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QUESTIONÁRIO DIRECIONADO PARA OS PROFESSORES
1. Você acha que os problemas de indisciplina ocorrem nos alunos com problemas afetivos ou de conduta, no qual eles se sentem desprestigiados?
Sim Não Não respondeu 2. Você acredita que o trabalho com valores, como: cooperação, respeito e
organização são essenciais na regulação da conduta dos alunos? Sim Não Não respondeu 3. Para muitos teóricos e pedagogos, o professor deve ir além do domínio de
conteúdos e conhecer várias metodologias para tornar as aulas atraentes. Você está de acordo com isso?
Sim Não Não respondeu 4. O professor é o ponto de referência para seus alunos e suas atitudes afetam
o clima que se estabelece na escola. Você acha certa esta premissa? Sim Não Não respondeu 5. Quais são os focos da indisciplina para você? A escola O professor Os alunos Todos esses 6. A indisciplina dos professores ocorre naqueles que são apáticos,
desinteressados, não pontuais, sem planejamento e sem conteúdo para trabalhar com seus alunos. Você está de acordo?
Sim Não Não respondeu 7. Sem autoridade não se faz educação, mas autoridade para impor sua
posição de líder, de articulador, organizador. O educador é o adulto do processo e a ele cabe conduzir a aprendizagem. Tudo isso é correto?
Sim Não Não respondeu 8. Você acredita que a indisciplina interfere no processo de
ensino/aprendizagem? Sim Não Não respondeu 9. No trato com a indisciplina, o professor deve cobrar com firmeza, mas
sempre com bom humor (quando possível), a colaboração de todos e ser um árbitro sereno no cumprimento das regras de conduta consensualizadas com a classe. Você age desta forma?
Sim Não Não respondeu 10. Não deve-se considerar a indisciplina como um ataque pessoal e o professor
não deve aceitar provocações para não reforçar comportamentos indesejados. Você acha certo tudo isso?
Sim Não Não respondeu
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fato acontece nas escolas. Produzir tal conhecimento sistematizado é um
desafio importante a considerar (GARCIA, 2008).
REFERÊNCIAS
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CHALITA, Gabriel. Educação, a solução está no afeto. São Paulo, 2001.
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GARCIA, Joe. Indisciplina na escola: questões sobre mudança de paradigma. Contrapontos vol. 8 n. 3, p. 367-350. Set/dez. 2008.
GONÇALVES, Maria Augusta Salim.Violência na Escola, Práticas Educativas e Formação do Professor. Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade do Vale do Rio dos Sinos – São Leopoldo/RS (artigo).
GROPPA, Julio R. Arquivo. Revista da Faculdade de Educação (USP). Vol. 24, n. 2. São Paulo: Junho/1998.
MARCELOS, Viviane Avelino. A violência escolar. Artigo publicado em Artigonal em 19/01/2009.
MARCHESI, Álvaro. O que será de nós, os maus alunos? Tradução de Ernani Rosa – Porto Alegre: Artmed – 2006.
OLIVEIRA, J.H.B. (In) disciplina na sala de aula: perspectiva de alunos e professores. Psicologia, Educação e Cultura. Lisboa, V.6, n. 1, p. 69-99, 2002.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: Construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. SP: Libertad, 1994.
ZANDONATO, Zilda Lopes. Indisciplina Escolar e Relação Professor – aluno, uma análise sob a perspectivas moral e institucional. (artigo).
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O professor precisa ter a mentalidade aberta e acompanhar o processo
de construção do conhecimento, atuando como agente entre os objetos do
saber e a aprendizagem, e, ter a certeza de que, quem educa semeia um futuro
melhor.
Entre os desafios da indisciplina se encontra a relação entre essa e o
projeto pedagógico, ou seja, entre as diretrizes do projeto pedagógico devería-
se encontrar entre outros elementos, princípios ou fundamentos capazes de
fornecer orientação aos educadores sobre a indisciplina. Esses princípios iriam
sustentar uma visão compartilhada sobre indisciplina, comumente ausente nas
escolas, tais como se pode observar (GARCIA, 2008).
Outro desafio consiste na inversão de prioridades em termos dos
procedimentos que costumam ser exercidos nos contextos de manifestação e
desenvolvimento da indisciplina nas escolas. A inversão de prioridades surge
também pela ausência daquilo que deveria estar explicitado em um plano de
gestão baseado em uma perspectiva pedagógica compartilhada nas escolas.
Não havendo tal plano, entretanto e estando a escola sujeita ao modo tácito
como se articulam as ações disciplinares em seu cotidiano, de acordo com os
eventos do dia, torna-se impraticável o estabelecimento de prioridades, o que
estaria facilitando processos de inversão (GARCIA, 2008).
A sensibilidade a incidentes eventuais é outro desafio e reflete a
ausência de uma perspectiva de gestão das questões de indisciplina que tende
a deixar a escola à mercê de interrupções esporádicas em seu ritmo de
funcionamento. Transformar esse quadro de sensibilidade nas escolas é um
desafio importante a considerar. Este desafio mostra o quando a indisciplina
consegue mobilizar a escola para além da sala de aula, ao mesmo tempo que
nos convida a investigar na direção de como os incidentes se iniciam (GARCIA,
2008).
Outrossim muitos professores estão conectados à falta de
conhecimento sobre procedimentos mais apropriados em relação à indisciplina.
A convivência com eventos de indisciplina parece transmitir uma sensação de
fragmentação e alienação que remete à falta de conhecimento sobre o que de
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Vale lembrar que são sugestões, mas não uma receita pronta e, é
claro, que é necessária muita persistência, pois na educação os resultados
nem sempre são imediatos.
Outras sugestões encontradas na revista Nova Escola (edição 183),
para amenizar o problema da indisciplina, e melhorar a prática pedagógica:
• Não grite. Se o barulho se sobrepõe à sua voz, espere em
silêncio: a turma vai perceber que isso está prejudicando a aula.
• Recorra aos contratos. Se as regras coletivas são claras e todos
estiverem de acordo, fica mais fácil chamar atenção quando ocorre uma
transgressão.
• Seja coerente com o que pede aos alunos. Não adianta cobrar
pontualidade se você chega atrasado.
• Não considere a indisciplina um ataque pessoal. Não aceite
provocações para não reforçar comportamentos indesejados.
• Seja enérgico quando necessário sem perder o afeto. Altas
graves merecem atitudes firmes. O diálogo e a reflexão não eliminam a sanção
prevista.
• Não desanime. A assimilação da disciplina é um processo
gradativo e exige investimento. Você terá que repetir o discurso para o mesmo
aluno várias vezes.
Na sua competência técnica para a docência, o professor além do
domínio de conteúdos deve conhecer várias metodologias para tornar as aulas
atraentes, como forma de minimizar as necessidades de experiências novas
que as crianças e jovens necessitam, e que contribuem para o enfrentamento
da indisciplina.
A prática pedagógica dos professores deve dar condições para que os
alunos interiorizem limites e valores, não devido ao receio de ameaças e
punições, mas através de ações que lhes possibilitem discutir e entender que
as regras que fazem parte da nossa cultura são importantes, quando se pensa
numa sociedade mais justa e solidária.
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• Saber dar a devida importância ao tom de voz empregado e
estudar a linguagem gestual.
• Jamais comparar-se a qualquer colega. Nunca comparar um
aluno ou uma classe com outra.
• Distribuir com uniformidade, serenidade e justiça a atenção de
todos.
• Analisar com calma as razões que podem levar alunos ao
desinteresse ou a indisciplina e discutir, particularmente com os mesmos essa
postura.
• Conhecer diferentes estratégias de ensino, jogos operatórios,
técnicas de ensino e aprendizagem.
• Possuir projetos de avaliação claros e explícitos.
• Manter atualizados seus registros e suas notas.
• Cumprir com integridade tudo quanto prometeu.
• Fazer das perguntas uma eficiente ferramenta de aprendizagem.
• Não se desgastar ensinando aos alunos tudo aquilo que sozinhos
eles podem aprender.
• Estimular o aluno para interpretar o aprendizado usando
diferentes habilidades.
• Ensinar seus alunos a leitura dos saberes que se encontram em
diferentes linguagens.
• Saber delegar aos alunos tarefas e funções junto à classe que
explorem capacidades de aprender e de aprendizagem.
• Fazer revisões periódicas daquilo que foi aprendido.
• Organizar de forma eficaz, na medida do possível em consenso
com os alunos, o espaço da sala de aula e a disposição dos lugares de cada
um.
• Cuidar da sua apresentação, dignificando a importância e até o
sentido do ato pedagógico.
• Mostrar atenção aos problemas dos alunos.
• Concluir a aula de maneira amistosa e bem humorada.
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faltam ao trabalho, que não fazem planejamento, que não sabem administrar
os problemas, que deixam que os alunos, algumas vezes, façam o que
quiserem, que não andam pela sala para verificar e valorizar o que os alunos
fazem.
Por sua vez, aparecem nas salas de aula alunos sem limites, alunos
que não se concentram, alunos com dificuldades de aprendizagem e tantos
outros problemas que cada professor sabe muito bem enumerar.
Algumas idéias levantadas por Celso Antunes em seu livro “Professor
bonzinho = aluno difícil”, podem auxiliar os professores em seu trabalho diário,
tornando-o organizado e prazeroso, tais como:
• Definir de forma clara e cristalina as regras disciplinares.
• Estabelecer canais límpidos de comunicação entre os alunos,
diretores, pais, orientadores e professores.
• Assiduidade de pontualidade.
• Associar o conhecimento novo aos saberes que os alunos
possuem.
• Preparar de maneira cuidadosa a aula.
• Traçar um projeto de atividades anuais, dividindo suas etapas
semana após semana.
• Estabelecer se possível em consenso com a classe, os limites
desejáveis das condutas e cobrá-los sempre de maneira imediata e coerente.
• Entrar em sala e, sem demora, iniciar a aula.
• Cobrar, com firmeza, mas sempre com bom humor (quando
possível), a colaboração de todos e ser um árbitro sereno no cumprimento das
regras de conduta consensualizadas com a classe.
• Falar com expressividade e clareza.
• Iniciar os trabalhos com um plano de aula simples, mas objetivo e
coerente.
• Movimentar-se todo o tempo, manter-se alerta a todos e também
a todas as ocorrências.
• Mostrar sempre disposição para manter a calma e a serenidade,
mesmo em situações difíceis.
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sobre as normas institucionalizadas, debater se são justas, coerentes, se têm
significado para o meio.
Outro fator importante é que o professor deve ter o “conhecimento”
como aliado à sua autoridade. A Internet, a TV e outros meios concorrem
apenas com o professor que repassa informações, mas os conhecimentos, que
são aquelas informações com sentido, refletidas, não disputam lugar com o
educador. O professor que possui conhecimentos passa a ser admirado por
seus alunos e, assim, terá autoridade.
Quando se fala em ensinar, pensa-se em alguém que ensina algo a
outro. Se o professor planeja mal (ou não planeja) sua aula, está iludindo a
escola e desrespeitando o aluno e a própria ciência. Neste caso, pode ocorrer
a indisciplina na sala de aula. Ele precisa ser um educador que conhece a
ciência construída socialmente e deve mostrá-la aos seus alunos, sendo capaz
de justificar a importância desta para o mundo.
Emile Durkheim (apud, SETTON IN AQUINO, 1999: 75), sociologo, nos
traz uma interessante reflexão sobre a moral. Afirma ele que educar é
proporcionar aos indivíduos a sua humanização. Assim, o objetivo da prática
educativa é transmitir um conteúdo moral – normas e valores – a fim de
garantir a convivência social harmônica. Faz-se necessário que a escola atual
seja um espaço de lutas e reflexões, mas acima de tudo de respeito e
tolerância.
Celso Antunes (2002:19) também discute a (in) disciplina na escola.
Acredita ele que a indisciplina tem vários focos: a escola, o professor e os
alunos. Com relação à escola, ele acredita que, desde os horários das aulas
maçantes, regras incoerentes, falta de comunicação entre direção/ professores/
alunos/ pais, falta de ajuda a alunos com dificuldades de aprendizagem e a
pais que precisam de orientação na educação de seus filhos, APMF não
integrada com professores, não aberta ao trabalho com todas as Inteligências e
outros podem causar indisciplina.
Quanto aos professores, ocorre indisciplina com aqueles que são
apáticos, desinteressados, sem conteúdo necessário para trabalhar com seus
alunos, professores que não são pontuais para chegar em sala de aula, que
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Por essa razão, é difícil para eles manter relações sociais positivas com os demais, confiar, assumir ponto de vista, sentir empatia.
Esses alunos acabam gerando indisciplina para chamar atenção para
si, como se fosse um pedido de socorro para alguém. Essas atitudes não são
compreendidas, porque já se está num clima de desordem e acabam sendo
vistas como rebeldia, enfrentamento, desacato.
Para Marchesi (2006:186):
A responsabilidade coletiva sobre a situação dos alunos com problemas escolares exige um esforço compartilhado e sustentado para reduzir drasticamente seu número e conseguir que todos os alunos tenham êxito escolar.
Trata-se, portanto, de desenvolver políticas internas de dimensão
preventiva, programas de formação continuada de professores, de forma a
instrumentalizá-los para tratar destas questões voltadas para a indisciplina.
É preciso assumir a realidade, acreditar na possibilidade de mudança
de comportamento, de postura, na transformação de uma realidade. Mudar o
que precisa ser mudado, viabilizar a aprendizagem do respeito mútuo do
exercício de direitos e deveres e buscar de todas as formas a presença da
família que grande contribuição pode dar na busca da disciplina na escola.
O estudo da percepção dos professores, fornece uma perspectiva
sobre o processo de construção social da indisciplina, que pode ajudar a
pensar a possibilidade de sua desconstrução. Enquanto o professor perceber a
indisciplina como algo produzido pelos alunos, expressará uma leitura atributiva
à causa da indisciplina associando sua ocorrência à características inerentes
ao aluno.
É imprescindível que a escola propicie aos alunos momentos de
desenvolvimento de valores, como cooperação, respeito, organização, justiça,
desenvolvendo, assim, mecanismos de controle reguladores de sua conduta. O
professor deve ser um mediador ao explicitar o porquê das regras, as
conseqüências e punições por não serem obedecidas. Para que o aluno
apreenda as normas, não se faz suficiente o conhecimento das regras e
sanções, mas é preciso que ele as entenda. Os educadores devem refletir
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Salas lotadas com trinta, quarenta ou mais crianças cada uma, com uma
bagagem própria de credos, costumes e jeitos próprios, cooperam para um
ambiente carregado de energia e propícia à geração da indisciplina em alguns
casos.
O que fazer diante de uma classe com problemas de indisciplina?
Segundo especialistas de Educação, para entendermos situações
problemas precisamos abandonar clichês do tipo “adolescente é rebelde e
revoltado pela própria natureza”.
Eis que nós seres humanos somos iguais e ninguém nasce disciplinado
ou indisciplinado e no meio onde vivemos é que construímos nossas
características ideologias e conceitos morais.
Para alguns pais a escola perdeu ao longo do tempo a função social de
“educar futuros cidadãos”, transfere-se a ela a responsabilidade sobre seus
filhos que vai além da educação.
Muitos se acham desobrigados da função tão importante que lhes cabe
que é educar e diante de problemas que não atingem só o Brasil mas também
países de primeiro mundo, devido ao avanço tecnológico que estamos vivendo
nas últimas décadas, nós professores temos que enfrentar conseqüências
dessa nova realidade.
Nossos alunos são os filhos do novo tempo, são eles que vivenciam
problemas gerados pela competição, pelo fantasma do desemprego tanto
próprio, como dos pais, falta aos menos favorecidos, condições dignas de vida
e são carentes de amor e da convivência familiar.
São centenas os que se criaram sob os cuidados de irmãos, parentes ou
vizinhos, falta-lhes os limites que uma boa educação familiar deveria propiciar e
princípios morais só adquiridos quando começam a freqüentar a escola. Muitos
não se adaptam pois a escola e a casa são realidades diferentes.
Os problemas de indisciplina na maioria das vezes são causados por
alguns alunos e ocorrem com determinados professores, não se pode deixar de
lado aqueles que estão agindo acertadamente. Segundo Marchesi (2006: 87):
Os alunos com problemas afetivos ou de conduta se sentem habitualmente desprestigiados, feridos pelos outros.
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na escola. Segundo Marchesi (2006:94): “Sua maneira de se comunicar, de
organizar o trabalho na aula, de atender e avaliar seus alunos vai ter uma
indubitável repercussão sobre eles”.
Considerando o âmbito em que os professores estão educando e
formando crianças, adolescente e jovens, ele precisa entender que terá de abrir
mão de conceitos enraizados que traz do que é indisciplina, para poder
trabalhar em conjunto com os alunos. As normas e regras sobre disciplina e
sua relação com o trabalho pedagógico precisam ser pensadas para o grupo e
não apenas para aqueles que apresentam conduta inadequada.
Orientar os alunos inseridos em um contexto de violência no sentido de
desenvolverem uma interação social construtiva é um grande desafio para os
professores.
Se considerarmos a evolução histórica perceberemos que o individuo
de hoje difere em muito do indivíduo de anos atrás. As mudanças tecnológicas
tem influência direta no modo de ser das pessoas, na escola isso não é
diferente. O aluno que antes obedecia tudo que lhe era imposto, muitas vezes
sem nem saber por que, já não existe.
Os problemas de disciplina no contexto tem sido de preocupação
constante de especialistas em educação e temas pertinentes de debates,
teses, seminários, entre outros.
Escolas em todo o mundo e de todos os níveis enfrentam em realidades
diferentes o problema da indisciplina. Por motivos sociais diversos a que a
sociedade está sujeita a uma educação baseada numa falsa liberdade, os
próprios pais acabam contribuindo para que crianças, adolescentes e jovens,
extravasem suas frustrações, revoltas e ansiedade dentro da própria sala de
aula, arrumando problemas com professores e colegas de classe.
Crianças e adolescentes criados sem limites acabam colocando
professores em situações difíceis.
Nas escolas públicas brasileiras é onde encontra-se uma diversidade
muito grande de realidades diferentes e onde se concentram os mais diversos
problemas de indisciplinas, gerando até em alguns casos a tão na moda
“violência escolar”.
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RESUMO
INDISCIPLINA NA 5ª. SÉRIE:
PROBLEMAS E ESTRATÉGIAS NA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
Nem sempre o professor consegue resolver e prevenir os múltiplos conflitos que surgem no cotidiano escolar. O professor é ponto de referência para seus alunos e suas atitudes afetam o clima da escola. Orientar os alunos para que desenvolvam uma interação social construtiva é um desafio para os professores. Os conflitos relacionados à indisciplina, geralmente, se devem à problemas afetivos ou de conduta do aluno. Quanto aos professores, ocorre indisciplina com aqueles que são apáticos e desinteressados para trabalhar com os alunos. Essas atitudes não são compreendidas e são vistas como rebeldia, enfrentamento, desacato, entre outros. É imprescindível que a escola propicie aos alunos momentos de desenvolvimento de valores, como: cooperação, respeito, organização e justiça. Celso Antunes apresenta algumas sugestões para acabar com a indisciplina que são: disciplina, assiduidade, clareza, ensinar aos alunos a leitura dos saberes, delegar tarefas e funções junto à classe que explorem capacidade de aprender, mostrar atenção aos problemas dos alunos, entre outros. Palavras-chave: alunos; conflitos; indisciplina; professores; valores. 1 INDISCIPLINA NA 5ª SÉRIE: PROBLEMAS E ESTRATÉGIAS NA
RELAÇÃO PROFESSOR – ALUNO
Esta Unidade Didática é um dos instrumentos a ser utilizado como
fundamentação teórica para a investigação da visão que os professores
apresentam sobre o tema: Indisciplina. É indispensável saber o que os
professores entendem por indisciplina, uma vez que o conceito de indisciplina
deve estar claro. O conceito de indisciplina é suscetível de múltiplas
interpretações. A indisciplina pode implicar violência mas não é necessário que
esta ocorra. A maioria das vezes, é uma perturbação pontual que afeta o
funcionamento das aulas ou mesmo da escola. A escola sofre os reflexos dos
fatores de violência externos que tem gerado conflitos manifestados dentro da
sala de aula, comprometendo o aprendizado e as relações interpessoais.
Existe grande perplexidade da parte do professor que, muitas vezes,
fica sem saber como agir para resolver e prevenir os múltiplos conflitos que
surgem no cotidiano escolar. O professor é o ponto de referência para seus
alunos e todas as suas atitudes afetam diretamente o clima que se estabelece
Unidade Didática
INDISCIPLINA NA 5ª SÉRIE: PROBLEMAS E ESTRATÉGIAS NA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DO RIO BRANCO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
TÂNIA MARIA BELO MALUENDAS MACHADO1
Para compreendermos uma criança, devemos observá-la quando brinca, estudá-la em suas diferentes posições; não podemos “projetar” nela nossos próprios
preconceitos,esperanças e temores, ou moldá-la e ajustá-la ao padrão dos nossos desejos.
J. Krishnamurti
1 Professora Pedagoga formada pela PUC-PR em 1991. E-mail: [email protected]