cadernoquestao g2 segundo dia

Upload: marcaljunior

Post on 16-Jul-2015

101 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIS PR-REITORIA DE GRADUAO CENTRO DE SELEO PROCESSO SELETIVO/2012-1

CADERNO DE QUESTES2 DIA05/12/2011

GRUPO 2Biologia Qumica Redao

S ABRA ESTE CADERNO QUANDO AUTORIZADOLEIA ATENTAMENTE AS INSTRUES1. Quando for permitido abrir o caderno, verifique se ele est completo ou se apresenta imperfeies grficas que possam gerar dvidas. Caso contenha defeito, solicite ao aplicador a sua troca. 2. Este caderno contm as provas de Biologia, com 6 questes, de Qumica, com 6 questes, e a prova de Redao. Utilize apenas os espaos em branco deste caderno para rascunho. 3. Verifique se os seus dados constantes na parte inferior da capa dos cadernos de respostas esto corretos. Caso contenham erros, notifique-os ao aplicador de prova. 4. As questes devero ser respondidas com caneta esferogrfica de tinta preta fabricada em material transparente nos cadernos de respostas de cada prova. Na prova de Qumica, no basta colocar a resposta final com caneta preciso que voc demonstre o desenvolvimento do raciocnio que o conduziu resposta. Resolues a lpis NO sero corrigidas e tero pontuao zero. 5. Respostas elaboradas no verso e nos espaos que contenham a instruo NO UTILIZAR ESTE ESPAO no sero consideradas na correo. 6. Questes respondidas fora do local adequado, ou seja, no local destinado a outra questo, mesmo que identificada a troca, NO sero corrigidas e tero pontuao ZERO. 7. Os cadernos de respostas sero despersonalizados antes da correo. Para a banca corretora, voc ser um candidato annimo. Desenhos, recados, oraes ou mensagens, inclusive religiosas, nome, apelido, pseudnimo ou rubrica escritos na folha de respostas so considerados elementos de identificao. Se houver alguma ocorrncia de caso como os mencionados anteriormente, sua prova ser desconsiderada e atribuir-se-lhe- pontuao ZERO. 8. A tabela peridica dos elementos qumicos est disponvel, para consulta, na segunda capa deste caderno. 9. As provas tero durao de cinco horas, j includos nesse tempo a coleta de impresso digital e o preenchimento dos cadernos de respostas. 10. Voc s poder se retirar definitivamente da sala e do prdio a partir das 17h30min. 11. AO TERMINAR, DEVOLVA OS CADERNOS DE RESPOSTAS AO APLICADOR DE PROVA.

CLASSIFICAO PERIDICA DOS ELEMENTOS (com massas atmicas referidas ao istopo 12 do carbono)182

1 135 10,8 13 6 12,0 14 28,1 32 33 7 14,0 15 31,0 8 16,0 16 32,1 34 9 19,0 17

1

1 B Si As74,9 51 118,7 82

1,008 3

H C P S N O F

2

14

15

16

17

He4,00 10

4

2 527,0 23 50,9 41 42 43 44 45 46 106,4 78 47 107,9 79 48 49 114,8 81 50 24 25 26 27 28 29 30 31

Li 6 Cr52,0 54,9 55,8 58,9 58,7 63,5 65,4 69,7 72,6

6,94 11

Be 7 Mn Tc98,9 75 101,1 76 102,9 77 112,4 80

9,01 12

Ne20,2 18

3 8 Fe Ru Os195,1 197,0 200,6 190,2 108 192,2 109

Na 9 Co Rh Ir Mt(266)

23,0

Mg 10 Ni Pd Au Hg Tl204,4

24,3

3 V Mo95,9 74

4 Cu Ag Cd In Sn Zn Ga Ge

11

12

Al

Cl35,5 35

Ar39,9 36

19

20

21

22

4 Nb92,9 73

39,1

K

Ca

40,1

Sc

44,9

Ti

47,9

Se78,9 52 121,8 83

Br79,9 53

Kr83,8 54

37

38

39

40

5 Ta180,9 105 183,8 106 186,2 107

Rb W Sg(263) (264) (265)

85,5 55

Sr Re Bh Hs Pt

87,6 56

88,9 57 - 71

Y

Zr

91,2 72

Sb Pb207,2

127,6 84

Te Bi209,0

126,9 85

I Po209

131,3 86

Xe At(210)

6 Db(262)

Cs

Ba

132,9 87

137,3 88

Srie dos Lantandios

Hf

Rn(222)

89 - 103

178,5 104

7

Fr

Ra

(223)

(226)

Srie dos Actindios

Rf

(261)

Srie dos Lantandios58 140,1 59 140,9 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71

57

ZCe144,2 (145) 150,4 91 (231) 92 238,0 93 94 (244)

138,9

La90

Pr

Nd

Pm

Sm

Eu

152,0

Gd157,3 95 96

Tb

158,9

Dy97

162,5

Ho164,9 98 99

167,3

Er

Tm168,9 100 101

Yb173,0 102

Lu

175,0

SmboloTh232,0

Srie dos Actindios103

89

APa U

(227)

Ac

Np(237)

Pu

Am(243)

Cm(247)

Bk(247)

(251)

Cf

(252)

Es

Fm(257)

Md(258)

No(259)

(260)

Lr

UFG/CS

PROCESSO SELETIVO-2012-1

GRUPO - 2

BIOLOGIA QUESTO 1 O heredograma a representao grfica das relaes de parentesco entre os indivduos de uma famlia e das caractersticas particulares de seus membros. Com base na anlise da figura, interprete o heredograma apresentado a seguir, considerando o grau de parentesco, a manifestao gentica dos traos hereditrios, a reproduo e a sobrevivncia dos indivduos.

(5,0 pontos)

QUESTO 2 Em 1934, o cientista russo Georgi F. Gause (1910-1986) verificou em tubo de ensaio o comportamento de populaes de Paramecium aurelia e Paramecium caudatum, mantidas em condies ambientais iguais. Baseando-se nos resultados obtidos, mostrados nos grficos a seguir, Gause props uma explicao comumente denominada como Princpio de Gause.

Disponvel em: . Acesso em: 23 set. 2011. [Adaptado].

Considerando-se esse princpio, explique os resultados apresentados nos grficos.

(5,0 pontos)

QUESTO 3 O sistema digestrio humano, ao contrrio daquele presente em ruminantes, no digere as fibras insolveis e de baixa porcentagem de fermentao contidas na dieta alimentar. No entanto, a ingesto dessas fibras importante na dieta humana. Tendo em vista o exposto, a) b) nomeie a substncia, presente em maior quantidade nos vegetais, que compe as fibras mencionadas no texto e justifique a sua importncia na dieta humana; (3,0 pontos) explique como os ruminantes conseguem digerir esse tipo de fibra.(2,0 pontos)

ps-2012-1_biologia-grupo2-segunda-etapa_segundo-dia

UFG/CS

PROCESSO SELETIVO-2012-1

GRUPO - 2

QUESTO 4 Considere o experimento apresentado a seguir. Trs plantas jovens, de mesma espcie e idade, mantidas em condies ambientais controladas e ideais de luz, temperatura, nutrio e umidade, foram submetidas a trs procedimentos.Planta I: mantida intacta. Planta II: remoo do meristema apical. Planta III: remoo do meristema apical e, no local da remoo, aplicao de pasta de lanolina com um hormnio vegetal.

Ao final do perodo experimental, foram obtidos os seguintes resultados:Planta I: o crescimento vertical foi mantido e as gemas laterais permaneceram dormentes. Planta II: o crescimento vertical diminuiu ou cessou e ocorreu crescimento de ramos provenientes do desenvolvimento de gemas laterais. Planta III: as gemas laterais permaneceram dormentes.

Com base nos resultados desse experimento, a) b) cite o hormnio usado na planta III e o local em que ele produzido na planta; explique uma aplicao prtica para o procedimento utilizado na planta II.(2,0 pontos) (3,0 pontos)

QUESTO 5 Leia o texto apresentado a seguir.No Brasil, a leishmaniose visceral (LV) notificada em 20 unidades federativas e anualmente so registrados 3.370 casos, com 7,4% de letalidade. Atualmente, a doena considerada de alta magnitude e encontra-se em franca expanso territorial e com alterao do perfil epidemiolgico, ocorrendo em reas periurbanas e urbanas de municpios de mdio e grande porte. A cadeia epidemiolgica de transmisso da LV possui trs componentes: vetor, reservatrio domstico e ser humano susceptvel. O co o principal reservatrio domstico. Uma condio de transmissibilidade nos novos ambientes est relacionada presena de reservatrios domsticos, circulao do parasita e adaptao do vetor ao peridomiclio.MINISTRIO DA SADE. Nota tcnica n. 2. COVEV/CGDT/DEVEP/SVS/MS, 2008. [Adaptado].

Neste cenrio, Goinia tornou-se recentemente foco de ateno pblica ao notificar diversos casos de LV. H vrias condies que sustentam a explicao para a expanso dessa doena na cidade. Uma delas baseia-se nas mudanas de comportamento social como se observa nas afirmaes a seguir.I As viagens interestaduais tm aumentado de forma significativa nos ltimos anos, e as classes sociais A, B e C costumam levar animais de estimao em suas viagens. II A ocupao territorial do municpio de Goinia cresce em direo s reas silvestres. III Apesar de existirem vrias regies endmicas de LV no Brasil, Goinia ainda no uma delas.

Considerando-se o exposto, a) b) cite, respectivamente, o agente etiolgico e o vetor da doena;(1,0 ponto)

construa uma hiptese para explicar o aumento de casos dessa doena em Goinia. (4,0 pontos)

ps-2012-1_biologia-grupo2-segunda-etapa_segundo-dia

UFG/CS

PROCESSO SELETIVO-2012-1

GRUPO - 2

QUESTO 6 Leia o texto a seguir.Em sua obra Histria natural dos animais invertebrados, lanada em partes de 1815 a 1822, Lamarck expe a ltima e mais completa verso de sua teoria, composta de quatro leis: Primeira lei - tendncia para o aumento da complexidade. Lamarck defendeu essa lei como uma tendncia de todos os corpos para aumentar de volume, estendendo as dimenses de suas partes at um limite que seria prprio de cada organismo. Segunda lei - surgimento de rgos em funo de necessidades que se fazem sentir e que se mantm. Lamarck relatou que os hbitos e as circunstncias da vida de um animal eram capazes de moldar a forma de seu corpo. Terceira lei - desenvolvimento ou atrofia de rgos em funo de seu emprego ou lei do uso e desuso. Lamarck buscou explicar como as mudanas no ambiente produziam a diversidade observada nos seres vivos. Quarta lei - herana do adquirido. Lamarck no se empenhou na demonstrao ou defesa dessa lei, pois era aceita entre os naturalistas do sculo XIX.RODRIGUES, Rodolfo Fernandes da Cunha; SILVA, Edson Pereira da. Lamarck: fatos e boatos. Cincia hoje. Rio de Janeiro, n. 285, v. 48, set. 2011. p. 68-70.

a) b)

Qual lei do postulado de Lamarck pode ser exemplificada pelo desenvolvimento de uma planta, da germinao da semente at a fase adulta? (1,0 ponto) Explique a terceira e a quarta leis da teoria de Lamarck, utilizando, como exemplo, o porte das girafas africanas e, em seguida, descreva a explicao de Charles Darwin para esse mesmo exemplo. (4,0 pontos)

RASCUNHO

ps-2012-1_biologia-grupo2-segunda-etapa_segundo-dia

UFG/CS

PROCESSO SELETIVO-2012-1

GRUPO - 2

QUMICA QUESTO 7 O sulfato de amnio um composto muito utilizado como fertilizante. Uma das maneiras de produzilo por meio da reao entre cido sulfrico e amnia, conforme o esquema a seguir:

NH3(g)

SO42-(aq) H+(aq)

Considerando-se o exposto, a) escreva a equao da reao que ocorre no balo, aps a abertura da torneira, representando produtos e reagentes em fase aquosa; (3,0 pontos) b) escreva o par cido-base conjugado presente na reao.(2,0 pontos)

QUESTO 8 Em metalurgia, um dos processos de purificao de metais a eletrodeposio. Esse processo representado pelo esquema abaixo, no qual dois eletrodos inertes so colocados em um recipiente que contm soluo aquosa de NiCl2.Dados: Constante de Faraday: 96.500 C/mol Massa Molar do Ni: 59 g/molEletrodos inertes

Ni2+(aq) Cl (aq)

Baseando-se no esquema apresentado, a) escreva as semirreaes, que ocorrem no ctodo e no nodo, e calcule a corrente eltrica necessria para depositar 30 g de Ni(s) em um dos eletrodos durante um perodo de uma hora;(3,0 pontos)

b) calcule a massa de NiCl2, com excesso de 50%, necessria para garantir a eletrodeposio de 30 g de Ni(s). (2,0 pontos)ps-2012-1-quimica-grupo2-segunda-etapa_segundo-dia

UFG/CS

PROCESSO SELETIVO-2012-1

GRUPO - 2

QUESTO 9 Em um experimento de laboratrio, um aluno realizou trs reaes, partindo de diferentes alcenos, conforme equaes qumicas apresentadas a seguir.H2O H+(diludo) H2O H+(diludo) H+(conc.)A

H+(conc.)

A

H2O H+(diludo)

A

H+(conc.)

Com base nas equaes acima, a) escreva a frmula estrutural da substncia A; b) cite os tipos de isomeria existente entre os alcenos representados nas reaes; c)(2,0 pontos) (1,0 ponto)

explique por que o aluno obteve apenas um alceno como produto, apesar de ter partido de trs alcenos diferentes. (2,0 pontos)

QUESTO 10 O sistema abaixo representa uma coluna de separao analtica, em que a parede interna da coluna revestida com um filme polimrico apolar. Este filme interagir, por afinidade qumica, com as substncias presentes na amostra, dificultando a sua chegada ao sensor.Substncias A B C D E F 3-metil-pentano Etano n-butano Propano i-butano Metano

Quando a amostra introduzida na coluna, o fluxo gasoso transportar as substncias na direo de um sensor que registra o sinal eltrico em funo do tempo. Uma amostra constituda de seis substncias listadas na tabela apresentada foi introduzida na coluna de separao. Com base nestas informaes, a) esboce um grfico (sinal do sensor versus tempo) que ilustra a ordem de deteco das substncias; (4,0 pontos) b) cite a propriedade responsvel pela ordem sequencial de chegada das substncias ao sensor.(1,0 ponto)

ps-2012-1-quimica-grupo2-segunda-etapa_segundo-dia

UFG/CS

PROCESSO SELETIVO-2012-1

GRUPO - 2

QUESTO 11 A gua pode apresentar uma quantidade excessiva de CaCO3, o que a torna imprpria para consumo. Quando a concentrao de CaCO 3 superior a 270 mg/L, a gua denominada dura. Por outro lado, quando essa concentrao inferior a 60 mg/L, a gua denominada mole. Uma alquota de 10,0 mL de uma amostra de gua foi titulada com uma soluo de concentrao igual a 1,0x10 -3 mol/L de um cido genrico H2A para determinao do teor de ons Ca2+ presentes de acordo com equao qumica abaixo. Ca2+ + H2A CaA + 2 H+ Considerando-se que o volume consumido da soluo cida, at a observao do ponto de viragem, foi igual a 30,0 mL, a) determine a concentrao (mg/L) de CaCO3 na amostra e classifique a amostra de gua quanto sua dureza; (3,0 pontos) b) esboce a curva de titulao relacionando o pCa (-log [Ca 2+]) em funo do volume de H2A adicionado. (2,0 pontos) QUESTO 12 Estatinas so frmacos utilizados no tratamento do colesterol elevado. Dentre as estatinas, a sinvastatina um pr-frmaco, pois uma lactona (ster cclico) que, aps passar pelo fgado, convertido no hidrxi-cido, que um frmaco ativo. A seguir, apresentada a frmula estrutural plana da sinvastatina (lactona).

HO OO O

O

H3C

CH3

H

CH3

H3C

Considerando-se o exposto, a) escreva a frmula estrutural do frmaco ativo; b) determine o nmero de carbonos sp na molcula da sinvastatina.2

(3,0 pontos) (2,0 pontos)

ps-2012-1-quimica-grupo2-segunda-etapa_segundo-dia

UFG/CS

PROCESSO SELETIVO/2012-1

REDAO

REDAO Instrues A prova de redao apresenta trs propostas de construo textual. Para produzir o seu texto, voc deve escolher um dos gneros apresentados a seguir: A Editorial B Carta argumentativa C Dirio de fico O tema nico para os trs gneros e deve ser desenvolvido segundo a proposta escolhida. O texto deve ser redigido em prosa. A fuga do tema anula a redao. A leitura da coletnea obrigatria. Ao utiliz-la, voc no deve copiar trechos ou frases sem que essa transcrio esteja a servio do seu texto. Independentemente do gnero escolhido, o seu texto NO deve ser assinado. Tema Sociedade contempornea: gneros em complementao e/ou em competio? Coletnea

1.

Disponvel em: . Acesso em: 4 out. 2011.

ps-2012-1-redacao

UFG/CS

PROCESSO SELETIVO/2012-1

REDAO

2. Homens e mulheres Mrio Eugnio Saturno Homens e mulheres so diferentes? Alguns afirmam que, alm das diferenas bvias, homens so muito diferentes de mulheres. E mostram, como veremos a seguir. Defendem que tudo comeou com os homens das cavernas. Das mulheres das cavernas tambm. Enquanto os homens eram caadores, as mulheres eram coletoras. Essas tarefas eram muito distintas. E persistem at hoje, l no fundo. O coletor, ou melhor, a coletora repara em tudo, anda e observa as frutas maduras e boas para, ento, colet-las. Ou seja, faz compras. E quanto mais observadoras, mais eficientes. Milhes de anos depois, esto a nossas mulheres, coletando muitas coisas em supermercados, lojas, feiras... E como elas so boas nisso! O caador concentra-se em uma presa, esquecendo-se do que est volta, em profundo silncio, at que a presa esteja morta. Por isso, o homem pergunta: mulher, cad a minha caneta?. Est em sua frente, no canto direito da mesa. Ah, ... Explica, tambm, por que quando os homens se perdem no trnsito exigem silncio para se concentrar na soluo da bobagem que fizeram. Psiu! Fiquem quietos para eu continuar a escrever meu artigo! Ser que explica por que os homens so to fanticos por sexo? Enquanto se concentravam e ficavam em silncio, os homens aprenderam a esquecer tudo o mais, como o dia do incio do namoro, do casamento, do aniversrio, alm dos recados da esposa. E como os homens so pssimos nesse aspecto! No desateno, nem desprezo, simplesmente condicionamento milenar. Portanto, mulheres, percam as esperanas. As mulheres das cavernas, por sua vez, ficavam juntas, tambm com seus filhos, enquanto coletavam, conversavam, falavam, contavam, parlavam, parlavam, parlavam... Por isso, talvez, as mulheres utilizam os dois lados do crebro para falar, enquanto os homens, apenas o lado esquerdo. Pergunte algo a uma mulher e ela tem mil palavras para descrever. Pergunte algo a um homem e ele no tem (literalmente) palavras para se exprimir. Calcula-se que os homens falem 2 mil palavras por dia, enquanto as mulheres tm um arsenal de 7 mil palavras. Por isso, ao chegar em casa, os homens ficam calados, quietos, mudos. As mulheres pensam que indiferena, mau humor, mas no. Simplesmente acabou o estoque de palavras para aquele dia, enquanto elas ainda tm 5 mil de sobra. Esses pesquisadores acreditam que somos descendentes dos melhores caadores e das melhores coletoras. Assim, continuamos a repetir o comportamento que tnhamos h milhares de anos. Por exemplo: ao chegar em casa, o homem apropria-se do controle remoto e muda de canal sem parar. D tempo para perceber o programa? Claro que no. O que importa mudar os canais. Ter controle sobre a televiso. Tambm foi descoberto que os homens tm 1 bilho de neurnios a mais que as mulheres. Dizem alguns que esses neurnios a mais esto localizados numa rea do crebro exclusiva dos homens: o CCG, ou centro de controle dos gastos. Mentira. As mulheres so econmicas, pelo menos quando jovens: j observaram as moas de 16 a 20 anos usarem as mesmas roupas que tinham quando mal completavam 12 anos? Essas coitadinhas mal cabem nas roupinhas... Por outro lado, descobriu-se que as mulheres tm os dois hemisfrios cerebrais melhor conectados que os dos homens. Por isso, quando um homem vai tomar uma ao, ela tem que percorrer o crebro todo, congestionando a ligao entre os hemisfrios, a ponto de muitos homens comearem a babar diante de alguma dificuldade. J as mulheres so zs-trs. Mas nem todos concordam com essas teorias. Argumentam que no temos registros e nem fsseis dos homens das cavernas que possam sustentar essas ideias incrveis. Muitos acreditam que a diferena de tratamento e educao dos meninos e das meninas, desde cedo, produzam as diferenas nos crebros adultos. De qualquer forma, porm, que essa teoria explica muita coisa, isso explica...Disponvel em: . Acesso em: 1 nov. 2011.

3. O mundo feminino Tom Peters O ponto de vista machista talvez seja interessante, escreve Philippe Starck na Harvard Design Magazine, caso a pessoa pretenda enfrentar dinossauros. Atualmente, porm, garantimos nossa sobrevivncia graas inteligncia, no ao poder da agressividade. E a inteligncia moderna implica intuio que, por sua vez, um atributo tipicamente feminino. Sou um feminista que no se envergonha de enfatizar as diferenas. No tenho a menor dvida de que homens e mulheres so iguais. Mas tampouco hesito em afirmar que homens e mulheres so... diferentes. E as diferenas so enormes. No que diz respeito ao meu mtier, o da excelncia empresarial, essas diferenas tm implicaes profundas na maneira como criamos e distribumos produtos, servios e experincias. Em Como as mulheres compram, Martha Barletta apresenta evidncias que revelam como tais diferenas esto inscritas em nosso mago: Viso: a dos homens focada. A das mulheres perifrica. Audio: o nvel de desconforto auditivo das mulheres metade do dos homens. Olfato: as mulheres so sensveis. Os homens so relativamente insensveis. Tato: o mais sensvel dos homens menos sensvel ao toque do que a menos sensvel das mulheres (sem exagero).EXAME. Voc S/A. So Paulo: Abril, ed. 65, nov. 2003. p. 35.

ps-2012-1-redacao

UFG/CS

PROCESSO SELETIVO/2012-1

REDAO

4.

Disponvel em: . Acesso em: 1 nov. 2011.

5. Entrevista com Sonia Azambuja Masculino/feminino: uma questo intrigante Cndida S Holovko, Miriam Malzyner e Silvia Lobo Como representantes do corpo editorial do Jornal de Psicanlise, tivemos um instigante encontro com Sonia, que nos recebeu afetivamente em sua casa. JP: Antes de mais nada, agradecemos muito a oportunidade desta entrevista, que iniciamos a partir da seguinte questo: em sua opinio, as teorizaes psicanalticas clssicas sobre o masculino e o feminino ainda contemplam as problemticas de sexo e gnero da contemporaneidade? Sonia: Gostaria de responder essa primeira questo no pensando nas muitas teorizaes feitas pela Psicanlise desde Freud. mais estimulante conversar com vocs a partir de alguns filmes que vi, de alguns livros que tenho lido ultimamente e, eventualmente, lembrar at de algumas leituras ou experincias clnicas. Assisti h poucos dias a um filme que teve muitas ressonncias em mim: Foi apenas um sonho. Ele me remeteu aos anos 50 (o filme se passa em 1955). Ento, eu prpria era uma adolescente, fazendo o curso colegial, e algumas questes se impunham: quem eu era, o que faria da minha vida? Eu era uma mulher. Voltando ao filme que me inspirou para essa entrevista, Foi apenas um sonho, o que se v a solido dos personagens: um homem e uma mulher, casados. Na verdade, eles no puderam expandir seus sonhos porque estavam profundamente ss, no puderam sonhar juntos. A cultura da poca os separava inexoravelmente. Sabemos hoje que, logo aps a Segunda Guerra, os homens, em seu regresso, foram convocados a reocupar o mercado de trabalho. As mulheres, que at ento estavam se expandindo naquele mercado, foram remanejadas para uma volta ao lar. Surgiu, assim, toda uma publicidade, veiculada no cinema e nos meios de comunicao, de que a mulher em casa, cuidando to somente dos filhos e das lides domsticas, seria muito feliz e tornaria sua famlia muito feliz. Na mesma trilha, lembro tambm do filme As horas, em que uma das personagens vai se psicotizando, pois s tem a companhia de um filho ainda muito pequeno, que s a olha com angstia, percebendo o sofrimento da me, que acaba por abandon-lo. Na verdade, o ttulo original do filme Foi apenas um sonho Revolutionary road. Por que a revoluo no foi possvel? Porque o desejo da mulher de sair daquele padro era tomado pelo marido, a princpio, com entusiasmo e, a seguir, com medo. Achei muitssimo interessante a questo de gnero que a se expe. Na minha percepo, o homem personagem um homem sensvel e que claramente ama a sua mulher no pode realizar os desejos que ela investe nele, pois em sua identidade masculina esto inscritos os fados pelos quais ele deve realizar os desejos de seu patro, originalmente, de seu pai. Desejos estes implicados com o mundo dos negcios, das vendas, onde ilusoriamente depositado o poder. Sabemos, ns analistas, como esse universo pode trazer sofrimento a homens e mulheres, indistintamente. Sabemos, por outro lado, que o advento desses valores historicamente ligado ao desenvolvimento da sociedade industrial. Na vida dos burgos, no incio do capitalismo, as casas e as oficinas de trabalho estavam muito prximas. O interno do domstico era ainda ntimo do externo do trabalho. As crianas no eram ento criadas e cuidadas apenas por suas mes. Nesse filme, o que vemos a total separao do mundo domstico do mundo do trabalho e, particularmente, como essa diviso deleta qualquer sonho comunitrio entre homens e mulheres. Como possvel o homem e a mulher sonharem juntos? H muitos anos essa questo me intriga. A mente humana limitada. Criamos para nossas vidas poucos temas, que se repetem e que constituem o nosso percurso identitrio. No meu prprio percurso, um tema que volta e meia se repete, dependendo dos meus fados, a questo do corpo masculino e do corpo feminino e das ressonncias que eles tm em nossas almas. So dois universos, como se fossem dois sistemas estelares, mas que tentam desesperadamente se comunicar. Como a chegada enigmtica do outro vivida por ns na tentativa de comunicao? O que ele traz de abalo para a nossa unidade narcsica, que constitutivo do nosso eu mais profundo? J me dediquei, no trabalho Laio ou a fertilidade impossvel, a essa questo. E s vezes me canso dessas repeties. E temo que elas se tornemps-2012-1-redacao

UFG/CS

PROCESSO SELETIVO/2012-1

REDAO

uma compulso repetio. Assim que estou tentando colocar a questo de outra maneira, para no morrer de tdio de mim mesma. Voltando pergunta que me foi feita: se as teorias psicanalticas sobre o masculino e o feminino contemplam as problemticas de sexo e gnero da contemporaneidade? Acredito que no o caso, porque contemplar traz a ideia de aplacar, explicar, apaziguar e o ser humano no se apazgua nunca. Podemos tangenciar, mas novas configuraes se colocam e novas gestalts se criam, deixando na periferia combates que antes eram centrais. Existem situaes e culturas em que podem estar sendo feridos os direitos universais das pessoas. Como respeitar isso? Como dizer isso problema deles?Disponvel em: . Acesso em: 1 nov. 2011.

6. O mundo masculino? Cludio Antnio de Mauro O mundo socialmente construdo tem sido essencialmente masculino. Mesmo que no se possa reconhecer uma sociedade masculina, singular, contudo tem sido assim o sistema de vida humano. Boaventura de Souza Santos (2001) aborda o carter sexista adotado pela cincia moderna. E ela disseminadora de conhecimentos e formas de viver, contaminando as formas de organizao das sociedades. O autor citado refora essa anlise ao afirmar que os "Estudos feministas, sobretudo os dos ltimos 20 anos, tornaram claro que, nas concepes dominantes das diferentes cincias, a natureza um mundo de homens, organizado segundo princpios socialmente construdos, ocidentais e masculinos, como os da guerra, do individualismo, da concorrncia, da agressividade, da descontinuidade com o meio ambiente." Essa forma autoritria de reconhecer o mundo e o que nele acontece ignora o prprio movimento da criao. A mulher, o feminino essencialmente criador e gerador. E as relaes humanas devem ser amorosas e, portanto, no h como dissoci-las da existncia e da valorao de feminino e masculino. Repensar a cincia moderna e as bases da prpria organizao social implica na reconstruo de valores. Diante da complexidade da vida haver necessidade de serem revistas as formas de conviver com os outros e conosco mesmos. Esse um bom caminho para nos ajudar nos processos de construo da cidadania. Todas essas mudanas nas prticas sociais devem ser estimuladas pelas polticas de governos que atuem direta e indiretamente nos processos que discriminam as mulheres. A valorizao do feminino e o ataque formal e informal sobre as prticas discriminatrias ser mais efetivo, no dizer de Tatau Godinho (2001): "quanto mais se construir em bases democrticas... Sem se confundir com o movimento ou substituir o seu papel, os organismos de governo necessitam criar um dilogo com os movimentos de mulheres, em suas bases mais amplas." Em outras palavras, o trabalho pela igualdade de gnero no pode se fundamentar exclusivamente na vontade expressa pelos discursos. Mas tornam-se indispensveis atitudes prticas que permitam o treinamento e a capacitao do pessoal envolvido, bem como um esforo contnuo para revolucionar e/ou aperfeioar os sistemas de administrao. As transformaes necessrias, tanto na ordem do gnero quanto das etnias e da religiosidade, passam obrigatoriamente pelo desenvolvimento da tolerncia, do reconhecimento do valor da(o) outra(o) e das(os) outras(os). O reconhecimento e o respeito das diversidades so caractersticas indispensveis da construo da democracia. O modelo da globalizao vigente tem procurado homogeneizar as paisagens naturais e arquitetnicas, as culturas, expressas por suas vestimentas, religiosidade, idiomas, alimentos, msica, comrcio; enfim os estilos de vida e at mesmo os valores que se diferenciam nos tempos e nos espaos esto sendo afetados pelos interesses das corporaes globalizantes. E isso no bom para o mundo. A vida mais saudvel e mais rica quando se expressa atravs das diversidades biolgicas, sociais, econmicas e culturais. As ideias dominantes de uma poca so sempre as ideias da classe que domina. Quando podemos identificar ideias que se diferenciam daquelas que dominam, que podero revolucionar uma sociedade inteira, isto quer dizer que no seio da velha sociedade se formam os elementos de uma nova sociedade. Quer dizer que a dissoluo das velhas ideias tambm acompanha a dissoluo das carcomidas e esgaradas condies de existncia.Disponvel em: . Acesso em: 26 out. 2011.

ps-2012-1-redacao

UFG/CS

PROCESSO SELETIVO/2012-1

REDAO

7.

Disponvel em: . Acesso em: 10 nov. 2011.

Propostas de redao A Editorial O editorial um gnero do discurso argumentativo que tem a finalidade de manifestar a opinio de um jornal, de uma revista ou de qualquer outro rgo de imprensa a respeito de acontecimentos importantes no cenrio nacional ou internacional. No assinado porque no deve ser associado a um ponto de vista individual. Deve ser enftico, equilibrado e informativo. Alm de apresentar opinies assumidas pelo veculo de imprensa, costuma tambm resumir opinies contrrias, para refut-las. Suponha que voc seja o editor-chefe de um jornal de grande circulao nacional e, diante das matrias divulgadas na sociedade, motivado a escrever o editorial do prximo nmero do jornal. A motivao para a produo do editorial centra-se nas ideias constantes dos textos da coletnea. O editorial deve defender a posio do jornal quanto ao tema Sociedade contempornea: gneros em complementao e/ou em competio?. Mobilize argumentos que sustentem o ponto de vista do jornal, refutando argumentos contrrios ao seu posicionamento. B Carta argumentativa A carta argumentativa um gnero discursivo em que o autor do texto dirige-se a um interlocutor especfico com o objetivo de defender um ponto de vista e convenc-lo a mudar de opinio sobre alguma questo polmica. Apresenta, de forma articulada, informaes, fatos e argumentos que caracterizam claramente um ponto de vista sobre determinada questo. Geralmente, esse ponto de vista diferente daquele defendido pelo interlocutor a quem a carta foi dirigida. Diante dos diferentes pontos de vista relativos ao tema Sociedade contempornea: gneros em complementao e/ou em competio?, escreva uma carta argumentativa para: a) Sonia Azambuja, se voc considera que na sociedade contempornea os gneros masculino e feminino esto em competio; OU para b) Cludio Antnio de Mauro, se voc acha que na sociedade contempornea os gneros masculino e feminino so complementares. Independentemente de sua escolha, utilize dados, informaes e argumentos vinculados ao tema para defender seu ponto de vista e convencer seu interlocutor a mudar de opinio. NO IDENTIFIQUE O REMETENTE DA CARTA.

ps-2012-1-redacao

UFG/CS

PROCESSO SELETIVO/2012-1

REDAO

C Dirio de fico O dirio de fico um gnero do discurso narrativo em que o autor registra vivncias e sentimentos de um eu em face do mundo que o rodeia. Como o prprio nome indica, esse gnero tem um forte apelo ficcional e, por isso, se diferencia do dirio ntimo. A narrativa, destinada publicao, escrita em primeira pessoa do singular, e a mobilizao temporal est a servio das reflexes acerca dos acontecimentos relatados. O dirio de fico pode apresentar-se como interlocutor direto e nele so guardadas impresses de viagens, reflexes polticas, filosficas, morais e estticas, acontecimentos do cotidiano etc. Nesse gnero, a subjetividade fica em segundo plano, pois os acontecimentos so mais explorados. Imagine que voc seja o pai do Calvin (Texto 4) e questiona o fato de estar desempenhando tarefas associadas ao universo feminino. Diante dessa situao, voc resolve escrever uma pgina de um dirio de fico, relatando acontecimentos do cotidiano e refletindo sobre o tema Sociedade contempornea: gneros em complementao e/ou em competio?. Para dar corpo e sentido ao seu texto, tea reflexes sobre a atualidade, as pessoas e os fatos histricos contemporneos.

ps-2012-1-redacao

Assinale a letra (A, B ou C) referente ao gnero textual escolhido: A B C

TTULO: