todos os municípios, sendo que em 6 deles sua taxa de crescimento foi mais de 2 vezes maior que a média da região, destacando-se Nova União, Caeté e Matozinhos, com mais de 6% ao ano, e Nova lima, que detinha a 2ª maior renda per capita em 1991.

Entre as UDHs, a variação da renda per capita é bem maior, de R$110,83 em NOVA

CONTAGEM (Contagem) a R$2.868,36, no BElVEDERE/MANGABEiRAS/COMiTECO (Belo

Horizonte). Como mostra o gráfico 3.5, apenas 20% das UDHs tinham, em 2000, nível de renda

per capita superior à média da RMBH (R$394,34), e em 28% das UDHs esse nível não atingia

a média regional em 1991 (R$309,03).

Gráfico 3.5 – Renda Per CapitaRMBH e UDHs – 1991-2000

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

R$ d

e ag

o /

2000

% DAS UDHSUDHS-1991 UDHS-2000 RMBH-1991 RMBH-2000

A distribuição espacial das UDHS, por nível de renda per capita, pode ser vista no Mapa

3.3. Excetuando-se o Centro de Pedro leopoldo, algumas poucas unidades dos municípios de

Betim e Contagem e uma unidade do município de Nova lima, todas as UDHs com renda per

capita superior à média da RMBH localizavam-se em Belo Horizonte. Entretanto, na capital

encontravam-se também, de forma dispersa, diversas UDHs com renda per capita inferior à

metade da da região (Mapa 3.4).

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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Mapa 3.3 – Renda Per Capita – 2000Todas as UDHs da RMBH

Mapa 3.4 – Renda Per Capita – 2000UDHs do Município de Belo Horizonte

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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Entre 1991 e 2000, a situação geral melhorou: no gráfico 3.5, a curva referente a 2000

situa-se totalmente acima da curva de 1991. Mas isto não significa que a renda per capita tenha

crescido em todas as UDHs. Pelo gráfico 3.6, vê-se que ela recuou em 6,6% das unidades e,

em 40% das UDHs, seu crescimento foi inferior à média da região. Mas, ao mesmo tempo, em

muitas unidades a renda per capita cresceu a taxas bastante elevadas, chegando a mais de 5%

ao ano em 15% delas.

Gráfico 3.6 – Taxa média anual de crescimento da renda Per Capita, por fonteUDHs da RMBH – 1991-2000

-5

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

TAX

A D

E C

RESC

IMEN

TO A

NU

AL

(%)

% DAS UDHSRPC RPC -TRANSF RPC -TRAB RPC -OUTRAS

A maior parcela (70%) da renda da RMBH em 2000 provinha do trabalho, a parcela restante

distribuindo-se quase igualmente entre transferências governamentais (aposentadorias, pensões

e programas oficiais de auxílio, como bolsa-escola e seguro desemprego) e outras fontes de

renda (rendimentos de aluguéis, lucros e juros de aplicações financeiras, pensão alimentícia,

doação de não morador, abono permanência, pensão de seguradora privada, etc).

Entre 1991 e 2000, a renda per capita da RMBH cresceu em média 2,7% ao ano, ritmo

inferior ao de Minas Gerais. A renda per capita do trabalho foi a que menos cresceu, apenas

0,8% ao ano. As rendas de transferências tiveram um considerável crescimento de seu valor

per capita, assim como o percentual da população dependente delas (cuja renda familiar per

capita provém dessas transferências em mais de 50%). isso se deu de forma geral entre os muni-

cípios da região, sendo que a renda per capita do trabalho chegou a regredir nos municípios de

Raposos, Sabará e Florestal. Com isso, elevou-se, em todos os municípios, o grau de dependên-

cia de transferências governamentais.

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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Também na perspectiva das UDHs a renda per capita do trabalho foi, de forma geral, a que

menos cresceu, tendo inclusive recuado em cerca de 20% delas. Já a renda proveniente de trans-

ferências governamentais e, principalmente, a de outras fontes apresentaram forte crescimento

em praticamente todas as unidades (gráfico 3.6).

No capítulo 1, destacou-se, de várias formas, a grande desigualdade de renda entre os habi-

tantes da RMBH, assim como o fato de ela ter crescido ao longo dos anos 9025.

A desigualdade de renda na RMBH pode ser decomposta na desigualdade intramunicipal -

entre as pessoas do mesmo município – e na desigualdade intermunicipal – entre os municípios.

A primeira componente respondia por 84% da desigualdade total e a segunda, por 16%. Entre

1991 e 2000, quando a desigualdade total (medida pelo índice de Theil26) praticamente não se

alterou, verificou-se um ligeiro aumento da desigualdade intermunicipal (de 0,10 para 0,11) e

uma pequena queda da desigualdade intramunicipal (de 0,58 para 0,57).

Constata-se, pela tabela 3.3, que Belo Horizonte e Nova lima, os dois municípios de maior

renda per capita, são também os que apresentavam, em 2000, a maior desigualdade de renda

entre seus habitantes, superior à existente na RMBH como um todo. Além dos dois, apenas

outros três – Caeté, Esmeraldas e Jaboticatubas – possuíam índices de Theil superior à média.

Por outro lado, ibirité, Ribeirão das Neves, Raposos e Sarzedo, com baixos níveis de renda per

capita, apresentavam os menores índices de desigualdade.

Entre 1991 e 2000, a desigualdade recuou em 18 dos 34 municípios da região, com des-

taque para Sarzedo, e elevou-se em 10 municípios, principalmente em Caeté, Nova lima e

Esmeraldas (considerando-se o índice de Theil). Em Belo Horizonte, ocorreu um ligeiro aumento

da desigualdade no período.

25 Os dados do Atlas da RMBH permitem qualificar melhor o que foi dito no primeiro capítulo, que a maior parte da desigualdade está “localizada” no extremo da distribuição da renda, entre os 20% mais ricos e o restante da popula-ção. Esses dados mostram que, enquanto os 20% detinham, em 2000, 66,5% da renda total da RMBH, 50,5% ficavam com os 10% mais ricos (portanto, apenas 16% com o 2º décimo mais rico); ou seja, o maior “pulo” se dá, na verdade, entre esse grupo e os 90% mais pobres. 26 Apesar de o índice de Gini ser o mais difundido entre os diversos índices de desigualdade, o índice de Theil apre-senta a vantagem de ser o único índice estritamente decomponível (nos componentes intra-grupos e inter-grupos da desigualdade total), além de dar maior peso a transferências realizadas na cauda inferior da distribuição de renda (o Gini privilegia o centro dessa distribuição). Trata-se aqui, mais especificamente do índice l de Theil (Theil criou dois índices, o T e o l), calculado pela fórmula: Theil-l= ln[(média aritmética dos valores)/ (média geométrica dos valores)].

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TABELA 3.3 – INDICADORES DE DESIGUALDADE DE RENDAMunicípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte – 1991-2000

MUNICÍPIOS

RAZÃO 20%+/40%- ÍNDICE DE GINI ÍNDICE DE THEIL

1991 2000Variação

%1991 2000

Variação%

1991 2000Variação

%

SARZEDO 12,1 7,3 -39,6 0,56 0,45 -19,6 0,56 0,34 -39,3

FlORESTAl 11,9 9,0 -24,0 0,57 0,51 -10,5 0,57 0,43 -24,6

SABARá 10,9 9,3 -14,9 0,54 0,49 -9,3 0,53 0,41 -22,6

lAGOA SANTA 16,3 12,6 -23,2 0,62 0,56 -9,7 0,68 0,53 -22,1

MáRiO CAMPOS 11,7 7,9 -32,4 0,54 0,48 -11,1 0,51 0,40 -21,6

SÃO JOAQUiM DE BiCAS 14,2 10,7 -24,6 0,59 0,53 -10,2 0,61 0,49 -19,7

TAQUARAÇU DE MiNAS 16,6 9,8 -41,0 0,55 0,53 -3,6 0,54 0,45 -16,7

CAPiM BRANCO 8,7 7,1 -18,8 0,51 0,48 -5,9 0,45 0,38 -15,6

iGARAPÉ 9,5 9,5 0,0 0,52 0,50 -3,8 0,46 0,39 -15,2

iTATiAiUÇU 9,3 8,7 -6,8 0,50 0,51 2,0 0,46 0,41 -10,9

BETiM 10,3 10,5 1,8 0,53 0,53 0,0 0,49 0,44 -10,2

RiO MANSO 8,0 7,7 -3,9 0,50 0,49 -2,0 0,44 0,40 -9,1

RiBEiRÃO DAS NEVES 7,2 7,2 -0,4 0,45 0,45 0,0 0,35 0,32 -8,6

BRUMADiNHO 13,4 12,2 -9,3 0,58 0,56 -3,4 0,60 0,56 -6,7

iBiRiTÉ 6,8 7,5 9,9 0,44 0,45 2,3 0,34 0,32 -5,9

SANTA lUZiA 7,7 8,2 6,6 0,47 0,47 0,0 0,38 0,36 -5,3

iTAGUARA 11,0 10,8 -1,5 0,53 0,53 0,0 0,51 0,49 -3,9

MATEUS lEME 10,7 10,2 -4,4 0,53 0,52 -1,9 0,49 0,48 -2,0

RAPOSOS 6,4 6,7 3,9 0,43 0,44 2,3 0,33 0,33 0,0

CONFiNS 5,6 6,7 19,1 0,47 0,47 0,0 0,39 0,39 0,0

MATOZiNHOS 9,2 9,0 -2,5 0,50 0,50 0,0 0,43 0,43 0,0

VESPASiANO 9,5 10,9 14,0 0,50 0,54 8,0 0,44 0,44 0,0

PEDRO lEOPOlDO 12,5 12,2 -2,7 0,56 0,57 1,8 0,56 0,56 0,0

BElO HORiZONTE 17,0 18,5 8,9 0,61 0,62 1,6 0,69 0,71 2,9

SÃO JOSÉ DA lAPA 6,8 8,2 20,0 0,47 0,49 4,3 0,38 0,40 5,3

BAlDiM 8,9 10,8 21,8 0,51 0,54 5,9 0,46 0,49 6,5

CONTAGEM 8,4 9,6 15,0 0,48 0,51 6,3 0,40 0,43 7,5

JABOTiCATUBAS 12,2 13,2 8,1 0,56 0,59 5,4 0,56 0,61 8,9

RiO ACiMA 6,8 7,6 11,1 0,46 0,49 6,5 0,36 0,40 11,1

NOVA UNiÃO 8,4 13,7 62,9 0,52 0,57 9,6 0,46 0,55 19,6

JUATUBA 7,5 12,6 67,4 0,48 0,56 16,7 0,40 0,51 27,5

ESMERAlDAS 10,0 13,3 33,3 0,52 0,60 15,4 0,47 0,62 31,9

NOVA liMA 11,3 16,3 44,3 0,55 0,64 16,4 0,54 0,72 33,3

CAETÉ 9,7 13,9 43,2 0,51 0,60 17,6 0,44 0,64 45,5

RMBH 17,0 17,9 5,5 0,61 0,62 1,6 0,68 0,68 0,0

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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Quando se decompõe a desigualdade da RMBH nos componentes intra-UDHS e inter-

UDHS, verifica-se que o segundo componente explica aproximadamente 44% da desigualda-

de total. Ou seja, mesmo tendo-se buscado a maior homogeneidade na divisão da região em

UDHs, 56% da desigualdade permanece se dando entre as pessoas dentro dessas unidades.

A desigualdade dentro das UDHS é, na maioria delas, bem menor que na RMBH como

um todo. Assim, o índice de Theil é inferior à metade do da RMBH em 41% das unidades.

Entretanto, há algumas UDHs com elevada desigualdade de renda, com índices que che-

gam a superar o da região metropolitana em J.CANADá/S.SEB.áGUAS ClARAS/M.CHAPÉU/

lG.iNGlESES (Nova lima), CENTRO/CONJ. iSRAEl PiNHEiRO/ESTAÇÃO (Caeté) e BR 040-N.

Retiro/Nossa Fazenda/M.Viana/ipê Amarelo (Esmeraldas).

Segundo o gráfico 3.7, a distribuição das UDHs segundo o índice de Theil não se alterou

muito entre 1991 e 2000. No entanto, individualizadamente, o índice recuou em 57% das

UDHS e cresceu em mais de 1/3 delas.

Gráfico 3.7 – Evolução da desigualdade de renda, segundo o índice de TheilUDHs da RMBH – 1991-2000

-0,6

-0,4

-0,2

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

TH

EIL

E V

AR

IAÇ

ÃO

AB

SOLU

TA D

O T

HEI

L

% DAS UDHSTHEIL -1991 THEIL -2000 VARIAÇÃO THEIL -RMBH

No primeiro capítulo mostrou-se que, a despeito da ligeira elevação da desigualdade de

renda nos anos 90, a pobreza, medida pela proporção de pobres (definidos como aquelas pes-

soas com renda familiar per capita inferior a ½ salário mínimo de agosto de 2000), recuou na

região, atingindo 20,1% em 2000 (o que representava cerca de 800 mil pobres, 16% do contin-

gente existente no estado).

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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A proporção de pobres varia muito entre os municípios da RMBH. Em 2000, de 14,2% na

capital, chegava a 46,4% em Nova União. Somente 4 municípios – Belo Horizonte, Nova lima,

Contagem e lagoa Santa - apresentavam proporção de pobres menor que a da região como um

todo e, em 10 municípios, mais de 1/3 dos habitantes eram pobres (tabela 3.4 e mapa 3.5).

TABELA 3.4 – INDICADORES DE POBREZAMunicípios da RMBH – 1991-2000

MUNICÍPIOSPROPORÇÃO DE POBRES (%) NÚMERO DE POBRES (mil) INDIGENTES/POBRES (%)

1991 2000 (2000-1991) 1991 2000 Variação % 1991 2000 (2000-1991)

ESMERAlDAS 56,3 39,0 -17,3 13,2 17,2 30,6 44,2 42,8 -1,4

BETiM 39,1 29,3 -9,8 65,4 83,9 28,3 37,0 39,4 2,4

JUATUBA 50,4 37,3 -13,1 4,7 5,7 23,0 37,8 42,5 4,7

VESPASiANO 42,1 30,1 -11,9 17,9 21,2 18,7 44,3 40,1 -4,2

SÃO JOAQUiM DE BiCAS 55,5 40,1 -15,4 6,1 7,0 14,2 45,9 41,4 -4,6

RiBEiRÃO DAS NEVES 43,9 30,6 -13,3 60,7 69,1 13,7 35,6 36,6 1,0

SÃO JOSÉ DA lAPA 33,0 23,0 -10,1 2,8 3,1 13,4 33,5 33,6 0,1

iBiRiTÉ 45,5 32,5 -13,0 33,8 38,3 13,3 33,9 41,8 7,9

MáRiO CAMPOS 59,8 37,9 -21,9 3,5 3,6 2,3 47,8 25,0 -22,8

SARZEDO 50,4 27,4 -23,0 4,9 4,5 -7,4 42,8 26,3 -16,5

SANTA lUZiA 36,7 27,2 -9,5 49,8 45,3 -9,0 35,1 37,1 2,1

iGARAPÉ 48,4 30,4 -18,0 7,6 6,8 -10,0 40,0 52,7 12,7

TAQUARAÇU DE MiNAS 60,5 44,9 -15,7 1,7 1,5 -11,0 44,7 42,8 -1,9

CONTAGEM 24,2 18,8 -5,4 105,5 93,8 -11,1 28,2 37,1 8,9

MATEUS lEME 44,2 29,0 -15,2 7,7 6,8 -11,6 40,2 35,4 -4,8

CONFiNS 41,3 27,8 -13,5 1,4 1,2 -12,7 43,2 37,2 -5,9

SABARá 36,4 26,2 -10,2 32,1 26,7 -17,0 39,9 36,9 -2,9

PEDRO lEOPOlDO 35,5 23,6 -11,9 14,3 11,8 -17,3 37,9 29,5 -8,4

CAPiM BRANCO 42,8 30,0 -12,8 2,7 2,1 -19,2 38,5 27,7 -10,9

BElO HORiZONTE 18,9 14,2 -4,7 363,7 289,1 -20,5 32,0 34,7 2,7

BRUMADiNHO 41,9 24,1 -17,8 7,9 6,0 -23,5 49,5 25,8 -23,7

CAETÉ 40,5 28,5 -12,0 12,9 9,6 -25,7 38,6 37,0 -1,6

FlORESTAl 36,4 26,1 -10,3 1,8 1,3 -26,0 32,1 30,1 -2,0

NOVA liMA 23,6 14,6 -9,0 11,9 8,5 -28,7 34,4 34,5 0,1

RAPOSOS 29,5 22,8 -6,7 4,1 2,9 -29,4 34,2 42,8 8,6

iTATiAiUÇU 50,4 33,5 -16,9 3,7 2,6 -29,6 40,7 29,6 -11,1

lAGOA SANTA 39,0 19,3 -19,7 9,7 6,8 -30,0 43,2 46,3 3,1

JABOTiCATUBAS 58,2 42,4 -15,8 7,3 5,0 -30,7 50,1 32,1 -18,0

BAlDiM 54,7 41,5 -13,2 4,5 3,0 -32,8 45,4 42,5 -2,9

MATOZiNHOS 44,3 23,1 -21,1 10,2 6,6 -35,3 41,7 30,4 -11,3

NOVA UNiÃO 72,2 46,4 -25,8 3,4 2,2 -35,7 57,1 40,0 -17,1

iTAGUARA 46,8 29,1 -17,7 4,9 2,9 -41,5 36,6 39,4 2,8

RiO MANSO 64,5 38,2 -26,3 2,8 1,6 -42,5 49,3 37,0 -12,3

RiO ACiMA 51,3 29,6 -21,7 3,6 1,8 -48,7 35,9 26,4 -9,5

RMBH 26,2 20,0 -6,2 886,0 798,7 -9,9 34,6 36,7 2,1

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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A situação era bem pior em 1991. De fato, no período, a proporção de pobres caiu em todos

os municípios, e de forma bastante acentuada em muitos deles, como mostra a tabela 3.4. Belo

Horizonte teve a menor variação no indicador, com queda de apenas 4,7 pontos percentuais (o

que, no entanto, representa uma queda nada desprezível de 25%, embora ainda uma das meno-

res entre os municípios da região – chegou a cair 50% em lagoa Santa e 48% em Matozinhos).

Mapa 3.5 – Proporção de pobres – 2000Todos os municípios da RMBH – (%)

Onde viviam os pobres da RMBH em 2000? Mais de 1/3 deles (36,2%) localizavam-se em

Belo Horizonte e mais de 2/3 (67,1%), nos 4 municípios mais populosos – Belo Horizonte,

Contagem, Betim e Ribeirão das Neves. Cabe ressaltar que, ao contrário da proporção de

pobres, que caiu em todos os municípios entre 1991 e 2000, o número de pobres aumentou em

9 deles, destacando-se Esmeraldas (+30%), Betim (+28%) e Juatuba (+23%), que apresentaram

elevadas taxas de crescimento populacional no período. Entre os 4 municípios com maiores

contingentes de pobres em 2000, em Betim e Ribeirão das Neves esse contingente cresceu,

enquanto em Belo Horizonte houve queda de 20% e, em Contagem, de 11%.

Em 2000, 60% das UDHs apresentavam proporção de pobres superior à média da RMBH (20,0%)

e, em 30% das UDHs, mais de 1/3 da população era pobre, destacando-se 2 unidades do municí-

pio de Betim - VIANÓPOLIS/MARIMBÁ/SANTO AFONSO/CITROLÂNDIA e SÃO SAlVADOR/SÃO

JORGE/JARDiM PAUliSTA -, onde essa proporção chegava a 50% (gráfico 3.8). Por outro lado, em

10% das UDHs, a proporção de pobres ficava abaixo de 6%, chegando a menos de 0,5% em 2 uni-

dades de Belo Horizonte - BElVEDERE/MANGABEiRAS/COMiTECO e CRUZEiRO/ANCHiETA.

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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Gráfico 3.8 – Proporções de pobresUDHs da RMBH – 1991-2000 (%) e variação 1991-2000 (em pontos percentuais)

-40

-20

0

20

40

60

80

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

% E

PO

NT

OS

PER

CEN

TU

AIS

% DASUDHS

% POBRES -1991 % POBRES -2000 VARIAÇÃO DO % POBRES

%POBRES -RMBH-1991 %POBRES -RMBH-2000 VARIAÇÃO-RMBH

Entre 1991 e 2000, a proporção de pobres caiu na grande maioria (92%) das UDHS,

sendo que, em 57% das unidades, a queda foi, em pontos percentuais, superior à ocorrida

na região como um todo. As maiores quedas absolutas foram verificadas nas unidades VilA

MiliTAR/lAGOiNHA DE FORA/APANAKART/SOEiCOM (em lagoa Santa, de 42% para 12,6%),

SOliMÕES/JARDiM FEliCiDADE (em BH, de 55,6% para 27,9%) e VENEZA/NAPOli/VEREDAS/

CONJUNTO liBERDADE (em Ribeirão das Neves, de 53,4% para 26%). É preciso considerar, no

entanto, que o contingente absoluto de pobres cresceu em um número significativo de UDHs

(cerca de 30% delas).

Os mapas 3.6 e 3.7 mostram a localização das UDHs segundo a proporção de pobres, em

2000. Nota-se que, à exceção do centro de Nova lima e algumas poucas UDHs de Contagem,

todas as unidades com menos de 10% de pobres estão em Belo Horizonte; por outro lado,

verifica-se que na capital situam-se 4 das 15 UDHs com mais de 40% de pobres.

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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Mapa 3.6 – Proporção de pobres – 2000Todos as UDHs da RMBH – (%)

Mapa 3.7 – Proporção de pobres – 2000UDHs do município de Belo Horizonte – (%)

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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3.3. Aspectos da dimensão Educação

A taxa de analfabetismo na RMBH era de somente 6% em 2000 e o número de pessoas (de

15 anos ou mais) analfabetas vivendo na região era de cerca de 200 mil, conforme os dados

censitários (gráfico 3.9). Quando se considera, no entanto, a taxa de analfabetismo funcional,

ou seja, o percentual de pessoas (de 15 anos ou mais) com menos de 4 anos de estudo, mostra-

se uma situação significativamente pior: essa taxa, de 17%, é quase 3 vezes maior que a de

analfabetismo, e o número de analfabetos funcionais na RMBH sobe para 530 mil, contingente

praticamente igual à população total do município de Contagem, segundo maior da RMBH e

do estado de Minas Gerais. E, quando se considera a taxa de analfabetismo fundamental, ou

seja, o percentual da população adulta (de 25 anos ou mais) com menos de 8 anos de estudo, o

cenário é ainda pior: 55% dos adultos não tinham completado o nível fundamental de ensino,

perfazendo um total de quase 1,3 milhão de pessoas nessa faixa etária.

Gráfico 3.9. – Escolaridade da populaçãoRegião Metropolitana de Belo Horizonte – 2000

0

10

20

30

40

50

60

% de analfabetos % com menos de 4 anos de estudo

% de analfabetos % com menos de 4 anos de estudo

% com menos de 8 anos de estudo

%

|---- População de 15 anos ou mais ---| |--------------- População de 25 anos ou mais -------------------|

199,5 mil

529,4 mil

184,3 mil

467,2 mil

1.264,4 mil

A situação educacional é bastante desigual entre as UDHs da região. Em 2000, a taxa de

analfabetismo da população de 15 anos ou mais variava entre 0,5% (UDH GRAJAU/GUTiER-

REZ) a 17% (UDH CONCÓRDIA-Vila Tiradentes). Nessa mesma faixa etária, a taxa de analfa-

betismo funcional variava entre 2% (UDH SÃO PEDRO/SANTO ANTôNiO) a 44% na UDH

(e município) de Rio Manso; em Belo Horizonte, a UDH FAVElA DA SERRA tinha a taxa mais

elevada - 34%.

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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Em 23 UDHs, as taxas de analfabetismo funcional eram menores que a do município brasi-

leiro com taxa mais baixa - Bom Princípio/RS, com 6% - e, em 25% das UDHs, eram inferiores à

taxa de Belo Horizonte (13%) - município do estado de Minas Gerais com a menor taxa. Por outro

lado, em 15 UDHs, mais de 1/3 da população de 15 anos ou mais era de analfabetos funcionais.

Gráfico 3.10 – Escolaridade da população adulta (25 anos ou mais)UDHs da Região Metropolitana de Belo Horizonte – 2000

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

%

% das UDHs% analfabetos % analfabetos funcionais % analfabetos fundamentais

O gráfico 3.10 mostra a distribuição das UDHs de acordo com a taxa de analfabetismo e

as taxas de analfabetismo funcional e fundamental, considerando apenas a população adulta

(25 anos ou mais). Se a taxa de analfabetismo fundamental era elevada para a região como um

todo (55%), em quase ¾ (72%) das UDHs ela era ainda maior. O melhor resultado observado

é o da UDH SÃO PEDRO/SANTO ANTONiO (8%), sendo que em apenas 7 unidades essa taxa

ficava abaixo de 10%. Cerca de 20% das UDHs apresentavam taxas superiores a 80%, chegando

a 89% na UDH (e município) RiO MANSO; em Belo Horizonte, a taxa atinge 84% na UDH

TAQUARil/CASTANHEiRAS.

Calculando-se o iDHM com a taxa de analfabetismo fundamental da população adulta (ao

invés da taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais), a queda nos valores dos índi-

ces faria com que 41% das UDHs passassem para a categoria Médio-Baixo Desenvolvimento

(iDHM de 0,500 a 0,599) – o iDHM de TAQUARil/CASTANHEiRAS chegaria a 0,529 – e 70%

das UDHs ficaram nas categorias Médio-Baixo e Médio-Médio Desenvolvimento Humano. Por

outro lado, apenas 13% das UDHs restariam na categoria Alto Desenvolvimento Humano (o

maior iDHM, da UDH CARMO/SiON, seria de 0,955).

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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Gráfico 3.11 – Escolaridade dos jovens adultos (18 a 24 anos)UDHs da Região Metropolitana de Belo Horizonte – 2000

0

10

20

30

40

50

60

70

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

%

% das UDHs% analfabetos % analfabetos funcionais % analfabetos fundamentais

É certo que, como na faixa etária de 25 anos ou mais (assim como na de 15 anos ou mais)

se incluem gerações mais velhas, com taxas de analfabetismo bem mais elevadas, a tendência

será, à medida que essas gerações forem sendo substituídas por novas gerações com maior esco-

laridade, de que essas taxas caiam. Se, de fato, a situação dos jovens de 18 a 24 anos é melhor

que a dos adultos, verifica-se que ela ainda é muito ruim e que são expressivos os contingentes

desses jovens que deverão entrar na fase adulta despreparados do ponto de vista educacional

(gráfico 3.11). Assim, em cerca de 1/3 das UDHs, mais da metade dos jovens adultos tinham,

em 2000, menos de 8 anos de estudo, com as taxas de analfabetismo fundamental chegando a

62% em TAQUARil/CASTANHEiRAS (BH) e a 63% na UDH (e município) RiO MANSO.

3.4. Aspectos da dimensão Longevidade

O indicador esperança de vida ao nascer, utilizado no cálculo do índice longevidade do

iDHM, é influenciado, em grande parte, pela mortalidade infantil. A queda da taxa de mortali-

dade infantil (TMi) é, sem dúvida, um dos principais fatores da elevação desse índice no país e

na RMBH.

Em 2000, a TMi apresentava grande variação entre as UDHs dessa região metropolitana,

mas, conforme mostra o gráfico 3.12, as disparidades aí existentes eram bem menores que entre

os municípios de Minas Gerais e, principalmente, do Brasil.

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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Gráfico 3.12 – Disparidades segundo a taxa de mortalidade infantilMunicípios do Brasil e de Minas Gerais e UDHs da RMBH – 2000

0

20

40

60

80

100

120

Municípios do Brasil Municípios de Minas Gerais UDHs da RMBH

Taxa

de

mor

talid

ade

infa

ntil

(por

mil

nasc

idos

viv

os)

109,7

5,3

71,7

11,3

49,41

5,02

Entre 1991 e 2000, a TMi da RMBH passou de 32,13 mortes p/mil nascidos vivos para 27,38

e, conforme o gráfico 3.13, houve uma melhora geral da distribuição das UDHs segundo essa

taxa. Mas a situação em 2000 estava ainda longe de ser satisfatória, principalmente quando se

toma por parâmetro o patamar proposto pela ONU para o Brasil, em suas Metas do Milênio – 17

mortes p/mil nascidos vivos, a ser atingido até o ano de 2015.

Assim, 84% das UDHs apresentavam TMi superior à meta e, em cerca de 1/3 das unidades,

atingir a meta implicava reduzir essa taxa de duas a 3 vezes. As piores situações encontravam-se

nas UDHs Vila Nossa Senhora do Rosário, FAVELA CABEÇA DE PORCO, FAVELA DO PERRELA

e TAQUARil/CASTANHEiRAS, com TMi de 49,41 mortes p/1000 nascidos vivos. Vale destacar

que, em metade das UDHs, a TMi era maior que a da região metropolitana como um todo.

Fontes: FJP/PNUD/iPEA. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil – 1991-2000; FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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Gráfico 3.13 – Taxa de mortalidade infantilRMBH e UDHs – 1991 e 2000

0

10

20

30

40

50

60

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Taxa

de

mor

tali

dade

inf

anti

l (p

or m

il n

asci

dos

vivo

s)

% das UDHsMI - UDHs - 1991 MI - UDHs - 2000 Meta do Milênio MI - RMBH - 1991 MI - RMBH - 2000

Por outro lado, cerca de 16% das UDHs já haviam ultrapassado, em 2000, a Meta do Milê-

nio para a mortalidade infantil. Na unidade CARMO/SiON, a TMi era inferior à de São Caetano

do Sul, que detinha a menor taxa entre os municípios brasileiros (5,38 p/mil nascidos vivos), e,

em 12 UDHS a TMi era inferior à de São lourenço, município de Minas Gerais com a taxa mais

baixa (11,34 p/mil).

Se a taxa de mortalidade infantil decrescesse com a mesma velocidade média verificada

para a RMBH, como um todo, entre 1991 e 2000, a região atingiria o patamar proposto pela

meta do milênio apenas em 2020. Seguindo esse mesmo raciocínio, 60% das UDHs não alcan-

çariam esse valor em 2015, sendo que naquelas em pior situação, a meta somente seria alcan-

çada em torno de 2060.

Às disparidades existentes entre as UDHs em termos de mortalidade infantil somam-se outros

fatores que acabam resultando em grandes disparidades no tocante à expectativa de vida das

populações dessas unidades. Assim, nas UDHs com níveis de desenvolvimento humano mais

altos, as pessoas vivem em média 15 anos a mais do que naquelas com os níveis mais baixos.

Concluindo, a análise mostrou as grandes disparidades existentes dentro da RMBH, em

todas as três dimensões consideradas. Nessa região, como em todas as grandes aglomerações

urbanas brasileiras, convivem realidades completamente distintas, algumas comparáveis à dos

municípios mais carentes do país e outras, à dos mais afluentes. A diferença é que, no exíguo

e denso espaço metropolitano, essa grande disparidade é muito mais visível e gritante. Muitas

vezes, realidades tão distintas defrontam-se, separadas por apenas uma rua ou um simples muro.

Fonte: FJP/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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Texto complementar 6

CORRELAÇÕES ENTRE O IDHM E SEUS SUB-ÍNDICES, COM BASE NAS ESTIMATIVAS PARA AS UDHS DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

O iDH foi difundido, a partir da década de 90, como uma alternativa à renda per capita na aferição do grau

de desenvolvimento dos países e regiões. O gráfico 1 mostra que, apesar da grande correlação entre o iDHM e o

iDHM-Renda, há diversos casos de UDHs que, com níveis de renda per capita similares, possuem graus relativa-

mente diferenciados de desenvolvimento humano (e vice-versa). Cabe destacar que isso se verifica principalmente

em níveis mais baixos de renda per capita. Assim, a UDH PTB/Paulo Camilo/FiAT (Betim), com índice de Renda bem

próximo ao da UDH SÃO JOAQUiM DE BiCAS (também município), possui um grau de desenvolvimento humano

bem maior (iDHM de 0,778 e 0,707, respectivamente), devido, neste caso, a uma grande diferença em termos de

esperança de vida. Por outro lado, a mesma UDH PTB/Paulo Camilo/FiAT tem um nível de renda per capita bem

inferior ao da UDH AlVORADA/SANTA lUZiA/SÃO GONÇAlO (Contagem), embora com mesmo grau de desen-

volvimento humano (também neste caso, devido à menor esperança de vida nessa última UDH).

Gráfico 1 – IDHM x IDHM-RendaUnidades de Desenvolvimento Humano da RMBH (UDHs) – 2000

R2 = 0,9448

0.500

0.550

0.600

0.650

0.700

0.750

0.800

0.850

0.900

0.950

1.000

0,600 0,650 0,700 0,750 0,800 0,850 0,900 0,950 1.000

IDH

M-R

END

A

IDHM

Já o gráfico 2 demonstra que, mesmo que exista uma forte correlação entre os índices das dimensões

Renda e Educação (o iDHM-Educação tende a ser maior para maiores níveis de renda per capita), há, também

aqui, diversos casos que fogem a essa regra geral. Por exemplo, a UDH NOVA UNiÃO (também município) tem

praticamente o mesmo iDHM-Renda de iMBiRUÇU/ClUBE FORENSE (Betim), mas esta última apresenta condi-

ções educacionais bem melhores (iDHM-Educação de, respectivamente, 0,797 e 0,895). Nota-se aqui a mesma

característica observada no gráfico 1: em níveis de renda mais elevados, a correlação Renda-Educação é maior.

Mas, mesmo nesses níveis constatam-se grandes discrepâncias, como entre as UDHs J.CANADá/S.SEB.áGUAS

ClARAS/M.CHAPÉU/lG.iNGlESES (Nova lima) e SAGRADA FAMÍliA (Belo Horizonte) - com aproximadamente

o mesmo índice de Renda, o índice de Educação é significativamente maior na segunda UDH; ou entre a primeira

e SÃO lUiZ/iMBiRUÇU-Conjunto Habitacional (Betim) – apesar da renda per capita bem inferior nesta última

unidade, seus índices de Educação são equiparáveis.

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Gráfico 2 – IDHM-Renda x IDHM-EducaçãoUnidades de Desenvolvimento Humano da RMBH – 2000

R2 = 0,8583

0,700

0,750

0,800

0,850

0,900

0,950

1,000

0,500 0,550 0,600 0,650 0,700 0,750 0,800 0,850 0,900 0,950 1,000

IDH

M-E

DU

CA

ÇÃ

O

IDHM-RENDA

As correlações entre os índices de Renda e de longevidade e entre longevidade e Educação são bem

menores que entre Renda e Educação, como se pode constatar nos gráficos 3 e 4. Apenas a título de exemplo,

destacam-se as unidades PTB/Paulo Camilo/Fiat (Betim) e BANDEiRANTES/S. lUiZ/PAQUETá/VilA MiliTAR/

UFMG (Belo Horizonte): a esperança de vida nelas é semelhante, mas o índice de Renda da segunda é muito

superior (0,628 e 0,943, respectivamente).

Gráfico 3 – IDHM-Renda x IDHM-LongevidadeUnidades de Desenvolvimento Humano da RMBH – 2000

R2 = 0,6298

0,600

0,650

0,700

0,750

0,800

0,850

0,900

0,950

1,000

0,500 0,550 0,600 0,650 0,700 0,750 0,800 0,850 0,900 0,950 1,000

IDH

M-L

ON

GEV

IDA

DE

IDHM-RENDA

FJP-Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

FJP-Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elaboração própria.

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Gráfico 4 – IDHM-Longevidade x IDHM-EducaçãoUnidades de Desenvolvimento Humano da RMBH – 2000

R2 = 0,6788

0,700

0,750

0,800

0,850

0,900

0,950

1,000

0,600 0,650 0,700 0,750 0,800 0,850 0,900 0,950 1,000

IDH

M-E

DU

CA

ÇÃ

O

IDHM-LONGEVIDADE

Por fim, cabe verificar as mudanças de posição entre as UDHs, no período 1991-2000. O gráfico 5 e a

tabela abaixo mostram que tanto as unidades que obtiveram os maiores ganhos de posição no ranking do iDHM

quanto as que tiveram as maiores perdas de posição estão na calda inferior da distribuição, ou seja, estão (e

estavam) entre as piores nesse ranking. De fato, entre as unidades de maior iDHM, os ganhos/perdas de posição

foram bem menos significativas, podendo-se destacar a UDH BURiTiS/ESTORil/MANSÕES (BH), que ganhou 10

posições, passando a ocupar a 14ª posição em 2000, e TRêS BARRAS/CHáCARA BOA ViSTA (Contagem), que

perdeu 30 posições, passando para a 87ª. Em Belo Horizonte, a UDH que mais ganhou posições (35) foi MORRO

DO QUEROSENE, atingindo, no entanto, apenas a 209ª posição em 2000.

Maiores ganhos e perdas de posição no ranking do IDHM e de seus subíndices Unidades de Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de Belo Horizonte - 1991-2000

UDH MunicípioClassificação em 2000 Ganho (+)/Perda (-) de Posições

iDHM Renda longev. Educa. iDHM Renda longev. Educa.

RECANTO NOSSA SENHORA DA BOA ViAGEM Belo Horizonte 210 184 250 166 -61 -18 -45 -59

VilA SÃO TOMáS-Aeroporto da Pampulha Belo Horizonte 224 200 251 203 -56 -77 -45 -7

TUPi-Vila Ribeiro de Abreu Belo Horizonte 225 201 252 204 -56 -77 -45 -7

SÃO BERNARDO-Vila Aeroporto Belo Horizonte 226 202 253 205 -56 -77 -45 -7

JABOTiCATUBAS Jaboticatubas 194 154 173 284 83 77 13 0

VilA ESPORTiVA/Jd.DAliANA/St.ClARA/ANGiCOS Vespasiano 192 199 192 191 86 77 63 62

BR 040-N.Retiro/Nossa Fazenda/M.Viana/ipê Amarelo Esmeraldas 191 153 166 282 93 130 36 0

JARDiM DE Alá/PAPiNE/FORTAlEZA/FEliXlÂNDiA Rib. das Neves 176 208 139 194 100 72 113 25

MORRO DO QUEROSENE Belo Horizonte 209 140 257 229 39 33 3 35

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

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Gráfico 5 – Ganhos e perdas de posição no ranking do IDHMUnidades de Desenvolvimento Humano da RMBH – 1991-2000

-120

-100

-80

-60

-40

-20

0

20

40

60

80

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

GA

NH

OS

(+)/

PERD

AS

( –

)DE

POSI

ÇÃ

O

% DAS UDHS (em ordem crescente do IDHM de 1991)

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PESQUiSA Nacional por Amostra de Domicílios: 2005. Rio de janeiro: iBGE, 2005. (Estudos e pesquisas informação demográfica e socioeconômica, n. 18).

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

PESQUiSA Nacional por Amostra de Domicílios: 2007. Rio de janeiro: iBGE, 2007. (Estudos e pesquisas informação demográfica e socioeconômica, n. 20).

PESQUiSA Nacional por Amostra de Domicílios: 2008. Rio de Janeiro: iBGE, 2008. (Estudos e pesquisas informação demográfica e socioeconômica, n. 21).

PRATES, Fernando Martins (coord.) Aspectos do Desenvolvimento Humano em Minas Gerais. Cadernos BDMG, n. 7, p. 7-115, dez. 2003.

RElATÓRiO de desenvolvimento humano: ultrapassar barreiras: mobilidade e desenvolvimen-to. New York: PNUD, 2009. Disponível em: < http://hdr.undp.org/en/media/HDR_2009_PT_Summary_rev.pdf>. Acesso em: 7 jan. 2010.

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ANEXO ESTATÍSTICO

esta base é composta de índices e indicadores gerados para Minas Gerais, Região

Metropolitana de Belo Horizonte e Belo Horizonte, a partir dos resultados das Pnad s de 2001

a 2008, sob a responsabilidade1 de:

Fernando Martins Prates*

Maria Luiza de Aguiar Marques*

Olinto José Oliveira Nogueira*

*Pesquisadores da Fundação João Pinheiro.

1 Gostaríamos de agradecer a Mônica G. Fonseca, que colaborou decisivamente na elaboração das estimativas estatísticas utilizadas nesse estudo.”

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1. Índices de Desenvolvimento Humano Municipal, 2001 a 2008 ........................................84

2. indicadores de Desenvolvimento Humano, 2001 a 2008 ..................................................85

3. Alfabetização e escolaridade, 2001 a 2008 .......................................................................86

4. Freqüência Escolar, 2001 a 2008 .......................................................................................88

5. Renda per Capita, 2001 a 2008 ........................................................................................90

6. Pobreza e desigualdade de renda, 2001 a 2008 ................................................................91

7. Características dos domicílios, 2001 a 2008 .....................................................................92

8. Características da população residente, 2001 a 2008 ........................................................94

9. Força de trabalho, 2001 a 2008 ........................................................................................95

10. Características dos ocupados, 2001 a 2008 .......................................................................96

11. Pessoas ocupadas segundo características, 2001 a 2008 ...................................................98

12. Ocupação por setor de atividade, 2001 a 2008 ..............................................................100

13. indicadores Selecionados de Desenvolvimento Humano – 60% mais pobres e 40% mais ricos – Minas Gerais (2001-2004 e 2005-2008) ...........................................102

14. indicadores Selecionados de Desenvolvimento Humano – 60% mais pobres e 40% mais ricos – Região Metropolitana de Belo Horizonte (2001-2004 e 2005-2008) ...............................................................................................103

15. indicadores Selecionados de Desenvolvimento Humano – 60% mais pobres e 40% mais ricos – Belo Horizonte (2001-2004 e 2005-2008) ........................................104

16. Populações Totais e de Referência, 2001 a 2008 .............................................................105

17. Óbitos Totais e por Causas Externas, 2001 a 2008 (complementa os levantamentos acima, com a utilização de outra fonte de dados: DATASUS /SiM) ..........107

SUMáRiO

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IDHM e Subíndices – Estado de Minas Gerais / 2001 a 2008

Anos IDHM RendaIDHM

Longevidade

IDHM-Educação IDHM

IDHM-Educa. Alfabetizados

(1)

IDHM Educa. Alf.Func. (2)

IDHM Educa. Alf.Fund. (3)

IDHM (1)

IDHM (2)

IDHM (3)

2001 0,688 0,801 0,854 0,756 0,531 0,781 0,748 0,673

2002 0,692 0,805 0,856 0,759 0,536 0,784 0,752 0,678

2003 0,682 0,810 0,865 0,775 0,557 0,785 0,756 0,683

2004 0,691 0,814 0,879 0,788 0,575 0,795 0,765 0,693

2005 0,702 0,819 0,874 0,789 0,580 0,798 0,770 0,700

2006 0,720 0,823 0,888 0,803 0,602 0,810 0,782 0,715

2007 0,724 0,827 0,895 0,816 0,623 0,815 0,789 0,724

2008 0,736 0,830 0,906 0,827 0,636 0,824 0,798 0,734

Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)Notas: (1) Refere-se ao iDHM tradicional, calculado com a taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais. (2) Refere-se ao iDHM calculado com o percentual da população de 15 anos ou mais de idade com menos de quatro anos de estudo, ao invés da taxa de alfabetização. (3) Refere-se ao iDHM calculado com o percentual da população de 18 anos ou mais de idade com menos de oito anos de estudo, ao invés da taxa de alfabetização.

IDHM e Subíndices – Região Metropolitana de Belo Horizonte / 2001 a 2008

Anos IDHM RendaIDHM

Longevidade

IDHM-Educação IDHM

IDHM-Educa. Alfabetizados

(1)

IDHM Educa. Alf.Func. (2)

IDHM Educa. Alf.Fund. (3)

IDHM (1)

IDHM (2)

IDHM (3)

2001 0,735 0,764 0,908 0,845 0,631 0,802 0,781 0,710

2002 0,743 0,766 0,911 0,849 0,645 0,807 0,786 0,718

2003 0,727 0,774 0,915 0,854 0,656 0,805 0,785 0,719

2004 0,733 0,795 0,926 0,871 0,683 0,818 0,800 0,737

2005 0,748 0,797 0,926 0,874 0,689 0,824 0,806 0,745

2006 0,768 0,800 0,944 0,890 0,718 0,838 0,820 0,762

2007 0,771 0,807 0,938 0,884 0,707 0,839 0,821 0,762

2008 0,778 0,810 0,962 0,906 0,742 0,850 0,831 0,776

Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)Notas: (1) Refere-se ao iDHM tradicional, calculado com a taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais. (2) Refere-se ao iDHM calculado com o percentual da população de 15 anos ou mais de idade com menos de quatro anos de estudo, ao invés da taxa de alfabetização. (3) Refere-se ao iDHM calculado com o percentual da população de 18 anos ou mais de idade com menos de oito anos de estudo, ao invés da taxa de alfabetização.

IDHM e Subíndices – Belo Horizonte / 2001 a 2008

Anos IDHM RendaIDHM

Longevidade

IDHM-Educação IDHM

IDHM-Educa. Alfabetizados

(1)

IDHM Educa. Alf.Func. (2)

IDHM Educa. Alf.Fund. (3)

IDHM (1)

IDHM (2)

IDHM (3)

2001 0,787 0,775 0,947 0,901 0,717 0,836 0,821 0,760

2002 0,797 0,788 0,939 0,892 0,722 0,841 0,826 0,769

2003 0,782 0,799 0,944 0,897 0,739 0,841 0,826 0,773

2004 0,786 0,800 0,964 0,926 0,763 0,850 0,837 0,783

2005 0,804 0,801 0,948 0,907 0,758 0,851 0,837 0,788

2006 0,823 0,810 0,975 0,932 0,795 0,869 0,855 0,809

2007 0,821 0,816 0,973 0,935 0,788 0,870 0,857 0,808

2008 0,830 0,824 0,986 0,939 0,816 0,880 0,864 0,823

Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)Notas: (1) Refere-se ao iDHM tradicional, calculado com a taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais. (2) Refere-se ao iDHM calculado com o percentual da população de 15 anos ou mais de idade com menos de quatro anos de estudo, ao invés da taxa de alfabetização. (3) Refere-se ao iDHM calculado com o percentual da população de 18 anos ou mais de idade com menos de oito anos de estudo, ao invés da taxa de alfabetização.

1. Índices de Desenvolvimento Humano Municipal, 2001 a 2008

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

Indicadores de Desenvolvimento Humano no Estado de Minas Gerais 2001-2008

AnosRenda per capita

(preços de ago/2009)Esp. de vida ao nascer (anos)

Taxa de analfabetismo (%) *

% da população com menos de ** Taxa bruta combinada de frequencia à escola (%)4 anos de estudo 8 anos de estudo

2001 451,18 73,0 11,70 26,45 60,22 79,69

2002 461,72 73,3 11,07 25,52 58,96 78,86

2003 433,50 73,6 11,05 24,50 57,22 81,48

2004 458,16 73,9 9,90 23,49 55,54 83,47

2005 488,78 74,1 10,09 22,93 54,23 82,50

2006 545,88 74,4 9,06 21,93 51,96 84,61

2007 556,67 74,6 8,90 20,83 49,82 86,43

2008 598,39 74,8 8,65 20,61 49,24 89,20

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Minas Gerais, 2001-2008Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)Notas: * Considerando a população de 15 anos ou mais de idade. ** No caso do % com menos de 4 anos de estudo, a população de referência é a de 15 anos ou mais de idade; no caso do % com menos de 8 anos de estudo, a população de referência é a de 18 anos ou mais de idade.

Indicadores de Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de Belo Horizonte 2001-2008

AnosRenda per capita

(preços de ago/2009)Esp. de vida ao nascer (anos)

Taxa de analfabetismo (%) *

% da população com menos de ** Taxa bruta combinada de frequencia à escola (%)4 anos de estudo 8 anos de estudo

2001 451,18 73,0 11,70 26,45 60,22 79,69

2002 461,72 73,3 11,07 25,52 58,96 78,86

2003 433,50 73,6 11,05 24,50 57,22 81,48

2004 458,16 73,9 9,90 23,49 55,54 83,47

2005 488,78 74,1 10,09 22,93 54,23 82,50

2006 545,88 74,4 9,06 21,93 51,96 84,61

2007 556,67 74,6 8,90 20,83 49,82 86,43

2008 598,39 74,8 8,65 20,61 49,24 89,20

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2001-2008Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)Notas: * Considerando a população de 15 anos ou mais de idade. ** No caso do % com menos de 4 anos de estudo, a população de referência é a de 15 anos ou mais de idade; no caso do % com menos de 8 anos de estudo, a população de referência é a de 18 anos ou mais de idade.

Indicadores de Desenvolvimento Humano em Belo Horizonte – 2001-2008

AnosRenda per capita

(preços de ago/2009)Esp. de vida ao nascer (anos)

Taxa de analfabetismo (%) *

% da população com menos de ** Taxa bruta combinada de frequencia à escola (%)4 anos de estudo 8 anos de estudo

2001 814,22 71,5 3,54 10,38 37,97 91,15

2002 862,79 72,3 3,85 10,91 36,38 89,40

2003 789,53 72,9 4,47 11,42 35,08 92,00

2004 810,85 73,0 3,57 9,24 33,60 96,21

2005 900,93 73,1 3,45 9,54 31,84 91,19

2006 1.009,67 73,6 3,14 9,65 30,13 98,91

2007 999,07 73,9 2,94 8,69 30,70 97,85

2008 1.055,61 74,4 3,55 10,62 29,05 103,04

Fontes: Dados básicos: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2001-2008.Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)Notas: * Considerando a população de 15 anos ou mais de idade. ** No caso do % com menos de 4 anos de estudo, a população de referência é a de 15 anos ou mais de idade; no caso do % com menos de 8 anos de estudo, a população de referência é a de 18 anos ou mais de idade.

2. Indicadores de Desenvolvimento Humano, 2001 a 2008

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ano

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2004

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,95

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7

2005

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,99

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1

2007

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010 Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

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2004

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91,1

42,4

7,7

97,1

60,4

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20,3

119,

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2005

98,2

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2006

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2007

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2008

98,8

91,1

40,6

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95,9

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010 Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

RENDA PER CAPITA(*) – ESTADO DE MINAS GERAIS – 2001-2008

ANOS Total Do trabalhoDe aposent./

pensãoDe juros

Por quintos da população

1º 2º 3º 4º 5º

2001 451,18 339,70 97,85 2,90 56,31 150,96 253,74 420,31 1.374,84

2002 461,72 347,00 98,29 5,36 60,35 154,22 258,60 423,37 1.412,69

2003 433,50 320,89 96,47 7,12 60,65 151,61 251,09 400,32 1.304,02

2004 458,16 342,14 96,61 7,66 71,20 164,96 270,88 425,91 1.363,44

2005 488,78 361,66 104,33 11,24 80,51 184,54 294,47 452,46 1.425,99

2006 545,88 407,55 112,72 12,41 90,12 205,56 326,06 507,54 1.590,85

2007 556,67 421,89 114,87 9,19 96,64 217,67 351,66 538,12 1.586,60

2008 598,39 448,52 123,47 12,54 102,19 236,04 376,44 577,08 1.700,22

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Minas Gerais, 2001-2008Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)(*) Nota: Todas as rendas estão referenciadas no dia 1º agosto de 2009 (para transformá-las a preços de 1º de agosto de 2000, ano do último censo demográfico e portanto dos resultados do Atlas de Desenvolvimento, basta multiplicá-las por 0,53463 - deflator baseado no iNPC)

RENDA PER CAPITA(*) – REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE – 2001-2008

ANOS Total Do trabalhoDe aposent./

pensãoDe juros

Por quintos da população

1º 2º 3º 4º 5º

2001 595,32 457,87 122,91 2,27 79,50 197,86 318,93 552,77 1.824,62

2002 625,74 484,95 119,55 8,26 82,50 205,44 336,75 570,61 1.934,78

2003 569,64 428,63 122,31 7,47 78,59 184,56 299,04 504,79 1.780,87

2004 588,97 445,06 123,24 7,64 81,42 198,81 325,91 539,62 1.800,21

2005 644,57 486,13 131,95 13,63 99,85 224,35 356,68 583,45 1.959,82

2006 728,08 554,95 141,19 13,95 106,46 244,53 400,83 664,17 2.225,81

2007 741,63 576,73 142,16 8,61 118,16 262,52 415,18 666,07 2.245,64

2008 771,11 594,31 147,05 10,30 125,52 286,60 447,66 723,31 2.272,18

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2001-2008Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)(*) Nota: Todas as rendas estão referenciadas no dia 1º agosto de 2009 (para transformá-las a preços de 1º de agosto de 2000, ano do último censo demográfico e portanto dos resultados do Atlas de Desenvolvimento, basta multiplicá-las por 0,53463 - deflator baseado no iNPC)

RENDA PER CAPITA(*) – BELO HORIZONTE – 2001-2008

ANOS Total Do trabalhoDe aposent./

pensãoDe juros

Por quintos da população

1º 2º 3º 4º 5º

2001 814,22 613,69 175,22 3,26 100,18 247,55 428,18 800,89 2.495,32

2002 862,79 666,97 165,72 13,15 104,77 260,03 444,45 794,68 2.708,19

2003 789,53 586,50 176,70 10,93 85,26 220,30 382,78 751,34 2.511,12

2004 810,85 611,12 168,52 11,08 98,90 244,96 413,90 753,46 2.544,92

2005 900,93 677,97 183,28 21,23 119,63 287,99 471,72 841,18 2.788,94

2006 1009,67 760,30 199,33 21,09 130,17 305,77 517,15 959,66 3.133,35

2007 999,07 762,59 205,48 12,15 135,09 320,01 529,41 940,68 3.065,95

2008 1055,61 790,20 218,35 13,33 146,56 359,74 572,39 1003,58 3.195,86

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2001-2008Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)(*) Nota: Todas as rendas estão referenciadas no dia 1º agosto de 2009 (para transformá-las a preços de 1º de agosto de 2000, ano do último censo demográfico e portanto dos resultados do Atlas de Desenvolvimento, basta multiplicá-las por 0,53463 - deflator baseado no iNPC)

5. Renda per Capita, 2001 a 2008

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

POBREZA E DESIGUALDADE DE RENDA – ESTADO DE MINAS GERAIS – 2001-2008

ANOS

Proporção de pobres (%) * Indicadores de desigualdade

Linha de R$ 141,22 (1/2 sal.mín. de 2000)

Linha de R$ 232,50 (1/2 sal.mín. de 2009)

Índice de Gini Razão 20 / 40 **

2001 27,43 47,13 0,57 13,27

2002 26,76 45,58 0,57 13,14

2003 27,55 47,18 0,56 12,29

2004 24,50 44,31 0,55 11,54

2005 21,04 38,61 0,54 10,69

2006 18,05 34,88 0,54 10,74

2007 16,65 33,54 0,53 10,14

2008 14,22 29,90 0,52 10,05

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Minas Gerais, 2001-2008Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)(*) As linhas de pobreza estão a preços de agosto de 2009 e correspondem à metade do valor do salário mínimo em agosto de 2000 e de 2009. Meio salário mínimo de 2009 (R$ 232,50) corresponde a R$ 124,30 a preços de agosto de 2000.(**) Corresponde à razão entre a renda per capita média dos 20% mais ricos e a dos 40% mais pobres, segundo sua renda familiar per capita.

POBREZA E DESIGUALDADE DE RENDA – REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE HORIZONTE – 2001-2008

ANOS

Proporção de pobres (%) * Indicadores de desigualdade

Linha de R$ 141,22 (1/2 sal.mín. de 2000)

Linha de R$ 232,50 (1/2 sal.mín. de 2009)

Índice de Gini Razão 20 / 40 **

2001 18,50 36,71 0,57 13,17

2002 17,95 34,16 0,57 13,47

2003 21,11 39,23 0,58 13,53

2004 18,74 36,36 0,57 12,94

2005 15,19 31,10 0,56 12,10

2006 13,90 28,10 0,56 12,68

2007 11,86 26,15 0,55 11,80

2008 9,77 23,29 0,54 11,05

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), RMBH, 2001-2008Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)(*) As linhas de pobreza estão a preços de agosto de 2009 e correspondem à metade do valor do salário mínimo em agosto de 2000 e de 2009. Meio salário mínimo de 2009 (R$ 232,50) corresponde a R$ 124,30 a preços de agosto de 2000.(**) Corresponde à razão entre a renda per capita média dos 20% mais ricos e a dos 40% mais pobres, segundo sua renda familiar per capita.

POBREZA E DESIGUALDADE DE RENDA – BELO HORIZONTE – 2001-2008

ANOS

Proporção de pobres (%) * Indicadores de desigualdade

Linha de R$ 141,22 (1/2 sal.mín. de 2000)

Linha de R$ 232,50 (1/2 sal.mín. de 2009)

Índice de Gini Razão 20 / 40 **

2001 13,53 28,93 0,57 14,33

2002 13,06 25,64 0,58 14,83

2003 17,57 31,60 0,59 16,44

2004 13,52 28,58 0,58 14,79

2005 11,02 22,99 0,57 13,76

2006 10,04 21,36 0,57 14,36

2007 9,90 20,42 0,57 13,51

2008 7,58 17,62 0,56 12,61

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), RMBH, 2001-2008Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)(*) As linhas de pobreza estão a preços de agosto de 2009 e correspondem à metade do valor do salário mínimo em agosto de 2000 e de 2009. Meio salário mínimo de 2009 (R$ 232,50) corresponde a R$ 124,30 a preços de agosto de 2000.(**) Corresponde à razão entre a renda per capita média dos 20% mais ricos e a dos 40% mais pobres, segundo sua renda familiar per capita.

6. Pobreza e desigualdade de renda, 2001 a 2008

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010 Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

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75,6

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38,

9811

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90,5

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010 Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

Características da população – Estado de Minas Gerais – 2001-2008 (em %)

Anos

População Residente Total População economicamente ativa

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2001 63,7 28,8 7,5 10,80 2,90 57,5 33,8 8,7

2002 63,4 28,7 7,8 7,95 3,01 57,4 33,6 8,9

2003 63,8 28,6 7,7 8,07 2,86 57,5 33,6 8,8

2004 63,8 28,2 8,0 7,05 2,67 57,2 33,6 9,2

2005 63,4 28,9 7,7 7,48 2,93 57,6 33,3 9,1

2006 63,2 28,9 7,9 8,09 2,75 57,8 33,7 8,5

2007 64,3 28,1 7,6 6,45 2,23 58,9 32,3 8,9

2008 63,1 28,9 8,0 7,07 2,18 58,0 32,6 9,3

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Minas Gerais, 2001-2008Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)

Características da População – Região Metropolitana de Belo Horizonte – 2001-2008 (em %)

Anos

População Residente Total População economicamente ativa

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município de residência

Não naturais do município

Naturalidade Tempo de residência no municípioNaturais de

Minas Gerais

Não naturais de Minas

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Minas GeraisMenos de

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2001 51,3 42,4 6,3 12,63 1,95 42,0 50,1 7,9

2002 51,3 42,1 6,6 10,61 2,41 42,9 49,4 7,7

2003 52,6 41,3 6,0 9,03 1,70 44,1 48,8 7,1

2004 50,9 42,8 6,2 7,98 1,95 42,9 49,7 7,3

2005 52,6 41,6 5,9 8,79 1,92 45,1 47,5 7,4

2006 52,1 41,5 6,4 9,45 1,94 44,2 48,4 7,4

2007 52,7 40,9 6,4 8,51 1,64 45,8 46,6 7,6

2008 52,5 41,5 6,1 7,85 1,01 45,3 47,2 7,5

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2001-2008 – Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)

Características da População – Belo Horizonte – 2001-2008 (em %)

Anos

População Residente Total População economicamente ativa

Naturais do

município de

residência

Não naturais do município de residênciaNaturais do

município de residência

Não naturais do município

Naturalidade Tempo de residência no municípioNaturais de

Minas Gerais

Não naturais de Minas

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Minas GeraisMenos de

4 anosDe 5 a 9 anos

2001 59,9 33,6 6,5 8,20 5,77 52,4 39,4 8,1

2002 61,0 32,1 6,9 6,18 4,34 55,1 36,8 8,1

2003 62,1 32,1 5,8 4,67 3,76 56,5 36,8 6,7

2004 59,7 33,7 6,7 4,36 4,95 53,9 38,4 7,7

2005 61,4 32,1 6,5 5,64 4,24 56,2 35,9 8,0

2006 60,6 33,0 6,3 5,74 4,40 54,6 38,0 7,4

2007 61,0 32,5 6,5 5,31 3,42 56,2 35,9 7,9

2008 61,7 32,1 6,1 4,69 3,13 57,7 34,7 7,6

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2001-2008 – Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)

8. Características da população residente, 2001 a 2008

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

Força de Trabalho – Estado de Minas Gerais – 2001-2008*

Anos PIA PEATaxa de atividade

(PEA/PIA) (%)Ocupados Desempregados

Taxa de desemprego (%)

2001 15.016.663 9.288.309 61,9 8.415.901 872.408 9,4

2002 15.363.859 9.714.361 63,2 8.839.311 875.050 9,0

2003 15.632.935 9.839.527 62,9 8.951.717 887.810 9,0

2004 15.881.181 9.974.283 62,8 9.083.133 891.150 8,9

2005 16.213.795 10.411.408 64,2 9.531.838 879.570 8,4

2006 16.458.808 10.689.205 64,9 9.866.513 822.692 7,7

2007 16.701.971 10.598.904 63,5 9.811.837 787.067 7,4

2008 17.018.508 10.854.902 63,8 10.192.891 662.011 6,1

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Minas Gerais, 2001-2008Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)(*) considerando-se a população de 15 anos ou mais de idade.

Força de Trabalho – Região Metropolitana de Belo Horizonte – 2001-2008*

Anos PIA PEATaxa de atividade

(PEA/PIA) (%)Ocupados Desempregados

Taxa de desemprego (%)

2001 3.704.920 2.287.960 61,8 1.998.477 289.483 12,7

2002 3.818.728 2.409.822 63,1 2.116.490 293.332 12,2

2003 3.913.812 2.427.292 62,0 2.143.495 283.797 11,7

2004 3.986.141 2.568.049 64,4 2.256.317 311.732 12,1

2005 4.054.875 2.606.628 64,3 2.285.867 320.761 12,3

2006 4.140.929 2.734.200 66,0 2.458.837 275.363 10,1

2007 4.252.600 2.775.351 65,3 2.529.632 245.719 8,9

2008 4.326.688 2.788.591 64,5 2.594.528 194.063 7,0

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2001-2008Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)(*) considerando-se a população de 15 anos ou mais de idade.

Força de Trabalho – Belo Horizonte – 2001-2008*

Anos PIA PEATaxa de atividade

(PEA/PIA) (%)Ocupados Desempregados

Taxa de desemprego (%)

2001 1.863.552 1.145.264 61,5 1.009.594 135.670 11,8

2002 1.962.447 1.257.468 64,1 1.119.613 137.855 11,0

2003 1.954.177 1.196.832 61,2 1.074.213 122.619 10,2

2004 2.032.187 1.311.465 64,5 1.144.110 167.355 12,8

2005 2.036.623 1.331.992 65,4 1.177.919 154.073 11,6

2006 2.076.311 1.351.153 65,1 1.219.107 132.046 9,8

2007 2.124.064 1.356.998 63,9 1.244.421 112.577 8,3

2008 2.126.410 1.348.552 63,4 1.256.236 92.316 6,8

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2001-2008Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)(*) considerando-se a população de 15 anos ou mais de idade.

9. Força de trabalho, 2001 a 2008

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010 Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010 Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010 Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

TABELA: ÍNDICES E INDICADORES SELECIONADOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO40% mais ricos X 60% mais pobres*

Minas Gerais – Média dos períodos 2001-2004 e 2005-2008

INDICADORES / ÍNDICES

2001-2004 2005-2008

100%60% + pobres

40% + ricos

100%60% + pobres

40% + ricos

Taxa de analfabetismo (%)

15 anos ou mais 10,92 14,83 5,60 9,16 12,04 5,91

18 a 24 anos 2,26 3,35 0,53 1,48 2,22 0,49

25 anos ou mais 14,10 19,87 7,01 11,60 15,89 7,22

Taxa de analfabetismo funcional (%)

15 anos ou mais 24,97 32,53 14,71 21,56 27,36 15,02

18 a 24 anos 8,27 12,08 2,10 4,90 7,08 1,89

25 anos ou mais 31,17 41,77 18,16 26,75 35,22 18,12

Taxa de analfabetismo fundamental (%)

18 anos ou mais 57,94 72,04 39,70 51,27 64,00 37,64

18 a 24 anos 33,46 45,19 14,10 23,10 33,03 9,29

25 anos ou mais 64,00 79,46 45,04 57,27 71,50 42,76

Menos de 11 anos de estudo (%)

18 a 24 anos 60,06 73,82 37,42 51,44 65,86 31,38

25 anos ou mais 75,24 89,43 57,83 70,07 84,36 55,51

Superior completo (%)

25 anos ou mais 6,37 0,84 13,16 7,80 1,41 14,31

Taxa líquida de frequência (%)

Fundamental 95,59 95,23 96,78 95,22 94,91 96,31

Médio 44,35 35,46 67,31 52,08 44,73 69,72

Superior 9,17 2,25 20,60 12,93 4,28 24,94

Taxa bruta combinada de frequência (%) 80,86 77,11 90,55 85,63 81,26 96,60

Renda per capita (R$ de agosto/2009) 555,34 195,31 1.095,37 673,45 262,88 1.289,31

Esperança de vida ao nascer (anos) 73,46 72,39 75,06 74,49 73,40 76,12

IDHM-Longevidade 0,808 0,790 0,834 0,825 0,807 0,852

IDHM-Renda 0,584 0,410 0,697 0,616 0,459 0,725

IDHM-Educação

c/analfabetismo (15 anos ou mais) 0,863 0,825 0,931 0,891 0,857 0,949

c/analfabetismo fundamental (18 anos ou mais) 0,550 0,443 0,704 0,610 0,511 0,738

iDHM

c/analfabetismo (15 anos ou mais) 0,752 0,675 0,821 0,777 0,708 0,842

c/analfabetismo fundamental (18 anos ou mais) 0,647 0,548 0,745 0,684 0,592 0,771

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Minas Gerais, 2001-2008

Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP) – Nota: * segundo a renda familiar per capita.

13. Indicadores Selecionados de Desenvolvimento Humano - 60% mais pobres e 40% mais ricos – Minas Gerais (2001-2004 e 2005-2008)

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

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Cadernos BDMG, Belo Horizonte, n. 20, p. 5-112, abr. 2010

TABELA: ÍNDICES E INDICADORES SELECIONADOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO40% mais ricos X 60% mais pobres*

Região Metropolitana de Belo Horizonte – Média dos períodos 2001-2004 e 2005-2008

INDICADORES / ÍNDICES

2001-2004 2005-2008

100%60% + pobres

40% + ricos

100%60% + pobres

40% + ricos

Taxa de analfabetismo (%)

15 anos ou mais 5,74 8,35 2,26 4,84 7,15 2,12

18 a 24 anos 1,16 1,69 0,30 0,94 1,48 0,20

25 anos ou mais 7,46 11,35 2,82 6,00 9,22 2,55

Taxa de analfabetismo funcional (%)

15 anos ou mais 14,74 20,51 6,96 12,94 18,04 6,95

18 a 24 anos 4,56 6,68 1,02 2,71 4,07 0,64

25 anos ou mais 18,54 26,85 8,54 15,95 23,09 8,35

Taxa de analfabetismo fundamental (%)

18 anos ou mais 44,85 59,75 25,80 39,12 52,37 24,26

18 a 24 anos 22,99 31,93 7,79 14,16 20,36 4,71

25 anos ou mais 50,61 68,05 29,72 44,34 59,96 27,72

Menos de 11 anos de estudo (%)

18 a 24 anos 50,69 64,57 27,83 42,04 55,21 22,84

25 anos ou mais 65,31 83,64 43,37 59,96 78,01 40,78

Superior completo (%)

25 anos ou mais 9,38 1,15 19,22 11,06 1,77 20,88

Taxa líquida de frequência (%)

Fundamental 95,78 95,56 96,47 95,43 95,31 95,86

Médio 52,55 45,44 71,26 58,07 51,72 73,00

Superior 11,80 2,60 27,25 16,21 5,92 31,11

Taxa bruta combinada de frequência (%) 85,89 79,69 101,67 92,39 85,39 110,03

Renda per capita (R$ de agosto/2009) 594,71 199,08 1.188,15 722,18 257,73 1.418,87

Esperança de vida ao nascer (anos) 71,50 70,29 73,93 73,22 72,00 75,05

IDHM-Longevidade 0,775 0,755 0,815 0,804 0,783 0,834

IDHM-Renda 0,735 0,552 0,850 0,767 0,595 0,880

IDHM-Educação

c/analfabetismo (15 anos ou mais) 0,915 0,877 0,985 0,942 0,904 0,986

c/analfabetismo fundamental (18 anos ou mais) 0,654 0,534 0,828 0,714 0,602 0,838

iDHM

c/analfabetismo (15 anos ou mais) 0,808 0,728 0,883 0,838 0,761 0,900

c/analfabetismo fundamental (18 anos ou mais) 0,721 0,614 0,831 0,762 0,660 0,851

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Região Metropolitana de Belo Hori-zonte, 2001-2008 – Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP) – Nota: * segundo a renda familiar per capita.

14. Indicadores Selecionados de Desenvolvimento Humano- 60% mais pobres e 40% mais ricos – Região Metropolitana de Belo Horizonte (2001-2004 e 2005-2008)

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TABELA: ÍNDICES E INDICADORES SELECIONADOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO40% mais ricos X 60% mais pobres*

Belo Horizonte – Média dos períodos 2001-2004 e 2005-2008

INDICADORES / ÍNDICES

2001-2004 2005-2008

100%60% + pobres

40% + ricos

100%60% + pobres

40% + ricos

Taxa de analfabetismo (%)

15 anos ou mais 3,86 6,08 1,09 3,27 5,10 0,99

18 a 24 anos 0,81 1,25 0,07 0,46 0,70 0,09

25 anos ou mais 4,94 8,19 1,36 4,01 6,53 1,16

Taxa de analfabetismo funcional (%)

15 anos ou mais 10,48 15,73 3,84 9,63 14,31 3,82

18 a 24 anos 3,19 4,88 0,38 2,08 2,98 0,00

25 anos ou mais 13,00 20,44 4,67 11,68 18,13 4,47

Taxa de analfabetismo fundamental (%)

18 anos ou mais 35,70 51,38 16,96 30,41 43,36 14,93

18 a 24 anos 17,95 25,63 4,62 10,14 14,59 1,77

25 anos ou mais 40,18 59,00 19,41 34,49 50,11 17,04

Menos de 11 anos de estudo (%)

18 a 24 anos 42,91 57,10 19,53 34,29 45,75 14,75

25 anos ou mais 54,64 76,47 30,60 49,81 69,38 28,03

Superior completo (%)

25 anos ou mais 15,26 2,60 29,20 17,59 4,03 32,66

Taxa líquida de frequência (%)

Fundamental 95,43 95,34 95,66 95,19 94,93 96,03

Médio 58,80 51,83 75,82 61,87 56,02 75,33

Superior 18,51 5,81 39,96 23,45 11,08 44,19

Taxa bruta combinada de frequência (%) 92,14 82,31 115,22 97,65 87,31 123,87

Renda per capita (R$ de agosto/2009) 819,69 252,62 1.670,30 991,83 324,88 1.992,24

Esperança de vida ao nascer (anos) 72,42 71,01 74,54 73,83 72,39 76,00

IDHM-Longevidade 0,790 0,767 0,826 0,814 0,790 0,850

IDHM-Renda 0,684 0,487 0,802 0,715 0,529 0,832

IDHM-Educação

c/analfabetismo (15 anos ou mais) 0,948 0,901 1,000 0,970 0,924 1,000

c/analfabetismo fundamental (18 anos ou mais) 0,736 0,599 0,938 0,789 0,669 0,980

iDHM

c/analfabetismo (15 anos ou mais) 0,807 0,718 0,891 0,833 0,748 0,918

c/analfabetismo fundamental (18 anos ou mais) 0,737 0,618 0,855 0,773 0,663 0,887

Fontes: instituto Braileiro de Geografia e Estatística (iBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2001-2008 – Elaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)Nota: * segundo a renda familiar per capita.

15. Indicadores Selecionados de Desenvolvimento Humano- 60% mais pobres e 40% mais ricos – Belo Horizonte (2001-2004 e 2005-2008)

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Óbitos segundo Faixa Etária em Minas GeraisMédia de 2005 a 2006

Faixas EtáriasMortalidade Total Causas Externas

Feminino Masculino Total Feminino Masculino Total

Total 45.940 62.534 108.474 2.039 9.728 11.766

Menor de 1 2.005 2.534 4.538 30 33 63

1-4 332 383 716 57 81 139

5-9 194 257 451 55 104 159

10-14 216 366 582 68 181 249

15-19 367 1.397 1.764 164 1.101 1.265

20-29 1.066 4.105 5.172 327 2.963 3.290

30-39 1.812 4.583 6.394 283 1.871 2.155

40-49 3.419 6.819 10.238 267 1.411 1.678

50-59 4.855 8.664 13.519 179 880 1.059

60-69 7.080 10.435 17.515 165 498 663

70-79 10.429 12.219 22.647 189 361 550

80 e + 14.146 10.717 24.863 252 221 473

Fonte: MS/SVS/DASiS - Sistema de informações sobre Mortalidade - SiMElaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)

Óbitos segundo Faixa Etária na Região Metropolitana de Belo HorizonteMédia de 2005 a 2006

Faixas EtáriasMortalidade Total Causas Externas

Feminino Masculino Total Feminino Masculino Total

Total 10.737 14.832 25.574 651 3.683 4.334

Menor de 1 423 531 958 10 9 19

1-4 76 88 163 13 21 34

5-9 43 64 107 13 24 37

10-14 44 102 146 17 64 80

15-19 103 628 732 59 560 619

20-29 292 1.622 1.914 113 1.367 1.480

30-39 459 1.315 1.774 91 698 790

40-49 906 1.719 2.626 85 427 513

50-59 1.251 2.060 3.310 60 236 296

60-69 1.646 2.330 3.975 54 122 176

70-79 2.248 2.389 4.637 54 96 150

80 e + 3.245 1.981 5.226 82 57 139

Fonte: MS/SVS/DASiS - Sistema de informações sobre Mortalidade - SiMElaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)

17. Óbitos Totais e por Causas Externas, 2001 a 2008 (complementa os levantamentos acima, com a utilização de outra fonte de dados: DATASUS /SIM)

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Óbitos segundo Faixa Etária em Belo HorizonteMédia de 2005 a 2006

Faixas EtáriasMortalidade Total Causas Externas

Feminino Masculino Total Feminino Masculino Total

Total 6.109 7.607 13.716 339 1.701 2.040

Menor de 1 197 240 437 3 5 8

1-4 35 34 70 5 7 12

5-9 22 28 49 6 11 18

10-14 23 45 68 9 30 39

15-19 53 283 336 29 252 281

20-29 145 742 887 54 630 684

30-39 212 593 805 44 308 352

40-49 453 820 1.273 39 190 229

50-59 653 1.023 1.676 33 114 147

60-69 895 1.232 2.128 34 60 93

70-79 1.320 1.350 2.670 31 55 87

80 e + 2.101 1.216 3.317 52 38 90

Fonte: MS/SVS/DASiS - Sistema de informações sobre Mortalidade - SiMElaboração: Equipe de Desenvolvimento Humano (Fundação João Pinheiro - FJP)

17. Óbitos Totais e por Causas Externas, 2001 a 2008 (complementa os levantamentos acima, com a utilização de outra fonte de dados: DATASUS /SIM)

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NORMAS DE PUBLICAÇÃO

O “Cadernos BDMG” abre espaço para publicações de temas relacionados ao desenvolvi-

mento socioeconômico de Minas Gerais e do Brasil. Os trabalhos serão encaminhados para o

Conselho Editorial que decidirá sobre sua aceitação ou recusa.

A revista estabelece as seguintes recomendações para a publicação de trabalhos:

Os trabalhos deverão ter entre 15 e 30 páginas e sua estrutura deverá estar de acordo com

os critérios estabelecidos abaixo:

1. Título do artigo: será centralizado, devendo expressar de forma clara e precisa, o con-

teúdo geral do artigo. Pode ser completado por um subtítulo diferenciado tipograficamente, ou

separado por dois-pontos. O título em inglês é opcional e deverá preceder o resumo em língua

inglesa.

2. Autores: o(s) nome do(s) autor(es) virão por extenso, abaixo do título à direita,

acompanhado(s) de um breve currículo que os qualifique na área de conhecimento do artigo.

O(s) currículo(s) (suas qualificações e instituição a qual é vinculado, endereço postal e eletrôni-

co) do(s) autor(es), deve(m) aparecer em notas de rodapé;

3. Resumo: em português e em inglês, não ultrapassando 250 palavras (NBR 6028). O

Resumo em português virá logo abaixo do nome do autor. O resumo em inglês – Abstract - virá

logo após a conclusão do trabalho.

4. Palavra(s)-chave: em português e em inglês – Keywords. As palavras-chave em português

virão logo após o resumo em português, e, as em inglês, virão logo após o resumo em inglês,

separadas entre si por ponto.

5. Numeração de seção: o número indicativo de seção precede o título da seção, alinhado

à esquerda, dele separado por um espaço de caractere. (NBR 6024)

6. Títulos e subtítulos das seções: deverão apresentar apenas a primeira letra em maiúscula,

podendo ou não ser negritados.

7. Citação: a citação direta, de até três linhas, deve vir inserida no texto, entre aspas duplas

e em itálico. A citação direta, com mais de três linhas, deve ser destacada com um recuo de 4

cm da margem esquerda. A fonte deverá ser menor do que o texto. O espacejamento entre linhas

deve ser simples. Palavras estrangeiras deverão vir entre aspas. (NBR 10520)

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8. Referências: obedecerão a NBR 6023 da ABNT. Têm espaçamento simples e duplo entre

si, e devem vir em ordem alfabética de autor.

9. Glossário, Apêndice e Anexo: O apêndice é o texto ou documento elaborado pelo autor

para complementar sua argumentação. O anexo é o texto ou documento não elaborado pelo

autor para complementar sua argumentação. Deverão vir – se houver – depois das referências

bibliográficas na ordem em que se apresentam acima.

10. Ilustrações: qualquer que seja seu tipo (desenhos, quadros, tabelas, mapas e outros)

deverão se restringir ao absolutamente necessário à clareza do texto, e estarem localizadas as

mais próximas possíveis do trecho a que se refere. Os títulos ou legendas devem ser claros e

objetivos e deverão estar posicionados no texto abaixo do local onde será inserida a ilustração.

Deverá vir em disquete/cd-rom à parte, e o arquivo deve receber o mesmo título ou legenda já

inseridos no texto. Deverão estar em formato TiFF ou EPS em alta resolução (400dpi).

11. Sigla: quando aparece a primeira vez no texto, a forma completa do nome precede a

sigla, colocada entre parênteses.

12. Formato: Os trabalhos deverão ser digitados em Word for Windows, fonte: Times New

Roman; tamanho: 12; Folha: A4 (21 cm x 29,7 cm); espaçamento 1,5; margem esquerda e supe-

rior de 3 cm, margem direita e inferior de 2 cm.

Os artigos poderão ser enviados por e-mail ou por correio.

Por e-mail: [email protected] como o assunto: Cadernos BDMG

Via correio: CD ROM para:

Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais, D.PE – Cadernos do BDMG.

Rua da Bahia, 1.600 – Bairro lourdes, 30.160-907 – Belo Horizonte – MG

Os artigos assinados são de responsabilidade do(s) autor(es).

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