caderno pedagogico6jul - diaadiaeducacao.pr.gov.br · você está de acordo? sim não não...

14

Upload: vuongque

Post on 09-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

13

12

QUESTIONÁRIO DIRECIONADO PARA OS PROFESSORES

1. Você acha que os problemas de indisciplina ocorrem nos alunos com problemas afetivos ou de conduta, no qual eles se sentem desprestigiados?

Sim Não Não respondeu 2. Você acredita que o trabalho com valores, como: cooperação, respeito e

organização são essenciais na regulação da conduta dos alunos? Sim Não Não respondeu 3. Para muitos teóricos e pedagogos, o professor deve ir além do domínio de

conteúdos e conhecer várias metodologias para tornar as aulas atraentes. Você está de acordo com isso?

Sim Não Não respondeu 4. O professor é o ponto de referência para seus alunos e suas atitudes afetam

o clima que se estabelece na escola. Você acha certa esta premissa? Sim Não Não respondeu 5. Quais são os focos da indisciplina para você? A escola O professor Os alunos Todos esses 6. A indisciplina dos professores ocorre naqueles que são apáticos,

desinteressados, não pontuais, sem planejamento e sem conteúdo para trabalhar com seus alunos. Você está de acordo?

Sim Não Não respondeu 7. Sem autoridade não se faz educação, mas autoridade para impor sua

posição de líder, de articulador, organizador. O educador é o adulto do processo e a ele cabe conduzir a aprendizagem. Tudo isso é correto?

Sim Não Não respondeu 8. Você acredita que a indisciplina interfere no processo de

ensino/aprendizagem? Sim Não Não respondeu 9. No trato com a indisciplina, o professor deve cobrar com firmeza, mas

sempre com bom humor (quando possível), a colaboração de todos e ser um árbitro sereno no cumprimento das regras de conduta consensualizadas com a classe. Você age desta forma?

Sim Não Não respondeu 10. Não deve-se considerar a indisciplina como um ataque pessoal e o professor

não deve aceitar provocações para não reforçar comportamentos indesejados. Você acha certo tudo isso?

Sim Não Não respondeu

11

fato acontece nas escolas. Produzir tal conhecimento sistematizado é um

desafio importante a considerar (GARCIA, 2008).

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Celso – Professor bonzinho = aluno difícil.

CHALITA, Gabriel. Educação, a solução está no afeto. São Paulo, 2001.

CADERNOS DE PESQUISA, V. 35, n. 126, p. 635-658, set/dez. 2005.

ESTRELA, Maria Tereza. Valores e normatividade do professor na sala de aula. Revista de Educação. Lisboa: V.5, n. 1, p. 65-77, jun. 1995.

FONTES, Carls. Navegando na Educação – Artigo “Indisciplina nas Escolas”.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 15 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GARCIA, Joe. Indisciplina na escola: questões sobre mudança de paradigma. Contrapontos vol. 8 n. 3, p. 367-350. Set/dez. 2008.

GONÇALVES, Maria Augusta Salim.Violência na Escola, Práticas Educativas e Formação do Professor. Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade do Vale do Rio dos Sinos – São Leopoldo/RS (artigo).

GROPPA, Julio R. Arquivo. Revista da Faculdade de Educação (USP). Vol. 24, n. 2. São Paulo: Junho/1998.

MARCELOS, Viviane Avelino. A violência escolar. Artigo publicado em Artigonal em 19/01/2009.

MARCHESI, Álvaro. O que será de nós, os maus alunos? Tradução de Ernani Rosa – Porto Alegre: Artmed – 2006.

OLIVEIRA, J.H.B. (In) disciplina na sala de aula: perspectiva de alunos e professores. Psicologia, Educação e Cultura. Lisboa, V.6, n. 1, p. 69-99, 2002.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: Construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. SP: Libertad, 1994.

ZANDONATO, Zilda Lopes. Indisciplina Escolar e Relação Professor – aluno, uma análise sob a perspectivas moral e institucional. (artigo).

10

O professor precisa ter a mentalidade aberta e acompanhar o processo

de construção do conhecimento, atuando como agente entre os objetos do

saber e a aprendizagem, e, ter a certeza de que, quem educa semeia um futuro

melhor.

Entre os desafios da indisciplina se encontra a relação entre essa e o

projeto pedagógico, ou seja, entre as diretrizes do projeto pedagógico devería-

se encontrar entre outros elementos, princípios ou fundamentos capazes de

fornecer orientação aos educadores sobre a indisciplina. Esses princípios iriam

sustentar uma visão compartilhada sobre indisciplina, comumente ausente nas

escolas, tais como se pode observar (GARCIA, 2008).

Outro desafio consiste na inversão de prioridades em termos dos

procedimentos que costumam ser exercidos nos contextos de manifestação e

desenvolvimento da indisciplina nas escolas. A inversão de prioridades surge

também pela ausência daquilo que deveria estar explicitado em um plano de

gestão baseado em uma perspectiva pedagógica compartilhada nas escolas.

Não havendo tal plano, entretanto e estando a escola sujeita ao modo tácito

como se articulam as ações disciplinares em seu cotidiano, de acordo com os

eventos do dia, torna-se impraticável o estabelecimento de prioridades, o que

estaria facilitando processos de inversão (GARCIA, 2008).

A sensibilidade a incidentes eventuais é outro desafio e reflete a

ausência de uma perspectiva de gestão das questões de indisciplina que tende

a deixar a escola à mercê de interrupções esporádicas em seu ritmo de

funcionamento. Transformar esse quadro de sensibilidade nas escolas é um

desafio importante a considerar. Este desafio mostra o quando a indisciplina

consegue mobilizar a escola para além da sala de aula, ao mesmo tempo que

nos convida a investigar na direção de como os incidentes se iniciam (GARCIA,

2008).

Outrossim muitos professores estão conectados à falta de

conhecimento sobre procedimentos mais apropriados em relação à indisciplina.

A convivência com eventos de indisciplina parece transmitir uma sensação de

fragmentação e alienação que remete à falta de conhecimento sobre o que de

9

Vale lembrar que são sugestões, mas não uma receita pronta e, é

claro, que é necessária muita persistência, pois na educação os resultados

nem sempre são imediatos.

Outras sugestões encontradas na revista Nova Escola (edição 183),

para amenizar o problema da indisciplina, e melhorar a prática pedagógica:

• Não grite. Se o barulho se sobrepõe à sua voz, espere em

silêncio: a turma vai perceber que isso está prejudicando a aula.

• Recorra aos contratos. Se as regras coletivas são claras e todos

estiverem de acordo, fica mais fácil chamar atenção quando ocorre uma

transgressão.

• Seja coerente com o que pede aos alunos. Não adianta cobrar

pontualidade se você chega atrasado.

• Não considere a indisciplina um ataque pessoal. Não aceite

provocações para não reforçar comportamentos indesejados.

• Seja enérgico quando necessário sem perder o afeto. Altas

graves merecem atitudes firmes. O diálogo e a reflexão não eliminam a sanção

prevista.

• Não desanime. A assimilação da disciplina é um processo

gradativo e exige investimento. Você terá que repetir o discurso para o mesmo

aluno várias vezes.

Na sua competência técnica para a docência, o professor além do

domínio de conteúdos deve conhecer várias metodologias para tornar as aulas

atraentes, como forma de minimizar as necessidades de experiências novas

que as crianças e jovens necessitam, e que contribuem para o enfrentamento

da indisciplina.

A prática pedagógica dos professores deve dar condições para que os

alunos interiorizem limites e valores, não devido ao receio de ameaças e

punições, mas através de ações que lhes possibilitem discutir e entender que

as regras que fazem parte da nossa cultura são importantes, quando se pensa

numa sociedade mais justa e solidária.

8

• Saber dar a devida importância ao tom de voz empregado e

estudar a linguagem gestual.

• Jamais comparar-se a qualquer colega. Nunca comparar um

aluno ou uma classe com outra.

• Distribuir com uniformidade, serenidade e justiça a atenção de

todos.

• Analisar com calma as razões que podem levar alunos ao

desinteresse ou a indisciplina e discutir, particularmente com os mesmos essa

postura.

• Conhecer diferentes estratégias de ensino, jogos operatórios,

técnicas de ensino e aprendizagem.

• Possuir projetos de avaliação claros e explícitos.

• Manter atualizados seus registros e suas notas.

• Cumprir com integridade tudo quanto prometeu.

• Fazer das perguntas uma eficiente ferramenta de aprendizagem.

• Não se desgastar ensinando aos alunos tudo aquilo que sozinhos

eles podem aprender.

• Estimular o aluno para interpretar o aprendizado usando

diferentes habilidades.

• Ensinar seus alunos a leitura dos saberes que se encontram em

diferentes linguagens.

• Saber delegar aos alunos tarefas e funções junto à classe que

explorem capacidades de aprender e de aprendizagem.

• Fazer revisões periódicas daquilo que foi aprendido.

• Organizar de forma eficaz, na medida do possível em consenso

com os alunos, o espaço da sala de aula e a disposição dos lugares de cada

um.

• Cuidar da sua apresentação, dignificando a importância e até o

sentido do ato pedagógico.

• Mostrar atenção aos problemas dos alunos.

• Concluir a aula de maneira amistosa e bem humorada.

7

faltam ao trabalho, que não fazem planejamento, que não sabem administrar

os problemas, que deixam que os alunos, algumas vezes, façam o que

quiserem, que não andam pela sala para verificar e valorizar o que os alunos

fazem.

Por sua vez, aparecem nas salas de aula alunos sem limites, alunos

que não se concentram, alunos com dificuldades de aprendizagem e tantos

outros problemas que cada professor sabe muito bem enumerar.

Algumas idéias levantadas por Celso Antunes em seu livro “Professor

bonzinho = aluno difícil”, podem auxiliar os professores em seu trabalho diário,

tornando-o organizado e prazeroso, tais como:

• Definir de forma clara e cristalina as regras disciplinares.

• Estabelecer canais límpidos de comunicação entre os alunos,

diretores, pais, orientadores e professores.

• Assiduidade de pontualidade.

• Associar o conhecimento novo aos saberes que os alunos

possuem.

• Preparar de maneira cuidadosa a aula.

• Traçar um projeto de atividades anuais, dividindo suas etapas

semana após semana.

• Estabelecer se possível em consenso com a classe, os limites

desejáveis das condutas e cobrá-los sempre de maneira imediata e coerente.

• Entrar em sala e, sem demora, iniciar a aula.

• Cobrar, com firmeza, mas sempre com bom humor (quando

possível), a colaboração de todos e ser um árbitro sereno no cumprimento das

regras de conduta consensualizadas com a classe.

• Falar com expressividade e clareza.

• Iniciar os trabalhos com um plano de aula simples, mas objetivo e

coerente.

• Movimentar-se todo o tempo, manter-se alerta a todos e também

a todas as ocorrências.

• Mostrar sempre disposição para manter a calma e a serenidade,

mesmo em situações difíceis.

6

sobre as normas institucionalizadas, debater se são justas, coerentes, se têm

significado para o meio.

Outro fator importante é que o professor deve ter o “conhecimento”

como aliado à sua autoridade. A Internet, a TV e outros meios concorrem

apenas com o professor que repassa informações, mas os conhecimentos, que

são aquelas informações com sentido, refletidas, não disputam lugar com o

educador. O professor que possui conhecimentos passa a ser admirado por

seus alunos e, assim, terá autoridade.

Quando se fala em ensinar, pensa-se em alguém que ensina algo a

outro. Se o professor planeja mal (ou não planeja) sua aula, está iludindo a

escola e desrespeitando o aluno e a própria ciência. Neste caso, pode ocorrer

a indisciplina na sala de aula. Ele precisa ser um educador que conhece a

ciência construída socialmente e deve mostrá-la aos seus alunos, sendo capaz

de justificar a importância desta para o mundo.

Emile Durkheim (apud, SETTON IN AQUINO, 1999: 75), sociologo, nos

traz uma interessante reflexão sobre a moral. Afirma ele que educar é

proporcionar aos indivíduos a sua humanização. Assim, o objetivo da prática

educativa é transmitir um conteúdo moral – normas e valores – a fim de

garantir a convivência social harmônica. Faz-se necessário que a escola atual

seja um espaço de lutas e reflexões, mas acima de tudo de respeito e

tolerância.

Celso Antunes (2002:19) também discute a (in) disciplina na escola.

Acredita ele que a indisciplina tem vários focos: a escola, o professor e os

alunos. Com relação à escola, ele acredita que, desde os horários das aulas

maçantes, regras incoerentes, falta de comunicação entre direção/ professores/

alunos/ pais, falta de ajuda a alunos com dificuldades de aprendizagem e a

pais que precisam de orientação na educação de seus filhos, APMF não

integrada com professores, não aberta ao trabalho com todas as Inteligências e

outros podem causar indisciplina.

Quanto aos professores, ocorre indisciplina com aqueles que são

apáticos, desinteressados, sem conteúdo necessário para trabalhar com seus

alunos, professores que não são pontuais para chegar em sala de aula, que

5

Por essa razão, é difícil para eles manter relações sociais positivas com os demais, confiar, assumir ponto de vista, sentir empatia.

Esses alunos acabam gerando indisciplina para chamar atenção para

si, como se fosse um pedido de socorro para alguém. Essas atitudes não são

compreendidas, porque já se está num clima de desordem e acabam sendo

vistas como rebeldia, enfrentamento, desacato.

Para Marchesi (2006:186):

A responsabilidade coletiva sobre a situação dos alunos com problemas escolares exige um esforço compartilhado e sustentado para reduzir drasticamente seu número e conseguir que todos os alunos tenham êxito escolar.

Trata-se, portanto, de desenvolver políticas internas de dimensão

preventiva, programas de formação continuada de professores, de forma a

instrumentalizá-los para tratar destas questões voltadas para a indisciplina.

É preciso assumir a realidade, acreditar na possibilidade de mudança

de comportamento, de postura, na transformação de uma realidade. Mudar o

que precisa ser mudado, viabilizar a aprendizagem do respeito mútuo do

exercício de direitos e deveres e buscar de todas as formas a presença da

família que grande contribuição pode dar na busca da disciplina na escola.

O estudo da percepção dos professores, fornece uma perspectiva

sobre o processo de construção social da indisciplina, que pode ajudar a

pensar a possibilidade de sua desconstrução. Enquanto o professor perceber a

indisciplina como algo produzido pelos alunos, expressará uma leitura atributiva

à causa da indisciplina associando sua ocorrência à características inerentes

ao aluno.

É imprescindível que a escola propicie aos alunos momentos de

desenvolvimento de valores, como cooperação, respeito, organização, justiça,

desenvolvendo, assim, mecanismos de controle reguladores de sua conduta. O

professor deve ser um mediador ao explicitar o porquê das regras, as

conseqüências e punições por não serem obedecidas. Para que o aluno

apreenda as normas, não se faz suficiente o conhecimento das regras e

sanções, mas é preciso que ele as entenda. Os educadores devem refletir

4

Salas lotadas com trinta, quarenta ou mais crianças cada uma, com uma

bagagem própria de credos, costumes e jeitos próprios, cooperam para um

ambiente carregado de energia e propícia à geração da indisciplina em alguns

casos.

O que fazer diante de uma classe com problemas de indisciplina?

Segundo especialistas de Educação, para entendermos situações

problemas precisamos abandonar clichês do tipo “adolescente é rebelde e

revoltado pela própria natureza”.

Eis que nós seres humanos somos iguais e ninguém nasce disciplinado

ou indisciplinado e no meio onde vivemos é que construímos nossas

características ideologias e conceitos morais.

Para alguns pais a escola perdeu ao longo do tempo a função social de

“educar futuros cidadãos”, transfere-se a ela a responsabilidade sobre seus

filhos que vai além da educação.

Muitos se acham desobrigados da função tão importante que lhes cabe

que é educar e diante de problemas que não atingem só o Brasil mas também

países de primeiro mundo, devido ao avanço tecnológico que estamos vivendo

nas últimas décadas, nós professores temos que enfrentar conseqüências

dessa nova realidade.

Nossos alunos são os filhos do novo tempo, são eles que vivenciam

problemas gerados pela competição, pelo fantasma do desemprego tanto

próprio, como dos pais, falta aos menos favorecidos, condições dignas de vida

e são carentes de amor e da convivência familiar.

São centenas os que se criaram sob os cuidados de irmãos, parentes ou

vizinhos, falta-lhes os limites que uma boa educação familiar deveria propiciar e

princípios morais só adquiridos quando começam a freqüentar a escola. Muitos

não se adaptam pois a escola e a casa são realidades diferentes.

Os problemas de indisciplina na maioria das vezes são causados por

alguns alunos e ocorrem com determinados professores, não se pode deixar de

lado aqueles que estão agindo acertadamente. Segundo Marchesi (2006: 87):

Os alunos com problemas afetivos ou de conduta se sentem habitualmente desprestigiados, feridos pelos outros.

3

na escola. Segundo Marchesi (2006:94): “Sua maneira de se comunicar, de

organizar o trabalho na aula, de atender e avaliar seus alunos vai ter uma

indubitável repercussão sobre eles”.

Considerando o âmbito em que os professores estão educando e

formando crianças, adolescente e jovens, ele precisa entender que terá de abrir

mão de conceitos enraizados que traz do que é indisciplina, para poder

trabalhar em conjunto com os alunos. As normas e regras sobre disciplina e

sua relação com o trabalho pedagógico precisam ser pensadas para o grupo e

não apenas para aqueles que apresentam conduta inadequada.

Orientar os alunos inseridos em um contexto de violência no sentido de

desenvolverem uma interação social construtiva é um grande desafio para os

professores.

Se considerarmos a evolução histórica perceberemos que o individuo

de hoje difere em muito do indivíduo de anos atrás. As mudanças tecnológicas

tem influência direta no modo de ser das pessoas, na escola isso não é

diferente. O aluno que antes obedecia tudo que lhe era imposto, muitas vezes

sem nem saber por que, já não existe.

Os problemas de disciplina no contexto tem sido de preocupação

constante de especialistas em educação e temas pertinentes de debates,

teses, seminários, entre outros.

Escolas em todo o mundo e de todos os níveis enfrentam em realidades

diferentes o problema da indisciplina. Por motivos sociais diversos a que a

sociedade está sujeita a uma educação baseada numa falsa liberdade, os

próprios pais acabam contribuindo para que crianças, adolescentes e jovens,

extravasem suas frustrações, revoltas e ansiedade dentro da própria sala de

aula, arrumando problemas com professores e colegas de classe.

Crianças e adolescentes criados sem limites acabam colocando

professores em situações difíceis.

Nas escolas públicas brasileiras é onde encontra-se uma diversidade

muito grande de realidades diferentes e onde se concentram os mais diversos

problemas de indisciplinas, gerando até em alguns casos a tão na moda

“violência escolar”.

2

RESUMO

INDISCIPLINA NA 5ª. SÉRIE:

PROBLEMAS E ESTRATÉGIAS NA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO

Nem sempre o professor consegue resolver e prevenir os múltiplos conflitos que surgem no cotidiano escolar. O professor é ponto de referência para seus alunos e suas atitudes afetam o clima da escola. Orientar os alunos para que desenvolvam uma interação social construtiva é um desafio para os professores. Os conflitos relacionados à indisciplina, geralmente, se devem à problemas afetivos ou de conduta do aluno. Quanto aos professores, ocorre indisciplina com aqueles que são apáticos e desinteressados para trabalhar com os alunos. Essas atitudes não são compreendidas e são vistas como rebeldia, enfrentamento, desacato, entre outros. É imprescindível que a escola propicie aos alunos momentos de desenvolvimento de valores, como: cooperação, respeito, organização e justiça. Celso Antunes apresenta algumas sugestões para acabar com a indisciplina que são: disciplina, assiduidade, clareza, ensinar aos alunos a leitura dos saberes, delegar tarefas e funções junto à classe que explorem capacidade de aprender, mostrar atenção aos problemas dos alunos, entre outros. Palavras-chave: alunos; conflitos; indisciplina; professores; valores. 1 INDISCIPLINA NA 5ª SÉRIE: PROBLEMAS E ESTRATÉGIAS NA

RELAÇÃO PROFESSOR – ALUNO

Esta Unidade Didática é um dos instrumentos a ser utilizado como

fundamentação teórica para a investigação da visão que os professores

apresentam sobre o tema: Indisciplina. É indispensável saber o que os

professores entendem por indisciplina, uma vez que o conceito de indisciplina

deve estar claro. O conceito de indisciplina é suscetível de múltiplas

interpretações. A indisciplina pode implicar violência mas não é necessário que

esta ocorra. A maioria das vezes, é uma perturbação pontual que afeta o

funcionamento das aulas ou mesmo da escola. A escola sofre os reflexos dos

fatores de violência externos que tem gerado conflitos manifestados dentro da

sala de aula, comprometendo o aprendizado e as relações interpessoais.

Existe grande perplexidade da parte do professor que, muitas vezes,

fica sem saber como agir para resolver e prevenir os múltiplos conflitos que

surgem no cotidiano escolar. O professor é o ponto de referência para seus

alunos e todas as suas atitudes afetam diretamente o clima que se estabelece

Unidade Didática

INDISCIPLINA NA 5ª SÉRIE: PROBLEMAS E ESTRATÉGIAS NA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO

ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DO RIO BRANCO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

TÂNIA MARIA BELO MALUENDAS MACHADO1

Para compreendermos uma criança, devemos observá-la quando brinca, estudá-la em suas diferentes posições; não podemos “projetar” nela nossos próprios

preconceitos,esperanças e temores, ou moldá-la e ajustá-la ao padrão dos nossos desejos.

J. Krishnamurti

1 Professora Pedagoga formada pela PUC-PR em 1991. E-mail: [email protected]